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Direito Administrativo

Professor Leandro Roitman

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Legislação

LEI Nº 133 DE 19 DE NOVEMBRO DE 1979

DISPÕE sobre a forma dos atos da administração direta e autárquica do Município do Rio de Ja-neiro, revoga o Decreto-Lei n. 68, de 18/04/75, e dá outras providências.

Autor: Poder Executivo

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,

Faço saber que a Câmara Municipal do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os atos oficiais da administração direta e autárquica do Município do Rio de Janeiro, ob-servado o disposto nos arts. 73 a 76 da Lei Com-plementar n. 3, de 22 de setembro de 1976, compreendem:

I – os normativos, instituidores de regra ge-ral de atuação permanente;

II – os não normativos, individualizados e de atuação instantânea.

Art. 2º Os atos de competência das autorida-des municipais, em sua forma privativa, nos termos do art. 74 da Lei Complementar nº 3, de 22/09/76 , são:

I – do Prefeito, o decreto;

II – dos Secretários Municipais e do Chefe de Gabinete do Prefeito, a resolução;

III – dos Subsecretários até os titulares dos órgãos de nível departamental, a portaria; IV – dos titulares dos órgãos de demais ní-veis, a ordem de serviço;

V – dos órgãos de deliberação coletiva, de natureza não consultiva, a deliberação.

Parágrafo único. Os Presidentes dos órgãos referidos no inciso V, quando competentes para a prática de atos administrativos, expe-dirão portaria.

Art. 3º Além dos atos a que se refere o artigo anterior, são de uso comum das autoridades e dos agentes administrativos as instruções, as circulares e os de correspondência ordinária.

Art. 4º Os atos normativos a que se refere o art. 2° desta Lei conterão:

I – espécie do ato, sigla do órgão expedidor (quando não se tratar de decreto), nume-ração, em ordem crescente e ininterrupta, sem renovação anual, e a respectiva data;

II – ementa, cuja redação conterá explícita e resumidamente o assunto versado no ato, além de citar dispositivos alterados ou revo-gados, quando for o caso;

III – preâmbulo, contendo referência aos dispositivos constitucionais, legais ou regu-lamentares que alicerçam a expedição do ato, bem como ao processo ou outro docu-mento que lhe deu origem;

IV – justificativa da medida adotada, quan-do julgada necessária;

V – texto do ato, redigido com precisão e or-dem lógica, composto de artigos, subdividi-dos, quando couber, em incisos (algarismos romanos) e parágrafos (algarismos arábi-cos) , e estes em itens (algarismos arábicos) e os itens em alíneas (letras minúsculas);

VI – declaração do início da vigência;

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VII – quando possível, a menção específica aos dispositivos que estão sendo revoga-dos, ou alterados pelo ato, bem como, em qualquer caso, a fórmula usual "revogadas as disposições em contrário";

VIII – fecho com a indicação "Rio de Janei-ro", seguida da data da expedição do ato, do numeral ordinal correspondente ao ano de fundação da cidade, quando se tratar de decreto, e da assinatura da autoridade que o expedir.

§ 1º A numeração dos artigos e parágrafos será ordinal abreviada até o nono e, a se-guir, cardinal.

§ 2º Os parágrafos serão indicados pelo si-nal "§" ou pela expressão "Parágrafo Úni-co", quando for o caso.

§ 3º O grupamento de artigos constitui a Se-ção; o de Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro; e o de Livros, a Parte, que poderá ser indicada pelo termos "Geral" e "Especial" ou por numerais ordi-nais, escritos por extenso.

Art. 5º Os decretos normativos serão referenda-dos por um ou mais Secretários Municipais, de acordo com a matéria neles regulada e a área de competência das Secretarias.

Art. 6º Os atos normativos não deverão contar matéria estranha ao seu objeto ou que não lhe seja conexa.

Art. 7º A revogação expressa, total ou parcial, de ato oficial será feita sempre por ato de igual ou maior hierarquia, com específica menção, em sua ementa, tanto ao dispositivo modificado ou revogado quanto ao seu objeto.

Art. 8º As determinações do Prefeito que não devam ser objeto de decreto, mas cuja divulga-ção se faça necessária, serão transmitidas por circular do Chefe de Gabinete do Prefeito.

Art. 9º Os atos não normativos serão numera-dos dentro da mesma série de atos normativos de igual categoria.

Art. 10. Os atos de pessoal terão numeração própria, em ordem crescente e ininterrupta, re-novada anualmente, com a designação da espé-cie seguida da letra P e, após o número, a indi-cação da respectiva data.

Art. 11. A publicação dos atos cuja divulgação não seja obrigatória dependerá de disposição regulamentar a esta Lei.

Art. 12. Os decretos, depois de assinados e, quando for o caso, referendados, serão numera-dos na Secretaria Municipal de Administração, competindo-lhe, igualmente, encaminhá-los para a publicação.

Parágrafo único. As Secretarias Municipais e os demais órgãos diretamente subordina-dos ao Prefeito encarregar-se-ão de expe-dir os respectivos atos e providenciar a sua publicação, quando for o caso, no órgão de imprensa oficial.

Art. 13. O regulamento desta Lei será baixado no prazo de 90 (noventa) dias, a contar do início de sua vigência.

Art. 14. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, excetuadas as determinações conti-das no art. 1O, cuja vigência será a partir de 1° de janeiro de 1980.

Art. 15. Ficam revogadas as disposições em con-trário, especialmente o Decreto-Lei n. 68, de 18 de abril de 1975.

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1979

ISRAEL KLABIN

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial de 20/ 11/1979

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Legislação

DECRETO Nº 2.477/80 – REGULAMENTA A LEI Nº 133/79

REGULA a Lei nº 133, de 19 de novembro de 1979, que dispõe sobre atos da Administração Direta e Autárquica do Município do Rio de Ja-neiro e dá outras providências.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que determina o Art. 13 da Lei nº 133, de 19 de novembro de 1979, e o que consta do processo nº 01/7963/93.

DECRETA:

CAPÍTULO 1DA FINALIDADE

Art. 1º Este Decreto regula a forma, a tramita-ção, a divulgação e a guarda dos atos de admi-nistração direta e autárquica do Município do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO LIDA CLASSIFICAÇÃO, DA FORMA PRIVATIVA, DA ELABORAÇÃO E

DA PUBLICAÇÃO

Seção ICLASSIFICAÇÃO

Art. 2º Os atos oficiais da administração direta e autárquica do Município do Rio de Janeiro, observado o disposto nos artigos 73 e 76 da Lei Complementar nº 3, de 22 de setembro de 1976, compreendem:

I – os normativos, instituidores de regra ge-ral de atuação permanente;

II – os não normativos, individualizados e de atuação instantânea.

Seção IIDA FORMA PRIVATIVA

Art. 3º Os atos de competência das autoridades municipais, em sua forma privativa são:

I – do Prefeito, o decreto;

II – dos Secretários Municipais e do Secre-tário-Chefe do Gabinete do Prefeito, a reso-lução;

III – dos Chefes de Gabinete dos Secretários Municipais até os titulares dos órgãos de ní-vel departamental, a portaria;

IV – dos titulares dos órgãos de demais ní-veis, a ordem de serviço;

V – dos órgãos de deliberação coletiva, de natureza não consultiva, a deliberação.

§ 1º Os Presidentes dos órgãos referidos no inciso V, quando competentes para a prática de atos administrativos, expedirão portaria.

§ 2º A resolução denominar-se-á conjunta quando tratar de assunto pertinente à área de competência de mais de uma Secretaria Municipal ou de uma ou mais Secretarias e o Gabinete do Prefeito ou outro órgão dire-tamente subordinado ao Prefeito.

Art. 4º Além dos atos a que se refere o artigo anterior, são de uso comum das autoridades e

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agentes administrativos as instruções, as circu-lares e os de correspondência ordinária.

Seção IIIDA ELABORAÇÃO DOS ATOS DE

NATUREZA NORMATIVA

Art. 5º Os atos a que se refere o art. 3º, deste Decreto, quando normativos, conterão:

I – espécie de ato, sigla do órgão expedidor (quando não se trata de decreto), nume-ração em ordem crescente e ininterrupta, sem renovação anual, e respectiva data;

II – ementa, cuja redação conterá explícita e resumidamente o assunto versado no ato, além de citar dispositivos alterados ou revo-gados, quando for o caso;

III – preâmbulo, contendo referência aos dispositivos constitucionais, legais ou regu-lamentares que alicerçam a expedição do ato bem como ao processo ou outro docu-mento que lhe deu origem;

IV – justificativa da medida adotada, quan-do julgada necessária;

V – texto do ato, redigido com precisão e or-dem lógica, composto de artigos, subdividi-dos, quando couber, em incisos (algarismos romanos) e parágrafos (algarismos arábi-cos), estes em itens (algarismos arábicos) e os itens em alíneas (letras minúsculas);

VI – numeração ordinal abreviada dos arti-gos e parágrafos até o nono e, a seguir, car-dinal;

VII – apresentação dos parágrafos pela ex-pressão "Parágrafo único" ou pelo sinal, conforme o caso;

VIII – grupamento de artigos constituindo a Seção; de Seções, o Capítulo; de Capítu-los, o Título; de Títulos, o Livro; de Livros, a Parte, que poderá ser iniciada pelos termos "Geral" e "Especial" ou por números ordi-nais, escritos por extenso;

IX – declaração do início da vigência;

X – menção específica, quando possível, aos dispositivos revogados ou alterados pelo ato e, em qualquer caso, a fórmula usual "revogadas as disposições em contrário";

XI – fecho com a indicação "Rio de Janeiro", seguida da data da expedição do ato, do numeral ordinal correspondente ao ano da fundação da Cidade quando se tratar de de-creto, bem como a assinatura da autoridade que expedir o ato.

§ 1º Na composição prevista no artigo, des-de que respeitada a sua sequência, não será obrigatória a inclusão de todos os grupa-mentos.

§ 2º A menção específica a que se refere o inciso X deste artigo indicará, se for o caso, expressamente, o antigo Distrito Federal ou o extinto Estado da Guanabara, de onde se originaram os dispositivos revogados ou al-terados.

§ 3º A resolução conjunta a que se refere o parágrafo 2º do art. 3º será designada pela espécie, seguida imediatamente das siglas dos órgãos expedidores, na ordem estabe-lecida no preâmbulo, e sua numeração será crescente e ininterrupta, sem renovação anual, com uma série para cada órgão cuja sigla apareça em primeiro lugar.

Art. 6º Os decretos normativos serão referenda-dos pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Pre-feito, podendo ainda sê-lo por um ou mais Se-cretários Municipais, de acordo com a matéria neles regulamentada e a área de competência respectiva.

Parágrafo único. Obedecer-se-á, na ordem de referendo, à classificação alfabética dos nomes das respectivas Secretarias, exceção feita para a Chefia do Gabinete do Prefeito e para a Procuradoria Geral do Município, cujos titulares assinarão, nesta ordem, logo após o Prefeito.

Art. 7º Obrigarão à Administração Municipal, com idêntica hierarquia aos decretos normati-vos:

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I – as determinações do Prefeito, transmiti-das por ofício-circular do Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito;

II – os pareceres normativos da Procurado-ria Geral do Município, adotados pelo Pre-feito em decisão específica, e publicados no Diário Oficial do Município.

Seção IVDA ELABORAÇÃO DOS ATOS DE NATUREZA NÃO NORMATIVA

Art. 8º São atos não normativos os de pessoal, tais como os que se referem à nomeação e exo-neração de cargo de provimento efetivo ou em comissão, designação e dispensa de função gra-tificada, contratação e rescisão de contrato pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho, progressão funcional, ascensão funcional, apo-sentadoria, disponibilidade, imposiçao de pena-lidade, delegação de competência e designação de servidor para cumprimento de determinada incumbência ou para integrar comissão, grupo de trabalho ou equipe técnica.

Art. 9º Os atos não normativos serão numera-dos dentro da mesma série de atos normativos de igual categoria.

Art. 10. Os atos de pessoal terão numeração própria, em ordem crescente e ininterrupta, renovada anualmente, com a designação de es-pécie seguida da letra "P" e, após o número, a indicação da respectiva data.

Art. 11. A publicação dos atos cuja divulgação não seja obrigatória dependerá de apreciação do Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito.

Seção VDA PUBLICAÇÃO

Art. 12. Revogado.

§ 1º Revogado.

§ 2º As Secretarias Municipais e demais ór-gãos diretamente subordinados ao Prefeito providenciarão a publicação dos respectivos atos, quando for o caso.

Art. 13. Serão, também, publicados no órgão oficial de imprensa:

I – as leis sancionadas ou promulgadas;

II – as razões dos vetos apostos pelo Prefei-to a projeto de lei que, se referentes a vetos parciais, serão publicados em seguida ao texto da lei sancionada correspondente;

III – as razões do veto aposto a projeto de lei após o término de sessão legislativa, cuja publicação será de iniciativa do Prefeito, conforme determina o parágrafo 1º, in fine, do art. 53 da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro.

§ 1º No caso de rejeição de veto parcial, se conveniente, será republicado o texto em vigor, com inclusão, em negrito ou por meio de outro destaque gráfico, das partes veta-das porém mantidas pela Câmara Munici-pal.

§ 2º Quando ocorrer manutenção de veto parcial pela Câmara Municipal, a decisão e a respectiva data serão dadas à divulgação, com indicação de número, data e ementa da lei correspondente.

Art. 14. A publicação de atos de pessoal será feita sempre em extrato, de acordo com os pa-drões fixados pela Secretaria Municipal de Ad-ministração, a quem caberá, também, zelar pelo cumprimento das normas estabelecidas nesta Seção.

Parágrafo único. Na publicação dos atos re-feridos nesta Seção, o órgão responsável, ao remetê-lo ao órgão oficial de imprensa do Município, permanecerá com os autos res-pectivos, se houver, ou apenas com cópia do ato, e certificará o envio do expediente e a data da publicação.

Seção VIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 15. A revogação expressa, total ou parcial, de ato oficial será feita sempre por ato de igual ou maior hierarquia, com específica menção,

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em sua ementa, tanto ao dispositivo modificado ou revogado, quanto ao seu objeto.

Art. 16. O Secretário-Chefe do Gabinete do Pre-feito promoverá as medidas necessárias à corre-ção dos atos submetidos ao Prefeito, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 17. A numeração dos atos do Prefeito será atribuída pelo Secretário-Chefe ao Gabinete do Prefeito.

Art. 18. As Secretarias Municipais e os demais órgãos diretamente subordinados ao Prefeito encarregar-se-ão de expedir os respectivos atos.

Art. 19. As instruções e circulares, sempre que possível, serão aplicadas as disposições do art. 5º, especialmente quanto à sigla do órgão expe-didor.

Art. 20. Os atos de nomeação ou exoneração de cargo em comissão ou efetivo e de designação ou dispensa de função gratificada obedecerão a modelos aprovados pela Secretaria Municipal de Administração.

Art. 21. Os atos a que se refere o art. 3º deste Decreto obedecerão a modelos aprovados pelo Gabinete do Prefeito e não conterão matérias que não sejam entre si conexas.

CAPÍTULO ILIDO RECEBIMENTO DE DOCUMENTOS

NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO

Seção IDA AUTUAÇÃO

Art. 22. O documento recebido se constitui em processo pela autuação.

Parágrafo único. Os documentos que se refiram a situações de trato e solução ime-diatos, pela sua natureza dispensam a au-tuação, sendo anotados, entretanto, para efeito de controle.

Art. 23. No ato do recebimento dos documen-tos será entregue ao interessado cartão de an-damento de processo (impressão padronizada).

Art. 24. Ao ser recebido o documento em órgão de comunicações administrativas, verificar-se á a existência de anexos ou peças integrantes, quando citados.

Art. 25. Serão indicados, no canto superior direi-to da primeira folha do documento, o Gabinete do Prefeito ou a Secretaria Municipal, a unidade orgânica responsável pela autuação, o número do processo e a data da autuação, mediante ca-rimbo padronizado.

Art. 26. Na numeração dos processos, cada ór-gão dos mencionados no artigo anterior usará série própria e seqüencial, iniciada em 01 (um), renovada anualmente e precedida sempre do respectivo código numérico.

Parágrafo único. A numeração prevista nes-te artigo é inalterável, mesmo que o proces-so tramite em outros órgãos da administra-ção municipal que não aquele que lhe deu origem.

Art. 27. O código numérico de que trata o artigo anterior terá a seguinte correspondência:

I – Gabinete do Prefeito – 01/100

II – Rio Centro – 01/200

III – lplan Rio – 01/300

IV – Comlurb – 01/500

V – Guarda Municipal – 01/700

VI – Secretaria Mun. de Urbanismo – 02

VII – Secretaria Mun. de Transportes – 03

VIII – Superintendência Municipal de Trans-portes Urbanos – 03/100

IX – Cia. de Engenharia de Tráfego – 03/100

X – Secretaria Mun. de Fazenda – 04

XI – Secretário Extraordinário de Desenvol-vimento Econômico, Ciência e Tecnologia – 04/115

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XII – Secretaria Mun. de Administração – 05

XIII – Superintendência de Transportes Ofi-ciais – 05/300

XIV – Instituto de Previdência do Município do RJ – 05/500

XV – Fundação João Goulart – 05/600

XVI – Secretaria Mun. de Obras e Serviços Públicos – 06

XVII – Geo Rio – 06/100

XVIII – Depart. Geral de Vias Urbanas – 06/300

XIX – Rio Cop – 06/300

XX – Rio Luz – 06/400

XXI – Rio Urbe – 06/500

XXII – Secret. Mun. de Educação – 07

XXIII – Multi-Rio – 07

XXIV – Secret. Mun. de Desenvolvimento Social – 08

XXV – Fundo-Rio – 08/400

XXVI – Fundação Lar Escola – 08/500

XXVII – Secret. Mun. de Saúde – 09

XXVIII – Secret. Mun. de Governo – 10

XXIX – Defesa Civil – 10

XXX – Imprensa da Cidade – 10

XXXI – Regiões Administrativas – 10 (dez) de 10/25000 a 10999

XXXII – Procuradoria Geral do Município – 11

XXXIII – Secret. Mun. de Cultura – 12

XXXIV – Fundação Rioarte – 12/100

XXXV – Fundação Rio – 12/200

XXXVI – Secret. Extraord. de Turismo – 12/

XXXVII – Riotur – 12/400

XXXVIII – Riofilme – 12/500

XXXIX – Fundação Planetário – 12/600

XL – Controladoria Geral – 13

XLI – Secret. Mun. de Meio Ambiente – 14

XLII – Riozoo – 14

XLIII – Fundação Parques e Jardins – 14

XLIV – Secret. Mun. de Esporte e Lazer – 15

XLV – Fundação Rio Esportes – 15

XLVI – Secret. Extraord. de Assuntos Espe-ciais – 01/

XLVII – Secret. Extraord. de Habitação – 01/

Art. 28. Ocorrendo a descentralização das ativi-dades de protocolo, caberá aos dirigentes dos órgãos mencionados no artigo anterior deter-minar o estabelecimento das faixas numéricas a serem usadas pelos órgãos que devam manter protocolo próprio.

Art. 29. As capas dos processos obedecerão a modelos padronizados.

Art. 30. Constituindo o processo, as folhas nele inseridas serão numeradas e autenticadas, de modo a que se sucedam em ordem cronológica.

§ 1º As folhas de continuação de processo obedecerão a modelo padronizado, com espaços próprios para o preenchimento de indicações com o número do processo, data de autuação e rubrica do primeiro infor-mante da folha.

§ 2º Para efeito de numeração das folhas, considerar-se-á a capa do processo como a primeira.

§ 3º Quando o número de peças o exigir, o processo poderá ser dividido em volumes, com termos de encerramento e abertura, comunicando-se o fato ao órgão responsá-vel pela autuação.

Art. 31. Os processos deverão tramitar sempre com a capa do órgão de origem, na qual somen-te serão registrados os elementos nela indica-

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dos, exceção para a colocação dos graus de sigi-lo ou de celeridade, quando for o caso.

Parágrafo único. As anotações referentes ao controle da tramitação do processo po-derão constar do verso da capa.

Art. 32. Efetuada a autuação, verificar-se-á se existe processo antecedente (mesmo interes-sado, mesmo assunto), arquivado ou não, antes de ser dado andamento, observado, no caso de suspensão ou perempção, o disposto na Seção IV do Capítulo IV.

Parágrafo único. Verificada a existência de processo antecedente, observar-se-á o dis-posto no parágrafo 3º do art. 33.

Seção IIDA JUNTADA, ANEXAÇÃO E

APENSAÇÃO

Art. 33. Juntada é o ato pelo qual se insere em um processo definitivamente, peça que, por sua natureza, dele deve fazer parte integrante.

§ 1º A peça juntada será colocada após a última folha de continuação e numerada segundo a ordem seqüencial existente no processo.

§ 2º A juntada de peça será indicada no cor-po do processo, mencionando-se, ainda, o respectivo número de folhas.

§ 3º Quando se tratar de juntada de proces-so a outro antecedente, terá ele retirada a capa e remuneradas suas folhas de acordo com o parágrafo 1º deste artigo.

Art. 34. Anexação é o ato pelo qual se inserem em processo documento que, por sua natureza, dele não deva fazer parte integrante, mas que seja necessário a seu estudo e apreciação.

§ 1º A peça anexada será colocada depois da última folha do processo, dela separada por uma folha com a indicação Anexos.

§ 2º Quando o volume da peça anexada o exigir, será utilizada capa de documentos (impresso padronizado).

§ 3º Cada peça anexada terá em todas as folhas o número que lhe foi atribuído, bem assim o número do processo em que foi in-cluída e a rubrica do servidor que efetuou a anexação.

§ 4º A anexação será indicada no corpo do processo, mencionando-se a natureza do documento, seu respectivo número e o to-tal de folhas de cada peça anexada.

§ 5º A retirada da peça anexada será indi-cada no processo, devendo constar recibo passado pelo interessado.

Art. 35. Apensação é o ato pelo qual se reúnem um ou mais processos a outro.

§ 1º O processo apensado passará a ser identificado pelo número daquele a que for reunido.

§ 2º A apensação e a desapensação serão anotadas no corpo do processo.

Art. 36. A juntada, a anexação e a apensação poderão ser efetuadas na autuação ou em fase posterior.

Seção IIIDO REGISTRO, DA CLASSIFICAÇÃO

E DA DISTRIBUIÇÃO

Art. 37. O registro de entrada do processo será feito em fichas (impresso padronizado) destina-das aos catálogos numérico cronológico (dados essenciais do processo) e alfabético por nome ou procedência (indicações remissivas).

Art. 38. O registro do andamento do processo será lançado na ficha do catálogo numérico- cronológico.

Art. 39. Além dos catálogos citados no art. 37, poderá ser elaborado catálogo alfabético de as-sunto e o número do processo.

Art. 40. Recebido, registrado e classificado o processo, nele será lançado o encaminhamento e feita a distribuição, mediante guia de remes-sa (impressão padronizado) ou folha em branco carimbada (carimbo padronizado).

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Parágrafo único. Os documentos eventuais de que trata o parágrafo único do art. 22 constarão da guia de remessa pela anota-ção de controle.

CAPÍTULO IVDO PROCESSO ADMINISTRATIVO

DECORRENTE DE REQUERIMENTO

Seção IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 41. Rege-se por este capítulo o processo administrativo decorrente de requerimento ins-taurado no âmbito da administração municipal.

