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27/02/2014 1 Diferenças entre adicional de Insalubridade e Periculosidade Artigo 193 da CLT – segurança patrimonial e pessoal. Franca 25/02/2014 CLT LEI Nº 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.

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27/02/2014

1

Diferenças entre adicional de Insalubridade e Periculosidade

Artigo 193 da CLT – segurança patrimonial e pessoal.

Franca

25/02/2014

CLT LEI Nº 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012.

Art. 193. São consideradas atividades ou operações

perigosas, na forma da regulamentação aprovada

pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua

natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco

acentuado em virtude de exposição permanente do

trabalhador a:

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;

II - roubos ou outras espécies de violência física nas

atividades profissionais de segurança pessoal ou

patrimonial.

27/02/2014

2

CLT

Art. 193. (...) § 1º. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao

empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

§ 2º. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional

outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao

vigilante por meio de acordo coletivo

27/02/2014

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PORTARIA MTb Nº 3214,

11/06/1978

NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

16.1 - São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos números 1 e 2 desta Norma Regulamentadora (NR).

...

ANEXO 1 – EXPLOSIVOS

ANEXO 2

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

27/02/2014

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NR 16

NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

ANEXO 3 (Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS

OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES

PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL

1.As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de

segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência

física são consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os

trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:

A)empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de

segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada,

devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei

7102/1983 e suas alterações posteriores.

LEI Nº 7.102, DE 20 DE JUNHO DE 1983

Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências.

...

Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas

em prestação de serviços com a finalidade de:

I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros

estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas

físicas;

II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro

tipo de carga.

§ 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados

por uma mesma empresa.

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LEI Nº 7.102, DE 20 DE

JUNHO DE 1983

Art. 10. (...)

§ 2º As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança,

vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas,

além das hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão se prestar ao

exercício das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos

comerciais, industriais, de prestação de serviços e residências; a entidades sem fins

lucrativos; e órgãos e empresas públicas.

§ 3º Serão regidas por esta lei, pelos regulamentos dela decorrentes e pelas

disposições da legislação civil, comercial, trabalhista, previdenciária e penal, as

empresas definidas no parágrafo anterior.

§ 4º As empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância

ostensiva e do transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional

próprio, para execução dessas atividades, ficam obrigadas ao cumprimento do

disposto nesta lei e demais legislações pertinentes.

LEI Nº 7.102, DE 20 DE

JUNHO DE 1983

Art. 14 - São condições essenciais para que as empresas especializadas operem nos

Estados, Territórios e Distrito Federal:

I - autorização de funcionamento concedida conforme o art. 20 desta Lei; e

II - comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo Estado,

Território ou Distrito Federal.

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LEI Nº 7.102, DE 20 DE

JUNHO DE 1983

Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou mediante

convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal:

I - conceder autorização para o funcionamento:

a) das empresas especializadas em serviços de vigilância;

b) das empresas especializadas em transporte de valores; e

c) dos cursos de formação de vigilantes;

II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados dos no inciso anterior;

Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades

previstas no art. 23 desta Lei;

IV - aprovar uniforme;

V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;

VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da Federação;

VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e

dos estabelecimentos financeiros;

VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e

IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.

X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I

deste artigo.

LEI Nº 7.102, DE 20 DE

JUNHO DE 1983

Art. 15. Vigilante, para os efeitos desta lei, é o empregado contratado para a execução das

atividades definidas nos incisos I e II do caput e §§ 2º, 3º e 4º do art. 10.

...

Art. 16 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:

I - ser brasileiro;

II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;

III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;

IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com

funcionamento autorizado nos termos desta lei.

V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;

VI - não ter antecedentes criminais registrados; e

VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

Parágrafo único - O requisito previsto no inciso III deste artigo não se aplica aos vigilantes

admitidos até a publicação da presente Lei

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NR 16

NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

ANEXO 3 (Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013)

2.São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores

que atendam a uma das seguintes condições:

B) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em

instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens

públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta.

NR 16

ANEXO 3 (Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013)

3.As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou

outras espécies de violência física, desde que atendida uma das

condições do item 2, são as constantes do quadro abaixo:

ATIVIDADES OU OPERAÇÕES DESCRIÇÃO

Vigilância patrimonial Segurança patrimonial

e/ou pessoal na preservação

do patrimônio em

estabelecimentos

públicos ou privados e da

incolumidade

física de pessoas.

