dicionário terminológico

Q a j x m c P r d g b s t H

O que muda com o novo Dicionário Terminológico?

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Oo DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO

Domínios do Dicionário Terminológico:

A - LÍNGUA, COMUNIDADE LINGUÍSTICA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

B - LINGUÍSTICA DESCRITIVA:

B1 - FONÉTICA E FONOLOGIA

B2 - MORFOLOGIA

B3 - CLASSES E SUBCLASSES DE PALAVRAS

B4 - SINTAXE

B5 - LEXICOLOGIA

B6 - SEMÂNTICA

C - ANÁLISE DO DISCURSO, RETÓRICA, PRAGMÁTICA E LINGUÍSTICA

TEXTUAL

D - LEXICOGRAFIA

E - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

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Subdomínios da linguística descritiva que aqui se

contrastam com a gramática tradicional:

B2 - MORFOLOGIA

B3 - CLASSES E SUBCLASSES DE PALAVRAS

B4 - SINTAXE

DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO

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B2 – MORFOLOGIA

Oo B2 – MORFOLOGIA

Palavra e constituintes da palavra

Palavra composta Palavra complexa

é a palavra formada por dois ou mais radicais, ou palavras.

Exemplo: caseiro, couve-flor

Base ou forma de base

é o constituinte morfológico que inclui obrigatoriamente um radical, a partir do qual se formam novas

palavras.

Exemplo: “doc-” é a base para “adoçar”; “adoça- ” é a base para “adoçante”

Constituinte temático

é o sufixo que permite identificar a classe morfológica a que determinado radical pertence. O

constituinte temático dos nomes e adjetivos denomina-se índice temático, e o dos verbos designa-se

vogal temática.

Índice temático

é o sufixo que especifica a classe morfológica do radical dos adjetivos e nomes. São índices temáticos

os sufixos -a, o, -e. No entanto, há palavras que não possuem índice temático.

Exemplo: gat[a]; clar[o]; lev[e]; feliz[ ]; ruim[ ]; poç[o]; dent[e]; mês[ ]; pé[ ]



Morfologia flexional

Palavras variáveis

Flexão em: número, género, grau, pessoa, tempo e modo Flexão em: número, género, caso

(pronomes pessoais: formas nominativa (eu, ele), acusativa (-me, -o), dativa (-me, -lhe), oblíqua (mim)),

grau, pessoa, tempo e modo.

Caso

é a variação morfológica que uma expressão nominal ou pronominal assume de acordo com a sua

função sintática . Em português, apenas os pronomes pessoais variam em caso.

Exemplo: “eu” é a forma nominativa do pronome pessoal, na 1.ª pessoa do singular, alternando com as

formas acusativas “-me”, dativa “-me” e oblíqua “mim”.



Flexão verbal

Tempos: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito), futuro e (condicional)

Tempos: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro. O condicional não é um

tempo verbal.

Modos: indicativo, conjuntivo, imperativo, infinitivo e (condicional)

Modos: - formas verbais finitas: indicativo, conjuntivo, condicional e imperativo

são as que variam em tempo, pessoa e número.

- formas verbais não finitas: infinitivo (pessoal e impessoal), gerúndio e particípio

são as que não variam em tempo e, geralmente, surgem na frase com outra forma verbal.

Forma fraca/forma forte

designa as formas flexionadas do particípio passado. A forma fraca corresponde à flexão regular do

particípio, e a forma forte, à flexão irregular.

Exemplo: matado/morto, ganhado/ganho

Verbo defetivo pessoal, unipessoal e impessoal Verbo defetivo impessoal (chover, trovejar, ...),

unipessoal (miar, ganiu, ladraram,...), forma supletiva (ser: sou, fui, és,...)

