dicionário de sedimentologia

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DICIONRIO DE GEOLOGIA SEDIMENTAR E REAS AFINS

KENITIRO SUGUIOProfessor Titular do Instituto de Geocincias USP

DICIONRIO DE GEOLOGIA SEDIMENTAR E REAS AFINS

Copyright 1998, Kenitiro Suguio Capa: Tatiana Podlubny 1998 Impresso no Brasil Printed in Brazil Todos os direitos reservados pela: BCD UNIO DE EDITORAS S.A. Av. Rio Branco, 99 200 andar Centro 20040-004 Rio de Janeiro RJ Tel.: (021) 263-2082 Fax: (021) 263-6112 No permitida a reproduo total ou parcial desta obra, por quaisquer meios, sem a prvia autorizao por escrito da Editora. Atendemos pelo Reembolso Postal.

Ao trazer a lume esta contribuio, que julgo ser de interesse para a comunidade geocientfica brasileira, no posso assumir o compromisso de que seja ela uma obra completa e definitiva com todas as terminologias empregadas em Geologia Sedimentar no Brasil. No entanto, aps mais de trinta anos de atividades incessantes nesta rea de conhecimento cientfico nos seus mltiplos aspectos, julgo estar razoavelmente preparado para encetar este empreendimento que, mesmo sem produzir uma obra definitiva, ainda contribua para aumentar a preciso da linguagem geocientfica brasileira. Desde o XVII Congresso Brasileiro de Geologia em Recife (1963), j havia pessoas preocupadas com o assunto, como o Professor Doutor Jannes M. Mabesoone, que chegou a elaborar e distribuir um glossrio de termos sedimentolgicos naquele congresso, que continha no mais que algumas centenas de verbetes. Ao longo dos anos, desde ento, tenho estado preocupado com uso freqente, pela comunidade geocientfica brasileira, de anglicismos e galicismos desnecessrios, de tradues inadequadas, de neologismos torpes e de termos vulgares e regionalismos de sentidos dbios, que muito tem contribudo para a impreciso lingstica das Geocincias no Brasil. Sendo inmeros os desafios e limitados os recursos, espero que esta obra preencha, pelo menos parcialmente, a grande lacuna ainda existente na literatura geocientfica brasileira. Finalmente, sinto-me no dever de deixar registrados os meus mais sinceros agradecimentos ao Professor Doutor Setembrino Petri, pela leitura crtica do texto completo, ao Dr. Louis Martin pela reviso dos verbetes em Francs, ao Professor Doutor Rodolfo Jos Angulo pela reviso dos verbetes em Espanhol, aos Professores Doutores Werner Truckenbrodt, Heinz Charles Kohler e Rainer A. Schultz-Gttler pela reviso dos verbetes em Alemo, alm de outras pessoas que me incentivaram em vrias etapas de preparao da presente obra. Entre outros, no poderia deixar de citar os doutores R. Boulet, J. P. Ybert e B. Turcq, que tambm me auxiliaram nos verbetes em Francs. So Paulo, 31 de janeiro de 1998 Kenitiro Suguio

A falta de termos tcnicos correspondentes, em lngua portuguesa, relacionados s Geocincias tem conduzido muitos pesquisadores utilizao de termos estrangeiros, em geral ingleses. Outras vezes, as tradues usadas nem sempre so as mais adequadas, resultando em termos ambguos com diferentes significados e chegando ao cmulo da criao de neologismos desnecessrios de palavras j existentes no nosso vernculo. Deste modo, apareceram algumas compilaes sob as designaes de dicionrio, vocabulrio ou glossrio, com o intuito de disciplinar a nossa linguagem tcnica nesta rea. Em So Paulo, Viktor Leinz e Josu Camargo Mendes publicaram em 1951, um Vocabulrio Geolgico, versando sobre a Geologia em geral, com edies revistas e ampliadas at 1963. Com o mesmo enfoque, esta obra foi reformulada em 1971 sob a denominao Glossrio Geolgico. No Rio de Janeiro, Antnio Teixeira Guerra publicou o Dicionrio Geolgico-Geomorfolgico, cuja primeira edio de 1954 e a oitava edio, revista e ampliada, data de 1993. O dicionrio de Guerra seria o ponto de partida de um projeto do Conselho Nacional de Geografia, consubstanciado em uma resoluo de 08/07/1953, prevendo a elaborao de normas para seleo de verbetes geogrficos e de cincias afins, acompanhados dos termos correspondentes em Alemo, Espanhol, Francs, Ingls e Italiano. Porm, este projeto nunca foi realizado e o dicionrio de Guerra restringe-se lngua portuguesa. O progresso das Geocincias nas ltimas dcadas, com novos conceitos desenvolvidos nos tradicionais campos da Geologia, Geomorfologia, Geografia e Pedologia, bem como o surgimento de inmeras contribuies em campos recm-desenvolvidos no pas, como a Geologia Marinha, Arqueologia e Estudos Ambientais, alm de necessidade de integrao de todas essas reas, enfatiza a carncia de textos de consulta em nosso idioma com definies precisas dos termos tcnicos. O Professor Doutor Kenitiro Suguio, pelas suas qualidades de pesquisador meticuloso e preocupado com a preciso dos termos e por ser especialista em diversos campos da Geologia, entre os quais destaca-se a Geologia do Quaternrio, que se caracteriza por apresentar interfaces com Geologia Marinha, Arqueologia, Pedologia, Geomorfologia e Estudos Ambientais, a pessoa talhada para a tarefa de atualizao dos termos escritos h mais de uma dcada e de introduo de termos recm-criados. O resultado o presente texto, que no s atualizado como tambm grandemente ampliado, envolvendo as interfaces acima mencionadas. Outra inovao foi a introduo do Alemo, alm de outras lnguas j usadas nos textos de outros autores. J em 1990, este mesmo autor concluiu o seu Dicionrio de Geologia Marinha, com termos correspondentes em Espanhol, Francs e Ingls, publicado em 1992. As Geocincias e o autor esto de parabns por esta valiosa contribuio, que certamente ser um livro de consulta obrigatrio para todos os que se preocupam com os fascinantes problemas do nosso planeta. So Paulo, 20 de fevereiro de 1998 Setembrino Petri

AALENIANO I. Aalenian; F. Aalenien; E. Aaleniano; A. Aalenien (1) Primeira idade mais antiga (173,5-178 Ma) da diviso tetrapartite da poca Dogger (Dogger), situada acima da Idade Toarciana (Toarcian) da poca Lias (Lias) e abaixo da Idade Bajociana (Bajocian). (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de rochas formadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Sistema Jurssico. A designao originria de Aalen, Wurtemberg (Alemanha) e foi proposta por Mayer-Eymar em 1864 (Harland et al., 1990). ABAIXAMENTO DE NVEL DO MAR Veja DESCIDA DE NVEL DO MAR. ABARLAVENTO Veja BARLAVENTO. ABATIDO I. Downthrown; F. Rabattu; E. Abatido; A. sprunghhe (gesenkt). Termo usado para referir-se ao bloco de falha (fault block) que se movimentou para baixo em relao ao outro. Antnimo: soerguido (uplifted ). ABBEVILLIANO I. Abbevillian; F. Abbevillien; E. Abbevilliano; A. Abbevillien. Termo proposto por Abade Breuil em 1932 (CEG/FCL, 1970), em substituio antiga subdiviso do Paleoltico (Palaeolithic), denominada de Precheliano, situada entre o Olduvaiano (Olduvaien) e Acheuliano (Acheulian). A localidadetipo (type-locality) est situada em Porte du Bois, Abbeville (Frana). Sinnimo: Abeviliano (Abbevillian). ABEVILIANO Veja ABBEVILLIANO. ABISSAL I. Abyssal; F. Abyssal; E. Abisal; A. abyssisch. Refere-se poro do ambiente marinho correspondente profundidade alm do sop continental (continental rise) e aos sedimentos a depositados. Caractariza-se pela ausncia de luz, grande presso, baixa temperatura e quietude das guas. A sedimentao muito lenta, estando relacionada aos sedimentos terrgenos (vasas azuis, verdes e vermelhas) e pelgicos (pelagic). Em geral, a zona abissal (abyssal zone) caracteriza-se por profundidades entre 4.000 e 6.000m nos mares e oceanos e a partir de 300m nos lagos. ABISSOPELGICO Veja PELGICO. ABLAO I. Ablation; F. Ablation; E. Ablacin; A. Abschmelzen. Processo de perda de neve, do nevado (nv) ou do gelo por fuso, evaporao ou sublimao. ABLUO I. Ablution; F. Ablution; E. Ablucin; A. Auswaschung. Transporte de sedimentos marinhos incoerentes pela ao das correntes. ABRASO I. Abrasion; F. Abrasion; E. Abrasin; A. Abrasion. (1) Reduo de tamanho dos clastos por processos fsicos. A equao de Sternberg = 0.ead relaciona o dimetro de uma partcula aps percorrer uma distncia d, com o dimetro original 0, sendo a um coeficiente de reduo do tamanho. (2) Efeito de desgaste de uma superfcie rochosa ou de um elemento clstico (detrtico) por ao de atrito. Exemplo: abraso marinha (marine abrasion) durante o processo de transgresso originando terraos. ABRASO ELICA I. Wind abrasion; F. Abrasion olienne; E. Abrasin elica; A. Windabrasion. Processo de eroso no qual as partculas de minerais e de rochas atacam as superfcies expostas de qualquer tipo por ao do vento. Sinnimo: corraso elica (wind corrasion). ABRASO GLACIAL Veja PAVIMENTO GLACIAL. ABRASO MARINHA I. Marine abrasion; F. Abrasion marine; E. Abrasin marina; A. Meeresabrasion (Brandungserosion).

Designao aplicada ao processo de eroso provocado pelo mar atravs da ao mecnica das ondas e correntes, resultante do desgaste pelos fragmentos lticos transportados por aqueles agentes, incluindo-se freqentemente a ao qumica de dissoluo, que mais branda do que nas guas continentais. A abraso marinha manifesta-se, de maneira mais efetiva, na regio costeira. ABRIGO ROCHOSO I. Rockshelter; F. Abri rocheux; E. Abrigo rocoso; A. Halbhhle. Caverna em geral pouco profunda formada em rocha insolvel cujo teto, composto de rochas sobrejacentes, estende-se para os lados. Sinnimo: caverna abrigo (shelter cave). ABSORO I. Absorption; F. Absorption; E. Absorcin; A. Absorption. (1) Atrao de molculas de gases ou lquidos ou ons em soluo superfcie de slidos que estejam em contato. (2) Processo pelo qual a energia (eletromagntica, ssmica, etc.) convertida em outra forma de energia, como o calor. (3) Termo aplicado entrada da gua superficial na litosfera por diversos processos. (4) Reduo da intensidade de luz transmitida atravs de uma substncia cristalina ou amorfa. ABUNDNCIA ABSOLUTA Veja FREQNCIA ABSOLUTA. ABUNDNCIA RELATIVA Veja FREQNCIA RELATIVA. ACADIANO I. Acadian; F. Acadien; E. Acadiano; A. Acadien. (1) De acordo com a classificao estratigrfica local da Europa (Van Eysinga, 1975), representa a idade correspondente poca mdia do Perodo Cambriano (524-544 Ma) situada acima do Georgiano e abaixo do Potsdamiano. (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de camadas sedimentares depositadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Sistema Cambriano mdio. Caracterizado por folhelho micceo depositado no geossinclinal Acadiano, que se estende de Boston a Nova Esccia (Canad), contendo fsseis de trilobites como Paradoxides. Este nome foi atribudo em 1855 por Dawson (Harland et al., 1990). ACAMADA I. Bedded; F. Lite (Stratifie); E. Estratificada; A. geschichtet. Refere-se, em geral, a rochas sedimentares que exibem plano de separao em camadas, denominado plano de acamamento (bedding plane). Sinnimo: estratificada (stratified ). No Brasil, muitos tm utilizado a palavra acamadada. ACAMAMENTO I. Bedding; F. Litage (Stratification); E. Estratificacin; A. Schichtung. (1) Propriedade presente na maioria das rochas sedimentares, caracterizada por planos mais ou menos definidos de separao interna determinados, em geral, por diferenas de mineralogia, forma ou tamanho das partculas componentes. (2) Termo coletivo significando a existncia de camadas ou lminas, isto , planos que separam rochas sedimentares de mesma litologia ou de litologias diferentes. AO ANTRPICA I. Anthropic action; F. Action anthropique; E. Accin antrpica; A. menschliche Einwirkung (anthropogen, anthropogene Aktion). Atividade do homem como agente geolgico de dinmica externa (superficial) da Terra, modificando o relevo, a drenagem, etc. e interferindo, desta maneira, nas dinmicas de sedimentao e eroso. O possvel recrudescimento do efeito estufa (greenhouse effect) nos ltimos 100 anos poderia ser, pelo menos parcialmente, atribudo ao antrpica. AO GLACIAL I. Glacial action; F. Action glaciaire; E. Accin glacial; A. Gletscherttikeit. Conjunto de processos desenvolvido pelo gelo da geleira (glacier), tais como, eroso, transporte e sedimentao glaciais. s vezes, o termo tambm empregado para atividade devida ao da gua de degelo (meltwater). ACAUSTOBILITO I. Acaustobiolith; F. Acaustobiolithe; E. Acaustobiolita; A. Akaustobiolith.

