dietas no-tratamento-do-autismo

164
Slide 1 Dra. Priscila Bongiovani Spiandorello Nutricionista Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Docente convidada dos cursos de Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Consultoria Nutricional/UNICSUL. Atua em consultório particular e na Clinica Carla Albuquerque. Associada ao Centro Brasileiro de Nutrição Funcional Dieta sem Glúten e sem Caseina. Carboidrato simples, Baixa em Oxalatos, Ecológica, FeinGold e Antifúngica Outubro de 2010 DIETAS NO TRATAMENTO DO AUTISMO

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Alergia alimentar

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Page 1: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dra. Priscila Bongiovani Spiandorello Nutricionista

Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Docente convidada dos cursos de Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional da

VP Consultoria Nutricional/UNICSUL.Atua em consultório particular e na Clinica Carla Albuquerque.

Associada ao Centro Brasileiro de Nutrição Funcional

Dieta sem Glúten e sem Caseina. Carboidrato simples, Baixa em Oxalatos, Ecológica, FeinGold e Antifúngica

Outubro de 2010

DIETAS NO

TRATAMENTO DO

AUTISMO

Page 2: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Causas do Autismo

Fatores Genéticos Fatores Ambientais

Arq.Neuro-Psiquiatr. V.56n1 São Paulo mar.1998.

Autismo

Page 3: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Causas do Autismo

O autismo é uma doença multifatorial,

com muitos fenótipos ou subgrupos,

de aspecto imunológico, ambiental e

genético.

(Chez et al, 2004; Candless,2002; Cave, 2001).

Page 4: Dietas no-tratamento-do-autismo

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cérebro

sistema

imune

trato

gastrointestinal

Autism

o

Page 5: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Principais Fatores

erros inatos do metabolismo

toxicidade por metais pesados e sustâncias tóxicas (mercúrio, chumbo, pesticidas)

alta concentração de anticorpos IgE

déficit IgA secretória

déficit de subclasses de IgG

elevação de Il1. Il2 ,INF gama e TNF

inefetividade do sistema Helper Th1 e Th2

altas incidências de deficiências imunes

Page 6: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Principais Fatores

alteração da flora intestinal/disbiose

alterações enzimáticas

aumento da permeabilidade intestinal

má digestão do glúten e caseína

elevação da cândida e/ou outros tipos de fungos e

seus subprodutos e bactérias clostrídio

baixa resistência a infecções

desequilíbrio de minerais e vitaminas

redução da capacidade de detoxificação

Page 7: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Tratamentos Biomédicos

Baseia-se na aplicação de dietas específicas, na administração de suplementos, como vitaminas,

minerais, probióticos, prebióticos, ômega 3, antifúngicos e enzimas digestivas, para a correção de uma deficiência

produzida por erro no metabolismo, com o objetivo de melhorar os sintomas do espectro autístico.

(Corzo,2005;Arranga et al. 2005; Brudnak et al.,2002;Page,2000 e Mc Candless,2002.)

Page 8: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 8

DIETAS

Dieta Isenta de Glúten e Caseína (SGSC)

Dieta Antifúngica

Dieta de Rotação

Dieta Feingold

Dieta dos Carboidratos Específicos (SDC)

Dieta Baixa de Oxalatos

Dieta Ecológica /Bodyecology

Dieta GAP

Page 9: Dietas no-tratamento-do-autismo

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“ No dramático momento em que uma célula

masculina, microscópica e serpenteante,

encaminha-se para uma célula-ovo, muito

maior, e liga-se a ela, um ser humano começa a

existir e a Nutrição tem início.

Este período de desenvolvimento, quando as

coisas podem ser definitivamente “certas” ou

“erradas” é de vital importância, e a Nutrição

pode exercer uma profunda influência, que se

estende por toda a Vida.”

Roger Williams, PhD

Page 10: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 10

“Um dia todas as nossas ideias em psicologia serão baseadas na estrutura orgânica. Isso permitirá que substâncias químicas específicas controlem a operação...”

Sigmund Freud, pai da psicanálise.

1975, psiquiatra americano: “A previsão de Freud estava correta. E quando finalmente chegar o dia em que houver aceitação geral dessa previsão, o segredo para a saúde psicológica será a descoberta da química da nutrição, atualmente negligenciada”

H.L. Newbold, M.D., psiquiatra, Mega Nutrients for Your Nerves(Berkley Books, New York, 1975)

Page 11: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 11

Page 12: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 12

Alimento é

matéria -prima

Físico

Mental e

Emocional

Equilíbrio

Page 13: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Funções Físicas

Funções Mentais

Funções Emocionais

Nutrição Celular

Adequada

Excessos ou Carências Nutricionais Desequilíbrio

Corpo

Nutrientes agem em Conjunto

no Corpo Humano

Page 14: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 14

Page 15: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 15

Vários trabalhos com modelos animais e com

pacientes (pós-cirurgia, Artrite Reumatóide,

Nefropatia IgA, Psoríase) mostraram que ômega 3

(ALA, EPA e DHA) diminuem:

– IL1-ß, IL6, IL-8 e de TNF-

Jones D. Textbook of Functional Medicine. The Institute for Functional Medicine, 2005

Calder PC. Braz J Med Biol Res 2003;36(4)

Calder PC. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fattty Acids 2006;75:197–202

Ômega 3 x Inflamação

Page 16: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 16

Ômega 3 e Doenças Intestinais

Inflamatórias

Uso de EPA + DHA mostrou resultados

positivos na diminuição da inflamação

Mecanismos:

- Redução da produção de TXA2

- Inibição da síntese de IL1-ß e de TNF-

- Redução da produção de LTB4

Jones D. Textbook of Functional Medicine. The Institute for Functional Medicine, 2005

Page 17: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 17

Nutrição Fetal

Doenças crônicas da vida moderna são de causa inflamatória devido a imunotoxicidade já na vida intra-uterina.

Se a oferta de nutrientes durante a gestação não for adequada, podem ocorrer adaptações fetais e modificações no desenvolvimento que alteram a composição corporal do feto e levam a alterações endócrinas e cardiovasculares na vida adulta.

Deficiência da B12 na gestação e amamentação aumenta o risco de alteração no desenvolvimento cognitivo.

Godfrey,K.M.;Barker,D.J. fetal Nutrition and Adult disease. Am.J.Clin.Nutr. 71 (5 suppl) 1344-52,2000.

Page 18: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 18

DESEQUILÍBRIO

NUTRICIONAL/NUTRIÇÃO

CELULAR

AA

TOXINAS

AMBIENTAIS

EXCESSOS E

CARÊNCIAS

NUTRICIONAIS

DOENÇAS CRONICAS

NÃO

TRANSMISSIVEIS,

ENXAQUECAS,

ASMA,OBESIDADE

QUALIDADE

DA MATÉRIA

PRIMA-

ALIMENTOS

DIETAS

RESTRITIVAS

JEJUM

SISTEMA

IMUNE

DISTÚRBIOS DE

COMPORTAMENTO

COMPULSÃO,

ANSIEDADE E

DEPRESSÃO

Page 19: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 19

Nutrição x Detoxificação

Page 20: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 20

Detoxificação

“Qualquer processo (biológico) que busque a redução dos

impactos negativos de xenobióticos ao metabolismo

corporal”

Qual seu Objetivo?

Não polares e lipossolúveis

Polares e hidrossolúveis Urina ou Bile

trato respiratório, urinário, digestivo, pele, fígado, células imunológicas,

placenta, adrenais e cérebro;

Fase I - Hepática/IntestinalFase II - Hepática/Intestinal

Fase III - Intestinal

Onde ocorre?

Page 21: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 21

Detoxificação

Fase I: os polifenóis são fundamentais para ativação de citocromo P450

Fase II: os antioxidantes e aminoácidos (NAC,metionina,

taurina e BCAA), para ativar e regenerar glutationa.

Entendendo a detoxificação Fase I é o efeito de mudança da substância química por

meio do citocromo P450 que gera um metabólito reativo.

Justamente por ser reativo, esse metabólito necessita entrar na fase II, em que ocorre a bioinativação do metabólito, evitando a peroxidação lipídica e danos oxidativos para a célula.

Paschoal, Valeria et al- Nutrição Clínica Funcional: dos principios a prática clínica, São Paulo, 2007

Page 22: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 22

Detoxificação

Para ocorrer fase I e II são necessários alguns

nutrientes visto que o processo de detoxificação são

cascatas de reações;

alimentos têm compostos bioativos, como os

flavonóides, catequinas, terpenos e compostos

fenólicos.

ex: frutas vermelhas e roxas; limão e frutas cítricas;

temperos como cúrcuma; própolis; brássicas.

Paschoal, Valeria et al- Nutrição Clínica Funcional: dos principios a prática clínica, São Paulo, 2007

Page 23: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Detoxificação

FASE I: tem objetivo de introduzir um novo grupo funcional para modificar o grupo existente, da exposição do receptor para a conjugação da fase II. Ocorrendo reações do tipo oxidação, hidroxilação por oxidoredutases e componentes do citocromoP450, além de outros sistemas.

O citocromo P450 é o sistema mais importante de detoxificação, sendo composto por mais de 30 famílias de heme proteínas, cada qual responsável por expressão de genes diferentes, além de que cada isoenzima é capaz de lidar com substâncias químicas específicas.

