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 Paulo Narcizo Rodrigues

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  • Paulo Narcizo Rodrigues

    Rua Cndido Carneiro, 273 - CEP. 15014-200Tel: PABX - (17) 3302 - 8400 - Fax: (17) 3234 2968 SO JOS DO RIO PRETO - SPPraa Mau, 42 - 5. andar Cj. 53 - CEP. 11010-901Tel: (13) 3219-9014 - 3219-9333 - 3219-3261 - Fax: (13) 3219-8546 - SANTOS - [email protected]

    Capa Dicas Exportao_2015_.pdf 1 05/01/2015 20:00:40

  • Dicas para Exportao - 1 -

    Rua Cndido Carneiro, 273 - CEP. 15014-200Tel: PABX - (17) 3302 - 8400 - Fax: (17) 3234 2968

    SO JOS DO RIO PRETO - SP

    Praa Mau, 42 - 5. andar Cj. 53 - CEP. 11010-901Tel: (13) 3219-9014 - 3219-9333 - 3219-3261 - Fax: (13) 3219-8546

    SANTOS - SP www.caribbeanexpress.com.br - e-mail: [email protected]

    Capa, Diagramao: Flvio S. Damasceno (17) 98115-6734(Vivo) / 99216-6599(Claro)

  • - 2 - Paulo Narcizo Rodrigues

  • Dicas para Exportao - 3 -

    PAULO NARCIZO RODRIGUES Consultor de Comrcio Exterior

    Despachante Aduaneiro - REG. 7D.00.737

    PAULA SERRA NEGRA RODRIGUES Consultora e Professora de Comrcio Exterior

    Despachante Aduaneiro - REG. 8D.04.354

    Nossa Misso

    Levar informao necessria sobre importao e exportao, visando dar conhecimento aos nossos clientes para que possam realizar uma operao

    de comrcio exterior com sucesso.

  • - 4 - Paulo Narcizo Rodrigues

  • SUMRIODICAS PARA EXPORTAR ..........................................................................9EXPORTAO .......................................................................................11MODALIDADES DE EXPORTAO ........................................................16COMISSO DE AGENTE ......................................................................18EXPORTAO VIA CORREIO ................................................................19RECEBIMENTO DAS DIVISAS DE EXPORTAO ...................................21FORMAO DE PREO PARA EXPORTAO ......................................23PLANILHA PARA FORMAO DE PREO NA EXPORTAO ...............24DETERMINAO DO PREO ................................................................25CERTIFICADO DE ORIGEM ....................................................................26EMBARQUE DAS MERCADORIAS .........................................................28POTENCIAIS IMPORTADORES ..............................................................29HABILITAO DA EMPRESAPARA IMPORTAR/EXPORTAR ...................30CAPTULO I - DAS MODALIDADES DE HABILITAO ..........................32DTE (DOMICLIO TRIBUTRIO ELETRNICO) ......................................35CERTIFICADO DIGITAL E-CPF .............................................................37DESPACHANTE ADUANEIRO .................................................................38CLASSIFICAO FISCAL DE MERCADORIAS ........................................39NCM - NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSULEXTRUTURA - XXI SEES - 96 CAPTULOS .........................................40SISCOMEX SISTEMA INTEGRADO DE COMRCIO EXTERIOR .............41SISCOMEX NA EXPORTAO ...............................................................42INCOTERMS ..........................................................................................43DRAWBACK ...........................................................................................51DRAWBACK VERDE AMARELO .............................................................52COMO SER UM PROFISSIONAL DE COMRCIO EXTERIOR .................55MODELO DE CARTA EM ESPANHOL.....................................................67MODELO DE CARTA EM INGLS ...........................................................68CONTAINERS .........................................................................................69FUSO HORRIO DO BRASIL EM RELAO S PRINCIPAIS CAPITAIS DO MUNDO: .........................................................................71PORTOS NO MUNDO ...........................................................................72ROTEIRO DE EXPORTAO ..................................................................77SITES PARA PESQUISA EM COMRCIO EXTERIOR ...............................78

  • - 6 - Paulo Narcizo Rodrigues

  • Dicas para Exportao - 7 -

    Uma das sadas do Brasil o aeroporto, mas a sada para o Brasil a exportao.

    Podemos constatar a afirmao acima tendo em vista o desempenho das da China, pas que vem crescendo com suas exportaes.

    Desta forma elaboramos este material que acreditamos possa contribuir para transmitir informao no que diz respeito exportao.

    Na hora de importar ou exportar, no deixe de nos consultar.

    A Caribbean Express, desde 1992, oferece sua empresa uma assessoria completa em comrcio exterior, sem nus, para que voc saiba quais os passos para importar ou exportar com segurana.

    Contamos com profissionais competentes e o principal os despachantes aduaneiros da Caribbean Express fazem parte do quadro societrio da empresa, assim nossos clientes tm maior credibilidade e segurana em suas operaes com o mercado internacional.

    Dispomos de escritrio prprio no porto de Santos e contamos com parceiros nos principais pontos de entrada e sada de mercadorias do Brasil.

    Nossa equipe composta por quatro despachantes aduaneiros e cinco ajudantes de despachantes, alm de tcnicos em exportao e importao.

    Somos Centro Autorizado de Envio da FedEx Express, desde agosto de 2000, em So Jos do Rio Preto, para envio de documentos, amostras e encomendas para mais de 220 pases.

    Confira nossa capacidade profissional, em sua prxima importao ou exportao, consulte-nos. Recomendamos uma visita em nossa home page: www.caribbeanexpress.com.br , alm da apresentao de nossos servios V.S., poder transferir para seu microcomputador, inteiramente grtis, o livro IMPORTAO & EXPORTAO SEM COMPLICAO, sendo este um instrumento auxiliar para seus colaboradores.

  • - 8 - Paulo Narcizo Rodrigues

  • Dicas para Exportao - 9 -

    DICAS PARA EXPORTAR

    Quando da iniciativa pelo mercado de exportao a empresa ter que buscar uma srie de informaes, as quais esto disponveis em sites governamentais e comerciais, visando agrupar dados estatsticos e comportamento de exportao

    da linha de produo de todos os seus produtos ou daqueles definidos para o mercado externo.

    No necessariamente ter uma empresa que produz para ser exportador a exemplo das Tradings Companies e Comerciais Exportadoras as quais compram produtos no mercado interno e vendem no exterior.

    No caso de se vender um produto a uma Trading Company, empresa que ser sempre uma S/A, os produtos devero ser entregues em local alfandegado para serem exportados e quando se negocia com essa empresa como se de fato tivesse exportado, pois a responsabilidade pela sada ao exterior da Trading Company.

    Quando se negocia com uma Empresa Comercial Exportadora comum (Ltda.), deve-se observar alguns cuidados, o produto vendido comercial exportadora que ter que comprovar ao fabricante/produtor, atravs de um documento chamado MEMORANDO DE EXPORTAO a sada para o exterior, sem este poder ser intimado pelos rgos federais e estaduais para a comprovao ou pagamento dos tributos desde a emisso da nota fiscal para exportao, uma vez que neste caso a Comercial Exportadora e o fabricante respondem solidariamente pela suspenso dos tributos at a exportao propriamente dita, ficando assim isento dos impostos incidentes no mercado interno.

    Salvo algumas excees, seja qual for atividade da empresa, produo ou comercializao ter que previamente obter informaes acerca do comportamento do mercado internacional e mercado interno para garantir o fornecimento aos importadores.

  • - 10 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Trataremos, em primeiro plano, a iniciativa da empresa que produz e busca o mercado externo e em segundo as empresas intermedirias que podem ser uma alternativa para produtores e fabricantes para escoar seus produtos via exportao.

    Ao optar pelo mercado de exportao a empresa, no importando o seu porte, ter que reunir informaes visando definir o mercado de atuao para suas primeiras incurses sejam elas em visita ao pas alvo, via internet, participao de feiras, ou misses internacionais, tanto no Brasil quanto no exterior, ou com envio de prospectos e catlogos.

    imprescindvel que o site da empresa esteja em ingls e espanhol.

    O ideal se a empresa no exporta ou pretende ampliar sua atuao na exportao recomendado utilizar-se em primeiro plano das informaes disponveis pelo Ministrio das Relaes Exteriores, Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior.