Rocha sedimentar de origem orgnica no-combustvel como, por exemplo, o diatomito (diatomite), o esponglito (spongolite), etc. Antnimo: caustobilito (caustobiolith). ACAVALAMENTO Veja FALHA DE ACAVALAMENTO. ACAVALAMENTO EROSIVO I. Erosion thrust (Surface thrust); F. Chevauchement rosif; E. Empuje erosivo; A. Erosionsberschiebung. Situao encontrada em falha reversa (reverse fault) de baixo ngulo, onde o plano de falha (fault plane) ficou exposto por eroso e a capa sofreu um deslocamento ao longo da superfcie erosiva (erosional surface) ou falha originada por deslizamento do bloco de falha (fault block) sobre a superfcie erosiva. Sinnimo: falha de destacamento (detachment fault). ACESSRIO I. Accessory; F. Accessoire; E. Accesorio; A. akzessorisch. (1) Relacionado a minerais muito escassos em uma rocha sedimentar (segundo Krynine, menos de 1%), como os minerais pesados (heavy minerals). (2) Em rochas piroclsticas (pyroclastic rocks), refere-se a material originado de rochas vulcnicas mais antigas, embora consangneas. ACHEULIANO I. Acheulian; F. Acheulien; E. Acheuliano; A. Acheulien. Termo proposto por Mortillet em 1878 (CEG/FCL, 1970) para designar uma subdiviso do Paleoltico (Palaeolithic), situada entre o Abbevilliano (Abbevillian) e o Musteriano (Mousterian). A localidade-tipo (type-locality) est situada em Saint Acheul (Frana), sendo este nome usado tambm para designar um andar do Sistema Pleistoceno mdio. ACIDENTAL I. Accidental; F. Accidentel; E. Accidental; A. zufllig. Termo usado para designar os componentes de uma rocha piroclstica (pyroclastic rock) provenientes de rochas de qualquer tipo, no relacionados com o ciclo eruptivo que deu origem primeira. ACIDEZ I. Acidity; F. Acidit; E. Acidez; A. Aziditt (Suregrad). Exprime a intensidade da reao cida de uma soluo, sendo normalmente representada por pH ou concentrao de ons de hidrognio. ACIDEZ LIVRE I. Free acidity; F. Acidit libre; E. Acidez libre; A. freie Sure. Designao atribuda acidez (acidity) produzida por adio de gua a um solo, que mais acentuada em solos com mais matria orgnica (organic matter), pois pela sua decomposio h formao de vrios cidos orgnicos (organic acids). ACIDEZ DE SOLO I. Soil acidity; F. Acidit du sol; E. Acidez de suelo; A. Bodenaziditt. Grau de acidez medido adicionando-se gua ao solo, que resultante da liberao de ons de hidrognio adsorvidos fracamente aos colides do solo ou da dissoluo de substncias cidas solveis em gua. ACIDIFICAO I. Acidification; F. Acidification; E. Acidificacin; A. bersuerung (Versuerung). Processo de injeo de cido em calcrio, dolomito ou arenito a fim de aumentar a porosidade e a permeabilidade dessas rochas pela dissoluo parcial dos minerais componentes. O objetivo principal da acidificao em rochas reservatrio (reservoir rocks) de fluidos (petrleo, gua, etc.) consiste em aumentar a sua produtividade. ACIDO FLVICO I. Fulvic acid; F. Acide fulvique; E. cido flvico; A. Fulvosure. Refere-se parte orgnica do hmus (humus), solvel em lcalis e no precipitvel em cido. O contedo de cido flvico (fulvic acid ) nos solos parece ser aproximadamente igual ao do cido hmico (humic acid ), embora a sua natureza no seja perfeitamente conhecida. ACIDO HMICO I. Humic acid; F. Acide humique; E. cido hmico; A. Huminsure.

Substncia cida de cor acastanhada que pode ser extrada do solo orgnico (organic soil), composta essencialmente de 50 a 60% de carbono, 3 a 6% de hidrognio, 1,5 a 6% de nitrognio, sendo grande parte do restante formado por oxignio, alm de menos de 1% de enxofre. CIDO INORGNICO Veja CIDO ORGNICO. CIDO ORGNICO I. Organic acid; F. Acide organique; E. cido orgnico; A. organische Sure. Denominao geral empregada para vrios compostos, como o cido frmico, cido actico, cido ltico, etc., em contraposio aos cidos inorgnicos (inorganic acids) como cido clordrico, cido sulfrico, etc. Os cidos orgnicos so encontrados, por exemplo, em dentes e ossos fsseis. ACLIMATAO I. Acclimatization; F. Acclimatation; E. Aclimatacin; A. Akklimatisation. Processo de adaptao de organismos a um novo clima referindo-se, em geral, a um fennemo que ocorre em pouco tempo, sendo de origem no-gentica. Em Portugus pode-se dizer tambm aclimao ou aclimamento. ACME Veja EPBOLE. ACREO I. Accretion; F. Accrtion; E. Acrecin; A. Wachstum. (1) Fenmeno de sedimentao costeira de partculas clsticas (detrticas) carreadas por ondas e/ou correntes litorneas, ocasionando um avano do continente mar adentro. (2) Ao ou efeito de crescimento de um corpo por adio de partculas de fora. O fenmeno pode resultar da migrao de partculas em estado coloidal no interior de uma rocha, como ocorre provavelmente na formao de certos ndulos de argila (acreo epigentica) ou por aderncia ao rolar um corpo sobre um leito argiloso (acreo singentica). ACREO COSTEIRA Veja PONTA CUSPIDADA. ACREO EPIGENTICA Veja ACREO. ACREO LATERAL I. Lateral accretion; F. Accrtion latrale; E. Acrecin lateral; A. laterale Ablagerung (laterale Auschttung). Acumulao horizontal atravs da justaposio sucessiva de depsitos sedimentares, como a verificada durante a formao de barras de meandros (meander bars), cristas praiais (beach ridges), etc. Neste caso, a alimentao (suprimento) se d segundo a direo deposicional, constituindo um dos estilos bsicos de preenchimento sedimentar na seqncia estratigrfica gentica de Galloway (1989). ACREO SINGENTICA Veja ACREO. ACREO VERTICAL I. Vertical accretion; F. Accrtion verticale; E. Acrecin vertical; A. Aufschttung. Acumulao vertical atravs da decantao de sedimentos em suspenso, como a verificada durante a colmatao de um lago (lake) ou de uma laguna (lagoon). ACRECIONAL (ACRETIVO) I. Accretionary; F. Accretionnaire; E. Acrecional; A. angelagert. Pertencente ou que apresenta caracterstica de acreo, muitas vezes caracterizada por deposio concntrica de partculas, que se reflete na fissilidade (fissility) e conseqentemente na esfoliao esferoidal (spheroidal exfoliation). ACRETIVO Veja ACRECIONAL. ACRITARCA I. Acritarch; F. Acritarch; E. Acritarca; A. Akritarch.

Microorganismo provido de parede resistente, de natureza orgnica, aparentemente unicelular e de relao biolgica incerta, caracterizado por paredes externas lisas ou com espinhos. A maioria parece ter afinidade com as algas. Ocorre do Prcambriano ao Recente, mas so especialmente abundantes no Pr-cambriano e Paleozico inferior. ACROZONA I. Acrozone; F. Acrozone; E. Acrozona; A. Akrozone. Refere-se distribuio temporal total, varivel de um lugar a outro, do fssil que a define, tomando emprestado o nome para a sua designao. Exemplo: acrozona do Linoproductus cora (braquipode do Paleozico superior). ACROZONA MULTIFOSSILFERA I. Multifossil acrozone; F. Acrozone multifossilifre; E. Acrozona multifosilfera; A. versteinerungreiches Akrozone. Unidade bioestratigrfica (biostratigraphic unit) marcada por concentrao de acrozonas de diferentes fsseis. Sinnimo: zona de amplitude multifossilfera (multifossil range zone). ACTONIANO I. Actonian; F. Actonien; E. Actoniano; A. Actonien. (1) Sexta idade mais antiga (444-444,5 Ma) da diviso heptapartite da poca Caradociana (Caradocian), pertencente ao Subperodo Bala do Perodo Ordoviciano. Situa-se acima da Idade Marshbrookiana (Marshbrookian) e abaixo da Idade Onniana (Onnian). (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de rochas formadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Subsistema Bala do Sistema Ordoviciano (Harland et. al., 1990). ACTUOPALEONTOLOGIA I. Actuopalaeontology; F. Actuopalontologie; E. Actuopaleontologa; A. Aktuopaleontologie. Ramo da Paleontologia (Palaeontology) que se preocupa com a pesquisa de problemas paleontolgicos e paleoecolgicos atravs do estudo ecolgico dos seres vivos atuais. ACTUOPALINOLOGIA I. Actuopalynology; F. Actuopalynologie; E. Actuopalinologa; A. Actuopalynologie. Ramo da Palinologia (Palynology) que se preocupa com o estudo de problemas paleopalinolgicos e paleoecolgicos pelo estudo ecolgico das plantas viventes. ACUMULAO I. Accumulation; F. Accumulation; E. Acumulacin; A. Akkumulation. Ao ou efeito de empilhamento de material sedimentar de qualquer natureza por qualquer agente. ACUNHAMENTO I. Wedge-out (Thin-out, Pinch-out); F. Biseautage; E. Acuamiento; A. Keilf rmig. Fenmeno pelo qual uma determinada unidade litolgica diminui gradualmente de espessura at o seu desaparecimento total. ADAPTAO I. Adaptation; F. Adaptation; E. Adaptacin; A. Anpassung. Refere-se ao mecanismo pelo qual os seres vivos modificam-se de acordo com as mudanas do meio circundante, para continuarem as suas vidas. Se os seres vivos assimilarem as modificaes e desenvolverem-se pode-se dizer que houve adaptao. ADERNAMENTO I. Tilting; F. Pendage; E. Inclinacin; A. Schrgstellung. Movimento tectnico (tectonic movement) pelo qual um dos blocos inclina-se mais fortemente do que o outro. Este fenmeno est freqentemente associado falha normal (normal fault) ou falha gravitacional (gravity fault), originada por esforo tracional horizontal da crosta. Veja tambm bloco adernado (tilted block). ADIASTRFICO Veja PROCESSO TECTNICO. ADOBE I. Adobe; F. Adobe; E. Adobe; A. kalkhaltiger Schluff. (1) Palavra de origem rabe (athob = ladrilho) para designar tijolos no-queimados (secos ao sol). (2) Depsitos slticoargilosos misturados com menores quantidades de outros materiais encontrados em regies desrticas do Mxico e dos Estados Unidos.