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LEI Nº 7.102, DE 20 DE JUNHO DE 1983

Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece

normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que

exploram serviços de vigilância e de transporte de valores

Art. 22 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver

calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha.

Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de

valores, poderão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12,

16 ou 20, de fabricação nacional.

Art. 21 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e

responsabilidade:

I - das empresas especializadas;

II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço

organizado de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas

especializadas.

Vigilantes/ Vigias / Porteiros

É importante destacar que o local vigiado e não a função, é que

determina o pagamento do adicional de periculosidade.

Como se pode observar, devem ser obedecidos os requisitos da lei para fazer jus ao

adicional de periculosidade, e a pessoa que atua em estabelecimentos de serviços de

saúde como vigia, porteiro, vigilante ou segurança não está exposta a roubo ou

violência, razão pela qual nada lhe é devido a título de adicional de periculosidade.

Há uma diferenciação entre vigia/porteiro e vigilantes, como se

observa pelo CBO – Código Brasileiro de Ocupações – (www.mte.gov.br) já que o

vigilante combate delitos como porte ilícito de armas e munições e outras

irregularidades; zelam pela segurança das pessoas, do patrimônio e fiscalizam pessoas,

por exemplo, enquanto que o vigia/porteiro tem por finalidade evitar incêndios,

entrada de pessoas estranhas e outras anormalidades; controlam fluxo de pessoas,

identificando, orientando e encaminhando-as para os lugares desejados; recebem

hóspedes em hotéis; acompanham pessoas e mercadorias; fazem manutenções simples

nos locais de trabalho

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CBO 5173 :

Vigilantes e guardas de segurança

5173-30 - Vigilante

Agente de segurança ferroviária, Assistente de segurança, Auxiliar de

segurança, Auxiliar de serviço de segurança, Encarregado de portaria e

segurança, Encarregado de segurança, Encarregado de vigilância -

organizações particulares de segurança, Fiscal de segurança, Fiscal de

vigilância - organizações particulares de segurança, Fiscal de vigilância

bancária, Guarda de banco - organizações particulares de segurança, Guarda de

segurança, Guarda de segurança - empresa particular de segurança, Guarda de

vigilância, Guarda ferroviário, Guarda valores, Guarda vigia, Guarda-civil,

Guarda-costas, Inspetor de vigilância, Monitor de vídeo, Operador de circuito

interno de tv, Ronda - organizações particulares de segurança, Rondante -

organizações particulares de segurança, Vigilante bancário

CBO 5173 :

Vigilantes e guardas de segurança

Descrição Sumária

Vigiam dependências e áreas públicas e privadas com a finalidade de

prevenir, controlar e combater delitos como porte ilícito de armas e

munições e outras irregularidades; zelam pela segurança das pessoas, do

patrimônio e pelo cumprimento das leis e regulamentos; recepcionam e

controlam a movimentação de pessoas em áreas de acesso livre e restrito;

fiscalizam pessoas, cargas e patrimônio; escoltam pessoas e mercadorias.

Controlam objetos e cargas; vigiam parques e reservas florestais, combatendo

inclusive focos de incêndio; vigiam presos. Comunicam-se via rádio ou telefone e

prestam informações ao público e aos órgãos competentes.

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CBO 5174 :: Porteiros e vigias

5174-05 - Porteiro (hotel)

Atendente de portaria de hotel, Capitão porteiro

5174-10 - Porteiro de edifícios

Guariteiro, Porteiro, Porteiro industrial

5174-15 - Porteiro de locais de diversão

Agente de portaria

5174-20 - Vigia

Vigia noturno

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CBO 5174 :: Porteiros e vigias

Descrição Sumária

Fiscalizam a guarda do patrimônio e exercem a observação de

fábricas, armazéns, residências, estacionamentos, edifícios públicos,

privados e outros estabelecimentos, percorrendo-os

sistematicamente e inspecionando suas dependências, para

evitar incêndios, entrada de pessoas estranhas e outras

anormalidades; controlam fluxo de pessoas, identificando,

orientando e encaminhando-as para os lugares desejados;

recebem hóspedes em hotéis; acompanham pessoas e

mercadorias; fazem manutenções simples nos locais de

trabalho.

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Desta forma, entende-se que o vigia executa os serviços

observando a boa ordem do estabelecimento, enquanto o

vigilante faz curso de preparação para defender o patrimônio do

empregador, impedir ou inibir ação criminosa. Logo, a exposição

à roubo e violência é mais comum ao vigilante e não ao

vigia/porteiro.