    Definindo um produto para exportao, pode-se obter dados e chegar a concluso de qual ser o ponto de partida. Acessar o site http://alice-web2. mdic.gov.br/ o interessado dever estar de posse da classificao fiscal de mercadorias, que no Brasil a NCM Nomenclatura Comum do Mercosul, composta de 08 dgitos, sendo os seis primeiros de utilizao universal a mesma classificao que se usa para definir o IPI ou seja a TIPI. Tabela de Incidncia sobre Produtos Industrializados.

    Poder tambm acessar o site da Unio Europeia http://ec.europa.eu/ta-xation_ customs/dds2/taric/taric_consultation.jsp?Lang=pt para o busca de dados estatsticos e outras informaes como para saber os impostos que se paga para produtos no Mercado Comum Europeu. Link para o idioma portugus.

    J para o mercado americano as informaes podem ser obtidas no site www.usitc.gov/taffairs.htm - Harmonized Tariff Schedule of the United States HTSUS -

    Acessando os sites, seja no Brasil ou no exterior, poder obter dados estatsticos do ano corrente e de outros anos passados, volume de exportao etc.

  • Dicas para Exportao - 11 -

    No Aliceweb do MDIC pode-se obter dados atravs de uma pesquisa de quanto o Brasil exporta de determinado produto, qual o volume global ou definir determinado pas alvo ou ainda por Blocos a exemplo do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) - NAFTA (USA, Mxico e Canad) e Unio Europia - Luxemburgo, Irlanda, Blgica, Dinamarca, ustria, Pases Baixos, Alemanha, Frana, Sucia, Reino Unido, Finlndia, Itlia, Espanha, Portugal, Grcia, Estnia, Eslovquia, Hungria, Repblica Tcheca, Chipre, Malta, Eslovnia, Litunia, Letnia, Polnia entre outros.

    Aps anlise dos dados contidos na pesquisa dever passar para a prxima etapa, a busca de importadores.

    EXPORTAO

    Ao se decidir pelo mercado externo, principalmente voltado para exportao, a empresa estar frente de uma srie de perguntas, que a princpio parecem no ter respostas precisas a curto prazo.

    Um dos itens mais importante a formao do preo para exportao, o empresrio tem que saber qual o preo em dlares do seu produto, desonerado dos tributos que no iro incidir sobre a exportao, os quais incidem normalmente na venda de mercado interno, fato que em muitos casos so realizados maus negcios, ou se perde a oportunidade em certos momentos.

    Ao se chegar a esta deciso implica na certeza de ter um produto com ampla aceitao no mercado interno, sendo este um fator referencial e tambm um preo competitivo. Estar de posse de um catlogo das mercadorias que pretende exportar.

    Um catlogo que pode ser preparado tanto para atender o mercado interno como o mercado externo, o qual dever ser em, neste caso, ingls/portugus/espanhol, atendendo assim a necessidade de vrios pases, e estando preparado para atender solicitao de vrios mercados.

  • - 12 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Os detalhes na confeco de um catlogo para exportao devem ser observados, para no incorrer em falhas que podero ser negativas em determinado mercado, como por exemplo utilizao de cores, smbolos, traduo errnea, etc.

    Para iniciar a busca de informaes, que comea por dados que proporcionem identificar qual o comportamento de sua linha no mercado internacional. As pesquisas iro apresentar um perfil que ir nortear, em primeiro plano, os passos para atingir o mercado externo. Recomenda-se que a pesquisa seja realizada com um perodo dos ltimos trs anos e a mesma poder ser obtida junto ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior MDIC, no site http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br, o interessado dever acessar o site, preencher informaes cadastrais para obter senha de acesso.

    Deve-se buscar informaes do tipo, quem exporta, quanto exporta, para onde exporta, neste caso ir se valer da experincia de quem j atua no seg- mento idntico ao de sua empresa. Por outro lado, estas pesquisas tambm iro indicar, alm dos exportadores tradicionais, produtores e fabricantes, as empresas que compram no mercado interno e exportam, as chamadas Empresas Comerciais Exportadoras ou Trading Company, que podem ser uma alternativa para aqueles que esto iniciando na exportao. A pesqui-sa poder ser realizada no site http://www.vitrinedoexportador.gov.br

    Empresas Comerciais Exportadoras ou Trading Company utilizar-se desse tipo de empresa para atingir o mercado internacional tem suas vantagens, mas tambm suas desvantagens. Como vantagem poderamos citar que a nica preocupao da empresa ser o de efetuar uma venda no mercado interno, fato que no implicar em maiores conhecimentos e investimentos, uma vez que tais empresas conhecem profundamente os mercados e toda a legislao tanto em nosso pas quanto no pas do importador, e mantm escritrios e agentes no exterior, como desvantagem o vendedor no ir saber para onde seus produtos esto sendo exportados, o preo a que se est vendendo, e qual a aceitao no mercado internacional.

    Quando a deciso for a de exportao direta, a empresa aps analisar os dados do comportamento de seu produto no mercado externo, saber imediatamente quais os pases potenciais compradores. O prximo passo

  • Dicas para Exportao - 13 -

    a busca dos importadores no mercado selecionado, que se d atravs de consultas ao Ministrio das Relaes Exteriores, Embaixadas, Cmaras de Comrcio e Indstria, Trade Point, revistas especializadas, ou at mesmo com viagem ao exterior na participao de feiras internacionais e eventos ligados ao segmento da empresa.

    Poder tambm, o exportador, recorrer a empresas especializadas em consultoria de comrcio exterior para obter as informaes que necessita, so empresas que prestam servios para aqueles que no dispem de departamento prprio, ou ainda, que iriam onerar os custos com a contratao de pessoal com conhecimentos necessrios, assim a terceirizao muito comum. Cadastrar a empresa e seus produtos junto ao Ministrio das Relaes Exteriores - Diviso de Informao Comercial - http://www.brasilglobalnet.gov.br de vital importncia, pois desta forma estar mostrando ao mundo que sua empresa existe, bem como o segmento em que atua, o mesmo procedimento deve ser feito junto ao site do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior-MDIC, Vitrine do Exportador - http://www.vitrinedoexportador.gov.br, como potencial exportador, pois no momento em que houver uma exportao direta da empresa a mesma ser automaticamente inserida no site.

    Aps a realizao deste cadastro, como potencial exportador, o mesmo ir estar em todas as representaes comerciais do Brasil no exterior, de modo que se um importador em qualquer pas quiser saber sobre determinado produto, junto as Embaixadas, sua empresa ser indicada e poder receber solicitaes de vrias partes do mundo e passar a receber a relao dos Boletins de Oportunidades Comerciais (BOCs) disponveis da DIC. Tanto a BrasilGlobalNet quanto a Vitrine do Exportador so amplamente divulgados, no exterior, visando a dar conhecimento aos importadores das empresas brasileiras e seus produtos de exportao.

    O SEBRAE outro parceiro extremamente importante para o exportador, pois o mesmo oferece a oportunidade de contatos com interessados, auxiliando at em reunies previamente agendadas, no s no Brasil como no exterior. A Ficha de Cadastro para a Bolsa de Negcios poder ser adquirida junto ao posto do SEBRAE mais prximo de sua empresa.

  • - 14 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Quanto ao pas para onde existe a determinao de investir na exportao, dever o exportador registrar sua marca no pas do importador, mesmo que as exportaes sejam realizadas atravs de agente, representante, comercial ou comercial exportadora, no importa qual a modalidade, se no houver o registro previamente, o risco de algum ter registrado e ser o detentor da mesma no pas alvo poder trazer srios prejuzos, at mesmo com a inviabilidade de exportar.

    Existem vrios exemplos de empresas que tiveram que comprar sua prpria marca no exterior ou alterar para exportao, uma vez que a mesma estava registrada em nome de outro sendo garantida pela legislao vigente naquele pas.

    Identificado o importador, o passo seguinte apresentao da empresa, mostrando que ela existe atravs de um perfil da mesma, bem como sua linha de produtos, porm no se pode esquecer de mencionar detalhes a cerca dos produtos como descrio, aplicao, utilidade, e em determinados casos detalhes tcnicos, quantidade disponvel, prazos de entrega, etc.

    Na preparao de um perfil, a empresa deve mencionar o ano de fundao, tecnologia disponvel, mquinas e equipamentos utilizados na produo do bem a ser exportado, empresas para as quais j fornece no mercado externo, e na impossibilidade desta, mencionar empresas no mercado interno com renome internacional, caso exista, visando obter credibilidade junto ao importador.