Forma supletiva

designa a forma flexionada com recurso a outros radicais para completar um paradigma defetivo . Exemplo: verbo ser – sou, és, fui



Formação de palavras

Derivação (radical+um ou mais afixos): prefixação, sufixação, parassíntese, derivação imprópria,

derivação regressiva Derivação:

- por afixação:

prefixação (des[gosto])

sufixação ([memor]ável)

prefixação e sufixação (in[feliz]mente)

parassíntese (a[podr]ecer; en[gord]ar)

- sem afixos:

conversão (olhar (V) > olhar (N))

derivação não afixal ([troc-] > troca ( N); troco(N)

Conversão

designa o processo de formação de palavras, também chamado derivação imprópria, que procede à

integração de uma dada unidade lexical numa nova classe de palavras, sem que se verifique qualquer

alteração formal.

Exemplo: olhar (V) > olhar (N)



Formação de palavras (continuação)

Derivação não afixal

designa o processo de formação de palavras que gera nomes deverbais, acrescentando marcas de

flexão nominal a um radical verbal.

Exemplos: [troc-] > troca( N); troco( N)

[abraç-] > abraço( N);

Composição (+ de 1 radical ou palavra): justaposição, aglutinação

Composição:

- morfológica ([agr] + i + [cultura] = “agricultura”; [psic] + o + [pata] = “psicopata”)

- morfossintática (surdo-mudo, guarda-chuva, couve-flor, via láctea)

Composição morfológica

designa o processo em que se junta um radical a um outro, ou a uma palavra, para formar um

vocábulo novo.

Exemplo: agropecuária, lusodescendente

Composição morfossintática

designa o processo em que se juntam duas ou mais palavras para formar um vocábulo novo.

Exemplos: guarda-sol, surdo-mudo


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B3 – CLASSES E

SUBCLASSES DE

PALAVRAS

Oo B3 – CLASSES E SUBCLASSES DE PALAVRAS

CLASSES E SUBCLASSES DE PALAVRAS

Classe fechada

é a constituída por um número limitado de palavras.

classe dos determinantes, pronomes, conjunções e preposições

Classe aberta

é a constituída por um número potencialmente ilimitado de palavras.

classe dos nomes, adjetivos, verbos, ...



Classe dos nomes

Substantivo ou Nome: próprio e comum (concreto e abstrato, coletivo)

Nome:

- próprio

- comum:

contável (aluno, cadeira, ...)

não contável (educação, bronze, farinha – massivo –, ...)

- coletivo

Nome contável

é o que se refere a objetos ou referentes em que é possível fazer a oposição singular/plural e que,

portanto, se podem enumerar.

Exemplos: pera , rebanho

Nome não contável

é o que se refere a objetos ou referentes em que não é possível fazer a oposição singular/plural e

que, portanto, não se podem enumerar.

Exemplos: água, bem-estar



Classe dos adjetivos

Adjetivo (qualificativo) - adjetivo qualificativo (a menina bonita)

- adjetivo numeral (o terceiro marido)

- adjetivo relacional (o amor maternal)

Numeral ordinal Adjetivo numeral

é o que expressa ordem ou sucessão.

Exemplos: primeiro, segundo, terceiro

Adjetivo relacional

é o que deriva de uma base nominal e que estabelece uma relação de agente ou de posse

relativamente ao nome. Estes adjetivos não ocorrem em posição pré-nominal nem variam em grau.

Exemplo: Em “a invasão americana” ou “amor maternal”, os adjetivos “americana” e “maternal” são

relacionais.



Classe dos verbos

Verbo: principal, transitivo (direto e indireto), intransitivo, copulativo, auxiliar

Verbo:

- principal:

- transitivo direto (fechar, afirmar,...)

- transitivo indireto (agradar, ir,...)

- transitivo direto e indireto (dar, pôr,...)

- transitivo-predicativo (achar, chamar, considerar, julgar, tratar, eleger, nomear,…)

- intransitivo (desmaiar, tossir,...)

- copulativo (ser, estar, ficar, parecer - como em “parecer doente” - , permanecer, continuar - como em

“continuar calado” - , tornar-se e revelar-se)

- auxiliar:

dos tempos compostos (ter+Vpp),

da passiva (ser+Vpp),

temporal (ir+Vinf.) - A Sara vai brincar no jardim.

aspetual (estar a+Vinf.) - A Ana está a brincar no jardim.

modal (dever, poder, tencionar,...+ Vinf.) - A Joana devia ir ao médico.

.