FASE II: tem o objetivo transformar as toxinas ativadas (metabólitos reativos) formados na fase I em moléculas hidrossolúveis. Realizada principalmente pelas enzimas transferases, que fazem conjugação com grupos químicos específicos. Exemplo: as sulfotransferases que são as enzimas responsáveis por transferir a molécula de sulfato para ser conjugada com os intermediários reativos da fase I.

Page 24: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 24

Fase II

Toxinas(não polares,

lipossolúveis)

Derivados

Excretáveis( polares,

hidrossolúveis)

Fase I

P450

Intermed.

Reativos

e RL’s

B1 B2 B3 B12

Ác. Fólico, vit.C

Glutationa, Fe

AACR, Mg, Mo

Flavonóides, S

Fosfolipídeos

Carotenos

Flavonóides e compostos

polifenólicos

Vits. A, C e E

Se, Cu, Zn, Mn

Coq10, GSH

Silimarina, tióis

Serina, colina, B5, B6, B9, B12, Mg

Metionina, Taurina, Glutamina, Sulfato,

Glutationa (NAC,cisteína,

Cisteína, Glicina),Se, B2, B3 e C; Mo

Antioxidantes

Cofatores

Substratos e

cofatores

Detoxification: A Clinical Monograph. The Institute for Functional Medicine, 1999.

Page 25: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Fatores que Influenciam a Capacidade de

Detoxificação

Alimentação

Estilo de Vida

Meio Ambiente/ Carga tóxica

Polimorfismos Genéticos

Idade e Sexo Doenças/Medicamentos Microbiota intestinal saudável

A American Cancer Society sugere que 2/3 dos casos de câncer dos EUA são ocasionados apenas por 2 fatores: fumaça inalada e

alimentos ingeridos.

HARDMAN, J.G., et al. Goodman & Gilmans The Pharmacological Basis of Therapeutics. 10th edition, McGraw Hill - 2001.

BRAUNWALD, E. et al. Harrison‟s Principles of Internal Medicine. 15th edition, McGraw-Hill - 2001.

JONES D.S. et al. Detoxification: A Clinical Monograph. The Institute for Functional Medicine, 1999.

Page 26: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 26

“Dietas de Detoxificação”

Medicamentos

Alimentos

Alergênicos

Carnes de

Órgãos

Gorduras

Hidrogenadas

Gorduras

Frituras

Farinha

Refinada

Carnes

Doces

Laticínios

Ovos

Produtos

de Padaria

Nozes

Sementes

Feijões

Aveia

Trigo

Raízes

Abóboras

Outros

Vegetais

Frutas

Ervas

Água

Folhas

Verdes

Arroz

Trigo

Mourisco

Massa

Batatas

Mais Congestionantes

Potencialmente Mais Tóxicos

Menos

Congestionantes

Mais Detoxificantes

Elson M. Haas , The Detox Diet, 1996

Page 27: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 27

Polimorfismo

Genômica Nutricional

Nutrientes e Expressão Gênica

Interação com

Fatores de

Transcrição

Modulação

Epigenética

Zeisel. Am. J. Clin Nutr., 86: 542-548, 2007. HESKETH JE. VASCONCELSO MH. BERMANO G. Regulatory

signals in messenger RAN: determinants of nutrient-gene interaction and metabolic compartmentation. Br J

Nutr, 80: 307-321, 1998. ROCHE HM. Dietary lipids and gene expression. Biochem Soc Trans, 32 (part 6):

2004.

Page 28: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 28

Nutrigenômica

O ambiente nutricional modifica a expressão dos genes Dependendo do genótipo do indivíduo o metabolismo

dos nutrientes pode variar e resultar em diferentes estados de saúde

Os nutrientes afetam nosso metabolismo exercendo efeitos em vários níveis genéticos de grande complexidade biológica como:

- transcrição gênica- processamento do RNA- estabilidade do m RNA- modificações pós-translacional- efeitos diretos no metabolismo celular

As interações gene-nutriente podem explicar porque alguns indivíduos respondem mais favoravelmente a

certas intervenções dietéticas que outros.

Page 29: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 29

METILAÇÃO DO DNA

ESSENCIAL PARA A FUNÇÃO NORMAL DA CÉLULAÉ um processo bioquímico que silencia ou ativa os genes

Componentes dietéticos que influenciam na metilação do DNA: Betaína Colina Fibras Folato Genisteína Metionina Polifenóis Selênio Vitamina A Vitamina B6 Vitamina B12 Zinco

TRUJILLO, E. et al., J. Am. Diet. Assoc., 106: 403, 2006

Page 30: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 30

Segundo Kaput e Rodriguez ( Physiol Genomics 16: 166-177 , 2004),

nutrigenômica pode ser melhor explicada por cinco princípios :

em determinadas circunstâncias, e em alguns indivíduos, a dietapode ser um fator de risco grave para uma série de doenças .

substâncias químicas comuns na dieta pode agir sobre o genoma humano, direta ou indiretamente, para alterar a expressão do gene ou estrutura.

o grau em que a dieta influencia o equilíbrio entre os estados de doença e saúde pode depender da composição genética de um indivíduo.

Nutrigenômica

Page 31: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 31

Nutrigenômica

alguns genes regulados dieta são susceptíveis de desempenhar um papel no início, na incidência, progressão e ou gravidade de doenças crônicas.

intervenção dietética baseada no conhecimento da exigência nutricional , estado nutricional e do genótipo (isto é, " nutrição personalizada ") podem ser utilizados para prevenir, atenuar ou curar uma doença crônica.

a compreensão molecular de como a nutrição afeta o corpo como um todo, por alterar a expressão e a função genética, deve permitir a avaliação de requerimentos nutricionais individuais, e promover a melhora da saúde e da qualidade de vida.

Page 32: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 32

Dieta sem Glúten e Caseína

JUPITER IMAGES (foto); JEN CHRISTIANSEN (foto-ilustração)

Page 33: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 33

Dieta sem Glúten e Caseína

1979- Panksepp- substâncias opiáceas- registrou apresença de alterações comportamentais em animais,como irritabilidade, agressividade, movimentosrepetitivos, transtorno de sono, entre outros.

Segundo,Shattock, o autismo pode ser umaconseqüência da ação de peptídeos de origem exógenaque afeta os neurotransmissores dentro do SNC. Esseexcesso de opióides interfere com o neurotransmissor aonível do simpático e diminuí a força dos impulsossensoriais.

(Négron, 1999; Shaw, 2002 e Page, 2000).

Page 34: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 34

Caseomorfina e Gluteomorfina

O que são?Peptídeos exógenos que possuem a estrutura

química semelhante à opiáceos. Ex. morfina, heroína, cocaína

Possíveis Causas?- dificuldade na digestão destas proteínas- permeabilidade intestinal alterada- deficiência genética na enzima DPP IV(dipepitil

peptidase) incapacidade em quebrar esses peptídeos.

(Cave,2001)

Page 35: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 35

DPP IV

A enzima DPP IV é altamente sensível ao mercúrio e aos organofosforados função.

A DPP IV fica localizada no mesmo cromossomo 2q7 onde se localiza um outro gene já associado ao autismo.

Esta dificuldade metabólica congênita ou adquirida pela presença de xenobióticos, pode ser uma das causas do autismo através do aumento da absorção destas exorfinas, conduzindo a reações adversas no cérebro e ao desequilíbrio do sistema imune.

Page 36: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 36

Dificuldadede Digestãode Proteínas

Permeabilidade Intestinal

Processos Inflamatórios no Trato

Intestinal

Processos Inflamatórios

Sistêmicos

(Sun, Itokazu,2002 e Lin et al,2000)

Page 37: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 37

“O homem não é nutrido com aquilo que ele ingere, mas

com aquilo que ele digere e utiliza” Hipócrates.

“Faz do alimento o teu remédio, pois, sendo nosso corpo

a nossa verdadeira casa, devemos preserva-lo tanto

quanto devemos preservar a natureza”

Hipócrates em 2 500 A.C.

Page 38: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 38

Dieta sem Glúten e Caseína

Os peptídeos ocupam os receptores aminas no

cérebro, causando distúrbios de ordem psíquica,

causando o comportamento auto-destrutivo e

provocando um sintoma muito conhecido: a avidez

por alimentos, pela sensação de prazer.

O autismo pode ser acompanhado por respostas

inflamatórias imunes intensas, predispondo essas

criança com síndrome autística a sensibilização aos

peptídeos da caseína e glúten.

Page 39: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 39

Dieta sem Glúten e Caseína

Vários estudos feitos por Dohan, Rechelt, Schattock,

Cade, e outros estabeleceram que crianças com

autismo e adultos com esquizofrênias tem níveis

elevados de peptídeos na urina resultantes da quebras

incompletas de certas proteínas do leite e do trigo e

que a remoção destas proteínas através da dieta leva

a melhora dos sintomas.

(Page,2000; Shaw, 2002; Cave, 2001; Brudnak et al.,2002 e Juarez,2003)

Page 40: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 40

Glúten x Doenças Imunes

Hipersensibilidade ao glúten é muito comum. E está envolvido em diversas doenças auto-imunes

A regulação das tight junctions pela via da Zonulina

A Zonulina representa, segundo autores, uma proteína eucariótica que abre reversivelmente as TJ Intestinais.

Zonulina - proteína que regula as (TG) ao aumento da permeabilidade intestinal. Essa P. é liberada por alguns fatores incluindo o consumo de gliadina

Esta via da Zonulina tem vindo a ser explorada com a finalidade de passagem de fármacos, macromoléculas ou vacinas que normalmente não seriam absorvidas através da mucosa gastrointestinal.

