dinheiro os segredos de quem tem

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  • Petrasunas Cerbasi

    {'{ t i r* i t ^tf {s r. ?'r

    G ustavo

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    s strffiyrff(Str#drHtrm.;,&!trttt i

    dr'ffi

    #

  • Gustavo Petrasunas Cerbasi

    os segrs dos de quem tem

    como conquistar e manter su a i n d c 1 t t' t t t I i' t t t' i t t l'i t r t t t t t'

  • AcneDECrMENTos

    A meus pais, Elza e Tommaso, pela inabalztel dedicao formao:;lida e saudael proporcionada a mim e a minha irm, Ktia.

    A minha esposa, Adriana, por todo o carinho e motir,tao parai'irnr cada pgina da aida e tambm por coffipartilhar comigo suces-:tts c insltcessos na administrao de nossos recLtrsos, que resultaramt'ttt muitas das lies que transmito neste liaro.

    Ao nmigo Roberto Shinyashiki, pela confiana depositada no meuIttrltnlho e por me abrir ns portas para o mundo das finanas pessonisttlrttotss de uma rica troca de conhecimentos.

    A meu grande professor e amigo los Roberto Securato, que ffietttut:;tttitiu slidos conhecimentos tanto na sala de auln quanto fora'lt'ltt

  • EditoraRosely M. Boschni

    Assistente EditorialRosngela Brtrbosn

    ProduoTiago Cintra Silua

    CaPaMsrcelo Souza Almeidalroeto s.r{ico e d iagra maoMarclo Souzrt AImeda

    PreParaoMaria Alatlde Caraqlho

    RevisoMaria Margarida Negro

    ImPresso e acabamento- Prol Grfica

    Dados Internacionais de Catalogao(Cmara Brasileira do Livro'

    lrtlos os tlircitos desta ediclso tt'st'n,atltls Editora Cente'ltra I't'clro Soares de Almeida, 1'14'Sro l':rr-rlo, SP, CEP 05029-030'Icefnx(11) 3675-2505Site: http: / /www.editoragentc t'ottr'lrtE-mail: gentel@editoragente cotlr'lrr'

    na Publicaio (( ll')SB Brasil)

    Cerbasi, Custavo l)etrasunasDiuhciro: os scgrecos de quem tem / Gustavo I't'lt'lr'tttr't"

    .- So I'ar.ro : Iiclitora Clente, 2003'

    ISIIN s5-7312-387-7

    L I)ilrheiro 2. Fnanas pesso:ris 3 Riqttcza -l 5r'1"ttt'ttr"tI. I'ttrlo.

    ( \' l',r\l

    llil,tl{( lJ

    ( t)t ) -1 02-10.1

    A minha esposa, Adriana, aerdadeiraliuro, para meus trabalhos

    InSl)ll'tt(.tlIt l)tlt tl t:.1t( Pttrtt ututlttt rttltt

    03-071 9Indices

    1. Segurana fj.nancerra

    para catlogo sistenr;itit o:

    : Finanas pesstl;lis : ltolt,tttt't ! 1'r).'l(l

  • /\ trtt'tts Ptrentes e amigos, cuiasttttlttiltt tltt( a()s P|ucos eu construsseti'rrt trs lor0 meus trabalhos.

    A])ctls,poriluminnrminhasescolhasdiantedetgntasoportu-ttitltrdt's tlue n uida me oferece a cada dia'

    experincias e conaersas Per-uma aasts biblioteca de tefe-

    SutwRlo

    INrnonuo

    O otNHrno No rRAZ FELICIDADE' Compromisso' Ficnr rico o objetiuo?' Dinheiro traz felicidade?' Dois tipos de pobre' Um problemn cultural' Voc estar tranquilo?' O que uma pessoa bem-sucedida?' Onde est o erro?' Aposentndoria? To cedo?' Durante quanto tempo?' At quando uiaeremos?' Algo precisa ser feito - por onde comear?

    ( )s q2unrno GRANDES ERRos DAS PESSoAS PoBRES' Por que as pessoas no enriquecem?' () Llcsprezo pelos pequenos aalores

    27

    22L.t

    252729aaJL

    JL

    35373940A1

    454647

    11

  • O descaso por uma boa negociaoA ausncia de percepo financeiraNo saber aonde se quer chegar

    Pnaeenao Do TERRENo' Como se constri a riqueza?' Hora de reunir os ingredientes

    A ronuule la RsuNoNCIA FINANCEIRA' Como ficar rico?' Como gastar menos do que se ganha?

    Porusa sEU PLANO sv pRrtca' Como definir minha renda deseiadn? No difkil' LIm exemplo para pensar e aplicar

    INTRODUCAO

    Voc est tranqilo em relao ao futuro? Se estivesse, poderiaconsiderar-se uma agulha em meio a um imenso palheiro, tofelizardo quanto um ganhador de loteria. Voc seria uma raaexceo. Mas tenho certeza de que no est, caso contrrio noleria este livro.

    Sou palestrante, professor e consultor de finanas. Convivodiariamente com pessoas que buscam soluo para seus proble-mas financeiros. Conheci muita gente humilde, que vive com muitopouco dinheiro, mas no tem a menor esperana de algum diapossuir "algo mais" na vida. Convivo tambm com geentes decmpresas, esfudantes de boas instituies de ensino. Muitos atse considerarn experts em finanas, mas a maioria nem s('(lr.l('r'

    Nunca esquea a inflao

    Quanto e como inaestir?Onde inaestir?Estejn pronto para as oportunidadesTemos um plano completo!

    576373

    7576B1

    959698

    1191201331.39

    143r47162165

    7671681701771731.77

    181

    Acona coM voc' Cuidado com os pontos fracos do plano' Cuidado ao assumir compromissos' Dzimos e doaes' Daidas que um dia passaro por sua cabea' Voc no o nico que tem a ganhar

    CurpE Do MAIS IMPoRTANTE

  • tem expectativa de aonde quer chegar. Este livro surgiu da dor,como profissional da rea, de ver tanta gente perder rios de di-nheiro sem se dar conta

    - acredite, voc faz isso!

    -, de ver tanta

    gente sofrer na terceira idade por ter passado a vida toda contri-buindo para uma Previdncia que hoje no Paga seu alimento.No se pode confiar exclusivamente na Previdncia. Na dcadade 1960, cerca de trinta trabalhadores contribuam para a Previ-dncia Social para cada aposentado; hoje praticamente cada tra-balhador sustenta um aPosentado. E arazo disso no o fato demenos trabalhadores contriburem, e sim mais aposentados vive-rem por mais tempo. Como ser no futuro? Certamente, no po-deremos confiar nossa sorte proteo do governo: temos de ga-rantir sozinhos nossa sobrevivncia com dignidade e conforto'

    No ser tambm a empresa para a qual trabalhamos quevai garantir nosso futuro. Muitos executivos de sucesso tm gran-de parte de seu padro de vida mantida pela empresa para aqual trabalham. Ganham bons salrios, mas so incentivados, attulo de status, a manter um nvel de gastos elevado, que mui-tas vezes compromete grande parte desses salrios. Seu bomcarro, sua boa casa, seu ttulo de um bom clube, seus hobbies emuitos outros mimos so bancados pela emPresa. Mas esses exe-cutivos percebero que ningum dura Para sempre em um timee se vero obrigados a deixar seu posto. Com sua sada da em-presa iro tambm seu carro, sua casa e tudo o mais' Comoexplicar famlia que o padro de vida agora ser outro? E osamigos? E ento toda a poupana formada com as sobras dosalrio executivo ser utilizada na manuteno do elevado pa-

    dro de vida de outrora, consumindo-se completamente empouco tempo. Tais executivos de sucesso provavelmente terio ilvida encurtada por problemas emocionais medida que Perc('-berem o esgotamento de seu patrimnio. Em que momento clirvida ou de seus planos eles erraram?

    Ao longo deste livro, voc perceber que Pessoas que cr-frentam esse tipo de problema eraram na atitude em rela

  • de postura. No adianta se arriscar a aplicar as ferramentasapresentadas nos prximos captulos se no houver mudanade atitude. Trace um plano. Determine aonde voc quer chegarou o padro de vida que deseja ter. Mude alguns maus hbitos'Fazendo isso, estar pronto para crescer financeiramente.

    Este livro foi escrito para um pblico seleto, independente-mente da renda de cada um. Foi escrito para pessoas que seconvenceram de que podem mudar seu futuro para melho como prprio esforo. Se voc j errou muito, perdeu muito dinhei-ro na vida, perdeu muitos anos de salrio sem saber como cons-truir a riqteza, fico contente por estar lendo este livro' Sempreh tempo de retomar um plano de vida, afinal a medicina podenos levar longe! Se voc nem sequer entrou na faculdade e jest preocupado com seu futuro, melhor ainda, porque no hou-ve tempo de cometer muitos erros, e sua riquezavrr para vocdesfrutar com muita tranqilidade a maior parte de sua vida.Quanto mais cedo seu plano de riqueza comeat mais cedo vocalcanar seus objetivos e mais tempo terpara colher seus fru-tos. Sua aposentadoria poder ocorrer muito antes de voc atin-gir o auge de sua capacidade intelectual, o que lhe dar a oPor-tunidade de fazer planos mais ambiciosos Para o futuro'

    Espero que este livro no seja simplesmente mais um den-tre vrios manuais de prticas financeiras para determinadomomento de nossa economia. Espero que sirva de guia de umaverdadeira transformao de sua postura na ProsPeridade. Te-nha-o sempre ao seu alcance na prateleira: alguns conceitos aquiapresentados voltaro a lhe ser teis dentro de algum tempo'

    l)inhciro: os segredos de quem temr4 | Introduo I I 5

  • compras de

    I (r I l)inhciro: os segredos de quem tem Introrlrrr' I l /

  • 11. Quat o tipo de controle de gastos que uoc possui?a) Voc gasta enqunnto o saldo no banco permite'b) Voc pr:ocur'a mnnter:algum tipo'de disciplina com os

    ' gastas, controlando uas daidas. ' 'c:)'Voc tem uma planiltha dns gastos do ttts, aue pradi'

    camente reaisadat

    "'' "t

    ' l

    12. Como e seu comportamento dc compras em geral?

    a) Quando precisn de algo, compra na primeira loia queencontra'

    b' Voc e,:liel a determnrtdas lojas e costuma fozer suas com'p|aS.Sempren-oSmeSmoScstabelecimentas.

    Voc pesquisa preos em grande partc cle suas compras,atrqus de nnncios, telefonemas ou asitas a diuersos

    estnbelecimentos.

    Pottrruao:Atribua, para cada resPosta:a, um ponto;b, dois pontos;c, trs ponlos.

    RESULADOS DO TESE

    L2 a Tl7 pontos: voc bastante descuidado em rela-

    o ao dinheiro e, em razo disso, provavelmente tem pro-

    lrlcrns financeiros com freqncia. Se alguns de seus h-l,ilos err relao ao dinheiro no forem mudados, vocl,ocier ter srias dificuldades no futuro. Voc que se e;

    i.( ()ntra nesse grupo ser um dos maiores beneficiados dalcitura deste livro, principalment quando aponto nos pri-rrrciros captulos os maus hbitos a serr ' i I3m Corrrgldos.

    L8 a 29 pontos: voc tem conscincia da importncia,lt' dar atenco ao, ptanejamento tlnancelro e, provavel_rrrcnte, no costuma ter problemas financeiros. Mas aindaI'r'ccisa melhorar alguns de seus hbitos para que elss c()ls-, incia se transforme em riqueza no longo prazo. () pla-rrt'jamento financeiro que popoulro rrcstt' livro dt'vt, scr.('xatamente o que estava faltando pelri qLtc scu ,trtrrro ,i-r ranceio esteja garantido.

    30 a 36 pontos: parabns! Voc est no caminho certol).ra ter um futuro financeiramente seguro e estvel. Se,rinda no possui um plano de independncia financeira, l;rramente definido, no ter dificudades em implement-Itr .rs lnro da leitura deste livro. Se voc j tem um plano('r' prtica, tenho certeza de que a obra contribuir pararrnr.r reviso desse plano para me[hor.

    Boa leitura!

    ntrodu'o I l9

  • Captulo

    NAO TRAZ

  • Renda anunl uinte libras, despesa anunldezenoua librns, dezenoue xelins e seis

    pence, resultttdo: felicdade. Renda anualuinte librns, dcs1tcsn nnunl ainte librns, zero

    xelins e scis ltt'rrce, resultado: misrin.

