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Dispositivos Optoeletrônicos e Diodo Zener

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Page 1: Diodo

APOSTILA DE

ELETRÔNICA BÁSICA

CAPÍTULO 3

DISPOSITIVOS OPTOELETRÔNICOS E DIODO ZENER

Versão 20070801

Page 2: Diodo

Apostila de Eletrônica Básica – Capítulo 3 Ricardo Ramiro

versão 20070801 2/10

ÍNDICE

3.1. DISPOSITIVOS OPTOELETRÔNICOS...................................................... 3

3.1.1. DIODO LED............................................................................................... 3 3.1.2. FOTODIODO............................................................................................. 4

3.2. DIODO ZENER................................................................................................ 5 3.2.1. CURVA CARACTERÍSTICA ................................................................. 5 3.2.2. POLARIZAÇÃO ....................................................................................... 6 3.2.3. POTÊNCIA E CORRENTE MÁXIMA .................................................. 7 3.2.4. REGULADOR DE TENSÃO................................................................... 7

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 9 APÊNDICE A – FOLHA DE DADOS ................................................................ 10

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Apostila de Eletrônica Básica – Capítulo 3 Ricardo Ramiro

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3.1. DISPOSITIVOS OPTOELETRÔNICOS

Optoeletrônica, como o nome sugere, combina óptica e eletrônica. São componentes baseados em junção PN e que podem emitir luz ou reagir à exposição de luz. Dentre estes componentes existem LEDs, Fotodiodos, Acopladores Ópticos, etc.

3.1.1. DIODO LED

O LED (L ight Emitting Diode, ou diodo emissor de luz) é um diodo com junção PN que quando polarizado diretamente emite luz, visível ou não.

A luz emitida é monocromática, sendo que a cor depende do material utilizado na dopagem. Exemplo: GaAsP (Fosfeto de Arseneto de Gálio) = vermelha ou amarela GaP (Fosfeto de Gálio) com nitrogênio = vermelha ou verde GaAs (Arseneto de Gálio) = infravermelha

Os LEDs podem ser apresentados em tamanhos e formatos diversos, como o redondo e o retangular. A figura abaixo mostra a simbologia e a figura de um LED vermelho típico.

Figura 3-1 – a) simbologia do LED; b) imagem de um LED vermelho redondo.

O terminal Anodo do LED normalmente é mais comprido (figura 3-1a), além de ter uma marca quer pode ser um chanfro ou alargamento.

Semelhante ao diodo retificador, para emitir luz o LED deve ser polarizado por meio de um resistor limitador de corrente. Dependendo do tipo do LED, a queda de tensão pode variar entre 1,5V e 3,5V com corrente entre 10mA e 50mA.

Como regra prática, se as características do LED forem desconhecidas, pode-se considerar a tensão de 2,0V e corrente de 20mA.

Exemplo 3-1:

Que valor do resistor R deve ser utilizado para polarizar corretamente o LED do circuito abaixo?

12V

R

Solução:

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Sabendo que IRV ×= ou I

VR =

Assim, LED

LEDCC

I

VVR

−=

Onde VCC — VLED (tensão da bateria menos a queda de tensão sobre o LED) é a queda de tensão sobre o resistor.

Considerando a corrente ILED = 20mA, fica:

Ω=⇒=⇒−=⇒

−= 500

02,0

10

20

212RR

mAR

I

VVR

LED

LEDCC

Na prática podemos escolher o resistor comercial com valor mais próximo, ou R = 470Ω.

Exercício 3-1:

No exemplo anterior, calcule a corrente no LED considerando o resistor R = 470Ω.

3.1.2. FOTODIODO

O fotodiodo é um diodo com uma junção PN projetada para responder a uma excitação óptica, ou seja, ele é um componente eletrônico do tipo fotodetector.

Pode ser usado tanto na polarização direta como na reversa. Na polarização direta, o funcionamento é o de uma célula fotovoltaica, isto é, quando a luz incide sobre o componente, há o surgimento de uma pequena corrente. Na polarização reversa ele pode ser usado como detector de luz. Nesta situação ele tem uma resistência altíssima que diminui com a incidência da luz. Monitorando-se esta corrente reversa, tem-se um detector bastante sensível à variação da luz. Quanto maior a incidência de luz, maior a corrente reversa que passa por ele.

A sensibilidade é dada em Ampere/Lux (1 lux = 1 lumen/m2)

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3.2. DIODO ZENER

O diodo zener é um diodo construído especialmente para operar polarizado reversamente, na região de ruptura.

A figura abaixo mostra a simbologia do diodo zener, sendo a 3-2a a mais utilizada nos esquemas eletrônicos.

Figura 3-2 – simbologias do diodo zener.

3.2.1. CURVA CARACTERÍSTICA

Observa-se na figura seguinte a curva característica do diodo zener, bastante semelhante à de um diodo retificador comum.