    Quando da primeira incurso junto ao importador selecionado, aguardar seu retorno, verificando se despertou interesse, de onde surgem os passos seguintes como envio de catlogos, amostras e outras informaes que sejam solicitadas. Toda empresa que pretende atuar com exportao dever obrigatoriamente ter um site de sua linha de produtos de preferncia em ingls, espanhol e o portugus para mercado interno.

    Havendo solicitao do envio de amostras, esta dever ser idntica a que se pretende exportar, de nada adiantar maquiar uma amostra se no conseguir produzir em quantidade e qualidade ao que foi apresentado anteriormente ao importador. No item quantidade dever tomar as devidas

  • Dicas para Exportao - 15 -

    precaues para informar corretamente sua capacidade de atender a um pedido, para no correr o risco de se deparar com algo impossvel de ser atendido.

    Nunca dever o exportador, em seu primeiro contato, enviar todas as informaes pertinentes mercadoria, como catlogo, lista de preo e amostra, pois em caso de no obter resposta, no poder avaliar se o contato foi ou no positivo, gerando inclusive custos com envio de material a um importador que poder no estar mais atuando.

    Quando os resultados so extremamente positivos na exportao, a empresa no poder se descuidar do mercado interno, a exportao deve ser encarada como mais um mercado e no como nico mercado para escoar a produo. Da mesma forma, sendo o mercado interno extremamente atraente em determinadas ocasies, nunca o exportador dever deixar de atender a um pedido vindo do exterior, pois se assim o fizer correr o risco de perder o cliente para outro fornecedor.

    No ficar descartada a possibilidade no transcorrer da negociao para o exportador de ter que adaptar o produto uma exigncia do importador, ou uma embalagem adequada, fato que tem que ser considerado quando se iniciam os contatos.

    As informaes neste estgio so imprescindveis para a realizao de um bom negcio, o conhecimento das regras aplicadas no comrcio internacional so uma obrigao para todo aquele que deseja atuar com sucesso.

    Saber como so aplicadas e definidas as regras dos INCOTERMS, International Commercial Terms, da Cmara de Comrcio Internacional, em sua verso 2010, onde atravs de siglas indicam os direitos e obrigaes de quem arcar com os custos da operao e at onde, neste sentido recomendamos leitura minuciosa destes termos sob o mesmo ttulo neste trabalho.

    Uma correspondncia ou um e-mail ou um fax vindo do exterior nunca deve ficar sem resposta, pois poder estar fechando uma porta para seus negcios.

  • - 16 - Paulo Narcizo Rodrigues

    MODALIDADES DE EXPORTAO

    A exportAo pode se dAr por trs cAminhos:

    Exportao Direta - Exportao Indireta - Trading Company.

    A exportao direta consiste em o exportador faturar diretamente ao importador, ficando a seu cargo todas as atribuies que envolvem a operao de ponta a ponta.

    A exportao Indireta ou via Interveniente, empresa no mercado interno que compra o produto com fim especfico de exportao, sendo esta uma opo para quem est iniciando no comrcio de exportao, uma vez que reduz uma srie de caminhos que envolvem a exportao direta.

    Dever, nesta condio, o exportador tomar todos os cuidados para ter a certeza no s do recebimento dos valores como da efetiva exportao.

    Quando as mercadorias so vendidas para uma empresa no mercado interno, com fins especficos de exportao as mesmas so desoneradas dos tributos incidentes na venda de mercado interno e se por ventura a exportao no se realizar, o fabricante ou produtor ter que recolher todos os impostos retroativamente com com juros de mora e multa.

    O Prazo para que a exportao se efetive de 180 dias aps a emisso da nota fiscal de venda para a comercial exportadora.

  • Dicas para Exportao - 17 -

    A exportao via Trading Company a operao de venda no mercado interno equiparada a exportao, o caminho mais adequado para iniciar a exportao, pois so empresas especializadas, com escritrios e representantes nos mais diversos mercados, detendo amplo conhecimento, fazendo com que o exportador no tenha riscos nem custos para exportar seus produtos.

    Outra forma de realizar uma exportao atravs da consignao, a qual encontra-se regulamentada por legislao especfica. A exportao em consignao implica na obrigao do exportador providenciar o ingresso de moeda estrangeira, na forma da regulamentao cambial, pela venda da mercadoria ao exterior, dentro de prazos especficos, para cada tipo de mercadoria, contados da data do embarque.

    Caso no ocorra a venda da mercadoria, o exportador dever, dentro de 60 dias contados do trmino do prazo estipulado, comprovar o seu retorno ao Pas, mediante apresentao SECEX ou entidade por ela credenciada, os documentos relativos ao respectivo desembarao aduaneiro.

    Na hiptese de ser invivel o retorno de parte ou da totalidade da mercadoria ou ocorrer a venda por valor inferior ao originalmente consignado no RE (Registro de Exportao), devido alterao de qualidade ou por qualquer outro motivo, o exportador dever encaminhar documentao comprobatria SECEX ou entidade por ela credenciada, no prazo mximo de 30 dias aps o trmino do prazo estipulado.

    A baixa total das obrigaes relativas operao de exportao em consignao dar-se- automaticamente, pelo SISCOMEX, com base nas liquidaes das cambiais negociadas, se cumprida a operaao integralmente, ou aps analise e deciso pela SECEX, para determinados casos previstos na portaria que regulamenta esta modalidade.

  • - 18 - Paulo Narcizo Rodrigues

    COMISSO DE AGENTE

    A comisso de agente pactuada entre as partes, tendo um percentual sobre a operao de exportao, tendo a participao de um agente na intermediao da operao.Normalmente o percentual varia entre de 3% at 6% tendo como base de clculo o valor FOB da exportao, para alguns produtos o prprio Siscomex no aceita percentual acima de 3%, quando da insero da informao sobre a comisso de agente.

    O agente pode ser exclusivo de uma determinada empresa, tendo sua localizao no prprio pas do exportador ou mesmo no exterior, onde esto os potenciais importadores, poder tambm ser um agente autnomo com atuao em diversos segmentos.

    Normalmente existe um contrato entre as partes onde esto definidos os percentuais como comisso de agente, e rea de atuao e com uma performance por parte do agente, dando assim garantias ao exportador que ir realizar negcios, pois um contrato desta natureza sem que haja negcios com a intermediao do agente poder ser um fato inibidor para o exportador atuar em determinado mercado uma vez que estar amarrado por contrato com um agente.

    existem trs modAlidAdes de comisso de Agente prAticAdAs:

    Na modalidade em conta grfica;

    O banco no exterior quando do pagamento pelo importador remete ao agente a parte que lhe couber enviando o saldo para o exportador da Commercial Invoice.

    Na modalidade a deduzir da fatura;

  • Dicas para Exportao - 19 -

    Ser concedido um desconto na fatura, o qual repassado ao agente.

    Na modalidade a remeter;

    Cabe ao exportador, quando do recebimento das divisas remeter ao agente o valor da comisso, mediante remessa.

    O pagamento da comisso do agente de exportao efetuado em moeda em que fora realizada a exportao sem a incidncia de impostos ou tributos, aps o pagamento da operao pelo importador e remetida para o local indicado pelo agente, na modalidade e com percentual registrado no RE - Registro de Exportao, estas comisses podem ser pagas de trs formas devendo ser informadas em campo especfico do RE, (Campo 20), com a letra correspondente modalidade:

    a) Em conta grfica (G);

    b) Deduzir na fatura (F);

    c) A remeter (R).

    EXPORTAO VIA CORREIO

    O Exporta Fcil dos Correios fora criado para ajudar a pequena e mdia empresa a exportar com reduo de custos e menos burocracia, inclusive dispensa a Habilitao junto a Receita Federal.O exportador ter que ter a nota fiscal de exportao, commercial invoice, certificado de origem, se necessrio, preencher formulrio prprio dos Correios. O pagamento do frete ser no Brasil, assim importante saber o custo do mesmo, dentro da modalidade de envio, para incluir no preo de exportao.