    Dickens fl 812-L870)

    Corupnotwrsso

    O objetivo deste livro ajud-lo a se tornar uma Pessoa rica. Umobjetivo simples de definir, mas no to simples de alcanar, poiso sucesso dele depender nica e exclusivamente de voc. Nodepender de quanto voc tem ou ganha hoje, mas do que irfazer para ter aquilo que deseja. Por isso, ao iniciar a leitura destelivro, esteja preparado para assumir um compromisso com vocmesmo. Um compromisso que ir mudar sua vida definitivamen-te, mas que depender de sua conscincia de que nada vir poracaso, voc ser o agente da mudana.

    Peo-lhe apenas um compromisso. Eu comeo este livroquestionando se o que realmente buscamcls tl dinheiro. Leia

    lste primeiro captulo com muita ateno. Ele ser fLttttlatrtt'tt-t.rl para que o dinheiro no lhe falte no futuro.

    l rcen RICI E o oBJETIvo?

    r\s chances de que voc, ao procurar o caminho do enriqueci-nrcnto, esteja percorrendo o caminho errado so bastante gran-,lcs. Reflita bem sobre seus objetivos na vida. Pense no porqu,l.r riqueza como objetivo de sua vida. Esse um exerccio im-Portante para que tire o mximo proveito da leitura. Pense no,,i;lnificado da riqueza para voc. O que voc define como riqueza?

    Se, para voc, riqueza ter recursos suficientes para com-l)rir o carro dos seus sonhos, uma casa imensa de frente para al,r'rria ou uma viagem em redor do mundo, lamento dizer que,(luindo conseguir isso, provavelmente sua frustrao ser mui-to grande. Voc perceber que a posse de bens materiais aPenas,rlimenta a ansiedade pela acumulao cada vez maior de no-vos bens. A ganncia humana no tem limites, e por isso a aqui-:.io material jamais o far feliz.

    A melhor prova disso est a seu alcance. Leia jornais e re-vistas e veja os fatos. Existem centenas de exemplos de pessoas,'rrclinheiradas que no so felizes. Suicdios, divrcios e trag-,liirs so to freqentes entre os abastados quanto entre os mise-r,iveis. E muito fcil encontrar felicidade em uma comunidade,;irnples, em que o convvio e as atividades sociais proporcionam

    Esteja preparado para assumir umcompromisso com voc mesmo.

    .1 I l)irrlrt'ilo: os st'grcdos de quem tem O dinheiro no traz 'cicidatc | 2'

  • rtrr prazer que est perante os ohos de todos' Veja um grupo defeijoada e pagode, to comum nas fervelas do Rio de janeiro:aquela felicidade pua e simples n() transparece to claramen-te nas pginas da revista Caras.

    uma pesquisa do Ibope divulgacla n0 final de 2002 ttaziauma estatstica interessante: 41'/u das Pess()as com renda men-sal igual ou inferior a379 reats decartrviltn-se felizes, enquantoapenas 25"/o das pessoas com renda supcrior a 4.500 reais afir-mavam o mesmo. Em outras palavras, rillr Parcela maior daspessoas com menor renda se autodenorrtina feliz em comPara-

    o populao de maior renda nO llrrrsil. Um detalhe interes-

    sante que se conclui d.essa pesquisa: c()t() tr maioria da popua-o brasileira est na faixa inferior de renca, no se pode negarque o povo brasileiro seja feliz.

    se lhe fosse proposta uma opo entre dois caminhos a se-

    guir na vida, qual voc escolheria: ter muito dinheiro ou ser feliz?Felizmente a vida no lhe impe uma escolha to impiedosa.

    voc pode escolher um caminho de coexistncia entre riqueza e

    felicidade, mas no haver placas na beira da estrada indicando

    esse caminho. Perceber que esse caminho est diante de sua vida

    uma deciso consciente, que independe da sorte ou da esPeanade que a soluo dos problemas caia dos cus em seu colo' Ao

    iniciar a leitura deste livro, seus primeiros passos Para o camintocerto j foram dados. Esteja preparado para, apartir de hoie, mudarsua vida. um esforo que depender de voc, esteia certo disso.

    bem sobre seus objetivos na vida.lt'lita

    os st'Ir-t'tlos rlc tlucm tcm 0 dinhero no 1r:rz l'licirlrrrlt' | 2 rr

    I )tvuano rRAZ FELT:TDADE?l'r'nse na pergunta que voc certamente j ouviu: "Dinheiro trazl,'licidade?" Antes de rebater com a to manjada brincadeira''rr.o traz, manda buscar", pense no sentido da palavra felicida-rlt' para voc.

    Voc ainda curte seus prazeres de adolescente? Se no curterrr..ris, em algum momento da vida deliberadamente escolheu,lcixar de curtir esses pazeres? Voc j deu um abrao fortcr.s pessoas que ama nesta semana? Voc conseguirr sr' ('spr('-riuiar na cama por uns dois minutos hojc r'lc nranh? Sc vot'i't'pai, quantas horas dedicou ao pr.zer cier clr rtir () ('(rinho tlt'seu filho na ltima semana? Quantas horas ficou c'lcbrrr'atlorrir janela para ver o espetculo que a ltima chuva proporcio-lou ao fazer a gua correr pela rua? Quantos tipos de cantcrrle passarinho voc consegue ouvir de sua janela ao amanhe-ccr? H quanto tempo no canta sozinho, no dana sem m-sica, no faz planos para um fim de semana em casa?

    Perceba que muitas das coisas importantes da vida so gra-turitas. Quantas pessoas no esto deixando de curtir as coisasrnais importantes da vida, esto deixando a vida simplesmentepassar? Quanto custaria gastar um pouquinho do seu tempopara simplesmente curtir? Nada.

    Curtir n aida pode no custar nada se aoc quiser.Voc porm no consegue aproveitar nem uma pequena

    parcela da enorme quantidade de presentes que Deus lhe dtodos os dias. E a razo de no aproveitar esses lances de felici-dade justificada por milhares de desculpas. A principal delas

  • "Se lhe fosseproposta uma

    opo entre doiscaminhos a seguirna vida, qual voc

    escolheria: termuito dinheiro ou

    ser feliz?"

    a correria do clia-a-dia, justificada por um ritmo intenso dctrabalho, que por sua vez justificado Para lhe trazer dinhero,o qua ser usado para pagar as contas e Para dar acesso scoisas que lhe do prazer. Esteja consciente de que voc abremo de ptazeres, de sua familta, de seus amigos e de voc mes-mo paa poder ter tudo isso aps o trabalho.

    Dots rIPos DE PIBREPerceba bem: as melhores coisas da vida esto disponveis paraqualquer ser humano. Ganhar bem diferentc ce ser rico- Hiimuita gente com muito dinheiro que declaraldametrte tro t ft:-liz, assim como tem muita gente que vive humildemente c clizde boca cheia que feliz. A estatstica mostrou isso.

    Convena-se de que sua meta, a partir de agora, ter muitodinheiro e tambm ser feliz. Uma pequena parcela da popula-o consegue unir o til ao agradvel, mas certamente essa par-cela consegue isso porque busca esse objetivo conscientemente.

    Voc, leitor, est buscando o aumento de sua riqueza.H dois tipos de pobre: os pobres serr dinheiro e os pobres

    coia dinheiro. Os sem dinheiro tm uma longa batalha pela fren-te, mas ainda podero chegar 1. Muito pior o caso dos pobrescom dinheiro, que talvez vejam o dinheiro como um fim em simesmo e no tm outro obietivo na vida a no ser construirbens materiais. Se voc est nesse gruPo de pessoas, busque aux-lio de um terapeuta. Ele certamente o ajudar. No esse tipode riqueza que voc ser incentivado a construir lendo este livro.

    0 dinheiro ttio ltrtz l'lit irl;rrlt )7

  • Parabns se voc se enquadra no outro tipo de pobre, aque-le sem dinheiro ou aquele consciente de que sua poupana noser suficiente para a sobrevivncia. Este livro lhe ser muitotil. Muitos se enganam ao pensar que nunca tero dinheiro,pois no o tm porque no fizeram questo disso.

    Sua riqueza no depende de quanto voc ganha, mas dequanto gasta ou do que faz com aquilo que ganha.

    Algumas pessoas so e sempre sero pobres porque ser po-bre est no seu jeito de viver, de pensar e de ver as coisas. Aodeparar com algo que realmente gostaria de ter na vida, umobjeto de desejo, talvez uma bela casa, um pacote de viagem ouLtm cirro mUito caro, o pobre, como qualquer outra pessoa, temsentir-nt'ntos r'lc irclmirao e inveja. De cara, porm, esses senti-r-('rt()s r'0r'rv0rtt'rrr-s(' ('n unrar postura de resignao. seu pen-sarncrrto O:lU" r"r trarluzitlo (-orro algo do tipo:

    Qtrt'irtuL'jn...Qttt ttrttr tlr sttrlt! ['cli: nL1trclt quc p()deter unt desses... Ett tt'ttln tlt rttr'trtrrlttrtttt'tttL,sttttt cotrt o (tuetenho, no nasci em ttt'r.tt dc ottro..."

    Outras pessoas, porm, talvt'z rr.o sejam ricas hoje, mas tmgrandes chances de tornar-se ric.rs, pois l'rcrstrn como os ricos. Ossentimentos que passam por slra calrr'ir cliante cle um objeto dedcsejo no so muito diferentes clos rlc rrrn prre, mas sua atitude completamente diferente. seu tiscrrrso scria mais ou menos assim:

    Que inueja... Que cnrn dc sot'tt! Feliz nqttale que podeter tun desses... O que s('rti qttc (ss(, cora Jbz Ttnrtr corrsetrririsso? O qua ser que eu .rtrcciso.fnzcr Ttnrn tcr ttm dcsses?"

    Dinheiro: os segredos de quem rem

    Compare as duas frases. Percebeu a diferena? A gr',rrr,L,tlilcrcna entre os que esto no caminho da riqueza e os po[-rn's "( r'r ,stle-cavalo", que crescem para baixo, o empreendedorisrrro, .r ,.r

    lracidade de fazer planos para crescer. Cada objetivo novo rr.r vitl.rtransforma-se em um problemaparao qual se buscar uma soltr.r. r

    O que eu busco construir com este livro a conscincia cit'rlLre para conseguir a riqueza preciso seguir um caminho pla-rrejado, talvez passar por algum sacrifcio, e fazer isso conscien-tcmente. como fazer regime: voc est fora de forma porquetem maus hbitos, que precisam ser mudados para obter resul-tado. E a maior dificuldade da mudana estar no comeo, como,rcontece em um regime.

    Utw pnosLEMA :ULTURAL

    ()uando analisamos a cultura de um povo, observamos, entre ou-lras coisas, as caractersticas de comportamento comuns grandernaioria desse povo. Se nos dedicssemos a analisar a cultura fi-nanceira do povo brasileiro, perceberamos que existe um ntidol)adro de comportamento quanto aos objetivos de investimento ePanos pessoais de grande parte de nossa populao. Nossos pa-rentes e amigos nos induzem a fazer determinados planos, a con-(uistar ttulos, diplomas e posies hierrquicas e tambm a adqui-lir posses materiais comparveis s dos nossos amigos e vizinhos.

    A noo de riqueza de nossa culfura latina est, antes de fudo,,rssociada a bens materiais ou algo que possa ser mostrado

    - ou

    rlrelhor, exibido -

    aos nossos amigos e parentes para que estes afir-

    28 | O dinhciro tto 1t:rz lr'lit irl;rrlt' l 29

  • mem em coro: "Est se dando bem, no?" Perceba como isso verdadeiro no planejamento patrimonial de cada um de ns'

    Logo que entramos na faculdade, ou alguns meses depois,temos como verdadeira obsesso a conquista de alguns bens quea grande maioria de nossos amigos j tem. No estou falandode futilidades e acessrios da moda, como telefones celuares eroupas de marca. Estou falando do primeiro objeto a aparecerna relao patrimonial de todo iovem, que o primeiro autom-vel. Verdadeiro smbolo de liberdade, afirmao social e stntus.Muitos jovens ou profissionais em incio de carreira fazem detudo para conseguir o primeiro carro, muitas vezes sacrifican-do a maior parte de seu salrio ou de sua bolsa-estgio' E, o que pior, normalmente para pagar o financiamento ou consrciode um carro zero-quilmetro, novinho em folha' "Jn d parapagar a prestao de um modelo bsico", o que pensam' Quan-to vale o cheirinho de um carro novo? Quanto vale a tranqili-dade de um carro novo? Quanto vale poder mostrar aos amigosque se possui uma das novidades do mercado? Para essa pes-soa, vale muito. Est escrita, ento, a primeira linha de seupatrimnio pessoal. E tambm a primeira linha das dvidas as-sumidas, j que o carro ser pago ao longo de trs anos' Mas,tudo bem, cabe no oramento...