Este papel de regulação da permeabilidade intestinal do sistema da Zonulina fez com que na última década este sistema tenha sido alvo de algumas investigações de forma a estabelecer relações entre a regulação da Zonulina, permeabililidadeintestinal e DAs

Fasano, A., Physiological, pathological, and therapeutic implications of zonulin-mediated

intestinal barrier modulation: living life on the edge of the wall. Am J Pathol, 2008

Fonte: Revista Scientific American Brasil - Setembro/2009 - pág. 40

André Matias Trigo, zonulina e algumas doenças autoimunes

Page 41: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 41

Leite x Doenças Auto Imunes Existem diversas evidências a indicar que o consumo de leite pode estar

implicado em diversas doenças auto-imunes, pois contém proteínas com sequências de aminoácidos semelhantes às encontradas em tecidos. ex : a homologia estrutural entre a proteína básica da mielina e um péptido da albumina sérica bovina.

O consumo precoce de leite bovino ou dado momento da vida em que a permeabilidade intestinal está aumentada poderia resultar numa reação auto-imune em crianças com halotipos HLA susceptíveis.

existe o mimetismo molecular entre a glicoproteína de oligodendrócito (MOG) e a Butirofilina.

existe homologia estrutural entre um péptido derivado da gliadina(trigo) e uma caseína (caseína beta).

Crianças desenvolvem Diabetes T.1 muito cedo e outras que só desenvolvem na adolescência. O desenvolvimento DAs dependerá de fatores protetores, como a vitamina D, antioxidantes e o teor de ômega 3 na dieta.

Page 42: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 42

Relação Inversamente Proporcional entre o Cálcio

dietético e absorção e retenção de Chumbo

STEPHENS R & WALDRON HA. Food Cosmet. Toxicol., 13: 555-563, 1975c

Mensuração da ingestão de cálcio e chumbo do leite e outros alimentos e

cálculo da retenção de chumbo pela diferença entre a ingestão e excreção

O leite como um alimento isolado não é uma boa

fonte de cálcio para o equilíbrio entre Pb:Ca, porque outros

constituintes do leite, como a lactose e os lipídios, podem aumentar a

absorção do Chumbo

Deficiência de Cálcio

Concentração Plasmática de Chumbo

Toxicidade OrgânicaGOYER RA Am. J. Clin. Nutr., 61 (suppl): 646S-650S, 1995

Slide by Gabriel de Carvalho

Page 43: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 43

Chumbo : permeabilidade intestinal, queda

da imunidade e dificuldade de aprendizado

Póvoa, Helion O cérebro desconhecido, 2002 ed. Objetiva

Page 44: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 44

Mimetismo Molecular

Mimetismo molecular em pessoas geneticamente predispostas

Várias bactérias intestinais epéptidos dietéticos contêm

sequências de aasemelhantes às de tecidos do

nosso organismo

Cordain L. Potential Therapeutic Characteristics of Pre-agricultural

Diets in the Prevention and Treatment of Multiple Sclerosis.

Direct MS (Multiple Sclerosis) of Canada Conference. Calgary, Canada,

Outubro de 2007

Page 45: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 45

TPM, Depressão, Ansiedade

490 Jovens, +-19 anos Bell IR et al.J Am Coll Nutr; 12(6):693-702,1993 Dec.

Indivíduos c/ hipersensibilidades alimentares tinham:

mais sintomas totais (no questionário)

indigestão

cefaléia, problemas de memória, defensividade, depressão, ansiedade, consumo de alimentos que mobilizam opióidesendógenos ou geram opióides exógenos (laticínios, doces, pães, gorduras)

síndrome Pré Menstrual e Cólon Irritável

Os dados são consistentes com o papel dos caminhos hipotalâmicos e olfatório-límbico nas hipersensibilidades ambientais e

alimentares”

slide by Gabriel de Carvalho

Page 46: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 46

O Alimento como Toxina

“Sensibilidade ao glúten pode ser

primariamente, e algumas vezes

exclusivamente uma doença

neurológica”

Hadjivassilliou, M et al. Headache and CNS white matter abnormalities associatedwith gluten sensivity. Neurology 56:385-388, 2001.

slide by Gabriel de Carvalho

Page 47: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 47

Doença Celíaca

“A etiologia da doença seria...a defeituosa digestão do

glúten (...) resultando em altas quantidades (anormais)

de certos peptídeos não digeridos (na luz intestinal (...)

seguida de reações imunológicas e citotoxicidade

direta”Cornell HJ; Stelmasiak T. A unified hypothesis of coeliac disease with implications

for management of patients. Amino Acids (2007) 33: 43–49. www.funcional.ntr.br

Teoria imunológica

Teoria Tóxica alterações estruturais e inflamatórias da

mucosa do intestino delgado

Penna,J.F e Mota C. A.J Doenças do Aparelho Digestivo-Gastroenterologia Pediátrica, 1994

Page 48: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 48

Sintomas Não Gastrointestinais

da Doença Celíaca

Infertilidade, Perdas fetais

Atralgia

Osteomalacia, Osteoporose

Vertigem

Neuropatia

Depressão

Demência

Murray J.A. The Widening Spectrum of Celiac Disease. Am J Clin Nutr, 1999;69:354-65 slide by Gabriel de Carvalho

Page 49: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 49

Dieta sem Glúten e Caseína

Alguns Sintomas que podem ser produzidos pelos Opiáceos:

Incomodo ou dor ao cortar a unha ou cabelo; Andar nas pontas dos dedos; Etiquetas das roupas incomodam; Hipersensibilidade auditiva; Cheiram tudo; Chupam as mãos; Não percebem alguns cheiros mas são sensíveis a outros; Só comem alimentos com certa textura; Colocam tudo na boca; Comportamentos sociais alterados (alucinação) Incomodo ao escovar os dentes Hipersensibilidade a luz e ou visual Maior tolerância a dor (analgésico) Falta de concentração e irritabilidade

Page 50: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 50

Dieta sem Glúten e Caseína

O que não entra na dieta:

leite e derivados

produtos com trigo, aveia , cevada, malte, centeio e

proteína vegetal

álcool de cereais

temperos industrializados

Produtos com caseínas e caseinatos

Page 51: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 51

Dieta sem Glúten e Caseína

O que é permitido na dieta:

arroz

milho

soja

amaranto

quinoa

lentilhas

feijões

grão de bico

ervilhas ** derivados

Page 52: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 52

Dieta sem Glúten e Caseína

Fontes ocultas de glúten e caseína:

Amidos em geral

Proteína vegetal hidrolizada

Deve-se ler cuidadosamente as embalagens

Page 53: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 53

Dieta sem Glúten e Caseína

Resultados

Melhora o nível cognitivo não verbal

Redução dos problemas motores, melhoras de comunicação e contato social

Redução do comportamento agressivo

Quanto tempo?

Mínimo de 1 ano desde que seja bem conduzida não há problemas na retirada destes alimentos

A dieta SGSC melhora significativamente em 81% dos pctsautísticos e em média 3 meses.

ADAMS, S.J.; BURTON, N.; CUTRESS, A. et al. Development of double blind gluten and casein free test foods for use in an autism dietary trial. J Hum NutrDiet;21(4):374, 2008.

ELDER, J.H.; SHANKAR, M.; SHUSTER, J, et al. The gluten-free, casein-free diet in autism: results of a preliminary double blind clinical trial. J Autism Dev Disord; 36(3):413-20, 2006.

Page 54: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 54

Dieta sem Glúten e Caseína

Efeitos colaterais iniciais da retirada do glúten e

caseína:

dores abdominais

ansiedade

fraqueza e vertigens

náuseas

cefaléias

hiperatividade

agressividade e sudorese

Page 55: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 55

Dieta sem Glúten e Caseína

Novo período de melhora

Abstinência

Período de Latência

Período Inicial Rápido de Melhora

Karl Reichelt Universidade de Noruega

Page 56: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 56

Dieta Antifúngica

Page 57: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 57

Dieta Antifúngica

Pode ser implementada junto com a dieta SGSC;

Propósito pode ser:diagnóstico ou terapêutico

Diferente das bactérias, os fungos possuem tipo de parede celular composta por polissacarídeos em

ligações cruzadas e são mais resistentes à lise pelo sistema complemento exigindo respostas humoral e

celular do sistema imunológico do hospedeiro.

BENJAMINI, E ; COICO, R ; SUNSHINE, G. Imunologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2002.

Page 58: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 58

Dieta Antifúngica

500.000 espécies de fungos vivem entre nós e podem ter

diferentes formas de vida, capazes de se proliferar

rapidamente, crescer e mudar ao longo dos anos.

cerca de 5.000 diferentes espécies de fungos vivendo em

nosso organismo como habitantes normais da pele,

vagina e trato gastrintestinal.

nosso sistema imune, nível de pH e outros

microorganismos (bactérias benéficas) nos protegem de

maiores problemas pela exposição contínua ao fungo.

Page 59: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 59

Dieta Antifúngica

Os fungos fazem parte da microbiota presente nas

mucosas do nosso organismo, principalmente na mucosa

intestinal, desde sempre.

A convivência com esses microorganismos é natural e, na

maioria das vezes – pacífica.

Síndrome Fúngica: são distúrbios que

podem se manifestar em qualquer órgão ou sistema

com sintomas físicos, mentais e emocionais.