  • - 20 - Paulo Narcizo Rodrigues

    A verificao a Lista de Proibies Gerais, no site dos Correios, importante antes de fechar uma exportao, pois existem produtos que so proibidos o envio pelos Correios.

    limitAes:

    SIMPLIFICADO AT US$ 50,000.00

    PESO 20 ou 30 QUILOS, DEPENDE DO PAS

    MEDIDAS:

    A maior dimenso de seu SEDEX Mundi no poder ultrapassar 105 (1,05 m) centmetros e a soma das trs dimenses no poder ultrapassar 150 centmetros (1,50 m).

    MODALIDADES:

    Sedex Mundi prazo de entrega garantido: 1, 2, 3 ou 4 dias teis;

    Expressa (EMS) prazo de entrega estimado: de 3 a 7 dias teis;

    Mercadoria Econmica prazo de entrega estimado: de 14 a 30 dias teis;

    Leve Prioritria prazo de entrega estimado: de 4 a 13 dias teis;

    Leve Econmica - prazo de entrega estimado: de 14 a 30 dias teis;

    www.correios.com.br

  • Dicas para Exportao - 21 -

    RECEBIMENTO DAS DIVISAS DE EXPORTAO

    A Modalidade de Pagamento antecipado, pouco utilizada, ocorre quando de uma encomenda, o exportador recebe a totalidade ou parte das divisas para produzir os bens a serem exportados, neste caso os riscos ficam para o importador, pois o exportador poder no cumprir prazos estipulados ou no realizar a exportao.

    Outra modalidade para o exportador de receber os valores referentes aos produtos exportados ou a exportar a Cobrana Documentria, que pode ser solicitada pelo importador durante a transao comercial. Cabe alertar para os riscos que envolvem tal operao, pois no d ao exportador a segurana, uma vez que no h garantia bancria sobre o recebimento das divisas.

    Na modalidade cobrana, os bancos atuam como cobradores internacio- nais, onde a operao foi fechada entre o importador e o exportador, no assumindo nenhuma responsabilidade quanto ao pagamento. Os riscos s no ocorrem quando a exportao se d para prpria matriz, entre filiais, ou ainda, uma exportao para cliente antigo e de extrema confiana e tradio.

    Quando a exportao realizada nesta modalidade, poder o importador no comparecer ao banco para fazer o pagamento, quando for vista ou aceitar o saque quando da cobrana a prazo, ficando assim o exportador sem sada, caso o importador mude de idia no decorrer da operao.

    Na cobrana vista, se o importador recusar a receber as mercadorias por qualquer motivo, no efetuar o pagamento para retirar as mesmas, o exportador ter que arcar com todas as despesas, inclusive no retorno para o Brasil.

  • - 22 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Na cobrana a prazo, a situao se complica ainda mais, o importador ter a posse das mercadorias para pagamento futuro, podendo no efetu-lo na data prevista.

    A operao realizada atravs de um documento DRAFT ou SAQUE, emitido pelo exportador ao importador, o qual dever liquidar o mesmo, tendo assim a posse dos documentos para liberar as mercadorias.

    Modalidade mais usada nas exportaes e que d segurana ao exportador quanto ao recebimento das divisas a Carta de Crdito, regulamentada pela Brochura 600 da Cmara de Comrcio Internacional - CCI, que poder ser a vista ou a prazo, recomenda-se a leitura desta norma para as particularidades a serem adotadas.

    O importador solicita via um banco no exterior, a abertura de Carta de Crdito, com base na fatura pro forma, sendo este banco o emitente, que por sua vez avisa a um banco na praa do beneficirio(exportador), sendo este o avisador, que comunica ao beneficirio, o crdito referente a exportao a ser realizada.

    Poder o exportador, solicitar a confirmao desta Carta de Crdito em outro banco tanto no pas ou no exterior, sendo este terceiro o confirmador, e dever ser sempre um banco de primeira linha, o que d maior garantia, pois o no cumprimento da mesma pelo emitente, fica automaticamente o confirmador responsvel pelo pagamento da Carta de Crdito.

    A carta de crdito deve conter a clusula IRREVOGVEL, desta forma s poder ser cancelada ou alterada, mediante concordncia dos envolvidos na operao: Importador, Exportador e o Banco emissor. A Carta de Crdito muito importante, pois serve como contrato de compra e venda, onde ambos, importador e exportador detalham os termos condies comerciais da operao, assegurando para um lado o recebimento das divisas e para outro das mercadorias.

    Todos os detalhes da mercadoria tambm so colocados na Carta de Crdito, onde so mencionados modelo, capacidade, quantidade, descrio, forma de pagamento, etc..

  • Dicas para Exportao - 23 -

    Uma carta de crdito poder ser transferida para outro beneficirio se for de interesse do exportador, desde que haja a clusula transferibilidade, deve-se observar com detalhes se permite ou no transbordo, desembarque e reembarque durante o percurso, o que pode gerar discrepncia, causando problemas e impossibilitando o cumprimento da mesma, no permitindo que se receba as divisas correspondentes.

    FORMAO DE PREO PARA EXPORTAO

    A determinao do preo de exportao de extrema relevncia, que definir o sucesso da operao, levando-se em conta o mercado alvo e a concorrncia internacional. O clculo ter como base o preo praticado no mercado interno, aps detalhar todos os custos envolvidos at a efetiva comercializao do produto, incluindo-se tambm o percentual de lucro obtido.

    De posse dos dados, montar uma planilha de custos, eliminando todos os elementos incidentes no mercado interno, os quais no incidiro na exportao, e agregar aqueles que incidiro na venda de mercado externo.

    dedues nA exportAo:IPI - ICMS - COFINS - PIS -, Embalagem no mercado interno, custos de promoo e marketing, distribuio no mercado interno, lucro no mercado interno entre outros.

    Adies nA exportAo:Custos de embalagem para o mercado externo, custos de adaptao, se houver, para exportao, transporte interno e externo, dependendo da modalidade de venda, seguros, comisso de agente, despesas com documentao, despesas porturias, despesas com despachante aduaneiro e o lucro desejado na exportao.

  • - 24 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Estar de posse do preo de exportao de sua linha de produtos fator indispensvel para quem pretende exportar, seja a mdio ou longo prazo, pois em caso de consultas ou at mesmo em uma feira comercial poder de imediato informar ao interessado o preo de sua linha de produtos.

    Muitos empresrios no do importncia ao preo de exportao e quando consultados, no dispem de imediato, levando um certo tempo para reunir informaes e apresentar uma cotao, fato que poder levar a perder um excelente negcio.

    Apresentamos a seguir uma planilha onde poder formar o preo de exportao, muito embora outros fatores podem vir a fazer parte da mesma, seja incluindo ou excluindo valores.

    PLANILHA PARA FORMAO DE PREO NA EXPORTAO

    Preo de mercado interno com I.P.I........................................ 9.600,00 ICMS ........................................................................................ 18%COFINS ................................................................................... 7,6%PIS............................................................................................... 1,65% Lucro no mercado interno .......................................................... 10%Embalagem no mercado interno .................................................. 1%Comisso de vendedor mercado interno ...................................... 3%Despesas de distribuio mercado interno.......................................... 1%Propaganda mercado interno.................................................. 0,35%Embalagem de exportao............................................................ 1,4%Despesas at efetivo embarque (inclusive despachante).............. 10% Lucro exportao (10 % sobre FOB) .......................................... 10%Comisso agente exterior (4% sobre FOB) ................................... 4%Transporte at local de embarque ................................................ 4% Total ..................................................................................... 29,40%

  • Dicas para Exportao - 25 -

    DETERMINAO DO PREOPreo mercado interno.............................................................9.600,00

    ( - ) I.P.I................................................................20% .. 1.600,00= Subtotal .................................................................. 8.000,00( - ) I.C.M.S. ........................................................18% .. 1.440,00

    ( - ) COFINS..........................................................7,6%..... 608,00( - ) PIS ...............................................................1,65 ...... 132,00 ( - ) Lucro no mercado interno..............................10,%..... 800,00( - ) Embalagem no mercado interno....................1% ......... 80,00( - ) Comisso vendedor mercado interno ............3%........ 240,00( - ) Despesas distribuio mercado interno ..............1%.......... 80,00( - ) Propaganda mercado interno .......................0,35% .... 28,00 Total .....................................................................R$ ...... 4.592,00

    ( + ) Embalagem exportao ...................................1,4%....... 91,05( + ) Despesas at efetivo embarque c/D.A ..........10% ..... 650,42 ( + ) Lucro exportao ..........................................10%...... 650,42( + ) Comisso agente exterior ...............................4%...... 260,16( + ) Transporte Rodovirio at local embarque ......4%...... 260,16