    Passa o tempo e surgem novos objetivtls' Chega o momentoem que o jovem reconhece que a adolescncia j passou. que ehora de encarar a vida e construir o prprio caminho. Hora depensar no futuro. Quem sabe at pensar em casamento? Umabreve consulta aos amigos e parentes faz com que voc perceba

    30 | oinhclro: os segredos de quem tem

    , ll l{ ',( 'llu rina ter casa prpria. "Aluguel? pagar a virla intei-r r r' rurCi ter o bem!" "E se voc perder o emprego? Pelo menostr'rrr r,Si prpria!" "Nada como a felicidade de morarno que , rr " l',sses so alguns dos argumentos que fazem com que a se-

    r'.'n(1. grande preocupao da vida em relao ao patrimnict., 1,r ,r irtluisio da casa prpria. Algum tempo de pesquisa, faz-, , r opo por um imvel na planta

    -

    "vale a pena" -

    ou por umlrrr,rrrt iimnto do Sistema Financeiro da Habitao. E agora te-rr'r,; ross segunda grande meta patrimonial. Ah, claro, e uma,lrr r,l.r Lllle sc arrastar por vinte anos. Sem contar que/ a essa,,ltir',r. seu salrio evoluiu e selr caro "cesceu" com o salricl.i\ 1,r,, r'rn trs anos estar pago...

    lr assim vamos seguindo em frente, construindo nossol,,rf rirnnio, tendo como grande prcocupno a adequao do1,.r,lr',rtl de vida nossa renda. E nossos sonhos vo, a grande' rr',1() mas com grande satisfao, tornando-se realidade: a casa,1,'t,lrpo, a casa de praia, o ttulo do clube... E o carro (ou cls,,rr ros) da famlia vai acompanhando nosso crescimento, cada\ ( ,, ttior, mais caro e com custo de manuteno mais elevado.',r' \'t)c for um profissional bem-sucedido, suas conquistas ma-t, ri,ris refletiro isso: fazendas, iates, muitos carros. Essas soI r' .,i(q grandes preocupares.

    l)igamos que, no final de sua carreira de trabalho -

    ou da1'rirrrcira delas, pois muitcls iniciam nova carreira aos 60 anos -,rr,rs contas estejam finalmente pagas e seu patrimnio possa ser

    .'r,rliado em 1 milho de reais. A declarao de Imposto de Ren-,l.r tr .rt motivct de orgulho!

    O dinheiro no traz felicidade | 3 I

  • Voc ESTARA rn-e.wQtto?A resposta no. Voc no estar tranqilo Porque as grandespreocupaes de sua vida - graas a Deus e a muito suor - 8e-raram para voc outra grande preocupaol. contas a pagar' Seumaravilhoso patrimnio de 1 milho de reais proporciona a voc,nesse momento, alm de um grande pfazer/ contas intermin-veis a paga.Impostos dos mais diversos tipos, mensalidades declubes e marinas, caseiros dos seus imveis, gastos com manu-teno, seguros... No tem mais fim.

    Voc perceber, talvez antes mesmo do final de sua carreita,que se transformou em um verdadeiro homem-holeriter, aqueleque corre atrs do ordenado para sobreaiuer. Uma espcie deescravo do trabalho, que se v obrigado a batalhar rdua e in-cessantemente para garantir, no final do ms, os recursos total-mente consumidos no Pagamento de contas. Contas que noforam impostas a voc. Voc mesmo as criou'

    O oun E uMA PEssoA BEM-;I:EDIDA?O problema aqui apresentado muito srio, pois envolve deci-ses e conseqncias para uma vida toda. E um problema cul-tural, pois a maioria das pessoas que voc conhece passa pelasmesmas emoes e dificuldades.

    I Minha gratido ao proessor Edson Feneira de 0liveira, que criou a deinio pereita para essetipo de pessoa.0 termo "holerite" usado no estado de So Paulo para denominar o que chamado de "contracheque" em outros Estados.

    3 2 | olnheiro: os segredos de quem tem 0 dinheiro no traz felicidade | 3 3

    O materialismo associado nossa cultura acaba por gerarproblemas no final de uma carreira bem-sucedida. Ao se aposen-tar, o profissional bem-sucedido que depara com centenas de con-tas a pagar percebe que sua realidade financeira est muito longeclos compromissos, e ento comea a se desfazer dos bens. Usandoum dilogo enlatado e preconcebido, alega que, para se aposentar,no preciso mais que um mnimo para se manter e estar com aamlia. E o que se observa um verdadeiro rebaixamento do pa-rlro de vida da famflia. Algo que algum de fora encara com na-turalidade, j que quase todas as famflias passam por isso, mas naverdade pode ser traduzido como uma verdadeira tragdia familiar.l'ense: voc se v obrigado a se desfazer de tudo aquilo que cons-truiu ao longo de uma vida de suor e sonhos.

    No preciso esperar a aposentadoria para passar Por esse,.lrama: imagine sua famlia com a obrigao de mudar-se pararrm bairro mais afastado ou desvalorizado por no poder arcar('()m o aluguel ou a necessidade de tirar seu filho de uma boa('scola particular para matricul-lo em uma escola pblica deP.dro inferior em razo das mensalidades incompatveis com:r('u oramento. Acontecer a mesma coisa na aposentadoria serrio houver um planejamento adequado.

    O aposentado que se v diante de diversos cortes no ora-rrrento enfrenta a amargura da queda do padro de vida. Um diaItrrlcrs descansaremos errrpaz, mas alguns partem mais cedo por-(lue no suportam a depresso de uma aposentadoria repleta del,t'rdas materiais.

  • E esse no um problema que atinge apenas os assalariados'

    Repare no executivo bem-sucedido com seu caro importado no trn-

    sito, com una roupa de grife, ostentando uma declarao de Impostode Renda com bens inveiveis' Algo de que se orgulh4 mas que emum fuhl].o no muito distante pode se tomar seu maior motivo depreocupao, pois nada daquilo dele. Mtos profissionais susten-tam seu padro de vida com os benefcios oferecidos pela empresa.

    Carros, ttulos de clube, aluguis de casas, viagens, escolascaras para os filhos, almoos e jantares. Esse profissional, maisque qualquer outro, um homem-holerite. lJm escravo do tra-balho. A perda do emprego significa, para ele, o fim brusco deum padro de vida. Muitas vezes tais profissionais no suportamessa perda, tm vergonha de dividir o problema com a famlia,acabam afundando em dvidas e problemas, arrunam sua vidaainda jovens. Talvez esteja a parte da razo de uma parcela toreduzida das pessoas com renda superior declarar-se feliz'

    Parece incrvel, mas a grande maioria das pessoas que conhe-

    cemos tem grandes chances de enrentar problemas parecidos comos expostos at aqui. E como as pessoas no aprendem com o erro?

    Como esses ensinamentos no so passados para a frente?A resposta difcil, mas tenho certeza de que h duas ra-

    zes principais para isso acontecer. Primeiro, por ser um proble-ma que comea em nossas caractersticas culturais de ostenta-

    o. somos pressionados a construir um patrimnio incompatvelcom nossa renda. Segundo, Porque so poucos os que encarama situao da perda de padro de vida com os ps no cho,assumem o erro e alertam os demais para no repetir o engano'

    lilclos comeam gerando seus probemas da mesma forma,, ,lr'1'r1ris acabam igualmente tentando solucionar esses proble-r,ri; ('()m aes muito parecidas, usando uma receita que jamais1,r,1r1vpisnou felicidade: desfazer-se do que foi construdo du-r.rrrlt' uma vida.

    Owon ESTA o ERRI?t )rr,rndo afirmo que o problema cultural, refiro-me ao fato de querr,'rrr tods as culturas valorizam tanto a posse material e tambml,ir(llle algumas "manias" e costumes de outras culfuras tornamrrr.ris pessoas ricas para fazer o dinheiro girar na economia.

    Veja o exemplo da comunidade judaica. Muitas das piadas.,

    'l 'r't' judeus e turcos referem-se a relaes supervalorizadas ow,,'rrr rnuitos casos, mesquinhas com o dinheiro. Essa fama, obvia-,n('r[e exagerada e com boas pinceladas de caricatura, vem de ca-i.r, lt'rsticaS culturais desses povos que valorizam a negociao, o, rrr itluCirrento

    - no a posse de bens especficos

    - e o sucesso nos

    'r,'r'ricios prprios. As crianas judias no tm aulas de negociao, lirrrrnas nas escoas. Elas simplesmente seguem o exemplo dos| ','rs. E, ao longo da vida, valorizam bastante a riqtseza construda. rr s suo1, batalhando muito para no perder seu patrimnio.

    A cultura americana est bastante presente nos filmes vistos1,,'los brasileiros, e por isso muitos de seus hbitos so de conhe-( rrcnto da maioria das pessoas. Veja outro exemplo bastanterrrlr'r'psSrt, que uso como comparao com nosso jovem que, ,t,i vido por um automvel aos 18 anos.

    IIellcldaoe I34 | Dinheiro: os segredos de quem tem

  • "Todos comeam gerando seusproblemas da mesma forma, e

    depois acabam igualmentetentando solucionar esses

    problemas com aes muitoparecidas, usando uma receita

    que jamais proporcionoufelicidade: desfazer-se do que foi

    construdo durante uma vida."

    A maioria dos jovens americanos passa por uma mudanatlrtistica de vida ao entrar na faculdade. Independentemente dol,adro de vida que possua, o jovem americano sabe que, ao en-tlirr na faculdade, passar a ser o senhor de sua vida, sem ampa-lo dos pais para moradia e transporte. Quando muito, tem facul-,lade e alimentao pagas pela famlia e obrigado a fazer "bicos"

    l)ira arcar com os outros gastos. A grande obsesso de todo jo-vt'm americano no fazer "bicos" pafa pagar a prestao do(.rro

    - eles tm um bom sistema de transporte e, quando no o

    li'rn, compram carros que so verdadeiras pechinchas, com vrios,rnos de uso. Todo o seu esforo financeiro est concentrado em( ()rseguir, no menor pazo possvel, o sonho de qualquer ameri-(,ro de classe mdia: o primeiro milho de dIares.

    Alguns planejam conseguir seu primeiro milho de dlares,tc os 50 anos. Outros, mais ambiciosos, sustentam que, se seusl)|.nos de negcio derem certo, o primeiro milho chegar an-Ics dos 30 anos.

    Qual seria a razo desse nmero mgico de 1 milho de,ltilares? Voc pensa que, com esse dinheiro, o objetivo passa a:;r'r ento comprar casa, carro, ttulo de clube e casa de praia?( t'rtamente no.

    A razo do primeiro milho est na conquista da nposentndoria.

    AposnvraDoRrA? Teo cEDo?lnragine-se depositando 1 milho de renis (no de dlares, seja-rrros modestos e realistas) em uma caderneta de poupana ou

    0 dinheiro no raz ficidade | 37

  • aplicao segura que lhe renda juros limpos de 0'57o ao ms (arentabiiidade da aplicao menos imposto de renda e menos

    inflao). Daqui a um ms' voc ter disposio algo em tornode 1.005'000,00 reais (1 milho e 5 mil reais)' Na verdade' termais do que isso, pois descontamos a taxa de inflao' mas de-

    vemos considerar que, aps um ms' voc conseguiria gastar o

    equivalente a mais 5'000 reais em compras do que gastaria no

    ms anterior'Se tirar 5'000 reais da poupana' restar o mesmo 1 milho

    inicial,atualizadopelainflao'Nomsseguinte'voctermais5.000 reais para tirar novamente' E mais 5'000 no outro ms' e

    assim sucessivamente, sem Prazo para acabar' Perceba que com

    1 milho na pouPana, em dinheiro' voc pode ter renda perp-

    tua. Se seus gastos mensais no forem superiores a 5'000 reais'

    podemos afirmar seguramente que voc no depender mais

    do trabalho parcpagar suas contas' Nessa situao' voc estar

    aPosentado!Aposentar-se, em finanas pessoais' no deixar de traba-

    lhar. No pense em parar completamente' Se sua cabea para/seu corpo parar tambm' Aposentar-se significa obter renda

    suficiente Para pagar suas contas mensais sem que se veja na

    obrigao de trabalhar para pag-las' Ao se aposentar' voc ter

    tranqiidade para trabalhar no qlle gosta' Poder se dar ao luxodeficarumdiadecamaquandopegarumresfriado_epercebe-rqueosremdiospalaresfriadossototalmentedesnecessrios.Dispor de tempo para curtir vontade aquilo que voc tem de

    graa e estava deixando passar com sua vida'

    3 B I nintreiro: os segredos de quem tem

    O mais importante na aposentadoria da forma como apre-st'nto aqui est na idia da perpetuidade. Tm de ser para sempre.Vt'jaaseguiroporqu.