§ 1º Para o efeito do disposto neste capí-tulo, considera-se também requerimento a defesa oferecida contra ato administrativo.

§ 2º Aos processos administrativos regu-lados por legislação específica aplicam-se, subsidiariamente, os preceitos deste capítu-lo e, no que couber, àqueles não decorren-tes de requerimento.

Art. 42. Para postular ou intervir, como parte, no processo administrativo decorrente de re-querimento, é necessário interesse jurídico na providência pleiteada.

Art. 43. É lícito a autoridade administrativa, quando indispensável ao esclarecimento da ma-téria, convocar, para que se pronuncie, terceiro em cuja situação jurídica possa influir a decisão (arts. 54, parágrafo 3º e 59 V).

Art. 44. Nos casos de sucessão inter-vivos ou causa-mortis poderá o sucessor, provada essa qualidade, prosseguir no processo (art. 59, VIII e parágrafo 4º), salvo quando se tratar de direito intransferível.

Parágrafo único. Ciente a administração da ocorrência de sucessão, notificar-se-ão os sucessores (art. 54, parágrafo 3º) e, se nin-guém comparecer no prazo (art. 59, VIII). arquivar se-á o processo.

Art. 45. Nos casos omissos aplicar-se-ão, subsi-diariamente, as disposições da legislação fede-ral e da estadual específicas, e, em tudo o que não contrariar a índole do processo administra-tivo decorrente de requerimento, as da lei pro-cessual civil.

Seção IIDO REQUERIMENTO

Art. 46. O interessado poderá requerer pessoal-mente ou por meio de representante.

Art. 47. O requerimento será sempre dirigido à autoridade competente para apreciar o pedido, mas o erro na indicação não prejudicará a par-te, devendo o processo ser encaminhado, por quem o detiver, à autoridade competente.

Parágrafo único. Os requerimentos de roti-na obedecerão a formulário especializado.

Art. 48. Do requerimento constarão:

I – o nome, a nacionalidade, o estado civil e a residência do requerente, que também indicará, se servidor, o cargo ou o emprego, a respectiva matrícula e a unidade adminis-trativa onde tem exercício;

II – o número e a repartição expedidora de sua carteira de identidade;

III – os fundamentos de fato e de direito da pretensão;

§ 1º Não será recebido e, se o for, não será despachado sem a prévia satisfação da exi-gência o requerimento que não contiver as indicações dos incisos I e li deste artigo.

§ 2º O requerente comunicará a mudança de residência ocorrida no curso do processo administrativo decorrente de requerimen-to, sob pena de valerem as intimações e notificações endereçadas à residência cons-tante do requerimento.

Art. 49. O requerimento será instruído com os documentos necessários, facultando-se, entre-tanto, ao interessado, mediante petição funda-

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mentada, a respectiva juntada ou anexação no curso do processo.

§ 1º Sempre que possível será dispensada a juntada ou anexação de documento, dele extraindo-se os elementos indispensáveis à instrução do processo administrativo decor-rente de requerimento.

§ 2º Os documentos que devem ser junta-dos ou anexados ao processo poderão ser apresentados por cópia, xerocópia ou outra forma de reprodução permanente, sendo exigido, quando necessário, o original para conferência.

§ 3º Nenhum documento que tiver instruí-do o processo administrativo decorrente de requerimento será devolvido sem que dele fique, no processo, cópias ou reprodução autenticada pela repartição.

Seção IIIDO PROCEDIMENTO

Art. 50. Na tramitação do processo administra-tivo decorrente de requerimento, observar se--ão as formalidades impostas pela natureza do pedido e pela estrutura do órgão competente.

Art. 51. No encaminhamento e na instrução do processo, ter-se-á sempre em vista a conveniên-cia da rápida solução, não se formulando senão as exigências estritamente indispensáveis à elu-cidação da matéria, e, sempre que possível, de uma única vez.

§ 1º Quando por mais de um modo se puder praticar ato ou cumprir a exigência, preferir--se-á o menos oneroso para o requerente.

§ 2º O servidor a quem competir informar o processo administrativo decorrente de requerimento e a autoridade à qual tocar a decisão não se eximirão de fazê-lo desde logo se, apesar da inobservância de alguma formalidade, estiverem presentes todos os elementos substancialmente necessários à decisão.

Art. 52. Quando se tiver de pedir o pronuncia-mento de outro órgão, por necessano ao escla-recimento da matéria, versada no processo, far--se-á o pedido, sempre que possível, mediante ofício.

§ 1º Remeter-se-á o processo, todavia, a ou-tro órgão quando o pronunciamento deste depender do exame direto de quaisquer pe-ças.

§ 2º No caso do parágrafo anterior, a remes-sa poderá ser pedida pelo chefe do órgão consultado.

§ 3º Sem prejuízo do disposto neste artigo, dar-se-á aos órgãos interessados conheci-mento das matérias constantes do processo e relacionadas com as respectivas atribui-ções, sempre que necessário, para resguar-dar o interesse público e a harmonia da ati-vidade administrativa.

Art. 53. As partes serão notificadas dos despa-chos em que se lhes formulem exigências e inti-madas das decisões proferidas no processo ad-ministrativo decorrente de requerimento.

§ 1º Da intervenção de terceiros no proces-so administrativo decorrente de requeri-mento será intimada a parte, que sobre ela poderá pronunciar-se (Art.59, IV).

§ 2º Das decisões intimar-se-á também o terceiro que haja ingressado no processo administrativo decorrente de requerimento (Arts. 41 e 43).

Art. 54. As notificações e intimações no proces-so administrativo decorrente de requerimento far-se-ão:

I – pela publicação do despacho ou decisão no órgão oficial de imprensa do Município, com a indicação do número do processo e do nome do respectivo titular;

II – por intermédio do correio, mediante comunicação registrada, ao interessado ou a seu representante, com aviso de recebi-mento (A.R.); ou

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III – pela ciência que do ato venha a ter o interessado ou seu representante:

1) no processo, em razão de compareci-mento espontâneo ou a chamado do órgão onde aquele se encontre;

2) pelo recebimento de auto de infração ou documento análogo.

§ 1º A publicação a que se refere o inciso I deste artigo só valerá como notificação ou intimação se dela constar o teor integral ou resumo esclarecedor do despacho ou da decisão.

§ 2º No caso do item 1, parte final do inciso III deste artigo, uma vez publicado no órgão oficial o chamado para comparecimento, com fixação de prazo, aquele que não com-parecer ter-se-á por notificado ou intimado ao esgotar-se o prazo.

§ 3º As notificações de que tratam os arts. 43 e 44, parágrafo único, far-se-ão por uma das formas previstas nos incisos I e li deste artigo.

Art. 55. Não havendo preJu1zo para o serviço, poderá conceder-se vista do processo adminis-trativo decorrente de requerimento às partes ou a seus representantes no próprio recinto da repartição e no horário de expediente, o que será certificado no processo.

Seção IVDA SUSPENSÃO E DA PEREMPÇÃO

Art. 56. Somente poderá ser suspenso o anda-mento do processo administrativo de requeri-mento a juízo do Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito, do Secretário Municipal ou do diri-gente de outro órgão diretamente subordinado ao Prefeito:

I – se, no seu curso, se instaura processo judicial sobre a matéria versada ou sobre questão de cuja solução dependa a decisão administrativa a ser proferida;

II – a requerimento da parte, desde que o interesse público não contra-indique a sus-pensão;

§ 1º Na hipótese do inciso 1:

1) a suspensão poderá estender-se à lavra-tura de autuações e à imposição de multas;

2) transitada em julgado a decisão judicial ou verificada a paralisação do feito, o pro-cesso administrativo retomará seu curso ou, se resultar sem objeto, será arquivado.

§ 2º Há hipótese do inciso li, o prazo de sus-pensão não excederá de seis meses, ao fim dos quais o processo retomará seu curso, a menos que, nesse ínterim, haja ocorrido fato que justifique o arquivamento.

Art. 57. Decretar-se-á a perempção, arquivan-do-se o processo administrativo decorrente de requerimento, se o interessado não cumprir, no prazo (Art.59, IV), exigência que se lhe haja for-mulado.

§ 1º A perempção será levantada, a qual-quer tempo, mediante o cumprimento das prescrições legais.

§ 2º Não se admitirá levantamento da pe-rempção decretada pela terceira vez no mesmo processo.

Art. 58. Salvo expressa disposição em contrário, o processo arquivado por perempção não retor-nará ao seu curso visando a excluir a incidência de norma jurídica superveniente à sua instaura-ção.

Seção VDOS PRAZOS

Art. 59. Os prazos serão:

I – de 24 horas, para os despachos de sim-ples encaminhamento;

II – de 2 dias, para a remessa do processo a outro órgão;

III – de 8 dias, para o lançamento de infor-mações;

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IV – de 1O dias, para o cumprimento de exi-gências, pronunciamentos sobre interven-ção ou oferecimento de razões quanto a re-curso de terceiros;

V – de 1O dias, para o pronunciamento de terceiro convocado pela administração;

VI – de 30 dias, para a emissão de pareceres e para a prolação de decisões;

VII – de 30 dias, para o pedido de reconsi-deração (Art.65) e para a interposição de recurso;

VIII – de 60 dias, para o comparecimento do sucessor (Art.44) ao processo;

IX – de 48 horas, para o examinador ou pa-recerista declarar-se impedido, justificada-mente, de manifestar-se sobre o objeto da consulta;

§ 1º O prazo a que se refere o inciso IV po-derá ser prorrogado, por igual período, uma única vez, se o interessado o requerer fun-damentando o pedido.

§ 2º Quando, por necessidade do servico, interesse da administração, complexidade da matéria ou outro motivo de força maior, o servidor ou a autoridade tiver de exceder qualquer dos prazos previstos nos incisos 1 , li, Ili e IV, justificará no processo o retarda-mento, sob pena de, não o fazendo, ou não sendo aceitável a justificativa, ser repreen-dido por escrito.

§ 3º Ultrapassado o prazo de 30 dias (inciso VI), ou sua prorrogação por igual período, para a emissão de parecer acerca de minuta de contrato e editais de licitação, o órgão ou entidade consulente não estará adstrito à existência da manifestação solicitada.

§ 4º Os prazos de que tratam os incisos Ili e IV interrompem-se pela formulação de exi-gência à parte ou pelo pedido de pronuncia-mento de outro órgão (Art.52), reiniciando--se o curso, de pleno direito, desde a data em que for cumprida a exigência ou recebi-da a resposta.

§ 5º A inobservância do prazo a que se refe-re o inciso VIII sujeita o infrator às comina-ções legais pertinentes.

Art. 60. Contam-se os prazos:

I – para as autoridades e servidores atuan-tes no processo, desde o efetivo recebimen-to;

II – para as partes a terceiros intervenien-tes, desde a notificação ou intimação.

Parágrafo único. Havendo mais de um inte-ressado, o prazo será comum a todos.

Art. 61. Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia do começo e incluir-se-á o do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se 1mc1am ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

Seção VIDAS DECISÕES E DOS RECURSOS

Art. 62. Toda decisão será fundamentada, ad-mitindo-se, porém, que adote os fundamentos constantes de informação ou parecer, quando numa ou noutro haja de basear-se.

Art. 63. São recorríveis pela parte ou por tercei-ro juridicamente interessado:

I – para o Prefeito, as decisões proferidas pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Pre-feito, por Secretário Municipal ou por outro dirigente de órgão diretamente subordina-do ao Prefeito, em matéria de sua compe-tência originária;

II – para a autoridade imediatamente supe-rior na escala hierárquica, até Secretário--Chefe do Gabinete do Prefeito, o Secretário Municipal ou dirigente de órgão diretamen-te subordinado ao Prefeito, as decisões pro-feridas por outras autoridades.

Parágrafo único. Revogado.

Art. 64. O recurso será interposto por petição fundamentada no próprio processo, perante a

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autoridade que proferiu a decisão e que o enca-minhará, devidamente informado, a autoridade competente para julgá-lo.

Parágrafo único. Se o recorrente for tercei-ro, a parte será intimada da interposição e poderá oferecer razões (Art.59, IV).

Art. 65. Admitir-se-á pedido de reconsideração das decisões proferidas pelo Prefeito, em maté-ria de sua competência originária, desde que o requerente ofereça elementos novos, suscetí-veis de justificar o reexame da questão.

Art. 66. A interposição de recurso não suspende a execução da decisão recorrida, salvo se, ha-vendo motivo relevante e inexistindo proibição legal, assim o determinar, de ofício ou a requeri-mento da parte, a autoridade que tiver proferi-do a decisão ou a competente para julgá lo.

§ 1º A suspensão poderá abranger a lavra-tura de autos de infração e a imposição de multas.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos pedidos de reconsideração.

Art. 67. Ainda nos casos em que não caiba re-curso para o Prefeito, poderá este, de ofício ou mediante requerimento do interessado ou pro-vocação de qualquer autoridade administrativa, avocar o processo para exame direto, decidindo desde logo a matéria ou determinando as provi-dências que lhe parecerem cabíveis.

Seção VIIDA REVISÃO

Art. 68. As decisões do que já não caiba recurso nem pedido de reconsideração encerram a ins-tância administrativa.

§ 1º As decisões de que trata o caput des-te artigo poderão, entretanto, ser revistas, de ofício ou a requerimento do interessado, nos casos previstos neste Decreto, observa-da a prescrição qüinqüenal.

§ 2º A revisão far-se-á no mesmo processo em que se proferiu a decisão.

§ 3º Se se formar novo processo, este será apensado ao anterior.

Art. 69. Será admissível o pedido de revisão.

I – quando o interessado oferecer prova que, por motivo de força maior, não haja podido produzir anteriormente;

II – quando, a juízo da autoridade que tiver proferido a decisão final, ocorrer motivo re-levante que justifique o reexame da maté-ria.

Art. 70. O pedido de revisão será dirigido a au-toridade competente para apreciar a matéria.

§ 1º Na hipótese do inciso li do Art.69, ten-do havido recurso, dirigir-se-á pedido de re-visão à autoridade que o houver julgado, e que poderá:

1) indeferir desde logo o pedido, se enten-der que não se justifica o reexame;

2) reformar a decisão, se os elementos de que dispuser bastarem para convencê-la da procedência do pedido;

3) determinar novo processamento, total ou parcial, se necessitar de outros elemen-tos de convicção.

§ 2º Serão irrecorríveis as decisões a que se referem os itens 1 e 2 do parágrafo 1º, bem como a decisão final que vier a ser proferida no caso do item 3.

Art. 71. A revisão somente poderá ser promovi-da de ofício:

I – pelo Prefeito, quanto às suas decisões;

II – pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito, por Secretário Municipal ou diri-gente de órgão diretamente subordinado ao Prefeito, nos demais casos.

Art. 72. Depois de apreciado o primeiro pedido ou reexaminada ex-officio a matéria, nenhuma decisão poderá ser novamente revista.

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CAPÍTULO VDAS CERTIDÕES, DAS REQUISIÇÕES DE PROCESSOS, DAS INFORMAÇÕES EM MANDADOS DE SEGURANÇA E

DE OUTROS EXPEDIENTES JUDICIAIS.

Art. 73. É assegurada a expedição de certidões de atos de peças de processo administrativo ou de outros documentos, requeridas para defesa de direito próprio ou de terceiro, ou para escla-recimento de situações, nos termos da Consti-tuição Federal.

Art. 74. Do requerimento constará menção ao direito que o requerente entende ter ou sua vin-culação com a situação de que deseja esclareci-mento.

Parágrafo único. Se o requerimento for as-sinado por procurador, deverá ser juntada a procuração.

Art. 75. A competência para decidir sobre pedi-do de certidão é do Secretário-Chefe do Gabi-nete do Prefeito, dos Secretários Municipais, e dos Presidentes de entidades da administração indireta.

Art. 76. A competência para expedir certidões será prevista em ato regimental.

Art. 77. A certidão relativa à vida funcional do servidor, reproduzindo elementos e registros constantes de órgãos municipais da administra-ção direta, será expedida, exclusivamente, pelo órgão central do Sistema de Pessoal Municipal.

Art. 78. A certidão deve ser expedida sem maio-res formalidades ou delongas.

Parágrafo único. Indeferir-se-á o pedido de certidão se:

1) o requerente não tiver interesse no pro-cesso;

2) o pedido representar mero questionário, de caráter opinativo, sem apoio em elemen-tos constantes do processo ou de arquivos públicos;

3) verificado o abuso do direito;

4) a matéria a certificar se referir a:

a) pareceres ou informações não integran-tes do processo administrativo, ou meros estudos da Administração;

b) matéria coberta por sigilo profissional, salvo se a certidão requerida pela pessoa por ele protegida ou pelo próprio profissio-nal.

Art. 79. Caberá pronunciamento da Procurado-ria Geral do Município acerca do teor e da am-plitude da certidão, quando:

1) for requisitada por órgão do Poder Judi-ciário;

2) visar a instrução de processo judicial;

3) a autoridade competente para expedí-la tiver dúvidas sobre o requerimento, docu-mento que o instruírem, ou sobre a maneira de atendê-lo.

Parágrafo único. Nas hipóteses previstas nos incisos I e li, em que o aludido pronun-ciamento é obrigatório, a autoridade, ao encaminhar o processo, deverá instruí-lo previamente com a minuta da certidão a ser expedida.

Art. 80. De qualquer certidão expedida ficará no processo uma via autenticada pela autoridade que houver firmado o original.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a certidões de quitação expe-didas por órgãos do Município, fornecidas em impressos próprios sem constituir pro-cesso.

Art. 81. Nas certidões expedidas pela Secretaria Municipal de Fazenda, relativas à inscrição fiscal de imóveis, incluir-se-á a ressalva de que não te-rão validade para efeitos de averbação no Regis-tro Geral de Imóveis.

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Seção IIDAS REQUISIÇÕES DE PROCESSOS

Art. 82. As requisições de processos na Adminis-tração Municipal serão feitas por dirigentes de órgãos até o nível de Divisão ou por sua delega-ção.

§ 1º As requisições serão encaminhadas mediante formulário (impresso padroniza-do), quando no âmbito da respectiva Secre-taria Municipal ou de órgão diretamente su-bordinado ao Prefeito.

§ 2º Fora do âmbito mencionado no pará-grafo anterior, a requisição será feita por ofício.

Art. 83. Somente nos casos expressos no Códi-go de Processo Civil ou em outra lei federal será obrigatoriamente atendida requisição de pro-cesso administrativo formulada por autoridade não integrante do Poder Executivo Municipal.

§ 1º Em qualquer caso, o processo admi-nistrativo requisitado será encaminhado à autoridade requisitante por intermédio da Procuradoria Geral do Município.

§ 2º A entrega do processo será feita pela Procuradoria Geral do Município com as cautelas de estilo, especialmente recibo dis-criminando o número de páginas do proces-so e de documentos anexos.

Art. 84. Será atendida com prioridade e máxima urgência a requisição, formulada pela Procu-radoria Geral do Município, de processo admi-nistrativo necessário à instrução de pronuncia-mento administrativo ou judicial daquele órgão.

Seção IIIDAS INFORMAÇÕES EM

MANDADOS DE SEGURANÇA

Art. 80. As autoridades administrativas contra as quais for impetrado mandado de segurança remeterão à Procuradoria Geral do Município, na forma do artigo 3º da Lei Federal nº 4.348,

de 26 de junho de 1964, e por intermédio das respectivas Assessorias Jurídicas:

I – cópia autenticada do mandado notifica-tório;

II – elementos e indicações necessários à eventual suspensão da medida liminar e à defesa do ato impugnado;

III – cópia das informações prestadas.

§ 1º Revogado.

§ 2º a remessa do que se contém nos inciso 1 , li e Ili será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contado do recebimento da notificação para prestar informações.

§ 3º As autoridades que receberem notifi-cações a respeito de mandado de segurança deverão, no ato do recebimento, consignar no referido expediente e no recibo corres-pondente a data e hora do recebimento.

Art. 86. Caberá à Procuradoria Geral do Municí-pio redigir as informações e colher os elementos referidos no inciso lI do artigo anterior quando a autoridade impetrada for o Prefeito.

Parágrafo único. Nos demais casos as atri-buições previstas neste artigo competirão às Assessorias Jurídicas dos órgãos e enti-dades interessados, às quais as autoridades impetradas fornecerão os elementos de fato e de direito necessários à redação das informações em tempo hábil.

Art. 87. As Assessorias Jurídicas das Secretarias e das entidades interessadas deverão comuni-car-se de imediato, após recebida a notificação, com a Procuradoria Geral do Município, a fim de que sejam eliminadas quaisquer dúvidas e obti-dos esclarecimentos acaso necessários para as informações a serem prestadas.

Art. 88. A autoridade impetrada cumprirá a me-dida liminar pelo prazo fixado judicialmente ou, se não indicado este expressamente, pelo pra-zo máximo estabelecido na lei federal, devendo restabelecer as situações jurídicas anteriores à liminar tão logo exaurido o prazo de validade

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desta, salvo se tempestivamente notificada de sua dilatação pelo juízo.

§ 1º Na hipótese de liminar concedida sem menção a prazo, a autoridade impetrada mencionará, ao término de suas informa-ções ao juízo, que a medida será atendida pelo prazo de 90 (noventa) dias, nos ter-mos do Art. 1º, alínea "c", da Lei Federal nº 4.348/64, ressalvada nova determinação ju-dicial quanto à sua prorrogação.

§ 2º Na hipótese de a liminar ser concedi-da por prazo igual ou inferior a 90 (noventa) dias, a autoridade impetrada observará nas suas informações que a medida será aten-dida enquanto perdurar o prazo fixado, res-salvada nova determinação judicial quanto à sua prorrogação.

§ 3º A Procuradoria Geral do Município será ouvida, em face de cada caso concreto, an-tes de ser considerado exaurido o prazo de eficácia da medida liminar, e imediatamen-te comunicada de quaisquer determinações judiciais objetivando prorrogar o prazo de vigência da liminar.

Art. 89. Todo expediente relativo a mandado de segurança será imediatamente autuado, rece-bendo na capa, em letras vermelhas, bem visí-veis, a indicação "MANDADO DE SEGURANÇA – URGENTÍSSIMO – SUJEITO A PRAZO JUDICIAL".

Art. 90. As disposições desta Seção aplicam-se, no que couber, às empresas públicas, socieda-des de economia mista e fundações supervisio-nadas.

Seção IVDE OUTROS EXPEDIENTES JUDICIAIS

Art. 91. Os órgãos municipais que receberem expedientes judiciais ou da Procuradoria Geral do Município contendo pedidos de informação relativos a ações judiciais, exceto os atinentes a execuções fiscais, objeto de disciplina específi-ca, atendê-los-ão por intermédio das respecti-vas Assessorias Jurídicas.

§ 1º Terão prioridade absoluta, em sua tra-mitação, os processos referentes a pedidos de informação e diligência formulados pela Procuradoria Geral do Município.

§ 2º As citações, intimações e notificações concernentes a ações judiciais ou reclama-ções trabalhistas relativas às entidades cuja representação judicial caiba à Procuradoria Geral do Município serão a esta imediata-mente remetidas, com os esclarecimentos, documentos e credenciais necessários.

Art. 92. A execução definitiva ou provisória de decisão judicial será sempre precedida de audi-ência da Procuradoria Geral do Município, que orientará a Administração quanto aos atos a praticar.

§ 1º Caberá opinamento prévio da Procura-doria Geral do Município, por determinação do Prefeito, nos pedidos de extensão de jul-gados.