Classe dos verbos (continuação)

Verbo transitivo direto e indireto

é o que seleciona um sujeito e dois complementos: um com a função sintática de complemento direto

e outro com a de complemento indireto ou de complemento oblíquo. Exemplos: A Teresa deu o livro à professora.

O Pedro pôs os livros na estante.

Verbo transitivo-predicativo

é o que seleciona um sujeito, um complemento direto e um predicativo do complemento direto .

Exemplo: A Joana acha o vestido feio.



Classe dos advérbios

Advérbio: tempo, lugar, modo, intensidade ou quantidade, afirmação, negação, dúvida, exclusão,

inclusão, designação, interrogativo Advérbio:

- advérbio de predicado (ali, agradavelmente, ...)

- advérbio de frase (provavelmente, felizmente,...)

- conectivo (porém, contudo, seguidamente, ...)

- negação

- afirmação

- quantidade e grau (demasiado, excessivamente, ...)

- inclusão

- exclusão

- interrogativo

- relativo (onde)



Classe dos advérbios (continuação 1)

Advérbio de predicado

diz-se daquele que faz parte do grupo verbal e que desempenha funções quer de complemento

oblíquo, quer de modificador do grupo verbal (e, mais raramente, de predicativo do sujeito), podendo

ser afetado pela negação ou por estruturas interrogativas.

Exemplos: Os rapazes dormem ali. – Valor locativo

Os rapazes chegaram recentemente. – Valor temporal

Os rapazes cantam agradavelmente. – Valor de modo

Advérbio de frase

diz-se daquele que modifica a frase e que não faz parte do grupo verbal. não sendo afetado pela

negação frásica ou por estruturas interrogativas.

Exemplos: Os rapazes dormem, provavelmente. – Valor modal

Os rapazes dormem, felizmente – Valor de orientação para o falante

Honestamente, tu às vezes não raciocinas. (não se está a negar “honestamente”)

Advérbio conectivo

diz-se daquele que estabelece conexão entre frases, ou constituintes de frase.

Exemplos: O Pedro falou com a Maria. [Seguidamente], foi para casa.

Está frio. O João, [contudo], vestiu uns calções.

Está frio. Porém, o João fica na praia. / Está frio. O João, porém, fica na praia. (“porém” é um

advérbio conectivo)



Classe dos advérbios (continuação 2)

Advérbio de quantidade e grau

diz-se daquele que apresenta informação indicativa do grau, ou da quantidade.

Exemplos: Tu estás [demasiado cansada].

Tu corres [excessivamente depressa].

Advérbio relativo

diz-se daquele que identifica o constituinte relativizado numa oração relativa e que é substituível por

um grupo adverbial ou preposicional.

Exemplo: A rua onde moro é bonita.

.



Classe dos determinantes

Determinante: artigo (definido e indefinido), possessivo, demonstrativo, indefinido, interrogativo

Determinante: artigo (definido e indefinido), possessivo, demonstrativo, indefinido, interrogativo,

relativo (cujo).

Pronome relativo Determinante relativo

é o que ocorre no início da oração relativa, depois de um nome, com o qual estabelece uma relação

de pertença.

cujo(s)/cuja(s)



Classe dos quantificadores

Numeral: cardinal, multiplicativo, fracionário , ordinal Quantificador:

- numeral (um, dois, três, ...)

- existencial (algum/alguns, bastante(s), pouco(s), tanto(s), vários/várias)

- universal (todo(s), toda(s), ambos, cada, qualquer, nenhum(a)/nenhuns(mas))

- relativo (quanto(a), quantos(as))

- interrogativo (quanto(a)?, quantos(as)?)

Numeral cardinal Quantificador numeral

é o que indica uma quantidade precisa.

Exemplo: um, dois, três, etc.

