diplomata do instituto rio branco exemplo de prova

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  • 8/6/2019 Diplomata Do Instituto Rio Branco Exemplo de Prova

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    Exemplo de prova

    Leia os textos que se seguem:

    Texto 1

    Pesquisa Variacionista e Ensino:Discutindo o Preconceito Lingstico

    "Todos ns sabemos que, direta ou indiretamente, um dos maioresproblemas do ensino de lngua portuguesa" passa pela questo do

    preconceito lingstico. Na maior parte das vezes, o ensino degramtica feito de forma rgida, como se tudo fosse inerentemente

    errado. O ensino normativo tem o objetivo explcito de banir da(s)lngua(s) formas ditas empobrecedoras, formas ditas desviantes,

    formas consideradas indignas de serem usadas por homens de bem.E, na perseguio deste objetivo (no sentido mais literal do termo),muitas vezes, e com freqncia, banem-se da escola no as formas

    lingsticas consideradas indesejveis, mas as pessoas que asproduzem, porque estas formas so normalmente aquelas produzidasem maior quantidade pelas pessoas de classe social sem prestgio. As

    pessoas de classe prestigiada tambm produzem as formasconsideradas indesejveis, s, s vezes, em menor quantidade.

    Em nome da boa lngua, pratica-se a injustia social, humilhado o serhumano por meio da no-aceitao de um de seus bens culturaismais divinos: o domnio inconsciente e pleno de um sistema decomunicao prprio da comunidade ao seu redor. E mais do que isto:a escola e a sociedade da qual a escola reflexo fazem associaessem qualquer respaldo lingstico objetivo entre domnio dedeterminadas formas lingsticas e elegncia e deselegncia; entredomnio de determinadas formas lingsticas e competncia ouincompetncia; entre domnio de determinadas formas lingsticas einteligncia e burrice (...).

    Com que direito vises preconceituosas podem ser reforadas? Asquestes que envolvem a linguagem no so simplesmentelingsticas; so, acima de tudo, ideolgicas.

    E a Sociolingstica produz fatos para colocar lenha na fogueira destedebate e particularmente no debate pblico sobre o preconceitolingstico, corroborado tacitamente pela maior parte dos membrosde uma comunidade lingstica. Sabe-se bem que, infelizmente,lngua tambm instrumento de poder; lngua tambm instrumentode dominao; lngua tambm instrumento de opresso. Ainda novi, e gostaria de ver um dia (a utopia faz parte da vida), a lngua serusada como um real instrumento de libertao. (...)

    Ento, os resultados da pesquisa sociolingstica podem ser usadospara a discusso do preconceito lingstico, apresentando fatos

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    inquestionveis, que evidenciam que as pessoas no estosimplesmente "nocauteando a concordncia", "tropeando" oucometendo "gafes", mas, sim, deixando seu vernculo emergir numasituao de fala em que muitos no admitem que ela possa emergir.[William] Labov bem o coloca que, quando estamos completamente

    envolvidos com contedo lingstico da nossa fala, deixamos de nospoliciar e deixamos o vernculo emergir, vernculo este que muitasvezes no coincide com as formas codificadas e, ao longo do temposentidas como as nicas formas legtimas por grande parte dosusurios da lngua.

    (...) Relembro, todavia, que tambm no deveramos perder de vista apossibilidade de podermos contribuir para a codificao de umanorma mais realstica, mais interessante, que contemplasse valoresdiversos, que refletisse um pouco mais a nossa identidade lingsticae que restitusse aos alunos o prazer de "estudar portugus", dando

    vez pluralidade de normas (...).

    Finalizando, considero que, com os resultados que temos em mo,no temos o direito de nos omitir diante das situaes concretas depreconceito lingstico. Mais do que isto: temos o dever de nosmanifestar. o exerccio da cidadania!!! Transcrevo a seguir umaparte de minha primeira carta enviada ao Correio Braziliense, quereflete bem a minha viso a respeito do preconceito lingstico e desuas implicaes perversas.

    "Para mim, igual ou pior do que o preconceito de religio, raa, cor,

    sexo, classe social (entre outros) o preconceito lingstico, porqueele sutil e, por razes histricas, corroborado pela maior parte dasociedade como algo natural. O preconceito lingstico, muitas vezes,cria a falsa idia de que h uma lngua melhor do que outra, de queh um dialeto melhor do que outro. Pior do que isto, cria tambm afalsa idia de que quem domina as formas de prestgio maisinteligente, mais capaz. (...)

    "Confundir discurso poltico com a lngua de um povo pensar estalngua como algo pequeno demais. E confundir forma de falar comcompetncia ou com inteligncia significa ver a lngua apenas como

    instrumento de poder e de dominao, no como um poderosoinstrumento de comunicao.

    "A lngua de qualquer povo, em qualquer poca, um instrumentoextremamente poderoso porque presta a mltiplas funes: transmitirmensagens objetivas, organizar o pensamento, expressar os desejose as emoes, convencer os outros, estabelecer contatos (...) e atmudar o estado das coisas, ou seja, at "realizar atos". Mas esteprecioso instrumento tambm pode servir a instintos nada nobres:pode servir para oprimir, para discriminar, para enganar, para mentir,e at (infelizmente) para alijar o ser humano do meio produtivo."

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    Maria Marta Pereira Scherre. Pesquisa & Ensino da Lngua:Contribuies da Sociolingstica. UFRJ/CNPQ. Rio de Janeiro. 1996.

    Texto 2

    Outrossins...

    J escrevi sobre isso. Na ocasio, fui cido na crtica no que, alis,acho que fiz muito bem. Do que estou falando? Estou falando decertos indivduos que passam a vida entre o cinza e o marrom: ahedionda raa dos burocratas. Todos engajados, com afinco, em lidarcom papis, encaminh-los, despach-los e sobre eles deitar falao,geralmente num estilo de bula de remdio. So montanhas,

    cordilheiras de cartas, ofcios, avisos, pareceres e todo tipo decorrespondncia que vai daqui para ali numa penosa melopiacanina: "Ao Sr. Assessor, Ao Sr. Chefe, Ao Sr. Diretor". Isso desde osimples bilhete que s atravessa a Esplanada dos Ministrios nasmos do contnuo at o pesado processo que cruza a nao inteira ese destina a seu mais longquo igarap.

    No me refiro ao contedo dessa papelada. Ela, obviamente, traduz aprpria razo de ser do servio pblico. Reclamo da lamentvelforma como so escritos esses documentos oficiais e oficiosos.

    mais do que tempo de tornar inteligvel e fluida a redao naadministrao pblica. De falar portugus claro. Sim, porque causaespanto e nusea o blablabl rococ e gongrico que escorre,espesso e obscuro, pelas mal traadas linhas da maioria dosprocessos escritos nestes brasis.

    H, em vigor, recomendao explcita no sentido de simplificar ostextos. Mas, como outras, essa tambm no pegou. olimpicamenteignorada por cidados pressurosos em bajular o chefe com palavrasempoladas e ocas, numa verborragia que no conhece comeo, meionem fim.

    Coisas como destarte, inobstante, mxime, outrossim, e assim pordiante. Outrossim! Voc j ouviu algum pronunciar essa palavra?Uma vezinha s na vida? Pois bem, meu amigo, e no entanto ascartas e os ofcios esto cheios dela, dela que no altera ouacrescenta coisssima alguma.

    E que dizer do fim dos textos, quando surge aquele grotescopargrafo que ningum, rigorosamente ningum l e se lesse noacreditaria um pingo no que ele declara: "Renovo meus protestos deestima", ou, pior ainda: "Colho o ensejo para reiterar meu apreo".

    Colho o ensejo! Protestos de estima! Mais uma vez, paciente leitor,voc j escutou isso da boca de algum? Duvido. Pois h quem

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    escreva, e l se vai uma fortuna em tempo e dinheiro com tamanhababoseira!

    A redao oficial no deve cultivar pretenses literrias. Estas soterreno dos literatos, que diabo. H sujeitos, porm, que se do ao

    desplante de escrever com o dicionrio do lado s para escolher aspalavras mais difceis. Conheo um que adora trocar o to comumverbo ligar pela raridade que o verbo jungir, s para provocar efeitona quadrada cabea do seu chefe.

    Existem prolas nesse campo frtil. No Banco do Brasil, certa vez,circulou uma carta que comeava assim: "Assunto: Cobra", eprosseguia: "O Sr. Fulano de Tal dirigiu-se a esta seo informando tersido picado pela epigrafada". Blearghhh!

    H, ainda, o reino da nebulosidade. Nele, nada supera este trecho deuma instruo do ento recm-criado Banco Central, pelos idos de1965: "Faz-se notar que os parentes consangneos de um doscnjuges so parentes por afinidade do outro; os parentes porafinidade de um dos cnjuges no so parentes de outro cnjuge.So, tambm, parentes por afinidade da pessoa, alm dos parentesconsagneos de seu cnjuge, os cnjuges de seus prprios parentesconsagneos". Tente decifrar e voc cumprir um delirante exercciode piruetas mentais.

    Mera coincidncia: enquanto reflito sobre tanta sandice, vejo, nateleviso, um poltico de prestgio dizer simplesmente o seguinte:

    "Nada vejo de grave nas objugatrias de Sua Excelncia". Sinto justaperplexidade, pois no estou defendendo o pobre e monossilbicovocabulrio usado pela garotada, infelizmente formado a partir dosroncos primitivos do rock. Mas, tenha pacincia, objurgatria!

    E por a afora. At hoje os ofcios das reparties militares comeamcomo no tempo do Baro de Paranapiacaba: "Solicitao (faz)",maneira bicentenria e anacrnica de pedir alguma coisa a algum.

    Repito: ningum que regule bem diz coisas assim: "Meu amor, apraz-me comunicar que vou sua casa amanh. Outrossim, informo quechegarei para o jantar.", ou "Voc est uma gracinha, querida.Destarte, podamos fazer um programa, se lhe aprouver." e l se vaio programa por gua abaixo...

    Falando srio: voc j calculou quanto o Brasil gasta com tamanhabesteira? Milhes de linhas diariamente datilografadas ou digitadas,um custo altssimo em fitas de mquinas, papel e tempocompletamente perdido. Sim, porque, suprimidas tais palavras efrases, o sentido da mensagem em nada se altera e, sobretudo, noh um s destinatrio neste planeta que se comova com reiteradasmanifestaes de subida considerao. Muito menos a mulher que, nacama, escuta o marido formal sussurrar-lhe ao ouvido: "Boa noite,meu bem. Renovo minhas expresses de distinta considerao, com oque me despeo. At amanh".

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    Tudo isso absurdo, mas continuam as pobres secretriasdatilografando o dia inteiro encmios, alvedrios e alvitres alm dezelarem com a mxima ateno pela ridcula margem direita, queatraso!

    Saudades de Hlio Beltro, que fez ventilar ar puro no seu tempo frente do Ministrio da Desburocratizao. Foi bom enquanto durou.Depois, retrocedemos e agora s nos restam o tdio e o bocejo.

    Mrcio Cotrim.