§ 2º Apurada a existência de questão judi-cial correlata, ou que possa influir na deci-são de qualquer requerimento administrati-vo, o processo não terá seguimento sem a audiência da Procuradoria Geral do Municí-pio.

§ 3º As consultas à Procuradoria Geral do Município só poderão ser formuladas por intermédio do Prefeito, do Presidente da Câmara Municipal, do Presidente do Tribu-nal de Contas, do Secretário-Chefe do Gabi-nete do Prefeito ou de Secretários Munici-pais.

§ 4º Os Procuradores do Município em exer-cício na Chefia das Assessorias Jurídicas po-derão solicitar manifestação das procurado-rias especializadas, formulando o objeto da consulta, mediante informação circunstan-ciada, e quesitação necessária.

§ 5º Atendida a consulta, deverá a autorida-de que solicitou o parecer proferir a sua de-cisão ou submeter o expediente ao Prefeito.

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§ 6º As autoridades referidas neste artigo poderão, quando divergirem do parecer emitido pela Procuradoria Geral do Muni-cípio, solicitar-lhe o reexame da matéria, indicando os motivos que informaram a di-vergência.

§ 7º Sempre que julgar conveniente, o Pro-curador Geral do Município, ouvida previa-mente a autoridade solicitante, pedirá ao Prefeito que confira caráter normativo a parecer emitido pela Procuradoria Geral do Município.

§ 8º Nenhum órgão da Administração Mu-nicipal, direta ou indireta, poderá concluir ou decidir em divergência com os pareceres normativos a que se refere o parágrafo an-terior.

CAPÍTULO VIDOS DOCUMENTOS SIGILOSOS

Art. 93. Consideram-se documentos sigilosos, para os efeitos deste Decreto, aqueles que, pela natureza do assunto, devem ser de conheci-mento restrito e requeiram medidas especiais de proteção para guarda, manuseio e divulga-ção.

Art. 94. Revogado.

Art. 95. Revogado.

Art. 96. "Reservado" é o documento cuja ma-téria não deva ser do conhecimento do público em geral.

Parágrafo único. A classificação "reservado" será dada pelos dirigentes de órgãos de ní-vel igual ou superior ao de Divisão.

Art. 97. A autoridade responsável pela classifi-cação inicial, ou a autoridade hierarquicamente superior, poderá alterar ou cancelar a classifica-ção sigilosa do documento, comunicando o fato por meio de despacho no próprio documento ou de ofício dirigido ao responsável pela sua posse e guarda.

Parágrafo único. O responsável pela posse e guarda do documento nele lançará, no caso deste artigo, anotação do cancelamento ou da alteração, mencionando necessariamen-te o expediente que lhe deu causa.

Art. 98. O agente público que tenha a posse ou guarda de documento sigiloso deverá entregá--lo a seu superior imediato quando, por qual-quer motivo, se afastar de suas funções.

Art. 99. Revogado.

Parágrafo único. Revogado.

Art. 100. Em todos os documentos sigilosos, bem como em seus respectivos envelopes ou invólucros, será aposto carimbo, ou etiqueta, in-dicativo da respectiva classificação.

Art. 101. Os documentos sigilosos serão expe-didos e tramitarão de acordo com as seguintes normas:

I – a expedição será sempre em envelope ou em invólucros de papel resistente, que se-rão devidamente fechados ou, se for o caso, amarrados, contendo o carimbo respectivo de que trata o artigo anterior, bem como a rubrica do remetente em etiqueta gamada, que será aposta sobre o respectivo fecho ou amarra;

II - do envelope ou invólucro constarão nome, cargo e endereço do destinatário, número de páginas e anexos, bem como a classificação que tiver o documento;

III – revogado;

IV - os documentos classificados como "re-servados" serão expedidos pelos meios nor-mais;

V - em qualquer caso, o destinatário dará competente recibo, do qual constarão o nú-mero do documento, os nomes e os cargos do remetente e do destinatário, com as res-pectivas matrículas e as datas de expedição e recebimento.

Parágrafo único. Quando, em razão de ofí-cio, o agente público abrir documento re-

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ferente a laudos ou atestados médicos, deverá, em seguida ao conhecimento da matéria, fechá-lo procedendo na forma pre-vista no inciso I deste artigo.

Art. 102. Ao receber documento sigiloso o des-tinatário verificará sua inviolabilidade, inclusive da etiqueta mencionada no inciso I do artigo an-terior, consignando qualquer anormalidade no recibo.

Art. 103. Verificando qualquer ocorrência que possa implicar no comprometimento de ma-téria sigilosa, a autoridade competente deverá tomar incontinenti as providências cabíveis no sentido de avaliar a sua extensão e apurar as responsabilidades.

Art. 104. Os agentes públicos que, de qualquer modo, tiverem a posse, a guarda e o manuseio de documentos sigilosos, ou acesso a eles, são pessoalmente responsáveis, nos âmbitos admi-nistrativo, civil e penal, pelas medidas necessá-rias à sua plena salvaguarda.

Art. 105. Ainda que classificados como docu-mentos sigilosos, os processos administrativos disciplinares poderão ser examinados pelas partes ou por advogados regularmente consti-tuídos, no recinto da repartição e no momento oportuno à produção de defesa, prevista na le-gislação específica.

Art. 106. Os documentos sigilosos só poderão ser reproduzidos mediante expressa permissão da autoridade que lhes deu origem ou da auto-ridade a ela superior.

Art. 107. Sempre que a preparação, impressão ou reprodução de documento sigiloso incumbir a outrem que não seu autor, destinatário ou en-carregado de sua guarda ou posse, deverão ser adotadas todas as medidas necessárias a salva-guarda do sigilo, ficando todos solidariamente responsáveis.

Art. 108. Os documentos sigilosos serão requisi-tados de acordo com a seguinte forma:

I – revogado;

II – os "reservados", pelas autoridades ci-tadas no parágrafo único do Art. 96 e por outros agentes públicos devidamente auto-rizados.

§ 1º Revogado.

§ 2º A requisição de documentos sigilosos será mediante ofício, vedado o emprego de qualquer outro meio de expediente.

Art. 109. Nos casos mencionados no parágrafo 1º do artigo anterior, o documento será encami-nhado à autoridade requisitante por intermédio da Procuradoria Geral do Município.

Parágrafo único. A entrega do documento será feita, com as cautelas previstas no ar-tigo anterior, por meio de ofício, no qual se informará a autoridade requisitante sobre a classificação sigilosa que tiver aquele, solici-tando-lhe sejam tomadas as cabíveis medi-das de salvaguarda.

Art. 110. Revogado.

Parágrafo único. O acesso ao arquivo ou registro dos documentos secretos somente será permitido a pessoas credenciadas pe-las autoridades competentes para conferir o grau de sigilo.

Art. 111. O arquivamento dos documentos re-servados será efetuado de forma comum, res-guardado o sigilo.

Art. 112. Revogado.

Art. 113. Revogado.

Art. 114. Revogado.

Art. 115. Nos casos omissos, no que se refere a documentos sigilosos, aplicar-se-ão supletiva-mente as disposições da legislação federal espe-cífica.

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CAPÍTULO VIIDA CELERIDADE NA TRANSMISSÃO

DOS DOCUMENTOS

Art. 116. Quanto à celeridade na transmissão, os documentos serão classificados em "urgen-tes" e "urgentíssimo", observado, quando for o caso, o disposto no Art.89.

§ 1º O grau "Urgente" será conferido aos documentos que requeiram, na sua tramita-ção ou para seu trato ou solução, celeridade maior que a rotineira.

§ 2º O grau "urgentíssimo" só poderá ser conferido aos documentos que devam ser examinados ou decididos com absoluta prioridade em relação aos demais em tra-mitação.

Art. 117. Só poderão apor a classificação "ur-gentíssimo" o Prefeito, o Secretário-Chefe de Gabinete do Prefeito, os Secretários Municipais e os dirigentes de órgãos e entidades direta-mente subordinados ao Prefeito.

Art. 118. A classificação "urgente" somente poderá ser aposta dirigente de órgãos de nível igual ou superior ao de Divisão.

Art. 119. Os graus instituídos nesta seção serão apostos mediante carimbo padronizado, facul-tado o uso de etiqueta ou de outro meio similar.

CAPÍTULO VIIIDO ARQUIVAMENTO

Art. 120. O arquivamento obedecerá a três fa-ses, corrente, intermediária e permanente.

§ 1º A fase corrente se refere ao arquiva-mento inicial.

§ 2º O arquivamento intermediário e o per-manente serão efeutados em decorrência da avaliação prevista na Seção li deste Ca-pítulo.

Seção IDO ARQUIVAMENTO INICIAL

Art. 121. Os documentos serão arquivados me-diante despacho de dirigentes de órgãos de ní-vel igual ou superior ao de Divisão.

Art. 122. Os processos serão arquivados na uni-dade administrativa em que foram autuados, à exceção daqueles referentes a servidor, cuja guarda ficará a cargo do órgão de pessoal cor-respondente ao de lotação do interessado, bem como daqueles regidos por legislação específi-ca.

Art. 123. Caberá ao Gabinete do Prefeito arqui-var os autógrafos de leis e decretos, excetuados os decretos coletivos de pessoal, cujos originais serão arquivados no órgão central do Sistema de Pessoal do Município.

Parágrafo único. Os originais dos demais atos, bem como as cópias dos atos indivi-duais, serão arquivados no próprio órgão de origem.

Art. 124. A requisiçao de processo arquivado obedecerá ao disposto na Seção li do Capítulo V deste Decreto.

Art. 125. O arquivamento e a requisição de do-cumento considerados sigilosos obedecerão às normas do Capítulo VI deste Decreto.

Seção IIDA AVALIAÇÃO, DA TRANSFERÊNCIA,

DO RECEBIMENTO E DO DESCARTE DE DOCUMENTOS

Art. 126. Em todas as unidades de arquivo pro-ceder-se-á, periodicamente, à avaliação de do-cumentos, por equipe técnica especialmente designada por dirigente de órgão em nível de Departamento, visando a determinar o valor do acervo documental em relação à guarda perma-nente, eventual ou transitória.

§ 1º Documentos de valor permanente são aqueles cuja guarda deva ser definitiva, em razão de comprovarem direitos do Muni-

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cípio ou de terceiros, estabelecerem pre-cedentes ou possuírem valor informativo relevante para a Administração, ou por sua natureza histórica.

§ 2º Documentos transitórios são aqueles cuja guarda é de interesse temporário para a Administração.

§ 3º Documentos eventuais são os de inte-resse passageiro, sem valor de guarda tem-porária ou definitiva.

Art. 127. A equipe técnica citada no artigo ante-rior constituir-se-á de:

I – representante da unidade responsável pelo arquivamento dos documentos a se-rem avaliados;

II – representante do órgão específico de administração da Secretaria Municipal ou de órgão diretamente subordinado ao Pre-feito, em cuja estrutura esteja contida a uni-dade citada no inciso anterior;

III – servidor ocupante de cargo cujas atri-buições exijam saber jurídico para o seu de-sempenho;

IV – representante do Arquivo Geral da Ci-dade do Rio de Janeiro.

Art. 128. Em decorrência da avaliação determi-nada no artigo anterior, serão estabelecidos os prazos de retenção, em tabelas de temporalida-de, aplicáveis, de futuro, a documentos da mes-ma espécie.

Parágrafo único. Fixados os prazos de reten-ção dos documentos, deverão ser ouvidos, conforme o caso, a Procuradoria Geral do Município, vista a sua posição no Sistema Jurídico Municipal, e/ou a Superintendência de Documentação, da Secretaria Municipal de Administração, como órgão central do Sistema de Documentação do Município.

Art. 129. Efetuada a avaliação, os documentos de uso não corrente serão, conforme o caso, re-ciclados após elaboração de termo específico ou preservados no Arquivo Geral da Cidade do

Rio de Janeiro, mediante transferência (arquivo intermediário) ou recolhimento (arquivo per-manente).

§ 1º Na guarda temporária e permanente dos documentos utilizar-se-á a microfilma-gem, quando justificado o interesse da Ad-ministração no emprego desse processo.

§ 2º A utilização do processo de microfilma-gem será objeto de disciplina própria.

Art. 130. Os órgãos da Administração Munici-pal pode destinar os documentos descartáveis a Instituições assistenciais, sem fins lucrativos, interessadas no aproveitamento desse material.

CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 131. As informações, os pronunciamentos e os despachos exarados no processo serão de preferência datilografados, evitando-se espaços em branco e utilizando, sempre que possível, o verso da folha.

Art. 132. A assinatura aposta por servidores em processo será identificada datilograficamente ou mediante carimbo, com nome, cargo e matrí-cula do signatário, admitindo-se a menção em letra de imprensa.

Art. 133. A padronização dos impressos e carim-bos ficará a cargo do órgão competente da Se-cretaria Municipal de Administração.

Art. 134. As disposições do presente Decreto aplicam-se, no que couber, à Administração In-direta e às Fundações do Município do Rio de Janeiro.

Art. 135. Este Decreto entrará em vigor 30 (trin-ta) dias após a sua publicação, revogados os Decretos nº 1, de 30 de abril de 1975; nº 714, de 2 de dezembro de 1976 e nº 868, de 8 de fe-vereiro de 1977, bem como os Decretos nº 467, de 10 de junho de 1961; "N" nº 534, de 10 de janeiro de 1966; "N" nº 1.031, de 22 de março de 1968, "N" nº 1.125, de 10 de setembro de

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de 1968; "E" nº 2.755, de 28 de março de 1969; "E" nº 6.020, de 31 de janeiro de 1973 e "E" nº 6.237, de 22 de junho de 1973, do antigo Estado da Guanabara, e as demais disposições em con-trário."

(Publicado no DO. RIO nº 109, de 19-08-94 – Su-plemento)

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Legislação

DECRETO Nº 13.150/94 – REPUBLICA O DECRETO 2.477/80

Republica o Decreto nº 2.477 de 25 de janeiro de 1980 que regula a Lei nº 133, de 19 de no-vembro de 1979, consolidando as Normas de Procedimento Administrativo do Município do Rio de Janeiro.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e,

CONSIDERANDO as diversas revogações táci-tas e expressas que o Decreto nº 2.477 sofreu com a superveniência dos Decretos nº 5.135 de 20 de maio de 1985, nº 5.661, de 27 de janeiro de 1986, nº 5.828, de 15 de maio de 1986, nº 6.876, de 7 de agosto de 1987, nº 8.337, de 1º de janeiro de 1989, nº 8.573, de 20 de julho de 1989, nº 8.854, de 23 de outubro de 1989, nº 11.940, de 5 de fevereiro de 1993, nº 12.042, de 29 de abril de 1993, nº 12.057, de 3 de maio de 1993, nº 12.276, de 15 de setembro de 1993 e nº 12.696, de 25 de fevereiro de 1994, e CON-SIDERANDO a necessidade de a Administração Municipal consolidar suas normas de procedi-mento,

DECRETA

Art. 1º Fica autorizada a republicação do Decre-to nº 2.477, de 25 de janeiro de 1980.

Art. 2º A Imprensa do Município publicará sepa-rata do Decreto republicado para uso de toda a Administração Pública.

Art. 3º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1994 – 430º de Fundação da CidadeCESAR MAIAD.O. RIO de 19.08.94

ANEXO AO DECRETO Nº 13.150, de 18.08.94

DECRETO nº 2.477 DE 25 DE JANEIRO DE 1980

Regula a Lei nº 133, de 19 de novembro de 1979, que dispõe sobre atos da Administração Direta e Autárquica do Município do Rio de Janeiro, e dá outras providências.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o que determina o art. 13 da Lei nº 133, de 19 de novembro de 1979, e o que consta do processo nº 01/007.963/93,

DECRETA

CAPITULO 1DA FINALIDADE

Art. 1º Este Decreto regula a forma, a tramita-ção, a divulgação e a guarda dos atos da admi-nistração direta e autárquica do Município do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO LIDA CLASSIFICAÇÃO, DA FORMA

PRIVATIVA, DA ELABORAÇÃO E DA PUBLICAÇÃO

Seção 1DA CLASSIFICAÇÃO

Art. 2º Os atos oficiais da administração direta e autárquica do Município do Rio de Janeiro, ob-

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servado o disposto nos arts. 73 a 76 da Lei Com-plementar nº 03, de 22 de setembro de 1976 compreendem:

I – os normativos, instituidores de regra ge-ral de atuação permanente;

II – os não normativos, individualizados e de atuação instantânea.

Seção IIDA FORMA PRIVATIVA

Art. 3º Os atos de competência das autoridades municipais, em sua forma privativa são:

I – do Prefeito, o decreto;

II – dos Secretários Municipais e do Secre-tário-Chefe do Gabinete do Prefeito, a reso-lução;

III – dos Chefes de Gabinete dos Secretários Municipais até os titulares dos órgãos de ní-vel departamental , a portaria;

IV – dos titulares dos órgãos de demais ní-veis, a ordem de serviço;

V – dos órgãos de deliberação coletiva, de natureza não consultiva, a deliberação.

§ 1º Os Presidentes dos órgãos referidos no inciso V, quando competentes para a prática de atos administrativos, expedirão portaria.

§ 2º A resolução denominar-se-á conjunta quando tratar de assunto pertinente à área de competência de mais de uma Secretaria Municipal ou de uma ou mais Secretarias e o Gabinete do Prefeito ou outro órgão dire-tamente subordinado ao Prefeito.

Art. 4º Além dos atos a que se refere o artigo anterior, são de uso comum das autoridades e agentes administrativos as instruções, as circu-lares e os de correspondência ordinária.

Seção IIIDA ELABORAÇÃO DOS ATOS DE

NATUREZA NORMATIVA

Art. 5º Os atos a que se refere o art. 3º deste Decreto, quando normativos, conterão:

I – espécie do ato, sigla do órgão expedidor (quando não se tratar de decreto), nume-ração em ordem crescente e ininterrupta, sem renovação anual e respectiva data;

II – ementa, cuja redação conterá explícita e resumidamente o assunto versado no ato, além de citar dispositivos alterados ou revo-gados, quando for o caso;

III – preâmbulo, contendo referência aos dispositivos constitucionais, legais ou regu-lamentares que alicerçam a expedição do ato bem como ao processo ou outro docu-mento que lhe deu origem;

IV – justificativa da medida adotada, quan-do julgada necessária;

V – texto do ato, redigido com precisão e or-dem lógica, composto de artigos, subdividi-dos, quando couber, em incisos (algarismos romanos) e parágrafos (algarismos arábi-cos), estes em itens (algarismos arábicos) e os itens em alíneas (letras minúsculas);

VI – numeração ordinal abreviada dos arti-gos e parágrafos até o nono e, a seguir, car-dinal;

VII – apresentação dos parágrafos pela ex-pressão "Parágrafo único" ou pelo sinal "§", conforme o caso;

VIII – grupamento de artigos constituindo a Seção; de Seções, o Capítulo de Capítulos, o Título, de Títulos, o Livro e de Livros, a Parte, que poderá ser iniciada pelos termos "Geral" e "Especial" ou por números ordi-nais, escritos por extenso;

IX – declaração do início da vigência;

X – menção específica, quando possível, aos dispositivos revogados ou alterados pelo

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ato e, em qualquer caso, a fórmula usual "revogadas as disposições em contrário";

XI – fecho com a indicação "Rio de Janei-ro", seguida da data da expedição do ato, do numeral ordinal correspondente ao ano da Fundação da Cidade quando se tratar de Decreto, bem como a assinatura da autori-dade que expedir o ato.

§ 1º Na composição prevista no inciso VIli deste artigo, desde que respeitada a sua se-qüência, não será obrigatória a inclusão de todos os agrupamentos.

§ 2º A menção específica a que se refere o inciso X deste artigo indicará, se for o caso, expressamente, o antigo Distrito Federal ou o extinto Estado da Guanabara, de onde se originaram os dispositivos revogados ou al-terados.

§ 3º A resolução conjunta a que se refere o § 2º do art. 3º, será designada pela espécie, seguida imediatamente das siglas dos ór-gãos expedidores, na ordem estabelecida no preâmbulo, e sua numeração será cres-cente e ininterrupta, sem renovação anual, com uma série para cada órgão cuja sigla apareça em primeiro lugar.

Art. 6º Os Decretos normativos serão referen-dados pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito, podendo ainda sê-lo por um ou mais Secretários Municipais, de acordo com a maté-ria neles regulamentada e a área de competên-cia respectiva.

Parágrafo único. Obedecer-se-á, na ordem de referendo, à classificação alfabética dos nomes das respectivas Secretarias, exceção feita para a Chefia do Gabinete do Prefeito e para a Procuradoria Geral do Município, cujos titulares assinarão, nesta ordem, logo após o Prefeito.

Art. 7º Obrigarão à Administração Municipal, com idêntica hierarquia aos Decretos

normativos:

I – as determinações do Prefeito, transmiti-das por ofício-circular do Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito;

II – os pareceres normativos da Procurado-ria Geral do Município, adotados pelo Pre-feito em decisão específica e publicados no Diário Oficial do Município.

Seção IVDA ELABORAÇÃO DOS ATOS DE NATUREZA NÃO NORMATIVA

Art. 8º São atos não normativos os de pessoal, tais como os que se referem à nomeação e exo-neração de cargo de provimento efetivo ou em comissão, designação e dispensa de função gra-tificada, contratação e rescisão de contrato pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho, progressão funcional, ascensão funcional, apo-sentadoria, disponibilidade, imposição de pena-lidade, delegação de competência e designação de servidor para cumprimento de determinada incumbência ou para integrar comissão, grupo de trabalho ou equipe técnica.

Art. 9º Os atos não normativos serão numera-dos dentro da mesma série de atos normativos de igual categoria.

Art. 10. Os atos de pessoal terão numeração própria, em ordem crescente e ininterrupta, renovada anualmente, com a designação de es-pécie seguida da letra "P" e, após o número, a indicação da respectiva data.

Art. 11. A publicação dos atos cuja divulgação não seja obrigatória dependerá de apreciação do Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito.

Seção VDA PUBLICAÇÃO

Art. 12. Revogado

§ 1º Revogado

§ 2º As Secretarias Municipais e demais ór-gãos diretamente subordinados ao Prefeito providenciarão a publicação dos respectivos atos, quando for o caso.

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Art. 13. Serão, também, publicados no órgão oficial de imprensa:

I – as leis sancionadas ou promulgadas;

II – as razões dos vetos opostos pelo Prefei-to a projeto de lei que, se referentes a ve-tos parciais, serão publicadas em seguida ao texto da lei sancionada correspondente;

III – as razões do veto oposto a projeto de lei após o término de sessão legislativa, cuja publicação será de iniciativa do Prefeito, conforme determina o § 1º, "in fine", do art. 53 da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro.

§ 1º No caso de rejeição de veto parcial, se conveniente, será republicado o texto em vigor, com inclusão, em negrito ou por meio de outro destaque gráfico, das partes veta-das porem mantidas pela Câmara Munici-pal.

§ 2º Quando ocorrer manutenção de veto parcial pela Câmara Municipal a decisão e a respectiva data serão dadas à divulgação, com indicação de número, data e ementa da lei correspondente.

Art. 14. A publicação de atos de pessoal será feita sempre em extrato, de acordo com os pa-drões fixados pela Secretaria Municipal de Ad-ministração, a quem caberá, também, zelar pelo cumprimento das normas estabelecidas nesta Seção.

Parágrafo único. Na publicação dos atos re-feridos nesta Seção, o órgão responsável, ao remetê-lo ao órgão oficial de Imprensa do Município, permanecerá com os autos res-pectivos, se houver, ou apenas com cópia do ato, e certificará o envio do expediente e a data da publicação.