CLT

CAPÍTULO V

DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

SEÇÃO XIII

DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS

Art . 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11.

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Vigilantes/ Vigias / Porteiros

Desde o dia 3 de dezembro de 2013, os empregados de empresas de segurança pessoal ou patrimonial possuem o direito de receber adicional de periculosidade de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros.

A determinação veio com a alteração do artigo 193 da CLT, proposta pela Lei nº 12.740, de 08/12/2012, que criou o Anexo 3 da Norma Regulamentadora (NR) 16. Embora a lei seja de dezembro de 2012, passou a valer somente após a regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que determina o enquadramento das atividades ou operações que são consideradas perigosas. Esta regulamentação foi publicada em 3 de dezembro último, através da Portaria MTE 1.885, de 02/12/13, após consulta pública para coleta de sugestões da sociedade.

LEI Nº 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012.

Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985.

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ENERGIA ELÉTRICA

DECRETO Nº 93.412, DE 14 DE OUTUBRO DE 1986

Art. 2º. É exclusivamente suscetível de gerar direito à percepção da remuneração adicional de que trata o artigo 1º da Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985, o exercício das atividades constantes do Quadro anexo, desde que o empregado, independentemente do cargo, categoria ou ramo da empresa:

I - permaneça habitualmente em área de risco, executando ou aguardando ordens, e em situação de exposição contínua, caso em que o pagamento do adicional incidirá sobre o salário da jornada de trabalho integral;

II - ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que o adicional incidirá sobre o salário do tempo despendido pelo empregado na execução de atividade em condições de periculosidade ou do tempo à disposição do empregador, na forma do inciso I deste artigo.

§ 1º. O ingresso ou a permanência eventual em área de risco não geram direito ao adicional de periculosidade.

§ 2º. São equipamentos ou instalações elétricas em situação de risco aqueles de cujo contato físico ou exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação, invalidez permanente ou morte.

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ENERGIA ELÉTRICA

DECRETO Nº 93.412, DE 14 DE OUTUBRO DE 1986

Art. 2º. (...)

§ 3º. O fornecimento pelo empregador dos equipamentos de proteção a que se refere o disposto no artigo 166 da Consolidação das Leis do Trabalho ou a adoção de técnicas de proteção ao trabalhador, eximirão a empresa do pagamento do adicional, salvo quando não for eliminado o risco resultante da atividade do trabalhador em condições de periculosidade.

Art. 3º. O pagamento do adicional de periculosidade não desobriga o empregador de promover as medidas de proteção do trabalhador, destinadas à eliminação ou neutralização da periculosidade nem autoriza o empregado a desatendê-las.

Art. 4º. Cessado o exercício da atividade ou eliminado o risco, o adicional de periculosidade poderá deixar de ser pago.

§ 1º. A caracterização do risco ou da sua eliminação far-se-á através de perícia, observado o disposto no artigo 195 e parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalho.

CLT

CAPÍTULO V

DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

SEÇÃO XIII

DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS

Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Princípio da Legalidade

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

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PORTARIA MTb Nº 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V,

Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à

Segurança e Medicina do Trabalho.

NR-1 - Disposições gerais

NR-2 - Inspeção Prévia

NR-3 - Embargo e Interdição

NR-4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT

NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

NR-6 - Equipamentos de Proteção Individual

NR-7 - Exames Médicos

NR-8 - Edificações

NR-9 - Riscos Ambientais

NR-10 - Instalações e serviços de eletricidade

NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais

NR-12 - Máquinas e equipamentos

NR-13 - Vasos sob pressão

NR-14 - Fornos

NR-15 - Atividades e operações insalubres

NR-16 - Atividades e operações perigosas

NR-17 - Ergonomia

NR-18 - Obras de construção, demolição e reparos

NR-19 - Explosivos

NR-20 - Combustíveis líquidos e inflamáveis

NR-21 - Trabalhos a céu aberto

NR-22 - Norma regulamentadora de segurança e saúde ocupacional na mineração

NR-23 - Proteção contra incêndios

NR-24 - Condições sanitárias dos locais de trabalho

NR-25 - Resíduos industriais

NR-26 - Sinalização de segurança

NR-27 - Registro de Profissionais

NR-28 - Fiscalização e penalidades

PORTARIA MTb Nº 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V,

Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à

Segurança e Medicina do Trabalho.