    Texto3

    GiLuminosoDeus anda bom demais comigo. No sei se mereo tantas gentilezasdEle. Na ltima tera-feira, a ddiva veio de um inesperado convitepara ver Gilberto Gil, que participava, em So Paulo, do lanamentodo livro "GiLuminoso A po.tica do Ser", trabalho do poeta BenFonteles, baseado na fecunda obra do mestre baianoGilberto Gil dessas almas iluminadas, alma de poeta, que o criadorenvia ao planeta com a misso de traduzir o sentimento de seu povo.E Gil o faz com textos que primam pela criatividade, pelo bom gosto e

    por que no? pela correo. Alm de blsamo para coraes ementes, a poesia de Gil verdadeira aula de portugus.Vejamos alguns casos, pinados desse encontro. Em "Super-Homem,a Cano" belssima letra que at hoje incomoda muita gente - , Gilusa com mestria um tempo verbal dos mais interessantes: o mais-que-perfeito.Verdadeira tortura em certas aulas de portugus, esse tempo denome enigmtico ("Por que mais-que-perfeito?", pergunta-se agarotada, cuja expectativa nem sempre o professor satisfaz) surgena letra com dois valores distintos. Na primeira ocorrncia ("Minha

    poro mulher, que at ento se resguardara"), o mais-que-perfeito,em sua forma simples (que equivale composta "tinharesguardado"), usado com seu valor especfico. E que valor esse?Basta ver por que o mais-que-perfeito tem esse nome. Na verdade,antes preciso saber por que o pretrito perfeito se chama perfeito. Apalavra vem do latim "perfectu", que, ao p da letra, significa "feitocompletamente". No toa que se diz, por exemplo, que uma obrade arte perfeita. Se perfeita, no lhe falta nada; estcompletamente feita.Na letra de "Super-Homem", Gil comea dizendo: "Um dia vivi a ilusode que ser homem bastaria...". A forma verbal "vivi" do pretrito

    perfeito, portanto indica algo passado e acabado, feitocompletamente. Quando o poeta diz "Minha poro mulher, que at

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    ento se resguardara", emprega o mais-que-perfeito ("resguardara")at o momento em que deixou de existir a iluso de que ser homembastaria.Pois bem, se "vivi" (que, por extenso contextual, implica a idia deque "deixei de viver") pretrito perfeito, "resguardara", que indica

    fato mais velho, anterior, s pode ser "mais-que-perfeito", ou seja,"mais velho que o perfeito".Como outros tempos verbais, o mais-que-perfeito tem valoresparalelos, perifricos. Um deles aparece na mesma letra: "Quem derapudesse todo homem compreender, me!, quem dera...". Comoocorre com "Tomara!" (que vem da primeira pessoa do singular dopretrito mais-que-perfeito do verbo "tomar"), "dera" do mais-que-perfeito do verbo "dar", mas no se emprega com o valor especficodesse tempo. "Dera", no caso, expressa desejo e funciona tal qual sev em algumas formas do futuro do pretrito, como "gostaria","desejaria" etc.Outro belo exemplo de Gil, presente no livro, est em "Tempo Rei",letra em que o imperativo usado com leveza e adequao: "Temporei, tempo rei, tempo rei / transformai as velhas formas do viver /Ensinai-me, pai, o que eu ainda no sei / Me Senhora do Perptuo,socorrei". A segunda pessoa do plural, empregada nas formas doimperativo afirmativo ("transformai", ensinai e "socorrei"), confere aotexto tom de orao orao ao deus tempo.E pensar que alguns deuses (menos nobres, claro) do ensinolingstico pregam a sumria eliminao das segundas pessoas ("tu"e "vs") dos livros de portugus. Para esses nobres senhores, o verbo

    seria conjugado s nas primeiras pessoas (eu e ns) e nas terceiras(ele, eles, voc vocs). E se dizem modernos, democratas elibertrios. Para eles, liberdade omitir, negar o futuro cidado odireito de conhecer todas as formas da lngua. Em ltima anlise, faz-lo imaginar que Gil, Machado de Assis, Fernando Pessoa e Vieiraescrevem na lngua de outro planeta.Em Porto Alegre, onde estive recentemente para proferir palestradurante a importante Feira do Livro que l se realiza, o professorPaulo Ledur, presidente da Cmara do Livro, disse-me que em muitasescolas (algumas delas pblicas) do Rio Grande do Sul so adotadosesses livros de portugus que omitem a segunda pessoa. Logo l,

    terra em que o delicioso "tu", muitas vezes com o verbo com o "s" dasegunda pessoa ("tu podes", "tu viras"), ouvido em cada esquina.Sem comentrios.

    Pasquale Cipro Neto. O Globo, 28/11/1999, p.34.

    Elabore um resumo do texto 1.

    Extenso: de 200 a 250 palavras

    Valor: 40 pontos

    Exemplo de resumoMrcia Nazar Souza Chaves (38/40)

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    Maria Marta Pereira Scherre, no texto "Pesquisa Variacionista eEnsino: Discutindo o Preconceito lingstico" (Pesquisa e Ensino daLngua: contribuies da Sociolingstica, UFRJ/CNPQ. Rio de Janeiro.1996), faz uma reflexo acerca do que entende como "preconceitolingstico": a imposio, nas escolas, da chamada norma culta como

    forma de manuteno do "status quo", um dos mais aviltantes meiosde preconceito social, vez que expresses lingsticas consideradasinaceitveis e quem as produz so relegadas a uma casta inferior.Essa imposio feita de forma sutil no intuito de esconder suaferocidade: a "boa lngua" vai sendo instalada lenta, masconstantemente, sufocando "desvios", at que dois blocos sejamcompostos: o primeiro, formado por aqueles que apreenderam asmincias da regra, usando-as a seu favor; o segundo, pelos que nose enquadraram, cujo destino servir ao primeiro.Segundo a viso sociolingsta, est-se perdendo a perspectiva dafinalidade da lngua, a comunicao, em primazia da forma comoessa comunicao feita, como se fazer a concordncia fosse maisimportante do que saber com o que se est concordando.A autora conclui no pelo fim das regras, mas que elas sejam feitasconsiderando-se a riqueza, a pluralidade dos falares, tornando o seuestudo interessante justamente por refletir essa gama de variaeslingsticas. De outra forma, a lngua nada mais ser seno uminstrumento (letal) de dominao, deixando a comunicao numplano insignificante.

    Desenvolva o tema: O bom usurio do idioma quem sabe infrigi-lo

    no momento certo. extenso: de 450 a 600 palavras

    valor: 60 pontos

    Exemplo de redaoMrcia Nazar Souza Chaves (55/60)

    Li, j h algum tempo, uma crnica muito interessante de LusFernando Verssimo acerca de sua falta de apego, por assim dizer, norma culta da Lngua Portuguesa. Contava a estria de umaentrevista da qual teria sido vtima: uma estudante o teria procurado,como "expert" no uso da lngua, para dele colher algumas lies.Verssimo retratou-se, ento, como um enganador, algum queabsolutamente no conhece as regras gramaticais e nem tem muitointeresse em com elas ter intimidade, pois: "dizer que algo est claro,pode at no estar certo, mas est claro, certo?"Estou com o Verssimo. Acredito, alis, que a companhia no poderiaser melhor.O bom uso da lngua ultrapassa o conhecimento da regra. A normanada mais seno um acessrio. Valioso, verdade, mas, aindaassim, acessrio. Mais importante que a forma a mensagem.

    Conhecer a lngua no meu entender usar a regra como aliada,como forma de esclarecimento, de aproximao do meu alvo, como

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    maneira de chegar mais rpido e mais fcil ao meu destino final: aplena compreenso da mensagem pelo ouvinte.Quando se fala, ou se escreve, h que se pensar no em si mesmo,mas em quem ouve, em quem l. Se este no conseguiucompreender a mensagem, de que valeram as regras do meu bom

    portugus? Sempre comunguei da idia de que o nvel da fala devese adequar ao ouvinte, no ao falante. E voc no precisa,obrigatoriamente, falar "errado" para isso, basta falar claro, certo?(Ah, Verssimo...)Talvez, a maioria esmagadora dos polticos e no me refiro s aosbrasileiros no concorde comigo. Afinal, clareza no um bemperseguido por essa classe, principalmente junto ao eleitorado maispobre, que, ainda, confunde "gramatiqus" com bom portugus,persistindo aquela velha idia de que quanto mais rebuscado odiscurso, melhor preparado est o candidato.Rodrigues Hapa, na sua "Estilstica da Lngua Portuguesa" possuiopinio um tanto extrema sobre o assunto, que poderia ser resumidamais ou menos assim: " se para acabar com a espontaneidade, coma riqueza da lngua em nome da regra, morra a regra!"Nem tanto ao mar, caro mestre! Vamos aplicar o princpio dacoerncia, do aceitvel. No desprezemos o vocabulrio de nossoestudante somente porque ele no sabe usar o pretrito mais-que-perfeito, cuja prtica exige um sutileza, um certo "jogo de cintura"que ele no consegue alcanar. Pacincia! Sempre restar o pretritoperfeito, cuja objetividade, talvez, esteja mais prxima de suarealidade.

    Assim, se o seu filho, ainda no processo de formao da fala, emiteum "eu fazi", no o culpe, corrigindo-o de pronto, como se ele fosseum "burrinho". O seu processo mental foi perfeito. Como poderia eleimaginar que o pretrito perfeito do indicativo desse verbo sofre umavariao de radical, esbanjando irregularidade? Ele pode at no terfalado certo, mas parafraseando nosso bom e velho Verssimo foiclaro, certo?

    INGLSA prova escrita de Ingls consta de trs partes: redao sobre tema

    de ordem geral, com extenso de 350 a 450 palavras (valor de 50pontos); verso de um ou mais textos (valor de 30 pontos); eexerccios sobre um ou mais textos que podero incluir, entre outros,resumo, alterao de registro e substituio de elementos textuais(valor: 20 pontos).

    1. Bibliography:

    1.1 The growing and widespread use of the Internet has made itpossible to gain access to a vast array of content in English. Inpreparing for the exam, candidates are strongly recommendedto use this tool to consult high-standard daily and weekly presspublications, such as The Times, The Washington Post, The

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    Financial Times, The Economist and Time. Many suchpublications are also available in printed form in Brazil.

    2. Basic reference works:

    1. English dictionaries:

    The Longman Dictionary of Contemporary English.London, Longman.

    The Oxford Advanced Learner's Dictionary of CurrentEnglish. Oxford, Oxford University Press.

    Webster's Collegiate Dictionary. New York, BD&L.

    The Random House College Dictionary. New York, RandomHouse.

    Language Activator. London, Longman.Roget's Thesaurus. London, Longman.

    Collins Cobuild English Language Dictionary. London,Collins.

    2. Bilingual dictionaries:

    Houaiss, A. Dicionrio Ingls-Portugus. Rio de Janeiro,Record.

    Taylor, J.L. Portuguese-English Dictionary. Rio de Janeiro,Record.

    Novo Michaelis: Ingls-Portugus, Portugus-Ingls. SoPaulo, Melhoramentos.

    3. Grammar, Usage, etc.:

    Collins Cobuild English Usage. London, HarperCollins.Cutts, Martin. The Plain English Guide. Oxford, Oxford UniversityPress.Frank, M. Modern English. Englewood-Cliffs, Prentice-Hall. (Plus

    the useful accompanying exercise books.)Leech, G. & Svartvik, J.A Communicative Grammar of English.London, Longman.Santos, Agenor. Guia Prtico de Traduo Inglesa. So Paulo,Cultrix.Swan, M.A Practical English Usage. Oxford, Oxford UniversityPress.

    Thompson, A.J. & Martinet, A.V.A Practical English Grammar.Oxford, Oxford University Press.

    3. Larger reference works:

    Comprehensive Grammar of the English Language.London, Longman.

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    Oxford English Dictionary. Oxford, Oxford University Press.