Figura 3-3 – curva característica do diodo zener.

A sua principal aplicação é como regulador de tensão, que pode ser observado na figura acima.

O diodo zener, polarizado reversamente, inicia a condução de corrente a partir da tensão zener, que é especificada de acordo com o tipo do zener. Assim, nota-se na figura 3.3 que a corrente sobre ele aumenta rapidamente, enquanto a tensão permanece aproximadamente constante e igual à tensão zener.

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IZmin é a corrente mínima que deve passar pelo diodo para se obter o efeito zener. Izmax é a máxima corrente suportada por ele. Acima desta corrente o componente é destruído. VZ é a chamada tensão de zener.

Estes diodos podem ser produzidos com tensão zener (VZ) da ordem de 3V até centenas de Volts.

3.2.2. POLARIZAÇÃO

A polarização do zener também necessita de um resistor limitador de corrente em série, conforme figura 3-4 seguinte.

Vale ressaltar que o diodo zener se comporta como um diodo comum quando polarizado diretamente e a queda de tensão sobre ele é de aproximadamente 0,7V.

Figura 3-4 – diodo zener e resistor limitador de corrente.

Exemplo 3-2:

No circuito abaixo, calcule a corrente que passa pelo diodo zener.

15V

330 Ohms

Vz = 6VIz

Solução:

IRV ×= ou R

VI =

Assim,

AIIIR

VVI ZZZ

ZCCZ 0273,0

330

9

330

615 =⇒=⇒−=⇒

−= ou mAI Z 3,27=

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3.2.3. POTÊNCIA E CORRENTE MÁXIMA

Além da tensão VZ, os diodos zener também têm especificado a sua potência. Com base nestes dois parâmetros pode-se saber a corrente máxima que ele pode suportar.

Exemplo 3-3: Suponha um diodo zener de 5,6V e de 400mW de potência. Qual a corrente máxima que pode passar por ele? Solução:

Sabendo-se que: IVP ×= ou V

PI =

Substituindo os valores: mAIV

mWI

V

PI ZZ

Z

ZZ 71

6,5

4,0

6,5

400maxmaxmax =⇒==⇒=

Na prática não seria aconselhável que o componente trabalhasse na condição limite. Em geral, os fabricantes colocam nas folhas de dados uma corrente IZmax da ordem de 90%. Em nosso caso seria algo em torno de 64mA (= 71 X 0,9).

3.2.4. REGULADOR DE TENSÃO

A principal atuação do diodo zener é como regulador de tensão.

Na figura abaixo (3-5) foi adicionado um resistor RL de carga em paralelo com o diodo zener. Isto significa que a tensão sobre o resistor RL será igual a tensão VZ, mesmo que haja alguma variação na tensão da fonte.

Figura 3-5 – resistor de carga adicionado ao circuito.

Exemplo 3-4: No circuito abaixo calcule as correntes.

Solução: Começando com IS que é a corrente que passa por RS:

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mAIR

VVI Z

S

ZCCS 3,27

330

9

330

615 =⇒=−=−

= (repare que é o mesmo valor calculado no

exemplo 3-2)

Cálculo de IL: mAIKR

VI L

L

ZL 6

1000

6

1

6 =⇒=== (a tensão sobre RL é a própria tensão VZ)

Repare também que IS é a corrente total do circuito, então:

LZS III += ou LSZ III −= => 63,27 −=ZI => mAI Z 3,21=

Comparando com o exemplo 3-2, nota-se que a corrente total é a mesma, só que neste circuito, 6mA são desviados para o resistor RL.

É importante saber que o zener só atuará como regulador, se a tensão sobre o resistor RL for maior do que a tensão VZ se o zener for retirado do circuito.

Tomando-se novamente o circuito acima, sem o diodo zener (figura 3-6):

Figura 3-6 – circuito do exemplo 3-4 sem o diodo zener.

Primeiro calcula-se IS: mAIRR

VI S

LS

CC 3,111000330

15 =⇒+

=+

=

Então,

SLL IRV ×= => mAKVL 3,111 ×Ω= => VVL 3,11=

Como VL é maior que VZ, colocando-se o zener de 6V, haverá regulação. Exercício 3-2: Tente calcular as correntes no circuito do exemplo 3-4, porém, considere o resistor RL

igual a 150Ω. O que acontece?

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BIBLIOGRAFIA

MALVINO, Albert Paul – ELETRÔNICA - vol. 1 – São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1986

MALVINO, Albert Paul – ELETRÔNICA NO LABORATÓRIO – São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1987

CRUZ, Eduardo – ELETRICIDADE APLICADA em Corrente Contínua – São Paulo: Editora Érica, 2006.

CIPELLI, A. M. V.; MARKUS, O.; SANDRINI, W. – TEORIA E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS – São Paulo: Editora Érica, 2001.

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APÊNDICE A – FOLHA DE DADOS