Seção VIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 15. A revogação expressa, total ou parcial, de ato oficial será feita sempre por ato de igual ou maior hierarquia, com específica menção,

em sua ementa, tanto ao dispositivo modificado ou revogado, quanto ao seu objeto.

Art. 16. O Secretário-Chefe do Gabinete do Pre-feito promoverá as medidas necessárias à corre-ção dos atos submetidos ao Prefeito, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 17. A numeração dos atos do Prefeito será atribuída pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito.

Art. 18. As Secretarias Municipais e os demais órgãos diretamente subordinados ao Prefeito encarregar-se-ão de expedir os respectivos atos.

Art. 19. Às instruções e circulares, sempre que possível, serão aplicadas as disposições do art. 5º, especialmente quanto à sigla do órgão expe-didor.

Art. 20. Os atos de nomeação ou exoneração de cargo em comissão ou efetivo e de designação ou dispensa de função gratificada obedecerão a modelos aprovados pela Secretaria Municipal da Administração.

Art. 21. Os atos a que se refere o art. 3º deste Decreto obedecerão a modelos aprovados pelo Gabinete do Prefeito e não conterão matérias que não sejam entre si conexas.

CAPÍTULO IIIDO RECEBIMENTO DE DOCUMENTOS

NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO

Seção I DA AUTUAÇÃO

Art. 22. O documento recebido se constitui em processo pela autuação.

Parágrafo único. Os documentos que se refiram à situações de trato e solução ime-diatos, pela sua natureza dispensam a au-tuação, sendo anotados, entretanto, para efeito de controle.

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Art. 23. No ato do recebimento dos documen-tos será entregue ao interessado cartão de an-damento de processo (impresso padronizado).

Art. 24. Ao ser recebido o documento em órgão de comunicações administrativas verificar-se--á a existência de anexos ou peças integrantes, quando citados.

Art. 25. Serão indicados, no canto superior direi-to da primeira folha do documento, o Gabinete do Prefeito ou a Secretaria Municipal, a unidade orgânica responsável pela autuação, o número do processo e a data da autuação, mediante ca-rimbo padronizado.

Art. 26. Na numeração dos processos, cada ór-gão dos mencionados no artigo anterior usará série própria e seqüencial, iniciada em 1 (um), renovada anualmente e precedida sempre do respectivo código numérico.

Parágrafo único. A numeração prevista nes-te artigo é inalterável, mesmo que o proces-so tramite em outros órgãos da administra-ção municipal que não aquele que lhe deu origem.

Art. 27. O código numérico de que trata o artigo anterior terá a seguinte correspondência;

I – GABINETE DO PREFEITO – 01/100

II – RIO CENTRO – 01/200

III – IPLAN RIO – 01/300

IV – COMLURB – 01/500

V – GUARDA MUNICIPAL – 01/700

VI – SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANIS-MO – 02 (zero dois)

VII – SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANS-PORTES – 03/100

VIII – SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANS-PORTES URBANOS – 03/100

IX – COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁ-FEGO – 03/100

X – SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA – 04 (zero quatro)

XI – SECRETARIA ESTRAORDINÁRIA DE DE-SENV. ECONÔMICO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – 04/115

XII – SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINIS-TRAÇÃO – 05 (zero cinco)

XIII – SUPERINTENDÊNCIA DE TRANSPOR-TES OFICIAIS – 05/300

XIV – INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MU-NICÍPIO DO RJ – 05/500

XV – FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – 05/600

XVI – SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E SERV. PÚBLICOS – 06 (zero seis)

XVII – GEO RIO – 06/100

XVIII – DEPARTAMENTO GERAL DE VIAS UR-BANAS – 06/200

XIX – RIO COP – 06/300

XX – RIO LUZ – 06/400

XXI – RIO URBE – 06/600

XXII – SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCA-ÇÃO – 07 (zero sete)

XXIII – MULTI-RIO – 07 (zero sete)

XXIV – SECRETARIA MUNICIPAL DE DESEN-VOLVIMENTO SOCIAL – 08 (zero oito)

XXV – FUNDO-RIO – 08/400

XXVI – FUNDAÇÃO LAR-ESCOLA – 08/500

XXVII – SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – 09 (zero nove)

XXVIII – SECRETARIA MUNICIPAL DE GO-VERNO – 10 (dez)

XXIX – DEFESA CIVIL – 10 (dez)

XXX – IMPRENSA DA CIDADE 10 (dez)

XXXI – REGIÕES ADMINISTRATIVAS – 10 (dez) de 10/25000 a 10999

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XXXII – PROCURADORIA GERAL DO MUNI-CÍPIO – 11 (onze)

XXXIII – SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTU-RA – 12 (doze)

XXXIV – FUNDAÇÃO RIOARTE – 12/100

XXXV – FUNDAÇÃO RIO – 12/200

XXXVI – SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE TURISMO – 12/

XXXVII- RIOTUR – 12/400

XXXVIII – RIOFILME – 12/500

XXXIX – FUNDAÇÃO PLANETÁRIO – 12/600

XL – CONTROLADO RIA GERAL – 13 (treze)

XLI – SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AM-BIENTE – 14 (quatorze)

XLII – RIOZOO – 14 (quatorze)

XLIII – FUNDAÇÃO PARQUES E JARDINS – 14 (quatorze)

XLIV – SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER – (quinze)

XLV – FUNDAÇÃO RIO ESPORTES – 15 (quin-ze)

XLVI – SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE ASSUNTOS ESPECIAIS – 01/

XLVII – SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE HABITAÇÃO – 01/

Art. 28. Ocorrendo a descentralização das ativi-dades de protocolo, caberá aos dirigentes dos órgãos mencionados no artigo anterior deter-minar o estabelecimento das faixas numéricas a serem usadas pelos órgãos que devam manter protocolo próprio.

Art. 29. As capas dos processos obedecerão a modelos padronizados.

Art. 30. Constituído o processo, as folhas nele inseridas serão numeradas e autenticadas, de modo a que se sucedam em ordem cronológica.

§ 1º As folhas de continuação de processo obedecerão a modelo padronizado. com espaços próprios para o preenchimento de indicações com o número do processo, data de autuação e rubrica do primeiro infor-mante da folha.

§ 2º Para efeito de numeração das folhas, considerar-se-á a capa do processo como a primeira.

§ 3º Quando o número de peças o exigir, o processo poderá ser dividido em volumes, com termos de encerramento e abertura, comunicando-se o fato ao órgão responsá-vel pela autuação.

Art. 31. Os processos deverão tramitar sempre com a capa do órgão de origem, na qual somen-te serão registrados os elementos nela indica-dos, exceção para a colocação dos graus de sigi-lo ou de celeridade, quando for o caso.

Parágrafo único. As anotações referentes ao controle da tramitação do processo po-derão constar do verso da capa.

Art. 32. Efetuada a autuação, verificar-se-á se existe processo antecedente (mesmo interes-sado, mesmo assunto), arquivado ou não, antes de ser dado andamento, observado, no caso de suspensão ou perempção, o disposto na Seção IV do Capítulo IV.

Parágrafo único. Verificada a existência de processo antecedente, observar-se-á o dis-posto no § 3º do art. 33.

Seção IIDA JUNTADA, ANEXAÇÃO

E APENSAÇÃO

Art. 33. Juntada é o ato pelo qual se insere em um processo, definitivamente, peça que, por sua natureza, dele deve fazer parte integrante.

§ 1º A peça juntada será colocada após a última folha de continuação e numerada segundo a ordem seqüencial existente no processo.

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§ 2º A juntada de peça será indicada no cor-po do processo, mencionando-se, ainda o respectivo número de folhas.

§ 3º Quando se tratar de juntada de proces-so a outro antecedente, terá ele retirada a capa e remuneradas suas folhas de acordo com o § 1º deste artigo.

Art. 34. Anexação é o ato pelo qual se inserem em processo documento que, por sua natureza, dele não deva fazer parte integrante, mas que seja necessário a seu estudo e apreciação.

§ 1º A peça anexada será colocada depois da última folha do processo, dela separada por uma folha com a indicação Anexos.

§ 2º Quando o volume da peça anexada o exigir, será utilizada capa de documentos (impresso padronizado).

§ 3º Cada peça anexada terá em todas as folhas o número que lhe foi atribuído, bem assim o número do processo em que foi in-cluída e a rubrica do servidor que efetuou a anexação.

§ 4º A anexação será indicada no corpo do processo, mencionando-se a natureza do documento, seu respectivo número e o to-tal de folhas de cada peça anexada.

§ 5º A retirada da peça anexada será indi-cada no processo, devendo constar recibo passado pelo interessado.

Art. 35. Apensação é o ato pelo qual se reúnem um ou mais processos a outro.

§ 1º O processo apensado passará a ser identificado pelo número daquele a que for reunido.

§ 2º A apensação e a desapensação serão anotadas no corpo do processo.

Art. 36. A juntada, a anexação e a apensação poderão ser efetuadas na autuação ou em fase posterior.

Seção IIIDO REGISTRO, DA CLASSIFICAÇÃO

E DA DISTRIBUIÇÃO

Art. 37. O registro de entrada do processo será feito em fichas (impresso padronizado) destina-das aos catálogos numérico cronológico (dados essenciais do processo) e alfabético por nome ou procedência (indicações remissivas).

Art. 38. O registro do andamento do processo será lançado na ficha do catálogo numérico cro-nológico.

Art. 39. Além dos catálogos citados no art. 37, poderá ser elaborado catálogo alfabético de as-sunto e o número do processo.

Art. 40. Recebido, registrado e classificado o processo, nele será lançado o encaminhamento e feita a distribuição, mediante guia de remessa (impresso padronizado) ou folha em branco ca-rimbada (carimbo padronizado).

Parágrafo único. Os documentos eventuais de que trata o parágrafo único do art. 22 constarão da guia de remessa pela anota-ção de controle.

CAPITULO IVDO PROCESSO ADMINISTRATIVO

DECORRENTE DE REQUERIMENTO

Seção IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 41. Rege-se por este capítulo o processo administrativo decorrente de requerimento ins-taurado no âmbito da administração municipal.

§ 1º Para o efeito do disposto neste capí-tulo, considera-se também requerimento a defesa oferecida contra ato administrativo.

§ 2º Aos processos administrativos regu-lados por legislação específica aplicam-se, subsidiariamente, os preceitos deste capítu-

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lo e, no que couber, àqueles não decorren-tes de requerimento.

Art. 42. Para postular ou intervir, como parte, no processo administrativo decorrente de re-querimento é necessário interesse jurídico na providência pleiteada.

Art. 43. É lícito a autoridade administrativa, quando indispensável ao esclarecimento da ma-téria, convocar, para que se pronuncie, terceiro em cuja situação jurídica possa influir a decisão (art. 54, § 3º e 59 V).

Art. 44. Nos casos de sucessão "inter-vivos ou causa-mortis" poderá o sucessor, provada essa qualidade, prosseguir no processo (art. 59, VIII e § 4º), salvo quando se tratar de direito intrans-ferível.

Parágrafo único. Ciente a administração da ocorrência de sucessão, notificar-se-ão os sucessores (art. 54, § 3º) e, se ninguém comparecer no prazo (art. 59, VIII), arquivar se-á o processo.

Art. 45. Nos casos omissos aplicar-se-ão, subsi-diariamente, as disposições da legislação fede-ral e da estadual específicas, e, em tudo o que não contrariar a índole do processo administra-tivo decorrente de requerimento, as da lei pro-cessual civil.

Seção IIDO REQUERIMENTO

Art. 46. O interessado poderá requerer pessoal-mente ou por meio de representante.

Art. 47. O requerimento será sempre dirigido à autoridade competente para apreciar o pedido, mas o erro na indicação não prejudicará a par-te, devendo o processo ser encaminhado, por quem o detiver, à autoridade competente.

Parágrafo único. Os requerimentos de roti-na obedecerão a formulário especializado. Art. 48. Do requerimento constarão:

I – o nome, a nacionalidade, o estado civil e a residência do requerente, que também indicará, se servidor, o cargo ou o emprego,

a respectiva matrícula e a unidade adminis-trativa onde tem exercício;

II – o número e a repartição expedidora de sua carteira de identidade; Ili – os funda-mentos de fato e de direito da pretensão.

§ 1º Não será recebido e, se o for, não será despachado sem a prévia satisfação da exi-gência, o requerimento que não contiver as indicações dos incisos I e 11 deste artigo.

§ 2º O requerente comunicará a mudança de residência ocorrida no curso do processo administrativo decorrente de requerimen-to, sob pena de valerem as intimações e notificações endereçadas à residência cons-tante do requerimento.

Art. 49. O requerimento será instruído com os documentos necessários, facultando-se, entre-tanto, ao interessado, mediante petição funda-mentada, a respectiva juntada ou anexação no curso do processo.

§ 1º Sempre que possível será dispensada a juntada ou anexação de documento, dele extraindo-se os elementos indispensáveis à instrução do processo administrativo decor-rente de requerimento.

§ 2º Os documentos que devem ser junta-dos ou anexados ao processo poderão ser apresentados por cópia, xerocópia ou outra forma de reprodução permanente, sendo exigido, quando necessário, o original para conferência.

§ 3º Nenhum documento que tiver instruí-do o processo administrativo decorrente de requerimento será devolvido sem que dele fique, no processo, cópia ou reprodução au-tenticada pela repartição.

Seção IIIDO PROCEDIMENTO

Art. 50. Na tramitação do processo administrati-vo decorrente de requerimento observar-se-ão as formalidades impostas pela natureza do pe-dido e pela estrutura do órgão competente.

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Art. 51. No encaminhamento e na instrução do processo ter-se-á sempre em vista a conveniên-cia da rápida solução, não se formulando senão as exigências estritamente indispensáveis a elu-cidação da matéria, e, sempre que possível, de uma única vez.

§ 1º Quando por mais de um modo se puder praticar ato ou cumprir a exigência, preferir--se-á o menos oneroso para o requerente.

§ 2º O servidor a quem competir informar o processo administrativo decorrente de requerimento e à autoridade a qual tocar a decisão não se eximirão de fazê-lo desde logo se, apesar da inobservância de alguma formalidade, estiverem presentes todos os elementos substancialmente necessários à informação ou à decisão.

Art. 52. Quando se tiver de pedir o pronuncia-mento de outro órgão, por necessário ao es-clarecimento da matéria versada no processo, far-se-á pedido, sempre que possível, mediante ofício.

§ 1º Remeter-se-á o processo, todavia, a ou-tro órgão quando o pronunciamento deste depender do exame direto de quaisquer pe-ças.

§ 2º No caso do parágrafo anterior, a remes-sa poderá ser pedida pelo chefe do órgão consultado.

§ 3º Sem prejuízo do disposto neste artigo, dar-se-á aos órgãos interessados conheci-mento das matérias constantes do processo e relacionadas com as respectivas atribui-ções, sempre que necessário, para resguar-dar o interesse público e a harmonia da ati-vidade administrativa.

Art. 53. As partes serão notificadas dos despa-chos em que se lhes formulem exigências e inti-madas das decisões proferidas no processo ad-ministrativo decorrente de requerimento.

§ 1º Da intervenção de terceiros no proces-so administrativo decorrente de requeri-

mento será intimada a parte, que sobre ela poderá pronunciar-se (art. 59, IV).

§ 2º Das decisões intimar-se-á também o terceiro que haja ingressado no processo administrativo decorrente de requerimento (arts. 41 e 43).

Art. 54. As notificações e intimações no proces-so administrativo decorrente de requerimento far-se-ão:

I – pela publicação do despacho ou decisão no órgão oficial de imprensa do Município, com a indicação do número do processo e do nome do respectivo titular;

II – por intermédio do correio, mediante comunicação registrada, ao interessado ou a seu representante, com aviso de recebi-mento (A.R), ou

III – pela ciência que do ato venha a ter o interessado ou seu representante:

1. no processo, em razão de compareci-mento espontâneo ou a chamado do órgão onde aquele se encontre;

2. pelo recebimento de auto de infração ou documento análogo.

§ 1º A publicação a que se refere o inciso I deste artigo, valerá como notificação ou intimação se dela constar o teor integral ou resumo esclarecedor do despacho ou da decisão.

§ 2º No caso do item 1, parte final do inciso Ili deste artigo, uma vez publicado no órgão oficial o chamado para comparecimento, com fixação de prazo, aquele que não com-parecer ter-se-á por notificado ou intimado ao esgotar-se o prazo.

§ 3º As notificações de que tratam os arts. 43 e 44, parágrafo único, far-se-ão por uma das formas previstas nos incisos I e 11 deste artigo.

Art. 55. Não havendo prejuízo para o serviço, poderá conceder-se vista do processo adminis-trativo decorrente de requerimento às partes

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ou a seus representantes no próprio recinto da repartição e no horário de expediente, o que será certificado no processo.

Seção IVDA SUSPENSÃO E DA PEREMPÇÃO

Art. 56. Somente poderá ser suspenso o anda-mento do processo administrativo decorrente de requerimento a juízo do Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito, do Secretário Municipal ou do dirigente de outro órgão diretamente su-bordinado ao Prefeito:

I – se, no seu curso se instaura processo judicial sobre a matéria versada ou sobre questão de cuja solução dependa a decisão administrativa a ser proferida;

II – a requerimento da parte, desde que o interesse público não contra-indique a sus-pensão;

§ 1º Na hipótese do inciso 1:

1. a suspensão poderá estender-se à lavra-tura de autuações e à imposição de multas;

2. transitada em julgado a decisão judicial ou verificada a paralisação do feito, o pro-cesso administrativo retomará seu curso ou se resultar sem objeto, será arquivado.

§ 2º Na hipótese do inciso li, o prazo de sus-pensão não excederá de seis meses, ao fim dos quais o processo retomará seu curso, a menos que, nesse ínterim, haja ocorrido fato que justifique o arquivamento.

Art. 57. Decretar-se-á a perempção, arquivan-do-se o processo administrativo decorrente de requerimento, se o interessado não cumprir, no prazo (art. 59, IV), exigência que se lhe haja for-mulado.

§ 1º A perempção será levantada, a qual-quer tempo, mediante o cumprimento das prescrições legais.

§ 2º Não se admitirá levantamento da pe-rempção decretada pela terceira vez no mesmo processo.

Art. 58. Salvo expressa disposição em contrário, o processo arquivado por perempção não retor-nará ao seu curso visando a excluir a incidência de norma jurídica superveniente à sua instaura-ção.

Seção V DOS PRAZOS

Art. 59. Os prazos serão:

I – de 24 horas, para os despachos de sim-ples encaminhamento;

II – de 2 dias, para a remessa do processo a outro órgão;

III – de 8 dias, para o lançamento de infor-mações;

IV – de 10 dias, para o cumprimento de exi-gências, pronunciamentos sobre interven-ção ou oferecimento de razões quanto a re-curso de terceiro;

V – de 10 dias, para o pronunciamento de terceiro convocado pela administração; VI – de 30 dias, para a emissão de pareceres e para a prolação de decisões;

VII – de 30 dias, para o pedido de reconsi-deração (art. 65) e para a interposição de recurso;

VIII – de 60 dias, para o comparecimento do sucessor (art. 44) ao processo;

IX – revogado;

X – de 48 horas para o examinador ou pa-recerista declarar-se impedido, justificada-mente, de manifestar-se sobre o objeto da consulta.

§ 1º O prazo a que se refere o inciso IV po-derá ser prorrogado, por igual período, uma única vez, se o interessado o requerer fun-damentando o pedido.

§ 2º Quando, por necessidade do serviço, interesse da administração, complexidade da matéria ou outro motivo de força maior, o servidor ou a autoridade tiver de exceder

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qualquer dos prazos previstos nos incisos 1, li, Ili e VI, justisficará no processo o retarda-mento, sob pena, de não o fazendo, ou não sendo aceitável a justificativa, ser repreen-dido por escrito.

§ 3º Ultrapassado o prazo de 30 dias (inciso VI), ou sua prorrogação por igual período, para a emissão de parecer acerca de minuta de contrato e editais de licitação, o órgão ou entidade consulente não estará adistrito à existência da manifestação solicitada.

§ 4º Os prazos de que tratam os incisos Ili e IV interrompem-se pela formulação de exi-gência à parte ou pelo pedido de pronuncia-mento de outro órgão (art. 52), reiniciando--se o curso de pleno direito, desde a data em que for cumprida a exigência ou recebi-da a resposta.

§ 5º A inobservância do prazo a que se refe-re o inciso VI11 sujeita o infrator às comina-ções legais pertinentes.

Art. 60. Contam-se os prazos:

I – para as autoridades e servidores atuan-tes no processo, desde o efetivo recebimen-to;

II – para as partes a terceiros intervenien-tes, desde a notificação ou intimação.

Parágrafo único. Havendo mais de um inte-ressado, o prazo será comum a todos.

Art. 61. Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia do começo e incluir-se-á o do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na re-partição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

Seção VIDAS DECISÕES E DOS RECURSOS

Art. 62. Toda decisão será fundamentada, ad-mitindo-se porém, que adote os fundamentos constantes de informação ou parecer, quando numa ou noutro haja de basear-se.

Art. 63. São recorríveis pela parte ou por tercei-ro juridicamente interessado:

I – para o Prefeito, as decisões proferidas pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Pre-feito, por Secretário Municipal ou por outro dirigente de órgão diretamente subordina-do ao Prefeito, em matéria de sua compe-tência originária;

II – para a autoridade imediatamente su-perior na escala hierárquica, até Secretário Chefe do Gabinete do Prefeito, o Secretário Municipal ou dirigente de órgão diretamen-te subordinado ao Prefeito, as decisões pro-feridas por outras autoridades.

Parágrafo único. Revogado.

Art. 64. O recurso será interposto, por petição fundamentada no próprio processo, perante a autoridade que proferiu a decisão e que o enca-minhará, devidamente informado, à autoridade competente para julgá-lo.

Parágrafo único. Se o recorrente for tercei-ro, a parte será intimada da interposição e poderá oferecer razões (art. 59, IV).

Art. 65. Admitir-se-á pedido de reconsideração das decisões proferidas pelo Prefeito, em maté-ria de sua competência originária, desde que o requerente ofereça elementos novos, suscetí-veis de justificar o reexame da questão.

Art. 66. A interposição de recurso não suspende a execução da decisão recorrida, salvo se, ha-vendo motivo relevante e inexistindo proibição legal, assim o determinar, de ofício ou a requeri-mento da parte, a autoridade que tiver proferi-do a decisão ou a competente para julgá-lo.

§ 1º A suspensão poderá abranger a lavra-tura de autos de infração e a imposição de multas.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos pedidos de reconsideração.

Art. 67. Ainda nos casos em que não caiba re-curso para o Prefeito, poderá este, de oficio ou mediante requerimento do interessado ou pro-

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vocação de qualquer autoridade administrativa avocar o processo para exame direto decidindo desde logo a matéria ou determinando as provi-dências que lhe parecerem cabíveis.

Seção VII DA REVISÃO

Art. 68. As decisões do que já não caiba recurso nem pedido de reconsideração encerram a ins-tância administrativa.

§ 1º As decisões de que trata o "caput" des-te artigo, poderão, entretanto, ser revistas de oficio ou a requerimento do interessado, nos casos previstos neste Decreto, observa-da a prescrição qüinqüenal.

§ 2º A revisão far-se-á no mesmo processo em que se proferiu a decisão.