    Preo FOB exportao = R$ 6.504,24Converter os valores em = US$ = Taxa de compra do dia US$ 2,45 Preo FOB exportao = US$ 2.654,79O valor de R$ 4.592,00 dever ser aumentado em 29,40% por dentro re solvendo a seguinte a seguinte regra trs:

    R$ 4.592,00 = 100% - 29,40 ouR$ 4.592,00 x 100% : 70,6% = R$ 6.504,24

    4.592.592 = 70,6 % x = 100 %

  • - 26 - Paulo Narcizo Rodrigues

    CERTIFICADO DE ORIGEM

    Para beneficiar-se das redues e restries outorgadas entre os pases membros do MERCOSUL, as exportaes devero estar acompanhadas do Certificado de Origem, que emitido por entidade de classe ou instituio com perfil jurdico e

    reconhecida pelo governo e expedida diretamente do pas exportador ao pas importador, devendo conter percentual de 60% do ndice de nacionalizao, sendo permitidos at 40% de produtos agregados de terceiros pases.

    considerA-se expedio diretA As seguintes condies:a) As mercadorias transportadas sem passar pelo territrio de algum

    pas no-participante do Tratado;

    b) As mercadorias transportadas sem passar pelo territrio de alguns pases no participantes, com ou armazenamento temporrio, sob a vigilncia de autoridade alfandegria competente em tais pases, sempre que:

    - O trnsito estiver justificado por razes geogrficas ou por consideraes relativas a requerimentos do transporte;

    - No estiverem destinadas ao comrcio, uso ou emprego no pas de trnsito, e no sofram, durante transporte e depsito, nenhuma operao distinta s de carga e descarga ou manuseio, para mant-las em boas condies ou assegurar sua conservao;

    - Que os produtos procedentes das Zonas Francas situadas nos limites geogrficos de qualquer dos Estados-Partes devero cumprir os requisitos previstos no presente Regime Geral;

  • Dicas para Exportao - 27 -

    - A expresso materiais compreende as matrias-primas ou produtos intermedirios e as partes e peas utilizadas na elaborao das mercadorias.

    No Estado de So Paulo, o rgo encarregado da emisso do Certificado de Origem a Federao das Indstrias do Estado de So Paulo FIESP, CIESP e algumas Associaes Comerciais.

    Para obter o Certificado de Origem, dever o produtor final ou o exportador preencher formulrio padro, indicando caractersticas e componentes do produto e os processos de elaborao, este documento firmado dar origem ao certificado, desde que seus dados estejam corretos ser emitido no mesmo dia ou no dia seguinte ao da solicitao.

    Certificado de Origem tambm necessrio para exportao no mbito da ALADI, SGPC e SGP, esses certificados garantem ao importador a reduo parcial ou total do imposto de importao que incide sobre determinados produtos. O Brasil membro dos acordos firmados com os pases que os integram e o Certificado do SGP emitido pelo Banco do Brasil FORM A.

    Pases Membros da ALADI - Associao de Latino Americana de Integrao- ( Acordos Bilaterais ou Multilaterais-Preferncias Tarifrias):

    Argentina, Bolvia, Brasil, Colmbia, Chile, Equador, Mxico, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

    Pases Membros do SGPC - Sistema Global de Preferncias Comerciais - (entre pases em desenvolvimento):

    Arglia, Argentina, Bangladesh, Benin, Bolvia, Brasil, Camares, Chile, Cingapura, Cuba, Egito, Equador, Filipinas, Gana, Guiana, Guin, ndia, Indonsia, Ir (Repblica Islmica do), Iraque, Iuguslvia, Jamahiriya Popular Social rabe da Lbia, Malsia, Mxico, Moambique, Nica- rgua, Nigria, Paquisto, Peru, Repblica da Coria, Repblica Popu- lar Democrtica da Coria, Repblica Inida da Tanznia, Romnia, Sri Lanka, Sudo, Tailndia, Trinidad e Tobago, Tunsia, Vietn e Zimbbue.

  • - 28 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Pases Membros do SGP - Sistema Geral de Preferncias- (Outorgado por pases desenvolvidos aos pases em desenvolvimento):

    Bielo-Rssia. Bulgria, Canad, Eslovquia, Estados Unidos da Amrica, Federao Russa, Hungria, Japo, Noruega, Nova Zelndia, Repblida Tcheca, Suia.

    Unio Europia - ustria, Blgica, Dinamarcaa, Espanha, Finlndia, Frana, Grcia,

    Itlia, Luxemburgo, Pases Baixos, Portugal, Reino Unido, Ir- landa, Sucia, e Repblica Federal da Alemanha.

    EMBARQUE DAS MERCADORIAS

    Aps verificar todos os itens da exportao e estando em conformidade com o acertado junto ao importador, o exportador prepara as mercadorias para embarque, observando prazos e condies estipulados na negociao entre ambos.

    Tendo sido embaladas e preparadas para a viagem, as mercadorias devem ser relacionadas e todas as embalagens marcadas e numeradas, dando origem ao Romaneio de Embarque ou Packing List, documento que ir identificar os volumes e seu contedo, quando confrontado com a documentao na hora do embarque, sendo de grande utilidade tambm ao importador quando da chegada ao local de destino.

    Outros documentos tambm devem acompanhar as mercadorias, como a Fatura Comercial, Certificado de Origem se exigido, Nota Fiscal de Sada para acompanhar as mesmas at local de embarque, pois estaro circulando em territrio nacional. Previamente a este processo, dever a operao estar registrada no SISCOMEX.

  • Dicas para Exportao - 29 -

    Vale ressaltar que neste estgio, j fora providenciado o meio de transporte junto ao Despachante Aduaneiro ou as agncias de transportes internacionais, seja areo, martimo, rodovirio ou ferrovirio.

    Quando a operao concluda, o exportador rene toda documentao referente a exportao e apresenta ao banco para receber as divisas, caso a mesma tenha sido amparada por carta de crdito.

    POTENCIAIS IMPORTADORES

    O Ministrio das Relaes Exteriores dispe de um banco de dados de diversos pases onde pode-se obter nome, endereo, telefone, e-mail, site e relao dos produtos de empresas importadoras, as quais importam no s do Brasil como de outros pases.Para ter acesso s informaes necessrio que o interessado faa o cadastro de sua empresa, acessando o site http://www.brasilglobalnet.gov.br/frmPrincipal.aspx clicando no cone Cadastre-se, e preencher os formulrios com os dados solicitados. No ato do cadastro ser solicitada que informe e-mail e senha, os quais devem ser anotados para futuras consultas.

    Ao fazer o seu cadastro na BrasilGlobalNet, estar apresentando vossa empresa, linha de produtos e si mesmo para o mercado internacional de forma que quando algum interessado, em qualquer parte do mundo, poder buscar informao sobre determinado produto e em estando cadastrado no site poder ser consultado pelo possvel importador e iniciar um processo de exportao.

    Alm de obter dados de potenciais importadores para iniciar primeiros contatos podero ser obtidas informaes tais como:- Exigncias no pas importador;- Impostos a serem pagos pelo importador.- Indicadores econmicos, etc.

  • - 30 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Desta forma poder chegar concluso se seu produto ter competitividade no pas importador.

    HABILITAO DA EMPRESAPARA IMPORTAR/

    EXPORTAR

    O exportador dever estar devidamente Credenciado junto unidade da Receita Federal que jurisdiciona o estabelecimento matriz, obtendo senha junto a Secretaria da Receita Federal para acessar o SISCOMEX diretamente, ou utilizar-se de Despachante Aduaneiro para efetuar suas operaes de exportao.

    Dispomos da relao de documentos necessrios e os formulrios para serem preenchidos e entregues na Receita Federal, o interessado poder obter os mesmos bastando solicitar em nosso telefone (17) 3302 8400 ou atravs do e-mail: [email protected], ou ainda diretamente no site da Receita Federal:

    http://www.receita.fazenda.gov.br/Aduana/Siscomex/HabilitacaoResp.htm

    Instruo Normativa RFB n 1.288, de 31 de agosto de 2012 e Ato Declaratrio Executivo Coana n 33, de 28 de setembro de 2012.

    A referida Instruo Normativa estabelece prazo de at 10 dias para Habilitar a empresa no RADAR, salvo se houver necessidade de apresentao de outros documentos ou informaes complementares, aps intimao do Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil.

