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  • Obra: Direito administrativo

    Captulo: Regime jurdico administrativo. Princpio da eficincia, pp 80-81; 98-99.

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19 Ed. So Paulo: Atlas, 2006.

    Aluno: Patricia Martinez Almeida

    Professor: Irene Patricia Nohara

    Introduo: material para seminrio sobre o impacto da eficincia na configurao do direito

    administrativo. Como um dos alicerceis da administrao pblica o princpio da eficincia se

    consubstancia em norteador e finalidade da atividade administrativa. Conforme leciona Di

    Pietro, os princpios representam papel relevante, pois permitem estabelecer o necessrio

    equilbrio entre os direitos dos administrados ou jurisdicionados e as prerrogativas do Estado

    administrao ou juiz.

    Referncia legislativa: A EC n 19 introduziu o princpio da eficincia entre os princpios

    constitucionais da ADM no caput do art. 37 da CF; a Lei 9784/99 (Lei do processo

    administrativo federal) em seu art. 2 tambm faz referencia ao princpio.

    Conceito de eficincia: Como um dos deveres da administrao pblica, Hely Lopes Meirelles

    (2003:102) define-o como o que se impe a todo agente pblico de realizar suas atribuies

    com presteza, perfeio e rendimento funcional. (...) exigindo resultados positivos para o

    servio pblico e satisfatrio atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.

    Evoluo: Como dever de boa administrao, nos dizeres de Carvalho Simas, o dever da

    eficincia foi consagrado pela reforma administrativa federal no decreto-lei 200/67, que

    submete toda atividade do executivo ao controle de resultado (arts. 13 e 25, V), com base no

    sistema de mrito (art. 25, VII), sujeitando a ADM pblica eficincia administrativa (art. 26,

    III) e, ainda, recomenda a demisso ou dispensa do servidor ou funcionrio pblico

    comprovadamente ineficiente e desidioso (art. 100). (MEIRELLES apud DI PIETRO, 2006:

    98).

    O duplo aspecto do princpio da eficincia, qual seja: modo de atuao do agente pblico com

    fito de melhor desempenho de suas atribuies, e, modo de organizar, estruturar e organizar a

    ADM Pblica, para alcanar melhores resultados na prestao do servio pblico, est muito

    presente entre os objetivos da Reforma do Estado que em seu Plano Diretor elaborado em

    1995 textualmente afirma que reformar o Estado significa melhorar no apenas a organizao

    e o pessoal do Estado, mas tambm suas finanas e todo o sistema institucional legal, de forma a

    permitir que se tenha uma relao harmoniosa e positiva com a sociedade civil. A reforma do

    Estado permitir que seu ncleo estratgico tome decises mais corretas e efetivas, e que seus

    servios operem muito eficientemente.

    Problemtica: Oposio entre o princpio da eficincia e o da legalidade, realado no livro

    Parcerias na administrao pblica e comentado na obra fichada. Lembrando os ensinamentos

    de Jesus Leguina Villa (1995: 637) a respeito da oposio: No h dvida de que a eficcia

    um principio que no se deve subestimar na administrao de um Estado de Direito, pois o que

    importa aos cidados que os servios pblicos sejam prestados adequadamente. Da a

  • importncia constitucional, entretanto no se deve confundir com a eficincia das organizaes

    privadas e tampouco com um valor absoluto, uma vez que o princpio da legalidade deve ser

    resguardado em ateno segurana jurdica dos administrados, assim, a eficcia deve ser

    alcanada conforme o ordenamento jurdico, ou seja, nunca poder justificar uma atuao

    administrativa contrria ao direito, ainda que seus resultados possam ser elogiados em termos de

    eficincia.

    Concluso: O princpio da eficincia, expressamente elencado no rol do art. 37 da CF um dos

    fundamentos da atividade administrativa, isto porque deve ser observado e aplicado em

    conjunto com os demais princpios basilares da Administrao pblica no podendo se sobrepor

    a nenhum deles e, notadamente, sempre atendido em consonncia ao trip da administrao

    pblica, qual seja: legalidade, indisponibilidade do interesse pblico e supremacia do interesse

    pblico sobre o particular, sempre com vistas a assegurar a famigerada segurana jurdica, eis

    que os interesses tutelados por esse ramo do Direito so os da sociedade em que esta inserido.

    Obra: Direito administrativo

    Captulos: Princpios informativos do Direito Administrativo, p.p 60-6; 76-77.

    Servio pblico, p.p 346-348; 354-356.

    GASPARINI, Diogenes. Direito administrativo. 16 Ed. Atualizada por Fabrcio Motta. So

    Paulo: Saraiva, 2011.