Page 60: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Síndrome Fúngica

Fatores que desencadeiam a Síndrome Fúngica:

desequilíbrio da microbiota intestinal

incapacidade do sistema imunológico de defender o

organismo

deficiência orgânica para eliminar substâncias tóxicas

Page 61: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Síndrome Fúngica

jejum prolongado

consumo regular de lactose

consumo de carboidratos refinados

produtos industrializados e cafeína

consumo de bolor, mofo, leveduras contidos em

alimentos saudáveis

baixo consumo de legumes, verduras, frutas, cereais

integrais e leguminosas

proteína de difícil digestão (leite, glúten e soja), que podem

alterar a microbiota, modificando o pH natural do TGI

permeabilidade intestinal.CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência,

2009

Page 62: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 62

CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009

Page 63: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 63

Dieta Antifúngica

Os fungos causam enfermidades através de três mecanismos fundamentais:

alguns fungos determinam reações imunológicas que podem resultar em reações alérgicas (hipersensibilidades) depois da exposição aos antígenos do fungo.

produção de micotoxinas, um amplo e diverso grupo de exotoxinas fúngicas ex. Aspergillus flavus

através da infecção e inflamação subsequente. Ex. micoses

CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência,

2009

Page 64: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 64

Síndrome Fúngica – sinais e

sintomas

Sistema digestivo: flatulência distensão abdominal, dispepsia prurido ou ardência anal, colite, fezes floculadas, sangue nas fezes dores abdominais difusas boca ou garganta seca coceira na garganta aftas,sapinho, língua branca náuseas e vômitos

Page 65: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 65

Síndrome Fúngica – sinais e

sintomas

Sistema nervoso: enxaqueca, fadiga anormal e inexplicável, obsessão, ansiedade, mudança de humor compulsividade sonolência falta de saciedade, fome noturna falha de memória comportamento agressivo, depressão e insônia autismo, hiperatividade, distúrbio de concentração e/ ou

de aprendizado e depressão bipolar.

Page 66: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 66

Síndrome Fúngica – sinais e

sintomasPele: urticária, psoríase, eczemas coceira, escamação,manchas dermatite, vermelhidão transpiração excessiva, dermatite seborréica, acne, rosácea infecções nas unhas e assaduras.

Trato geniturinário: disúria, cistite intersticial, urgência urinária infecções urinárias recorrentes candidíase vaginal de repetição, ardência e prurido vulvo

vaginal.

Page 67: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 67

Síndrome Fúngica – sinais e

sintomas

Sistema endócrino: hipo ou hiper tireoidismo auto-imunes como tireoidite de Hashimoto doença de Addison e diabetes tipo I

Outros Sistemas: bronquite asmática fibromialgia, edemas artrite reumatóide lúpus eritematoso esclerose múltipla imunodepressão e processos alérgicos.

Page 68: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 68

Síndrome Fúngica

distúrbios de

detoxificação

Alteração

sistema

imune

alérgicos inflamatórios autoimunes

proliferação

de fungosmicotoxinas

sintomas

desequilíbrios

nutricionais hipoglicemia

Page 69: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 69

Dieta Antifúngica

As toxinas produzidas pelos fungos entram na corrente

sanguínea e seguem até o cérebro causando sintomas

como:

Alienação

Embotamento mental

Falta de energia

Page 70: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 70

Como as Alergias Alimentares

Tardias podem promover

proliferação

Fúngica?

Page 71: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 71

Estresse do

Sistema

imunológico

Carência

nutricional

Alterando

Permeabilidade

intestinal

Desencadeando

processo

inflamatório

.absorção de

macromoléculas

Proteícas

.Metabólitos de

fungos/bact pat.

.Metais tóxicos

ocupando os

receptores das

endorfinas

naturais e

modificando o

comportamento

Page 72: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Gliotoxinas Outra causa de desequilíbrios orgânicos, associada ao supercrescimento

fúngico, é a produção por esses microorganismos de compostos químicos chamados gliotoxinas.

São compostos que fragmentam o DNA dos glóbulos brancos do sangue, causando ou agravando a depressão do sistema imunológico. (imunotóxicas).

Entre as suas ações podemos destacar:

- Inibe a ativação do NFkB em resposta aos estímulos recebidos pelascélulas imunológicas LB e LT, inibindo a resposta imune adaptativa.

- Induz apoptoses em várias células imunológicas incluindo neutrófilos, eosinófilos, monócitos e células dendríticas (inibindo a apresentação de antígenos), resultando inclusive na supressão de respostas específicas pelos linfócitos (LT) contra o microorganismo (por ex. Cândida sp ou Aspergillus fumigatus).

Candida contém glicoproteínas que tem o potencial de estimular os mastócitos a liberar histamina e prostaglandina (PGE2), substâncias pró-inflamatórias que

podem causar inclusive Síndrome do Intestino Irritável.

CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São

Paulo: Referência, 2009

Page 73: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 73

Síndrome Fúngica

Tratamento: abordagem individual

equilíbrio do estado nutricional e imunológico

Como muitas infecções fúngicas evoluem lentamente e

são de difícil diagnóstico, podem transcorrer meses ou

anos antes que o indivíduo infectado perceba a

necessidade de um tratamento clínico.

CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009

Page 74: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 74

Dieta AntifúngicaTratamento: Retirada dos alimentos que contenham fungos ou que estímulem

seu crescimento (açúcar, leite e derivados, alimentos alergênicos) Evitar alimentos que promovam a fermentação e proliferação dos fungos; Recuperar e manter a integridade intestinal Corrigir a disbiose intestinal Modular o sistema imunológico Adequar o processo de detoxificação do organismo Tratar e previnir alergias alimentares Uso de antifúngicos.ex. nistatina Uso de antifúngicos naturais ex. óleo de coco, óleo de orégano,

alho, ácido caprílico, entre outros.

“O hospedeiro é mais importante que o invasor” (Louis Pasteur)

CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009

Page 75: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 75

Cranberry(Vaccinium macrocarpon): inibe a adesão fúngica por provável ação de polifenóis, além de ser fonte de vitamina C, fibras e manganês.

Equinácea(Echinacea purpúrea L): sob prescrição médica, é indicado por estimular do sistema imunológico, aumentar e promover a liberação de fator de necrose tumoral, IL- 1 e interferon- B2 de macrófagos.

Gengibre(Zingiber officinale): promove secreções gástricas, aumenta o peristaltismo. O ginerol é um inibidor potente da biossíntese da prostaglandina e leucotrienos sendo muito utilizado para inflamação.

2DUGOUA, J.J.; et al. Safety and eficacy of cranberry ( Vaccinium Macrocarpon) during pregnancy and lactation.

Cand. J. Clin. Pharmac., v.15, n.1, 2008

YARNELL, E. Botanical medicines for the urinary tract. World J. Urol, v.20, p.285-293, 2002

BURGER, R.A; et al. Echinacea induced cytokine production by human macrophages. In: CARLOS,I.Z; et al. Ação de extrato metanólico e etanólico de Davilla elliptica St. Hill.

(malpighiaceae) na resposta imune. Rev. Brás. Farmac., v.15, n.1, p.44-50, 2005. ROSA, C. de; MACHADO, C.A.Plantas medicinais utilizadas no tratamento de doenças reumáticas:

revisão. Rev. Brás. Farm. , v.88, n.1, p.26-23, 2007.

Page 76: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 76

Óleo de coco extra virgem: O ácido láurico é transformado pelo organismo em monolaurina que possui ação antibacteriana, antifúngica, antiviral e antiprotozoária, pois este ácido graxo solubiliza os lipídeos contidos no envoltório de patógenos, causando destruição da capa lipídica de vários microrganismo. Uma vantagem deste alimento, é que não afeta as bactérias da flora intestinal probiótica.

Ômega 3: é o principal nutriente anti-inflamatório, sendo modulador do sistema imunológico e anti-histamínico.

Orégano (origanum vulgare L.):O Carvacrol e Timol, dois agentesfenólicos presentes no orégano, são responsáveis pelos efeitos antimicóticos e antimicrobiano. Sua eficiência esta relacionado no combate do crescimento e sobrevivência de bactérias e fungos contaminantes de alimentos, bem como inibindo a produção de toxinas microbianas.

CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta .São Paulo: Referência, 2009.

ARITA, M. Stereochemical assignme, antiinflammatory properties, and receptos for the omega-3 lipd mediator resolving E1. JEM, v.201, n. 5 p. 713-722, 2005.

HELAL, R.G; STELATO, M.M. Avaliação da atividade antifungioca do óleo essencial de origanum vulgare. Anais do XIV Encontro de iniciação cientifica da PUC- Campinas, 2009.

Page 77: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 77

Probióticos: melhoram o equilíbrio da microbiota intestinal para o controle da proliferação de fungos diminuindo estado de disbiose. O ideal é o uso de diversas cepas, pois agem modulando o sistema imunológico.

Quercitina: possui importante papel antiinflamatório e antialérgico, inibindo a formação e ação da histamina e de outros mediadores inflamatórios e alérgicos.

Silimarina (Silybum marianum L.):a silibina, composto mais ativo da silimarina, impede a entrada de toxinas na células hepáticas, ligando-se a receptores de membrana impedindo o transporte de substâncias tóxicas para o interior da célula hepática, possuem ação antioxidante e regenera hepatócito.

Unha de gato (Uncaria tomentosa): aumenta a sensibilidade e reatividade do sistema imune, a fagocitose e inibe processo inflamatório.