    , ! -'

    Dumvrn euANTo rEMpo? rqrr e '".Qh*

    As vezes respondemos a algumas perguntas sem pensa em seur'cnl significado. Quem teve a oportunidade de estudar propos-l.rs de planos de aposentadoria privada, planos geradores del'cnefcios livres, investimentos programados em aposentadoria(' outros produtos oferecidos pelos bancos que visam garantir o" iuturo" do investidor deve ter passado pela situao seguinte:

    Entre as vrias opes de "aposentadoria privada" exis-It'ntes no mercado, decidi analisar a proposta de um plano quePrometia aplicao mensal bem menor que a mdia dos demaisplanos oferecidos pelos bancos. Ao consultar meu gerente sobre() valor mensal a ser aplicado, ele me dirigiu trs perguntas:

    1) Qunl a renda que deseja ter no se aposentar?2) Quando deseja se aposentar?3) Durante quanto tempo pretende receber sua aposentadoria?

    Perguntas interessantes. A primeira, claro, servia para deter-rrrinar quanto dinheiro eu deveria ter em uma poupana para gerar

    Aposentar-se significa obter renda suficientepara pagar suas contas mensais sem que se veja

    na obrigao de trabalhar para pag-las.

    O dinhciro no rrrz lclicidade I J9

  • a tal renda. Respondi facilmente: uma renda equivalente aos meusgastos mensais na poca da consulta. A segunda pergunt4, sobre adata da aposentadoria, servia para calcula o pazo de minha apli-cao

    - quanto maior o prazo, menos dinheiro teria de investir por

    ms. Naquela poca eu desejava me aposentar aos 60 anos.Talvez a terceira pergunta tenha sido uma das primeiras ra-

    zes de comear a escrever este livro. "Durante quanto tempo pre-tende receber sua aposentadoria?" Na cabea dele, se eu quisessereceber aposentadoria por apenas um ms, bastaria ter o valor des-sa aposentadoria na poupana, pois supunha que algum estives-se interessado em ter uma renda que acabasse em um diapreestabelecido. Incrvel, pela primeira vez na vida algum meperguntou seriamente qual era minha estimativa sobre a data deminha morte. Se eu quisesse "morrer" aos 90 anos, precisaria con-tar com uma aplicao mensal alta a partir de hoje para formaruma poupana que seria "torrada" dos 60 aos 90 anos. Mas, se euquisesse aplicar menos dinheiro hoje, teria de contar com a ajudade um infarto prematuro, seno no haveria dinheiro para susten-tar minha velhice.

    Ar QUANDI vrvEREMos?Voc corre o srio risco de precisar pedir dinheiro a seus filhospara alimentar sua velhice. Alguma vez voc j pensou em quan-to tempo pode viver? Ou em quanto tempo gostaria de viver?

    Veja o que nos diz o censo demogrfico brasileiro, apuradopelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

    Itrrrlr, rrr: o,, st 1!t'rlos tlc t;ttt'nt 1cm

    Faro 1:' Em 1940, n expectatiun mdia de aida no Brasil ern dt'38,5

    onos.

    ' Em 2003, essa expectatiua mdin de aida era de 71,3 anos.

    Perceba que, em pouco mais de sessenta anos, a expectativatle- vida de um brasileiro, ao nascer, aumentou em mais de trinta.rnos. lJm brasileiro que nasceu em 2003, em mdia, esperaria vi-v'er at os71,3 alos. Mas veja bem, em mdia. Aqui esto includas,rs crianas que morrem com menos de L ano de idade por desnu-trio, os miserveis que no tm acesso a uma boa alimentao,bons mdicos, plano de sade e educao para adquirir hbitos delrigiene.

    A classe mdia brasileira j tem expectativa de vida superior,r 80 anos. Alguns cientistas j falam em congressos de sadesobre uma expectativa de vida de 105 anos ainda na primeiratlecada do novo sculo. Hoje todos vem os netos. Cacltr veznrais gente convive com bisnetos.

    Fero 2:' ,m 2000 hauir, aproximadnmente 24.600 centenrios no Brasil.

    O censo de 2000 moskou que o nmero de brasileiros que tm100 anos ou mais j era suficiente para encher um estdio de fute-I'ol. Completar um sculo de vida no mais um fato a ser regis-lrtrdo na imprensa. Est se tomando um fato corriqueiro' A medi-t irra est proporcionando s pessoas uma vida saudvel muitoIonga. Quem se aposenta aos 65 anos pode contar com um tempo

    to l O dinheiro no traz felicitlarlt' | 4 I

  • de vida talvez maior que a prpria carreira de trabalho. Por queno pensar em desfruta essa nova vida desenvolvendo um traba-lho que se ame e sem preocupao com as contas para pagar?Seria bastante interessante, em minha humilde opinio.

    O que voc est fazendo para garantir uma velhice tran-qila? Trabalhando para pagar as contas no final do ms? Con-tribuindo para a Previdncia Social para receber sua aposenta-doria de um salrio mnimo? E essas contas que voc tem, vaielimin-las na velhice? Tirar de sua famlia o padro de vidaque ela tem?

    Atco pRECrsA sER FErro -

    poR INDE coMEAR?Este o momento de mudar seu futuro. Ningum obrigado aempobrecer de uma hora para outra. Tenha conscincia de queseu "regime financeiro" comea agora. Tem de comear agoa,pois se voc deixar para amanh estar um dia mais pobre.

    A partir de agora, estaremos traando seu plano para tor-nar-se rico.

    Antes de mais nada, voc precisa mudar sua forma de pen-sar sobre o futuro. Se no tem viso clara de sua riqueza nofuturo, porque provavelmente pensa como pobre. Em primei-ro lugar, preciso abandonar a mentalidade de pobre e passar apensar como rico.

    Quem pensa que rico aquele esbanjador ou ostentador qued gorjetas mais caras que uma refeio, vai a festas todos os diasc anda com um carro por dia est com uma viso distorcida do

    ltrrrlrtno rr,, rr''ttrlos tlc ttttcm tcm

    que eu quero chamar de rico. Talvez esta definio seia clo tlttt'popularmente chamado de podre de dco. Coloquemos os ptls tttrcho. Uma pessoa dessas uma Pessoa de sorte, e sorte cada unrtem a sua. No conheo mtodos de mudar a sorte de ningum.E, se realmente for possvel mudar a sorte de algum, certamenteno ser por mtodos naturais.

    Meu objetivo fazer com que voc fique rico atravs de umplanejamento simples, objetivo, que Possa ser seguido por qualquerpessoa. No contaremos com velas, oraes nem aes divinas.

    O rico a que me refiro aquele que construiu sua tiqtezada mesma forma que voc est buscan do fazet. O livro Millionnirenext door (O milionrio mora ao lndo - Os surpreendentes segredosdos ricaos americanos), de Stanley e Danko, mostra que muitagente faz rma idia totalmente errada de como as pessoas enri-quecem. Poucas vezes uma herana, um diploma de ps-gra-duao ou mesmo a inteligncia que constri uma fortuna. Commuito mais freqncia, esse o resultado de trabalho duro, eco-nomias disciplinadas e um padro de vida bem abaixO clos mcitts.A maioria dos milionrios compra c.-rros ttstrdos cm tlferta, temboas estratgias para reduzir o lmptlsto c'le lcnda, rejeita o esti-lo de vida de grandes gastos que a maioria de ns associa com ariqueza. Como dizem os autores do livro, a maioria das pessoasrealmente ricas no mora em Beverly Hills nem em Park Avenue,rnas logo ali na casa ao lado.

    l,l O dinheiro no traz felicidade | 43

  • 'A razo do primeiro milho estna conquista da aposentadoria."

    i: i,l

    0s, :QUATR0,,GRANDES ERROS D$

  • Plante cadn dia Pelo menos um P dealgaroba, de caju, de snbi ou outra raore

    qualquer, at que o serto todo seja uma mata s.

    Padre Ccero 0844-1934)

    Pon euE AS Prssos lo EI\THQUECEM?As pessoas no enriquecem Porque no fazem planos' Mas esseno o nico motivo do no enriquecimento. outro motivo deas pessoas no enriquecerem porque cometem erros' Todosns cometemos erros.

    No pense que, Para enriquecer, voc ter de eiminar com-pletamente oS erros de sua vida. Os ricos tambm erram. Talvezat errem com bastante freqncia, pois alguns escolhem o ca-minho do risco para enriquecer mais rapidamente' Mas, comum pouco de sabedoria, os bons resultados dos acertos acabamcompensando com sobras os maus resultados dos erros'

    46 | Oinheiro: os segredos de quem tem os quatro grandes erros das pessoas pobres | 47

    Errar e humano

    A est um belo bordo para justificar um erro. Ou talvezrrrrra bela desculpa. Mas algumas pessoas talvez se achem maisIrr-rmanas que outras poque se do ao luxo de errar com umalrcqncia impressionante. Voc, leitor, se ainda acha que estrrruito longe de enriquecer, bem provvel que esteja errandolrastante, muito mais do que deveria.

    Descobri, com meus estudos sobre finanas e com vrias( ()nsultorias de finanas pessoais que tive oportunidade de ofe-|i't'r, eu entre os vrios erros que levam as pessoas a no sel()rna ricas existem quatro grandes erros comuns a praticamenteIodo ser humano pobre.

    Basicamente, todo pobre pobre porque:

    1) Desprezn os pequenos r,talores.2) NAo se esfora por uma boa negociao.3) Nao tem percepo financeira.4) Nao sabe aonde quer chegar.

    So erros muito freqentes. Explorarei cada um deles a partirtlt' agora. Ajeite-se na cadeira ou no sof. Voc ir perceber quet.rmbm erra bastante. Talvez at aceite bem esse fato, mas es-lx'ro que mude sua postura a partir de hoje.

    0 nnspnnzo PELos PEeuENos vALIRESNormalmente prestamos ateno aos grandes nmeros, mas,lt'sprezamos os pequenos. Quando usamos a expresso "da

  • espessura de um fio de cabelo" , queremos dizer uma espessuraque praticamente no vale nada. Mas provarei que um absur-do considerar essa espessura igual a zero.

    Consideremos, por exemplo, a espessura de uma folha de papelcomrlm, como esta em que o texto est impresso. Voc sabe qual aespessua dela? Com um irstrumento de preciso

    - um paqumetro

    -podemos medir a espessura desta folha e chegaremos medida de0,094 milmetro, ou pouco menos de 0,1 milmetro (um dcimo demilmetro). Na prtica, isso significa que, se voc colocasse uma fo-lha de papel sobre um piso bem plano, pisasse em cima dela e nohouvesse deformao da folha, estaria 0,1 milmetro mais alto doque se no pisasse na folha. Para muitos isso o mesmo que nada.

    Agora imagine o seguinte problema: voc precisa subir aoalto do Pico da Neblina, o ponto culminante do territrio brasi-lcinr, com 3.0-l 4 metrt)s, mas no dispe de nenhum outro equi-pi-rnrerrto a-r no sor ulri folha de papel da espessura desta quecstii em stras rnos, poreim c1e dimenses enormes, do tamanhocltre precisar. Como atingir o cume do pico mais alto do Brasilapenas com uma folha de papel?