Determinante indefinido Quantificador existencial

é o que valida a existência da entidade expressa pelo nome, não permitindo, contudo, especificar a

sua quantidade ou valor.

algum, alguns/alguma(s); bastante; muito(s)/muita(s); pouco(s)/pouca(s); tanto(s)/tanta(s);

vário(s)/vária(s)



Classe dos quantificadores (continuação)

Determinante indefinido Quantificador universal

é o que tem como referente todos os elementos de um conjunto, expresso por um grupo nominal.

ambo(a)s); cada; nenhum, nenhuns/nenhuma(s); qualquer/quaisquer; todo(s)/toda(s); tudo

Pronome relativo Quantificador relativo

é o que ocorre antes de um grupo nominal, especificando o constituinte da oração relativa da qual faz

parte.

quanto(s)/quanta(s)


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B4 – SINTAXE

Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas

Sintagma Grupo

Grupo (nominal, verbal, adjetival, adverbial, preposicional)

é uma unidade sintática da frase, composta por uma sequência de palavras organizadas em torno de

um núcleo (verbo, nome, adjetivo, etc.), que dá o nome a essa unidade.

grupo adjetival, adverbial, nominal, preposicional, verbal


Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas ao nível da frase

Sujeito: simples, composto, subentendido, indeterminado, inexistente Sujeito: simples, composto,

nulo: - subentendido

- indeterminado

- expletivo

Sujeito subentendido ou oculto Sujeito nulo subentendido

é o que não está expresso na frase, detetando-se , no entanto, pelo contexto ou pela flexão verbal. Exemplo: Vou ao cinema.

Sujeito indeterminado Sujeito nulo indeterminado

é o que refere uma entidade indefinida e que está expresso pela terceira pessoa do plural do verbo,

ou pela terceira do singular, acompanhada pelo pronome impessoal “se”. Exemplo: Dizem que vai chover amanhã. Diz-se que vai chover.

Sujeito inexistente Sujeito nulo expletivo

é o que não tem qualquer interpretação como sujeito, como acontece em frases com verbos

impessoais.

Exemplo: Choveu muito.


Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas ao nível da frase (continuação)

Predicado Predicado (verbo, complementos e modificadores de predicado)

Complemento circunstancial Modificador (de frase)

Modificador (de frase)

designa um constituinte não obrigatório na frase.

Exemplo: Provavelmente, vai chover.


Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas internas ao grupo verbal

Complemento oblíquo

designa o constituinte da frase pedido obrigatoriamente pelo verbo e constituído por um grupo

preposicional, ou adverbial, ou pela coordenação de uma dessas formas.

Exemplo: O João gosta de bolachas.

A Joana portou-se mal.

O Pedro mora aqui.

Complemento circunstancial Modificador (do grupo verbal)

Modificador do grupo verbal

designa um constituinte não selecionado pelo verbo.

Exemplos: Choveu ontem.

Ela compra roupa onde calha.

Fui ao teatro com o meu namorado.


Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas internas ao grupo verbal (continuação)

NOTA do DT: O complemento distingue-se do modificador, porque este não é selecionado . Assim, a

ausência de um complemento pode gerar uma frase anómala (i), o que não acontece com um

modificador (ii).

(i) a. O João porta-se mal.

b. *O João porta-se.

(ii) a. O João cantou mal.

Complemento verbal Predicativo

designa o constituinte da frase selecionado pelo verbo copulativo (predicativo do sujeito), ou pelo

verbo transitivo-predicativo (predicativo do complemento direto).

predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto

Exemplos: O João ficou contente com o resultado da prova.

O livro narra histórias maravilhosas.


Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas internas ao grupo nominal

Complemento determinativo Complemento do nome

A construção do edifício parece difícil.

Atributo Modificador do nome restritivo

Adoro flores frescas e coloridas.

Aposto Modificador do nome apositivo

D. Afonso II, o gordo, tem um novo monumento.

Complemento determinativo Complemento do nome é o constituinte da frase, selecionado pelo grupo nominal do qual faz parte, que completa a realidade

referida pelo nome que modifica.

Exemplo: A construção da ponte é onerosa.

Aposto Modificador do nome apositivo é o constituinte do grupo nominal, não obrigatório, que não restringe a realidade referida pelo nome que

modifica. Exemplo: Os meus colegas, simpáticos, ajudaram-me a terminar o trabalho.

Atributo Modificador do nome restritivo é o constituinte do grupo nominal, não obrigatório, que restringe a realidade referida pelo nome que modifica.