§ 3º Se se formar novo processo, este será apensado ao anterior. Art. 69. Será admissí-vel o pedido de revisão:

I – quando o interessado oferecer prova que, por motivo de força maior, não haja podido produzir anteriormente

II – quando, a juízo da autoridade que tiver proferido a decisão final ocorrer motivo re-levante que justifique o reexame da maté-ria.

Art. 70. O pedido de revisão será dirigido à au-toridade competente para apreciar a matéria.

§ 1º Na hipótese do inciso li do art. 69, ten-do havido recurso, dirigir-se-á o pedido de revisão à autoridade que o houver julgado, e que poderá:

1. indeferir desde logo o pedido, se enten-der que não se justifica o reexame;

2. reformar a decisão, se os elementos de que dispuser bastarem para convencê-la da procedência do pedido;

3. determinar novo processamento, total ou parcial, se necessitar de outros elemen-tos de convicção.

§ 2º Serão irrecorríveis as decisões a que se referem os itens 1 e 2 do § 1º, bem como a decisão final que vier a ser proferida no caso do item 3. Art. 71. A revisão somente poderá ser promovida de oficio:

I – pelo Prefeito, quanto às suas decisões;

II – pelo Secretário-Chefe do Gabinete do Prefeito, por Secretário Municipal ou diri-gente de órgão diretamente subordinado ao Prefeito, nos demais casos.

Art. 72. Depois de apreciado o primeiro pedido ou reexaminada ex-ofício a matéria, nenhuma decisão poderá ser novamente revista.

CAPÍTULO VDAS CERTIDÕES, DAS REQUISIÇÕES DE PROCESSOS, DAS INFORMAÇÕES EM MANDADOS DE SEGURANÇA E

DE OUTROS EXPEDIENTES JUDICIAIS

Seção 1DAS CERTIDÕES

Art. 73. É assegurada a expedição de certidões de atos de peças de processo administrativo ou de outros documentos, requeridas para defesa de direito próprio ou de terceiro, ou para escla-recimento de situações, nos termos da Consti-tuição Federal.

Art. 74. Do requerimento constará menção ao direito que o requerente entende ter ou sua vin-culação com a situação de que deseja esclareci-mento.

Parágrafo único. Se o requerimento for as-sinado por procurador, deverá ser juntada a procuração.

Art. 75. A competência para decidir sobre pedi-do de certidão é do Secretário-Chefe do Gabi-nete do Prefeito, dos Secretários Municipais, e dos Presidentes de entidades da administração indireta.

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Art. 76. A competência para expedir certidões será prevista em ato regimental.

Art. 77. A certidão relativa à vida funcional do servidor, reproduzindo elementos e registros constantes de órgãos municipais da administra-ção direta, será expedida, exclusivamente, pelo órgão central do Sistema de Pessoal Municipal.

Art. 78. A certidão deve ser expedida sem maio-res formalidades ou delongas. Parágrafo único. Indeferir-se-á o pedido de certidão se:

1. o requerente não tiver interesse no pro-cesso;

2. o pedido representar mero questionário, de caráter opinativo, sem apoio em elemen-tos constantes do processo ou de arquivos públicos;

3. verificado o abuso do direito;

4. a matéria a certificar se referir a:

a) pareceres ou informações não integran-tes do processo administrativo, ou meros estudos da Administração;

b) matéria coberta por sigilo profissional, salvo se a certidão for requerida pela pes-soa por ele protegida ou pelo próprio pro-fissional.

Art. 79. Caberá pronunciamento da Procurado-ria Geral do Município acerca do teor e da am-plitude da certidão, quando:

1. for requisitada por órgão do Poder Judi-ciário;

2. visar a instrução de processo judicial;

3. a autoridade competente para expedi-la tiver dúvidas sobre o requerimento, docu-mentos que o instruírem ou sobre a manei-ra de atendê-lo.

Parágrafo único. Nas hipóteses previstas nos incisos I e II, em que o aludido pronun-ciamento é obrigatório a autoridade ao en-caminhar o processo deverá instruí-lo pre-

viamente com a minuta da certidão a ser expedida.

Art. 80. De qualquer certidão expedida ficará no processo uma via autenticada pela autoridade que houver firmado o original.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a certidões de quitação expe-didas por órgãos do Município fornecidas em impressos próprios sem constituir pro-cesso.

Art. 81. Nas certidões expedidas pela Secretaria Municipal de Fazenda, relativas à inscrição fiscal de imóveis, incluir-se-á a ressalva de que não te-rão validade para efeitos de averbação no Regis-tro Geral de Imóveis.

Seção IIDAS REQUISIÇÕES DE PROCESSOS

Art. 82. As requisições de processos na Adminis-tração Municipal serão feitas por dirigentes de órgãos até o nível de Divisão ou por sua delega-ção.

§ 1º As requisições serão encaminhadas mediante formulário (impresso padroniza-do), quando no âmbito da respectiva Secre-taria Municipal ou de órgão diretamente su-bordinada ao Prefeito.

§ 2º Fora do âmbito mencionado no pará-grafo anterior, a requisição será feita por ofício.

Art. 83. Somente nos casos expressos no Códi-go de Processo Civil ou em outra lei federal será obrigatoriamente atendida requisição de pro-cesso administrativo formulada por autoridade não integrante do Poder Executivo Municipal.

§ 1º Em qualquer caso, o processo admi-nistrativo requisitado será encaminhado à autoridade requisitante por intermédio da Procuradoria Geral do Município.

§ 2º A entrega do processo será feita pela Procuradoria Geral do Município com as cautelas de estilo, especialmente recibo dis-

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criminando o número de páginas do proces-so e de documentos anexos.

Art. 84. Será atendida com prioridade e máxima urgência a requisição, formulada pela Procu-radoria Geral do Município, de processo admi-nistrativo necessário à instrução de pronuncia-mento administrativo ou judicial daquele órgão.

Seção IIIDAS INFORMAÇÕES EM

MANDADOS DE SEGURANÇA

Art. 85. As autoridades administrativas contra as quais for impetrado mandado de segurança remeterão à Procuradoria Geral do Município, na forma do art. 3º da Lei Federal nº 4.348, de 26 de junho de 1964, e por intermédio das res-pectivas Assessorias Jurídicas:

I – cópia autenticada do mandado notifica-tório;

II – elementos e indicações necessários à eventual suspensão de medida liminar e à defesa do ato impugnado;

III – cópia das informações prestadas.

§ 1º Revogado.

§ 2º A remessa do que contém nos incisos 1, li e Ili será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento na notificação para prestar informações.

§ 3º As autoridades que receberem notifi-cações a respeito de mandado de segurança deverão, no ato do recebimento, consignar no referido expediente e no recibo corres-pondente a data e a hora do recebimento.

Art. 86. Caberá à Procuradoria Geral do Municí-pio redigir as informações e colher os elementos referidos no inciso 11 do artigo anterior quando a autoridade impetrada for o Prefeito.

Parágrafo único. Nos demais casos as atri-buições previstas neste artigo competirão às Assessorias Jurídicas dos órgãos e enti-dades interessados, às quais as autoridades

necessários à redação das informações em tempo hábil.

Art. 87. As Assessorias Jurídicas das Secretarias e das entidades interessadas deverão comuni-car-se de imediato, após recebida a notificação, com a Procuradoria Geral do Município, a fim de que sejam eliminadas quaisquer dúvidas e obti-dos esclarecimentos acaso necessários para as informações a serem prestadas.

Art. 88. A autoridade impetrada cumprirá es-tritamente a medida liminar pelo prazo fixado judicialmente ou, se não indicado este expres-samente pelo prazo máximo estabelecido na lei federal devendo restabelecer as situações jurídicas anteriores à liminar tão logo exaurido o prazo de validade desta, salvo se tempestiva-mente notificada de sua dilatação pelo juízo.

§ 1º Na hipótese de liminar concedida sem menção a prazo, a autoridade impetrada mencionará, ao término de suas informa-ções ao juízo, que a medida será atendida pelo prazo de 90 (noventa) dias, nos ter-mos do art. 1º, alínea "c", da Lei Federal nº 4.348/64, ressalvada nova determinação ju-dicial quanto à sua prorrogação.

§ 2º Na hipótese de a liminar ser concedi-da por prazo igual ou inferior a 90 (noventa) dias a autoridade impetrada observará nas suas informações que a medida será aten-dida enquanto perdurar o prazo fixado, res-salvada nova determinação judicial quanto à sua prorrogação.

§ 3º A Procuradoria Geral do Município será ouvida, em face de cada caso concreto, an-tes de ser considerado exaurido o prazo de eficácia da medida liminar, e imediatamen-te comunicada de quaisquer determinações judiciais objetivando prorrogar o prazo de vigência da liminar.

Art. 89. Todo expediente relativo a mandado de segurança será imediatamente autuado, rece-bendo na capa, em letras vermelhas, bem visí-veis, a indicação "MANDADO DE SEGURANÇA" – URGENTISSIMO – "SUJEITO A PRAZO JUDICIAL".

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Art. 90. As disposições desta Seção aplicam-se, no que couber, às empresas públicas sociedades de economia mista e fundações supervisiona-das.

Seção IVDE OUTROS EXPEDIENTES JUDICIAIS

Art. 91. Os órgãos municipais que receberem expedientes judiciais ou da Procuradoria Geral do Município contendo pedidos de informação relativos a ações judiciais, exceto os atinentes a execuções fiscais, objeto de disciplina específi-ca, atendê-los-ão por intermédio das respecti-vas Assessorias Jurídicas.

§ 1º Terão prioridade absoluta, em sua tra-mitação, os processos referentes a pedidos de informação e diligência formulados pela Procuradoria Geral do Município.

§ 2º As citações, intimações e notificações concernentes à ações judiciais ou reclama-ções trabalhistas relativas às entidades cuja representação judicial caiba à Procuradoria Geral do Município serão a esta imediata-mente remetidas, com os esclarecimentos, documentos e credenciais necessários.

Art. 92. A execução definitiva ou provisória de decisão judicial será sempre precedida de audi-ência da Procuradoria Geral do Município, que orientará a Administração quanto aos atos a praticar.

§ 1º Caberá opinamento prévio da Procura-doria Geral do Município, por determinação do Prefeito, nos pedidos de extensão de jul-gados.

§ 2º Apurada a existência de questão judi-cial correlata, ou que possa influir na deci-são de qualquer requerimento administrati-vo, o processo não terá seguimento sem a audiência da Procuradoria Geral do Municí-pio.

§ 3º As consultas à Procuradoria Geral do Município só poderão ser formuladas por intermédio do Prefeito, do Presidente da Câmara Municipal, do Presidente do Tribu-

nal de Contas, do Secretário-Chefe do Gabi-nete do Prefeito ou de Secretários Munici-pais.

§ 4º Os Procuradores do Município, em exercício na Chefia das Assessorias Jurí-dicas, poderão solicitar manifestação das Procuradorias Especializadas, formulando o objeto da consulta, mediante informação circunstanciada, e quesitação necessária.

§ 5º Atendida a consulta, deverá a autorida-de que solicitou o parecer proferir a sua de-cisão ou submeter o expediente ao Prefeito.

§ 6º As autoridades referidas neste artigo poderão, quando divergirem do parecer emitido pela Procuradoria Geral do Muni-cípio, solicitar-lhe o reexame da matéria, indicando os motivos que informaram a di-vergência.

§ 7º Sempre que julgar conveniente, o Pro-curador Geral do Município, ouvida previa-mente a autoridade solicitante, pedirá ao Prefeito que confira caráter normativo a parecer emitido pela Procuradoria Geral do Município.

§ 8º Nenhum órgão da Administração Mu-nicipal, direta ou indireta, poderá concluir ou decidir em divergência com os pareceres normativos a que se refere o parágrafo an-terior.

CAPÍTULO VIDOS DOCUMENTOS SIGILOSOS

Art. 93. Consideram-se documentos sigilosos, para os efeitos deste Decreto, aqueles que, pela natureza do assunto, devam ser de conhecimen-to restrito e requeiram medidas especiais de proteção para guarda, manuseio e divulgação.

Art. 94. Revogado.

Art. 95. Revogado.

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Art. 96. "Reservado" é o documento cuja ma-téria não deva ser do conhecimento do público em geral.

Parágrafo único. A classificação "reservado" será dada pelos dirigentes de órgãos de ní-vel igual ou superior ao de Divisão.

Art. 97. A autoridade responsável pela classifi-cação inicial, ou a autoridade hierarquicamente superior, poderá alterar ou cancelar a classifica-ção sigilosa do documento, comunicando o fato por meio de despacho protocolado no próprio documento ou de oficio dirigido ao responsável pela sua posse e guarda.

Parágrafo único. O responsável pela posse e guarda do documento nele lançará, no caso deste artigo, anotação do cancelamento ou da alteração, mencionando necessariamen-te o expediente que lhe deu causa.

Art. 98. O agente público que tenha a posse ou guarda de documento sigiloso deverá entregá--lo a seu superior imediato quando, por qual-quer motivo, se afastar de suas funções.

Art. 99. Revogado Parágrafo único. Revogado

Art. 100. Em todos os documentos sigilosos, bem como em seus respectivos envelopes ou invólucros, será posto carimbo, ou etiqueta, in-dicativo da respectiva classificação.

Art. 101. Os documentos sigilosos serão expe-didos e tramitarão de acordo com as seguintes normas:

I – a expedição será sempre em envelope ou em invólucros de papel resistente, que se-rão devidamente fechados ou, se for o caso, amarrados, contendo o carimbo respectivo de que trata o artigo anterior, bem como a rubrica do remetente em etiqueta gomada, que será posta sobre o respectivo fecho ou amarra;

II – do envelope ou invólucro constarão nome, cargo e endereço do destinatário, número de páginas e anexos, bem como a classificação que tiver o documento;

III – revogado;

IV – os documentos classificados como "re-servados" serão expedidos pelos meios nor-mais;

V – em qualquer caso, o destinatário dará competente recibo, do qual somente cons-tarão o número do documento, os nomes e os cargos do remetente e do destinatário, com as respectivas matrículas e as datas de expedição e recebimento.

Parágrafo único. Quando, em razão de ofí-cio, o agente público abrir documento re-ferente a laudos ou atestados médicos, deverá, em seguida ao conhecimento da matéria, fechá-lo procedendo na forma pre-vista no inciso I deste artigo.

Art. 102. Ao receber documento sigiloso o des-tinatário verificará sua inviolabilidade, inclusive da etiqueta mencionada no inciso I do artigo an-terior, consignando qualquer anormalidade no recibo.

Art. 103. Verificando qualquer ocorrência que possa implicar no comprometimento de ma-téria sigilosa, a autoridade competente deverá tomar "incontinenti" as providências cabíveis no sentido de avaliar a sua extensão e apurar as responsabilidades.

Art. 104. Os agentes públicos que, de qualquer modo, tiverem a posse, a guarda e o manuseio de documentos sigilosos, ou acesso a eles, são pessoalmente responsáveis, nos âmbitos admi-nistrativo, civil e penal, pelas medidas necessá-rias à sua plena salvaguarda.

Art. 105. Ainda que classificados como docu-mentos sigilosos, os processos administrativos disciplinares poderão ser examinados pelas partes ou por advogados regularmente consti-tuídos, no recinto da repartição e no momento oportuno à produção de defesa, prevista na le-gislação específica.

Art. 106. Os documentos sigilosos só poderão ser reproduzidos mediante expressa permissão

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da autoridade que lhes deu origem ou da auto-ridade a ela superior.

Art. 107. Sempre que a preparação, impressão ou reprodução de documento sigiloso incumbir a outrem que não seu autor, destinatário ou en-carregado de sua guarda ou posse, deverão ser adotadas todas as medidas necessárias à salva-guarda do sigilo, ficando todos solidariamente responsáveis.

Art. 108. Os documentos sigilosos serão requisi-tados de acordo com a seguinte forma:

I – revogado;

II – os "reservados", pelas autoridades ci-tadas no parágrafo único do art. 96 e por outros agentes públicos devidamente auto-rizados.

§ 1º Revogado

§ 2º A requisição de documentos sigilosos será feita mediante oficio vedado o empre-go de qualquer outro meio de expediente.

Art. 109. Nos casos mencionados no § 1º do ar-tigo anterior, o documento será encaminhado à autoridade requisitante por intermédio da Pro-curadoria Geral do Município.

Parágrafo único. A entrega do documento será feita, com as cautelas previstas no ar-tigo anterior por meio de oficio, no qual se informará a autoridade requisitante sobre a classificação sigilosa que tiver aquele solici-tando-lhe sejam tomadas as cabíveis medi-das de salvaguarda.

Art. 110. Revogado

Parágrafo único. O acesso ao arquivo ou registro dos documentos secretos somente será permitido à pessoas credenciadas pe-las autoridades competentes para conferir o grau de sigilo.

Art. 111. O arquivamento dos documentos re-servados será efetuado de forma comum res-guardado o sigilo. Art. 112. Revogado

Art. 113. Revogado

Art. 114. Revogado

Art. 115. Nos casos omissos, no que se refere a documentos sigilosos, aplicar-se-ão supletiva-mente as disposições da legislação federal espe-cífica.

CAPÍTULO VIIDA CELERIDADE NA TRAMITAÇÃO

DOS DOCUMENTOS

Art. 116. Quanto à celeridade na tramitação os documentos serão classificados em "urgente" e "urgentíssimo", observado, quando for o caso, o disposto no art. 89.

§ 1º O grau "Urgente" será conferido aos documentos que requeiram, na sua tramita-ção ou para seu trato ou solução, celeridade maior que a rotineira.

§ 2º O grau "urgentíssimo" só poderá ser conferido aos documentos que devam ser examinados ou decididos com absoluta prioridade em relação aos demais em tra-mitação.

Art. 117. Só poderão apor a classificação "ur-gentíssimo" o Prefeito, o Secretário-Chefe de Gabinete do Prefeito, os Secretários Municipais e os dirigentes de órgãos e entidades direta-mente subordinados ao Prefeito.

Art. 118. A classificação "urgente" somente po-derá ser aposta por dirigente de órgãos de nível igual ou superior ao de Divisão.

Art. 119. Os graus instituídos nesta seção serão apostos mediante carimbo padronizado faculta-do o uso de etiqueta ou de outro meio similar.

CAPÍTULO VIII DO ARQUIVAMENTO

Art. 120. O arquivamento obedecerá a três fa-ses: corrente, intermediária e permanente.

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§ 1º A fase corrente se refere ao arquiva-mento inicial.

§ 2º O arquivamento intermediário e o per-manente serão efetuados em decorrência da avaliação prevista na Seção 11 deste Ca-pítulo.

Seção IDO ARQUIVAMENTO INICIAL

Art. 121. Os documentos serão arquivados me-diante despacho de dirigentes de órgãos de ní-vel igual ou superior ao de Divisão.

Art. 122. Os processos serão arquivados na uni-dade administrativa em que foram autuados à exceção daqueles referentes a servidor, cuja guarda ficará a cargo do órgão de pessoal cor-respondente ao de lotação do interessado, bem como daqueles regidos por legislação específi-ca.

Art. 123. Caberá ao Gabinete do Prefeito arqui-var os autógrafos de leis e decretos, excetuados os decretos coletivos de pessoal, cujos originais serão arquivados no órgão central do Sistema de Pessoal do Município.

Parágrafo único. Os originais dos demais atos, bem como as cópias dos atos indivi-duais, serão arquivados no próprio órgão de origem.

Art. 124. A requisição de processo arquivado obedecerá ao disposto na Seção li do Capítulo V deste Decreto.

Art. 125. O arquivamento e a requisição de do-cumento considerado sigiloso obedecerão às normas do Capítulo VI deste Decreto.

Seção IIDA AVALIAÇÃO, DA TRANSFERÊNCIA, DO RECOLHIMENTO E DO DESCARTE

DE DOCUMENTOS

Art. 126. Em todas as unidades de arquivo pro-ceder-se-á, periodicamente, à avaliação de do-cumentos, por equipe técnica especialmente designada por dirigente de órgão em nível de

Departamento visando a determinar o valor do acervo documental em relação à guarda perma-nente, eventual ou transitória.

§ 1º Documentos de valor permanente são aqueles cuja guarda deva ser definitiva, em razão de comprovarem direitos do Muni-cípio ou de terceiros, estabelecerem pre-cedentes ou possuírem valor informativo relevante para a Administração, ou por sua natureza histórica.

§ 2º Documentos transitórios são aqueles cuja guarda é de interesse temporário para a Administração.

§ 3º Documentos eventuais são os de inte-resse passageiro, sem valor de guarda tem-porária ou definitiva.

Art. 127. A equipe técnica citada no artigo ante-rior constituir-se-á de:

I – representante da unidade responsável pelo arquivamento dos documentos a se-rem avaliados;

II – representante do órgão específico de administração da Secretaria Municipal ou da órgão diretamente subordinado ao Pre-feito em cuja estrutura esteja contida a uni-dade citada no inciso anterior;

III – servidor ocupante de cargo cujas atri-buições exijam saber jurídico para o seu de-sempenho;

IV – representante do Arquivo Geral da Ci-dade do Rio de Janeiro.

Art. 128. Em decorrência da avaliação determi-nada no artigo anterior serão estabelecidos os prazos de retenção, em tabelas de temporalida-de, aplicáveis, de futuro, a documentos da mes-ma espécie.

Parágrafo único. Fixados os prazos de reten-ção dos documentos, deverão ser ouvidos, conforme o caso, a Procuradoria Geral do Município, vista a sua posição no Sistema Jurídico Municipal, e/ou a Superintendência de Documentação, da Secretaria Municipal

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de Administração, como órgão central do Sistema de Documentação do Município.

Art. 129. Efetuada a avaliação, os documentos de uso não corrente serão, conforme o caso, re-ciclados após elaboração de termo específico ou preservados no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, mediante transferência (arquivo intermediário) ou recolhimento (arquivo per-manente).

§ 1º Na guarda temporária e permanente dos documentos utilizar-se-á a microfilma-gem, quando justificado o interesse da Ad-ministração no emprego desse processo.

§ 2º A utilização do processo de microfilma-gem será objeto de disciplina própria.

Art. 130. Os órgãos da Administração Municipal podem destinar os documentos descartáveis a Instituições assistenciais, sem fins lucrativos, in-teressadas no aproveitamento desse material.

CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 131. As informações, os pronunciamentos e os despachos exarados no processo serão de preferência datilografados, evitando-se espaços em branco e utilizando, sempre que possível, o verso da folha.

Art. 132. A assinatura aposta por servidores em processo será identificada datilograficamente ou mediante carimbo, com nome, cargo e matrí-cula do signatário, admitindo-se a menção em letra de imprensa.

Art. 133. A padronização dos impressos e carim-bos ficará a cargo do órgão competente da Se-cretaria Municipal de Administração.

Art. 134. As disposições do presente Decreto aplicam-se, no que couber, à Administração In-direta e às Fundações do Município do Rio de Janeiro.

Art. 135. Este Decreto entrará em vigor 30 (trin-ta) dias após a sua publicação, revogados os De-

cretos nº 01, de 30 de abril de 1975, nº 714 de 2 de dezembro de 1976, e 868, de 8 de fevereiro de 1977, bem como os Decretos nº 467, de 10 de junho de 1961, "N" nº 534, de 10 de janeiro de 1966, "N" nº 1.031, de 22 de março de 1968, "N" nº 1.125, de 1O de setembro de 1968, "E" nº 2.755, de 28 de março de 1969, "E" nº 6.020, de 31 de janeiro de 1973, e "E" nº 6.237, de 22 de junho de 1973, do antigo Estado da Guana-bara, e as demais disposições em contrário.

