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OFICINA DO

DIREITO À

CONSULTA AOS POVOS TRADICIONAIS DA

AMAZÔNIA

Oficina: Direito à Consulta PréviaOficina: Direito à Consulta Prévia

TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDO

A partir da imagem, pedir para que os participantes da oficina falem sobre o que sentiram ao ver a foto e o que isso significa

· Objetivo da oficina· Definição de consulta prévia· Histórico das convenções· Momento da consulta (linha do tempo)· Medidas sujeitas à consulta· Objetivo da consulta· Povos consultados· Órgão consultor· Órgão proponente da medida· Trabalho em grupo· O processo de consulta· Estudo de caso· Trabalho em grupo

É papel do Ministério Público Federal (MPF) garantir os direitos dos povos e comunidades tradicionais: índios e quilombolas, comunidades extrativistas, ribeirinhas e outras.

Assim, o objetivo desta oficina é divulgar para esses povos informações sobre seus direitos, em especial os referentes à consulta prévia.

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TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDOEsses são alguns dos principais pontos da convenção 169

Texto do artigo 6-1 da convenção 169

Artigo 18 da Declaração das Nações Unidas sobre o Direito dos Povos Indígenas.

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Tema central da oficina

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Quais as medidas que necessitam de consulta?

Medidas administrativas

Exemplo:Resolução nº 3, de 3 de maio de 2011, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE):"Art. 2º - Determinar que sejam adotadas todas as providências, no âmbito do Poder Executivo Federal, a fim de concluir os estudos necessários para a licitação e implantação dos mencionados Aproveitamentos Hidrelétricos [Aproveitamentos Hidrelétricos do Complexo Tapajós denominados AHEs São Luiz do Tapajós e Jatobá, localizados no Rio Tapajós, no Estado do Pará, AHE Jardim do Ouro, localizado no Rio Jamanxim, Estado do Pará, e AHE Chacorão, localizado no Rio Tapajós, Estados do Amazonas e Pará].”

Medidas legislativasExemplo:Decreto Legislativo nº 788, de 13 de julho de 2005. Autoriza o Poder Executivo a implantar o Aproveitamento Hidreletrico Belo Monte, localizado em trecho do rio Xingu, no Estado do Pará, a ser desenvolvido após estudos de viabilidade pela Centrais Eletricas Brasileiras S.A. - Eletrobras.

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TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDOObjetivo da consulta: acordo ou consentimento

Convenção 107 OIT (integracionismo)- Povos menos desenvolvidos- Integração progressiva à comunidade nacional (Art. 2º.1 Competirá principalmente aos governos pôr em prática programas coordenados e sistemáticos com vistas à proteção das populações interessadas e sua integração progressiva na vida dos respectivos países.)- Não havia previsão legal de consulta prévia ou participação dos povos indígenas e comunidades tradicionais

Convenção 169 OIT (autodeterminação)Artigo 7º1. Os povos interessados terão o direito de definir suas próprias prioridades no processo de desenvolvimento na medida em que afete sua vida, crenças, instituições, bem-estar espiritual e as terras que ocupam ou usam para outros fins, e de controlar, na maior medida possível, seu próprio desenvolvimento econômico, social e cultural. Além disso, eles participarão da formulação, implementação e avaliação de planos e programas de desenvolvimento nacional e regional que possam afetá-los diretamente.

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Comparação dos enfoques jurídicos

Pedir para os participantes comentarem a frase

Artigo 6º da Convenção 169:

2 - As consultas realizadas em conformidade com o previsto na presente Convenção deverão ser conduzidas de boa-fé e de uma maneira adequada às circunstâncias, no sentido de que um acordo ou consentimento em torno das medidas propostas possa ser alcançado.

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TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDODeclaração das Nações Unidas sobre o Direito dos Povos IndígenasArtigo 19Os Estados consultarão e cooperarão de boa-fé com os povos indígenas interessados, por meio de suas instituições representativas, a fim de obter seu consentimento livre, prévio e informado antes de adotar e aplicar medidas legislativas e administrativas que os afetem.

Nova comparação

Quem são os povos consultados?

Todos os povos tradicionais a serem afetados pela medida

Artigo 6º da Convenção 169 da OIT:1. Na aplicação das disposições da presente Convenção, os governos deverão: a) consultar os povos interessados, por meio de procedimentos adequados e, em particular, de suas instituições representativas, sempre que sejam previstas medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente.

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TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDOQuem realiza a consulta?

Órgão governamental

Ex. Idesp-PA , Decreto nº 767 de 20 de junho de 2013 do Governo do Estado do Pará. Delegou competência ao Idesp para realizar a consulta prévia da comunidade remanescente de quilombo Cachoeira Porteira.

Quem propõe a medida?

GovernoEx. Hidrelétrica...

ou

Particular Ex. Mineração, exploração de madeira...

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Filme (demora para carregar na versão online)

Explicar como o MP pode ser acionado e deixar contatos

Promover o debate:1. O que é consulta prévia?2. Como deve ser o processo?3. Qual a importância?4. O que fazer quando não forem consultados?