BEDANI, R; ROSSI, E.A. Microbiota intestinal e probióticos: implicações sobre o câncer de colon. J Port

Gastroenterol, v.12, p.19-28, 2009BROWN, A.C ; M.S., A.V. Probiotics and medical nutrition therapy. Nutr Clin Care.v.2, n. 2, p. 56-68, 2004

FLÓREZ, M.S; et al. Los flavonoides: propiedades y a acciones antioxidantes. Nutr. Hosp. V. XVll, n. 4, p.271-278, 2002

SANDOVAL, M. ;LAZARTE, K; ARNAO, I. Hepatoproteccion antioxidante de cáscara y semilla de Vitis viniferaL . ( uva). An. Fac. Méd. , v.69, n. 4, p.250-9, 2008.MORENO,S.R.F; et

al.Effect of oral ingestion of extract of the herb Uncaria Tomentosa on the biodistribution of sodium in rats. Brazilian Journal of medical and biological research, v.40 , p. 77-80, 07

Page 78: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 78

Dieta Antifúngica

Alimentos com maior teor de leveduras pães produtos fermentados ou envelhecidos: bebidas

alcóolicas, extrato de baunilha, queijos frutas secas temperos e molhos com vinagre açúcares e farinhas refinadas em geral xaropes de milho vitaminas e suplementos devem ser livres de açúcar e

leveduras uvas, maçãs nozes, amêndoas, avêlas, amendoins

Póvoa, Helion O cérebro desconhecido, 2002 ed. Objetiva CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: , 2009

Page 79: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 79

Dieta Antifúngica

Efeitos colaterais: Die off / REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER

Cansaço, letargia

Febre, dor de cabeça

Comportamento estereotípicos

Aumento da hiperatividade/agitação

Náuseas, vômitos e mal estar generalizado

Quadro de piora clínica e sintomática pode ocorrer de 12

horas até 4 dias após a primeira administração do

medicamento ou fitoterápico antifúngico

Page 80: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Antifúngica

Efeitos colaterais/die off

essa reação é devida a liberação em excesso de ácidos orgânicos ou

subprodutos tóxicos presentes nos fungos, que podem ser absorvidas

pela mucosa intestinal desencadeando sintomas no organismo.

Os sintomas desta reação costumam persistir por no máximo 10 a 15

dias.

Podemos amenizar esta reação com alguns cuidados como :

suporte nutricional,

equilíbrio da microbiota

melhora da permeabilidade intestinal e eliminação de toxinas.

Page 81: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Carboidratos Específicos

Page 82: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 82

Dieta Carboidratos Específicos

Dieta específica para doenças intestinais que pode ajudar muito quem tem diarréia crônica, doença de Crohn, Colite Ulcerativa

ou Doença Celíaca

O princípio básico da dieta é eliminar os carboidratos da alimentação - massas, arroz, açúcar, pães e farinhas.

A tese da autora é que os carboidratos são energia para os micróbios do intestino e contribuem para o desenvolvimento de doenças inflamatórias intestinais. 1994, livro Breaking the ViciousCycle. www.breakingtheviciouscycle.com

Estudo em grupo de crianças autistas demonstrou uma deficiência de enzimas digestivas (lactase e dissacaridaseslevando a uma má absorção – Massachusetts General Hospital Harvard

Page 83: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 83

Dieta Carboidratos Específicos

O que já sabemos...

Fatores que podem influenciar na má absorção e

intolerâncias aos carboidratos:

Grau de atividade das enzimas digestivas

Mastigação dos alimentos

Secreção ácida

Velocidade do esvaziamento

Manutenção da integridade estrutural e funcional do

intestino

Penna,J.F e Mota C. A.J Doenças do Aparelho Digestivo-Gastroenterologia Pediátrica, 1994

Page 84: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 84

Dieta Carboidratos Específicos

Má absorção de CHO pode ser primária ou secundária

Primária: ocorre como consequência de uma alteração genética na produção de enzimas responsáveis pela hidrólise dos açúcares ou por uma redução nas unidades proteícas transportadoras de monossacarídeos

Secundária: ocorre decorrente de uma agressão da mucosa intestinal com consequência a diminuição da atividade de enzimas.

Penna,J.F e Mota C. A.J Doenças do Aparelho Digestivo- Gastroenterologia Pediátrica, 1994

Page 85: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 85

Dieta Carboidratos Específicos

Quando iniciar a Dieta?

Crianças com alterações gastrointestinais severas, que

não melhoram com a dieta sem glúten e caseína e

antifúngica.

Sintomas: náuseas, dor abdominal, flatulência,

diarréias,...

Page 86: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 86

Dieta Carboidratos Específicos

Principais alterações/sinais:

Regressões

Alterações de comportamento

Hiperatividade

Agressividade

Alterações de sono

Alterações gastrointestinais

Falta de concentração

Page 87: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 87

substituição de alimentos ricos em carboidratos refinados por carboidratos integrais (baixo IG), que reduzem as taxas de glicose no sangue após as refeições.

A associação de dieta rica em proteínas com carboidratos de baixo IG pode mostrar-se uma boa alternativa não só para perda de peso, mas para outros benefícios à saúde.

Estudos mostraram que dietas de baixo IG, bem como a restrição de sal é importante para evitar maiores perdas de cálcio.

Dieta Carboidratos Específicos

Page 88: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 88

Dieta Carboidratos Específicos O intestino de um paciente de DII é inflamado e por isso não produz as

enzimas necessárias para a absorção dos alimentos. Quando o carboidrato

chega num intestino nesse estado, passa a ser utilizado pelas bactérias

locais, provocando um aumento de gases

“Os pacientes de DII devem buscar a alimentação mais equilibrada e

saudável possível, independente do momento que estejam atravessando,

crise ou remissão dos sintomas”

“Através de um acompanhamento eficaz, o adequado estado nutricional do

paciente é fator determinante para a resposta do organismo à doença e para

o sucesso de qual­quer terapêutica clínica ou cirúrgica que for feita. A terapia

nutricional individualizada, baseada nos aspectos e no tratamento da doença,

é capaz de promover uma melhora efetiva dos sintomas e do estado

nutricional, permitindo aos pacientes uma melhor qualidade de vida, com o

mínimo de limitações”

Page 89: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 89

Dieta Carboidratos Específicos

Os carboidratos simples, como os da frutas, vegetais, mel de abelha, pães, biscoitos, bolos,... não necessitam de processos digestivos complexos e não absorvidos de forma imediata.

Carga Glicemica elevada x inflamaçãoDieta com CG elevada foi associada a:

Valores mais elevados de: PCR ultra-sensível IL-6 TNF- IL-1ß

Liu S et al. Am J Clin Nutr. 2002 Mar;75(3):492-8. Levitan EB, et al. Metabolism. 2008 Mar;57(3):437-43. Qi L, Hu FB. CurrOpin Lipidol. 2007 Feb;18(1):3-8. Du H, et al. Am J Clin Nutr. 2008 Mar;87(3):655-61. Kallio P, et al. Am J Clin Nutr. 2008 May;87(5):1497-503. Motton DD, et al. Am J Clin Nutr. 2007 Jan;85(1):60-5.

Page 90: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 90

Mas será que os carboidratos têm realmente importância na nossa alimentação?

os carboidratos são a base da nossa alimentação, praticamente tudo o que diariamente ingerimos, é composto por carboidratos.

O fator principal é fornecer a energia básica para as nossas atividades diárias, para nossas células.

A ausência deste nutriente na dieta, por um período prolongado, pode trazer efeitos indesejados como fraqueza, mal estar, desidratação, menos

resistência a infecções, entre outros.

Page 91: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 91

Açúcar

Hiper e hipoglicemias constantes podem

alterar o humor do indivíduo (LAZARUS, 1997).

Leva a hiperglicemia imediata e hipoglicemias reativa

Depleta vit. complexo B, Cr, Mg.

AÇÚCAR DEPRESSÃOWestover e Marangell, Depression and Anxiety, v.16, 2002

Hiperatividade, alterações gastrointestinais e aumento de

fungos

Page 92: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 92

Açúcar

Consumo de sacarose per capita anual no Reino Unido: 1815: 6,8 kg 1970: 54,5 kg

Pensa-se que a produção de sacarose tenha surgido na Índia em 500 AC

Antes disso, o consumo de açúcar era sazonal e resumia-se ao mel

Exemplo: Aborígenes do Norte da Austrália: 2 kg de mel/pessoa/ano

slide by Pedro BastosCordain L et al. Origins and evolution of the Western diet: health implications for the 21st century.

Am J Clin Nutr. 2005 Feb;81(2):341-54.

Page 93: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 93

Açúcar

Alguns autores sugerem que a retirada do açúcar seja feita de forma gradual,ao longo de 3 semanas,para evitar o desaparecimento dos sintomas e, em seguida, re-introduzir o açúcar por cinco dias, verificando os sintomas apresentados.

Se a criança apresentar uma forte reação adversa a re-introdução do açúcar, o papel do mesmo nesta criança fica comprovado.

Mesmo que o aparecimento dos sintomas não seja evidente, a restrição do açúcar pode contribuir com a melhora da flora intestinal.