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Direito Administrativo

SERVIÇOS PÚBLICOS

Conceito:

É a atividade exercida pelo Poder Público, direta ou indiretamente, objetivando a realização daquilo que se entende por estar de acordo com as suas finalidades e as suas tarefas.

Princípios mais relevantes:

1. Continuidade

2. Cortesia

3. Eficiência

4. Segurança

5. Atualidade

6. Regularidade

7. Modicidade

8. Generalidade

Classificação dos Serviços Públicos:

1. Próprios

2. De utilidade pública

3. Uti universi

4. Uti singuli

5. Compulsórios

6. Facultativos

7. Adequados

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Concessão de serviços:

Ocorre quando o Poder Público delega a prestação de serviços públicos para entidades públicas ou privadas que executam os mesmos por sua conta e risco, sendo que a remuneração é paga, em regra, pelo usuário.

O respaldo legal da sobrecitada concessão encontra-se regulado na Lei Nacional nº 8.987/95.

Permissão de serviços:

Guarda muita semelhança com a concessão possuindo apenas algumas diferenças, sendo a principal, o seu caráter mais temporário, ou seja, menos duradouro.

O enquadramento legal também encontra-se inserido na Lei Nacional nº 8.987/95.

Autorização de serviços:

É composta por três modalidades:

a) autorização de uso;

b) autorização de atos privados controlados;

c) autorização de serviços públicos.

No que for cabível, segue as normas da concessão e da permissão de serviços públicos, porém, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei Nacional nº 8.666/93 (lei de licitações e contratos administrativos), a autorização de serviços poderá ser dispensável ou inexigível.

Parceria público-privada:

É normatizada pela Lei nº 11.079/04.

É uma forma especial de concessão de serviços públicos.

Existem duas modalidades:

a) concessão patrocinada;

b) concessão administrativa.

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Direito Administrativo – Serviços Públicos – Prof. Leandro Roitman

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Consórcios públicos:

Os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e municípios) podem formar entre si, consórcios públicos para a realização de objetivos comuns.

Formas:

a) associação pública;

b) pessoa jurídica de direito privado.

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Direito Administrativo

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL, OBJETIVO E FINALIDADE

Seção II DAS DEFINIÇÕES

Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:

I – Obra – toda construção, reforma, fabri-cação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;

II – Serviço – toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demoli-ção, conserto, instalação, montagem, ope-ração, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico--profissionais;

III – Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;

IV – Alienação – toda transferência de do-mínio de bens a terceiros;

V – Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;

VI – Seguro-Garantia – o seguro que garan-te o fiel cumprimento das obrigações assu-midas por empresas em licitações e contra-tos;

VII – Execução direta – a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;

VIII – Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qual-quer das seguintes modalidades:

VIII – Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qual-quer dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

b) empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou do servi-ço por preço certo de unidades determina-das;

c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) tarefa – quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

e) empreitada integral – quando se contra-ta um empreendimento em sua integrali-dade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condi-ções de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utiliza-ção em condições de segurança estrutural e operacional e com as características ade-quadas às finalidades para que foi contra-tada;

IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de pre-cisão adequado, para caracterizar a obra ou

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serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos prelimina-res, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambien-tal do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos consti-tutivos com clareza;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a mi-nimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especi-ficações que assegurem os melhores resul-tados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, ins-talações provisórias e condições organiza-cionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de li-citação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de supri-mentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

X – Projeto Executivo – o conjunto dos ele-mentos necessários e suficientes à execu-ção completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas – ABNT;

XI – Administração Pública – a administra-ção direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abran-gendo inclusive as entidades com persona-lidade jurídica de direito privado sob con-trole do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;

XII – Administração – órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Adminis-tração Pública opera e atua concretamente;

XIII – Imprensa Oficial – veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sen-do para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respec-tivas leis; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV – Contratante – é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;

XV – Contratado – a pessoa física ou jurídi-ca signatária de contrato com a Administra-ção Pública;

XVI – Comissão – comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitan-tes.

XVII – produtos manufaturados nacionais – produtos manufaturados, produzidos no território nacional de acordo com o proces-so produtivo básico ou com as regras de ori-gem estabelecidas pelo Poder Executivo fe-deral; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XVIII – serviços nacionais – serviços pres-tados no País, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XIX – sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos – bens e servi-ços de tecnologia da informação e comuni-cação cuja descontinuidade provoque dano significativo à administração pública e que

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Direito Administrativo – Fundameto Constitucional, Objetivo e Finalidade – Prof. Leandro Roitman

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envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações crí-ticas: disponibilidade, confiabilidade, segu-rança e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XX – produtos para pesquisa e desenvol-vimento – bens, insumos, serviços e obras necessários para atividade de pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento de tecnologia ou inovação tecnológica, dis-criminados em projeto de pesquisa apro-vado pela instituição contratante. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

Seção IIIDAS OBRAS E SERVIÇOS

Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao dis-posto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:

I – projeto básico;

II – projeto executivo;

III – execução das obras e serviços.

§ 1º A execução de cada etapa será obriga-toriamente precedida da conclusão e apro-vação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual po-derá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administra-ção.

§ 2º As obras e os serviços somente pode-rão ser licitados quando:

I – houver projeto básico aprovado pela au-toridade competente e disponível para exa-me dos interessados em participar do pro-cesso licitatório;

II – existir orçamento detalhado em plani-lhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;

III – houver previsão de recursos orçamen-tários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou servi-ços a serem executadas no exercício finan-ceiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;

IV – o produto dela esperado estiver con-templado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Consti-tuição Federal, quando for o caso.

§ 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos exe-cutados e explorados sob o regime de con-cessão, nos termos da legislação específica.

§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou execu-tivo.

§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similari-dade ou de marcas, características e espe-cificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de adminis-tração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.

§ 6º A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos re-alizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.

§ 7º Não será ainda computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a atualização mo-netária das obrigações de pagamento, des-de a data final de cada período de aferição até a do respectivo pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios estabele-cidos obrigatoriamente no ato convocató-rio.

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§ 8º Qualquer cidadão poderá requerer à Administração Pública os quantitativos das obras e preços unitários de determinada obra executada.

§ 9º O disposto neste artigo aplica-se tam-bém, no que couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve programar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considera-dos os prazos de sua execução.

Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou comprovado mo-tivo de ordem técnica, justificados em des-pacho circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 9º Não poderá participar, direta ou indire-tamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles ne-cessários:

I – o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

II – empresa, isoladamente ou em consór-cio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controla-dor, responsável técnico ou subcontratado;

III – servidor ou dirigente de órgão ou en-tidade contratante ou responsável pela lici-tação.

§ 1º É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o in-ciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, super-visão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada.

§ 2º O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto execu-tivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administra-ção.

§ 3º Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a existên-cia de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou traba-lhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pe-los serviços, fornecimentos e obras, incluin-do-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.

§ 4º O disposto no parágrafo anterior apli-ca-se aos membros da comissão de licita-ção.

Art. 10. As obras e serviços poderão ser execu-tados nas seguintes formas: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – execução direta;

II – execução indireta, nos seguintes regi-mes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) empreitada por preço global;

b) empreitada por preço unitário;

c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) tarefa;

e) empreitada integral.

Parágrafo único. (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 11. As obras e serviços destinados aos mes-mos fins terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes, exceto quando o projeto--padrão não atender às condições peculiares do local ou às exigências específicas do empreen-dimento.

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Direito Administrativo – Fundameto Constitucional, Objetivo e Finalidade – Prof. Leandro Roitman

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Art. 12. Nos projetos básicos e projetos exe-cutivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos: (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – segurança;

II – funcionalidade e adequação ao interes-se público;

III – economia na execução, conservação e operação;

IV – possibilidade de emprego de mão-de--obra, materiais, tecnologia e matérias--primas existentes no local para execução, conservação e operação;

V – facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

VI – adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas; (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

VII – impacto ambiental.

Seção IVDOS SERVIÇOS TÉCNICOS

PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

I – estudos técnicos, planejamentos e pro-jetos básicos ou executivos;

II – pareceres, perícias e avaliações em ge-ral;

III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV – fiscalização, supervisão ou gerencia-mento de obras ou serviços;

V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

VIII – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especiali-zados deverão, preferencialmente, ser cele-brados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remu-neração.

§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.

§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente rela-ção de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilida-de de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pes-soal e diretamente os serviços objeto do contrato.

Seção V DAS COMPRAS

Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a ade-quada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamen-to, sob pena de nulidade do ato e responsabili-dade de quem lhe tiver dado causa.

Art. 15. As compras, sempre que possível, de-verão: (Regulamento) (Regulamento) (Regula-mento) (Vigência)

I – atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especifi-cações técnicas e de desempenho, obser-vadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

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II – ser processadas através de sistema de registro de preços;

III – submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor pri-vado;

IV – ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as pe-culiaridades do mercado, visando economi-cidade;

V – balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Adminis-tração Pública.

§ 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.

§ 2º Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Admi-nistração, na imprensa oficial.

§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as se-guintes condições:

I – seleção feita mediante concorrência;

II – estipulação prévia do sistema de con-trole e atualização dos preços registrados;

III – validade do registro não superior a um ano.

§ 4º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contra-tações que deles poderão advir, ficando--lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do regis-tro preferência em igualdade de condições.

§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser informatizado.

§ 6º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.

§ 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda:

I – a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca;

II – a definição das unidades e das quanti-dades a serem adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, cuja esti-mativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação;

III – as condições de guarda e armazena-mento que não permitam a deterioração do material.

§ 8º O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.

Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração Di-reta ou Indireta, de maneira a clarificar a identi-ficação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutina-das por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de lici-tação previstos no inciso IX do art. 24. (In-cluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Seção VI DAS ALIENAÇÕES

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I – quando imóveis, dependerá de autoriza-ção legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacio-

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nais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrên-cia, dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação em pagamento;

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, res-salvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Re-dação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;

d) investidura;

e) venda a outro órgão ou entidade da ad-ministração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamen-to, concessão de direito real de uso, loca-ção ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de pro-gramas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei nº 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

h) alienação gratuita ou onerosa, afora-mento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imó-veis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos

ou entidades da administração pública; (In-cluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde in-cidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhen-tos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009)

II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avalia-ção de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;

b) permuta, permitida exclusivamente en-tre órgãos ou entidades da Administração Pública;

c) venda de ações, que poderão ser nego-ciadas em bolsa, observada a legislação es-pecífica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

e) venda de bens produzidos ou comerciali-zados por órgãos ou entidades da Adminis-tração Pública, em virtude de suas finalida-des;

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administra-ção Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

§ 1º Os imóveis doados com base na alí-nea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, re-verterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo be-neficiário.

§ 2º A Administração também poderá con-ceder título de propriedade ou de direito

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real de uso de imóveis, dispensada licita-ção, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

I – a outro órgão ou entidade da Adminis-tração Pública, qualquer que seja a localiza-ção do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requi-sitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quin-ze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Reda-ção dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2º fi-cam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes con-dicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

I – aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja compro-vadamente anterior a 1º de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – submissão aos demais requisitos e im-pedimentos do regime legal e administrati-vo da destinação e da regularização fundiá-ria de terras públicas; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

III – vedação de concessões para hipóte-ses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras pú-blicas, ou nas normas legais ou administra-tivas de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV – previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º des-te artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

I – só se aplica a imóvel situado em zona ru-ral, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – fica limitada a áreas de até quinze mó-dulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; (Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)

III – pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alí-nea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008)

§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resul-tante de obra pública, área esta que se tor-nar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Públi-co, de imóveis para fins residenciais cons-truídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dis-pensáveis na fase de operação dessas uni-dades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 4º A doação com encargo poderá ser lici-tada, e de seu instrumento constarão, obri-

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gatoriamente, os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato.

§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoria-mente os encargos, o prazo de seu cumpri-mento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a lici-tação no caso de interesse público devida-mente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garan-tidas por hipoteca em segundo grau em fa-vor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inci-so II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia cor-respondente a 5% (cinco por cento) da avalia-ção.

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pú-blica, cuja aquisição haja derivado de procedi-mentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:

I – avaliação dos bens alienáveis;

II – comprovação da necessidade ou utilida-de da alienação;

III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou lei-lão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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Direito Administrativo

LICITAÇÃO – PRINCÍPIOS

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui-ção Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I DOS PRINCÍPIOS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinen-tes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe-deral e dos Municípios.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administra-ção direta, os fundos especiais, as autar-quias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publici-dade, compras, alienações, concessões, per-missões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão ne-

cessariamente precedidas de licitação, ressalva-das as hipóteses previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, con-sidera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administra-ção Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vín-culo e a estipulação de obrigações recípro-cas, seja qual for a denominação utilizada.

Art. 3º A licitação destina-se a garantir a obser-vância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a ad-ministração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julga-da em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao ins-trumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 1º É vedado aos agentes públicos:

I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos ca-sos de sociedades cooperativas, e estabele-çam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos lici-tantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específi-co objeto do contrato, ressalvado o dispos-to nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

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II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previ-denciária ou qualquer outra, entre empre-sas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguin-te e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de ou-tubro de 1991.

§ 2º Em igualdade de condições, como cri-tério de desempate, será assegurada pre-ferência, sucessivamente, aos bens e servi-ços:

II – produzidos no País;

III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.

IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-mento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdên-cia Social e que atendam às regras de aces-sibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo pú-blicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

I – produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

II – bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimen-to de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às re-gras de acessibilidade previstas na legisla-ção. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será estabelecida com base em estu-dos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) (Vide Decreto nº 7.709, de 2012) (Vide De-creto nº 7.713, de 2012) (Vide Decreto nº 7.756, de 2012)

I – geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

II – efeito na arrecadação de tributos fede-rais, estaduais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

III – desenvolvimento e inovação tecnológi-ca realizados no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

IV – custo adicional dos produtos e servi-ços; e (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

V – em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 7º Para os produtos manufaturados e ser-viços nacionais resultantes de desenvolvi-mento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5º. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)

§ 8º As margens de preferência por produ-to, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5º e 7º, se-rão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento)

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sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)

§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)

I – à quantidade a ser adquirida ou contra-tada; ou (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

II – ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 10. A margem de preferência a que se re-fere o § 5º poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços origi-nários dos Estados Partes do Mercado Co-mum do Sul – Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)

§ 11. Os editais de licitação para a contra-tação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autorida-de competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de pro-cesso isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabe-lecida pelo Poder Executivo federal. (Inclu-ído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide De-creto nº 7.546, de 2011)

§ 12. Nas contratações destinadas à implan-tação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a lici-tação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e pro-duzidos de acordo com o processo produ-

tivo básico de que trata a Lei nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)

§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício financeiro, a relação de empre-sas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destina-dos a cada uma delas. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contra-tos devem privilegiar o tratamento diferen-ciado e favorecido às microempresas e em-presas de pequeno porte na forma da lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

§ 15. As preferências dispostas neste artigo prevalecem sobre as demais preferências previstas na legislação quando estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços es-trangeiros. (Incluído pela Lei Complemen-tar nº 147, de 2014)

Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cida-dão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impe-dir a realização dos trabalhos.

Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato adminis-trativo formal, seja ele praticado em qual-quer esfera da Administração Pública.

Art. 5º Todos os valores, preços e custos utili-zados nas licitações terão como expressão mo-netária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferen-ciada de recursos, a estrita ordem cronológica

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das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse públi-co e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada.

§ 1º Os créditos a que se refere este artigo terão seus valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor.

§ 2º A correção de que trata o parágrafo an-terior cujo pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das mesmas do-tações orçamentárias que atenderam aos créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 5º-A. As normas de licitações e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

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Direito Administrativo

CONTRATAÇÃO DIRETA

Art. 24. É dispensável a licitação:

I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite pre-visto na alínea "a", do inciso I do artigo an-terior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III – nos casos de guerra ou grave perturba-ção da ordem;

IV – nos casos de emergência ou de calami-dade pública, quando caracterizada urgên-cia de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segu-rança de pessoas, obras, serviços, equipa-mentos e outros bens, públicos ou particu-lares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos con-tratos;

V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;

VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente supe-riores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pe-los órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constan-te do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48)

VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzi-dos ou serviços prestados por órgão ou en-tidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim espe-cífico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compa-tível com o praticado no mercado; (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IX – quando houver possibilidade de com-prometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presi-dente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento)

X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades

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precípuas da administração, cujas necessi-dades de instalação e localização condicio-nem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segun-do avaliação prévia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conse-qüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licita-ção anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas di-retamente com base no preço do dia; (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII – na contratação de instituição brasi-leira incumbida regimental ou estatutaria-mente da pesquisa, do ensino ou do desen-volvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestio-nável reputação ético-profissional e não te-nha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional espe-cífico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem ma-nifestamente vantajosas para o Poder Pú-blico; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de au-tenticidade certificada, desde que compatí-veis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da ad-ministração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito pú-

blico interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamen-tos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equi-pamentos, quando tal condição de exclu-sividade for indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em por-tos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder compro-meter a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exce-da ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XX – na contratação de associação de por-tadores de deficiência física, sem fins lu-crativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão- de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

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XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de en-genharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do ca-put do art. 23; (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natu-ral com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legisla-ção específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIII – na contratação realizada por empre-sa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respec-tivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. (In-cluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXV – na contratação realizada por Insti-tuição Científica e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegi-da. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004)

XXVI – na celebração de contrato de pro-grama com ente da Federação ou com en-tidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma as-sociada nos termos do autorizado em con-trato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XXVII – na contratação da coleta, processa-mento e comercialização de resíduos sóli-dos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,

efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físi-cas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais reci-cláveis, com o uso de equipamentos com-patíveis com as normas técnicas, ambien-tais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007). (Vigência)

XXVIII – (Vide Medida Provisória nº 352, de 2007)

XXVIII – para o fornecimento de bens e ser-viços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta comple-xidade tecnológica e defesa nacional, me-diante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do ór-gão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).

XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no ex-terior, necessariamente justificadas quan-to ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).

XXX – na contratação de instituição ou or-ganização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência

XXXI – nas contratações visando ao cum-primento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos es-tratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de

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setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

XXXIII – na contratação de entidades priva-das sem fins lucrativos, para a implemen-tação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)

XXXIV – para a aquisição por pessoa jurí-dica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública dire-ta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvi-mento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço con-tratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, socie-dade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou en-

tidades que produzem produtos estratégi-cos para o SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elen-cados em ato da direção nacional do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

§ 3º A hipótese de dispensa prevista no in-ciso XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá proce-dimentos especiais instituídos em regula-mentação específica. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

§ 4º Não se aplica a vedação prevista no in-ciso I do caput do art. 9º à hipótese prevista no inciso XXI do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

I – para aquisição de materiais, equipa-mentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou re-presentante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a compro-vação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindi-cato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de nature-za singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigi-bilidade para serviços de publicidade e di-vulgação;

III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, expe-riências, publicações, organização, apare-

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lhamento, equipe técnica, ou de outros re-quisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essen-cial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

§ 2º Na hipótese deste artigo e em qual-quer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidaria-mente pelo dano causado à Fazenda Públi-ca o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuí-zo de outras sanções legais cabíveis.

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratifica-ção e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, pre-visto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

II – razão da escolha do fornecedor ou exe-cutante;

III – justificativa do preço.

IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão aloca-dos. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

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Direito Administrativo

PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO

Seção II DA HABILITAÇÃO

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir--se-á dos interessados, exclusivamente, docu-mentação relativa a:

I – habilitação jurídica;

II – qualificação técnica;

III – qualificação econômico-financeira;

IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vi-gência)

V – cumprimento do disposto no inciso XX-XIII do art. 7º da Constituição Federal. (In-cluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:

I – cédula de identidade;

II – registro comercial, no caso de empresa individual;

III – ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acom-panhado de documentos de eleição de seus administradores;

IV – inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;

V – decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou

autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

Art. 29. A documentação relativa à regularida-de fiscal e trabalhista, conforme o caso, consis-tirá em: (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)

I – prova de inscrição no Cadastro de Pes-soas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);

II – prova de inscrição no cadastro de con-tribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e com-patível com o objeto contratual;

III – prova de regularidade para com a Fa-zenda Federal, Estadual e Municipal do do-micílio ou sede do licitante, ou outra equi-valente, na forma da lei;

IV – prova de regularidade relativa à Segu-ridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos en-cargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

V – prova de inexistência de débitos inadim-plidos perante a Justiça do Trabalho, me-diante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre-to-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. (In-cluído pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigên-cia)

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Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

I – registro ou inscrição na entidade profis-sional competente;

II – comprovação de aptidão para desem-penho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pes-soal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

III – comprovação, fornecida pelo órgão li-citante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conheci-mento de todas as informações e das condi-ções locais para o cumprimento das obriga-ções objeto da licitação;

IV – prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

§ 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e ser-viços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas enti-dades profissionais competentes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – capacitação técnico-profissional: com-provação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconheci-do pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de caracterís-ticas semelhantes, limitadas estas exclusi-vamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades míni-mas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, mencionadas no pa-rágrafo anterior, serão definidas no instru-mento convocatório. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atesta-dos de obras ou serviços similares de com-plexidade tecnológica e operacional equi-valente ou superior.

§ 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado.

§ 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previs-tas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

§ 6º As exigências mínimas relativas a insta-lações de canteiros, máquinas, equipamen-tos e pessoal técnico especializado, con-siderados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas me-diante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilida-de, sob as penas cabíveis, vedada as exigên-cias de propriedade e de localização prévia.

§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

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§ 8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade téc-nica, poderá a Administração exigir dos li-citantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos pre-ços e será efetuada exclusivamente por cri-térios objetivos.

§ 9º Entende-se por licitação de alta com-plexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema rele-vância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços pú-blicos essenciais.

§ 10. Os profissionais indicados pelo licitan-te para fins de comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admi-tindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

I – balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exi-gíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por ba-lancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;

II – certidão negativa de falência ou concor-data expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimo-nial, expedida no domicílio da pessoa física;

III – garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contrata-ção.

§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º A Administração, nas compras para en-trega futura e na execução de obras e ser-viços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de ca-pital mínimo ou de patrimônio líquido míni-mo, ou ainda as garantias previstas no § 1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico- financeira dos licitantes e para efeito de ga-rantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.

§ 3º O capital mínimo ou o valor do patri-mônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativa-mente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.

§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade opera-tiva ou absorção de disponibilidade finan-ceira, calculada esta em função do patrimô-nio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

§ 5º A comprovação de boa situação finan-ceira da empresa será feita de forma objeti-va, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justifica-dos no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitató-

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rio, vedada a exigência de índices e valo-res não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorren-tes da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 32. Os documentos necessários à habilita-ção poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da admi-nistração ou publicação em órgão da impren-sa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser dispensa-da, no todo ou em parte, nos casos de con-vite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.

§ 2º O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1º do art. 36 substitui os documentos enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas em sistema informatizado de consulta direta indicado no edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a super-veniência de fato impeditivo da habilitação. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadas-tral emitido por órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.

§ 4º As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores mediante documentos equivalentes, au-tenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor juramentado, de-vendo ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e responder administrativa ou judicialmente.

§ 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os referen-tes a fornecimento do edital, quando solici-tado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivo de re-produção gráfica da documentação forne-cida.