    Aluno: Patricia Martinez Almeida

    Professor: Irene Patricia Nohara

    Introduo: Constituem os princpios um conjunto de proposies que aliceram ou embasam

    um sistema e lhe garante validade. Segundo Joaquim Castro Aguiar (1993:27), normalmente

    no encontrados no direito positivo, os princpios no necessitam ser formulados positivamente

    para que tenham existncia como categoria jurdica. Quando positivados chamam-se normas

    princpios. Celso Antonio Bandeira de Mello sustenta que a violao a um princpio muito

    mais grave do que a violao norma, pois como mandamentos nucleares de um sistema e

    critrio de compreenso dos institutos sua violao afronta o interesse da norma, subverte os

    sistemas e seus valores fundamentais(RDP, 15:284).

    Referncias legislativas: CF, arts. 175, IV e 194; Lei Estadual n 7835/92.

    Conceito de eficincia: Entre os italianos como dever de boa administrao, o princpio da

    eficincia que possui status constitucional impe ao Estado a obrigao de realizar suas

    atribuies com rapidez, perfeio e rendimento observando s regras da legalidade.

  • Por rapidez oferecido de maneira a satisfazer os interesses dos administrados e da

    coletividade, sob pena de responsabilidade objetiva por sua inrcia ou procrastinao (CF, art.

    194) -, perfeio prestada em atendimento s tcnicas e conhecimentos necessrios a

    realizao das atribuies de maneira cuidadosa evitando a repetio, reclamao pelos

    administrados e desperdcio de tempo e dinheiro pblico -, e, rendimento executado com

    vistas a produzir resultados positivos, ou seja, satisfatrios para o interesse da coletividade,

    buscando maximizar os resultados em todo interveno de competncia da ADM Pblica

    atingindo o maior nmero de beneficiados.

    Ou seja, qualquer ao ou deciso deve ser permeada por este princpio, assim, certas situaes

    no devem ser mantidas se o contrariarem devendo o agente pblico tomar decises a por fim

    situaes desastrosas para o Estado, em termos de resultados.

    Servio Pblico: A locuo formada por dois vocbulos, o substantivo servio, que se refere

    prestao, realizao ou atividade, e o adjetivo pblico, que tanto pode expressar o autor da

    prestao quanto o seu destinatrio, ou seja, servio pblico aquele prestado pelo Estado ou o

    prestado ao administrado, povo, usurio ou pblico.

    Essa locuo comporta ao menos trs sentidos: Em sentido orgnico ou subjetivo o servio

    pblico complexo de rgos, agentes e recursos do aparelho Estatal com uma finalidade

    precpua; em sentido material ou objetivo, o servio pblico uma funo destinada a satisfazer

    as necessidades de interesse coletivo de seus administrados; e, em sentido formal, servio

    pblico a submisso de certa atividade a um regime de Direito Pblico - regras exorbitantes do

    Direito Comum. (GASPARINI, 2011: 346-347).

    Conforme inteligncia do disposto no art. 175, pargrafo nico, IV da CF, bem como nos

    termos do art. 17 da lei paulistana n 7835/92 servio adequado o que atende ao interesse

    pblico e corresponde s exigncias de qualidade, continuidade, regularidade, eficincia,

    atualidade, generalidade, modicidade, cortesia e segurana. A eficincia exige ateno ao bom

    resultado prtico da prestao, sem desperdcio de qualquer natureza, quer seja na falta de

    mtodo ou racionalizao do desempenho, quer seja no controle do investimento e repasse do

    custo para baratear a prestao, com intuito de no onerar o usurio.

    Concluso: Na viso de GASPARINI, o princpio da eficincia deve fomentar a prestao de

    servio pblico de maneira eficaz, ou seja, com rapidez, perfeio e rendimento, para atender ao

    interesse da coletividade com a efetiva atuao da ADM aos administrados de maneira

    conclusiva, sem repeties ou onerao desnecessria.

    Obra: Curso de direito constitucional positivo

    Captulo: Dos princpios Constitucionais da administrao pblica, p.p 666; 671-676.

    SILVA, Jos Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 25 Ed. So Paulo:

    Malheiros Editores LTDA, 2005.

    Aluno: Patricia Martinez Almeida

    Professor: Irene Patricia Nohara

  • Introduo: Com a finalidade de orientar o administrador e garantir a boa administrao, que se

    consubstancia na correta gesto dos negcios pblicos e manejo dos recursos pblicos

    assegurando aos administrados o seu direito a prticas administrativas honestas e probas, a

    administrao Pblica orientada por diversos princpios gerais. Notadamente, os princpios

    informadores contidos no caput do art. 37 da CF e os decorrentes de seus incisos, so normas

    gerais sobre a organizao do funcionalismo pblico.

    Referncias legislativas: arts. 37 e 5, LXXVIII da CF.

    Conceito de eficincia: No entendimento de JAS Eficincia no um conceito jurdico, mas

    econmico, no qualifica normas; qualifica atividades. Orienta a atividade administrativa no

    sentido de se conseguir os melhores resultados com os meios mais escassos de que se dispe e a

    menor custo