    A meu ver, pode-se achar uma soluo relativamente simples.Se, ao pisar na folha de papel, eu estou mais longe do cho, concluoque, se pisasse sobre duas folhas, estaria duplamente mais longe!Ora, como tenho uma nica e enorme folha, cada vez que dobro afolha ao meio estou a urna alfura exatamente igual ao dobro daquelaem que estava anteriormente. Bastaria, ento, verificar quantas vezeseu precisaria dobrar ao meio minha folha de papel para atingir alturaigual ou superior do Pico da Neblina. Vejamos o quadro a seguir:

    l)rrhciro: os segredos de ouem tem

    8 z,+oo 2564.81

    Esprssunl DE uMA FoLHA DE pApEL: 0,094 mm

    Espessura obtidaNtimero detlobra s

    n

    mm

    0,094

    KMM de 8r-'sttta.sfolhas (1 rcsrtt;t

    500 ollras)I

    0,r880,376

    0,7521,50 t63,01 3t6,02 64

    12,03 1,203 128

    51210 9.63 1.024l1 19,25 2.048t2 38,5 4.096IJ 77,0 8.1 92 1614 154,0 1,54 16.384 325rti]I8r1)

    ,) l),, I

    ,),,..t4

    ,,'I

    ,/l r

    643,08 32.7686,16 6s.536 128

    12,32 131.072 25624,6 262.144 51249,3 524.284 1.02498,6 1.048.576 2.048

    191,1 2.097.152 4.096394,3 4.1 94.304 8.1 92788,5 8.388.608 16.384

    1.577 ,1 16.117.216 32.7683. 1 54,1 3,1 5 33.554.432 6s.s36

    6,3

    12,6

    4r I 0s tlualro girt(l('s t ros rl;rs |r( \\rir\ 1,,,llr,.r l 49

  • Esprssuna DE UMA FoLHA DE PAPEL; 0,094 mm

    Espessura obtidaNmero dedobras

    19,

    2'633 voltas em redor da Terra

    Perceba que, a cada dobra, multiplica-se Porna dobra anterior" O exemplo mostra quanto

    ',rrlrr'sfipa-os o potencial das pequenas medidas. Corn 25 do-I'r',rs de uma folha de papel consegue-se espessura maior que a.rllura do Pico da Neblina. Com cinqenta dobras, tem-se alturactltrivalente a mais de 2.600 votas em redor do planeta Trra!

    Caso no acredite nesse exemplo, tente fazer uma simula-(,(). Pimeiro, pegue uma folha de papel e tente medir sua es-l('ssura com uma rgua. voc no conseguir, pois a espessurarlo papel inferior a 1milmetro. Dobre essa folha ao meio seis\,('zes e tente medir novamente. Surpreendeu-se? Logo voc per-, t'ber que as curvas formadas no papel dificultaro seu traba-llro, ms estou desprezando esse efeito para facilitar sua com-I'r'eenso. Outra forma de chegar mesma concluso com uml).cote de 500 folhas de papel (dessas que so utilizadas emrpressoas domsticas). Comece com uma folha. Coloque umaIolha em cima da primeira. Agora, em cima das duas folhasr oloque mais duas e continue dobrando o tamanho da pilha at,rt'arbar o pacote. Voc ver que o papel acabar antes de con-, luir a nona rodada...

    Voltemos ao nosso exemplo do dinheiro. Espero que vocr'steja convencido do potencial dos pequenos valores. Muitas('rnpesas respeitam muito os pequenos valores, e por isso fa-zt'm fortunas ao vender um nmero muito grande de produtos( ()m margem de lucro muito pequena. o caso doslripermercados, empresas cujo faturamento anual chega casa,los bilhes de reais. Mesmo vendendo produtos com margem,lr'1 ou 2 centavos sobre o preo de compra, atingem cifras deIrrcros de centenas de milhes de reais.

    km

    25,2

    tt9 de Resmasfothas (t resma =

    500 folhas)

    29 50,5

    30 100,9

    31 201,9

    32 403,1

    JJ 807,5

    34 L614,9

    35 3.229,8

    JO 6.459,6

    31 12.919,3

    J 25.838,5

    39 51.677,0

    40 103.354,1

    41 206.708,2

    42 413.416,4

    43 826.832,1

    44 1.653.665.5

    45 3.307.331,0

    40 6.614.662,0

    41 13.229.323,9

    48 26.458.647,8

    49 52.917.2S5,6

    50 105.834.591 .2 (105 milhes de quilometros)

    Incrvel, no?2 a altura obtida

    50 I lintreiro: os segredos de quem tem Os quatro grandes erros das pcssoas pobres I 5 I

  • Jamais despreze os pequenos vaoresImagine que voc compre um pacote de balas por determi-

    nado preo e consiga vend-las pelo dobro do que pagou.Imaginetambm alguma artimanha que pudesse convencer vrias pessoasa comprar suas balas, possibilitando-lhe vender tantas balas quan-tas fosse capaz de comprar. Pense agora nas pessoas que ofere-cem balas nos semforos a pretexto de auxiliar a famlia. Essesvendedores j pagaram aos ricos fornecedores de balas no mni-mo o dobro do que elas custaram. Algum est ficando muitorico com sua "caridade".

    O que est por trs dessa inverso o desprezo que temospor pequenos vaores. Certamente voc no conseguir imaginarum meio seguro de dobrar o valor de sua poupana em curtoperodo de tempo (se conseguir tal faanha, por favor, entre emcontato comigo o mais brevemente possvel). Mas existem alter-nativas para fazer seu capital crescer, e uma delas so os jurospagos pelos bancos sobre sua poupana. Juros nada mais so doque uma taxa, ou um aluguel, paga por algum paa usar umbem de outra pessoa. O bem, nesse caso, o dinheiro. O bancooferece uma taxa de juros para que voc se convena a depositarseu dinheiro na instituio, e ento usar seu dinheiro para fazeremprstimos a outras pessoas cobrando mais caro por isso. Noh segredo: quanto menos o banco paga a voc e quanto maiscobra de quem pede emprestado, maior o ganho dele.

    Como a taxa de aluguel, ou juros, paga em dinheiro, nolinirl cc trm perodo de aplicao de seu dinheiro (um ms, por

    0 que est por trs dcssa irtvcrsitt) e odesprezo que temos por pe(lucnos vilores.

    exemplo) voc ter uma quantia de recursos maior do que a inicia I.E sobre essa nova quantia que o banco pagarjuros, criando-seum efeito semelhante ao das dobras de papel: quanto maior apilha que voc tiver, mais rapidamente crescer sua PouPana.

    O problema que, muitas vezes, deixamos de poupar maisporque perdemos muito dinheiro' Na verdade, desprezamos oclinheiro pequeno. Jogamos dinheiro fora por costume, pois acre-clitamos que no vale a pena "negociar" pequenos valores'

    Acredite: quanto mais pobre a pessoa, mais desperdia. Sin-ceramente, no sei se o desperdcio acaba sendo causa ou con-seqncia. Voc j fez, por exemplo, no banheiro pblico ou da('mpresa a pesquisa do papel-toalha? Quem est mais bem-ves-tido ou ganha mais quem usa uma folha - no mximo dttas -para enxugar as mos. Na proporo inversa da rencla, vai au-rnentando o desperdcio.

    O mesmo acontece quando se recebe o ordenado no finaltlo ms. H um forte apelo causado pelo dinheiro na mo querros impele ao desperdcio. No comeo de minha carreira, estagiei('n- uma grande indstria grfica cujos funcionrios almoavamrro restautante da empresa, de estilo "bandejo", a tlm preoirnblico descontado da folha de pagamento - coisa de centa-vtls. A comida nunca era tuim, sempe bem servida. Mas eraincrvel o que acontecia no restaurante no dia do pagamento: ar,,rttnde maioria dos trabalhadores saa para comer fora rlir crrt

    Os quatrrl grlttttlt's t'tttts tl;ts l)(ssois 1,,,llrcs 153

  • presa, pagando muito mais pelo almoo, com a justificativa de"vaiar um pouquinho". E a maior parte desse grupo era depessoas que ganhavam trs ou quatro salrios mnimos.

    Perceba tambm o efeito do desprezo pelos pequenos valo-res quando voc tem uma nota de 50 reais na carteira. Prova-velmente a nota dura muito mais tempo do que cinco notas de10 reais na carteira. Isso acontece porque no pensamos duasvezes antes de comprar futilidades, j que elas custam "barati-nho". Mas se eu tiver de usar uma nota de 50 reais para com-pra um cafezinho ou um doce ou uma roupinha em promoovou considear com mais juzo se essa compra vale a pena ouno. O que acontece, ento, quando uma nota de 10 reais viravrias notas de 1 real? Ou, pior, quando recebemos troco emmoedas, que po alguma razo que desconheo so totalmentedesprezadas pelos brasileiros?

    O exemplo da nota de 50 reais simblico. Todos os produ-tos da prateleira do supermercado so baratos. "E s 1 real amais...", e l estamos ns comprando mais um suprfluo. Nocaixa, os vrios "s 1 real a mais" transformam-se em algumascentenas de reais, e a vem o susto. Vale o mesmo para a emis-so de cheques de pequeno valor ou pequenos pagamentos comcarto de crdito. No so nada em comparao com nossa ren-da, mas transformam-se num monstro devorador de ordenadosno final do ms.

    O arrependimento consciente j e um grandel)itsso para o amadurecimento financeiro.

    "

    l l)rrrlrtiro: os st'grcrlos tlc quem tem

    Procure lembrar-se de uma situao em que perclt'tr (tl ( l(':.Perdiou dinheiro. A mais recente delas. Tenho certezit clt' tltrt'rros ltimos dez dias voc deve ter se arrependido de fazer, cottlrrruita rapidez, seu dinheiro acabar na carteira ou suas col-tissc acumularem nos cheques ou no carto de crdito. Interrom-

    i)i sua leitura agora por alguns segundos e reflita.

    lempo para pensar

    Se voc lembrou alguma situao, parabns' O arrependi-rnento consciente j um grande passo Para o amadurecimentolinanceiro. Nos exemplos seguintes eu comprovo duas coisasirrteressantes. Em primeiro lugar, voc perceber quo freqen-lcs so as situaes cotidianas em que perdemos dinheiro. Emscgundo, tambm perceber que algumas das situaes em que

    l)crdeu dinheiro nos ltimos dias nem sequer foram notadas ouno passaram por sua cabea aps a leitura do pargrafo ante-lior. Reflita sobre estes exemplos:

    Logo pela manh, senhor Fulano ncorda e aai buscar o

    leite e os pezinhos quentes para o caf da manh. A contn d1,90 real, e ao apresentar sua nota de 2 renis ele i recebe emtroca a gentil pergunta com um sorriso: "Vai um chicleteT"L se foram-10 centaaos em um arredondnmento. E ele pagou

    acima de 5"k mais caro por sua compra.

    Aps o caf da manh, senhor Fulano aai loja de mate-riais de construo para comprar um noao tubo flexrsel parn a

    pia, j que no agenta msis ouair sua esposa reclamar h

    Os quatro grittttlt's tltos tl:ls l("\r)i\ polrrts I ';)

  • meses da gua empoadn no banheiro. Se ele tiaesse feito ascontas de quanto gastou de gun a mais nesse perodo, talaezse motiuasse mnis cedo a consert-la. preo: 24,85 reais. Aoapresentar a nott de 50, o cnixa conta 25 de troco e j uemcom a pergunta: " Estou sem troco, senhor. posso ficar deuendo75 centaaos? " Fnzer o qu? Mais 15 centnuos por gua abaixo.

    Enquanto senhor Fulano compraaa o tubo JTexuel, sunesposa estaaa na lojn de " tudo por 1 real" comprando algumascoisnhas para a cnsa. Comprou quntro porta-copos que custa-aqm 99 centauos e mais trs baldes que custaunm 1,99 real.Nem questionou quando a dona dn loja lhe passou o ualortotal a pagnr: 10 renis! Mnis 7 centnuos perdidos.

    At a hora do almoo daquele dia, senhor Fulano e sua esposaj haviam perdido 32 centavos. E outras oportr_rnidades de perdaviriam. Caixinha para o flanelinha que "cuida" do carro, moedasque vo para o bolso ou para o painel do carro e nlrnca mais soencontradas, arredondamentos em cheques

    - preciso agradar ao

    vendedor ou o contrrio? -

    e muitas outras sifuaes.No estou pregando um comportamento obsessivo contra

    perdas. Essas perdas realmente so pouco significativas se con-sideradas de forma isoada. O problema que so muito fre-qentes. Perceba que no difcil perder 50 centavos por dia.Esses 50 centavos dirios equivalem a 15 reais por ms, ou 180reais por ano. Daria para compar uma bela ceia de Natal nofinal do ano. O problema no est no valor, est na freqnciacom que se perde...

    No deveria haver constrangimento em exigir tl vitlor t obrado pelos produtos. O Cdigo de Defesa do Consumiclor g.trante que o lojista obrigado a ter troco e, se no o tiver, clt'vt'dar troco a mais se o cliente assim preferir.