    Ao receber a comunicao que seu pedido de Habilitao fora DEFERIDO, o Responsvel Legal pela pessoa jurdica ir habilitar

  • Dicas para Exportao - 31 -

    Despachante Aduaneiro para poder representar a empresa e demais rgos intervenientes no comrcio exterior e liberar suas mercadorias junto alfndega e fornecendo ao mesmo uma procurao padro com poderes para exercer as funes relacionadas com o procedimento fiscal de despacho aduaneiro e com prazo de validade de outorga.

    INSTRUO NORMATIVA RFB N 1.288, DE 31 DE AGOSTO DE 2012 - DOU 03/09/2012Estabelece procedimentos de habilitao de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para operao no Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex) e de credenciamento de seus representantes para a prtica de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

    O SECRETRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuio que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF n 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 16 da Lei n 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e nos arts. 2 e 3 da Portaria MF n 350, de 16 de outubro de 2002, resolve:

    Art. 1 A habilitao da pessoa fsica responsvel por pessoa jurdica importadora, exportadora ou internadora da Zona Franca de Manaus (ZFM), para a prtica de atos no Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex), e o credenciamento dos respectivos representantes para a prtica de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devero ser formalizados com observncia do disposto nesta Instruo Normativa.

    Pargrafo nico. As disposies desta Instruo Normativa aplicam-se tambm aos rgos da administrao pblica direta, autarquias, fundaes pblicas, rgos pblicos autnomos, organismos internacionais e a outras instituies extraterritoriais, bem como s pessoas fsicas em seus prprios nomes.

  • - 32 - Paulo Narcizo Rodrigues

    CAPTULO I DAS MODALIDADES DE

    HABILITAO

    Art. 2 A habilitao, de que trata o art. 1, ser requerida pelo interessado, e poder ser deferida para uma das seguintes modalidades:

    I - pessoa jurdica, nas seguintes submodalidades:

    a) expressa, no caso de:

    1. pessoa jurdica constituda sob a forma de sociedade annima de capital aberto, com aes negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balco, bem como suas subsidirias integrais;

    2. pessoa jurdica autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul), nos termos da Instruo Normativa SRF n 476, de 13 de dezembro 2004;

    3. empresa pblica ou sociedade de economia mista;

    4. rgos da administrao pblica direta, autarquia e fundao pblica, rgo pblico autnomo, organismo internacional e outras instituies extraterritoriais;

    5. pessoa jurdica habilitada para fruir dos benefcios fiscais previstos na Lei n 12.350, de 20 de dezembro de 2010; e

    6. pessoa jurdica que pretende atuar exclusivamente em operaes de exportao;

  • Dicas para Exportao - 33 -

    b) ilimitada, no caso de pessoa jurdica cuja estimativa da capacidadefinanceira a que se refere o art. 4 e seus pargrafos seja superior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dlares dos Estados Unidosda Amrica); ou

    c) limitada, no caso de pessoa jurdica cuja estimativa da capacidadefinanceira a que se refere o art. 4 e seus pargrafos seja igual ou inferior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dlares dos EstadosUnidos da Amrica); ou

    II - pessoa fsica, no caso de habilitao do prprio interessado, inclusive quando qualificado como produtor rural, arteso, artista ou assemelhado.

    1 Para fins do disposto nas alneas b e c do inciso I do caput, a estimativa da capacidade financeira para operaes de comrcio exterior com cobertura cambial, em cada perodo consecutivo de 6 (seis) meses, ser apurada mediante a sistemtica de clculo definida em ato normativo expedido pela Coordenao-Geral de Administrao Aduaneira (Coana).

    2 A pessoa fsica habilitada nos termos do inciso II do caput poder realizar to somente:

    I - operaes de comrcio exterior para a realizao de suas atividades profissionais, inclusive na condio de produtor rural, arteso, artista ou assemelhado;

    II - importaes para seu uso e consumo prprio; e

    III - importaes para suas colees pessoais.

    3 Para fins do disposto no 2, considera-se produtor rural a pessoa fsica que explore atividade rural, individualmente ou sob a forma de parceria, arrendamento ou condomnio, comprovada documentalmente.

  • - 34 - Paulo Narcizo Rodrigues

  • Dicas para Exportao - 35 -

    DTE (DOMICLIO TRIBUTRIO ELETRNICO)

    Segue orientaes para a adeso ao DTE (Domiclio Tributrio Eletrnico), que obrigatrio para obteno do RADAR, seja para importar e/exportar:

    Utilizando um computador que tenha instalado o E-CNPJ, (se for A1 tem que estar instalado na mquina, se for A3 ou token tem que estar com o dispositivo conectado e funcionando), clicar no link https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx, escolher a opo certificado digital, depois em Termo de Adeso ao Domiclio Tributrio, Imprimir (ou salvar em PDF) o comprovante para juntarmos ao processo.

  • - 36 - Paulo Narcizo Rodrigues

  • Dicas para Exportao - 37 -

    CERTIFICADO DIGITAL E-CPF

    A ps obter a Habilitao para importar e/ou exportar, ser neces- srio que o responsvel legal pela empresa obtenha o e-CPF, para que possa efetuar o Cadastro de Representantes Legais no Siscomex - Sistema Integrado de Comrcio Exterior.Esta opo de acesso possilibilita ao contribuinte possuidor de certificado digital e-CPF realizar todas as transaes relativas a este servio, pertencente ao Siscomex, desde que autorizadas pelo perfil ou perfis do sistema em que esteja previamente habilitado junto Receita Federal do Brasil.

    Ao utilizar este servio, o contribuinte certificado, habilitado como Responsvel Legal pela empresa perante a Receita Federal do Brasil, poder efetuar o credenciamento no Siscomex de outras pessoas fsicas que atuaro como Representantes Legais dessa empresa na prtica dos atos relacionados ao despacho aduaneiro.

    O e-CPF uma identificao eletrnica que garante a autenticidade e integridade do relacionamento entre o contribuinte e da Receita Federal do Brasil, assegurando a privacidade e inviolabilidade das informaes trocadas.

    Atualmente, o e-CPF permite utilizar os servios disponibilizados pela Receita Federal no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte e-CAC. Voc pode, por exemplo, obter cpias de declaraes, efetuar retificaes de Darf, utilizar o Siscomex e conferir a sua situao fiscal ou de sua empresa, sem a necessidade de comparecer pessoalmente a uma unidade de atendimento ao contribuinte, alm do fechamento de cmbio.

  • - 38 - Paulo Narcizo Rodrigues

    DESPACHANTE ADUANEIRO

    O Despachante Aduaneiro como responsvel legal ir preparar toda a documentao pertinente ao processo de exportao, reservas de praas, contratao do meio de transporte, pagamento de taxas e liberao junto aos rgos intervenientes no comrcio exterior bem como assinar em nome do exportador.

    A profisso de Despachante Aduaneiro regulamentada pelo Decreto n 6.759 de 05.02.2009 (D.O.U. em 06.02.2009), no Art. 808 (Itens I,II,III,IV,V,VI e VII) e Art.809 ( Item IV), Instruo Normativa RFB n 1.209, de 7 de novembro de 2011, DOU de 8.11.2011, que estabelece requisitos e procedimentos para o exerccio das profisses de despachante aduaneiro e de ajudante de despachante aduaneiro.

    Para estar com suas atividades regulamentadas para operar em comrcio exterior o Despachante Aduaneiro e o Ajudante de Despachante Aduaneiro tem que fazer o Registro Nacional Informatizado de Despachantes Aduaneiros e Ajudantes de Despachantes Aduaneiros, normas publicadas no Dirio Oficial da Unio (DOU) a IN RFB n 1.273, de 06 de junho de 2012 e o ADE Coana n 16, de 08 de junho de 2012.

  • Dicas para Exportao - 39 -

    CLASSIFICAO FISCAL DE MERCADORIAS

    a operao de enquadramento de uma determinada mercadoria em um sistema que, no Brasil, obedece padres internacionais de um Sistema Harmonizado e o no enquadramento correto poder causar multas e devoluo dos documentos.No caso de uma exportao com a classificao fiscal errada, o importador ter que pagar o imposto de importao, pois o Certificado de Origem ser recusado pela aduana no pais de destino. Este fato poder colocar um fim nas novas exportaes ou ainda reverter os prejuizos ao exportador.