ADSORO I. Adsorption; F. Adsorption; E. Adsorcin; A. Adsorption. Processo pelo qual uma matria adsorvente como, por exemplo, uma partcula de carvo pulverizado fica coberta por uma pelcula de gs ou lquido que constituem as matrias adsorvidas, sem penetrar no seu interior. Comumente, a adsoro bastante seletiva, podendo esta propriedade ser til na purificao de lquidos e gases. O fenmeno de adsoro pode produzir calor conhecido como calor de adsoro. AERBIO I. Aerobic; F. Arobie; E. Aerobio; A. aerobisch. (1) Vivente ou ativo somente na presena de oxignio. (2) Pertencente ou induzido por organismos aerbios. Veja tambm anaerbio (anaerobic). AERONIANO I. Aeronian; F. Aeronien; E. Aeroniano; A. Aeronien. (1) Idade intermediria (432,6-436,9 Ma) da diviso tripartite da poca Llandoveriana (Llandovery), pertencente ao Perodo Siluriano. Situa-se acima da Idade Rhuddaniana (Rhuddanian) e abaixo da Idade Telychiana (Telychian). (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de rochas formadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Sistema Siluriano (Harland et al., 1990). AEROSSOL Veja DISPERSO COLOIDAL. AEROSSOL MARINHO I. Sea spray; F. Embruns; E. Salpicadura marina; A. Aerosol des Meeres. Suspenso no ar de partculas diminutas de gua do mar, formada por efeito de quebra das ondas na zona costeira, sendo portanto mais importante na zona de arrebentao (breaker zone). O efeito do aerossol marinho pode chegar verticalmente at cerca de 2km de altitude. AFLORAMENTO I. Outcrop; F. Affleurement; E. Afloramiento; A. Aufschluss. Exposio do substrato rochoso cristalino ou de camadas sedimentares que despontam acima do manto de intemperismo (weathering mantle), solo ou outros tipos de coberturas superficiais (gelo, etc.). O afloramento pode aparecer naturalmente (leito ou margem fluviais, encosta de montanha, etc.) ou artificialmente (corte de rodovia, trincheira, etc.). Sinnimo: exposio (exposure). AFLORAMENTO DE GUA SUBTERRNEA I. Outcrop of groundwater; F. Affleurement deau souterraine; E. Afloramiento de agua subterrnea; A. Grundwasseraustritt. Corresponde ao aparecimento natural ou artificial de gua subterrnea (groundwater) em superfcie, sendo o primeiro caso exemplificado pela fonte e o segundo pelo poo. Permite obter amostra de gua subterrnea para determinao das suas propriedades fsicas, qumicas e biolgicas. AFLUENTE Veja TRIBUTRIO. AFOGAMENTO I. Drowning; F. Ennoyage; E. Ahogamiento; A. Ertrinken. Submerso da plancie ou topografias costeiras sob guas ocenicas por subida de nvel do mar (sea-level rise) ou por subsidncia da rea continental. Pode haver afogamento de trecho de rio por levantamento de nvel de base local. AFTONIANO I. Aftonian F. Aftonien; E. Aftoniano; A. Aftonien. Relativo do estdio interglacial pleistocnico, que ocorreu entre as glaciaes Nebraskaniana (Nebraskan) e Kansaniana (Kansan) na rea que era ocupada pela Calota Laurenciana (Amrica do Norte). Nome de andar (stage) do Sistema Pleistoceno, cuja localidade-tipo (type-locality) est em Afton (Iowa, Estados Unidos).

GATA I. Agate; F. Agate; E. gata; A. Achat. Variedade de calcednia (slica criptocristalina) translcida apresentando anis concntricos de diversas cores. A parte central pode exibir cristais de quartzo bem desenvolvidos. Pode conter tambm calcita (calcite), siderita (siderite), goethita (goethite) ou zelita (zeolite). O termo originrio de Achates (hoje Drillo), rio do sudoeste da Siclia (Itlia), onde ocorre. AGENTE DESFLOCULANTE I. Deflocculating agent; F. Agent dfloculant; E. Agente defloculante; A. Dispergierungsmittel. Reagente qumico que produz a desfloculao como, por exemplo, o hidrxido de amnia ou pirofosfato de sdio, quando adicionados em pequena quantidade suspenso aquosa floculada de argila. Sinnimo: agente peptizante (peptizing agent). AGENTE PEPTIZANTE Veja AGENTE DESFLOCULANTE. AGITADOR I. Shaker; F. Agitateur; E. Agitador; A. Rttler. Equipamento eltrico destinado a imprimir movimentos rotativos ou vibratrios a um conjunto de peneiras de laboratrio, para permitir a passagem de partculas detrticas atravs das malhas, durante as anlises granulomtricas (grain size analyses) das areias. AGLOMERADO BRECHIDE Veja AGLOMERADO VULCNICO. AGLOMERADO TUFCEO Veja AGLOMERADO VULCNICO. AGLOMERADO VULCNICO I. Volcanic agglomerate; F. Agglomr volcanique; E. Aglomerado volcnico; A. vulkanisches Agglomerat. Rocha piroclstica (pyroclastic rock) formada predominantemente por ejetos vulcnicos (volcanic ejecta) maiores do que 32mm de dimetro. Os fragmentos so geralmente mais arredondados do que nos depsitos mais finos e a estratificao apresenta-se menos desenvolvida ou falta por completo. Quando os fragmentos entre 256 e 32mm so predominantes, fala-se em aglomerado brechide (brecciated agglomerate) e quando possui abundante matriz de granulao inferior a 4mm tem-se o aglomerado tufceo (tuffaceous agglomerate). AGLUTINADO I. Agglutinated; F. Agglutin (Agglomer); E. Aglutinado; A. Agglutiniert (Schlackenagglomerat). (1) Termo usado, s vezes, para se referir ao sedimento floculado. (2) Foraminfero (foraminifera) cuja testa composta de fragmentos detrticos arenosos (at mais finos) cimentados por uma substncia de secreo animal. Em francs diz-se foraminifre arnac. (3) Rocha formada por escrias e blocos arremessados em estado pastoso por um vulco e cimentados por aglutinao de uns com outros. AGRADAO I. Aggradation; F. Aggradation; E. Agradacin; A. Aggradation. (1) Processo de construo de uma superfcie por fenmenos deposicionais. Antnimo: degradao (degradation). (2) Na seqncia estratigrfica gentica de Galloway (1989), corresponde a um dos estilos bsicos de preenchimento sedimentar, caracterizado por acreo vertical (vertical accretion), como a que ocorre em um lago (lake). AGREGADO I. Aggregate; F. Agrg; E. Agregado; A. Aggregat. Formado por uma massa de partculas unidas por um material intersticial (cimento, betume, etc.), em geral separveis por meios qumicos e/ou mecnicos. Exemplos: areia, cascalho ou conchas agregadas por um cimento carbontico dando, respectivamente, arenito, conglomerado e coquina. GUA DE ABSORO I. Absorption water; F. Eau dabsorption; E. Agua de absorcin; A. Absorptionswasser. gua retida por uma substncia, que se distribui praticamente por igual atravs do corpo absorvente como, por exemplo, um solo. Deste modo, a gua de absoro bastante influenciada pela superfcie especfica (specific surface) das partculas componentes.

GUA DE ADSORO I. Adsorption water; F. Eau dadsorption; E. Agua de adsorcin; A. Adsorptionswasser. gua normalmente contida no espao intermolecular de alguns minerais, que eliminada a temperaturas entre 100 e 110C sem destruio da estrutura cristalina. No sentido amplo tambm utilizada esta designao para gua que no integra a estrutura cristalina dos minerais. Sinnimo: gua de constituio (constitution water). GUA ALOGNICA I. Allogenic water; F. Eau allognique; E. Agua alognica; A. allogenes Wasser. Designao de gua baseada em critrio gentico, referindo-se gua de recarga de aqfero crstico (karst aquifer) apresentando caractersticas que correspondem ao estado antes de atingir a rea de calcrios. Na rea do sistema de cavernas Prolas-Santana em Vale do Ribeira, SP (Karmann, 1994), teria pH mdio de 6,97 e dureza total de 13mg/l equivalente a CaCO3, representando gua com alta agressividade qumica. GUA ARTESIANA I. Artesian water; F. Eau artsienne; E. Agua artesiana; A. gespanntes Grundwasser. gua subterrnea (groundwater) contida em aqfero (aquifer) delimitado acima e abaixo por camadas impermeveis, cuja alimentao ocorre em uma rea topograficamente mais alta. Deste modo, se um poo for perfurado em posio mais baixa do que a zona de alimentao ocorrer surgncia natural, sendo ento chamado de poo artesiano (artesian well). Sinnimo: gua confinada (confined water). GUA AUTOGNICA I. Autogenic water; F. Eau autognique; E. Agua autognica; A. autogenes Wasser. Designao de gua baseada em critrio gentico, referindo-se gua de recarga de aqfero crstico (karst aquifer) captada diretamente pela superfcie carbontica. Na rea do sistema de cavernas Prolas-Santana em Vale do Ribeira, SP (Karmann, 1994), caracteriza-se por alto teor de slidos dissolvidos (151mg/l) e alta alcalinidade, com dureza total de 139mg/l equivalente a CaCO3. GUA CAPILAR I. Capillary water; F. Eau capillaire; E. Agua capilar; A. Kapillarwasser. Parte da gua do solo retida por coeso na forma de filmes contnuos ao redor das partculas e nos espaos capilares. Grande parte da gua consumida pelas plantas proveniente da gua capilar. GUA DE COMBINAO I. Bound water; F. Eau de combinaison; E. Agua de combinacin; A. gebundenes Wasser. gua presente em materiais como as clulas animal e vegetal, alm dos solos, que no pode ser removida sem alterar a estrutura ou composio dos materiais e, por outro lado, no reage como gua livre dissolvendo acar ou formando cristais de gelo. GUA CONATA I. Connate water; F. Eau conne; E. Agua connata; A. konnates Wasser (Vererbungswasser). gua armazenada nos interstcios de um sedimento inconsolidado ou de uma rocha sedimentar, incorporada durante o processo deposicional. A gua conata pode ser doce ou salgada, conforme seja derivada em ambientes continental ou marinho, respectivamente. A maioria encontra-se associada a campos petrolferos, sendo salgada. Sinnimos: gua de formao (formation water), gua fssil (fossil water) e gua de reteno (retention water). GUA CONFINADA Veja GUA ARTESIANA. GUA DE CONSTITUIO Veja GUA DE ADSORO. GUA COSTEIRA I. Coastal water; F. Eau cotire; E. Agua costera; A. Kstenwasser. Faixa de gua compreendida entre a praia e a borda externa da plataforma continental (continental shelf ), onde as propriedades fsicas e qumicas so mais ou menos influenciadas pelas guas provenientes da rea continental adjacente. GUA DE CRISTALIZAO Veja GUA DE ADSORO.

GUA DE DEGELO I. Meltwater; F. Eau de dgel; E. Agua de deshielo; A. Schmelzwasser. gua originada da fuso do gelo, especificamente das geleiras continentais (continental glaciers) que, quando chega aos oceanos causa a subida do nvel do mar (sea-level rise) atribuda glcioeustasia (glacial eustasy). O fim das glaciaes pleistocnicas do hemisfrio norte, cujo clmax foi atingido h cerca de 18.000 anos A.P., caso do ltimo estdio glacial (glacial stade), causou uma asceno do nvel ocenico em escala mundial de mais de 100m, principalmente devido gua de degelo. GUA DE DESIDRATAO I. Dehydration water; F. Eau de deshydratation; E. Agua de deshidratacin; A. Dehydratationswasser. gua combinada fsica ou quimicamente com um mineral, que perdida durante as reaes de recristalizao. GUA DOCE Veja GUA MOLE. GUA DURA I. Hard water; F. Eau dure; E. Agua dura; A. hartes Wasser. gua contendo teores mais ou menos elevados de sais dissolvidos de Ca e Mg, que reagem com o sabo formando precipitados insolveis, que impedem a formao de espuma. Em geral, contm compostos que atribuem dureza, em teor equivalente, superior a 60mg/l de CaCO3. Antnimo: gua mole (soft water). GUA DURA TEMPORRIA Veja DUREZA TEMPORRIA. GUA DE EMBEBIO I. Water of imbitition; F. Eau dimbibition; E. Agua de embebimiento; A. Wasserdurchtrnkung. (1) Quantidade de gua que uma rocha pode conter acima do nvel de gua ou de saturao (saturation). (2) gua de saturao. GUA DE ESPRAIAMENTO I. Swash water; F. Eau de swash; E. Agua de esplayamiento; A. Splwasser (Wasser der auflaufenden Welle). Refere-se gua que sofre o fenmeno de espraiamento (swash) na zona de espraiamento (swash zone). Alguns autores reconhecem as guas de fluxo ou saca (uprush) e as de refluxo ou ressaca (backwash). GUA ESTRATIFICADA I. Stratified water; F. Eau stratifie; E. Agua estratificada; A. geschichtetes Wasser. gua estacionria apresentando camadas com diferentes densidades devidas a diferenas de temperatura e/ou salinidade, por exemplo, em um lago. GUA ESTRUTURAL I. Structural water; F. Eau structurale; E. Agua estructural; A. Kristallwasser. gua contida na estrutura cristalina dos argilominerais (clay minerals), como da caulinita (kaolinite) na forma de on hidroxila. Esta gua perdida pela caulinita aquecida durante a anlise trmica diferencial (differential thermal analysis), a cerca de 550C atravs de uma reao endotrmica. GUA FISSURAL I. Fissure water; F. Eau de fissure; E. Agua de fisura; A. Kluftwasser. gua contida em minsculas fissuras no interior de uma rocha. No apresenta superfcie de lenol fretico (water table), exibe superfcie de zona saturada, sendo condicionada ao desenvolvimento de fissuras. Quando ocorrem diminutas ligaes entre as fissuras, pode haver formao de superfcie de lenol fretico e pode ser tratada como no caso de gua intersticial (interstitial water). GUA DE FLUXO (OU DE SACA) Veja GUA DE ESPRAIAMENTO.