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Propor o estudo previsto

Processo de consultaEtapas

1. Identificação da medida2. Identificação e credenciamento dos povos a serem consultados3. Divulgação da medida consultada e do Plano de Consulta4. Reunião de informação5. Avaliação e deliberação interna das comunidades consultadas caso concordem integralmente com o projeto, basta reunião para formalizar a ata de consulta.6. Reunião de diálogo e negociação7. Decisão final das comunidades

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TEMA FINAL

CONTEÚDOPreparar um plano de consulta

PLANO DE CONSULTA Nº 01/2013

Em atendimento ao artigo 1º, parágrafo único do Decreto Estadual nº de, este Plano de Consulta tem por fim detalhar o procedimento de consulta prévia, livre e informada que submeterá o “Plano de Utilização e de Desenvolvimento Socioeconômico, Ambiental e Sustentável da comunidade remanescente de quilombo Cachoeira Porteira", elaborado pelo Governo do Estado do Pará, ao consentimento das comunidades afetadas pela medida.

1. DOS SUJEITOS DO PROCESSO DE CONSULTAa) Entidade promotora da consulta:…..b) Entidade proponente do projeto:…...c) Comunidade(s) consultada(s):...2. DO OBJETO DA CONSULTA….3. DAS OBRIGAÇÕES GERAISSão deveres de todos participantes do processo de consulta:a) Diálogo interculturalb) Boa fé

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TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDOc) Transparênciad) Flexibilidade

4. DAS OBRIGAÇÕES ESPECÍFICASa) Entidade promotora da consulta:Conduzir todo processo de consulta, desde a(s) reunião(ões) preparatória(s) para a elaboração conjunta deste Plano de Consulta até sua efetiva aplicação, como preceitua o artigo 1º, parágrafo único do Decreto Estadual nº , de .Atuar como mediadora do processo e zelar pela sua higidez, evitando que abusos sejam cometidos por qualquer dos participantes.Garantir a observância das obrigações gerais e específicas.Explicar, já na reunião preparatória, o que é e qual é a finalidade do instituto da consulta prévia, livre e informada.Fornecer à comunidade consultadas todas as informações necessárias sobre o processo.Registrar em ata os acontecimentos de todas as reuniões realizadas com a(s) comunidade(s) consultada(s), inclusive a reunião preparatória.Registrar em vídeo todas as reuniões realizadas com a(s) comunidade(s) consultada(s), inclusive a reunião preparatória.Dar publicidade e disponibilizar este Plano de Consulta, o objeto da consulta, as convocatórias das reuniões, as atas das reuniões, bem como a todos os documentos produzidos durante o processo de consulta.

b) Entidade proponente do projeto:Atuar com objetivo de obter o consentimento do(s) povo(s) consultado(s) (Artigo 2º do Decreto Estadual nº , de ).Fornecer todas as informações necessárias à tomada de decisão pelo(s) povo(s) consultado(s), nos termos do Item 6, IV deste Plano.Arcar com todos os custos dos processo de consulta, inclusive com deslocamentos, viagens, materiais gráficos, despesas das reuniões, honorários dos intérpretes, caso sejam necessários, assistentes técnicos que eventualmente sejam nomeados pela(s) comunidade(s) consultada(s), dentre outros.

5. DAS REUNIÕES PREPARATÓRIASa) Objetivo: O principal objetivo da(s) reunião(ões) preparatória(s) é possibilitar que a

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TEMA PARA DISCUSSÃO CONTEÚDOcomunidade consultada participe da elaboração do Plano de Consulta, como impõe artigo 1º, parágrafo único do Decreto Estadual nº , de , garantindo que o processo disponha de procedimentos adequados sob a ótica de todos os participantes. A partir do esboço do Plano de Consulta elaborado pela entidade promotora, caberá à comunidade consultada a definição dos principais aspectos do processo: (i) metodologia do processo de consulta (etapas, prazos gerais, prazo de avaliação interna, representação, forma de deliberação); (ii) local das reuniões; (iii) ferramentas de diálogo intercultural (definição do idioma utilizado, formas de publicidade, informação e transparência, mecanismos de intervenção e de questionamento).

b) Principais registroselaborar ata da reunião preparatória anexa.

c) Deliberações:definir vários aspectos da consulta, notadamente: metodologia do processo de consulta, local das reuniões, idioma utilizadoformas de deliberação de que forma se dará a consulta: nomeação de representantes, organização representativa, decisão da maioria, assembleia geral, etc.formas de publicidade, informação, transparênciamecanismo de realizar a consulta, tomada de decisãoprazosferramentas interculturaismecanismos de intervenção, questionamento,

6. DAS ETAPAS DO PROCESSO DE CONSULTAI. Identificação da medidaII. Identificação e credenciamento dos povos a serem consultadosIII. Divulgação da medida consultada e do Plano de ConsultaIV. Reunião de informaçãoV. Avaliação e deliberação interna das comunidades consultadascaso concordem integralmente com o projeto, basta reunião para formalizar a ata de consulta.VI. Reunião de diálogo e negociaçãoVII. Decisão final das comunidades

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