    The Random House Dictionary of the English Language.New York, Random House.

    Webster's Third International Dictionary. New York, BD&L.

    Orientao para estudo:Composition (50 marks)

    The examiners expect advanced knowledge of English combined withan ability to put it to effective use in a well-planned composition. Atotal of 50 marks is awarded for the composition, allocated as follows:Grammatical accuracy(25 marks): here the examiners assess thecorrectness and appropriacy of the writing. One point is deducted foreach serious mistake and half a point for each minor slip (includingpunctuation) or spelling mistake. Candidates scoring zero in this

    section through weak command of English will automatically scorezero for the entire composition.Plan and development of ideas (15 marks): the three mainconsiderations here are:

    (1) the candidate's ability to think clearly andexpress himself logically in English;

    (2) the relevance of ideas and exemplificationto the subject of the composition; and

    (3) organisation of the text as expressed infeatures such as adequate paragraphing.

    Candidates should aim to make their composition as interesting aspossible. Although the examiners cannot demand novel ideas, theyare likely to be favourably impressed by genuine originality. Aptillustration is a useful way to achieve this end. Passages that havepatently been learnt by heart and are artificially engineered into thecomposition will be penalised.Quality of language (10 marks): Marks are awarded on a positivebasis in this item for good idiomatic English, varied constructions anda display of aptly chosen, broad-ranging vocabulary.

    Candidates producing correct but pedestrian English of a distinctlyelementary nature may score zero in this section, particularly if this isseen to be playing safe.Translation (30 marks)

    The examiners are looking for a correct, natural rendition in English ofone or more texts in Portuguese. Points are deducted for translationfaults, grammatical errors, wrong word choice, and bad style, shouldthe latter impair the reading of the text. Half points are deducted forminor mistakes (including punctuation) and spelling.Text-based exercises (20 marks)

    The examiners assess ability to work with transformation andadaptation of texts in the English language. Aspects observed in this

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    section of the exam include ability to summarise and think logically,command of grammar, vocabulary, usage, register and appropriacy.

    Temas de redao de concursos anteriores

    1996

    "Colonies do not cease to be colonies because they are independent".(Benjamin Disraeli)1997Analyze the following statement in the light of 20th century history:"Arms alone are not enough to keep the peace. It must be kept bymen. The mere absence of war is not peace."

    (John F. Kennedy)1998Discuss the following statement in the context of economicintegration and globalization."The cultural revolution of the later twentieth century can best beunderstood as the triumph of the individual over society, or rather,the breaking of the threads which in the past had woven humanbeings into social textures."

    (Eric Hobsbawm,Age of Extremes)1999Discuss the following statement in relation to the issue of statesecrets and the role of the press."The greatest triumphs of propaganda have been accomplished, notby doing something, but by refraining from doing. Great is the truth,but still greater, from a practical point of view, is silence about the

    truth." (Aldous Huxley)2000Discuss the following statement:Developing countries have a fundamental choice. They can mimic theindustrialised nations and go through na economic developmentphase that is dirty, wasteful and creates an enormous legacy ofenvironmental pollution; or they can leapfrog and incorporateefficient, modern technologies.

    (Jos Goldenberg, in Guardian Weekly, November 1999)

    Exemplo de redao

    Joo Paulo Cursino Pinto dos Santos (47/50)In a recent statement, Jos Goldenberg poses a choice for developingcountries: they can either take the costly road already followed byindustrialised nations, or take advantage of modern technologies asshortcuts to catch up with them.The simplicity conveyed by such words can be deceiving. One feelstempted to the seemingly obvious choice of doing away with theeffort and jumping into a world of technological marvels ready foruse. But would such move be a wise one? Moreover, would it really bean available option?

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    Since the down of the industrial revolution, the demands of capitalismhave pressed on science, which has amassed knowledge atunprecedented rates. This has given rise to yet more knwoledge andinnovation, in a self-feeding process. Mistakes were made along thisway, helping engineers chart a tortuous path into the unknown.

    Improvement has been gradual, though steady.So progress has been built the hard way by a selected number ofcountries, all conscious of their heritage. Such industrialised nationstake utmost care not to allow their hard-won technology to fall intothe hands of others which is understandable, given the price theyhave had to pay for it and the strategic asset it represents for them.Then along comes a developing country on its quest to becomingeconomically independent but without a technological history. It caneither develop its own repository, or it can acquire off-the-shelfsolutions to its local problems. In the latter case, this country willnever master its evolution, because it lacks the fundamentals forthat; its fate is forever doomed to dependence. The providers of thosesolutions will never help out in this respect, because this disparity istheir source of revenue: Should the wanting country take on themeans to devise its own technological pathway, the economic outflowpatterns die out.The answer must come in careful, initially slow steps. Admittedly,older technologies could be copied so as to shorten the gap reverseengineering has proved to be an acceptable alternative, asdemonstrated by Japan and South Korea. However, newerachievements cannot be "incorporated", assimilated that easily; they

    have got to be brought about internally, providing a true competitiveedge.As Goldenberg points out, a developing nation does not necessarilyhave to bear all of the burden of past trials and errors: use can learnfrom others histories and leave aside undesirable birth pangs.Nevertheless, if we intend to truly walk on our own feet, majorinvestments need to be made to ensure indigenous ingenuity instead of merely getting on the bandwagon of a tantalizingfairground that will always elude us.

    Exemplos de traduo

    . Translate the following texts into English:Value: 15 marks each.Text oneA porta de vidro do chuveiro no estava funcionando bem. Fechar,fechava, mas simples deslocao de ar provocada pela gua, ela seabria mansamente. S os nova-iorquinos excntricos, que tomambanho no inverno, sabem o que significa uma repentina rajada de arfrio a assinar com a gua quente do chuveiro um contrato depneumonia dupla que nem a penicilina rescindir. A ela, uma senhorabrasileira residente em Nova Iorque, s restava mandar chamar ozelador do edifcio.O zelador compareceu ao fim de trs semanas e cinco gorjetas,munido do competente alicate. Depois de verificar a procedncia da

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    reclamao, concluiu que o conserto fugia sua alada. A um zeladorcabe receber os aluguis no fim do ms, zangar com as crianas quebrincam no saguo de entrada e, eventualmente, chamar ordem osinquilinos que dependuram roupas do lado de fora do prdio. Nocaptulo dos consertos, cabe-lhes apenas munir-se de um alicate e

    percorrer regularmente os apartamentos, recolhendo gorjetas.Fernando Sabino,A vingana da porta. In: Elenco de cronistasmodernos. Rio: Sabi, 1971.

    Eduardo Uziel (12,5/15)The glass door of the shower cabine was not working well. It could beclosed, but it would slowly open in face of the mere dislocation of aircaused by the water. Only excentric New-Yorkers, who take showers

    during the winter, know what is the meaning of a sudden puff of coldair signing with the hot water of the shower a contract of pneumoniain both lungs that not even penniciline will be able to annul. To her, aBrazilian lady living in New York, no option was left except for callingthe building janitor.The janitor appeared three weeks and five tips later, wielding a usefultool. After verifying the procedence of the complaint, he concludedthat fixing the shower was not part of his duties. It behoves thejanitor to collect the rents by the end of the month, to scold thechildren who play in the entrance hall and, contingently to reproachthe tenants who hang their clothes outside the building. As for fixing

    things, it behoves him only to wield a tool and attend regularly to theapartments collecting tips.Text twoExiste uma tica do trabalho, como existe uma tica da aventura.Assim, o indivduo do tipo trabalhador s atribuir valor moral positivos aes que sente nimo de praticar e, inversamente, ter porimorais e detestveis as qualidades prprias do aventureiro audcia,imprevidncia, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem tudo, enfim, quanto se relacione com a concepo espaosa do

    mundo, caracterstica desse tipo.Por outro lado, as energias e os esforos que se dirigem a umarecompensa imediata so enaltecidos pelos aventureiros; as energiasque visam estabilidade, paz, segurana pessoal e os esforossem perspectiva de rpido proveito material passam, ao contrrio,por viciosos e desprezveis para eles. Nada lhes parece mais estpidoe mesquinho do que o ideal do trabalhador.Srgio Buarque de Holanda. Razes do Brazil. So Paulo: Companhiadas Letras, 1995. 26a. edio.

    Eduardo Uziel (13,5/15)

    There is an ethic of work, as well as there is and ethic of adventure.Hence, the individual of the working kind will attribute positive moral

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    value only to the action he has disposition to practice. Conversely, hewill consider immoral and hateful the qualities appropriate to the manof adventure boldness, imprevidence, irresponsibility, instability,proneness to loiter- everything, thus, that is related with a spaciousconception of the world, which characterizes that kind of man.

    On the other hand, the energy and efforts which are directed at animmediate reward are extolled by those who like adventures.Conversely, the work that aims at stability, peace, personal securityand the efforts with no perspective of an immediate material profitare seen as vicious and despicable by them. Nothing seems morestupid and mean to them than the ideal of the worker.

    Orientao para exame oralGuidelines

    The Oral Exam consists of an interview in which the candidate isexamined on a text distributed and prepared shortly beforehand. Aspart of the exam, the candidate is required to make an oral summaryof the text in his own words. The summary should take only one ortwo minutes and demonstrate the candidate's comprehension of thetext, grasp of the subject and capacity to distinguish between mainfeatures and details. The summary is to be made without directreference to the text. Although candidates may make notes as anaide-mmoire, they are strongly recommended not simply to readfrom them. The marks for the orals will be allocated as follows:

    I - FLUENCY Pronunciation &Diction

    15

    Ability toCommunicate

    15

    Subtotal: 30

    II -

    LANGUAGE

    Grammar & Usage 20

    Quality of Language 10

    Subtotal: 30

    III -CONTENT

    Ability to DiscussTopic

    20

    Comprehension ofText

    10

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    Summary 10

    Subtotal: 40

    TOTAL: 100

    QUESTES INTERNACIONAIS CONTEMPORNEASA prova oral e tem por objetivo verificar o conhecimento dosantecedentes e da atualidade dos temas internacionais correntes.A Banca Examinadora valorizar particularmente o tratamento queressalte os interesses e a viso brasileiros em relao aos temas.Na argio, ser igualmente avaliada a capacidade do candidato deanalisar, organizar e expor o tema. A estrutura da exposio, aarticulao e a apresentao pessoal do candidato sero tomadas emconta na aferio da nota.O candidato sortear trs pontos e ter 15 (quinze) minutos paraescolher e preparar sua exposio sobre um deles. A exposiodever ser de 10 (dez) minutos, seguida de perguntas da BancaExaminadora sobre o tema sorteado.

    Exemplos de temas para a prova oralOs tpicos listados abaixo so apenas exemplificativos. O candidatodeve estar preparado para discorrer sobre quaisquer fatos ou

    fenmenos relevantes da atualidade internacional. Para tanto, essencial a leitura habitual de jornais e peridicos. O conhecimentojornalstico dos temas no , porm, suficiente. A preparao para aprova demanda leitura refletida de obras de especialistas em matriade relaes internacionais, bem como de documentos e textos oficiaisde poltica externa, incluindo discursos, pronunciamentos econferncias de autoridades brasileiras (alguns dos quais disponveisno "site" do Ministrio das Relaes Exteriores, www.mre.gov.br, notem "Discursos").Cada um dos temas mencionados a seguir deve ser relacionado com

    os interesses brasileiros no assunto.1. O cenrio mundial ps-Guerra Fria. Novas configuraes e antigasrivalidades poltico-estratgicas.2. O cenrio mundial ps-Guerra Fria. Globalizao e regionalizao.3. O cenrio mundial ps-Guerra Fria. Dimenses cultural, tnica,confessional e axiolgica.4. Os temas da agenda global. Meio ambiente e desenvolvimento.5. Os temas da agenda global. Desenvolvimento social e humano.6. A problemtica do desarmamento, no-proliferao e acesso atecnologias sensveis no ps-Guerra Fria.7. O entorno regional. Mercosul.8. O entorno regional. A integrao hemisfrica.

    http://www.mre.gov.br/http://www.mre.gov.br/
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    9. O entorno regional. As perspectivas de integrao com os pasesAndinos e Amaznicos.10. Inter-relao entre as agendas comercial, social e ambiental emmbito global. Migraes, padres trabalhistas, direitos humanos emeio ambiente.