Póvoa, Helion O cérebro desconhecido, 2002 ed. Objetiva Dra. Berenice Wilke -April 16, 2009 Autismo –Papel da Alimentação e do sistema gastrointestinal-Disponível no site: http://www.clinicaberenicewilkeblanes.med.br/

Page 94: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 94

Dieta Carboidratos Específicos

Alimentos permitidos

proteínas: carnes, peixes, frutos do mar, ovos,

frutas: todas naturais,cruas e com cascas

vegetais

nozes, sementes em geral

leguminosas: feijões, lentilhas

bebidas: sucos vegetais e frutas*atenção

chás

adoçantes: xilitol e estévia

Considerações gerais

ingerir alimentos de baixo indice glicêmico

ingerir fibras solúveis

aumentar frequência as refeições

Page 95: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Carboidratos Específicos

Alimentos não permitidos

alimentos com alto teor de índice glicêmico

batatas, arroz, trigo,...

frutas secas

Page 96: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 96

Dieta Carboidratos Específicos

Considerações gerais:

O processo de melhoria pode ser devagar e pode ter

falhas

Não incluir alimentos AA

Começar lentamente a introduzir os novos alimentos

Page 97: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Rotação

Eliminação

Reintrodução

Rotatividade

Page 98: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 98

Histórico da Alergia Alimentar

Hipócrates (2400 AC) Lucretius “o que é comida para um, é para outros

amargo veneno” 1905, Francis Hare– descreveu vários aspectos de AA:

incluindo alcoolismo, obesidade e adicção alimentar 1906, definiu-se alergia como qq reação alterada a uma

substância normalmente inofensiva definindo toda alergia mediada por IgE

1930, Dr. Coca publicou o livro” The Puls Test” no qual descreve que o pulso de uma pessoa aumenta quando exposta a um alergeno, formulando o conceito de hipersensibilidades, adotando o termo “Atopia” para descrever reações mediadas por IgE e outras imunoglobulinas...

Page 99: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 99

Histórico da Alergia Alimentar

Hábitos alimentares são um fator importante para

explicar o aumento das AA

A alimentação das crianças desde pequenas

diversificada somada a adição de ingredientes pouco

saudáveis e a globalização alimentar – nos quais em

gerações passadas não chegaram a conhecer

Brunet, Jean-Louis – Alergias –Editora Larousse,2007

Page 100: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 100

Tipo I (IgE) Tipo II Tipo III

• IgG (tardia)

• imunocomplexos

Tipo IV

• Linfócito T + IgG tardia

Alergia é uma reação imunológica excessiva ou

inapropriada do organismo em sua defesa contra uma

determinada substância – o antígeno, causando

distúrbios funcionais em órgão alvos

IgG/ IgM

citotoxica

Alergia Alimentar

imediata

celular

Page 101: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 101

Alergias Alimentares

IgE

Reação imediata clássica

2% das AA

Fixa- tem componente

hereditário

Reintrodução muito dificil

Anticorpos IgE ligados aos

alimentos- decrescem

rapidamente em semanas

Os anticorpos reaparecem

logo que o alimento seja

consumido novamente

IgG

Reação tardia (2 a72 hs) 98% das AA Ciclíca – variada de acordo

com a exposição Eliminação/Reintrodução/

Rotação Anticorpos IgG ligados ao

alimento podem levar de 3 a 9 meses para descrescerem e até 1 ano para dessensibilizar

Para que os níveis de anticorpos se elevem é preciso ingerir o alimento por semanas ou meses.

Page 102: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 102

Alergia x Sensibilidades

Alergia (imuno mediada)

Sensibilidade ( alergias, intolerâncias ou outras reações

alimentares) ex.

intolerância a dissacarídeos

hipo ou hiperglicemia

distúrbios na detoxificação

distúrbios bioquímicos

distúrbios funcionais em órgãos alvos

Page 103: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 103

Hipersensibilidades Alimentares

Alimentos liberadores de histamina que agem em contato com a mucosa intestinal: morango, tomate, clara de ovo, carne de porco, chocolate, peixes, crustáceos e algumas frutas

Alimentos naturalmente ricos em histamina: queijos, embutidos, tomate, pepino e alguns peixes – a histamina é liberada no processo de digestão

Alimentos ricos em tiramina: queijos Alimentos ricos em feniletilamina: queijos e

chocolates Féculas/excesso do consumo de amido e celulose

provoca a proliferação da flora de fermentação –fonte complementar de síntese de histamina.

Brunet, Jean-Louis – Alergias –Editora Larousse,2007

Page 104: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 104

Hipersensibilidades Alimentares

Insuficiências Nutricionais:

vitaminas (B1, B3, B6, AF, B12)

minerais (Mg, Cr, V, Zn), ácidos graxos(n-3);

Exposição a Metais Tóxicos

Hipoglicemia

Déficit na Detoxificação

Hiperpermeabilidade e Disbiose Intestinal

Page 105: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Permeabilidade Intestinal

Page 106: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Permeabilidade IntestinalFATORES QUE PODEM ALTERAR A INTEGRIDADE DA PAREDE

INTESTINAL, CAUSANDO “LEAKY GUT” :

baixa ingestão de fibras dietéticas

consumo regular de carboidratos refinados e substâncias químicas

consumo regular de fatores antinutricionais ( ex. cafeína )

deficiência de enzimas digestivas ( ex. lactase )

alergênicos alimentares ( ex betalactoglobulina )

infecções (parasitas, bactérias, fungos)

alta quantidade de espécies reativas de oxigênio

carências nutricionais

medicamentos ex. antibióticos

álcool

sensibilidade ao glúten

disbiose intestinal

Page 107: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 107

Alguns autores propõem relações significativas entre alergia alimentar e o processo de peso corporal. (Lin et al, 2000; Bodmer et al., 1999)

das citocinas pró- inflamatórias da RI histamina relaxamento cerebral sensação de prazer;serotonina: ansiedade compulsão, falta de saciedade e

vontade de comer doces ou carboidratos;

Irritação da mucosa intestinal inflamação e achatamento das microvilosidades diminuição das enzimas digestivas

alteração da permeabilidade intestinal.

Page 108: Dietas no-tratamento-do-autismo

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ALERGIAS ALIMENTARES

...85% das crianças deprimidas

eram alérgicas...

Existe forte relação entre alergia alimentar e depressão

ANSIEDADE X DEPRESSÃO X SII X ALERGIAAddolorato et al., Hepatogastroenterology;45(23):1559-64, 1998

Goodwin, Castros, Kovascs, Psychosom Med, v.68, p.94-8,2006;

Stauder, Psychosom Med,

v.65, p.816, 2003; COMPRE PSYCHIAT, v.17, p.335, 1976

Page 109: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Alguns Sintomas de AA

Neuropsicológicas: Enxaqueca;Alteração de sono e ou humor;Insônia;Hiperatividade;Falta de concentração;Ansiedade;Depressão;Fadigas inexplicáveis, Convulsão;Comportamento anti-social;Embotamento mental

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Sinais e Sintomas Relacionadas

as AA Tardias

Pele:

sensibilidades

transpiração excessiva

palidez

face inexpressiva

assaduras

Nariz:

incontinência rinítica

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Sinais e Sintomas Relacionadas

as AA Tardias Olhos: vermelhos coceira lacrimejantes prega ou bolsa sob os olhos inchaço olhar para o nada/não registra o que vê

Orelhas: infecções recorrentes (otite ou descamação)

vermelhas - precedendo ou acompanhando mudanças bruscas de personalidade

Page 112: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Sinais e Sintomas Relacionadas

as AA Tardias Bochechas: brilhantes vermelhas circular (rouge) cças de 1 a 4 anos

Lábios: secos e rachados gengivas/interior de bochecha: desenvolvimento de feridas/úlceras

Língua: branca rachada bolinhas

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Sinais e Sintomas Relacionadas as AA

Tardias Fala: rápida gaguejar balbuciar pouco nítida voz rouca tom alto repetir várias vezes a mesma palavra ou sentença sons estranhos/associado com mudanças faciais Outros: sede excessiva, mãos e pés frios, inflexibilidade nas juntas, enurese noturna hipoglicemia obesidade mudanças bruscas na escrita e no entendimento acompanhada de

mudança no comportamento

Page 114: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Rotação

1- Analisar fatores que contribuem para o desencadeamento ou exacerbação da sintomatologia

Desmame precoce e introdução dos alimentos Frequência do consumo dos alimentos Preferências Aversões Monotonia alimentar Alimentos ocultos Consumo de produtos químicos e articificiais Fatores antinutricionais: cafeína Ingestões alimentares(fungos, toxinas,... Medicações que interferem com TGI e biodisponibilidade de

nutrientes Estresse: aumenta da demanda por nutrientes Poluição e toxinas ambientais Alterações bruscas de temperaturas

Page 115: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Rotação

2-Observas as causas de disbiose intestinal Jejum prolongado Antibióticos e quimioterapias Decréscimo do IgA secretor Má digestão Parasitas intestinais, fungos e bactérias patogênicas Baixa ingestão de frutas, verduras e legumes Presença de xenobióticos Aumento do pH intestinal Deficiências nutricionais: zinco, vitamina A, folato Excesso de ingestão de gorduras, carboidratos simples, proteínas,...3- Analisar fatores sócio-culturais Dinâmica familiar e social Resistência ao tratamento nutricional Analisar história materna

Page 116: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Rotação - Tratamento

Tratar intestino/probióticos

Retirar alimentos alergênicos (dieta de eliminação e

rotação)

Evitar todos alimentos com "alta reatividade" IgE-

mediado

Evitar todos alimentos com "alta reatividade" IgG-

mediados, por 3 à 6 meses

Evitar ou rodar os alimentos com"moderada

reatividade", por 4 à 8 semanas e depois reintroduzí-los.

