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Dicionário das Crises

e das Alternativas

Centro de Estudos Sociais

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DICIONÁRIO DAS CRISES E DAS ALTERNATIVASautorCentro de Estudos Sociais – Laboratório Associado Universidade de CoimbraeditorEDIÇÕES ALMEDINA, S.A.Rua Fernandes Tomás, nos 76, 78 e 793000-167 CoimbraTel.: 239 851 904 · Fax: 239 851 901www.almedina.net · [email protected] de capaFBArevisãoVictor Ferreirapré-impressãoEDIÇÕES ALMEDINA, S.A.impressão e acabamentoG.C. – GRÁFICA DE COIMBRA, LDA.Palheira Assafarge, 3001-453 Coimbraproducao@grafi cadecoimbra.ptAbril, 2012depósito legal....

Os dados e as opiniões inseridos na presente publicação são da exclusiva res-ponsabilidade do(s) seu(s) autor(es).Toda a reprodução desta obra, por fotocópia ou outro qualquer processo, sem prévia autorização escrita do Editor, é ilícita e passível de procedimento judicial contra o infractor.

______________________________________________________biblioteca nacional de portugal – catalogação na publicaçãoCentro de Estudos Sociais – Laboratório AssociadoUniversidade de CoimbraDICIONÁRIO DAS CRISES E DAS ALTERNATIVASISBN 978-972-40-4820-8CDU 316

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trina nacionalista do “destino manifesto”, o “darwinismo social” e a crença numa “missão” civilizadora nortearam os ideólogos desta primeira fase do imperialismo americano, que avançou para as Filipinas, Cuba e Porto Rico. Entretanto, perpetuava-se a dependência de 4 milhões de ex-escravos, a que se juntaram os milhares de mexicanos convertidos, com o fi m da guerra com o México, em cidadãos americanos de segunda categoria e ainda os índios do sudoeste, que aumentaram o número de nativos despojados e exilados na sua própria terra.

A afl uência surgida da 1.ª Guerra Mundial esfumou-se com a queda da Bolsa em 1929 e a Grande Depressão. Com esta crise económica, de graves repercussões internacionais, culparam-se os especuladores de Wall Street, os bancos e a administração, mas o capitalismo americano reergueu-se com o New Deal e o próprio impulso da 2.ª Guerra Mundial, preparando assim o caminho para a hegemonia.

Conhecemos então o mundo dividido entre os «bons» do lado do American Way of Life e os “maus” do lado de lá da Cortina de Ferro. Do boom económico que se seguiu, perturbado pela crise do petróleo na década de 1970, surgiu a nova fase pós-industrial ou pós-capitalista de um imperialismo vincadamente económico. A queda da URSS, na década de 1990, pareceu benéfi ca para a imagem dos EUA. A sua intervenção em ações políticas de cunho imperia-lista, revestidas pelo sempiterno slogan da “defesa da democracia”, o alastrar do seu modelo económico ao nível global e a difusão da sua infl uência cultural fi zeram crer na perenidade do império. Contudo, sinais de queda explodiram com as Torres Gémeas em 2001 e ressurgiram em 2007, com nova crise econó-mica internacional. De novo se culparam os especuladores de Wall Street, os bancos e a falta de regulação. O que sobreviverá deste “paradoxo americano”, obcecado pela segurança e enredado nos seus próprios mitos?

Isabel Caldeira

EuroO euro é a moeda comum de 17 países da UE: Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Espanha (1999, ano em que foi introduzido como meio de pagamento ele-trónico), Grécia (2001), Eslovénia (2007), Chipre e Malta (2008), Eslová-quia (2009) e Estónia (2011). As notas e moedas entraram em circulação em 1 de janeiro de 2002.

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A criação do euro culmina uma longa história de cooperação monetá-ria europeia, de que faz parte a criação do Sistema Monetário Europeu, em 1979, assente no ecu, e um plano em três etapas para a União Económica e Monetária (1989), integrado no Tratado de Maastricht, em 1991. A criação do euro correspondeu à terceira fase da UEM. Nas duas anteriores estabe-leceu-se a liberdade de circulação de capitais, com supressão dos controlos cambiais, e a convergência económica, através da supervisão multilateral das políticas económicas dos Estados (1990), e criou-se (1994) o Instituto Monetário Europeu, posteriormente substituído pelo BCE.

Em 1997, adotou-se o Pacto de Estabilidade e Crescimento, revisto em 2005. Trata-se de um compromisso de manutenção da disciplina orçamen-tal que torna possível a aplicação de sanções a qualquer país cujo défi ce exceda 3%. O acesso ao euro depende da verifi cação de cinco critérios de convergência nominal relacionados com a estabilidade dos preços, os défi -ces, a dívida pública, as taxas de juro e as taxas de câmbio.

A discussão à volta do euro hoje, no quadro da crise, é a do signifi cado de uma integração monetária sujeita a fortes restrições de natureza orçamental entre economias com características estruturais, capacidades competitivas e modelos sociais muito diferentes. Os efeitos assimétricos dessa integra-ção tornaram-se evidentes e geraram desequilíbrios graves para a economia portuguesa, que entrou no euro com uma taxa de câmbio sobreapreciada, o que levou a sérias difi culdades de valorização do seu aparelho produtivo e à geração de défi ces externos elevados.

José Reis

Euro-obrigaçõesA ideia da emissão de títulos de dívida à escala da União – as chamadas euro--obrigações ou eurobonds – ganhou adeptos à medida que a divergência entre as taxas de juro das dívidas soberanas dos países do euro se tornou evidente.

Genericamente, têm sido propostos dois tipos de eurobonds: a) a emissão conjunta de títulos de dívida por um grupo de países da Zona Euro (ZE), ou com partilha de risco ou numa versão em que os participantes respon-dem apenas pela sua parte; e b) a emissão de obrigações por uma instituição europeia, seja ela o Banco Europeu de Investimento ou o Banco Central Europeu. O primeiro tipo pode ser posto em prática com rapidez. As obri-gações emitidas em comum cobririam a parte das dívidas públicas nacio-

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