    11. Principais temas na agenda das Naes Unidas. Conselho deSegurana. Assemblia Geral. ECOSOC.12. Principais temas na agenda da Organizao Mundial do Comrcio(OMC).13. Principais temas na agenda do Banco Mundial e Fundo MonetrioInternacional (FMI). O papel do Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID). Perspectivas de reforma do sistema deBretton Woods. O papel do Banco de Compensaes Internacionais(BIS).14. Sanes internacionais. Aplicaes multilaterais, unilaterais eseletivas. Legalidade, legitimidade e eficcia.15. Relaes Brasil- Estados Unidos e pases do NAFTA.16. Relaes Brasil-Unio Europia e pases especficos da regio.17. Relaes Brasil-sia e pases especficos da regio.18. Relaes Brasil-frica e pases especficos da regio.19. Relaes Brasil-Oriente Prximo e pases especficos da regio.20. Relaes Brasil-Amrica Central e Caribe e pases especficos daregio.21. Perfil do Brasil na OCDE e UNCTAD.22. Perfil do Brasil na ZOPACAS, CPLP e Conferncia Ibero-Latino-americana.

    23. Perfil do Brasil no Grupo do Rio, Cpulas Hemisfricas e G-15.24. Perfil do Brasil em termos de segurana hemisfrica e operaesde paz.25. A diplomacia presidencial.26. A diplomacia consular.27. A diplomacia federativa.28. Diplomacia, opinio pblica, imprensa e academia.29. A diplomacia pblica e parlamentar.30. A diplomacia poltico-partidria e o interesse nacional.31. Diplomacia, defesa nacional e segurana internacional.32. Diplomacia e comrcio exterior no mundo globalizado.

    Bibliografiaa) Livros :ARON, Raymond. Guerra e Paz entre as Naes. Braslia: Editora daUNB, 1983.CAMPOS, Roberto. A Lanterna na popa: memrias. 2. ed. rev. Rio de

    Janeiro: Topbooks,1994.FLORNCIO, Sergio A. L. e ARAJO, Ernesto H. F. Mercosul Hoje. SoPaulo: Alfa-Omega, 1996.FONSECA Jr., Gelson. A Legitimidade e outras questes internacionais.So Paulo: Paz e

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    Terra, 1998.HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. So Paulo: Cia das Letras,1995.KENNEDY, Paul. Preparando-se para o sculo XXI. Rio de Janeiro:Campus, 1995.

    KISSINGER, Henry. Diplomacy. London-New York: Simon & Schuster,1994.LAMAZIRE, George. Ordem, Hegemonia e Transgresso: A Resoluo687 (1991) doConselho de Segurana das Naes Unidas, a UNSCOM e o regimeinternacional de no-proliferao de armas de destruio em massa, Coleo Curso deAltos Estudos doInstituto Rio Branco. Braslia: FUNAG, 1998.MAGNOLI, Demtrio. Manual do Candidato - Questes InternacionaisContemporneas,FUNAG, Braslia, 1995.MORGENTHAU, Hans J. Politics among Nations: The Struggle for Powerand Peace,New York: Alfred Knopf.PATRIOTA, Antonio de Aguiar. O Conselho de Segurana aps a Guerrado Golfo: aarticulao de um novo paradigma de Segurana Coletiva, ColeoCurso de AltosEstudos do Instituto Rio Branco. Braslia: FUNAG, 1998.RICUPERO, Rubens. Vises do Brasil: ensaio sobre a histria e a

    insero internacional doBrasil. Rio de Janeiro: Record, 1995.SEIXAS CORREIA, Luiz Felipe de (organizador, autor do prefcio e doscomentrios). APalavra do Brasil nas Naes Unidas (1946-1995). Braslia: FUNAG,1995.WEISS, Th. G., Forsythe, D.P., e Coate, R. A. The United Nations andChanging WorldPolitics, Westview Press, Boulder/San Francisco-Oxford, 1994.b) Artigos

    BARBOSA, Rubens Antonio. "O Brasil e suas opes internacionais", inPoltica Externa, vol.3, n. 3, 1994-1995.Bibliografia sugerida:Alm da bibliografia acima identificada, sugere-se a leitura de:- livros de diplomatas que, como resultado de suas experincias noexerccio de altas funes na Secretaria de Estado das RelaesExteriores, consagraram sua viso da diplomacia e de perodos dapoltica externa brasileira:BARBOSA, Mario Gibson Alves. Na Diplomacia, o trao da vida. Rio de

    Janeiro: Record,1992.CORRA Jr., Manoel Pio. O mundo em que vivi. Rio de Janeiro:Expresso e Cultura, 1996.

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    GUERREIRO, Ramiro Saraiva. Lembranas de um empregado doItamaraty. So Paulo:Siciliano, 1992.LAMPREIA, Luiz Felipe. Diplomacia brasileira: palavras. Contexto eRazes. Rio de janeiro: Lacerda Editores, 1999.

    LIMA, Paulo Tarso Flecha de. Caminhos Diplomticos, 10 anos deagenda internacional (1985-1995). Rio de Janeiro: Francisco Alves,1997.- publicaes do IPRI/FUNAG na Coleo Poltica Externa e osCadernos do IPRI (Instituto de Pesquisas em Relaes Internacionais);- peridicos especializados em relaes internacionais, notadamenteas revistas Foreign Affairs( www.foreign.affairs.org/) e Poltica Externa(Paz e Terra, So Paulo). Outras publicaes recomendadas: Le MondeDiplomatique (www.monde-diplomatique.fr/index.html), CartaInternacional (www.usp.br/relint/) (USP/FINEP/FUNAG, So Paulo),Contexto Internacional (IRI/PUC-Rio), Revista Brasileira de PolticaInternacional (RBPI) e a Revista Parcerias Estratgicas, publicada pelaSecretaria de Assuntos Estratgicos da Presidncia da Repblica SAE/PR.Sugere-se, ainda, a leitura da Resenha dePoltica Exterior do Brasil,publicao trimestral do Centro de Documentao do Ministrio dasRelaes Exteriores, na qual esto consignados atos internacionais,discursos, comunicados conjuntos e outros documentos oficiais. Aresenha encontrada em bibliotecas pblicas e universitrias.Alguns dos ttulos sugeridos na bibliografia no tm traduo para oportugus. A revista Foreign Affairs publica anncios de servios

    especializados no envio de livros (de quaisquer editores) a todas aspartes do mundo.

    HISTRIAA prova de Histria constar de 5 (cinco) dissertaes, de curtaextenso, trs das quais trataro do Brasil.A) HISTRIA DO BRASILPrograma:1. A independncia e seus antecedentes: a situao poltica europiae a transferncia da Corte Portuguesa para o Brasil. A influncia dasidias liberais e suas principais manifestaes. O Brasil, sede da

    Monarquia Portuguesa: problemas econmicos, sociais eadministrativos. A poltica externa. O Constitucionalismo portugus ea Independncia do Brasil.2. O Brasil Imperial - Poltica e Administrao: a Constituio de 1824.A evoluo dos partidos polticos. Os movimentos polticos e suasinfluncias socioeconmicas.3. O Brasil Imperial - Economia: a estrutura econmica. A polticaeconmico-financeira do Imprio at 1844. O protecionismoalfandegrio e suas conseqncias. A mo-de-obra: o brao escravo,o trabalhador assalariado.4. O Brasil Imperial - Sociedade e Cultura: a populao. A estruturasocial. Vida cultural.

    http://www.monde-diplomatique.fr/index.htmlhttp://www.usp.br/relint/http://www.monde-diplomatique.fr/index.htmlhttp://www.usp.br/relint/
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    5. O Brasil Imperial - Poltica Externa: o reconhecimento daindependncia. Os problemas platinos. As fronteiras. Questes com aInglaterra.6. O advento da Repblica: as crises no fim do Imprio. A questoreligiosa, as questes militares e a abolio da escravatura. O Partido

    Republicano: suas idias e aes. O Positivismo.7. O Brasil Republicano - Poltica e Administrao:a) A Primeira Repblica (1889-1930) - O Governo provisrio. AConstituio de 1891. A Emenda Constitucional de 1926. A Revoluode 1930.b) A Segunda Repblica (a partir de 1930) - O Constitucionalismo de1932. A Constituio de 1934. O Estado Novo e a Constituio de1937. A redemocratizao e a Constituio de 1946. A Constituio de1967. A Constituio de 1988.8. O Brasil Republicano - Economia:a) A Primeira Repblica (1889-1930) - A Estrutura econmico-financeira, as heranas imperiais e as modificaes trazidas pelaPrimeira Repblica. A crise de 1929 e suas conseqncias.b) A Segunda Repblica (a partir de 1930) - A industrializao. Apoltica de desenvolvimento aps a Segunda Guerra Mundial.9. O Brasil Republicano - Sociedade e cultura: a populao, aexpanso demogrfica, a imigrao e a colonizao, as migraesinternas e a urbanizao. A estrutura social. A legislao trabalhista.Aspectos da cultura do perodo.10. O Brasil Republicano - Poltica Externa:a) A Primeira Repblica (1889-1930) - o reconhecimento da Repblica

    e os problemas diplomticos at 1898. A obra do Baro do RioBranco. O Brasil e o Pan-americanismo. A Primeira Guerra Mundial e oBrasil na Liga das Naes.b) A Segunda Repblica (a partir de 1930) - a poltica externa doBrasil. A Segunda Guerra Mundial. O Brasil e a ONU. O Brasil e a OEA.11. Transformaes na formao social brasileira a partir dos anos 60:a) A conjuntura que precedeu 64 e as alteraes decorrentes damobilizao poltico-militar.b) O perodo 1964-1985. Os governos militares. Sociedade e poltica.O modelo tecnoburocrtico capitalista e as diretrizes econmicas. Osatos institucionais. A ideologia da Segurana Nacional. Os aspectos da

    cultura do perodo.c) O perodo 1985-1999. A redemocratizao. A crise do modelotecnoburocrtico e do nacional-desenvolvimentismo. Sociedade ecultura no perodo.B) HISTRIA MUNDIAL CONTEMPORNEAPrograma:1. Estruturas e idias econmicasDa Revoluo Industrial ao capitalismo organizado: sculos XVIII a XX.Caractersticas gerais e principais fases do desenvolvimentocapitalista (desde aproximadamente 1780). Principais idiaseconmicas: da fisiocracia ao liberalismo. Marxismo. As crises e osmecanismos anti-crise: a Crise de 1929 e o "New Deal". A

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    prosperidade no segundo ps-guerra. O "Welfare State" e sua crise. OPs-Fordismo e a acumulao flexvel.2. RevoluesAs revolues burguesas. Processos de independncia na Amrica.Conceitos e caractersticas gerais das revolues contemporneas.