Exemplo: Gosto de ideias ousadas.


Oo B4 – SINTAXE

Funções sintáticas internas ao grupo adjetival

Complemento do adjetivo

é o complemento selecionado por um adjetivo. O complemento do adjetivo pode ser um grupo

preposicional.

Exemplos: O João está contente com a situação.

O Pedro está orgulhoso do filho.


Oo B4 – SINTAXE

Articulação entre constituintes de frase e entre frases (subordinadas)

Subordinação:

- Oração subordinante Subordinante (elemento subordinante) - Oração subordinada: substantiva (completiva ou integrante, relativa), adjetiva relativa (restritiva, explicativa), adverbial (causal, final, temporal, concessiva, comparativa, consecutiva, condicional) Oração subordinada:

substantiva (completiva, relativa) , adjetiva relativa (restritiva, explicativa),

adverbial (causal, final, temporal, concessiva, comparativa, consecutiva,

condicional)

Oração subordinada substantiva completiva diz-se da oração que é sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo , podendo ser introduzida pelas conjunções subordinativas completivas “que” , “se” e “para” . As subordinadas substantivas completivas podem ser finitas ou não finitas, consoante o verbo se encontre numa forma verbal finita ou não finita. Exemplos: O Luís disse [que desejava cantar].

A mãe perguntou [se queremos jantar já].

A professora pediu [para sair mais tarde].

O Manuel afirmou [adorar música chilena].


Oo B4 – SINTAXE

Articulação entre constituintes de frase e entre frases (subordinadas) (continuação 1)

Oração subordinada substantiva relativa

diz-se da oração que é introduzida por pronomes relativos. As subordinadas substantivas relativas

podem ser finitas ou não finitas, consoante o verbo se encontre numa forma verbal finita ou não finita.

Exemplos: O Pedro pede dinheiro a [quem tiver].

O avô precisa de [quem cuide dele].

Ela compra roupa [onde calha].

Oração subordinada adjetiva relativa restritiva

diz-se da oração que é introduzida pelas palavras relativas “que”, “quem”, “o qual” (“os quais”, “a

qual”, “as quais”), “cujo” (“cujos”, “cuja”, “cujas”), “quanto” (“quantos”, “quantas”) e “onde”, e que tem a

função de restringir a informação dada sobre o antecedente, ou seja, de identificar a parte ou a

entidade precisa do domínio denotado pelo antecedente.

Exemplos: Os poemas [que foram escritos por Neruda] são património da humanidade. (= do conjunto de

todos os poemas, o subconjunto constituído pelos da autoria de Neruda é património da

humanidade)

Os meus alunos [que estudam] têm boas notas. (= do conjunto de todos os meus alunos, têm

boa nota os que estudam)


Oo B4 – SINTAXE

Articulação entre constituintes de frase e entre frases subordinadas (continuação 2)

Oração subordinada adjetiva relativa explicativa

diz-se da oração introduzida pelas palavras relativas “que”, “quem”, “o qual” (“os quais”, “a qual”, “as

quais”), “cujo” (“cujos”, “cuja”, “cujas”), “quanto” (“quantos”, “quantas”) e “onde”, e que contribui com

informação adicional sobre o antecedente.

Exemplos: A literatura, [que é imortal], encanta os estudantes. (= o conjunto de todas as

entidades denotadas como literatura é imortal e encanta os estudantes)

O escritor, [que nasceu no Brasil], ganhou o prémio Nobel. (a relativa está a

modificar o nome “o escritor”)

Oração subordinada adverbial

diz-se da oração que desempenha a função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal.

Exemplos: - Subordinadas adverbiais que modificam o grupo verbal:

Usavas o cabelo comprido [quando te conheci].

Queria convidar-te a ir a minha casa [para te mostrar as fotografias].

- Subordinadas adverbiais que modificam a frase:

A Teresa perde outro ano, [se não estudar].

A Teresa consegue passar, [embora não estude].


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REFERÊNCIA

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O que muda no ensino

do português Edição: 2011

Páginas: 192

Editor: Porto Editora

ISBN: 978-972-0-06027-3

Código: 06027

M

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/

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