    O nnsceso PoR UMA BoA NEGocIAAoProcure lembrar-se de uma situao em que voc deixou de eco-nomizar dinheiro por no ter negociado ou por no ter analisa-do adequadamente uma ProPosta de compra. Assim como pe-demos dinheiro com freqncia impressionante, constantementedeixamos de aproveitar ao mximo o vendedor potencial queh dentro de ns ou a nossa capacidade de anlise.

    Voc conhece o vrus do consumo? Criado nos laboratrios demarketing, extremamente perigoso para a humanidade' Ataca ocrebro, mas os efeitos colaterais mais graves surgem em um dospontos mais sensveis do corpo humano no longo pazo: o bolso.

    Muitas de nossas compras so feitas por impulso, e isso jfoi comprovado por diversos estudos. Segundo pesquisa reali-zada pelo PROVAR* ern 2002, aPenas 20"/" das pessoas afir-mam que no compram alm do que haviam planejado em su-permercados. Em outras palavras, B0% das Pessoas admitemcompar por impulso. Essa estatstica impressionante.

    As razes de boa parte dessas compras por impulso so itseficientes estratgias de marketing das empresas. Elevados investi-

    Programa de Varejo da Fundaco Instltuto de Adm nlstraco FIA/USP

    Os quatro grittttlt's t lltt" tl.t" lr"..,,1, 1,,,1,r, " I rr'/

  • mentos e tecnologia so utilizados para que sejamos convencidos alevar para casa urn produto. Quando vamos s compras, temoscomo objetivo buscar produtos que nos interessam, mas temos tam-bm como destino trazer para casa os produtos que nos so em-purrados com enone ascia por seus fabricantes e vendedores.

    A todo instante somos bombardeados por apelos demarketing. Durante nossas compras em supermercados novemos os produtos que queremos. Ao invs disso, vemos emba-lagens feitas para chamar nossa ateno, letras e formatoschamativos, fotos de lugares e situaes em que desejaramosestar, atendentes bonitas oferecendo amostras de artigos quenunca pensamos em comprar. Artigos fteis expostos ao ladode bens de primeira necessidade. Embalagens promocionais, em-balagens novas, brindes que tero utilidade duvidosa em nossosarmrios de casa. Leve doze e pague dez, e tantas outras pro-moes que lhe empurram produtos e quantidades alm daque-les que voc realmente planejava comprar. claro que h casosem que essas promoes so realmente interessantes, desde quevoc faa uso de todos os itens adquiridos.

    Se a situao que apresentei at aqui faz com que a carapu-a sirva para voc, leitor, no desanime. Voc faz parte de umgrupo de consumidores perfeitamente normais, aqueles que ali-mentam as estatsticas das estratgias de marketing das gran-des empresas. Gosto de definir uma relao de compra comouma batalha. Todos os exemplos dados at aqui fazern parte deum universo de vendas pouco selvagem, aquele em que abata-lht-r se trava entre voc e o produto que est ali, quietinho, na

    o., .;r'11rt.rlos rlt' rltrt'm tcm

    prateleira ou na vitrine. Uma situao muito pior aqttclit t'rrrque seu inimigo se traduz na figura de um vendedor, daquclt'sque vm at voc com um sorriso quando seu primeio Pass()est a fraes de segundo de tocar o piso interior da loja.

    Todos ns temos um lado comprador e um lado vendedor.Ganham mais aqueles que sabem desenvolver melhor seu ladovendedor. Toda situao de compra pode ser encarada como umaluta desleal. De um lado do ringue, o cliente: inocente, em buscada realizao de seus sonhos de consumo, Pensando apenas emachar o produto que lhe interessa. Ao identificar o produto, esomente aps isso, surge a preocupao com o Preo. Do outrolado do ringue, o vendedor: escolado em tcnictrs cie vendas eprogramao neurolingstica, sabe identificar o clicrrtc qLlc cn-controu o produto de seus sonhos, e nesse ponttl o lctl ili itt.tctltto pescoo do cervo. Quando o cliente mostra que aquellc () Lrr()-duto que tanto procurava, a luta j est perdida, questo detempo e astcia do vendedor emPurar ao cliente um produtcrcujo preo de venda poderia ser muito mais baixo.

    H pouco tempo, eu e minha esposa procuranmos m'

    aeis para nosso apnrtamento, j que estaamos prestes a noscnsnr. Como acontece com todos nessn situno, estaamos

    superfelizes,poisplanejztnmos a criao de "nosso cantinho", eo entusiasmo era eaidente em nossos olhos. Certo domingo, em

    um shopping de mueis e decorao, finalmente encontramos a

    cristaleira de nossos sonhos. Estaaa I, reluzente, nn aitrine de

    uma grandeloja de decorao.Nnquela tarde de domingo/ apren-demos duas lies sobre n arte dn compra: 1) a aitrine no foi

    r,ll I ltrrrlrcrro 0s quatro grandes erros das pcssois lrolttcs I Ir(l

  • feita para olhnr, mas para ser olhnda: ao entrar nn loja, a uendedoraj sabin, por nossas expresses de encantamento, que tnhamosencontrado a cristaleira que h muito tempo procuraamos; e 2)o processo de compra no deae ser feito a dois: a uendedora rapi-damente descobriu qual de ns era o mais fraco em negociaes,

    e quando a "parte negociadorn" expunha seus argumentos con-tra preos, condies de pagamento e qunlidade do muel aaendedorn rnpidamente olhaua com cara de d pnra a "parte

    fr,i4il" e lnstimnoa: "Tenho certeza de que este o moel deaocs e a ltima pea. A promoo s at hoje, segunda-feirauem tabela noaa, est a preo de fbricn...", e todas as outrasmentiras descaradas que quase todo aendedor apresenta.

    Qual deve ser sua postura em relao a compras? Antes demais nada, esteja consciente da batalha em que est entrando.Seu dinheiro est em jogo. Voc um lutador diante de um fe-roz vendedor. Transforme sua cabea, desenvolva seu lado ven-dedor. O prmio a que far jus se vencer a batalha ser um ata-lho para sua independncia financeira. Quanto mais atalhos,mais depressa o objetivo ser atingido. Esteja preparado, se ovendedor perceber que voc entende do jogo no ir perder tem-po e se render facilmente para sair em busca de um clienteinocente o mais rapidamente possvel.

    Posso listar algumas dicas valiosssimas em suas prximascompas. So elas:

    Ao dirigir-se a uma loja em que pretende comprar arios arti-'i

    il.l gos, como um supermercndo ou uma loja de materiais de cons-

    truo, prepare sua lista de comprns e leae-a com aoc. I)rocttrt'ater-se ao que estar)a em seu plano de compras. Inaariaaelnrcttlcaoc encontrar produtos que talaez tenha esquecido de colocnrna lista e realmente se faam necessrios. Nesse cnso, treine parnpensar duas aezes antes de colocar no carrinho qualquer produ-to que estaua fora da lista. No estou sugerindo que elimine to-talmente 0 prazer do consumo, mas que cuide melhor do orn-mento. Uma idia interessante incluir em seu plano de comprasdeterminado aalor a ser gnsto com artigos no planejados. Pre-senteie-se, mas sem se assustar com 0s aalores nn hora de pagar.Em algumas situaes ooc no snbe exntamente o que aai com-prar no supermercado, por isso fica muito difcil fazer umnlista. Caso tpico fazer as compras para uma festa ou para acein de Natal e optar pelas "nouidades" uenda no superffier-cado. Uma alternatiua fazer uma estimatiaa do limite de gns-tos e estabelecer um ualor como metn. Sua ceia de Natal custnrX resis neste ano. Durante as compras, a ntontnndo tttt Iojnsua lista e somando os unlorcs nn cnlculndorn. [)olicic-s( trt(tttto ao limite. Respeite seu ornnrcnttt.Ao deparar coftt um uendedor profssional, jarnnis nrostra quco produto que uoc escolheu exatamente aqtrele que estaunprocurando. No entregue o ouro ao bandido. No h situaomais propcia ao aendedor profissional que aquela em que ocasal com cnra de recm-casado (o aendedor tem o poder deperceber o brilho de uma aliana noaa a quilmetros) entra naloja de mueis com um sorriso e a expresso de "at que enfmencontramos". Faa jogo de cena. Combine com seu parcero

    r1 ;.rt 'i

    (,(l I ltrrrlrcir,r: os st 13r'r'rlrrs rlc rluem tem 0s quatro grands erros das )('ssois 1r,,1,r,"' | (r I

  • oLt parceira as regras do jogo. Aprendam n olhnr n aitrine comcarn de desinteresse, entretn na loin com a desculpa de tirarumn daida em relao texturn dn pea. Se o aendedor aaan-

    ar, argumentem que querem aer a pea porque igualzinha que tm em casa. Aps testar a qualidnde e consultar o preo,

    saiam da loja e discutnm entre aocs as uantagens e desuants'gens do produto. Isso uale para maeis, automaeis, eletrodo-msticos, obras de arte e outros bens de ualor. Decididos pelo

    produto, aoltem loja pnra inicisr a pechincha.Procure npontar defeitos mesmo que eles sejam pouco significati-uos. Tenhs certeza de que o aendedor est ocultando defeitos que

    aparecero depois. Mostre-se insatisfeito com algum detalhe: cor,

    formato ou tamnnho. Todo produto defeituoso merece desconto'

    Negocie todns as alternatians possueis: cheque, carto, paga-

    mento uista, parcelado, financiado. Mais adinnte discutirei

    como aaaliar adequndamente ns alternatiaas de pagamento'

    Percebn as oportunidades de pechincha. Nem sempre aoc ti-rar um coelho da cartoln. Nno h a menor condio de pechin-

    chnr em lojns do tipo que denomino de "aareio-baciada" ' Saoaquelns em que os consumidores se batem pnra pegar alguma

    pea aproaeituel em meio a um monte de produtos fora delinha ou com defeito. Os aendedores ficam o tempo todo ocupa-

    dos tirando pedidos e ganham comisses mnimas, tm de trn-

    balhar com alto giro para gnnhar uns trocados. Definitiuamente,

    esquea. A situao bem diferente quando uoc entra em lojasde pouco moaimento, como de mueis ou de produtos de alto

    uslor em centros de comprn de classe mda' Em nlgumas Io-

    jas, possuel notar pela oitrine o desnimo tl( ur'ttrltthttr':; rlt'sesperados por um nico cliente salandor do dit, ('l,tt:;ltt uutolhar seu para que se leaantem e corram at a portn ttl tttlut'lt'sorriso ncompanhado de um "pois no?" eufrico. l',sstt r' ttatima, diante da qual h bastante espao para uma ng,qot tro. ntre e brigue para aencer, faa seu bolso feliz.

    ' Geralmente o preo de aenda dos produtos tem diaersos tipos drmargem e comisso embutidos. A loja compra o produto e agrc-ga a ele uma margem. Sobre essa margem, ainds incidem a mar-gem do gerente, a margem do aendedor e a chamnda "margemde negociao". Todas elas podem e deaem ser reduzidas. Nuncacompre sem antes fazer utna ltima proposta no gerente. Repito:ao gerente, no ao aendedor. Se o gerente no for consultado,uoc ainda estar acima da ffiargem mnima negociuel.

    Adotando algumas dessas preciosas regras de compra, voct'star dando um grande passo para a construo de sua rique-za. Desenvolva seu lado vendedor, esteja pronto para o ataque.()s vendedores profissionais so treinados para vender. Portan-{o, aprenda a comprar agindo como um vendedor! Voc nor'star vendendo um produto, estar vendendo a idia de quescu dinheiro vale muito. E ele vale mesmo.

    A eusnwae DE pERCEpo FTNANCETRA\(rc sabe o que juro? Juro o aluguel que voc paga p()r us,rlruna quantia de dinheiro que no sua. Quando vor' us. urrrrrrvel que no seu, paga aluguel. Quando usa rrr lrt'ttt ,1tt,rl

    (r2 | llirrlrciro: os scgredos de quem tem Os qualro {rrtttlt's clros rl:rs l)('sso:s lrolrres 163

  • que que no seu, paga aluguel. Dinheiro um bem comoqualquer outro. A diferena que tem o que chamamos deliquidez, podendo nos prestar uma utilidade diferente a qual-quer momento, desde que no se esgote. Se eu uso o dinheiro dealgum, devo pagar juros. Em outras palavras, se eu tiver dvi-das em dinheiro, essas dvidas me custaro juros.

    Dvida qualquer forma de uso de recursos de terceiros,em geral acompanhada da cobrana de juros.