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Dieta Rotação - Tratamento

Reintroduzir os alimentos com alta reatividade, após 3 a 6 meses

Realizar a rotação na dieta 4 a 8 semanas -– evitar a monotonia alimentar

Se a reação retornar, suspender novamente e tentar de novo em alguns meses,

Se não tiver mais reação fazer a rotação a cada 4 dias. Observação e anotação – importantes

Iniciar com enzimas digestivas Escolher um alimento cada vez; Eliminar da dieta por 5 dias; Voltar a introduzir na dieta e observar se houve alguma

mudança; Anotar em um diário as mudanças de comportamento

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Fontes Ocultas de AA

Ovo: vitelina, ovovitelina, lecitina, ovomucóide, ovomucina, e

albumina

Leite: caseína, caseinato de sódio, lactose, lactoalbumina, soro e

leite em pó

Trigo: farinhas, gomas vegetais, gérmem de trigo, trigo integral,

semolina, triticale, couscous, xarope de cereal maltado, proteína

vegetal hidrolisada, farelos, ou alimento modificado com amido ou

fécula e glúten

Milho: amido de milho, dextrose, proteína do milho, glucose,

maltodextrina, “caramelos coloridos”

Soja: feijões de soja, tofú, lecitina, óleo de soja, temperos prontos ,

proteína da soja, salsichas, acentuadores de sabor, brotos de soja,

molhos de soja

Carne de boi: gelatinas, mocotó

Papaia: papaína e carnes maturadas

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Dieta Feingold

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Dieta Feingold

Dr. Benjamim Feingold, pediatra e alergologista

Baseada na eliminação de alimentos que contém salicilatos, conservantes, flavorizantes e corantes artificiais. Ex. EDTA, glutamato monossódico e sulfito sódico. Aplicada as crianças sensíveis aos corantes e que apresentam hiperatividade e déficit de atenção

Alimentos naturais: maçã, amêndoa, damasco, cereja, amora, pepino, pickles, nectarina, laranja, pessego, mporango, tomate, uva passa, groselha, ameixa seca, framboesa

Outros: vinagre de vinho ou de maçã, bebidas destiladas, chás, cervejas, aspirina, perfumes

FEINGOLD, B.F. Hyperkinesis and learning disabilities linked to artificial food flavors and colors. Am J Nurs; 75:797–803,

1975.

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Dieta Feingold

Efeitos/sinais e sintomas:

agitação

ansiedade

percepção visual fragmentada

oscilações de humor

olheiras eczemas

hiperatividade

agressões

dores de cabeça

distúrbios do sono

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Dieta FeingoldPorque retirar estes alimentos a base de salicilatos e fenóis?

Os fenóis são compostos químicos encontrados tanto em alimentos naturais como artificiais.

Existe uma grande variedade de compostos fenólicos e subgrupos, mas os que mais provocam reações são os salicilatos e as aminas.

As substâncias mais estudadas foram os corantes tartrazina ,carmin, carmoisine e os preservantes alimentares a base de benzoato

É importante salientar, que esses efeitos nocivos não são mediados por IgE. Alguns autores acreditam que um dos mecanismos de ação destes compostos é a liberação de histamina.

ROWE, K.S. Synthetic food colourings and „hyperactivity‟: a double-blind crossover study. Aust Paediatr J; 24(2):143-7,1988.

ROWE, K.S.; ROWE, K.J. Synthetic food coloring and behavior: a dose response effect in a double-blind, placebo-controlled, repeated-measures study. J Pediatr;125(5 Pt 1):691-8, 1994.

BATEMAN, B.; WARNER, J. O.; HUTCHINSON, E., et al. The effects of a double blind, placebo controlled, artificial food colourings and benzoate preservative challenge on hyperactivity

in a general population sample of preschool children. Arch Dis Child;89:506–511, 2004.

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Aditivos

Sulfitos e benzoatos (conservantes) Benzoatos encontra-se em cosméticos e prod. farmacêuticos.

Existem os naturais em mirtilos,framboesas e amoras.

Nitritos (embutidos e laticínios) causam urticária, dor de cabeça e distúrbios digestivos

Glutamato monossódico: urticária, dor de cabeça, sensação de mal estar, dificuldades respiratórias,...

Tartrazina, derivado nitroso, que provoca reações: asma e urticária, efeito mutagênico e carcinogênico por produzir a amina aromática ácido sulfanílico, após ser metabolizada pela flora intestinal.

Brunet, Jean-Louis – Alergias –Editora Larousse,2007

Paschoal, Valeria et al- Nutrição Clínica Funcional: dos principios a prática clínica, São Paulo, 2007

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Aditivos

Salicilatos, é uma proteção natural produzida pelas plantas para se protegeremdos insetos. Encontra-se em: maçãs, cerejas e uvas ou temperos como café, cravo e páprica.

Fenóis e outros aditivos a evitar: Fenóis e aditivos BHT BHA Preservativos - sem especificações Colorantes artificiais Flavorizantes artificiais Benzoatos Xarope de milho Emulsificadores - não especificado Hidrolizado de proteínas vegetais Sais minerais - não especificado MSG - glutamato Nitratos] Nitritos Perfumes Sorbatos Sulfitos

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Efeito do Corantes no Metabolismo

Inibem ação das enzimas digestivas; (amilase e

tripsina)

Fermentação dos açúcares agrava o efeito nocivo dos

peptídeos opióides

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Alimentos que contém Aditivos

relacionados a reações adversas

Corantes: refrescos, refrigerantes, leite aromatizados e

fermentados, iogurtes, gelatinas, pó para pudim,

sorvetes, chocolates, balas, chicletes...

Sulfitos: refrescos, refrigerantes e embutidos

Glutamato monossódico: temperos prontos, caldos de

carne, galinha, patês, salgadinhos e bolachas

aromatizadas

Antioxidantes: manteigas, coco ralado, leite de coco,

margarinas, óleos e gorduras, carne vegetal...

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Dieta Feingold

Tratamento

Controle na dieta

Suplementação ou banhos de sal amargo

Glutamina

ômega 3

Observar sinais e sintomas após o consumo destes

alimentos- individualidade nos mostra que algumas

crianças regem a apenas certos alimentos e atentar as

quantidades ingeridas.

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Dieta Feingold

Tratamento

Retirar todos os alimentos:

Cores e sabores artificiais

Nitratos e nitritos

Glutamato monossódico

Bromato de potássio, ácido fosfórico

Sacarina, aspartame e ciclamatos

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Dieta Feingold

Alimentos não permitidos Maçã, amêndoas, frutas e frutos vermelhos, café,

pepino, uvas, nectarina, laranja, pêssegos, pimentão, ameixas, tomate, vinagre, vinho, chocolates, embutidos, milho de pipoca

Alimentos com corantes e conservantes artificiais em geral

Alimentos fontes de aminas e salicilatos Frutas: abacate, kiwi, uvas , maracujá e tâmaras Vegetais: broto de alfafa, tomates, cogumelos e

produtos a base de tomates.

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Dieta Feingold

Alimentos permitidos Baixo níveis de fenol e salicilatos

É impossível realizar uma dieta livre de compostos fenólicos, deve se evitar aqueles com grandes quantidades

A Associação Feingold sugere que todos os “salicilatos” sejam retirados de uma vez e depois que sejam introduzidos e testados um a um para determinar se acontece alguma reação.

Algumas pessoas preferem eliminar inicialmente da alimentação todos os produtos sintéticos, retirando os salicilatos naturais em um segundo tempo para poder comparar os resultados obtidos.

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Dieta Baixa de Oxalatos

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Dieta Baixa de Oxalatos

Encontrados em muitos alimentos

São produzidos pelo organismo ou subprodutos das bactérias Aspergilluse a Candida; (Dr. Shaw)

Oxalatos agravam as alergias e a disbiose intestinal

Algumas crianças apresentam altos índices de ácido oxálico no organismo

Oxalatos se ligam a nível intestinal a alguns minerais prejudicando sua absorção

Oxaltos se ligam a metais pesados e impedem sua eliminação do corpo.

As moléculas de oxalatos podem se unir as moléculas de cálcio e formar cristais/pedras que podem se alojar através da corrente sanguínea em qualquer parte do corpo.

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Dieta Baixa de Oxalatos

Quando usar? Com esta dieta pode se apresentar melhorias que com as

outras não tinham se apresentado. Pois os oxalatos exacerbam os comportamentos e essa dieta é altamente benéfica para crianças que apresentam baixo tônus muscular, dores na perna, caimbrãs,...

melhoras no TGI, diarréia, melhora na parte cognitiva e motora melhora na dores em pernas,pés, vias urinárias e motoras redução dos comportamentos de agressão (Dra.Susan Owens)

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Dieta Baixa de Oxalatos

Alimentos ricos em oxalatos: espinafre nozes, amêndoas, amendoim (muita usada na dieta especifica do carboidratos

uvas vermelhas, figos, kiwi, frutas vermelhas, casca de laranja, lima e limão

trigo integral, aveia, milho de pipoca legumes feijões amendoim grão de bico semente de girassol semente de gergelim soja chocolate

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Dieta Baixa de Oxalatos

Alimentos baixo em oxalatos

beterraba, aipo, berinjela, alho porró, salsa, pimentões

verdes, abóboras, nabo, molho de tomate enlatado

coco, chás de ervas

temperos: canela, pimenta, gengibre

Page 138: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Baixa de Oxalatos

Revisar a lista dos alimentos baixos em oxalatos e

comparar com alimentação atual

Primeiro eliminar os alimentos ricos em oxalatos

Listas disponíveis: http://patienteducation.upmc.com/Pdf/LowOxalateDiet.pdf

Page 139: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Baixa de Oxalatos

Considerações Gerais:

a maioria dos alimentos contém oxalatos, mesmo em baixas quantidades

muitos alimentos benéficos como frutas e verduras

utilizar esta dieta até que a permeabilidade intestinal esteja curada/tratar a disbiose intestinal

estudo de ácidos orgânicos

na dieta sgsc e livre de soja já se eliminam muitos oxalatos

hidratação

uso de alimentos com baixo oxalatos

suplementos como vit.B6, arginina, ômega 3, citrato de cálcio e probióticos

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Dieta Ecológica

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Dieta Ecológica

A alimentação deve ser...