Portaria SSST nº 53, de 17.12.1997, DOU 29.12.1997, que aprova a Norma Regulamentadora nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

Portaria SIT nº 34, de 04.12.2002, DOU 09.12.2002, que aprova a Norma Regulamentadora nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.

Portaria MTE nº 86, de 03.03.2005, DOU 04.03.2005, que aprova a Norma Regulamentadora nº 31- Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura .

Portaria MTE nº 485, de 11.11.2005, DOU 16.11.2005, que aprova a Norma Regulamentadora nº 32 -Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.

Portaria MTE nº 202, de 22.12.2006, DOU 27.12.2006, que aprova a Norma Reulamentadora nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados.

Portaria SIT nº 200, de 20.01.2011, DOU 21.01.2011, que aprova a Norma Regulamentadora nº 34 -Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.

Portaria SIT nº 313, de 23.03.2012, DOU 27.03.2012, que aprova a Norma Regulamentadora nº 35 -Trabalho em Altura.

Portaria MTE n.º 555, de 18 de abril de 2013, DOU 19.04.2013, que aprova a Norma Regulamentadora nº 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados

27/02/2014

18

INSALUBRIDADE

CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS

DO TRABALHO

Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo

27/02/2014

19

Convenção Coletiva de Trabalho

Ribeirão Preto

CLÁUSULA 53 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:

Fica assegurada a concessão do adicional de insalubridade aos empregados em

exercício de trabalho em condições insalubres representados pelo Sindicato Suscitante,

incidente sobre o valor de R$600,00, desde que constatados por laudo pericial

técnico e nos termos da legislação vigente.

Circular SINDHORP nº 12/2012 = R$ 678,00

Convenção Coletiva de Trabalho

Franca

CLÁUSULA 61 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:

Fica assegurada a concessão do adicional de insalubridade aos empregados em

exercício de trabalho em condições insalubres representados pelo Sindicato Suscitante,

incidente sobre o valor de R$ 775,00 desde que constatados por laudo pericial

técnico e nos termos da legislação vigente

27/02/2014

20

CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS

DO TRABALHO

Art. 189. Serão consideradas atividades ou

operações insalubres aquelas que, por sua

natureza, condições ou métodos de

trabalho, exponham os empregados a

agentes nocivos à saúde, acima dos limites

de tolerância fixados em razão da natureza

e da intensidade do agente e do tempo de

exposição aos seus efeitos.

CLT

CAPÍTULO V

DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

SEÇÃO XIII

DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS

Art . 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

27/02/2014

21

NORMA REGULAMENTADORA 15 –

ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

15.1 - São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

15.1.1 - Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos

nos 1, 2, 3, 5, 11 e 12.

15.1.2 - (Revogado pela Portaria nº 3.751, de 23.11.1990)

15.1.3 - Nas atividades mencionadas nos Anexos 6, 13 e 14

27/02/2014

22

ANEXO XIV

AGENTES BIOLÓGICOS

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa.

Insalubridade de grau máximo

Trabalhos ou operações, em contato permanente, com:

- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

Insalubridade de grau médio

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:

- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da

saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que

manuseiam objetos de uso desse pacientes, não previamente esterilizados);

- ...

- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);

27/02/2014

23

O que é contato permanente?

27/02/2014

24

É aquele em que o trabalhador, no exercício de

todas as suas funções, esteve efetivamente

exposto a agentes nocivos físicos, químicos e

biológicos, ou associação desses agentes

http://www.fne.org.br/fne/index.php/fne/servicos/aposentadoria/duvidas_frequentes

O que é trabalho ocasional ou intermitente?

27/02/2014

25

É aquele que na jornada de trabalho houve

interrupção ou suspensão do exercício da

atividade com exposição aos agentes nocivos, ou

seja, foi exercida de forma alternada, atividade

comum e especial

http://www.fne.org.br/fne/index.php/fne/servicos/aposentadoria/duvidas_frequentes

Manuais de Legislação Atlas,

Segurança e Medicina do Trabalho,

36ª Edição, Editora Atlas S/A, páginas

363 a 373

27/02/2014

26

PORTARIA N.º 3.311 de 29 de Novembro de 1989, estabelece os princípios norteadores do programa do programa de desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho

ANEXO II - PLANO GERAL DE AÇÃO NA ÁREA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR

4. DA AVALIAÇÃO

INSTRUÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

4 – ANÁLISE QUALITATIVA

4.4 – do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição traduz a quantidade de exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a determinado risco operacional sem proteção, multiplicado pelo número de vezes que esta exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho. Assim, se o trabalhador ficar exposto durante 5 minutos, por exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição se repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então seu tempo de exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se, entretanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400 min/dia de trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição se processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz que a exposição é de natureza contínua.