    Mas no a simples existncia dos juros que deve lev-lo aevitar dvidas. Dvidas fazern mal quando custam caro. Dvidasfazem mal quando os juros so excessivamente altos. Altos emrelao a qu? Em relao ao que quer que voc faa com odinheiro que est tomando emprestado. Se tiver percepo finnn-cera, bem provvel que as dvidas lhe sejam muito teis.

    O que essa tal percepo financeira? Percepo financeira pensar como um banqueiro. O banqueiro, e tambm o bom empre-endedol, aquele que usa o dinheinr dos outros porque sabe dar aesse dinheiro um fim cltre lhc rctrc-la nrrris c1o que o que tem a pagarc1e junrs. Veja conro possvel ganhar dinheiro sem ter dinheiro.

    Voc sabe como unciona um banco?Um banco nada mais do que uma instituio que pede

    dinheiro emprestado de uns para emprestar a outros. Voc em-presta dinheiro ao banco mesmo sem estar consciente disso. Obanco trabalha com um marketing de credibilidade para que aspessoas se sintam seguras em depositar nele seu dinheiro. paraque voc deixe quantias significativas de dinheiro no banco, este

    64 I oinfrelro: os segredos de quem tem

    llre oferece taxas de juros para que seu dinheiro ficlut, ,,irplir,,r,1o". O banco est usando seu dinheiro, e por isso devc llit. 1,,r1i,rr juros. Alguns clientes deixam seu dinheiro parado na co.t.r( ()rrente, sem aplicar. ! a alegria dos bancos, pois seu dinheiror'stai disposio deles sem que tenham de lhe pagar nada.

    A figura da pgina seguinte mostra como seu dinheiro rrtilizado pelo banco. se o Cliente 1 tem algum dinheiro acumu-l,rrlo e no tem onde investir esse dinheiro para fazer mais di-rrlreiro

    - uma empresa ou um negcio prprio, por exemplo

    -,

    ,'ste cliente procura um banco para aplicar seu dinheiro, pois sabe( lr re o banco paga juros. se o Cliente 2 tiver uma oportunidade derrrvestimento

    - talvez um negcio prprio

    - ou estiver com falta

    ,lt' dinheiro, ele ir recorrer ao banco para obter recursos, mesmo',,rbendo que ter de pagar juros por isso. Mas o banco no fabri-,.r dinheiro. Ningum fabrica dinheiro. o banco ganha dinheiro('\atamente na diferena entre as taxas de juros que ele paga aos,licntes correntistas e aquelas que ele cobra dos clientes que lhel't'dem dinheiro emprestado. Se o banco paga a um cliente 7"/o aorrrs para que ele deixe o dinheiro aplicado na instituio e cobrar lt' outro cliente 3"/o ao ms por um emprstimo, a diferena det.rxas (3% - 1/" = 2 pontos percentuais de diferena) o ganho dolr.rr1co, que o mercado chama de spread.Imagine quanto dinheiror',,rnha um banco cujos clientes depositam milhes de reais todosos dias em suas contas correntes e aplicaes/ repassando esses

    Dvida e qualquer forma de uso de recursos dc lt.r't.t.ir.os.em geral acompanhada da cobriut(-:t (l(. jur.os.

    Os quatro grandt's t'tos rl;r: p(.\\r,r\ p,,lrr..r | (t lt

  • milhes a outros clientes que precisam de dinheiro para faztrinvestimentos em seus negcios ou para cobrir sua falta de caixa.E esse spread no tem nada a ver com as tarifas de manutentode contas correntes, que engordam os ganhos dos bancos.

    Coruo FUNctoNA uM BANCo?

    frecursospo u pa dos

    pelo dente I

    BnrucoPerceber como funciona um banco importante, pois fica

    claro que algumas pessoas -

    os banqueiros -

    usam seu conheci-mento e sua credibilidade (nada alm disso) para remanejar odinheiro de outras pessoas e fazer dinheiro para ficar mais ri-cos. Bancos no pagariam juros a seus clientes se no houvesseoutros clientes para lhes pagar juros mais altos e aumentar suafortuna. por essa razo que os banqueiros ficam ricos.

    Quem paga juros (de um financiamento de carro ou casaou do cheque especial) est arcando com um nus muitas vezesdesnecessrio e prejudicial para obter algo antes de realmenteadquirir condies de tlo. Ningum deveria pensar em pagarjuros se no ficasse mais rico com esses juros.

    0s scgrt,rlos de quem tem

    Nunca aceite pagar juros mais altos do que atltrt'lt's (lu(' \/( )( ('r,'t t'b de seus investimentos.

    Da mesma forma que o banco sabe que alguns esto tlispos;rrr:;.r lh pagar juros altos (s vezes por falta de opo) c ottllos,r, t'itam receber juros baixos por suas aplicaes, sabe tambrirtt,;ut' h clientes que pensam como banqueiros. Esses clientes trtr.r. t,itaff pagar juros altos e tambm exigem remunerao mais,rll.r de suas aplicaes. Negociam com os bancos taxas melho-i('s e usam como principal argumento de negociao montantesrrr,riores de recursos para movimentar.

    Se voc j pesquisou aplicaes em fundos de investimento,l'('rcebeu que aplicar 1.000 reais bem diferente de aplicar 1mi-llr,o de reais. Os fundos de investimento pagam bem mais para,ucm tem mais recursos. Em outras palavras, os bancos tentam"r'()vcf" grandes investidores a trazer grandes boladas para',ui,rs contas, j que tero menos trabaho para juntar recusosl,.rra grandes aplicaes. Com isso, acabam recebendo vm spreadrcnor mas que, multiplicado por volumes bem maiores de recur-',,rs, lhes rendem uns bons trocados.

    po. isso que os bancos possuem diferentes segmentos de.rtuao, normalmente denominados como no quadro adiante.

    Nunca aceite pagar.juros rurisaltos do que aquel('s rlttt' vot'i'recebe de seus irtvt'sl i tttcttl os.

    (r(r I Itrrrlrt.iro Os quatrrl gr:ttttlt s luo', rl:r', l)( ,',();l\ y,,,lrlt's I 6 7

  • H ainda um segmento de clientes muito especiais Para osbirncos, que trazem grandes alegrias aos banqueiros. Um pro-It'ssor meu apelidou esse segmento de PFB. E o seg;mento "pes-

    , s()is fsicas bobinhas", formado por uma grande massa de clien-lcs irrgnuos que, mesmo tendo sua disposio as piores taxastlt' .rPlit'1llo entre os segmentos do mercado, acabam optando

    Itilrlrr il,r r,, .r'l1rr'(lr,\ rle qUem tem

    l)or aplicaes pssimas, que no lhes rendem nada, pois ntrl)esguisam (por falta de interesse ou, na maioria das vezes, portlesconhecimento) as melhores alternativas de investimento des('Lls recursos. So os grandes alvos dos ttulos de capitalizao(' outras aplicaes com artimanhas ocultas para thes roubar.rlgum dinheiro

    - como taxas de administrao elevadssimas

    tle alguns fundos de investimento. Os clientes PFB so aquees(lue, mesmo tendo as piores taxas de financiamento e emprstimo..lo mercado, escolhem emprstimos automticos que lhes cus-tam mais caro/ como cheques especiais e cartes de crdito. Clien-tcs que aplicam seu dinheiro quase sem juros (ou no aplicam,('squecem na conta corrente) e tomam emprstimos carssimos,lrroporcionando aos bancos spreads maiores que 10% ao ms.

    No so os bancos os viles de seus problemas financeiros,rnas sua prpria falta de conhecimento.

    Veja se voc j ouviu falar de uma situao parecida comt'sta:

    .: Llm casal est poupando todo ms L00 reais para garon-tir o futuro de seu filln. Ambos tm muito orgulho disso, ecada ms depositam com grande prazer a poupana plnnejadn.No final do ano, chegn o Nntal. Epoca de peru, chnmpanhe,uma perninha de porco (j que ningum de ferro...) e dostrndicionais presentes pnrn a famlia. Como nmbos so profis-sionais autnomos, no contnm com o 1,3" salrio, como boapnrte da popula0. Mas tudo festa... No final do ms, noaerificnr o extrato bancrio, o susto: a conta do bqnco cstotr

    rou ou o carto de crdito uence nmanh e o casnl trno ltrtr

    i,ll Os quatrtl gr:tttrlts t'tttr" tl.t', lr(.',rr'r'.1,,,1tr,, | (r(.)

  • saldo no banco parn pagar. So quase 1.000 reais de diferena.Aps o calafrio de susto, o marido rapidamente se recompe,afinal ele tem um bom relscionnmento bancrio, o que lhe ga-rnnte um limite de cheque especial, ou tem um ualor mnimoa pagar no carto e sabe que deixar para pagar um pouco noms que uem no ser ruim, j que o nome dele no fcnr sujona praa. Tirar dinheiro da poupana do lnior? ]AMAIS!Nem se cogitn apresentnr a hiptese esposa, isso poderia aca-bar com um plano to bem-feito parn o futuro dn uiana...

    E o casal, como um nmero imenso de pessoas no mundotodo, cai no cheque especial ou efetua o pagamento parcial do car-to de crdito, o que na prtica significa que se toma emprestado oque faltou pagar. Sem estresse, claro, o casal j se planeja parapagar os juros que viro pela frente, mas s neste ms, certo?

    [)or encluarnto, esqueamos o fato de que a que facilmentecomea uma dvicl (Ltc poder arrruinar as finanas pessoaisda famlia. Consideremos a simples deciso de "como pagar algose no tenho dinheiro?"

    Usar o cheque especial ou o financiamento do carto decrdito provavelmente a forma mais rpida de perder rique-za. No fiz nenhuma pesquisa cientfica sobre isso, mas essetipo de perda talvez possa ser equiparado perda que temos aocomprar um carro zero-quilmetro, quando mais de 15% dovalor pago j perdido ao assinar a nota de compra.

    De todas as alternativas possveis, a escolha do cheque es-pecial ou do carto de crdito foi a pior que o casal poderia terfeito. Vejamos duas alternativas bem mais interessantes:

    Dinheiro: os segredos de quem tem

    I) Todos ns que temos contas correntes abertas em bsrtt'os lntlurttt:;fazer emprstimos. Bnsta contatar nosso gerente e pcrQttttltrr ttbre as condies gerais desses elnprstimos. Muitas ucz(s, (sst'tipo de informao nos enaiado pelo correio, mas o desprezttttros.A modalidnde chamada de emprsttmo Pessoal possui taxas dtjuros muitas oezes inferiores metade das taxas do cheque especial-Qual n diferena entre o emprstimo pesslal e o cheque especial?A nica diferena que o cheque especial automtico, enquantopara pedir emprstimo pessoal aoc precisa telefonar ao gerente-Ao estoursr a conta corrente, o casal poderin ter optado pelo em-prstimo pessoal em aez do cheque ou carto. Em aez de pngartaxas de juros que podan chegar casa dos 12"/" o ms, estariapagando cerca de 4% a 5% ao ms na pior das hipteses. Parn um

    emprstimo de 1.000 reais, eles estariam pagnndo juros de 40 n50 reais por ms, em lugar dos 120 reais que alguns cartes decrdito cobram. ssa seria a melhor alternatiaa somente se a fam-lia no possusse nenhumn poupana.

    2) A nlternation anterior definitianmente no s melhor se a famliapossui qualquer tipo de poupana. Passemos a usar a percepofinanceira. Pensemos como banqueiros. De onde o banco tira odinheiro para emprestar queles que precisam? Dns aplicaesque seus clientes fazem, certo? Ent0, no exemplo acima, o casal

    estaaa formando a poupana de seu filho e recebendo juros depoupnna, dignmos, de cerca de 0,5o/o so ms e ao mesmo tempctrecorrendo ao cheque especial, com juros exorbitantes! Veja qutspreadfantstico eles estauam dando ao banco! Umperfaito tt-ttrrplo de PFB. E aeja que a classificno de PFB est muilo 1tt'ritrrtrtr

    70 | Os quatrtl {r:ttttlt's t tto', tl,t', l)(',',(.1" 1,,,1,r,'s | 7 I

  • da realidade de muitas das pessoas que nos rodeiam. O bnnco !1t,,tira de um bolso e pe em lutro, e aoc ainda paga por isso! Murl,,sua forma de pensar. Primeiro, fazer duidas dezter estar forn lrseus planos se essas duidas na seroirem para torn-Io mais ricrt.Discutiremos isso mnis adiante. Agora, se uoc j estiaer nn sitttao do casal, a melhor alternatiaa certamente ser usar a pottpana para quitar suas dh:idas. No pague juros altos parn continuar recebendo juros baixos das aplicaes jamais. Mas cuidado:o uso da poupana de um filho pode tornar-se motiao de desentertdimento conjugal, portanto deae ser planejado. Voc no precisar percler os juros da aplicao ao us-la para quitar daidas.Fatruma dvida com voc mesmo! Ou com seu filho, no caso. Enraez de simplesmente usar a aplicno, faa um planejamento dtcomo recompor o aalor tirado e de como pagar juros para clm_pensal esse "emprstimo". Castig;ue-se pelo erro do mau plnne-jamento, pague juros altos

    - para seu filho, no pnra o banco.