    Sistema Harmonizado de Designao e de Classificao de Mercadorias, designado por Sistema Harmonizado, em todos os pases do mundo, as mercadorias so codificadas numericamente, constitudas de seis dgitos, com vistas aos controles estatsticos e fiscalizao aduaneira, facilitar a unificao de documentos comerciais, bem como a transmisso de dados.

    NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul, a partir de 01 de Janeiro de 1995, o Brasil adotou junto a seus parceiros do Mercosul, Argentina, Paraguai e Uruguai, a NCM, constituda de oito dgitos, baseada no Sistema Harmonizado, para a aplicao da TEC-Tarifa Externa Comum, definindo o imposto de importao de mercadorias procedentes de terceiros pases, e a apurao da alquota do I.P.I.

    NALADI/SH - Nomenclatura da Associao Latino Americana de Integrao, baseada no Sistema Harmonizado, utilizada nas negociaes de mbito da ALADI, para verificar as preferncias comerciais concedidas pelos parceiros comerciais, composta de oito dgitos.

    NBM/SH - Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, baseada no Sistema Harmonizado, utilizada para apurar a alquota do IPI, composta de dez dgitos. (*)

  • - 40 - Paulo Narcizo Rodrigues

    (*) IMPORTANTE: Esta nomenclatura foi incorporada a NCM pelo decreto Nr. 2092 de 10/12/96, produzindo efeitos a partir de 01/01/1997, mas dever ser utilizada para fins estatsticos.

    NCM - NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL

    estruturA - xxi sees - 96 cAptulos

    SEO I Animais vivos e produtos do Reino Animal - Cap. 1 A 05

    SEO II Produtos do reino vegetal - Cap. 6 A 14

    SEO IIIGorduras e leos animais ou vegetais; produtos da sua dissociao; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal - Cap. 15

    SEO IVProdutos das indstrias alimentares; bebidas, lquidos alcolicos e vinagres, fumo (tabaco) e seus sucedneos manufaturados - Cap. 16 A 24

    SEO V Produtos Minerais - Cap. 25 A 27

    SEO VI Produtos das indstrias Qumicas ou das inds. conexas - Cap. 28 a 38

    S E O VII Plsticos e suas obras; borracha e suas obras - Cap. 39 A 40

    S E O VIIIPeles, couros, peleteria e obras destas matrias; artigos de correeiro ou seleiro; artigos de viagem bolsas e artefatos semelhantes; obras de tripa- Cap. 41 A 43

    SEO IXMadeira, Carvo vegetal e obras de madeira; cortia e suas obras; de espartaria ou cestaria. - Cap. 44 A 46

    SEO XPastas de madeira ou de outras matrias fibrosas celulsicas; desperd- cios e aparas de papel ou de carto; papel e suas obras - Cap. 47 A 49

    SEO XI Matrias txteis e suas obras - Cap. 50 A 63

    SEO XIICalados, chapus e artefatos de uso semelhante, guarda- chuvas, guarda-sis, Bengalas, Chicotes, e suas partes; penas preparadas e suas obras; flores artificiais, obras de cabelo - Cap. 64 A 67

    SEO XIIIObras de pedra, gesso, cimento amianto, mica ou de matrias seme- lhantes; produtos cermicos; vidros e suas obras - Cap. 68 A 70

  • Dicas para Exportao - 41 -

    SEO XIVProlas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, suas obras; bijuterias; moedas - Cap. 71

    SEO XV Metais comuns e suas obras - Cap. 72 A 83 - Exclui-se cap. 77

    SEO XVIMquinas e aparelhos, material eltrico, suas partes; aparelhos de grava- o ou de reproduo de som, aparelhos de gravao ou de reproduo de imagem e de som em televiso, e suas partes e acessrios - Cap. 84 E 85

    SEO XVII Material de transporte - Cap. 86 A 89

    SEO VIIIInstrumentos e aparelhos de tica, fotografia ou cinematografia, medi- da, controle ou de preciso; Instrumentos e aparelhos mdico-cirgicos; aparelhos de relojoaria; instrumentos musicais, suas partes e acessrios - Cap. 90 A 92

    SEO XIX Armas e munies; suas partes e acessrios - Cap. 93

    SEO XX Mercadorias e produtos diversos - Cap. 94 A 96

    SEO XXI Objetos de arte, de coleo e antigidades - Cap. 97

    CAP. 77 e 98 Reservados para utilizao futura

    SISCOMEX SISTEMA INTEGRADO DE COMRCIO

    EXTERIOR

    O SISCOMEX foi implantado em Janeiro de 1993 para as operaes de exportao. O SISCOMEX um instrumento administrativo que integra as atividades de registro e acompanhamento das operaes de comrcio exterior, mediante fluxo nico, computadorizado, de informaes permitindo o acesso, desde que habilitado ou credenciado, de importadores, exportadores, despachantes aduaneiros, transportadores, instituies financeiras, todos podem consultar o sistema para efetuar registros, o SISCOMEX comeou a operar na importao em Janeiro de 1997.

    O SISCOMEX de competncia da Secretaria da Receita Federal,

  • - 42 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Secretaria de Comrcio Exterior e Banco Central do Brasil, administrado pelo SERPRO.

    Tanto o importador como o exportador anteriormente cadastrado tem seu registro mantido para efeito de utilizao do SISCOMEX, caso no tenha o registro o mesmo se processar automaticamente quando de sua primei ra operao atravs do CGC/MF.

    os requisitos bsicos pArA operAr diretAmente dA empresA so:Microcomputador 486/DX2, 66 MHz de velocidade -16 MB memria RAM - Disco Rgido 540 MB e MODEM 14.400 BPS, monitor SVGA e possuir Sistema Operacional MS Windows 3.1 ou superior e programa de comunicao para acesso ao SERPRO.

    Dirigir-se Secretaria da Receita Federal, preencher formulrios, obter o Softweare e para instalao em seu microcomputador, senha para operar o sistema, contatar a Embratel para a concesso de acesso via RENPAC.

    Cabe esclarecer, caso o volume de importao e exportao seja pequeno, tanto o importador como o exportador poder fazer uso de terminais instalados na Secretaria da Receita Federal, bancos que operam em comrcio exterior e o prprio Despachante Aduaneiro, uma vez que operar o SISCOMEX requer conhecimentos das normas e legislao atualizados de comrcio exterior, as quais sofrem alteraes constantemente.

    SISCOMEX NA EXPORTAO

    O exportador dever estar devidamente Credenciado junto a unidade da Receita Federal em que ir operar, obtendo senha junto a Secretaria da Receita Federal para acessar o SISCOMEX diretamente, ou utilizar-se de Despachante Aduaneiro para efetuar suas operaes de exportao.

    O Registro de Exportao - RE no SISCOMEX o conjunto de informaes

  • Dicas para Exportao - 43 -

    de natureza comercial, fiscal e cambial que define o seu enquadramento de uma mercadoria, sendo o mesmo obrigatrio, exceto para alguns casos previstos na legislao.

    Registro de Venda - RV, dever ser efetuado no SISCOMEX previamente solicitao do RE, para os produtos que tenham sido negociados atravs de bolsas internacionais.

    Registro de Operaes de Crdito - RC, realizado nas exportaes onde existe financiamento com prazos de pagamento superior a 180 dias, o qual ter sua validao pelos rgos anuentes que poder ser o Banco do Brasil, para exportaes via PROEX, ou pelo DECEX. O RC dever ser solicitado antes do RE.

    Solicitao de Despacho - SD, solicitado junto a fiscalizao, quando a mercadoria encontra-se pronta para o desembarao de exportao, sendo acessado pelo SISCOMEX com base nas informaes acima mencionadas RE/ RV.

    Aps os procedimentos do SD, a critrio da Secretaria da Receita Federal, atravs da parametrizao, onde ser designada a forma de conferncia da mercadoria a ser exportada, que poder ser fsica e documental (Canal Ver- melho), somente documental (Canal Laranja), liberao automtica de embarque (Canal Verde) ou verificao do preo praticado (Canal Cinza). A concluso positiva do SD resulta na emisso do comprovante de Exportao (CE), o qual comprova o efetivo embarque da mercadoria para o exterior.