27/02/2014

27

CLT

Art. 195. A caracterização e a classificação

da insalubridade e da periculosidade,

segundo as normas do Ministério do Trabalho,

far-se-ão através de perícia a cargo de

Médico do Trabalho ou Engenheiro do

Trabalho, registrados no Ministério do

Trabalho.

27/02/2014

28

CLT

Art . 191 - A eliminação ou a neutralização

da insalubridade ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que

conservem o ambiente de trabalho dentro

dos limites de tolerância;

II - com a utilização de equipamentos

de proteção individual ao trabalhador, que

diminuam a intensidade do agente agressivo a

limites de tolerância.

NR 6

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico

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NR 1 Art . 1.7 Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;

c) informar aos trabalhadores:

I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho.

NR 1

1.8 Cabe ao empregado:

a) cumprir as disposições legais e

regulamentares sobre segurança e saúde do

trabalho, inclusive as ordens de serviço

expedidas pelo empregador;

b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeter-se aos exames médicos previstos nas

Normas Regulamentadoras - NR;

d) colaborar com a empresa na aplicação das

Normas Regulamentadoras - NR;

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NR 1

1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada

do empregado ao cumprimento do disposto

no item anterior.

PERICULOSIDADE: Risco à vida, exposição ao efetivo risco do infortúnio

(Algo perigoso, risco de vida, perigo iminente de acidente, possibilidade de algo vir a ser perigoso, exposição da vida em situações de perigo iminente)

X

INSALUBRIDADE: Perigo à saúde

(Que não é salubre; doentio, prejudicial à saúde)

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Diferenças entre adicionais de

periculosidade e insalubridade

Periculosidade

30% sobre o salário

por sua natureza ou métodos de trabalho,

impliquem risco acentuado em virtude de

exposição permanente do trabalhador a:

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;

II - roubos ou outras espécies de violência física

nas atividades profissionais de segurança pessoal

ou patrimonial

Risco à vida, exposição ao efetivo risco do infortúnio

Algo perigoso, risco de vida, perigo iminente de acidente, possibilidade de algo vir a ser perigoso, exposição da vida em situações de perigo iminente

caracteriza-se pelo contato com inflamáveis,

explosivos ou energia elétrica em condições de

risco acentuado

pressupõe riscos no trabalho, com possibilidade

de sinistro ou infortunística, atingindo

violentamente a integridade física do trabalhador

Insalubridade

10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo

por sua natureza, condições ou métodos de

trabalho, exponham os empregados a agentes

nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância

fixados em razão da natureza e da intensidade

do agente e do tempo de exposição aos seus

efeitos

Perigo à saúde

Que não é salubre; doentio, prejudicial à saúde

O que deve ser observada é superação dos limites

de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do tempo de exposição aos efeitos

nocivos, previstos em lei.

pressupõe condição de trabalho

permanentemente prejudicial à saúde

Diferenças entre adicionais de

periculosidade e insalubridade

Periculosidade

é matéria de engenharia do trabalho

A saúde do empregado não é afetada, não

havendo qualquer alteração orgânica. A

periculosidade é o risco que ele corre, não

necessitando, é claro, que em algum

momento venha a ocorrer o sinistro no

trabalho

produz riscos de natureza traumática

ao se manifestar será, a condição, o risco,

a possibilidade da ocorrência de acidente

é de rapidez fulminante

corresponde apenas a um risco, que não age contra a integridade biológica do trabalhador, mas que, eventualmente (sinistro) pode atingi-lo de forma violenta

Insalubridade

é matéria da medicina do trabalho

Os trabalhos insalubres minarão a saúde

do operário, afetando funções e dando ao

corpo anormalidades orgânicas

provocadas pelas substâncias e materiais

nocivos ou pelo ambiente pestilento

causa doenças

ao se manifestar compromete sempre a

saúde do trabalhador em maior ou menor

grau, chegando até a moléstia profissional

Os efeitos são mais lentos

afeta continuadamente a saúde do

trabalhador

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DIREITO ADQUIRIDO – INEXISTÊNCIA – SÚMULAS TST

Nº 248 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO

A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

Nº 80 - INSALUBRIDADE

A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.

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Lucinéia A. Nucci

E-mail: [email protected]

Obrigada pela atenção!