    Movimentos operrios: luditas, cartistas e "Trade Unions".Anarquismo. Socialismo. Revolues no sculo XX: Rssia e China.Revolues na Amrica Latina: os casos do Mxico e de Cuba.3. As Relaes internacionaisModelos e interpretaes. O Concerto Europeu e sua crise (1815-1918): do Congresso de Viena Santa Aliana e Qudrupla Aliana,os pontos de ruptura, os sistemas de Bismarck, as Alianas e adiplomacia secreta. As rivalidades coloniais. A Questo balcnica(incluindo antecedentes e desenvolvimento recente). Causas daPrimeira Guerra Mundial. Os 14 pontos de Wilson. A Paz de Versalhese a ordem mundial resultante (1919-1939). A Liga das Naes. A"teoria dos dois campos" e a coexistncia pacfica. As causas daSegunda Guerra Mundial. As conferncias de Moscou, Teer, Ialta,Potsdam e So Francisco e a ordem mundial decorrente. BrettonWoods. O Plano Marshall. A Organizao das Naes Unidas. A GuerraFria: a noo de bipolaridade (de Truman a Nixon). Os conflitoslocalizados. A "dtente". A "segunda Guerra Fria" (Reagan-Bush). Acrise e a desagregao do bloco sovitico.4. Colonialismo, imperialismo, polticas de dominaoO fim do colonialismo do Antigo Regime. A nova expanso europia.Os debates acerca da natureza do Imperialismo. A partilha da frica e

    da sia. O processo de dominao e a reao na ndia, China e Japo.A descolonizao. A Conferncia de Bandung. O No-Alinhamento. Oconceito de Terceiro Mundo.5. A evoluo poltica e econmica nas AmricasA expanso territorial nos EUA. A Guerra de Secesso. A constituiodas identidades nacionais e dos Estados na Amrica Latina. Adoutrina Monroe e sua aplicao. A poltica externa dos EUA naAmrica Latina. O Pan-Americanismo. A OEA e o Tratado do Rio de

    Janeiro. As experincias de integrao nas Amricas.6. Idias e regimes polticosGrandes correntes ideolgicas da poltica no sculo XIX: liberalismo e

    nacionalismo. A construo dos Estados nacionais: a Alemanha e aItlia. Grandes correntes ideolgicas da poltica no sculo XX:democracia, fascismo, comunismo. Ditaduras e regimes fascistas. Onovo nacionalismo e a questo do fundamentalismo contemporneo.O liberalismo no sculo XX.7. A vida culturalO movimento romntico. A cultura do imperialismo. As vanguardaseuropias. O modernismo. A ps-modernidade.Bibliografia:A) Histria do Brasil:CAMPOS, Flvio e Dohlnikoff, Miriam. Manual do Candidato - Histriado Brasil. Braslia:

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    FUNAG, 1995.CARONE, Edgar.A Repblica Velha. So Paulo: DIFEL..A Segunda Repblica. So Paulo: DIFEL..A Terceira Repblica (1930-1937). So Paulo: DIFEL.CARVALHO, Jos Murilo de.A Construo da Ordem: a elite imperial.

    Rio de Janeiro:Campus, 1980.. Teatro de Sombras: A Poltica Imperial. Rio de Janeiro:Vrtice/IUPERJ,1988.

    _________.A formao das almas: o imaginrio da Repblica no Brasil.So Paulo: Cia dasletras, 1990.CERVO, Amado e BUENO, Clodoaldo. Histria da Poltica Exterior doBrasil. So Paulo:tica, 1992.COSTA, Emlia Viotti da. Da Monarquia Repblica: momentosdecisivos. So Paulo:Cincias Humanas, 1979.FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: Formao do PatronatoPoltico Brasileiro.Porto Alegre: Globo, 1979.FAUSTO, Boris. Histria do Brasil. So Paulo: EDUSP/Editora daUniversidade de SoPaulo, 1995.FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Aguilar,

    1977.FURTADO, Celso. Formao Econmica do Brasil. So Paulo: Cia.Editora Nacional.GOMES, ngela de Castro.A inveno do Trabalhismo. Rio de Janeiro:Relume Dumar,1994.HOLANDA, Srgio Buarque de. O Brasil Monrquico: do Imprio Repblica, vol. 5, daHistria Geral da Civilizao Brasileira. So Paulo: Difel, 1972. e FAUSTO, Boris (org.). Histria Geral da Civilizao Brasileira.So Paulo:

    DIFEL.IGLESIAS, Francisco. Trajetria Poltica do Brasil. So Paulo: Cia. dasLetras, 1993.LESSA, Renato.A Inveno Republicana. Rio de Janeiro:Vrtice/IUPERJ, 1988.PRADO JR., Caio. Histria Econmica do Brasil. So Paulo: Brasiliense.A Formao do Brasil Contemporneo. So Paulo: Brasiliense.SCHWARTZ, Liliam Moritz.As barbas do Imperador. D. Pedro II, ummonarca dostrpicos. So Paulo: Companhia das Letras, 1999.B) Histria Mundial Contempornea:ARRIGHI, Giovanni. O longo sculo XX. So Paulo: EDUNESP, 1996.

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    BARRACLOUGH, G. Introduo Histria Contempornea, 4. ed. Riode Janeiro: Zahar,1976.BERMAN, Marshall. Tudo que slido desmancha no ar. So Paulo: Ciadas Letras, 1986.

    CARDOSO, Fernando Henrique e FALETTO, Enzo. Desenvolvimento eDependncia naAmrica Latina. Rio de Janeiro: Zahar.CASTAEDA, Jorge C.A utopia desarmada. So Paulo: Cia das Letras,1993.GAY, Peter.A cultura de Weimar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.GRENVILLE, J. A. S,A History of the World in the Twentieth Century.Cambridge: TheBelknap Press of Harvard University Press, Cambridge, Mass., 1994.HALL, J. A. Powers and Liberties, the causes and consequences of therise of the West.London: Penguin, 1992.HALPERIN DONGHI, Tulio. Histria da Amrica Latina. So Paulo: Paz e

    Terra, 1975.HOBSBAWM, Eric.A Era das Revolues. So Paulo: Paz e Terra, 1975.A Era do Capital. So Paulo: Paz e Terra, 1977.A Era dos Imprios. So Paulo: Paz e Terra, 1988. Naes e nacionalismo desde 1780. Rio de Janeiro: Paz e

    Terra, 1990.A Era dos Extremos. So Paulo: Cia. das Letras, 1995.

    JOUVENEL, Bertrand de.As Origens do Estado Moderno. Rio de

    Janeiro: Zahar, 1979.OGORMAN, Edmundo.A Inveno da Amrica. So Paulo: UDENESP,1992.OLIVER, Roland.A Experincia Africana. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.RAMA, Angel.A Cidade das Letras. So Paulo: Brasiliense, 1985.SAID, Edward W. Orientalismo. So Paulo: Cia das Letras, 1990.SARAIVA, Jos Flvio S. Relaes Internacionais Contemporneas: daconstruo domundo liberal globalizao. Braslia: Paralelo 15, 1997.VAISSE, Maurice, Les Relations Internationales depuis 1945. Paris: A.Collin, 1990.

    A ttulo de orientao para os candidatos que desejarem aprofundar oconhecimento da matria, ou que tiverem dificuldade em obteralguma das obras listadas acima e procurarem leitura alternativa,sugerem-se os seguintes livros adicionais:BELY, Lucien. Linvention de la diplomatie. Paris: PUF, 1998.BEAUD, Michel. Histria do Capitalismo de 1500 a nossos dias. SoPaulo:Brasiliense, 1987.BERG, Eugne. La Politique Internationale depuis 1955. Paris:Economica.FERRO, Marc. Histria das Civilizaes das conquistas sindependncias, sc. XVII aoXX. So Paulo: Companhia das Letras, 1996.

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    JOLL, James. Europe since 1870. London: Penguin Books, 1990.KAGARLITSKY, Boris.A Desintegrao do Monolito. So Paulo: UNESP,1991.MORSE, Richard. O Espelho de Prspero. So Paulo: Cia das Letras,1988.

    ROBERTS, J. M. History of the World, New edition. London: Penguin,1990.PANIKKAR, K.M.A Dominao Ocidental na sia. Rio de Janeiro: Paz e

    Terra, 1977.THE NEW CAMBRIDGE MODERN HISTORY (vol. 9 A 12). Cambrigde:CambridgeUniversity Press.

    THOMSON, D. Pequena Histria do Mundo Contemporneo. Rio deJaneiro: Zahar, 1976.VIZENTINI, Paulo. Da Guerra Fria Crise (1945-1992). Porto Alegre:EDUFRGS, 1992.A Grande Crise. Petrpolis: Vozes, 1992.

    Exemplo de Prova

    Responda s questes que se seguem. A resposta a cada questo nodever exceder a duas pginas. Cada questo vale 20 pontos.01. "O modelo parlamentar adotado pelo pas inclui a prtica desubmeter obrigatoriamente ao parlamento a aprovao da lei demeios, como era chamado o oramento. O governo no podiafuncionar legalmente sem que tal lei fosse aprovada. Em caso deimpossibilidade de aprovao havendo dissoluo, por exemplo, daCmara, votava-se a prorrogao do oramento do ano anterior parao ano seguinte. O ritual de discusso do oramento era seguido comrigor e constitua arma poderosa na mo do legislativo, que podianegar ao executivo os meios de governar." Jos Murilo de Carvalho,Teatro de Sombras: A poltica imperial, p23.Analise o pargrafo acima considerando:

    a. A concorrncia entre o Legislativo e o Executivo no Imprio Brasileiro.

    b. Os interesses dos vrios grupos de grandes proprietrios.

    Modelo fornecido pela banca examinadora

    A anlise do oramento permite verificar o jogo de forasprprio do Imprio. A aprovao da lei de meios ultrapassava aconhecida concorrncia entre o legislativo , onde seencontravam os diversos grupos dos grandes proprietrios, e oexecutivo. O conflito tinha na realidade, razes mais profundas:em termos polticos evidenciava a luta entre o Estado, na suacrescente necessidade de recursos, e os grandes proprietrios,de quem poderiam vir estes recursos. Internamente, a elitepoltica debatia-se entre a necessidade do governo e osinteresses divergentes dos proprietrios com relao ao Estado.Considerando este contexto, a anlise da receita e da despesareflete a capacidade do governo de extrair recursos, de quem

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    os extraia e a quem beneficiava. Estabelecia-se a, as tenses eos conflitos entre o legislativo e o executivo.

    Os crticos da monarquia afirmavam que o Impriorepresentava o dficit. As causas deste dficit provinham dos

    gastos com as revoltas internas, as guerras externas, as secase as epidemias que obrigavam o governo a contrairemprstimos internos e externos. No Imprio a composio dareceita dependia em parte dos impostos sobre o setor externoda economia. A taxao das exportaes atingia diretamenteos grandes proprietrios agrcolas que reagiam na Cmara e noConselho de Estado contra o imposto. A reao maior vinha doNordeste. No sul, a reao era menor. No final o direito deexportao foi mantido, enquanto o imposto territorial rural foieliminado na votao do Senado. Todas as demais tentativaspara o implantar fracassaram.