GUA DE FORMAO Veja GUA CONATA. GUA FSSIL Veja GUA CONATA. GUA FRETICA I. Phreatic water; F. Eau phratique; E. Agua fretica; A. ungespanntes Grundwasser. gua subterrnea (groundwater) livre, em contraposio gua confinada (confined water). Sinnimo: gua no confinada (unconfined water). GUA GRAVITACIONAL I. Gravitational water; F. Eau gravitaire; E. Agua gravitacional; A. gravitationales Wasser. gua que pode mover-se no interior do solo por ao da gravidade. Como no se acha ligada s partculas do solo, no pode ser retida por muito tempo no solo, porm representa um papel muito importante na solubilizao de substncias qumicas. GUA INTERSTICIAL I. Interstitial water; F. Eau interstitielle; E. Agua intersticial; A. Porenwasser. gua que ocorre nos interstcios ou vazios (poros) de uma rocha ou de outro meio poroso. GUA JUVENIL I. Juvenile water; F. Eau juvenile; E. Agua juvenil; A. juveniles Wasser. gua proveniente do interior da Terra, que nunca integrou o sistema de circulao de gua subterrnea (groundwater). Sinnimo: gua magmtica (magmatic water). GUA MAGMTICA Veja GUA JUVENIL. GUA MAIOR Veja MAR ALTA. GUA MENOR Veja MAR BAIXA. GUA METERICA I. Meteoric water; F. Eau mtorique; E. Agua meterica; A. meteorisches Wasser. gua que ocorre ou derivada da atmosfera, tais como as guas de chuva, de neve, de granizo, etc. GUA MOLE I. Soft water; F. Eau molle (Eau douce); E. Agua blanda; A. weiches Wasser. gua praticamente sem sais de Ca e Mg em soluo. Em geral, contm compostos que atribuem dureza, em teor equivalente, inferior a 60mg/l de CaCO3. Antnimo: gua dura (hard water). GUA NO-CONFINADA Veja GUA FRETICA. GUA PELICULAR I. Pellicular water; F. Eau pelliculaire; E. Agua pelicular; A. Pellikularwasser. Refere-se gua que se encontra na forma de filmes nas paredes das aberturas e ocorrendo como corpos cuneiformes nas junes dos interstcios na zona de aerao acima da gua capilar (capillary water). GUA DE PETRLEO I. Oilfield water; F. Eau sale; E. Agua de petrleo; A. Salzwasser. gua contida em formao petrolfera que, em geral, salgada e rica em Na, Ca, K, Cl e CO3, embora os ons componentes variem de acordo com o lugar e a profundidade. GUA PLUVIAL I. Pluvial water; F. Eau pluviale; E. Agua pluvial; A. Regenwasser. gua originria da chuva que escoa pela superfcie terrestre. Dependendo do clima local e outros fatores, como a cobertura vegetal (vegetal cover), condies do solo, relevo, etc., quantidades variveis de gua pluvial infiltram-se no subsolo ou evaporam-se para a atmosfera. GUA DE REFLUXO (OU DE RESSACA) Veja GUA DE ESPRAIAMENTO.

GUA DE RETENO Veja GUA CONATA. GUA RETIDA I. Retained water; F. Eau retenue; E. Agua retenida; A. Haftwasser. gua que permanece em uma formao geolgica ou solo aps a expulso da gua gravitacional (gravity water). A maior parte da gua retida permanece nos interstcios como gua de adsoro (adsorption water) ou como gua de absoro (absorption water) devida fora de atrao molecular. GUA SALOBRA Veja SALOBRA. GUA SEMICONFINADA I. Semiconfined water; F. Eau semi-confine; E. Agua semiconfinada; A. halbgespantes Wasser. Situao em que a gua confinada (confined water) est delimitada somente na poro inferior por camada permevel. Este tipo de gua subterrnea ocorre mais comumente em associao com deltas (deltas) e leques aluviais (alluvial fans). GUA SUBTERRNEA I. Groundwater (Subterranean water); F. Eau souterraine; E. Agua subterrnea; A. Grundwasser. Parte da gua subsuperficial contida na zona de saturao (zone of saturation). Sinnimo: gua fretica (phreatic water). GUA SUBTERRNEA SUSPENSA Veja AQFERO SUSPENSO. GUA SUPERFICIAL I. Surface water; F. Eau superficielle; E. Agua superficial; A. Oberflchenwasser. gua corrente (rios) ou estacionria (lagos) que ocorre na superfcie da Terra em contato com a atmosfera. GUA VADOSA I. Vadose water; F. Eau vadose; E. Agua vadosa; A. vadoses Wasser. Termo usado para designar gua subterrnea (groundwater) encontrada acima da zona de saturao (zone of saturation), isto , na zona de aerao (zone of aeration). AGUDEZ DO PICO Veja CURTOSE. ALARGAMENTO Veja EROSO LATERAL. ALBEDO I. Albedo; F. Albedo; E. Albedo; A. Albedo. Razo entre a quantidade de radiao eletromagntica refletida por uma superfcie (neve, nuvem, geleira, etc.) e a radiao incidente sobre ela. O albedo dos oceanos varia entre 6 a 11% entre as latitudes 40 N e 40 S, enquanto que o albedo planetrio (sistema Terra/Atmosfera) seria de aproximadamente 40%, areia mida 9% e areia seca18%. ALBERTITO I. Albertite; F. Albertite; E. Albertita; A. Albertit. Pirobetume (pyrobitumen) asfltico de cor acastanhada escura ou preta, apresentando fratura conchoidal. praticamente insolvel em lcool. ALBIANO I. Albian; F. Albien; E. Albiano; A. Alb (ien). (1) Terceira idade mais antiga (97-112 Ma) da diviso pentapartite da poca Glica (Gallic) do Perodo Cretceo, situada acima da Idade Aptiana (Aptian) e abaixo da Idade Cenomaniana (Cenomanian). (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de rochas formadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Sistema Cretcico. O nome originrio de Aube (Frana) e foi usado por dOrbigny em 1842 (Harland et al., 1990). ALBUFEIRA Veja LAGUNA.

ALCALINIDADE I. Alkalinity; F. Alcalinit; E. Alcalinidad; A. Alkalinitt. Corresponde capacidade de uma gua em aceitar prtons, isto , ons de hidrognio. Ela expressa em forma de miliequivalentes por litro ou em forma de potencial do on hidrognio (hydrogen ion potential) ou pH. Sinnimo: basicidade (basicity). Antnimo: acidez (acidity). ALCRETE I. Alcrete; F. Alcrete; E. Alcrete; A. Alcret. Produto de processo de intemperismo continental no qual sesquixido de alumnio se concentrou e/ou substituiu o solo, rocha ou material intemperizado preexistentes, levando ao desenvolvimento de uma duricrosta (duricrust). ALDANIANO Veja TOMMOTIANO e ATDABANIANO. ALGA I. Algae; F. Algue; E. Alga; A. Alge. Denominao sem significado taxonmico mais preciso, referindo-se a vegetais foliados, em geral clorofilados, que se desenvolvem subaquaticamente. ALGA CALCRIA I. Calcareous algae; F. Algue calcaire; E. Alga calcrea; A. Kalkalge. Planta que retira o CO2 da gua de mar raso, onde vive, secretando ou depositando carbonato de clcio (CaCO3), que passa a revesti-la. Exemplos: algas vermelhas (Solenoporaceae e Corallinaceae) algas verdes (Codiaceae e Dasycladaceae), etc. So conhecidas algas calcrias fsseis desde o Pr-cambriano at hoje. ALGA PERFURADORA I. Boring algae; F. Algue perforante; E. Alga perforante; A. Bohralge (Bohrende-Alge). Variedade relativamente freqente de alga que vive parte ou toda a sua existncia no interior de furos abertos em rochas ou conchas. Ela representa um importante papel na desintegrao de recifes de corais e, alm disso, pode ser usada nos estudos paleoecolgicos e paleoambientais, principalmente de paleobatimetria (paleobathymetry). ALGINITA I. Alginite; F. Alginate; E. Alginita; A. Alginit. A alginita corresponde matria orgnica amorfa e, ao lado da esporita (sporite), organita (organite), cutinita (cutinite) e resinita (resinite), compe as partculas orgnicas da exinita (exinite). ALGONQUIANO I. Algonkian; F. Algonkien; E. Algonkiano; A. Algonkium. Termo proposto em 1892 por Van Hise (Harland et al., 1990), que serve para designar as rochas do Pr-cambriano (Precambrian) posteriores ao Arqueano (Archaean), O estrattipo (stratotype) encontrado na regio dos Grandes Lagos (Canad), onde representado por espessa seqncia de xistos, quartzitos e calcrios. Termo hoje em desuso pelo Servio Geolgico dos Estados Unidos, mas mantido pelo Servio Geolgico do Canad. Os termos alternativos de uso mais corrente, inclusive no Brasil, so o Proterozico (Proterozoic) e o Pr-cambriano superior (Upper Precambrian), ao invs de Algonquiano. ALIMENTAO ARTIFICIAL I. Artificial nourishment; F. Alimentation artificielle; E. Alimentacin artificial; A. knstliche Ernhrung. Processo de preenchimento de uma praia com material arenoso obtido artificialmente (atravs de bombeamento) de outra localidade prxima. Embora seja usada em muitas partes do mundo bastante cara e s se justifica em situaes especiais. ALINHAMENTO I. Alignment; F. Alignement; E. Alineamento; A. Ausrichtung (1) Disposio natural segundo uma linha regular, aproximadamente reta, do conjunto de elementos geolgicos ou geofsicos de natureza semelhante. (2) Correo de uma feio linear, em planta, em relao a outras linhas ou feies.

ALTICO I. Allitic; F. Allitique; E. Altico; A. allitisch. Relativo ao processo de intemperismo comum em regies tropicais e subtropicais, que produz a destruio dos silicatos e a formao de hidratos de alumnio, com perda de slica, originando sedimentos do tipo laterito ou bauxito. Antnimo: sialtico (siallitic). ALOCICLICIDADE I. Allocyclicity; F. Allocyclicit; E. Alociclicidad; A. Allozyklizitt. Fenmeno de sedimentao cclica que resulta de mudanas cclicas nos fatores externos bacia de acumulao, tais como, no suprimento de energia ou de material para sedimentao (Beerbower, 1964:32). Envolve mecanismos de soerguimento ou subsidncia crustais, variaes climticas, mudanas de nvel relativo do mar, etc. ALCTONE I. Allochthonous; F. Alochtone; E. Alctono; A. allochthon. (1) Referindo-se a sedimentos, aplica-se este termo para designar aqueles de origem externa ao local onde se encontram depositados. Esta denominao amplamente usada para depsitos carbonosos (carvo e turfa) compostos por materiais originados de fora do local de acumulao. Sinnimos: alognico (allogenic) e alotgeno (allothigene). (2) Em Geotectnica (Geotectonics), refere-se massa rochosa deslocada do seu stio de formao por processo tectnico. Antnimo: autctone (autochthonous). ALOESTRATIGRAFIA I. Allostratigraphy; F. Allostratigraphie; E. Aloestratigrafa; A. Allostratigraphie. Tipo de enfoque estratigrfico proposto pela N.A.C.S.N. (1983) para classificao de depsitos neocenozicos, especialmente depsitos quaternrios, embora seja tambm utilizvel em seqncias sedimentares mais antigas. Enquadra-se no contexto mais amplo da Geologia Sedimentar (Sedimentary Geology) que, segundo Walker (1990), juntamente com a Estratigrafia de Seqncia (Sequence Stratigraphy) de Van Wagoner et al. (1988) e Seqncia Estratigrfica Gentica (Genetic Stratigraphic Sequence) de Galloway (1989), tambm conhecida como as Novas Estratigrafias (New Stratigraphies). ALOFORMAO I. Alloformation; F. Alloformation; E. Aloformacin; A. Alloformation. Unidade aloestratigrfica (allostratigraphic unit) fundamental proposta no Cdigo Americano de Nomenclatura Estratigrfica de 1983. Pode ser parcial ou totalmente dividida em alomembros (allomembers) ou no possuir nenhum membro. Esta unidade estratigrfica parece ser bastante apropriada para o estudo do Quaternrio, tendo sido usado com sucesso por pesquisadores brasileiros (Moura & Melo, 1991). ALOGNICO Veja ALCTONE. ALOGRUPO I. Allogroup; F. Allogroupe; E. Alogrupo; A. Allogruppe. Unidade aloestratigrfica (allostratigraphic unit) imediatamente superior em hierarquia aloformao (alloformation), composta por duas ou mais aloformaes. Esta unidade s deve ser estabelecida caso seja essencial para uma melhor elucidao da histria geolgica regional. ALOMEMBRO I. Allomember; F. Allomembre; E. Alomembro; A. Alloglied. Unidade aloestratigrfica imediatamente inferior em hierarquia aloformao (alloformation). Deste modo, dois ou mais membros compem uma aloformao. ALOMICRITO Veja ORTOMICRITO. ALOPATRIA I. Allopatry; F. Allopatrie; E. Alopatria; A. Allopatrie. Termo ligado Biogeografia (Biogeography), referindo-se ao fenmeno da ocorrncia de populaes ou espcies em reas geogrficas distintas, que no apresentam qualquer superposio. ALOQUMICO I Allochemical; F. Allochimique; E. Aloqumico; A. allochem.