    Se o casal depositava 100 reais todo ms na poupana dofilho, poderia planejar da seguinte forma o "emprstimo,,:

    Jan.

    Fev.

    :,:llrli:.:1"'

    ' out.

    f4solvyam pagar a'{tyr:da en dez

    neseg, de volta paupana do filho

    @@@

    Os juros de 50 reais combinados pelo casal podcnt Pitrt't't't', rol'bitantes/ mas eles resolvelam Se impor esse castigo P.ra li()r",rluCr mais o erro e no repeti-lo no prximo ano. AIm tlis-',o, o fazem de conscincia tranqila, pois no esto pagancltrlur.()s a um banco, mas a seu filho, contribuindo assim com oluluro da famlia.

    Pense na pergunta seguinte. Ela pode ser a Pergunta de',rr.r vida:

    Que tal se o banco trabslhasse para aoc?

    /Vo SABER AONDE SE QUER CHEGARA mniorin dns pessoas superestima o que se pode fazer em

    um ano e subestimrt o que se pode fazer em um dcada.(A. Robbins)

    o quarto grande erro que em geral as Pessoas pobres co-rnetem, e por isso continuam eternamente pobres. Quais so seusobjetivos? Quanto de sua renda voc planeja Poupar ou inves-tir? Em quanto tempo ir se aposentar?

    Muitos tm dificuldade de responder a essas trs questes'No importa o tamanho de sua ambio, no importa quantovoc pretende se esforar para atingir seus objetivos. Os meiosc1e atingi-los precisam estar claramente definidos.

    Uma pessoa bastante modesta em relao a seus planos diria:

    "Meu obietiao um dia ter uma casinhrt de campo, coisa

    simples, em ltm lugar bem tranqilo, muitas raores com frtrtas, para curtir afamIin, os netos, no ter mais dor de caben "'"

    0s "juros"so proposos emB$ 50 por ms at a quirao

    da dvida, pagos com odepsito na poupanca {R$ 100

    * B$ 100 * R$ 50I

    Ao fazer retirada, esto perdendouma remuneraco de 0,5% ao ms

    sobre essa retirada. Em janeiro,perdem ento B$ 5 de juros

    A partir de janeiro, iro depostaros B$ 100 que 1 eslavam

    previstos a cada ms mais fi$ 100que ro recompor os B$ 1.000apos Ller meses, e mais "juros'.

    / 2 | tlinheiro: os segredos de quem tem Os quatro granrlcs t'rros tlits l)('ss()lls lrollrcs 73

  • Otimo! J temos um objetivo. Mas no basta.. & O que aoc est fazendo para conseguir isso?'r Trabalhando? Recebendo aquele maldito salrio que pagasuas contas no final do ms? Por acaso voc conta com a apo-sentadoria do governo paru pagar suas contas? Ou com a sortede um prmio de loteria? Meu amigo, j comeou errado! No voc que vai conseguir essa tranqilidade! Algum ter de tra-balhar para sustent-lo enquanto estiver 1 curtindo a famlia, eesse algum o dinheiro! O seu dinheiro! Se voc no o puserpara trabalhar desde j, no ser quando sua fonte de rendaacabar que ele vai passar a sustent-lo.

    J foi dito que a grande diferena entre pobres e ricos queos ricos sabem fazer planos. Neste momento, a melhor decisoque voc pode tomar concentrar suas energias na elaboraode um plano.

    Daqui paa a frente, este livro se dedicar a ajud{o a cons-truir seu plano para ficar rico. Leia com ateno, organize-se,apanhe lpis e papel para fazer suas anotaes. Se for preciso,pea ajuda a algum em alguns clculos, mas no deixe de ini-ciar seu plano agorn.

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    74 I ninheiro: os segredos de quem tem

  • Cotwo sE cot/srRor A RIeuEzt?Para construir sua riqueza de forma consistente, voc precisirestar consciente de seu objetivo. sua atitude em relao ao di-nheiro deve ser bastante objetiva. Antes de mais nada, voc pre-cisa eliminar de sua mente algumas cenas/ ou mesmo bloqueios,que at hoje vinham limitando seu crescimento financeiro. Exis-tem pelo menos cinco crenas ou bloqueios a ser eliminados paracomear a formar sua fortuna. So:

    Crena nmero 1: a no-urgncia"Isso no importnnte. No urgente. No essencial. Outras

    coisas so mais importantes."

    Dinheiro: os segredos de quem tem

    Uma jornada de mil milhu:;comea sempre com um simples passo,

    (Lao-tsl)

    Comece agora seu plano. No espere o fim de semana paral,r'rsar" no assunto, no espere sua esPosa ou seu marido vol-

    t,rr tlo trabalho paa conversar sobre o assunto. Nada maisrrrl',t'nte que garantir seu futuro com tranqilidade.

    Muitos dizem que a vida est uma loucura, que o trabalho,",1,i consumindo todo o tempo, que no sobra tempo para nada.l,'rlos tm compromissos, mas considere o comPromisso consi-!:,) rnesmo o mais importante.

    Voc dedica a maior parte de seu dia ao emprego. A causar' lusta, pois o emprego garante seu sustento, graas a ele que,' .linheiro entra em sua conta no final do ms.

    Mas no seu emprego que vai torn-lo rico.Voc vai construir um plano para ficar rico, e vai seguir esse

    ;,l,rrro. E isso mais importante que seu trabalho. No estou afir-,,r,rrrdo que voc deve deixar de trabalhar. Pelo contrrio, o sal-r r, sor parte fundamental de seu plano de construir uma fortuna.

    Considere porm que, quanto mais cedo voc comear alr, ,rr rico, mais rico ficar. Por isso, dedique tempo e ponha seu;,l,rrro em prtica. Comece hoje. Se for preciso, durma menos na1'r irrreira noite, j que tem outros compromissos assumidos. Mas, ,rcc seu plano hoje. Ele urgente. Seu futuro urgente.

    ( r('na nmero 2: o passado"Eu inaesti no mercado de aes e quebrei a cara. lur.o que nun

    ',t lrrrei isso nooamente! Meu pai perdeu tudo!"No veja o passado como uma aptido Para perdas. Se vot',

    ,

    'rr ,rlgum parente, j perdeu dinheiro investindo, foi portltrt' l.rl

    761 l'lr'p:tr;t;io rlo lt'rttrro | '/7

  • tou informao. No mercado financeiro, sempre que algrrtirrrperde h outro que ganha.

    No se feche para as lies que a vida lhe ensinou. Esturh,,procure saber por que perdeu, quem ganhou em seu lugar, o r;rrcesse ganhador sabia para ter xito. Hoje temos ao nosso alcarrrr.uma fonte infinita de informaes, a internet, na qual podenrrr:,obter orientao sobre qualquer tipo de investimento.

    Se voc j perdeu dinheiro no passado, considere essa per(l,rum investimento no aprendizado financeiro. E explore ao mximo essa lio para no perder de novo.

    Crena nmero 3: a identidade"Eu no sou bom com nmeros. Perco dinheiiro em tudo o que fao.'Um bloqueio bastante comum, usado freqentemente con()

    justificativa para o desperdcio, a falta de habilidade com nmeros. Sabemos que algumas pessoas definitivamente no scdo bem com clculos e nmeros. Para elas, a matemtica unrobstculo intransponvel.

    Felizmente, a habilidade com nmeros no ser fundamen-tal para seu plano de ficar rico. Alguns clculos precisaro serfeitos no primeiro momento do plano, mas voc ter boa partt,deles feita com a ajuda deste livro. Caso precise de uma ajudaadicional, no se envergonhe de procurar. Seja criativo, procu-e um parente, ligue para uma faculdade, entre em contato comsites de orientao financeira na internet.

    Tire da cabea a idia de que voc no rico porque noentende de nmeros, no entende de dinheiro. H muitos milio-nrios que no sabem nem assinar o nome.

    I)inheiro: os segredos de quem tem

    Mas no e seu emprego qu(' vlli lorrllt lrl rit'o-

    Da mesma forma, no pense que voc nasceu para st:r [)()l,rl rr para perder dinheiro. Se j perdeu muito dinheiro, i;irlrlrnei, porque errou. Acredite que poder ganhar muito di-rrlrciro, e esse ser mais um Passo importante de seu plano.

    No acredite em sorte. Quando se diz que "Fulano um,,u,r de sorte", normalmente se observam aPenas os frutos co-llrrtlos. Esquece-se que aqueles que colhem sua sorte a planta-r,r em algum momento. Plante informao na cabea e colhe-,,r tlecises acertadas.

    ( r('na nmero 4: o medo da perda"Eu no suporto o risco de inaestir."Assim como alguns no se do bem com nmeros, natu-

    r,rl clue outras pessoas no se dem bem com o risco, com a in-, r'r'teza. H uma importante teoria de Finanas que explica quel',r'.rdes rentabilidades tendem a vir acompanhadas de grande| | :i('(),

    Isso significa que, se voc quiser ganhar dinheiro rapida-rnt'rte, ter de correr riscos. No significa porm que deva ser,lrsprlicente com seu dinheiro. Significa que voc, ao selecionarrrrrr investimento de risco, dever estar muito bem informado',,,lrre esse tipo de investimento para perceber rapidamente qual(', hora certa de ganhar e qual a hora certa de perder' Em.,utras palavras, voc dever correr riscos quando estiver prtllrIo p administra esses riscos e minimizar seus efeitos.

    '/B I t't9

  • """rlllll1!rrr"'

    Um bom investidor no consegue acertar sempre. No mr,r,cado financeiro, considera-se um bom investidor aquele c1rr.acerta nas decises de risco em pelo menos 70"/" das vezes.

    se voc no estiver preparado para correr riscos, isso nr.ser impedimento para ficar rico. H muitos investimentos clt,baixssimo risco, como a poupana. se no quiser correr risc.sexcessivos, comece a investir em aplicaes de baixssimo risc.Mas no durma no ponto. comece a estudar alternativas mt'lhores de investimento e v progredindo aos poucos.

    Crena nmero 5: os recursos"Eu no tenho dinheiro suflciente para comear. Eu no tenho tempo."Essa crena a mais infundada. Voc tem, certamente, os

    recursos necessrios para come ar a ficar rico. Lembre-se de qut,a riqueza no decorre do quanto se ganha, mas do quanto segasta.

    Qualquer dinheiro suficiente para comear. Com 50 reaisj se c.mea uma aplica.. E suficiente. Ao iniciar, voc passara desenvolver sell plan. de p.upar mais. se no comear nunca,carregar a desculpa de no ter di'heiro pelo resto da vida.

    Quanto ao tempo, outro recurso precioso, j o abordei quan-do explorei a crena da no-urgncia. Toclos ns temos tempo.Apenas precisamos administr-lo melhor. As coisas mais im-portantes vm primeiro.

    Ilon,q, DE REUNIR os ItcREDlElrEs

    \lt'este ponto, procurei ajud-lo a criar a atitude de ser t'it'o. A1',rr.tir de agora/ teremos de pr a mo na massa.

    O primeiro passo de seu planejamento financeiro reunir os,rrr,,r'edientes necessrios para obter condies de po em prtica.\rrthony Robbins, conceituado autor norte-americano de planeja-rrrcrto financeiro, identifica quatro ingredientes necessrios para a,rl,rrndncia financeira: tempo, juros compostos, decises inteli-pientes e dinheiro.

    l'rimeiro ingrediente: voc precisa de tempo

    Isso voc j tem. Talvez no o use corretamente. Se esse foro t'iSOz pense em mudar sua rotina. Priorize o que for mais im-

    I'ortante para voc.O tempo um recurso valiosssimo. Est disponvel incessante-

    nrcnte, mas utna vez perdido no se recuPera mais. E como a guar lt' tlrr- rio: est semPre l, voc pode aproveital, mas a gta que jl),ssou, se no foi ap