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DINÂMICA POPULACIONAL BRASILEIRA

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DINMICA POPULACIONAL BRASILEIRA

DINMICA POPULACIONAL BRASILEIRA

Dinmica PopulacionalEstuda as variaes na quantidade da populao, observando os elementos do crescimento e da estrutura da populao.

Trs tipos de indicadores: mortalidade, natalidade e fecundidade, alm das migraes.

A mortalidade calculada a partir da relao entre o nmero de bitos em um determinado ano por mil habitantes

A natalidade calculada com base no nmero de nascimentos em um dado ano, e depois multiplica-se o resultado por mil;

A taxa de fecundidade relaciona o nmero de crianas com menos de cinco anos ao nmero de mulher em idade reprodutiva (varia-se conforme o pas, podendo ser de 15 a 44; 14 a 49; ou 20 a 44 anos).

Avaliando assim, a quantidade de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva.

Quando observado a estrutura da populao, pode se estudar dois elementos:

a idade, mostrando o percentual de jovens, adultos e idosos de uma populao;

e o sexo, destacando a distribuio percentual de homens e mulheres de uma populao.

A estrutura da populao representada em forma de pirmide

Mudanas na dinmica populacionalmelhoria do padro de vida da populao

Reduo na taxa de mortalidade nos pases mais industrializados (reduo das taxas de fecundidade), e posteriormente em pases no-industrializados.Reduo foi mais acentuada aps a II Guerra Mundial, e no foi seguida pela queda da taxa de fecundidade.

Isto provocou uma rpido crescimento populacionalmito EXPLOSO DEMOGRFICA (ALVES, 2008).

Surgimento de teorias sobre as populaes (Neomalthusianos, 1968)polticas de controle populacional

Reduo das taxas de fecundidade e com a j baixa taxa de mortalidadenovo mito, IMPLOSO POPULACIONAL, (ALVES, 2008).com teorias que criticam o uso de meios contraceptivos

Transio demogrfica o termo que os especialistas empregam para descrever a dinmicado crescimentopopulacional.

o processo pelo qual, percebe-se uma tendncia de estabilizao, crescimento ou reduo populacional, tendo em vista a evoluo das taxas de natalidade e mortalidade.

Trs fases

Reduo da mortalidade com elevao das taxas de natalidade;

H ampliao do crescimento natural da populao.

EXPLOSO DEMOGRFICA.

1 FASE

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Natalidade e mortalidade esto em queda, mais ainda persiste uma grande diferena, com elevado crescimento populacional.

ESTABILIZAO DEMOGRFICA

2 FASE

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Queda da natalidade mais acentuada que a da mortalidade; ou seja, o crescimento natural diminui e atinge o patamar inicial.

IMPLOSO DEMOGRFICA.

3 FASE

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O modelo de transio demogrfico apenas terico;

As transformaes ocorridas nos sculos XIX e XX reforam as teorias de que os pases passaram por uma fase mxima de crescimento populacional, seguida por uma fase de declnio ou estabilizao.

Na frica e Oriente Mdio, a maioria dos pases encontra-se na 1 fase, de exploso demogrfica.

Em quase todas as naes da Amrica Latina e Sudeste Asitico, prevalecem a 2 fase, de estabilizao demogrfica.

J os pases da Amrica do Norte, Europa e Oceania, predomina a 3 fase, de imploso demogrfica ou regime demogrfico moderno.

Estrutura Etria da Populao

Est diretamente ligado as taxas de natalidade, mortalidade e crescimento vegetativo, sendo representado por grficos em forma de pirmide.

utilizada no estudo do perfil populacional atual de um determinado local;

til como base de comparao ou mesmo para projees futuras.

Pirmide Etria

Anlise de Pirmide Etria

Caractersticas: Pas com populao predominantemente jovem. (base)Possui expectativa de vida reduzida. (topo) Condies mdico-hospitalares precrias. No h planejamento familiar, pois a populao no possui informao e acesso aos recursos anticoncepcionais.

Formato: base larga / topo estreito. Pases subdesenvolvidos em fase de crescimento acelerado.Pases africanos e do sudeste asitico.

Caractersticas: Pases com nvel sociocultural um pouco mais elevado; Maior planejamento familiar; Maior acesso a recursos hospitalares e anticoncepcionais; Maior participao da mulher no mercado de trabalho; Custo elevado de criao de filhos; Maior preocupao com o padro de vida familiar; Baixa expectativa de vida. (topo)Formato: base pouco estreita / restante triangular. Pases subdesenvolvidos industrializados em fase de transio demogrfica. Pases da Amrica Latina e Mxico.

Caractersticas: Populao predominantemente envelhecida; Taxas de natalidade reduzidas. (base); Maior expectativa de vida dos idosos. (topo); Possui gastos elevados em previdncia social; O setor mdico-hospitalar caracterizado como de alta tecnologia, o que eleva a expectativa de vida dos idosos; A educao possui padres elevados, devido a baixa quantidade de usurios.Formato: Forma irregular / topo largo. Pases desenvolvidos em fase de estabilizao demogrfica.Amrica do Norte, Europa e Oceania.

Dinmica Populacional Brasileira -HistricoAs linhas de nossa evoluo econmica tem sido propostas de fora para dentro:

durante a colnia era explicito; depois da independncia, a demanda externa suscitou o novo ciclo do acar, caf, algodo, cacau e borracha; abriram-se novos territrios ocupao humana, construram-se cidades, portos, vias frreas, negros escravizados foram trazidos da frica, depois imigrantes da Europa.