Refere-se a sedimento carbontico originado por precipitao qumica ou bioqumica no interior de uma bacia deposicional onde so encontrados, podendo ter sofrido transporte limitado mas suficiente para desenvolver estruturas hidrodinmicas, tais como, marcas onduladas (ripple marks), estratificaes cruzadas (cross beddings) etc. Os sedimentos aloqumicos compreendem os intraclastos (intraclasts), olitos (oolites), fsseis (fossils) e pelotas (pellets). Veja tambm ortoqumico (orthochemical). ALOTERIA I. Allotheria; F. Allothrie; E. Aloteria; A. Allotherie. Grupo de mamferos muito primitivos, sem relao com os mamferos atuais, caracterizado por exibir dentes incisivos muito desenvolvidos. Ocorre no Trissico e Jurssico at Tercirio (Eoceno) da Europa e Amrica do Norte. ALOTERITO Veja ALTERITO. ALOTGENO I. Allothigene; F. Allothigne; E. Alotgeno; A. allothigen. Refere-se a mineral ou rocha que foi formada fora do seu stio de ocorrncia, como, por exemplo, as partculas componentes de uma areia detrtica (ou arenito) e cascalho (ou conglomerado). Veja tambm alctone (allochthonous), que praticamente sinnimo. ALPORTIANO I. Alportian; F. Alportien; E. Alportiano; A. Alportien. (l) Idade mais recente (322,8-325,6 Ma) da diviso tetrapartite da poca Serpukhoviana (Serpukhovian) do Subperodo Mississippiano do Perodo Carbonfero, situada acima da Idade Chokieriana (Chokierian) e abaixo da Idade Kinderscoutiana (Kinderscoutian). (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de rochas formadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Subsistema Mississippiano do Sistema Carbonfero (Harland et al., 1990). ALTERAO I. Alteration; F. Altration; E. Alteracin; A. Verwitterung. Mudana nas composies qumica e/ou mineralgica de uma rocha, geralmente produzida por processos intempricos ou hidrotermais. ALTERAO HIDROTERMAL I. Hydrothermal alteration; F. Altration hydrothermale; E. Alteracin hidrotermal; A. hydrothermale Umwandlung. Processo de modificao da rocha matriz por ao de solues hidrotermais que, logo aps a separao do magma, apresenta reao cida mas torna-se alcalina com o decorrer do tempo. Entre os processos de alterao hidrotermal tem-se a sericitizao, a silicificao, etc. ALTERITO I. Alterite; F. Altrite; E. Alterita; A. Alterit. Designao atribuda, ao nvel de exame macroscpico de afloramento, ao produto de alterao de quaisquer rochas (gneas, metamrficas ou sedimentares) que, quando ainda preserva as estruturas da rocha original mais propriamente designado de isalterito (isalterite) e, em caso contrrio, de aloterito (alloterite). ALTO ESTRUTURAL I. Structural high; F. Haut structural; E. Alto estructural; A. strukturelles Hoch. (1) Termo aplicado para denominar rea estruturalmente alta, como a poro superior de um domo (dome) ou de um anticlinal (anticline). Antnimo: baixo estrutural (structural low). (2) Regio que separa duas bacias diferentes ou subdivide uma bacia em compartimentos ou sub-bacias. Sinnimo: arco (arch). ALTO FUNDO Veja BAIXIO CORALINO. ALTO TOPOGRFICO I. Topographic high; F. Haut topographique; E. Alto topogrfico; A. topographisches Hoch. Terminologia usada comumente no campo petrolfero (oilfield ), referindo-se s elevaes mais altas independentemente de suas idades, em contraposio ao baixo topogrfico (topographic low) que indica elevaes mais baixas.

ALUVIAO Veja ALUVIAMENTO. ALUVIAL I. Alluvial; F. Alluvial; E. Aluvial; A. alluvial. (1) Relativo ao aluvio ou que composto por aluvio (alluvium). (2) Antigamente o termo era usado para designar quaisquer sedimentos recentes inconsolidados. Sinnimo: aluvionar. ALUVIAMENTO I. Alluviation; F. Alluvionnement; E. Aluviacin (Aluvionamiento); A. Anschwemmung. Processo de formao de aluvio (alluvium) ou deposio de sedimentos mecnicos ou fsicos por rios em qualquer parte do seu curso. ALUVIO I. Alluvium; F. Alluvion; E. Aluvin; A. Alluvium. Depsito fluvial detrtico (arenoso, argiloso ou cascalhoso), de idade bem recente (Quaternrio), que pode ser litificado com o tempo transformando-se em rocha aluvial. ALUVIONOR Veja ALUVIAL. ALVEOLAR I. Alveolar; F. Alvolaire; E. Alveolar; A. Alveolar. Exibindo estrutura celular de pequena escala que lembra o favo de mel, que freqentemente encontrado em materiais mais ou menos solveis que foram submetidos a intemperismo (weathering). MBAR I. Amber; F. Ambre; E. mbar; A. Bernstein. Resina fssil (C40H64O40) de conferas, de baixo peso especfico (1,04 a 1,10), com fratura conchoidal e natureza amorfa. Pode ser incolor ou amarelada ou, ainda translcida, contendo freqentemente fsseis de insetos no seu interior. AMBIENTE I. Environment; F. Milieu (Environnement); E. Ambiente; A. Ablagerungsmilieu (Bildungsmilieu). mbito geogrfico apresentando fatores climticos, edficos, hidrolgicos, biticos, etc. caractersticos, que envolve e sustenta os seres vivos no interior da biosfera (biosphere) e propicia a atuao de determinados processos geolgicos (eroso, sedimentao, etc.). AMBIENTE ABITICO Veja AMBIENTE INORGNICO. AMBIENTE DE ALTA ENERGIA Veja COSTA DE ALTA ENERGIA. AMBIENTE ANAERBIO I. Anaerobic environment; F. Milieu (Environnement) anarobie; E. Ambiente anaerobio; A. anaerobes Milieu. Fundo subaqutico (marinho ou de gua doce) estagnado e empobrecido em oxignio, onde ocorre a produo de H2S por ao de bactrias anaerbias (anaerobic bacterias). Este tipo de ambiente, de condio redutora (reducing condition), encontrado por exemplo no fundo do atual Mar Negro. Sinnimo: ambiente euxnico (euxinic environment). AMBIENTE DE BAIXA ENERGIA Veja COSTA DE BAIXA ENERGIA. AMBIENTE BITICO Veja AMBIENTE ORGNICO. AMBIENTE DEPOSICIONAL Veja AMBIENTE DE SEDIMENTAO. AMBIENTE DESRTICO I. Desert environment; F. Milieu (Environnement) dsertique; E. Ambiente desrtico; A. Wstenmilieu.

As caractersticas variam de acordo com o tipo de deserto (desert) porm, alguns aspectos ambientais so comuns a todos os tipos que so a baixa pluviosidade (200 a 300mm/ano), a vegetao rarefeita a quase inexistente e os processos acelerados de eroso e sedimentao. AMBIENTE EUXNICO Euxinic environment; F. Milieu (Environnement) euxinique; E. Ambiente euxnico; A. euxinisches Milieu. Ambiente subaqutico de sedimentao como o do Mar Negro, caracterizado por condies redutoras e alto teor de H2S. Lama preta muito rica em matria orgnica (organic matter) e sulfetos so tpicos deste ambiente. Veja tambm ambiente anaerbio (anaerobic environment). AMBIENTE DE FUNDO I. Fondo environment; F. Milieu (Environnement) de fond; E. Ambiente de fondo; A. Tiefenbereich. Ambiente representado pelo fundo de um corpo aquoso, isto , que no integra a clinoforma (clinoform) e a undaforma (undaform). Veja tambm zona abissal (abyssal zone). AMBIENTE INORGNICO I. Inorganic environment; F. Milieu (Environnement) inorganique; E. Ambiente inorgnico; A. anorganisches Milieu. Entre as caractersticas fsicas e qumicas do meio em que vive um ser, o ambiente inorgnico rene as que influem na vida deste organismo. Entre os seres terrestres tem-se a temperatura, pluviosidade, vento, insolao, etc. e entre os seres aquticos pode-se considerar a salinidade, temperatura da gua, tipo de fundo, luminosidade, oxignio dissolvido,etc. O ambiente inorgnico de pocas geolgicas pretritas pode ser inferido diretamente a partir das litofcies (lithofacies) e indiretamente a partir das biofcies (biofacies). Sinnimo: ambiente abitico (abiotic environment). AMBIENTE LACUSTRE I. Lacustrine environment; F. Milieu (Environnement) lacustre; E. Ambiente lacustre; A. lakustrisches Milieu. Ambiente de sedimentao (sedimentary environment) caracterizado, em geral, por gua doce (freshwater) de energia relativamente baixa, ligado a lagos e lagoas (lakes) de vrias dimenses. H ambientes lacustres de gua salgada (saltwater) e que nas margens rasas com maior energia depositam principalmente sedimentos terrgenos (terrigenous sediments), enquanto que mais para o centro com maior profundidade e menor energia sedimentam argilas orgnicas (organic clays), com ou sem calcrio (limestone). AMBIENTE MARINHO I. Marine environment; F. Milieu (Environnement) marin; E. Ambiente marino; A. marine Umwelt (marines Milieu). Ambiente subaqutico que ocupa cerca de 70% da superfcie terrestre e contm 97% da gua existente na Terra, caracterizado por guas de diferentes profundidades (desde menos de 1m at mais de 10.000m) e com salinidades variveis ao redor de 30 x 10-3. As suas caractersticas fsicas e qumicas propiciam o desenvolvimento de vrias formas de vida. AMBIENTE MARINHO PROFUNDO Veja MARINHO PROFUNDO. AMBIENTE MARINHO RASO Veja NERTICO. AMBIENTE NERTICO Veja NERTICO AMBIENTE ORGNICO I. Organic environment; F. Milieu (Environnement) organique; E. Ambiente orgnico; A. organisch Umgebung (organisches Milieu). Corresponde ao ambiente que os seres vivos criam para si e para outros seres em um ecossistema (ecosystem). Os seres vivos estabelecem vrios tipos de relacionamentos, desde comensalismo (commensalism), mutualismo (mutualism) e amensalismo