    Os impostos de importao tinham quase sempre naturezafiscal. A indstria no tinha meios de se defender exigindo dogoverno proteo tarifria. A presso externa da Inglaterra eraforte, uma vez que a mesma no aceitava perder os privilgiosadquiridos em 1826. No Conselho de Estado discutia-se sobre aaplicabilidade da teoria liberal no Brasil. Geralmente, osconselheiros eram favorveis ao livre comrcio, adiando-se aspropostas de reduo dos direitos de importao. Aps a guerrado Paraguai apareceram quatro tipos de impostos: indstria eprofisses, transmisso de propriedade, empresas estatais e

    selos. Mas, a capacidade de arrecadao do Estado, continuavapequena. O Estado contraditoriamente constitua a sua prpriafonte geradora de receita, proveniente principalmente, doimposto sobre as empresas estatais o que significava sobretudoas Estradas de Ferro.

    A anlise das despesas demonstra a preocupao do governocentral em atender os interesses agrrios, seja construindoestradas de ferro ou beneficiando os engenhos centrais. Apoltica de crdito rural foi tambm razo de conflito entre ogoverno, os proprietrios e os banqueiros. Na despesa social,

    educao, sade e assistncia pblica, os investimentos forambastante reduzidos. Em sntese, o oramento da despesapermite verificar que medida em que ocorreu uma maiorpreocupao legislativa com o desenvolvimento econmicodecrescia a preocupao com a administrao, a segurana e ajustia. Embora, o poder legislativo no possa ser consideradode forma absoluta com relao a poltica econmica, certoque encontra-se a, a ambigidade que caracterizava asrelaes da elite e da burocracia com os proprietrios rurais.

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    02. "A mudana de estilo caracterizada no sculo XIX veioduplamente servir independncia do pas. O neoclassicismoindicava a vigncia de uma nova organizao do mundo,decorrente dos ideais democrticos da Revoluo Francesa e aomesmo tempo configurava-se como a imagem de um novo

    Brasil politicamente em vias de separar-se ou j destacado daantiga Metrpole". Mrio Barata, in Srgio Buarque de Holanda,Histria Geral da Civilizao Brasileira, vol. V, p. 411.

    Tomando como referncia a reflexo acima, caracterize oneoclassicismo que, aos poucos, se tornou a arte oficial doImprio.

    Mrio Gustavo Mottin (20/20)

    Da mesma forma que a Revoluo Francesa ops-se ao arbtriodos regimes absolutistas, inaugurando uma nova fase dapoltica ("ex-parte populi" , como sugere Celso Lafer) em que osindivduos gozam de liberdades em face do Estado, oneoclassicismo esttica gestada nas revolues burguesas se contrape ao barroco e sua exacerbao, o rococ,caractersticos do absolutismo. Essas ltimas estticascoadunavam-se perfeitamente com os regimes absolutistas,trazendo pompa e suntuosidade para os governos fundados nodireito divino atravs de suas formas rebuscadas. Oneoclassicismo, ao contrrio, tinha como caracterstica aclareza e a retido das formas definidas por linhas precisas.

    A inspirao era a antigidade clssica greco-romana e osuporte ideolgico era o iluminismo do sculo XVIII. Oneoclassicismo, como esttica das revolues burguesas e doiluminismo, tinha como misso assinalar uma nova arte, novaforma de expresso, baseada na razo e capaz de "tirar ohomem da menoridade" que vivera at ento. Da mesma formaque o neoclassicismo marca essa ruptura entre o AntigoRegime e a nova ordem decorrente das revolues burguesas,no Brasil, essa esttica veio a assinalar a transio da Colniapara o status de centro do Imprio, tornando-se a prpria

    metrpole, e, subseqentemente para a condio de Estadoindependente. Esse processo iniciou-se em 1808, com a vindada famlia real portuguesa para o Brasil. Naquele momento, acolnia tornou-se o centro do Imprio Colonial Portugus, ouseja, a prpria metrpole, havendo a quebra do "pacto colonial"que consubstanciou-se na Abertura dos Portos s NaesAmigas em 1808. Como centro do Imprio Portugus, o Brasil,mais especificamente o Rio de Janeiro, deveria corresponder atal importncia em termos de infra-estrutura. Assim, D.Joo VIvai iniciar um processo de construo da "nova metrpole":implementa projetos de saneamento, constri prdios pblicospara comportar a estrutura administrativa do reino, funda aBiblioteca Nacional, o Real Horto Florestal (Jardim Botnico). A

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    cidade do Rio de Janeiro floresce. Esse florescimento justamente revestido da esttica neoclassicista. Para marcar amudana de status, D. Joo VI traz da Europa intelectuais eartistas que deveriam dinamizar o cenrio cultural brasileiro.

    Em 1816, vem ao Brasil a misso cultural francesa liderada porJ. Lebreton, e composta por artistas plsticos como os irmosTaunay e o arquiteto Grandjean de Montigny. Este ltimo encarregado de projetar os novos prdios pblicos da cidade,revestindo-os da imponncia e clareza das linhascaractersticos do neoclassicismo.

    No perodo ps-independncia, a influncia do neoclassicismofrancs vai gerar no Brasil uma arte academicista, limitada pelorigor formal e "recheada" majoritariamente por temas ligados afatos histricos, o que vinha ao encontro da necessidade de

    legitimao do novo Estado Nacional. No entanto, forosoreconhecer, que, como a metrpole foi "transmigrada" para oBrasil, o neoclassicismo foi tambm transplantado para nossopas. Outrossim, a produo artstica resultante desse"transplante" consiste, verdadeiramente, em arte europia,feita pelos prprios europeus ou feita por "gente da terra", masseguindo sempre os padres e parmetros da estticaoriginada no velho mundo.

    03. Foi Getlio Vargas quem declarou, no dia do golpe queinstaurou o Estado Novo, em 10 de novembro de 1937:"Restauremos a Nao na sua autoridade e liberdade de ao na sua autoridade, dando-lhe os instrumentos de poder real eefetivo com que possa sobrepor-lhe s influnciasdesagregadoras internas e externas, - na sua liberdade, abrindoo plenrio ao julgamento nacional sobre os meios e os fins dogoverno..." Cf. Lourdes Sola, in Carlos Guilherme Mota, Brasilem Perspectivas, p.256.

    Com base nesse discurso, discuta sobre os principais

    componentes do discurso ideolgico dominante no centropoltico do Estado brasileiro entre 1937 e 1945.

    Carlos Fernando Gallinal Cuenca (17/20)

    O discurso ideolgico dominante durante o Estado Novo frutodo conturbado processo poltico ps-Revoluo de 1930,marcado por crescente polarizao interna num contexto deradicalizao ideolgica internacional. Os valores doanticomunismo, do autoritarismo, da centralizao, daindustrializao e do trabalhismo so a tnica do regime,sintetizadas pela noo de "autoridade" mencionada por Vargasno dia do golpe que instaurou o Estado Novo. No entanto, ameno ao valor "liberdade" indica a necessidade de satisfazer

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    os grupos polticos "liberais" vinculados ao regime, e nuncaexcludos do mesmo.

    A Revoluo Constitucionalista de 1932, mesmo derrotada,representou importante impulso para a constitucionalizao do

    regime de 30, o que finalmente ocorreria em 1934. O perodoque vai de 1934 (promulgao da constituio) at 1937 seriamarcado por trs fatores. Internacionalmente, pelorecrudescimento do radicalismo poltico e da oposio entrefascismo, direita, e comunismo, esquerda. Nacionalmente,esse processo se manifestaria na atuao de grupos polticos margem do sistema poltico formal. A crescente importncia daAo Integralista Brasileira (AIB) e, especialmente, osurgimento da Aliana Libertadora Nacional (ALN), ligada aoPartido Comunista do Brasil (PCB), foram percebidas pelogoverno constitucional de Vargas como grave ameaa ordem.

    No plano poltico formal, a aproximao de Jos Amrico,candidato oficial do regime presidncia, a posiessindicalistas foi vista como um perigoso "flerte" com ocomunismo. Usando como pretexto a radicalizao comunista,simbolizada pela Intentona Comunista de 1935 e o supostoPlano Cohen (de tomada revolucionria do poder peloscomunistas), Getlio Vargas interrompe o processo democrticoe instaura o Estado Novo, em 1937.

    Institucionalizada por meio da Constituio de 1937 (a"Polaca"), a ordem poltica tem como caractersticas bsicas

    centralizao extrema de poderes na Unio unitarismo defato, apesar do federalismo nominal e a concentrao depoderes nas mos do presidente, que fica autorizado a editardecretos-lei independentemente de autorizao do legislativo(no convocado durante o perodo) e pode remover juzes. Noh separao de fato entre os poderes.

    O discurso proferido por Getlio Vargas ilustrativo dascaractersticas centrais da ideologia do Estado Novo. Mastambm revela a existncia de segmentos relativamentedivergentes no interior do regime.

    Amparado pela aliana com segmentos que viam num regimeautoritrio o caminho para a estabilizao poltica e amodernizao econmica do pas, Getlio instaura um regimebaseado na ordem. A ideologia dominante claramenteanticomunista. O autoritarismo do regime uma resposta s"foras desagregadoras" representadas pelo inimigo interno aideologia comunista revolucionria. Mas representa tambmum ltimo golpe sobre segmentos oligrquicos. Da a nfase nacentralizao, eliminando-se, com a nomeao deinterventores, qualquer resqucio de autonomia dos Estados. Otrabalhismo, com a concesso de direitos sociais, tendo comomarco a CLT (1943), tambm um elemento de ordem,

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    tutelando a cidadania dos trabalhadores e desmobilizandoelementos mais radicais. Finalmente, o industrialismo apontapara o Estado como promotor com ordem do progressoeconmico.

    Convm notar que o regime conviveu tambm com setoreschamados de "liberais". Embora participassem do regime,representavam importante contraposio s radicaisconcepes autoritrias. Esses setores so prestigiados nodiscurso de Vargas, que valoriza a noo de "liberdade".Embora minoritrios, esses segmentos, dos quais um dos maisdestacados representantes foi Oswaldo Aranha, ajuda aexplicar, no plano da poltica externa, a opo do Brasil, aps apoltica pendular entre Estados Unidos e Alemanha, pela alianacom o primeiro na Segunda Guerra Mundial.

    04. Uma das marcas do perodo que antecede a Grande Guerra(1914-1918) a deteriorizao das relaes entre os Estadoseuropeus. As crises internacionais no Marrocos e nos Balcstornam evidente a concorrncia europia por territrios,mercados e prestgio internacional. Essas questes puseram emxeque o equilbrio de poder herdado da convivncia europia dosculo XIX.

    Considerando essa afirmativa, responda:

    a) Qual o peso das crises entre os Estados europeus no perodoem questo para a deflagrao da Grande Guerra?b) Quais as mudanas fundamentais verificadas, ao longo daGrande Guerra e ao final dela, na convivncia europia herdadado sculo XIX?

    Jandyr Ferreira dos Santos Jnior (19/20)

    A segunda metade do sculo XIX na Europa marcada, noplano internacional, por um crescente atrito entre os Estados a

    partir da unificao da Alemanha. O surgimento de um Estadoforte no corao da Europa contribui para o desequilbrio dopoder continental, fortalecido pela chama do nacionalismo queimpulsionava aes imperialistas das grandes potncias. Nessecontexto, coexistem os germes da futura Grande Guerra.

    Ao promover a unificao alem sob a liderana da Prssia, O.V. Bismarck tinha por objetivo manter o equilbrio europeu epromover o isolamento da Frana, aps a Guerra Franco-Prussiana de 1870. A conferncia dos 3 imperadores (ImprioAustro-Hngaro, Alemanha e Rssia), promovida por Bismarck

    em Berlim, buscava uma unio das monarquias europias.