§ 6º O disposto no § 4º deste artigo, no § 1º do art. 33 e no § 2º do art. 55, não se apli-ca às licitações internacionais para a aqui-sição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o produto de financiamento concedido por organismo financeiro inter-nacional de que o Brasil faça parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de contratação com empresa es-trangeira, para a compra de equipamentos fabricados e entregues no exterior, des-de que para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de bens e servi-ços realizada por unidades administrativas com sede no exterior.

§ 7º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 e este artigo poderá ser dispensada, nos termos de regulamento, no todo ou em parte, para a contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, desde que para pronta entrega ou até o valor previs-to na alínea “a” do inciso II do caput do art. 23. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

Art. 33. Quando permitida na licitação a partici-pação de empresas em consórcio, observar-se--ão as seguintes normas:

I – comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II – indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;

III – apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo- se, para efeito de

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qualificação técnica, o somatório dos quan-titativos de cada consorciado, e, para efei-to de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participa-ção, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acrésci-mo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;

IV – impedimento de participação de em-presa consorciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou isola-damente;

V – responsabilidade solidária dos integran-tes pelos atos praticados em consórcio, tan-to na fase de licitação quanto na de execu-ção do contrato.

§ 1º No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigato-riamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II deste artigo.

§ 2º O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.

Seção IIIDOS REGISTROS CADASTRAIS

Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e en-tidades da Administração Pública que realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. (Regulamento)

§ 1º O registro cadastral deverá ser am-plamente divulgado e deverá estar per-manentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, atra-vés da imprensa oficial e de jornal diário, a

chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de no-vos interessados.

§ 2º É facultado às unidades administrati-vas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administra-ção Pública.

Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o interes-sado fornecerá os elementos necessários à sa-tisfação das exigências do art. 27 desta Lei.

Art. 36. Os inscritos serão classificados por ca-tegorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 desta Lei.

§ 1º Aos inscritos será fornecido certifica-do, renovável sempre que atualizarem o re-gistro.

§ 2º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.

Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para classificação cadastral.

Seção IVDO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO

Art. 38. O procedimento da licitação será inicia-do com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numera-do, contendo a autorização respectiva, a indica-ção sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados opor-tunamente:

I – edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;

II – comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;

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III – ato de designação da comissão de lici-tação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;

IV – original das propostas e dos documen-tos que as instruírem;

V – atas, relatórios e deliberações da Co-missão Julgadora;

VI – pareceres técnicos ou jurídicos emiti-dos sobre a licitação, dispensa ou inexigibi-lidade;

VII – atos de adjudicação do objeto da lici-tação e da sua homologação;

VIII – recursos eventualmente apresenta-dos pelos licitantes e respectivas manifesta-ções e decisões;

IX – despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamen-tado circunstanciadamente;

X – termo de contrato ou instrumento equi-valente, conforme o caso;

XI – outros comprovantes de publicações;

XII – demais documentos relativos à licita-ção.

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações si-multâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edi-tal, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas

as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aque-las com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subseqüente tenha uma data an-terior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação antece-dente. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o núme-ro de ordem em série anual, o nome da repar-tição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

I – objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

II – prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do ob-jeto da licitação;

III – sanções para o caso de inadimplemen-to;

IV – local onde poderá ser examinado e ad-quirido o projeto básico;

V – se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adqui-rido;

VI – condições para participação na licita-ção, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das pro-postas;

VII – critério para julgamento, com disposi-ções claras e parâmetros objetivos;

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VIII – locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informa-ções e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obri-gações necessárias ao cumprimento de seu objeto;

IX – condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;

X – o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permiti-da a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios esta-tísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

XI – critério de reajuste, que deverá retra-tar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apre-sentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XII – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII – limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previs-tos em separado das demais parcelas, eta-pas ou tarefas;

XIV – condições de pagamento, prevendo:

a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do perí-odo de adimplemento de cada parcela; (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibi-lidade de recursos financeiros;

c) critério de atualização financeira dos va-lores a serem pagos, desde a data final do

período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) compensações financeiras e penaliza-ções, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;

e) exigência de seguros, quando for o caso;

XV – instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; XVI – condições de rece-bimento do objeto da licitação;

XVII – outras indicações específicas ou pe-culiares da licitação.

§ 1º O original do edital deverá ser data-do, rubricado em todas as folhas e assina-do pela autoridade que o expedir, perma-necendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos in-teressados.

§ 2º Constituem anexos do edital, dele fa-zendo parte integrante:

I – o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especifica-ções e outros complementos;

II – orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III – a minuta do contrato a ser firmado en-tre a Administração e o licitante vencedor;

IV – as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.

§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, con-sidera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realiza-ção da obra, a entrega do bem ou de parce-la destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vincula-da a emissão de documento de cobrança.

§ 4º Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de en-trega até trinta dias da data prevista para

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apresentação da proposta, poderão ser dis-pensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – o disposto no inciso XI deste artigo; (In-cluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, cor-respondente ao período compreendido en-tre as datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não superior a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irre-gularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos en-velopes de habilitação, devendo a Adminis-tração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da facul-dade prevista no § 1º do art. 113.

§ 2º Decairá do direito de impugnar os ter-mos do edital de licitação perante a admi-nistração o licitante que não o fizer até o se-gundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregu-laridades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em jul-gado da decisão a ela pertinente.

§ 4º A inabilitação do licitante importa pre-clusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.

Art. 42. Nas concorrências de âmbito interna-cional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.

§ 1º Quando for permitido ao licitante es-trangeiro cotar preço em moeda estran-geira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro.

§ 2º O pagamento feito ao licitante brasilei-ro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamen-te anterior à data do efetivo pagamento. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão equivalentes àquelas ofere-cidas ao licitante estrangeiro.

§ 4º Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes es-trangeiros serão acrescidas dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que oneram exclusivamente os licitantes brasi-leiros quanto à operação final de venda.

§ 5º Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multi-lateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, protoco-los, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obten-ção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de des-pacho motivado do órgão executor do con-trato, despacho esse ratificado pela auto-

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ridade imediatamente superior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º As cotações de todos os licitantes serão para entrega no mesmo local de destino.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

I – abertura dos envelopes contendo a do-cumentação relativa à habilitação dos con-correntes, e sua apreciação;

II – devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as res-pectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;

III – abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem inter-posição de recurso, ou tenha havido desis-tência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;

IV – verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, con-forme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial com-petente, ou ainda com os constantes do sis-tema de registro de preços, os quais deve-rão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassifica-ção das propostas desconformes ou incom-patíveis;

V – julgamento e classificação das propos-tas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;

VI – deliberação da autoridade competen-te quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.

§ 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as pro-postas será realizada sempre em ato pú-blico previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 2º Todos os documentos e propostas se-rão rubricados pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclare-cer ou a complementar a instrução do pro-cesso, vedada a inclusão posterior de docu-mento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à con-corrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite. (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as pro-postas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

§ 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.

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Direito Administrativo

TIPOS DE LICITAÇÃO

Art. 44. No julgamento das propostas, a Comis-são levará em consideração os critérios objeti-vos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios esta-belecidos por esta Lei.

§ 1º É vedada a utilização de qualquer ele-mento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualda-de entre os licitantes.

§ 2º Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsi-diados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.

§ 3º Não se admitirá proposta que apresen-te preços global ou unitários simbólicos, ir-risórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mer-cado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos.

§ 4º O disposto no parágrafo anterior se aplica também a propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importação de insumos de qualquer natureza, adotando--se, como referência, os mercados nos pa-íses de origem.

§ 3º Não se admitirá proposta que apresen-te preços global ou unitários simbólicos, ir-risórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mer-cado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação

não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio lici-tante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º O disposto no parágrafo anterior apli-ca-se também às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importações de qualquer natureza. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 45. O julgamento das propostas será ob-jetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em confor-midade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

§ 1º Para efeitos deste artigo, constituem ti-pos de licitação para obras, serviços e com-pras, exceto nas modalidades de concurso e leilão:

§ 1º Para os efeitos deste artigo, consti-tuem tipos de licitação, exceto na modali-dade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vence-dor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II – a de melhor técnica;

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III – a de técnica e preço.

IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direi-to real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2º do art. 3º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes se-rão convocados, vedado qualquer outro processo.

§ 3º No caso da licitação do tipo menor preço, entre os licitantes considerados qua-lificados a classificação se fará pela ordem crescente dos preços propostos e aceitá-veis, prevalecendo, no caso de empate, ex-clusivamente o critério previsto no parágra-fo anterior.

§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a Administração Pública obser-vará o disposto no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em con-ta, com a adoção da licitação de técnica e preço, os fatores especificados em seu § 2º.

§ 3º No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes considerados qualificados a classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate, exclu-sivamente o critério previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o disposto no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo 2º e adotando obrigatoriamento o tipo de licita-ção "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indica-dos em decreto do Poder Executivo. (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.

§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quan-tas necessárias até que se atinja a quantida-de demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 46. Os tipos de licitação melhor técnica ou técnica e preço serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de pro-jetos, cálculos, fiscalização, supervisão e geren-ciamento e de engenharia consultiva em geral, e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e exe-cutivos.

Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusiva-mente para serviços de natureza predominan-temente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de es-tudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º do ar-tigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o seguinte procedimento cla-ramente explicitado no instrumento convo-catório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:

I – serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados e fei-ta então a avaliação e classificação destas propostas de acordo com os critérios per-tinentes e adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no ins-trumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta, compre-endendo metodologia, organização, tec-nologias e recursos materiais a serem uti-lizados nos trabalhos, e a qualificação das

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equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;

II – uma vez classificadas as propostas téc-nicas, proceder-se-á à abertura das pro-postas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no instrumento convocatório e à negocia-ção das condições propostas, com a pro-ponente melhor classificada, com base nos orçamentos detalhados apresentados e res-pectivos preços unitários e tendo como re-ferência o limite representado pela propos-ta de menor preço entre os licitantes que obtiveram a valorização mínima;

III – no caso de impasse na negociação an-terior, procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os demais proponen-tes, pela ordem de classificação, até a con-secução de acordo para a contratação;

IV – as propostas de preços serão devolvi-das intactas aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabeleci-da para a proposta técnica.

§ 2º Nas licitações do tipo "técnica e preço" será adotado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte procedimen-to claramente explicitado no instrumento convocatório:

I – será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com crité-rios objetivos preestabelecidos no instru-mento convocatório;

II – a classificação dos proponentes far-se--á de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabe-lecidos no instrumento convocatório.

§ 3º Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo poderão ser adota-dos, por autorização expressa e median-te justificativa circunstanciada da maior autoridade da Administração promotora constante do ato convocatório, para forne-

cimento de bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto ma-joritariamente dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio res-trito, atestado por autoridades técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções alter-nativas e variações de execução, com reper-cussões significativas sobre sua qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas pude-rem ser adotadas à livre escolha dos licitan-tes, na conformidade dos critérios objetiva-mente fixados no ato convocatório.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

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Direito Administrativo

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MODALIDADE DE LICITAÇÃO

CAPÍTULO II DA LICITAÇÃO

Seção IDAS MODALIDADES, LIMITES E DISPENSA

Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais.

Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos edi-tais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – no Diário Oficial da União, quando se tra-tar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas par-cial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – no Diário Oficial do Estado, ou do Dis-trito Federal quando se tratar, respectiva-mente, de licitação feita por órgão ou enti-dade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III – em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o ser-viço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.

§ 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:

I – quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de emprei-tada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – trinta dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) concorrência, nos casos não especifica-dos na alínea "b" do inciso anterior; (Incluí-da pela Lei nº 8.883, de 1994)

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b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e pre-ço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

III – quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV – cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expe-dição do convite, ou ainda da efetiva dis-ponibilidade do edital ou do convite e res-pectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo ini-cialmente estabelecido, exceto quando, in-qüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.

Art. 22. São modalidades de licitação:

I – concorrência;

II – tomada de preços;

III – convite;

IV – concurso;

V – leilão.

§ 1º Concorrência é a modalidade de licita-ção entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, com-provem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execu-ção de seu objeto.

§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimen-

to das propostas, observada a necessária qualificação.

§ 3º Convite é a modalidade de licitação en-tre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais ca-dastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com ante-cedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remu-neração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na impren-sa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

§ 5º Leilão é a modalidade de licitação en-tre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a adminis-tração ou de produtos legalmente apreen-didos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º Na hipótese do § 3º deste artigo, exis-tindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realiza-do para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadas-trados não convidados nas últimas licita-ções. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devida-

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mente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.

§ 8º É vedada a criação de outras modalida-des de licitação ou a combinação das referi-das neste artigo.

§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste ar-tigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da lici-tação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 23. As modalidades de licitação a que se re-ferem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contrata-ção:

I – para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cin-qüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Reda-ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Reda-ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – para compras e serviços não referidos no inciso anterior: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 1º As obras, serviços e compras efetua-das pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, proce-dendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competiti-vidade sem perda da economia de escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjun-to de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preser-vada a modalidade pertinente para a execu-ção do objeto em licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º A concorrência é a modalidade de lici-tação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, ad-mitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

§ 5º É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomi-tantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "toma-da de preços" ou "concorrência", respecti-vamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou em-presas de especialidade diversa daquela do

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executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º As organizações industriais da Admi-nistração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites es-tabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, des-de que para a aquisição de materiais aplica-dos exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais béli-cos pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7º Na compra de bens de natureza divi-sível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cota-ção de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da compe-titividade, podendo o edital fixar quantita-tivo mínimo para preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 8º No caso de consórcios públicos, apli-car-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. (Incluí-do pela Lei nº 11.107, de 2005)

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Direito Administrativo

ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO

O amparo técnico desse assunto encontra-se albergado na súmula 473 do STF que, apresenta o seguinte teor:

"A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."

Para isso, oportuno de fazer referência às fases dos procedimentos licitatórios:

1. Fase Interna

1.1 Abertura do procedimento

1.2 Possibilidade de audiência pública

2. Fase Externa

2.1 Publicação do instrumento convocatório

2.2 Habilitação

2.3 Classificação das propostas

2.4 Julgamento

2.5 Homologação

2.6 Adjudicação

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Direito Administrativo

PREGÃO

Lei nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.

Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, in-ciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras provi-dências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços co-muns, poderá ser adotada a licitação na moda-lidade de pregão, que será regida por esta Lei.

Parágrafo único. Consideram-se bens e ser-viços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempe-nho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especifi-cações usuais no mercado.

Art. 2º (VETADO)

§ 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica.

§ 2º Será facultado, nos termos de regula-mentos próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de bol-sas de mercadorias no apoio técnico e ope-racional aos órgãos e entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da informação.

§ 3º As bolsas a que se referem o § 2º deve-rão estar organizadas sob a forma de socie-dades civis sem fins lucrativos e com a par-ticipação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos unificados de pregões.

Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:

I – a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o ob-jeto do certame, as exigências de habilita-ção, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláu-sulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;

II – a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desne-cessárias, limitem a competição;

III – dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no in-ciso I deste artigo e os indispensáveis ele-mentos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elabo-rado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem lici-tados; e

IV – a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e res-pectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua acei-tabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.

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§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da adminis-tração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.

§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equi-pe de apoio poderão ser desempenhadas por militares

Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras:

I – a convocação dos interessados será efe-tuada por meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrô-nicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º;

II – do aviso constarão a definição do obje-to da licitação, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital;

III – do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;

IV – cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na for-ma da Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998;

V – o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis;

VI – no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a existência dos necessá-

rios poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame;

VII – aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão decla-ração dando ciência de que cumprem ple-namente os requisitos de habilitação e en-tregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, proceden-do-se à sua imediata abertura e à verifica-ção da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;

VIII – no curso da sessão, o autor da ofer-ta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vence-dor;

IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofer-tas nas condições definidas no inciso ante-rior, poderão os autores das melhores pro-postas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quais-quer que sejam os preços oferecidos;

X – para julgamento e classificação das pro-postas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;

XI – examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, ca-berá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;

XII – encerrada a etapa competitiva e or-denadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os do-cumentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para verifi-cação do atendimento das condições fixa-das no edital;

XIII – a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular

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perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a com-provação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualifi-cações técnica e econômico-financeira;

XIV – os licitantes poderão deixar de apre-sentar os documentos de habilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Uni-ficado de Fornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos de-mais licitantes o direito de acesso aos da-dos nele constantes;

XV – verificado o atendimento das exigên-cias fixadas no edital, o licitante será decla-rado vencedor;

XVI – se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habili-tatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitan-tes, na ordem de classificação, e assim su-cessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitan-te declarado vencedor;

XVII – nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar direta-mente com o proponente para que seja ob-tido preço melhor;

XVIII – declarado o vencedor, qualquer lici-tante poderá manifestar imediata e motiva-damente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, fican-do os demais licitantes desde logo intima-dos para apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;

XIX – o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;

XX – a falta de manifestação imediata e mo-tivada do licitante importará a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vence-dor;

XXI – decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor;

XXII – homologada a licitação pela autori-dade competente, o adjudicatário será con-vocado para assinar o contrato no prazo de-finido em edital; e

XXIII – se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua propos-ta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.

Art. 5º É vedada a exigência de:

I – garantia de proposta;

II – aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certa-me; e

III – pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edi-tal, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de uti-lização de recursos de tecnologia da infor-mação, quando for o caso.

Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixa-do no edital.

Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o con-trato, deixar de entregar ou apresentar docu-mentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na exe-cução do contrato, comportar-se de modo ini-dôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedi-do de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descre-denciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastra-mento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º desta Lei, pelo prazo de até 5 (cin-

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co) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios eletrônicos, serão do-cumentados no processo respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos agentes de controle, nos termos do regulamento previsto no art. 2º.

Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a mo-dalidade de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto de 2001.

Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios, quan-do efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de ju-nho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico.

Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001, passa a vigorar acrescida do seguinte ar-tigo:

“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar, nas licitações de registro de preços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da área da saúde, a mo-dalidade do pregão, inclusive por meio eletrôni-co, observando-se o seguinte:

I – são considerados bens e serviços comuns da área da saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser obje-tivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais do mercado.

II – quando o quantitativo total estimado para a contratação ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitante vence-dor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes quantos forem necessários para o

atingimento da totalidade do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta vencedora.

III – na impossibilidade do atendimento ao disposto no inciso II, excepcionalmente, poderão ser registrados outros preços dife-rentes da proposta vencedora, desde que se trate de objetos de qualidade ou desem-penho superior, devidamente justificada e comprovada a vantagem, e que as ofertas sejam em valor inferior ao limite máximo admitido.”

Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 17 de julho de 2002; 181º da Indepen-dência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSOPedro Malan Guilherme Gomes Dias

Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.7.2002 e retificado em 30.7.2002

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Direito Administrativo

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DECRETO Nº 30.538, DE 17 DE MARÇO DE 2009

Regulamento para aquisição de bens e servi-ços comuns, na modalidade de licitação deno-minada Pregão.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto na Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002, o constante do processo ad-ministrativo nº 05/ 001.629/2008, e

CONSIDERANDO a necessidade premente do Município em buscar formas mais ágeis de exe-cução dos procedimentos licitatórios com vistas à otimização da gestão de compras, ampliando a disputa e incrementando a competitividade entre potenciais licitantes;

CONSIDERANDO, ainda, os benefícios que a im-plantação destes novos mecanismos trará ao Erário e a consequente melhoria dos serviços prestados ao cidadão em função da redução de custos,

DECRETA:

Art. 1º Este Decreto regulamenta e define nor-mas e procedimentos relativos à aquisição de bens e serviços comuns, através da modalidade licitatória denominada Pregão, a ser realizado nos modos Presencial e Eletrônico, devendo, sempre que possível, utilizar os recursos da tec-nologia de informação, qualquer que seja o va-lor estimado, no âmbito do Município do Rio de Janeiro.

Parágrafo único. Subordinam-se a este re-gulamento os órgãos da Administração Di-reta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações, as empresas públicas, as socie-dades de economia mista e as entidades

mantidas direta ou indiretamente pelo Mu-nicípio do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º A licitação, na modalidade pregão, é condicionada aos princípios básicos da legali-dade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administra-tiva, vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princí-pios correlatos da razoabilidade, competitivida-de e proporcionalidade, sendo obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns.

Parágrafo único. O pregão deverá ser rea-lizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justifica-da pela autoridade competente.

Art. 3º A licitação na modalidade de Pregão, na forma eletrônica, não se aplica às contratações de obras e serviços de engenharia, excetuando àqueles que podem ser considerados “comuns” para efeitos do disposto no art. 1º, da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, bem como, às locações imobiliárias e alienações em geral.

Parágrafo único. Para efeito do “caput” deste artigo, aplica-se o disposto no Decre-to nº 30.442, de 02 de fevereiro de 2009.

Art. 4º Compete a Secretaria Municipal de Administração estabelecer diretrizes, super-visionar, orientar, promover programas de treinamentos específicos aos órgãos da Admi-

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nistração Direta e Indireta sobre o estabelecido neste Decreto, e em especial:

I – expedir normas e regulamentos neces-sários à execução deste Decreto;

II – aprovar, previamente, as indicações fei-tas pelos órgãos e entidades da Administra-ção Direta e Indireta para pregoeiro, equipe de apoio e pregoeiro substituto; II I– viabi-lizar e gerenciar os sistemas informatizados a serem utilizados no cadastramento de fornecedores, na divulgação de licitações e na realização de pregões e cotações eletrô-nicas;

IV – ministrar periodicamente cursos de formação e aperfeiçoamento de pregoeiros e membros de equipe de apoio, avaliando o aproveitamento nos cursos e estabelecen-do as condições de aprovação de cada par-ticipante;

V – realizar o procedimento licitatório, na modalidade pregão eletrônico, pelo sis-tema de registro de preço, das aquisições corporativas de interesse comum dos ór-gãos integrantes da Administração Direta e Indireta no âmbito do Município do Rio de Janeiro.

Parágrafo único. As aquisições de bens e serviços de interesse setorial serão realiza-das na modalidade estabelecida neste De-creto pelos respectivos órgãos, desde que os mesmos estejam aptos a realizar o res-pectivo procedimento licitatório.

Art. 5ºA autoridade competente designada de acordo com as atribuições estabelecidas na le-gislação específica vigente, cabe:

I – determinar a abertura de licitação;

II – designar o pregoeiro, o pregoeiro subs-tituto e os componentes da equipe de apoio, observado o que dispõe o § 1º, do art. 3º, da Lei Fed eral nº 10.520, de 17 de julho de 2002;

III – solicitar junto ao provedor do sistema o credenciamento do pregoeiro e dos compo-nentes da equipe de apoio;

IV – aprovar, apreciar e decidir as impugna-ções ao Edital;

V – decidir os recursos contra decisões que não tenham sido reconsideradas pelo pre-goeiro;

VI – homologar o resultado da licitação e celebrar o instrumento contratual.

Art. 6º A fase preparatória do Pregão observará o seguinte:

I – o órgão requisitante justificará a neces-sidade de contratação, definirá o objeto do certame, indicará a dotação orçamentária e promoverá a elaboração do termo de refe-rência, que deverá conter:

a) as especificações técnicas do objeto de forma precisa, suficientes, claras e concisas vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias limitem ou frustrem o caráter competitivo do certame, a realização do fornecimento ou a presta-ção do serviço;

b) elementos capazes de propiciar a avalia-ção do custo pela Administração Municipal, mediante a inserção de orçamento detalha-do, considerando os preços de mercado e os praticados pela Administração Municipal em certames anteriores;

c) definição dos métodos, a estratégia de suprimento e o prazo estimado para forne-cimento do bem ou de execução do objeto a ser contratado;

II – o edital deverá conter as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do instrumento contratual.