(amensalism), que so vrios casos de simbiose (symbiosis), at. casos de parasitismo (parasitism) e competio (competition). Dificilmente so encontrados registros fossilferos de ambiente orgnico, porm os casos de orifcios abertos em conchas de pelecpodes por gastrpodes carnvoros (Naticidae) ou sinais de ferimento durante lutas observados em ossos de mamferos do Quaternrio, por exemplo, constituem alguns raros exemplos. Sinnimo: ambiente bitico (biotic environment). AMBIENTE OXIDANTE I. Oxidizing environment; F. Milieu (Environnement) oxydant; E. Ambiente oxidante; A. oxydierendes Milieu. Meio no qual a ao das guas superficiais ricas em oxignio, dixido de carbono, etc. se traduz na alterao dos minerais, por exemplo, sulfetos metlicos (pirita, marcassita, etc.) em xidos e carbonatos. Veja tambm condio oxidante (oxidizing condition). AMBIENTE PALUDIAL Veja PALUDIAL. AMBIENTE PARLICO I Paralic environment; F. Milieu (Environnement) paralique; E. Ambiente parlico; A. paralisches Milieu. Compreende a rea adjacente s ilhas barreira (barrier islands), que separa o oceano aberto (open ocen) de baas, lagunas, esturios e pntanos salinos, onde ocorre mistura de guas doce e salgada. O ambiente parlico pode ser extenso ou no mas, em qualquer caso, a sedimentao ocorre em ambiente marinho raso (shallow marine environment). Espessa sedimentao parlica sugere delicado equilbrio entre a taxa de sedimentao (sedimentation rate) e a subsidncia (subsidence). AMBIENTE REDUTOR I. Reducing environment; F. Milieu (Environnement) rducteur; E. Ambiente reductor; A. reduzierendes Milieu. (1) Meio no qual o oxignio removido de um composto qumico como, por exemplo, a hematita que reduzida a ferro metlico. (2) Ambiente que propicia diminuio na valncia positiva, de modo que Co+3 reduzido a Co+2. Antnimo: ambiente oxidante (oxidizing environment). AMBIENTE DE SEDIMENTAO I. Sedimentary environment; F. Milieu (Environnement) de sdimentation; E. Ambiente de sedimentacin; A. Sedimentationsmilieu. mbito geogrfico onde se processa a sedimentao, caracterizado por parmetros fsicos, qumicos e biolgicos, dando origem a diferentes tipos de sedimentos. Ele definido pelos fatores deposicionais, que podem ser agrupados em (a) fisiogrficos (relevo e meio fsico de transporte e sedimentao), (b) climticos (temperatura, pluviosidade, etc.) e (c) geolgicos (litologia da rea fonte e intensidade do diastrofismo). Cada tipo de ambiente pode ser caracterizado por um conjunto de variveis (dependentes e interdependentes), entre as quais podem ser enumeradas as seguintes: litologia da rea de denudao, tipo e velocidade de intemperismo, natureza e velocidade do agente de eroso e transporte, dinmica de sedimentao, condies fsico-qumicas do ambiente deposicional (temperatura, pH, Eh, salinidade e profundidade), etc. Selley (1976) apresentou um esquema geral de classificao dos ambientes de sedimentao, muito til no estudo da sedimentao moderna, que o seguinte:Desrtico Terrestre Glacial Esplico (caverna) Continental Aquoso Fluvial Paludial (pntano) Lacustre

Deltaico (ocenico) Transicional (Misto) Estuarino Lagunar

Litorneo (intermar) Recifal Nertico (mar baixa at 180 m) Batial ( 180 at 1.800 m) Abissal (mais de 1.800 m)

Marinho

AMENSALISMO I. Amensalism; F. Amensalisme; E. Amensalismo; A. Amensalismus. Termo usado em Paleoecologia (Palaeoecology), relacionado interao interespecfica, quando uma espcie de algum modo prejudicada (por exemplo, na sua densidade populacional) por uma outra, que no sofre efeitos recprocos. AMINCIDO Veja AMINOCIDO. AMINOCIDO I. Amino acid; F. Acide amin; E. Aminocido; A. Aminosure. Composto qumico que apresenta um radical aminado (NH2) e um radical carboxlico (COOH). Na natureza existem mais de 50 aminocidos, mas os de composio protenica so cerca de 20 tipos. O aminocido mais antigo conhecido at hoje foi identificado em slex (chert) da Formao Fig Tree (frica do Sul), com 3,1 bilhes de anos de idade. O aminocido contido em fsseis representa um importante fssil qumico (chemical fossil). Pode funcionar como um termmetro geolgico (geologic thermometer) e pode ser usado na datao de amostras pelo mtodo de datao por racemizao (racemization age method ). AMINOESTRATIGRAFIA I. Aminostratigraphy; F. Aminostratigraphie; E. Aminoestratigrafa; A. Aminostratigraphie. Estratigrafia baseada no mtodo geoqumico, tal como a Estratigrafia Isotpica (Isotope Stratigraphy), que baseada em princpios cronoestratigrficos e envolve a organizao dos estratos em unidades cronoestratigrficas (chronostratigraphic units). A unidade fundamental da Aminoestratigrafia a aminozona (aminozone), que representa um intervalo de tempo discreto definido pelos valores semelhantes da razo D/L (destrgiros/levgiros), obtida sobre fsseis ou rochas sedimentares. Deste modo, segundo Miller et al. (1979), a Aminoestratigrafia envolve a aplicao das reaes de racemizao de aminocidos (amino acids) na subdiviso cronoestratigrfica do Quaternrio. AMINOZONA Veja AMINOESTRATIGRAFIA. AMMONITE Veja AMMONOIDEA. AMMONOIDEA I. Ammonoidea; F. Ammono dea; E. Ammonoidea; A. Ammoniten. Grande grupo de cefalpodes extintos (Devoniano inferior ao Cretceo superior), cujas conchas eram externas, planoespiraladas e simtricas, exibindo suturas complexas. O representante atual de cefalpode com concha externa a Nautiloidea, que caracterizada por conchas retas ou planoespiraladas, porm exibindo suturas simples. AMOSTRA I. Sample; F. Echantillon; E. Muestra; A. Probe. (l) Frao representativa de fluido de formao, minrio ou outro tipo de material como, por exemplo, sedimento para anlise de laboratrio ou para simples referncia. (2) Em Estatstica corresponde ao nmero de indivduos coletados ou contados para representar uma determinada populao. AMOSTRA DE CALHA I. Ditch sample; F. Echantillon de rigole; E. Muestra de canaleta; A. Bohrklein. Amostra composta de fragmentos rochosos cortados por broca macia em poos profundos e trazidos superfcie pela lama de perfurao (drilling mud ), principalmente em sondagens para pesquisa de petrleo, coletada na calha, onde a lama retorna para um tanque, sendo novamente bombeada para dentro do poo atravs dos tubos de perfurao. AMOSTRA DE CANAL I. Channel sample; F. Echantillon de chenal; E. Muestra de trinchera; A. Rinnenprobe.

Amostra obtida por um artifcio para se ter uma idia da composio mdia de uma camada sedimentar ou de minrio. Consiste em executar a abertura de um canal vertical relativamente estreito para, em seguida, coletar todo o material no sop do afloramento (outcrop), proveniente do canal, quarteando at atingir o peso ou tamanho desejado de amostra. AMOSTRA COMPOSTA I. Compound sample (Composite sample); F. Echantillon compos; E. Muestra compuesta; A. Sammelprobe. Amostra de composio mdia obtida pela mistura de um certo nmero de amostras pontuais (spot samples), que podem estar distribudas prximas entre si ou estar dispersas. AMOSTRA DEFORMADA I. Disturbed sample; F. Echantillon dform; E. Muestra deformada; A. gestrte Probe. Amostra de sedimento mole ou de solo retirada, sem manuteno das suas condies naturais. Este tipo de amostra suficiente s para algumas anlises como, por exemplo, anlise granulomtrica (grain size analysis). Os procedimentos de amostragem so neste caso mais simples e rpidas. AMOSTRADISCRETA Veja AMOSTRAPONTUAL. AMOSTRA INDEFORMADA I. Undisturbed sample; F. Echantillon non-dform; E. Muestra no perturbada; A. ungestrte Probe. Amostra de sedimento ou solo coletada sem perturbao das condies naturais, no somente da textura e estrutura, mas tambm de umidade, etc. Este tipo de amostra destinado, por exemplo, para testes de laboratrio relacionados Mecnica dos Solos (Soil Mechanics) ou para estudos de Micromorfologia dos Solos (Soil Micromorphology). Este tipo de amostra necessrio para determinao das propriedades fsicas dos sedimentos e solos, pois elas dependem no somente da granulometria, mas tambm das condies de cimentao, grau de umidade, etc., sendo necessrios equipamentos e tcnicas especiais para coleta de amostra indeformada. AMOSTRA DE MO I. Hand specimen; F. Echantillon manuel; E. Muestra de mano; A. Handstck. Fragmento de rocha talhado manualmente com cerca de 2,5 x 7,5 x 10cm para estudo macroscpico e preservao como amostra de referncia e/ou coleo. AMOSTRA ORIENTADA I. Oriented sample; F. Echantillon orient; E. Muestra orientada; A. orienterte Probe. (1) Amostra de rocha destinada a estudos estruturais ou magnetoestratigrficos em que o topo e a base , bem como o norte, so marcados na amostra antes de sua coleta do afloramento. (2) Amostra de fssil, onde so feitas indicaes que possibilitem a sua reorientao aps a coleta no afloramento. A coleta de amostra orientada em testemunhos de sondagem, se bem que possvel, bastante trabalhosa. AMOSTRA PONTUAL I. Spot sample; F. Echantillon ponctuel; E. Muestra puntual; A. punktfrmige Probe. Amostra isolada coletada de um ponto do afloramento, que conservada separadamente das outras, em contraposio amostra composta (composite sample), que resulta da mistura de vrias amostras reunidas para formar uma amostra simples. Sinnimo: amostra discreta (discrete sample). AMOSTRA SERIADA I. Serial sample; F. Echantillon en srie; E. Muestras en serie; A. Serienprobe. Amostra coletada de acordo com algum plano pr-estabelecido, como por exemplo nas intersees de quadrculas, a distncias determinadas, etc. O mtodo adotado para assegurar amostragem ao acaso. AMOSTRAGEM I. Sampling; F. Echantillonnage; E. Muestreo; A. Beprobung. (1) Obteno de poro representativa de um corpo de minrio ou de outro tipo de material. (2) Seleo de certa parte de um corpo de minrio ou outro tipo de material para anlises de laboratrio. AMPLITUDE I. Amplitude; F. Amplitude; E. Amplitud; A. Amplitude. Elevao da crista de uma onda ou de uma marca ondulada (ripple mark) acima das calhas adjacentes.

AMPLITUDE ANUAL I. Annual amplitude; F. Amplitude annuelle; E. Amplitud anual; A. jhrlische Schwankung. Refere-se diferena dos valores entre temperaturas mxima e mnima do ar, da gua, etc. A amplitude trmica do ar, por exemplo, maior sobre os continentes do que sobre os mares e em latitudes mais altas do que em mais baixas. AMPLITUDE ESTRATIGRFICA I. Stratigraphic range; F. Amplitude stratigraphique; E. Amplitud estratigrfica; A. stratigraphische Verbreitung. Refere-se distribuio de fsseis no tempo e, neste caso, pode-se pensar em acrozona (acrozone) ou distribuio temporal total ou topozona (topozone) ou distribuio temporal local do fssil considerado. AMPLITUDE DE MAR I. Tidal range; F. Marnage; E. Rango de marea; A. Gezeitenhub (Tidenhub). Diferena de nvel de gua entre a mar alta (high tide) e mar baixa (low tide), que pode variar desde menos de 1m at cerca de 15m. ANADIAGNESE I. Anadiagenesis; F. Anadiagense; E. Anadiagnesis; A. Anadagenese. Designao introduzida por Fairbridge (1967) para se referir compactao, fase de maturao da diagnese, quando os sedimentos clsticos e qumicos tornam-se litificados durante o soterramento profundo (at 10.000m). Este processo acompanhado pela expulso da gua conata (connate water) e outros fluidos (petrleo, etc.) para cima, muitas vezes sob condies redutoras. Sinnimo: diagnese intermediria (middle diagenesis). ANAERBIO I. Anaerobic; F. Ararobie; E. Anaerobio; A. anaerob. Tipo de respirao ou de organismo (especialmente bactria), que pode viver independentemente do oxignio livre. H dois tipos de organismos anaerbios: (a) facultativos que vivem tanto na presena como na ausncia de oxignio livre e (b) obrigatrios que podem viver somente na ausncia de oxignio. Por exemplo, as sulfobactrias desenvolvem-se em fundo submarino sem oxignio livre e produzem bioquimicamente o gs sulfdrico (H2S). Antnimo: aerbio (aerobic). ANAGLACIAL I. Anaglacial; F. Anaglacial; E. Anaglacial; A. Anaglazial. Parte do ciclo paleoclimtico (palaeoclimatic cycle) que constitui passagem de um estdio interglacial (interglacial stade) para pleniglacial (pleniglacial). No estdio glacial Wrm (Wisconsiniano), no norte dos Andes, corresponderia, segundo Van der Hammen et al. (1992), ao intervalo entre 90.000 e 75.000 anos A. P. Veja tambm cataglacial (cataglacial). ANLISE DE AGRUPAMENTO I. Cluster analysis; F. Analyse de groupement; E. Anlisis de agrupamiento; A. Clusteranalyse. Tcnica estatstica que consiste na disposio sistemtica de vrios objetos em subgrupos homogneos baseada nas suas mtuas similaridades e relaes hierrquicas. ANLISE DE BACIA I. Basin analysis; F. Analyse de bassin; E. Anlisis de cuenca; A. Beckenanalyse. Mtodo de integrao dos dados disponveis, a um certo momento, sobre uma determinada bacia sedimentar (sedimentary basin). O produto final apresenta um carter mais sinttico do que analtico e, segundo Gabaglia & Milani (1990:402), seria mais propriamente um estudo de bacia (basin study). ANLISECOLORIMTRICA I. Colorimetric analysis; F. Analyse colorimtrique; E. Anlisis colorimtrica; A. kolorimetrische Analyse. Mtodo de anlise qumica quantitativa baseado na comparao de cores de uma amostra com um padro de composio conhecida. A comparao pode ser feita visualmente ou eletronicamente, de acordo com a absoro da luz que passa atravs da soluo.