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    Bismarck, porm, veria o quo difcil seria manter unidas Rssiae Austro-Hungria.

    Ademais, a "Weltpolitik" do novo Kaiser Guilherme II opunha-se viso da Alemanha como uma "potncia saciada" de

    Bismarck. Nesse contexto, a construo de uma poderosaarmada pelo kaiser, somada aos incidentes das crises doMarrocos que envolveram Frana e Inglaterra, iriam contribuirpara a formao de um sistema de alianas contrrias Alemanha. A competio por territrios e mercados nos marcosda expanso imperialista europia transferia as rivalidadescontinentais para novos cenrios.

    A ecloso de uma guerra civil na Srvia em 1903 marcaria oincio do fim do concerto europeu pr I Guerra Mundial. Ao oporo Imprio Russo dotado de um esprito pan-eslavista e

    interessado nos estreitos de Bsforo e Dardanelos(pertencentes ao Imprio Turco Otomano), enfraquece-se aaliana do Imprio Austro-Hngaro com a Rssia e possibilita-seuma aliana franco-russa.

    O cenrio favorvel permite tambm a "entente cordiale" deEduardo VII com a Frana e a posterior aliana russo-britnica,apesar das rivalidades mtuas acerca dos estreitos citados.Formava-se ento um sistema de alianas rivais chamadaTrplice Aliana da Alemanha, Imprio Austro-Hngaro e ImprioTurco Otomano. A Guerra era apenas uma questo de

    momento.Ao longo dos anos 1914-18, uma Guerra marcada pelo seucarter sanguinrio e de mobilizao total dos aparatesindustriais nacionais marcou a Europa. Apesar da sada daRssia em virtude da Revoluo de Outubro de 1917, o conflitoacabou por marcar o esfacelamento dos Imprios Austro-Hngaro e Turco Otomano. Alemanha arrasada, apesar deadvertncias profticas como as de Keynes em seu "theEconomic Consequences of the Peace", impuseram-se pesadasmedidas (indenizao e devoluo da Alscia-Lorena Frana)

    que mantiveram vivos os germes do revanchismo.A Conferncia de Paris de 1919 representa, assim, o fim doconcerto europeu de poder que manteve os Estadoscontinentais em paz por longos anos. A esse esfacelamentodevem-se atribuir parcelas de responsabilidade aosnacionalismos europeus que estimulavam rivalidades e atritos.O perodo entre guerras demonstraria o desequilbrio da ordemde poder herdada da I Guerra Mundial.

    05. Uma das caractersticas marcantes do fim do sculo XX odesenvolvimento de novas formas de organizao da economia e da

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    vida social, especialmente associadas globalizao e internacionalizao de padres de produo e consumo, com grandeimpacto sobre o papel do Estado e das relaes internacionais.

    Com base nessa assertiva, responda:

    a) Quais os impactos dessa nova realidade sobre as polticasinternacionais dos grandes e pequenos Estados?b) Quais os grandes agentes da modernizao econmica em curso eseu diferentes papis na conformao dos novos ordenamentosglobais?

    Camile Nemitz Filippozzi (20/20)

    A discusso terico-acadmica acerca da globalizao divide-se,segundo David Held e Anthony McGrew, em trs correntesfundamentais: cticos, hiperglobalistas e transformacionistas.Conforme a viso empregada, ter-se- uma resposta diferenciadapara os impactos da globalizao-internacionalizao sobre aspolticas internacionais dos grandes e pequenos Estados.Para os cticos, a internacionalizao da economia est longe de seruma prerrogativa do fim do sculo XX: trata-se de processo em cursoj h muitos anos, sendo que o final do sculo XIX apresentavaigualmente alto grau de internacionalizao econmica. No haveria,portanto, uma nova realidade frente a qual os grandes e pequenosEstados devam se posicionar.J os hiperglobalistas ocupam o outro extremo da questo: tudomudou! A compresso tempo-espao e os avanos tecnolgicos so

    de tal ordem que estaramos vivendo um momento de ruptura, o queseria, segundo o tempo histrico de F. Braudel, um momento de longadurao. Diante dessa nova realidade, o Estado-Nao soberano sofregolpes de todos os lados. Tem, em suma, sua importncia relativiz-la.Por ltimo, h os transformacionistas aparentemente a viso maiscoerente os quais consideram ser esse um momento detransformaes, de adaptaes. Confrontado com as novas formas deorganizao da economia e da vida, os Estados mantm-sesoberanos, mas devem aprender a lidar com os novos atores, tantointerna quanto externamente. A idia do Estado coeso e unitrio

    posta em xeque dada essa nova realidade.Da perspectiva das polticas internacionais dos grandes e pequenosEstados, deve-se ter claro que a globalizao cria riscos eoportunidades, sendo que a insero de cada Estado no sistemainternacional depende das suas credenciais internas e externas e dassuas condies de competitividade global. Como exemplo disso,teramos um grande nmero de pases africanos, cada vez maisexcludos do processo de globalizao, por faltarem-lhes as condiespara uma insero competitiva no sistema internacional.Do ponto de vista dos grandes Estados, no h dvida das vantagensque esses tm auferido com a nova realidade globalizante, emtermos de crescimento econmico-financeiro. Nos pontos onde aglobalizao os deixaria mais vulnerveis como segurana

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    internacional, meio ambiente, terrorismo dada a interdependnciado sistema, eles tm incentivado a construo de macro-estruturasreguladoras, como a OMC ( Organizao Mundial do Comrcio), com ointuito de trazer maior estabilidade ao sistema internacional, o queseria tambm um desejo dos pequenos e mdios Estados.

    Em relao aos grandes agentes da modernizao econmica emcurso, encontramos as macro-estruturas reguladoras, como a OMC, oBanco Mundial e o FMI (Fundo Monetrio Internacional); os blocosregionais, como MERCOSUL, NAFTA, APEC, que aumentam aeconomia de escala dos pases-membros, a tecnologia de ponta(nova diviso internacional do trabalho entre os que detm essatecnologia e os que dela dependem) e o capital financeiro. Por ltimo,temos os Estados como agentes fundamentais da modernizaoeconmica, afinal so eles que regulamentam a desregulamentaoeconmico-financeira ora em curso.

    GEOGRAFIAA prova de Geografia constar de 5 (cinco) dissertaes, de curtaextenso, 3 (trs) das quais trataro do Brasil.Programa:1 - Sociedade e Espao: o campo de reflexo da Geografia.1.1 - Espao e valor: teorias e conceitos da Geografia Econmica.1.2 - Espao e poder: teorias e conceitos da Geografia Poltica.1.3 - Espao e tempo: teorias e conceitos da Geografia Histrica.1.4 - Espao e representao: teorias e conceitos da Geografia

    Cultural.1.5 - As teorias geogrficas da relao sociedade/natureza.2 - A Formao Territorial do Brasil.2.1 - Macrodiviso natural do Espao brasileiro (relevo, clima,vegetao e hidrografia).2.2 - Os grandes eixos de ocupao do territrio e a cronologia doprocesso.2.3 - A definio dos limites territoriais do Brasil.2.4 - A estruturao da rede de cidades no Brasil e os processosrecentes de urbanizao.2.5 - O processo de industrializao e as tendncias atuais da

    localizao das indstrias no Brasil.2.6 - O processo de modernizao da agricultura no Brasil e suastendncias atuais.2.7 - Regionalizao e diviso inter-regional do trabalho no Brasil.3 - O Brasil no Contexto Geopoltico Mundial.3.1 - O processo de globalizao econmica e a diviso internacionaldo trabalho.3.2 - Herana colonial, condio perifrica e industrializao tardia: aAmrica Latina.3.3 - Transnacionalizao da economia e globalizao das relaes: operodo tcnico-cientfico.3.4 - A nova ordem internacional e as tendncias geopolticas naescala global: a formao de blocos.

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    3.5 - O processo de estruturao e os objetivos do MERCOSUL.3.6 - Perspectivas de integrao na bacia amaznica.4 - A Questo Ambiental no Brasil e os Desafios do DesenvolvimentoSustentvel.4.1 - As demandas de saneamento bsico e a qualidade de vida nas

    cidades brasileiras.4.2 - Desmatamentos e avanos da fronteira agropecuria no Brasil.4.3 - O meio ambiente e as polticas de ocupao da Amaznia.4.4 - Os ecossistemas brasileiros e as principais causas de suadegradao.4.5 - A conscincia ambiental e o planejamento de usossustentveis do solo.Bibliografia:BECKER, Bertha e EGLER, Cludio. Brasil: Uma Nova Potncia Regionalna EconomiaMundo. Rio de Janeiro: Bertrand, 1993.BENKO, Georges. Economia, Espao e Globalizao. So Paulo:Hucitec, 1996.CASTRO, In Elias et alli. Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro:Bertrand, 1995.DIEGUES, Antonio Carlos. O Mito Moderno da Natureza Intocada. SoPaulo:Hucitec,1996.GREGORY, Derek et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espao eCincia Social. Rio de Jneiro: Zahar, 1995.

    SANTOS, Milton. A Urbanizao Brasileira. So Paulo: Hucitec, 1994.SOUZA, Maria Adlia A. Territrio: Globalizao e Fragmentao. SoPaulo: Hucitec,1995.

    A ttulo de orientao, para os candidatos que desejarem aprofundaro estudo da matria, sugerem-se as seguintes leituras adicionais:BECKER, Bertha et alii. Geografia e Meio Ambiente no Brasil. SoPaulo: Hucitec, 1995.CAVALCANTI, Clvis et alli. Meio Ambiente, Desenvolvimento

    Sustentvel e PolticasPblicas. So Paulo: Cortez, 1997.COSTA, Wanderley Messias da. Geografia Poltica e Geopoltica. SoPaulo: Hucitec/Edusp,1992.LAVINAS, Lena et alii. Reestruturao do Espao Urbano e Regional noBrasil. So Paulo:Hucitec/ANPUR, 1993.MARTIN, Andr Roberto. Fronteiras e Naes. So Paulo: Contexto,1992.MORAES, Antonio Carlos R. Ideologias Geogrficas. So Paulo:

    Hucitec, 1988.

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    Meio Ambiente e Cincias Humanas. So Paulo: Hucitec,1994.SANTOS, Milton. Metamorforse do Espao Habitado. So Paulo:Hucitec, 1988.SANTOS, Milton et alii. Fim de Sculo e Globalizaco. So Paulo:

    Hucitec/ANPUR, 1994.SCARLATO, Francisco C. et alii. Globalizao e Espao Latino-Americano, So Paulo:Hucitec/ANPUR, 1994.SOUZA, Maria Adlia A. et alii. Natureza e Sociedade de Hoje: umaLeitura Geogrfica.So Paulo: Hucitec/ANPUR, 1994.

    Exemplo de provaResponda s questes que se seguem. A resposta a cada questo nodever exceder a duas pginas. Cada questo vale 20 pontos.1. Processos de ocupao e povoamento distintos terminaram porproduzir, no Brasil meridional, quatro modelos de aproveitamentoagrrio bem demarcados. Quais so eles e onde se localizamgenericamente?