“Rica em alimentos verdes, vivos, energizantes, detoxificantes, integrais e individualmente adequados”

Ingerir uma dieta “Paleolítica” rica em frutas, vegetais, carnes magras, ovos e peixes

Ingerir alimentos orgânicos

O que evitar? Álcool, vinagre, cafeína, açúcar, doces, refrigerantes, pães,

massas e outros cereais Leite e cereais à base de trigo

THIERRY HERTOGHE. The patient hormone handbook. 2008

Page 142: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Ecológica

Dieta paleolítica lave verduras abundantemente

descasque frutas e raspe os vegetais

compre na época certa de cada alimento/ alimentos sazonais.

evite alimentos com alto índice de contaminação por agrotóxicos

conheça a fonte dos frutos do mar

compre alimentos de sua região

tente comprar os alimentos mais importante de origem ecológica: arroz, feijão, carnes, laticínios...

Nichols, Trent et al. Optimal Digestion. Quill, 1999

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Recomendações práticas em relação às

gorduras

Ingerir mais AG Monoinsaturados:

azeite - Ácido oleico (constitui 80% do azeite) tem efeito anti-inflamatório.

avelãs e amêndoas

Ingerir mais AG Poliinsaturados ômega 3:

sementes de linhaça

peixe gordo (sardinha) ou suplemento

Ingerir AG ômega 6 em equilíbrio com ômega 3:

amêndoas, nozes e avelãs, mas sem esquecer os ômega 3

Slide by Pedro BastosKontogianni MD, Zampelas A, Tsigos C. Nutrition and inflammatory load. Ann N Y Acad Sci. 2006

Nov;1083:214-38 Institute for Functional Medicine. Clinical Nutrition – A functional approach. IFM, 2004

Page 144: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Paleolitico

relação ômega 6: ômega 3: 0.79

relação ômega 6: ômega 3 nos EUA: 15

relação adequado: 1-4

Simopoulos AP. Importance of the ratio of omega-6/omega-3 essential Gorduraty acids: evolutionary aspects. World Rev Nutr Diet.2003;92:1-22.

Page 145: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Page 146: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Page 147: Dietas no-tratamento-do-autismo

Slide 147

DIETA GAPS Natural Digestive Healing

Os princípios básicos da dieta são:- a redução de carboidratos, amidos, açúcares, alimentos processados, féculas e glúten

de refeições diárias.- eliminar alimentos embalados ou processados- remove a caseína, além de lactose nos estágios iniciais da dieta.

Permitido na Dieta GAPS

óleos de sementes, óleo de fígado de bacalhau e azeites nozes, amêndoas, castanha de caju, amendoim, nozes carnes , frango, e peixe são incluídos, mas devem ser sem conservantes ovos alimentos fermentados : iogurte , kefir, chucrute. grãos/sementes como quinua,painço, amaranto vegetais em geral orgânicos óleos de sementes,:óleo de linhaça , prímula, borragem algumas frutas como: uvas, cereja, tâmara, pêssego, laranja, mamão, pêra, abacaxi,

passas, limão, manga, maçã e banana madura. ingestão isolada alguns legumes como: couve de bruxelas, aspargos, alcachofra, rabanete preto, couve

chinesa, brócolis, repolho, alface, cenoura, couve-flor, aipo, feijão, berinjela e pepino. leite orgânico bruto (kefir)

http://www.livestrong.com/article/220298-foods-on-the-list-for-the-gap-diet/

Page 148: Dietas no-tratamento-do-autismo

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226p. não institucionalizadas de Madri,65 a 90 a.,

7 dias de registro alimentar, 2 questionários utilizados.

Influência negativa: gordura total, saturados,

monoinsaturados e colesterol

Influência positiva: alimentos totais, frutas,

carboidratos, tiamina, ácido fólico e ascórbico;

verduras, fibras, ferro, -caroteno, zinco

Ortega RM, Requejo AM, Andres P, et al. Dietary intake and cognitive function in a group of elderly

people. Am J Clin Nutr. 1997;66:803-809.

Nutrientes e Função Cerebral

Slide by Pedro Bastos

Page 149: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Tratamentos

Page 150: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Dieta Antifúngica Dieta Ecológica

Page 151: Dietas no-tratamento-do-autismo

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INTERVENÇÃO NUTRICIONAL

Page 152: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Individualidade Bioquímica

Detectar e corrigir

o comportamento

alimentar que interfere

na biodisponibilidade

dos nutrientes, assim

como a sobrecarga de

substâncias tóxicas e

alergênicas

Prover o organismo de

nutrientes equilibrados

quantitativamente e

qualitativamente para a

produção de substâncias

químicas necessárias para

o equilíbrio do organismo

Evitar a ingestão de

substâncias que alterem

o funcionamento

cerebral e promover a

integridade intestinal

Page 153: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Linus Pauling, 1968 – “algumas doenças mentais

estão relacionadas a erros bioquímicos do corpo,isto é , que alguns distúrbios psicológicos sãodevidos às taxas anormais de substânciasencontradas no corpo humano, que sãogovernadas pela genética, pela dieta e porconcentrações anormais de substâncias essências(vitaminas e minerais) ou pela necessidadeaumentada das mesmas”.

Sua teoria sugere que cada pessoa tem suaindividualidade bioquímica, governada porvárias quantidades de vitaminas e minerais.

Page 154: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Intervenção Nutricional

Dietas

isentas de glúten e caseína (GFCF)

isentas de aditivos alimentares ex. corantes, conservantes, e aditivos artificiais

isentas de alimentos alergênicos

açúcar, mel e soja

utilizar de preferência produtos de cultivo orgânico

(McCandless,2002; Négron,2003 e Corzo,2005).

Page 155: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Intervenção Nutricional

Suplementos

- Vitaminas e minerais.probióticos (Lactobacillus acidophilus, L.case, L.bulgaricus, L. salivarius, L. termophilus e L. plantarum).

prebióticosômega 3enzimas digestivasantifúngicos naturais (alho, ácido caprílico, orégano, etc.)

Uma desordem como o autismo pode ter seus sintomas melhorados quando identificado e suplementado na quantidade adequada dessas substâncias.

(Pfeiffer et al. 1995)

Page 156: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Susceptibilidade genética

Processos imunológicos

Desequilíbrios vitaminas x

minerais

Capacidade de destoxificação

Metais Pesados

Alergias alimentares

Disbioseintestinal

Page 157: Dietas no-tratamento-do-autismo

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AntecedentesDietas, uso de

antibióticos,...

GatilhosHipermeabiliade

intestinal,

exposição a

toxinas

AUTISMO

Page 158: Dietas no-tratamento-do-autismo

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Antecedentes

exposição ocupacional a xenobióticos:

desequilíbrios dietéticos

insuficiências nutricionais

deficiências mitocondriais

déficit na detoxificaçãoagentes

Gatilhos

infecciosos e endotoxinas

metais tóxicos

agrotóxicos

fármacos

exposição a radiação eletromagnética oxidantes/antioxidantes

insuficiências nutricionais

hipersens. alimentares

alterações hormonais

agentes traumáticos

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Mediadores

eicosanóides

citocinas

neurotransmissores

neuropeptídeos

hormônios (em desequilíbrio/desarmonia)

espécies reativas de oxigênio e nitrogênio

histamina

Condições Condições Clínicas - Patologias (do CID)

alzheimer, artrite, aterosclerose

sínd. fadiga crônica, colite, d. de crohn

cistite, diabetes mellitus, fibromialgia

hiperinsulinemia, hepatite

parkinson, prostatite, autismo ...

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Principais Benefícios da

Intervenção Nutricional

Maior concentração

Melhora na linguagem expressiva e receptiva

Diminuição de estereotipias e hiperatividade

Melhora do contato visual e comunicação

Melhora das sensibilidade / auto agressão

Diminuição dos sintomas gastrointestinais

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Importante enfatizar que haja uma intervenção nutricional adequada e individualizada para cada caso, buscando, uma melhor qualidade de vida e um progresso na regressão dos sintomas autísticos;

A randomização e homogenização da população não podem ocorrer, pois quando tratamos os indivíduos de forma homogênea há uma grande chance da cura ser nula, já que as doenças não têm vida independente, mas sim são caracterizadas por desarmonias no organismo.

A descrição de casos e o estudo de populações afetadas irão contribuir, de forma efetiva, para que o autismo possa ser melhor compreendido e analisado, pois há muito para se descobrir sobre os processos biológicos que levam aos sintomas do autismo.

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O Semeador de Estrelas

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Que possamos ver sempre além daquilo que

está diante de nossos olhos...

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MUITO OBRIGADA!E-mail: [email protected]