ANLISE POR CONTADOR DE PONTOS I. Point-counter analysis; F. Analyse par compteur de points; E. Anlisis por contador de puntos; A. Punktzhlanalyse. Mtodo estatstico que envolve a estimao de freqncia de ocorrncia de um objeto, tais como microfssil (microfossil) ou gro mineral, em uma amostra, determinando-se, por contagem,o nmero de vezes em que eles ocorrem a determinados intervalos sobre uma lmina. A anlise executada acoplando-se um contador de pontos automtico ao microscpio. ANLISE POR DIFRAO DE RAIO X I. X-ray diffraction analysis; F. Analyse par diffraction de rayons X; E. Anlisis por difraccin de rayos X; A. Rntgenbeugungsanalyse. Quando o comprimento de onda do raio X apresenta um valor praticamente igual ao espaamento interatmico de uma substncia cristalina ocorre a difrao de raio X. Este fenmeno captado em filme fotogrfico ou em difratograma (diffratogram) para, em seguida, permitir a identificao do mineral. Sinnimo: mtodo de difrao de raios X (X-ray diffraction analysis). ANLISE DISCRIMINANTE I. Discriminant analysis; F. Analyse discriminante; E. Anlisis discriminante; A. Diskriminzanalyse. Processo estatstico para classificao de amostras em categorias previamente definidas e diferenciadas com base em amostras de populaes conhecidas. Sinnimo: anlise por funo discriminante (discriminant function analysis). ANLISE ESTRUTURAL I. Structural analysis; F. Analyse structurale; E. Anlisis estructural; A. Strukturanalyse. Mtodo de integrao de dados estruturais provenientes de medidas de feies de escalas variveis desde milimtricas at quilomtricas. O produto final conduz interpretao dos campos de esforos responsveis pela deformao das rochas. ANLISE DE FCIESSSMICAS I. Seismic facies analysis; F. Analyse de facis sismiques; E. Anlisis de facies ssmicas; A. seismische Faziesanalyse. Descrio e interpretao geolgica de padres de reflexo ssmica, baseadas na configurao, continuidade, amplitude, freqncia e velocidade de propagao das ondas ssmicas no intervalo em questo (Mitchum Jr., 1977:210). ANLISE FACIOLGICA I. Facies analysis; F. Analyse faciologique; E. Anlisis faciolgica; A. Faziesanalyse. Consiste na construo e uso do modelo faciolgico (facies model ), baseado na sntese coerente de informaes derivadas do estudo de processos modernos e depsitos sedimentares antigos relacionados, para a interpretao de eventos do passado geolgico. ANLISE FATORIAL I. Factor analysis; F. Analyse factorielle; E. Anlisis factorial; A. Faktoranalyse. Mtodo para a identificao do nmero mnimo de fatores que deve ser considerado para a variao mxima observada em um conjunto de dados e para a indicao de at onde cada fator deve ser levado em conta para a varincia encontrada nos dados. ANLISE POR FLUORESCNCIA DE RAIO X I. Fluorescent X-ray analysis; F. Analyse par fluorescence X; E. Anlisis por fluorecencia de rayos X; A. Rntgenfluoreszenzanalyse. A irradiao de uma matria por raio X gerar raio X fluorescente, que peculiar quela substncia. Pela medida dos comprimentos de onda e intensidades desses raios X pode-se conhecer a composio qumica qualitativa e quantitativa de minerais e rochas. ANLISE DE FRAO GROSSA I. Coarse fraction analysis; F. Analyse de la fraction grossire; E. Anlisis de la fraccin gruesa; A. Grobfraktionsanalyse. Consiste na determinao quantitativa das espcies de fragmentos com dimetro superior a 0,062 mm, que compem os sedimentos marinhos litorneos para interpretao das caractersticas dos ambientes deposicionais. Alguns dos componentes

que tm sido distinguidos so: minerais terrgenos, fragmentos lticos, minerais autignicos, foraminferos, equinides, ostrcodes, etc. Este mtodo de anlise foi proposto por Shepard (1967). ANLISE POR FUNO DISCRIMINANTE Veja ANLISE DISCRIMINANTE. ANLISE GEOTCNICA I. Geotechnical analysis; F. Analyse gotechnique; E. Anlisis geotcnica; A. geotechnische Analyse. Ensaio ligado Mecnica dos Solos (Soil mechanics) ou Mecnica das Rochas (Rock mechanics) para caracterizao do subsolo visando projetos de fundaes para a implantao de grandes obras de engenharia civil, tais como, portos, barragens, tneis, etc. ANLISE GRANULOMTRICA I. Grain size analysis; F. Analyse granulomtrique; E. Anlisis granulomtrica; A. Korngrssenanalyse. Anlise aplicada principalmente a sedimentos detrticos (clsticos), que consiste na medida de tamanhos dos fragmentos minerais componentes. Esta anlise, alm de possibilitar uma descrio padronizada desses sedimentos, pode permitir a interpretao dos processos de transporte e dos ambientes deposicionais. Sinnimo: anlise mecnica (mechanical analysis). ANLISE MECNICA Veja ANLISE GRANULOMTRICA. ANLISE PALINOLGICA I. Pollen analysis; F. Analyse pollinique; E. Anlisis polnica; A. Pollenanalyse. Mtodo de estudo dos sedimentos pelo seu contedo em gros de plen e esporo que so separados das fraes inorgnicas dos sedimentos, procedendo-se, a seguir, a identificao e a contagem dos tipos de palinomorfos (palynomorphs), isto , dos gros de plen e esporo. Os resultados encontrados so, em geral, expressos em diagrama polnico (pollen diagram), que mostra a distribuio dos tipos de plen em funo do tempo em uma rea. Esses diagramas, quando interpretados convenientemente em confronto com dados sedimentolgicos, mineralgicos, geoqumicos, etc. fornecem subsdios para os estudos de paleoclima (palaeoclimate) e idade (age) dos sedimentos. ANLISE DE REGRESSO I. Regression analysis; F. Analyse de rgression; E. Anlisis de regresin; A. Regressionsanalyse. Tcnica estatstica aplicada a pares de dados para determinar o grau ou intensidade de correlao de uma varivel dependente com uma ou mais variveis independentes. ANLISE DE SEQNCIA SSMICA I. Seismic sequence analysis; F. Analyse de squence sismique; E. Anlisis de secuencia ssmica; A. seismische Sequenzanalyse. Identificao ssmica e interpretao de seqncias deposicionais (depositional sequences) subdividindo a seo ssmica em partes de reflexes concordantes separadas por superfcies de descontinuidade e interpretando-as como seqncias deposicionais (Mitchum Jr., 1977:209). ANLISE DE SUPEFCIE DE TENDNCIA I. Trend-surface analysis; F. Analyse de tendance de surface; E. Anlisis de superfcie de tendencia; A. Trendflchenanalyse (Oberflchentrendanalyse). Mtodo de adaptao ou avaliao do nvel de concordncia de um conjunto de dados, em geral unidos por linhas de isovalor, para uma superfcie matemtica calculada de graus linear, quadrtica ou mais alto. ANLISE TRMICA DIFERENCIAL (ATD) I. Differential thermal analysis (DTA); F Analyse thermique diffrentielle; E. Anlisis trmico diferencial; A. Differentialthermoanalyse.

Mtodo de anlise mineralgica baseado nas temperaturas de reaes endotrmicas e exotrmicas, bem como nas intensidades e caractersticas gerais dessas reaes, a medida que a amostra aquecida continuamente. muito til, por exemplo, na anlise de certos argilominerais (clay minerals). ANASTOMOSADO I. Anastomosing; F. Anastomos; E. Anastomosado; A. netzartig verzweigt. (1) Padro de canal fluvial caracterizado por vrios canais curvilneos menores, fluindo baixa velocidade, ao redor de ilhas aluviais permanentes e cobertas por vegetao (Miall, 1977). Padres de canais fluviais retilneos e anastomosados so relativamente raros na natureza e os seus depsitos no tm sido reconhecidos amplamente em registros geolgicos pretritos. At pouco mais de 10 anos passados, o padro braided era traduzido para anastomosado no Brasil, porm com o aparecimento do conceito de padro anastomosing na literatura internacional, os autores passaram a utilizar o termo entrelaado referindo-se ao braided. (2) Padro estrutural, por exemplo de planos de falha que se bifurcam e se convergem aleatoriamente. ANATSIO I. Anatase; F. Anatase; E. Anatasio; A. Anatas. Mineral amarelado a avermelhado de dureza 5,5 a 6, densidade 3,9g/cm3 e composio qumica TiO2. Trimorfo de rutilo (rutile) e bookita (brookite), freqentemente integrando assemblias de minerais pesados (heavy minerals) de areias e arenitos. Sinnimo: octaedrita (octaedrite). ANDALUZITA I. Andaluzite; F. Andalousite; E. Andalucita; A. Andalusit. Silicato de alumnio (Al2SiO5), polimorfo da cianita (kyanite) e sillimanita (sillimanite). Aparece em prismas marrons, amarelos, verdes, vermelhos, etc. em rochas metamrficas e constituindo assemblias de minerais pesados (heavy minerals) de areias e arenitos. ANDAR I. Stage; F. Etage; E. Piso; A. Stufe. Unidade cronoestratigrfica (chronostratigraphic unit) situada hierarquicamente logo abaixo da srie. Os seus limites podem ser estabelecidos: (a) por correlao com discordncias limitantes, (b) por correlao com uma seo tipo (type-section) ou, de preferncia (c) por mudanas no contedo fossilfero representando variaes devidas evoluo biolgica (biological evolution). ANDAR MAASTRICHTIANO Veja IDADE. ANIS DE LIESENGANG I. Liesengang rings; F. Anneaux de Liesengang; E. Anillos de Liesengang; A. Liesengangsche Ringe. Anis ou bandas concntricas resultantes da precipitao qumica rtmica, por exemplo, de hidrxido de ferro (Fe2O3.nH2O) em forma de gel percolando no interior de um arenito. A cimentao por este processo pode chegar ao ponto de desenvolver verdadeiras concrees (concretions). ANEL ANUAL I. Annual ring; F. Anneau annuel; E. Anillo anual; A. Jahresring. Anel de xilema (madeira) formado pelo crescimento anual de uma rvore. Espessuras maiores ou menores podem corresponder, respectivamente, a anos de climas mais quentes e midos e de climas mais frios e secos. Veja tambm dendrocronologia (dendrochronology) e dendroclimatologia (dendroclimatology). ANELDEO I. Annelid; F. Annlide; E. Anlido; A. Ringelwrmer. Qualquer animal invertebrado vermiforme pertencente ao Filo Annelida, caracterizado por corpos segmentados e cabea e apndices distintos. No possui estrutura esqueletal, a no ser a mandbula quitinosa chamada escolecodonte (scolecodont) e, deste modo, os aneldeos antigos so normalmente conhecidos apenas pelos fsseis traos (trace fossils), tais como, tubos biognicos (burrows), pistas (trails) e escolecodontes. ANEMOCLSTICO I. Anemoclastic; F. Anmoclastique; E. Anemoclstico; A. anemoklastisch.