    Mrio Gustavo Mottin (20/20)O processo de ocupao e povoamento do Brasil meridional teve

    como "mola propulsora" o interesse portugus em garantir presenaem uma regio de importncia estratgica: a Bacia do Prata,escoadouro do ouro e prata peruano e boliviano e possvelcomunicao do Brasil litorneo com o seu interior. Seguindo essalgica, deu-se a fundao da Colnia do Sacramento e a ocupao da"Provncia de So Pedro". A regio que hoje corresponde "metadesul" do Rio Grande do Sul foi ocupada com fins de assegurar a possedo territrio. Os responsveis por essa tarefa, dispersos pelo pampagacho, acabaram por desenvolver como atividade econmica apecuria extensiva, o que determinou um primeiro modelo de

    aproveitamento agrrio no Brasil meridional. Assim, os estancieirosgachos ocuparam grandes extenses de terra.A adequao dos campos gachos para a criao do gado (o "pampa"gacho constitudo de, campos limpos, consistia em pastagemnatural) fizeram com que essa economia agrria regional sedesenvolvesse sempre com pouco investimento. A pecuria extensivagacha direcionou-se majoritariamente para a produo de charque,primeiramente, para a economia mineradora do Brasil central e, maistarde, para cafeicultura fluminense e paulista.Uma segunda forma de aproveitamento agrrio foi determinada pelaimigrao aoriana para regies como as atuais cidades de Rio

    Grande e Porto Alegre. Esses imigrantes ocuparam, a partir do litoralgacho, as reas de mais fcil acesso, ou seja, o entorno do esturio

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    do Guaba e as faixas adjacentes ao rio Jacu. A atividade econmicaagrcola se desenvolveu baseada na policultura, visandomajoritariamente ao abastecimento da provncia e ocupava mdiaspropriedades, tendo como base a tradio das ilhas Atlnticas. Umterceiro tipo de aproveitamento vai-se conformar a partir das

    imigraes europias do sculo XIX. especialmente caracterstica aocupao das encostas do Planalto Meridional no atual estado do RioGrande do Sul, a "Serra Gacha", por imigrantes italianos e alemes.A ocupao por italianos nas reas que hoje so as cidades de Caxiasdo Sul, Garibaldi e Bento Gonalves deu-se com base na pequenapropriedade sustentada por trabalho familiar. marcante trao apolicultura, para subsistncia, mas principalmente para gerarexcedentes que deveriam abastecer, inicialmente, a provncia e, maistarde, todo o Centro-Sul. A regio acabou se destacando pelaproduo de vinhos, tendo como base a tradio dos imigrantes. Oparcelamento da pequena propriedade foi capaz de, por um bomtempo, fixar o homem no meio rural, mas, com o passar do tempo, asituao tornou-se insustentvel, ocasionando o xodo rural. Umquarto modelo de aproveitamento agrrio na regio meridional,finalmente, consiste no extravasamento da economia cafeicultora deSo Paulo em direo ao noroeste do Paran, rea hoje polarizadapor Londrina. Caracterizam esse modelo a grande propriedademonocultora com base no trabalho assalariado.A fertilidade dos solos paranaenses ("terra-roxa", resultante dadecomposio de rochas baslticas) foi elemento determinante nosucesso do empreendimento. necessrio dizer, guisa de

    concluso, que esses quatros modelos de aproveitamento agrrioclssicos da regio meridional foram se modificando com aemergncia de novas realidades, como a mecanizao da agricultura,o crescimento da indstria na regio, etc. Ilustra a assertiva o fato deque reas policutoras do norte do RS (Iju, Santa Rosa, etc) e do Valedo Jacu sofreram recentemente processo de concentrao fundiria eabrigam hoje enormes extenses monocultoras (de soja, no primeirocaso, e de arroz, no segundo).2. Os "eixos de desenvolvimento" substituram nos ltimos anos osantigos "plos", como fatores de induo do crescimento econmico

    regional. Para o caso da Amaznia, cite dois destes "eixos",esclarecendo em que medida se articulam e ao mesmo tempo sediferenciam dos referidos "plos".

    Rodrigo Estrela de Carvalho (20/20)Num pas de dimenses continentais e disparidades regionaisgritantes como o Brasil, no surpreende que se tenham desenvolvido,pelo Estado, ao longo da histria, mecanismos de intervenoessencialmente poltica dado que vo alm da crena nas "foras domercado" no sentido de, por um lado, diminuir as disparidades e,por outro, garantir a expanso do espao da Nao (que neste casodifere da noo de territrio), dotando-o de uma funcionalidadegarantidora da possibilidade de reproduo do capital. Um marco

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    desta interveno a criao da SUDENE, no fim da dcada de 50.Mas nos governos militares que este processo se acelera, com adiviso do Brasil em macrorregies (o IBGE j o fazia desde a dcadade 40, mas com criao das agncias, como a SUDAM, SUDECO eSUDESUL, que as macrorregies assumem importncia decisiva) e,

    mais tarde, a partir da dcada de 70, com a adoo na concepoperrouxiana de "plos de crescimento".De acordo com Perroux, o espao da economia nacional aqueledelimitado pelas decises dos agentes econmicos. Neste contexto,existem reas que funcionam como pontos de convergncia e/ouirradicao destes fluxos os "plos". A tarefa do Estado seria intervirna criao destes plos, necessrios ao desenvolvimento de certasregies (seu efeito seria o mesmo, segundo Cladio Egler, de umainovao Schumpeteriana na economia). Exemplos desta poltica soo polo petroqumico de Camaar (BA) e a zona franca de Manaus(AM). No h dvidas de que iniciativas como estas transformaramsuas respectivas regies, mas hoje a estratgia dos plos enfrentaresistncias por um srie de razes:1) eram empreendimentos onde o Estado participava ativamentecomo "empresrio", diretamente ou mediante suas empresasestatais, com fortes incentivos fiscais, o que na atual crise fiscal doEstado torna-se improvvel;2) os plos acabavam produzindo um processo de "concentrao nadesconcentrao"; ou seja, sua capacidade de irradiao erasuperestimada (um exemplo a "metropolizao" da rea dos plos,com efeitos pouco significativos sobre o resto da economia da regio,

    Salvador um exemplo).Os "eixos de desenvolvimento" procuram superar estes problemas, apartir da articulao ou rearticulao de reas j consideradasatraentes pela iniciativa privada. No se trata mais de "criar" umplo, mas de articular um eixo onde os fluxos de mercadorias ecapitais possam se dar, superando as rugosidades do espao. OEstado atua como indutor dos investimentos e, mesmo nas obras dainfra-estrutura, conta com a participao da iniciativa privada. Anfase, portanto, na circulao, e no na produo (esta fica acargo da iniciativa empresarial) como era nos plos. Da aimportncia das obras de transporte e energia.

    Na regio Norte podemos citar o "eixo norte" e o "eixo Araguaia-Tocantins". O primeiro articula-se basicamente atravs da BR-174,que liga Manaus a Boa Vista, e da segue at a fronteira (marco BV-8)com Santa Elena do Uiaren na Venezuela. Trata-se, portanto, de umasada para o Caribe que facilitar o escoamento da produo agrcolada regio de RR. Por outro lado, d-se tambm a integraoenergtica com a Venezuela, a partir dos cabos de transmisso deGuri, com o objetivo de levar energia Roraima. A integrao com aVenezuela , tambm , parte do projeto de formao da ALCSA.J o "eixo Araguaia-Tocantins" articula regies produtoras de CO, NE,e N. A hidrovia do Araguaia-Tocantins, interligada com a ferroviaNorte-Sul e com a Estrada de Ferro Carajs, alm da malha ferroviriado NE (transnordestina, transversal nordestina), garantira transporte

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    multimodal para a produo de gros da Amaznia Legal (regio deMT e TO), e do NE (oeste da Bahia, sul do Maranho), at o Porto doItaqui. Trata-se de um eixo que se articula com um antigo plo: oProjeto Grande Carajs, a partir da utilizao de sua ferrovia. Outroeixo na Amaznia se articula-se pela hidrovia Madeira-Amazonas at

    o porto de Itacoatiara (que pode receber graneleiros transocenicos) escoando a produo de gros de RO.Percebe-se, portanto, que os eixos de desenvolvimento seconfiguram como a consolidao da infra-estrutura necessria insero de suas regies ao mercado mundial. Gegrafos como TaniaBacelar ("rumo desintegrao competitiva". In: Redescobrindo oBrasil 500 anos depois) sustentam que tal nfase na insero diretadas regies no mercado internacional, como regies apenas deexportao de produtos primrios, pode ser negativa do ponto devista da integrao do mercado nacional. Outro problema refere-se capacidade de os eixos promoverem transformaes econmicasreais ou reproduzirem a concentrao dos plos: h indicaes deque tais experincias tendem a concentrar seus efeitos nas"extremidades" dos eixos. Outra questo, no resolvida, refere-se aofinanciamento dos projetos. Ainda cedo para saber se aparticipao da iniciativa privada ser realmente efetiva. Trata-se,contudo, de uma inovao no planejamento brasileiro,cujosresultados s saberemos nos prximos anos.

    3. Vrios autores consideram que j se encontra em processo deestruturao a primeira megalpole ou macro-metrpole brasileira.

    Indique sua abrangncia espacial e aponte o sentido prioritrio de suaexpanso, explicando as razes de seu dinamismo.

    Eduardo Pereira e Ferreira (20/20)As megalpoles como a Boston-Nova York-Washington ou a Tquio-Osaka-Kitakyushu se caracterizam por um processo de intensaurbanizao e industrializao ao longo de um eixo rodovirio eferrovirio. Formam-se grandes reas de conurbao em torno dascidades-plos, alm de uma grande "coleo de subrbios" nasvizinhanas dessas.No Brasil, alguns autores, como William Vesentini, apontam a

    formao de uma megalpole ao longo do eixo que liga Campinas,So Paulo e Rio de Janeiro. Porm, a "megalpole" brasileira possuialgumas caractersticas que a distinguem das suas congneresamericana e japonesa. Ela no tem, por exemplo, uma ligaoferroviria eficiente entre as cidades-plos (no h um "trem-bala"como o que interliga os centros urbanos da megalpole japonesa).Alm disso, os "subrbios" que cercam as cidades-plos damegalpole brasileira so bolses de pobreza, e no centrosresidenciais de classe mdia e mdia-alta como nos Estados Unidos.Apesar disso, impossvel negar a pujana do eixo brasileiro.A megalpole brasileira tem as suas origens na expanso cafeeiraque se iniciou j nas primeiras dcadas do sculo XIX. O avano docaf pelo Vale do Paraba e, depois, para o oeste de So Paulo,

  • 8/6/2019 Diplomata Do Instituto Rio Branco Exemplo de Prova

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  • 8/6/2019 Diplomata Do Instituto Rio Branco Exemplo de Prova

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    Lus Alexandre Iansen de SantAna (20/20)Na Europa os fenmenos de regionalizao e mundializao sugeremque ali as naes no representam uma realidade inteiramenteconsolidada. Por um lado, a Unio Europia procura criar uma ptriapara os europeus. Avanou-se na criao de uma moeda comum, um

    passaporte comum, foi garantido o "direito de ir e vir" para os seusmembros e, por fim, foram criadas estruturas polticas como oparlamento europeu, que vai alm do tradicional estado-nao. Poroutro lado, o fim do comunismo sovitico na URSS e no leste europeupermitiu que velhos dios raciais e religiosos viessem tona. Essefenmeno fica patente na instabilidade crnica dos Balcs, que semanifesta hoje na ex-Iugoslvia.Os conceitos de verticalidade e horizontalidade desenvolvidos peloprofessor Milton Santos so bastante teis para entender o fenmenode coeso e fragmentao. Na Unio Europia, regies de estados-nao j consolidad