Segundo Paul Singer, a Dinmica populacional brasileira resultou em grande medida desta dinmica econmica induzida do exterior.

No houve implicaes econmicas, e sim movimentos populacionais produzidos, e com objetivos econmicos explcitos.

Brasil, seria uma colnia de povoamento

Ou seja, no houve apenas uma poltica econmica, mas tambm uma poltica populacional no Brasil

Povoamento do territrio com populao sujeita aos trabalhos dos colonizadores.

At 1850 as necessidades de mo de obra escrava eram satisfeitas, de 1850 a 1888, o comrcio interno de escravos assumiu este papel.

Assim houve transferncia macia de escravos do Nordeste para o Centro-Sul tornou possvel a rpida expanso da cafeicultura nas provncias do RJ, SP e MG.

A partir de 1880, o esgotamento do estoque de escravos, tanto pela alforria quanto pela mortalidade, baixa fecundidade, e o embranquecimento da populao levaram os fazendeiros de caf a organizar a imigrao subsidiada de trabalhadores europeus para os cafezais Alguns autores: as primeiras polticas de cotas no Brasil

Grfico de imigrantes entrados no Brasil - 1808/1973Fonte: ADAS,2004

Sc. XIX XX Europeus formaram colnias no PR, SC e RS, inserindo-se de incio na economia de subsistncia (autoconsumo)no proporcionou uma oferta ilimitada de fora de trabalho para atividades voltadas para o mercado

1930 - Com a crise do caf, (junto com estagnao da agroindstria no nordeste em 1900 e o fim do ciclo da borracha em 1912) h o retorno de moradores economia de autoconsumo.

H um acmulo de populao na economia de autoconsumo, provocando o deslocamento desta populao para reas onde o desenvolvimento econmico se concentrava (SP).

Com taxas de crescimento na ordem de 3% ao ano (1950 e 1960), e com baixa taxa de mortalidade, a populao brasileira d um salto de crescimento, dobrando sua populao.

Em 1970, o Censo encontrou fora do estado natal 19,7% de mineiros, 11,6% de baianos e 11,5% dos cearenses. Se no houvesse um crescimento natural populacional, nestas regies, as polticas de industrializao (1930) no SE no seriam possveis.

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Em 1970, com polticas no explcitas de mtodos contraceptivos e de planejamento familiar, e com mudanas na sociedade (Mulher), houve um declnio da fecundidade, e queda de crescimento.

O maior impacto de longo prazo da queda da fecundidade ser sobre a estrutura etria e o envelhecimento da populao, resultando num forte impacto sobre a previdncia social.

Teremos mais previdencirios para cada contribuinte, que abrangem a populao economicamente ativa (PEA) na populao em idade ativa

Sintetizando, a populao brasileira era de 3,3 milhes de habitantes, em 1800, passando para 17,9 milhes em 1900, no ano de 2000 atingiu 170 milhes.

Em 200 anos, o nmero de brasileiros aumentou 50 vezes.

Evoluo da populao brasileira1800-2050

Fatores da dinmica brasileira

sc. XIX-XX - imigrao teve peso decisivo (52 mi em 1950)

sc. XX (ps 1950) - determinante principal foi o crescimento vegetativo, com quedas das taxas de mortalidade (Maiores taxas em 1950 e 1960).

Mudanas na Distribuio Etria - Envelhecimento populacionalA queda de fecundidade em curso no pas desde a segunda metade dos anos 1960 vem provocando uma reduo da base da pirmide.

A queda da mortalidade, que inicialmente beneficiava mais as crianas, hoje tem atingido mais a populao adulta e idosa.

O aumento da proporo de idosos na distribuio etria brasileira ser acompanhada com a reduo da populao abaixo de 15 anos (30% em 2000, para 23% em 2020).

Maior impacto da queda de fecundidade sobre a estrutura etria e o envelhecimento da populao, o que altera a agenda das polticas sociais.

Sade do Idoso.

Haver forte impacto sobre a previdncia social.

Mecanismos de financiamento de previdncia social devero se alterar?

Mecanismos de financiamento de previdncia social devero se alterar?

So as polticas sociais que devem se adaptar nova realidade demogrfica e no a dinmica demogrfica que deve se adaptar s polticas pblicas (Jos Eustquio Alves, 2008).

Segundo Fausto Brito (2008), a situao demogrfica favorvel, o nmero de contribuintes potenciais (Populao ativa) em 2010 foi cerca de 10 vezes maior do que os idosos.

A dificuldade no se encontra nas relaes intergeracionais, mas na maioria da Populao Ativa que no contribui gerando graves problemas para o seu financiamento.

Praticamente metade da populao ocupada no contribui com a previdncia (Censo e IBGE, 2010).

RefernciasADAS, M. Panorama geogrfico brasileiro. So Paulo: Moderna, 2004.ALVES, J. E. D. A transio demogrfica e a janela de oportunidades. So Paulo: Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, 2008.BRITO, F. Transio demogrfica e desigualdades sociais no Brasil. Rev. bras. Est. Pop., So Paulo, v. 25, n. 1, p. 5-26, jan./jun. 2008.SINGER, P. Dinmica populacional e desenvolvimento. 4 ed. So Paulo: Hucitec, 1998.

Dvida Pblica BrasileiraDez (2014)Dvida Externa R$ 554 bi Dvida Interna R$ 3,3 tri

Para se pagar (p/ lei):Lucros de empresas estatais -> DvidaReceitas de Privatizaes -> DvidaTudo que sobra da Receita Federal -> Dvida

93% do PIB (R$5,13 tri)