Denominao usada por Grabau (1913) para designar o grupo de rochas sedimentares clsticas originado pela ao do vento. ANEMOGNICO I. Anemogenic; F. Anmogne; E. Anemgeno; A. anemogen. Refere-se a sedimento transportado no ar, como o p, ou separado quimicamente no ar, como a neve. NGULO DE ATRITO INTERNO Veja NGULO DE REPOUSO. NGELO DE ESCORREGAMENTO I. Angle of slide; F. Angle de glissement; E. ngulo de deslizamiento; A. Gleitwinkel. Corresponde ao ngulo mnimo de inclinao de uma encosta, em relao ao plano horizontal, quando se inicia o escorregamento de material incoerente, tais como o tlus (talus) e outros materiais terrosos. O seu valor ligeiramente superior ao ngulo de repouso (angle of repose) do mesmo material. NGULO DE MERGULHO I. Angle of dip; F. Angle dinclinaison; E. ngulo de buzamiento; A. Fallwinkel. ngulo formado por uma camada, dique ou fratura com o plano horizontal, medido perpendicularmente a sua interseo. As camadas horizontais apresentam ngulo de mergulho = 0 e as verticais = 90. NGULO DE REPOUSO I. Angle of repose; F. Angle dquilibre; E. ngulo de reposo; A. Bschungswinkel. ngulo de repouso correspondente ao valor limite de inclinao no qual um material inconsolidado e incoesivo, como a areia, ainda se mantm em equilbrio. O ngulo de repouso das areias depende da granulometria, da forma dos gros (Cooke & Doornkamp, 1974) e do meio (subaqutico ou subareo). A declividade de uma praia, por exemplo, depende no somente das caractersticas das areias mas tambm da energia das ondas e outras propriedades das ondas que incidem na praia. Thoulet (1913) admitiu que o ngulo de repouso mximo de areias soltas poderia chegar a 41. Sinnimo: declive crtico (critical slope). ANGULOSIDADE I. Angularity; F. Angulosit; E. Angulosidad; A. Eckigkeit. Exprime o grau de agudez das arestas e cantos de partculas detrticas que, quando arredondadas, diminuem o grau de angulosidade (angularity degree). Este conceito no deve ser confundido com esfericidade (sphericity), pois uma partcula muito esfrica pode ter alta angulosidade e vice-versa. Antnimo: arredondamento (roundness). Sinnimo: grau de angulosidade (angularity degree). ANGULOSO I. Angular; F. Anguleux; E. Anguloso; A. eckig. Propriedade de uma partcula detrtica exibindo muitas angulosidades (angularities), que seriam indicativas de sedimentos submetidos a pouco ou nenhum retrabalhamento. ANIDRITA I. Anhydrite; F. Anhydrite; E. Anhidrita; A. Anhydrit. Mineral muito mole (dureza = 3,5) de cores esbranquiadas, ocorrendo em massas granulares ou compactas, de composio CaSO4. O brilho vtreo e a clivagem cbica perfeita. Encontrada em rochas sedimentares, principalmente em evaporitos (evaporites). O nome vem do grego an (privado) + hydor (gua) por ser, diferentemente da gipsita (gypsite), isenta de gua. ANIMAIS PERFURADORES I. Boring animals; F. Animaux perforants; E. Animales perforadores; A. Bohrorganismen. Vrios tipos de animais, tais como crustceos, vermes, etc. que perfuram por ao abrasiva ou qumica e revolvem os sedimentos causando bioturbaes (bioturbations) dos depsitos. Alguns animais perfuram rochas (Lithophaga) e outros perfuram madeira (Teredo). Os animais perfuradores marinhos pertencem a vrios filos, tais como, esponjas, aneldeos, artrpodes, moluscos e equinodermas. ANISIANO I. Anisian; F. Anisien; E. Anisiano; A. Anisien. (1) Idade mais antiga (239,5-241,1 Ma) da diviso bipartite da poca Trissica mdia (Middle Triassic), situada acima da Idade Espathiana (Spathian) e abaixo da Idade Ladiniana (Ladinian). (2) Andar (unidade cronoestratigrfica) de rochas

formadas durante aquele intervalo de tempo, pertencente ao Sistema Trissico. Este termo foi proposto por Waagen e Diener em 1895 (Harland et al., 1990). ANKERITA I. Ankerite; F. Ankrite; E. Ankerita; A. Ankerit. Variedade ferrfera da dolomita (dolomite) onde o teor de Fe maior do que de Mg. Apresenta dureza 3,5 a 4 e peso especfico 2,95 a 3,1. A designao foi atribuda por M. J. Anker. ANOMALIA I. Anomaly; F. Anomalie; E. Anomala; A. Anomalie. Corresponde ao desvio em relao ao gradiente natural (background ) de medidas geofsicas, geoqumicas, geobotnicas, etc. atravs de uma ampla rea que pode, eventualmente, estar associada a jazidas minerais ou petrolferas de interesse comercial. ANOMALIA RADIOATIVA I. Radioactive anomaly; F. Anomalie radioactive; E. Anomala radioactiva; A. radioaktive Anomalie. Uma rocha apresenta anomalia radioativa quando a intensidade radioativa medida exibe um valor superior ou inferior ao gradiente natural (background ) regional. A radioatividade natural das rochas devida a elementos qumicos como U, Th, K, etc., que so mais freqentes nas rochas gneas cidas, diminuindo nas alcalinas e bsicas. ANOROGNICO I. Anorogenic; F. Anorognique; E. Anorognico; A. anorogen. Intervalo de tempo de quiescncia tectnica (tectonic quiescence), quando cessam as atividades orogenticas caracterizadas por falhas (faults) e dobras (folds). Muitos atribuem os movimentos ascencionais menos pronunciados que ocorrem nesses perodos epirognese (epeirogenesis). ANQUILOSSAURO I. Ankylosauria; F. Ankylosaure; E. Ankylosaurio; A. Ankylosaurier. Tipo de dinossauro (dinosaur) herbvoro do Cretceo que, como as tartarugas, tinha o corpo revestido de carapaa ssea, sendo assim considerado como o tanque dos rpteis. ANQUIMETAMORFISMO I. Anchimetamorphism; F. Anchimtamorphisme; E. Anquimetamorfismo; A. Anchimetamorphose. Termo proposto por Harrassowitz (1927), para indicar mudanas no contedo mineralgico das rochas sob condies de temperatura e presso dominantes na zona entre a superfcie da Terra e a do verdadeiro metamorfismo. No Brasil, tem sido usado como a fase que representa a transio entre a diagnese (diagenesis) e o metamorfismo (metamorphism), que em geral, medida pelo grau de cristalinidade (crystallinity) da illita (illite). ANTEARCO I. Forearc; F. Prarc; E. Antearco; A. Vorbogen. Posio geotectnica frontal (do oceano rumo ao continente) a um arco magmtico em zona de convergncia de placas litosfricas ocenicas, referindo-se a uma bacia ou regio situada entre o prisma acrecionrio e um arco magmtico (magmatic arc). ANTCLISE I. Anteclise; F. Antclise; E. Anteclisa; A. Anteklise. Estrutura formada por levantamento de uma poro da crosta continental (continental crust), de forma mais ou menos circular, ocupando uma rea entre 104 a 106km2 e apresentando inclinao centrfuga inferior a 1. A espessura de sedimentos pequena (mximo de alguns milhares de metros) em relao rea ocupada. Desenvolve-se atravs de vrios perodos geolgicos, exibindo muitos hiatos na sedimentao. Quando comparada sinclise (syneclise) adjacente, a antclise caracteriza-se por sedimentao pouco espessa de materiais grossos. No topo de uma antclise pode haver desenvolvimento de um grben (graben). ANTEDUNA I. Foredune; F. Avant-dune; E. Mdano; A. Vordne.

Duna situada logo aps a praia rumo ao continente que, em geral, pouco desenvolvida, isto , apresenta dimenses reduzidas. Este tipo de duna tem sido chamado tambm de duna frontal (Tomazelli, 1990), segundo o nome sugerido por Hesp (1988). Alguns autores estabelecem distino entre duna frontal incipiente, formada por trapeamento inicial de areia entre as espcies vegetais estoloniformes e duna frontal estabelecida, que seria gerada pela colonizao de duna frontal incipiente por espcies vegetais em esteira, tufo e arbusto. ANTEDUNA ESTABELECIDA Veja CORDO DUNAR DESENVOLVIDO. ANTEDUNA INCIPIENTE Veja CORDO DUNAR INCIPIENTE. ANTEFOSSA Veja FOSSA SUBMARINA. ANTEPAS I. Foreland; F. Avant-pays; E. Antepas; A. Vorland. (1) Em regio montanhosa intensamente dobrada, as estruturas pendem sobre uma rea de rochas mais antigas e mais estveis, que pode ser denominada de antepas. Hoje em dia, freqentemente, este termo substitudo por crton (craton). (2) Referese tambm bacia situada entre o crton (craton) e os cintures orogenticos (orogenetic belts). ANTEPRAIA I. Foreshore; F. Avant-plage; E. Anteplaya; A. Vorstrand (Watt). Parte da praia situada entre o limite superior da preamar (escarpa praial) e a linha de baixa-mar ordinria, isto , parte anterior da praia que normalmente sofre a ao das mars e os efeitos de espraiamento das ondas aps a arrebentao. Os geomorflogos brasileiros referem-se a parte desta poro da praia como estiro ou estirncio. ANTEPRAIA INFERIOR I. Lower foreshore; F. Avant-plage infrieure; E. Anteplaya inferior; A. unterer Vorstrand. Designao baseada em critrio geomorfolgico, referindo-se poro inferior da antepraia (foreshore) ou terrao de mar baixa (low tide terrace), onde ocorrem canais e barras de espraiamento (swash bars) de Roep (1986). ANTEPRAIA SUPERIOR I. Upper foreshore; F. Avant-plage suprieure; E. Anteplaya superior; A. oberer Vorstrand. Denominao baseada em critrio geomorfolgico, referindo-se poro superior da antepraia (foreshore) ou face praial (beach face), que se inicia na crista de berma (berm crest) e exibe uma superfcie lisa sem barras e canais. Corresponde aproximadamente ao estirncio de Bigarella et al. (1966a, b). ANTE-RECIFE I. Fore-reef; F. Avant-rcif; E. Antearrecife; A. Vorriff. Declive mais abrupto situado do lado do mar aberto (open sea) de um recife orgnico. Veja tambm margem recifal externa (seaward reef margin). ANTICLINAL I. Anticline; F. Anticlinal; E. Anticlinal; A. Antiklinale. Dobra com a concavidade voltada para cima, abrindo-se para baixo e apresentando camadas mais jovens nas bordas da estrutura. Em anticlinal mais simples as camadas dos seus flancos mergulham em sentidos opostos, enquanto que em formas complexas podem mergulhar at no mesmo sentido. Antnimo: sinclinal (syncline). ANTICLINAL SINFORMAL Veja SINFORMA. ANTICLINRIO I. Anticlinorium; F. Anticlinorium; E. Anticlinorio; A. Antiklinorium. Anticlinal composto, de grandes dimenses, comportando vrias dobras menores, cujos eixos individuais ligados entre si formam uma curva de convexidade voltada para cima. s vezes, o termo empregado com o mesmo sentido de geoanticlinal (geoanticline). Antnimo: sinclinrio (synclinorium). ANTIDUNA I. Antidune; F. Antidune; E. Antiduna; A. Antidne. Ondulao transversal formada em areia arrastada por corrente aquosa, que migra no sentido oposto ao fluxo da gua por eroso da sua parte frontal. Apresenta dimenses grandes (alguns metros) e perfil aproximadamente simtrico. Ela originada

sob condies de regime de fluxo superior (upper flow regime), isto , quando o nmero de Froude (Froude number) for superior a 1 e a quantidade de material arrastado for tambm grande, embora a sua durao possa ser curta. ANTIFORMA I. Antiform; F. Antiforme; E. Antiforma; A. Antiform. Designao usada para uma dobra que se fecha para cima, mas ainda no pode ser usado o termo anticlinal (anticline) na sua verdadeira acepo estratigrfica, pela falta de elementos que forneam as relaes estratigrficas das camadas constituintes. Antnimo: sinforma (synform). ANTIGAIDADEDAPEDRA Veja PALEOLTICO. ANTRACITO I. Anthracite; F. Anthracite; E. Antracita; A. Anthrazit. Variedade de carvo mineral no estgio mais avanado de incarbonizao (coalification), rica em carbono e muito pobre em substncias volteis como H, O e N; possui brilho semimetlico, dureza alta e fratura conchoidal. A compacidade do antracito mascara a sua estrutura interna, mas mtodos especiais permitem distinguir bandas de vitrinita (vitrinite) e fusinita (fusinite). formado por metamorfismo do carvo mineral. ANTRACOLTICO I. Anthracolithic; F. Anthracolithique; E. Antracoltico; A. Anthracolithikum (Permokarbon). Nome sugerido por Waagen em 1891 (CEG/ FCL, 1970) para designar conjuntamente os perodos ou sistemas Carbonfero e Permiano. A palavra vem do grego anthrax (carvo) e lithos (pedra). Sinnimo: Permocarbonfero (Permocarboniferous). ANTRACOLOGIA I. Anthracology; F. Anthr