Art. 7º A fase externa do Pregão observará as seguintes regras:

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Direito Administrativo – Decreto nº 30.538 - Pregão-RJ – Prof. Leandro Roitman

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I – a convocação dos interessados será efe-tuada por meio de publicação de aviso em função dos seguintes limites:

a) através de aviso publicado no Diário Ofi-cial do Município do Rio de Janeiro – D.O. RIO e em meio eletrônico, na internet, para aquisições de bens ou serviços comuns de valores estimados até R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais);

b) através de aviso publicado no D.O.RIO, em meio eletrônico, na internet e no jornal de grande circulação local para aquisições de bens ou serviços comuns de valores esti-mados até R$ 650.000,00 (seiscentos e cin-quenta mil reais);

c) através de aviso publicado no D.O.RIO, em meio eletrônico, na internet e no jor-nal de grande circulação regional ou na-cional para aquisições de bens ou serviços comuns de valores estimados acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil re-ais).

II – do aviso constarão, de forma resumida, a definição do objeto da licitação, a indica-ção de que o Pregão será no modo Presen-cial ou realizado por meio de sistema ele-trônico, seu endereço, data e hora de sua realização, o local, dias e horários em que poderão ser dirimidas dúvidas, efetuada leitura ou obtenção do ato convocatório completo;

III – o edital conterá a definição precisa, su-ficiente e clara do objeto, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções para inadimplemen-to, a indicação do local, dia e hora de reali-zação da sessão pública do Pregão;

IV – todas as referências de tempo no Edi-tal, no aviso e durante a sessão pública ob-servarão, obrigatoriamente, o horário ofi-cial de Brasília – DF;

Art. 8º As impugnações ao ato convocatório do Pregão serão recebidas até dois dias úteis an-tes da data fixada para o recebimento das pro-

postas, devendo o pregoeiro encaminhá-las de imediato e devidamente informado à autorida-de competente, que decidirá no prazo de vinte e quatro horas.

CAPÍTULO IIDOS PROCEDIMENTOS COMUNS NOS MODOS ELETRÔNICO E PRESENCIAL

Art. 9º A condução do Pregão estará sob a res-ponsabilidade de servidor do órgão ou entidade promotora da licitação, que tenha sido designa-do pregoeiro.

§ 1º Para exercer a função de pregoeiro é obri-gatória a participação do servidor no curso de capacitação específico.

§ 2º São atribuições do pregoeiro:

a) a abertura da sessão pública e o creden-ciamento dos interessados;

b) o recebimento das impugnações ao ato convocatório e sobre decisão relativa aos pedidos de esclarecimentos e providências encaminhando-as à autoridade competen-te, no prazo de até dois dias úteis antes da data fixada para recebimento das propos-tas;

c) o recebimento dos envelopes das pro-postas de preços e da documentação de ha-bilitação;

d) a abertura dos envelopes das propostas de preços, o seu exame e a classificação dos proponentes;

e) a condução dos procedimentos relativos aos lances e à escolha da proposta ou do lance de menor preço;

f) solicitar declaração de exequibilidade de execução da proposta, além de amostra do objeto licitado sempre que julgar necessá-rio;

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g) a decisão motivada sobre a aceitabilida-de da proposta e a análise dos documentos de habilitação;

h) a negociação direta com o proponente, na forma da Lei;

i) a adjudicação do objeto da licitação à em-presa vencedora e elaboração da Ata;

j) a condução dos trabalhos da equipe de apoio;

k) desde que previamente admitidos, o re-cebimento dos recursos, seu processamen-to e apreciação, na forma da lei, para fins de seu eventual provimento;

l) o encaminhamento do processo devida-mente instruído, após a adjudicação, à au-toridade superior, com vista à homologação e contratação.

Art. 10. O pregoeiro, a equipe de apoio e o pre-goeiro substituto serão designados dentre os servidores, preferencialmente lotados no órgão ou entidade promotora do pregão.

CAPÍTULO IIIDOS PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS DO

PREGÃO PRESENCIAL

Art. 11. A operacionalização do Pregão no modo Presencial dar-se-á com recursos de áu-dio e vídeo em local apropriado e adequado a realização de sessões públicas.

Parágrafo único. O Órgão Coordenador, através da Coordenadoria Geral do Sistema de Infra-estrutura e Logística definirá em ato próprio a infra-estrutura necessária e os equipamentos de audiovisual indispen-sáveis para garantir a transparência e segu-rança jurídica em relação aos atos pratica-dos nos eventos.

CAPÍTULO IVDOS PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

DO PREGÃO ELETRÔNICO

Art. 12. A operacionalização do Pregão no modo Eletrônico realizar-se-á mediante a utili-zação de tecnologias de informação que permi-tam a comunicação via Internet com recursos de criptografia e de certificação que garantam as condições adequadas de segurança em todas as suas fases.

§ 1º O sistema eletrônico a ser adotado para a utilizaçã o da modalidade Pregão é o COMPRASNET ou outro sistema, desde que seja homologado pela Secretaria Municipal de Administração.

§ 2º Caberá a Secretaria Municipal de Ad-ministração no prazo de trinta dias adotar as providências para implantação e dispo-nibilização do COMPRASNET aos órgãos da Administração Direta e Indireta do âmbito do Município do Rio de Janeiro.

Art. 13. As empresas interessadas em partici-par do pregão serão previamente credenciadas pelo Órgão Gestor.

§ 1º O credenciamento junto ao sistema eletrônico implica na responsabilidade legal do licitante ou seu representante legal e a presunção de sua capacidade técnica para realização das transações inerentes ao Pre-gão no modo Eletrônico.

§ 2º O credenciamento far-se-á através da atribuição de chave de identificação e de senha pessoal e intransferível.

Art. 14. O controle de utilização da senha de acesso pelo licitante é de sua inteira responsa-bilidade, aí incluídas quaisquer transações efe-tuadas diretamente ou por seu representante, não cabendo ao Órgão Coordenador ou ao Ór-gão Promotor dos certames responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevi-do de senha, ainda que por terceiros.

Parágrafo único. A perda da senha ou a quebra de sigilo deverão ser comunicadas

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Direito Administrativo – Decreto nº 30.538 - Pregão-RJ – Prof. Leandro Roitman

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imediatamente ao Gestor do Sistema, para imediato bloqueio de acesso.

Art. 15. A participação da empresa licitante no pregão eletrônico se fará mediante digitação da respectiva senha privativa e subsequente encaminhamento de sua proposta de preços, em data e horário estabelecido no instrumento convocatório.

Art. 16. Como requisito para a participação nos certames, por meio eletrônico, a empresa deve-rá declinar, em campo próprio, o pleno conheci-mento e atendimento às exigências de habilita-ção previstas no ato convocatório.

Art. 17. A empresa licitante será responsável por todas as transações que forem efetuadas em seu nome no sistema.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 18. Aplicam-se a Lei nº 10.520/02 e sub-sidiariamente as normas da Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, naquilo que não co-lidirem com as precitadas normas.

Art. 19. Revogam-se os Decretos nº 22.941, de 26 de maio de 2003, nº 24.312, de 17 de junho de 2004, nº 24.349, de 30 de junho de 2004, nº 24.713, de 13 de outubro de 2004, nº 25.177, de 29 de março de 2005 e nº 27.993, de 28 de maio de 2007, bem como as normas que confli-tem com este Decreto.

Art. 20. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 17 de março de 2009 – 445º de Fundação da Cidade.

EDUARDO PAES

D.O RIO 18.03.2009

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Direito Administrativo

CONCEITO, ESPÉCIES E CARACTERÍSTICAS – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

CAPÍTULO IIIDOS CONTRATOS

Seção I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando--se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que defi-nam os direitos, obrigações e responsabili-dades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

§ 2º Os contratos decorrentes de dispen-sa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo con-trato as que estabeleçam:

I – o objeto e seus elementos característicos;

II – o regime de execução ou a forma de for-necimento;

III – o preço e as condições de pagamen-to, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios

de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efeti-vo pagamento;

IV – os prazos de início de etapas de execu-ção, de conclusão, de entrega, de observa-ção e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V – o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI – as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII – os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

VIII – os casos de rescisão;

IX – o reconhecimento dos direitos da Ad-ministração, em caso de rescisão adminis-trativa prevista no art. 77 desta Lei;

X – as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;

XI – a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII – a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omis-sos;

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XIII – a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilita-ção e qualificação exigidas na licitação.

§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º Nos contratos celebrados pela Admi-nistração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamen-te cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qual-quer questão contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 desta Lei.

§ 3º No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscali-zação de tributos da União, Estado ou Mu-nicípio, as características e os valores pa-gos, segundo o disposto no art. 63 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instru-mento convocatório, poderá ser exigida presta-ção de garantia nas contratações de obras, ser-viços e compras.

§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – caução em dinheiro ou em títulos da dí-vida pública, devendo estes ter sido emiti-dos sob a forma escritural, mediante regis-tro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores eco-nômicos, conforme definido pelo Ministé-rio da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004)

II – seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III – fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)

§ 2º A garantia a que se refere o caput des-te artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 3º deste artigo. (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexi-dade técnica e riscos financeiros conside-ráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atuali-zada monetariamente.

§ 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao va-lor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.

Seção IIDA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autó-grafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, sal-vo o de pequenas compras de pronto paga-mento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limi-te estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adianta-mento.

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Art. 61. Todo contrato deve mencionar os no-mes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratan-tes às normas desta Lei e às cláusulas contratu-ais.

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus adita-mentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será provi-denciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assina-tura, para ocorrer no prazo de vinte dias da-quela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigató-rio nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibili-dades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos há-beis, tais como carta- contrato, nota de empe-nho de despesa, autorização de compra ou or-dem de execução de serviço.

§ 1º A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da lici-tação.

§ 2º Em "carta contrato", "nota de empe-nho de despesa", "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que cou-ber, o disposto no art. 55 desta Lei. (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber:

I – aos contratos de seguro, de financia-mento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por nor-ma de direito privado;

II – aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.

§ 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e inde-pendentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resul-tem obrigações futuras, inclusive assistên-cia técnica.

Art. 63. É permitido a qualquer licitante o co-nhecimento dos termos do contrato e do res-pectivo processo licitatório e, a qualquer in-teressado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devi-dos.

Art. 64. A Administração convocará regular-mente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equi-valente, dentro do prazo e condições estabele-cidos, sob pena de decair o direito à contrata-ção, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei.

§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justi-ficado aceito pela Administração.

§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contra-to ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabele-cidos, convocar os licitantes remanescen-tes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, in-clusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.

§ 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes libe-rados dos compromissos assumidos.

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Seção IIIDA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei pode-rão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

I – unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequa-ção técnica aos seus objetivos;

b) quando necessária a modificação do va-lor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

II – por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do re-gime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da for-ma de pagamento, por imposição de cir-cunstâncias supervenientes, mantido o va-lor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da adminis-tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a ma-nutenção do equilíbrio econômico-finan-ceiro inicial do contrato, na hipótese de so-brevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, re-tardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configu-rando álea econômica extraordinária e ex-

tracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º O contratado fica obrigado a acei-tar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atu-alizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão po-derá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior.

§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão po-derá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limi-tes estabelecidos no § 1º deste artigo.

§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver ad-quirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Ad-ministração pelos custos de aquisição regu-larmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por outros danos eventualmente decorren-tes da supressão, desde que regularmente comprovados.

§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quan-do ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão

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nos preços contratados, implicarão a revi-são destes para mais ou para menos, con-forme o caso.

§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do con-tratado, a Administração deverá restabele-cer, por aditamento, o equilíbrio econômi-co-financeiro inicial.

§ 7º (VETADO)

§ 8º A variação do valor contratual para fa-zer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compen-sações ou penalizações financeiras decor-rentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dota-ções orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracteri-zam alteração do mesmo, podendo ser re-gistrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

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Direito Administrativo

EXECUÇÃO DE CONTRATO

Seção IVDA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS

Art. 66. O contrato deverá ser executado fiel-mente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua inexecu-ção total ou parcial.

Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2º e no inciso II do § 5º do art. 3º desta Lei deverão cumprir, durante todo o período de execução do contrato, a reserva de cargos pre-vista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

Parágrafo único. Cabe à administração fis-calizar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e nos ambientes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um represen-tante da Administração especialmente desig-nado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinen-tes a essa atribuição.

§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocor-rências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for neces-sário à regularização das faltas ou defeitos observados.

§ 2º As decisões e providências que ultra-passarem a competência do representante

deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do con-trato.

Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, cor-rigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a ter-ceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na exe-cução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acom-panhamento pelo órgão interessado.

Art. 71. O contratado é responsável pelos en-cargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e co-merciais resultantes da execução do contrato.

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fis-cais e comerciais não transfere à Adminis-tração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive pe-rante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 2º A Administração Pública responde soli-dariamente com o contratado pelos encar-gos previdenciários resultantes da execu-ção do contrato, nos termos do art. 31 da

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Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Reda-ção dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 3º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I – em se tratando de obras e serviços:

a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, me-diante termo circunstanciado, assinado pe-las partes em até 15 (quinze) dias da comu-nicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comis-são designada pela autoridade competen-te, mediante termo circunstanciado, assi-nado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratu-ais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;

II – em se tratando de compras ou de loca-ção de equipamentos:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e con-seqüente aceitação.

§ 1º Nos casos de aquisição de equipamen-tos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos de-mais, mediante recibo.

§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela soli-dez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do

contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.

§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excep-cionais, devidamente justificados e previs-tos no edital.

§ 4º Na hipótese de o termo circunstan-ciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem, respectivamente, lavra-do ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à Administração nos 15 (quin-ze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.

Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:

I – gêneros perecíveis e alimentação prepa-rada;

II – serviços profissionais;

III – obras e serviços de valor até o previs-to no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei, desde que não se componham de apare-lhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produti-vidade.

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.

Art. 75. Salvo disposições em contrário cons-tantes do edital, do convite ou de ato normati-vo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execu-ção do objeto do contrato correm por conta do contratado.

Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento execu-tado em desacordo com o contrato.

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Direito Administrativo

DA INEXECUÇÃO, DA RESCISÃO DO CONTRATO E DA PRORROGAÇÃO DO CONTRATO

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respecti-vos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

I – aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser pror-rogados se houver interesse da Administra-ção e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

II – à prestação de serviços a serem execu-tados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e su-cessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV – ao aluguel de equipamentos e à utiliza-ção de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vi-gência do contrato.

V – às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da admi-nistração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 1º Os prazos de início de etapas de exe-cução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de

seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:

I – alteração do projeto ou especificações, pela Administração;

II – superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das par-tes, que altere fundamentalmente as condi-ções de execução do contrato;

III – interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por or-dem e no interesse da Administração;

IV – aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permiti-dos por esta Lei;

V – impedimento de execução do contra-to por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento con-temporâneo à sua ocorrência;

VI – omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamen-to na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsá-veis.

§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente auto-rizada pela autoridade competente para ce-lebrar o contrato.

§ 3º É vedado o contrato com prazo de vi-gência indeterminado.

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§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da auto-ridade superior, o prazo de que trata o inci-so II do caput deste artigo poderá ser pror-rogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 58. O regime jurídico dos contratos admi-nistrativos instituído por esta Lei confere à Ad-ministração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I – modificá-los, unilateralmente, para me-lhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contra-tado;

II – rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

III – fiscalizar-lhes a execução;

IV – aplicar sanções motivadas pela inexe-cução total ou parcial do ajuste;

V – nos casos de serviços essenciais, ocu-par provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato adminis-trativo.

§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia con-cordância do contratado.

§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contra-to deverão ser revistas para que se mante-nha o equilíbrio contratual.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedin-do os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o con-tratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por ou-tros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, pro-movendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

Seção VDA INEXECUÇÃO E DA

RESCISÃO DOS CONTRATOS

Art. 77. A inexecução total ou parcial do contra-to enseja a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento.

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

I – o não cumprimento de cláusulas contra-tuais, especificações, projetos ou prazos;

II – o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e pra-zos;

III – a lentidão do seu cumprimento, levan-do a Administração a comprovar a impos-sibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipula-dos;

IV – o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

V – a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia co-municação à Administração;

VI – a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incor-poração, não admitidas no edital e no con-trato;

VII – o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, as-sim como as de seus superiores;

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Direito Administrativo – Da Inexecução, da Rescisão do Contrato e da Prorrogação do Contrato – Prof. Leandro Roitman

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VIII – o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1º do art. 67 desta Lei;

IX – a decretação de falência ou a instaura-ção de insolvência civil;

X – a dissolução da sociedade ou o faleci-mento do contratado;

XI – a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;

XII – razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justifi-cadas e determinadas pela máxima auto-ridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

XIII – a supressão, por parte da Administra-ção, de obras, serviços ou compras, acarre-tando modificação do valor inicial do con-trato além do limite permitido no § 1º do art. 65 desta Lei;

XIV – a suspensão de sua execução, por or-dem escrita da Administração, por prazo su-perior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave pertur-bação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pa-gamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nes-ses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

XV – o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administra-ção decorrentes de obras, serviços ou for-necimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamida-de pública, grave perturbação da ordem in-terna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cum-

primento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI – a não liberação, por parte da Adminis-tração, de área, local ou objeto para execu-ção de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no pro-jeto;

XVII – a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, im-peditiva da execução do contrato.

Parágrafo único. Os casos de rescisão con-tratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contradi-tório e a ampla defesa.

XVIII – descumprimento do disposto no in-ciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:

I – determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;

II – amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Admi-nistração;

III – judicial, nos termos da legislação;

IV – (VETADO)

IV – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este res-sarcido dos prejuízos regularmente com-provados que houver sofrido, tendo ainda direito a:

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I – devolução de garantia;

II – pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;

III – pagamento do custo da desmobiliza-ção.

§ 3º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contrato, o cronograma de execução será prorrogado automaticamen-te por igual tempo.

Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do ar-tigo anterior acarreta as seguintes conseqüên-cias, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:

I – assunção imediata do objeto do contra-to, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;

II – ocupação e utilização do local, insta-lações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, ne-cessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei;

III – execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos va-lores das multas e indenizações a ela devi-dos;

IV – retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.

§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá dar continuida-de à obra ou ao serviço por execução direta ou indireta.

§ 2º É permitido à Administração, no caso de concordata do contratado, manter o contra-to, podendo assumir o controle de determi-nadas atividades de serviços essenciais.

§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização ex-pressa do Ministro de Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, con-forme o caso.

§ 4º A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior permite à Administração, a seu critério, aplicar a medida prevista no in-ciso I deste artigo.

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Direito Administrativo

SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

CAPÍTULO IVDAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

E DA TUTELA JUDICIAL

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatá-rio em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo es-tabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabe-lecidas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2º desta Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas con-dições propostas pelo primeiro adjudicatá-rio, inclusive quanto ao prazo e preço.

Art. 82. Os agentes administrativos que pratica-rem atos em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os objetivos da licita-ção sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.

Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente tentados, sujeitam os seus auto-res, quando servidores públicos, além das san-ções penais, à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo.

Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo que

transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.

§ 1º Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei, quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empre-sas públicas e sociedades de economia mis-ta, as demais entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder Público.

§ 2º A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes pre-vistos nesta Lei forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação pública, ou outra entida-de controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público.

Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem às licitações e aos contratos celebra-dos pela União, Estados, Distrito Federal, Mu-nicípios, e respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, funda-ções públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle direto ou indireto.

Seção IIDAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convo-catório ou no contrato.

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§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda uni-lateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.

§ 2º A multa, aplicada após regular proces-so administrativo, será descontada da ga-rantia do respectivo contratado.

§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferen-ça, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judi-cialmente.

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do con-trato a Administração poderá, garantida a pré-via defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I – advertência;

II – multa, na forma prevista no instrumen-to convocatório ou no contrato;

III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não supe-rior a 2 (dois) anos;

IV – declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determi-nantes da punição ou até que seja promo-vida a reabilitação perante a própria auto-ridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressar-cir a Administração pelos prejuízos resul-tantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos paga-mentos eventualmente devidos pela Admi-nistração ou cobrada judicialmente.

§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas junta-

mente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo pro-cesso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV des-te artigo é de competência exclusiva do Mi-nistro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a de-fesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)

Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também ser aplica-das às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:

I – tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tribu-tos;

II – tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;

III – demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em vir-tude de atos ilícitos praticados.

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Direito Administrativo

RESPONSABILIDADE CIVIL

CAPÍTULO VIIDA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

O enquadramento constitucional encontra-se inserido no art. 37, parágrafo 6º, da Constituição da República de 1988, que apresenta o seguinte teor:

"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

A Responsabilidade Civil conceitua-se como a obrigação imposta a uma pessoa de indenizar os danos sofridos por alguém.

Modalidades:

a) Contratual

b) Extracontratual

Contingências:

1. Responsabilidade Civil Objetiva

2. Responsabilidade Civil Subjetiva

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Observação:

Existe também ação civil de reparação de danos prevista na Lei Nacional de Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92.

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Direito Administrativo

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Conceito:

É a contingência atrelada à fiscalização existente na Administração Pública naqulo que diz respeito as suas atribuições.

Modalidades:

1. Controle Interno – é o realizado pela própria Administração Pública; aquele que vem de dentro.

2. Controle Externo – é o realizado pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas e/ou pelo Poder Judiciário; aquele que vem de fora.

Observação:

A ação dos indivíduos na defesa de seus direitos ou na crítica dos atos administrativos constitui também forma de controle da administração, tanto é que compete aos indivíduos a liberalidade para exercer o direito de petição, o direito de certidão e o ingresso de demandas judiciais, salvaguardados constitucionalmente no art. 5º, XXXIV da Carta Magna de 1988 e nas normas infraconstitucionais precipuamente Lei nº 9.265/96 e Lei nº 9.051/95.

Dica extremamente relevante:

Jamais poderemos esquecer, sobre o assunto em tela, a importância fundamental para que ocorra de modo exemplar o controle da administração, de um órgão essencial chamado Tribunal de Contas, conceituado como órgão autônomo, auxiliar do Poder Legislativo, com a tarefa de examinar costumeiramente as contas públicas, tendo em vista que o Tribunal de Contas pode responsabilizar entidades e agentes por débitos irregulares e aplicar multas, nos termos da lei – decisões, essas, que, inclusive, possuem eficácia de título executivo, além de que pode

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determinar, também, que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, conforme previsto nos arts. 70 ao 75 da Constituição da República de 1988.

A fiscalização, normalmente, é feita a posteriori, depois da realização da despesa.

Nos certames licitatórios, porém, o controle do Tribunal de Contas pode ser exercido a priori, antes mesmo da realização do contrato, conforme insculpido no art. 113, parágrafo 2º da Lei Nacional nº 8.666/93 (licitações e contratos administrativos).

E, por fim, de acordo com a jurisprudência pátria, a aprovação de contas pelo Tribunal de Contas não afasta o seu exame pelo Poder Legislativo ou pelo Poder Judiciário, tanto é que, conforme o art. 619/60, a competência do Tribunal de Contas não pré-exclui o julgamento político parlamentar e muito menos a cognoscibilidade jurisdicional da legalidade e lesividade de atos subjacentes às contas aprovadas.