    INCOTERMS

    Os INCOTERMS - International Commercial Terms - Termos Internacionais de Comrcio foram criados h mais de meio sculo para definir, com preciso, os direitos e obrigaes tanto do comprador quanto do vendedor nos contratos

    comerciais internacionais e facilitar as negociaes entre pases.

  • - 44 - Paulo Narcizo Rodrigues

    A Cmara de Comrcio Internacional - CCI, apresentou uma nova verso em 2010 dos INCOTERMS, definindo 11 termos, representados por meio de siglas, so regras internacionais uniformes e imparciais que constituem toda a baseada negociao internacional.

    Para uma boa compreenso dos INCOTERMS necessrio distinguir clara- mente o que so Vendas na chegada. As vendas na partida deixam os riscos do transporte principal a cargo do comprador (todos os dos grupos E, F e C). As vendas na chegada deixam os riscos a cargo do vendedor (grupo D), constituindo-se exceo o termo DAF, j que o vendedor e o comprador assumem riscos da seguinte forma: o vendedor at a fronteira fixada no contrato e comprador a partir dela.

    INCOTERMSGrupo

    E (Partida) EXW

    EX Works - A partir do local de produo (...local designado:1 fabrica, armazm etc.)

    Grupo F

    (Transporte principal

    nopago)

    FCA FAS FOB

    Free Carrier - Transportador livre (...local designado)Free Alongside Ship - Livre junto ao costado do navio. (.. porto de embarque designado)Free on Board - Livre a bordo (...porto de embarque designado)

    Grupo C

    (Transporte principal

    nopago)

    CFR CIF CPT CIP

    Cost and Freight - Custo e frete (...porto de destino designado)Cost, insurance and Freight - Custo, seguro e frete. (...porto de destino designado)Carriage Paid to... - Transporte pago at..(local de destino cup designado...)Carriage and Insurance Paid to - Transporte e seguros pagos at...(...local de destino designado)

    Grupo D

    (Chegada)

    D AT D A P DDP

    Delivered At Terminal - Entregue no Terminal (...local de destino designado)Delivered At Place - Entregue no Lugar (...local de destino designado)Delivered Duty Paid - Entregue, Direitos Pagos (local de destino designado)

  • Dicas para Exportao - 45 -

    www.caribbeanexpress.com.br

    A mercadoria colocada disposio do comprador no estabelecimento do vendedor, ou em outro localnomeado (fbrica, armazm, etc.), no desembaraada para exportao e no carregada em qualquerveculo coletor;

    Este termo representa obrigao mnima para o vendedor;

    O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento dovendedor;

    Desde que o Contrato de Compra e Venda contenha clusula explcita a respeito, os riscos e custosenvolvidos e o carregamento da mercadoria na sada, podero ser do vendedor;

    EXW no deve ser usado se o comprador no puder se responsabilizar, direta ou indiretamente, pelasformalidades de exportao;

    Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

    R = Risco C = Custo

  • - 46 - Paulo Narcizo Rodrigues

    O vendedor completa suas obrigaes quando entrega a mercadoria, desembaraada para a exportao, aoscuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado;

    A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador responsvelpor todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer;

    O local escolhido para entrega muito importante para definir responsabilidades quanto carga e descarga damercadoria: se a entrega ocorrer nas dependncias do vendedor, este o responsvel pelo carregamento noveculo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor no seresponsabiliza pelo descarregamento de seu veculo;

    O comprador poder indicar outra pessoa, que no seja o transportador, para receber a mercadoria. Nessecaso, o vendedor encerra suas obrigaes quando a mercadoria entregue quela pessoa indicada;

    Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

    O vendedor encerra suas obrigaes no momento em que a mercadoria colocada ao lado do naviotransportador, no cais ou em embarcaes utilizadas para carregamento, no porto de embarque designado;

    A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, pagamento defrete e seguro e demais despesas;

    O vendedor responsvel pelo desembarao da mercadoria para exportao;

    Este termo pode ser utilizado somente para transporte aquavirio (martimo fluvial ou lacustre).

  • Dicas para Exportao - 47 -

    O vendedor encerra suas obrigaes quando a mercadoria est a bordo do navio no porto de embarqueindicado e a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas edanos;

    A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam acorrer por conta do comprador;

    O vendedor o responsvel pelo desembarao da mercadoria para exportao;

    Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquavirio (martimo, fluvial ou lacustre).

    O vendedor o responsvel pelo pagamento dos custos necessrios para colocar a mercadoria a bordodo navio;

    O vendedor responsvel pelo pagamento do frete at o porto de destino designado;

    O vendedor responsvel pelo desembarao da exportao;

    Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais so transferidosdo vendedor para o comprador no momento em h que a mercadoria cruze a murada do navio;

    Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria;

    Clusula utilizvel exclusivamente no transporte aquavirio: (martimo, fluvial ou lacustre).

  • - 48 - Paulo Narcizo Rodrigues

    A responsabilidade sobre a mercadoria transferida do vendedor para o comprador quando a mercadoria est a bordo do navio no porto de embarque;

    O vendedor o responsvel pelo pagamento dos custos e do frete necessrios para levar a mercadoria at o porto de destino indicado;

    O comprador dever receber a mercadoria no porto de destino e da para a frente se responsabilizar por todas as despesas;

    O vendedor responsvel pelo desembarao das mercadorias para exportao;

    O vendedor dever contratar e pagar o prmio de seguro do transporte principal;

    O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mnima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;

    Os riscos a partir da entrega (transposio da amurada do navio) so do comprador;

    Clusula utilizvel exclusivamente no transporte aquavirio (martimo, fluvial ou lacustre).

    O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado;

    A partir do momento em que as mercadorias so entregues custdia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possveis custos adicionais que possam incorrer;

    O vendedor o responsvel pelo desembarao das mercadorias para exportao;

    Clusula utilizada em qualquer modalidade de transporte

    R = Risco C = Custo

  • Dicas para Exportao - 49 -

    Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor so as mesmas descritas no CPT, acrescidas da contratao e pagamento do seguro at o destino;

    A partir do momento em que as mercadorias so entregues custdia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possveis custos adicionais que possam incorrer;

    O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mnima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;

    Clusula utilizada em qualquer modalidade de transporte.

    A Responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria disposio do comprador, nodesembaraada para importao, no terminal de destino designado;

    A partir do momento em que o vendedor descarregar a mercadoria no terminal de carga, a suaresponsabilidade sobre a mesma se cessa, bem como o risco sobre o transporte, que passa a ser docomprador.

    So responsabilidades do importador no pas de destino: Manuseio, Armazenagem, Burocraciasalfandegrias, Direitos na importao, Transporte dentro do pas de destino, Seguro no pas de destino,Descarga da mercadoria

    Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

    DAT - Delivered At Terminal (...port of destination)

    Entregue no cais (......porto de destino designado)

  • - 50 - Paulo Narcizo Rodrigues

    O vendedor dever desembaraar a mercadoria para exportao no seu pas, fazer o transporte internacional elevar a mercadoria at o local combinado, fora de um terminal, mesmo que dentro de um navio.

    O desembarao de importao no local de destino, bem como a descarga da mercadoria, ficam a cargo docomprador.

    O risco do transporte no DAP fica a cargo do vendedor at chegar no local estipulado. No instante que amercadoria sai do veculo transportador, o risco passa a ser do comprador.

    O termo DAP pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte, desde terrestre e areo at martimo,fluvial ou lacustre.

    DAP Delivered at Place (...named place of destination)

    Entregue a partir do navio (...porto de destino designado)

    O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraada para importao no local de destino designado;

    o INCOTERM que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado;

    No deve ser utilizado quando o vendedor no est apto a obter, direta ou indiretamente, os documentos necessrios importao da mercadoria;

    Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de transporte, deve-se observar que necessria a utilizao dos termos DES ou DEQ nos casos em que a entrega feita no porto de destino (a bordo do navio ou no cais).

    Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

  • Dicas para Exportao - 51 -

    DRAWBACK

    Trata-se de um incentivo exportao, que consiste em suspender, isentar ou restituir os impostos que incidem nas importaes de mercadorias, que sero utilizadas na fabricao de produtos a exportar ou exportados.

    existem quAtro modAlidAdes de drAwbAck :

    Suspenso - Iseno - Restituio

    Drawback Suspenso, solicitada anteriormente importao ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior - MDIC, que emite Ato Concessrio para tal finalidade, a modalidade onde o importador assume o compromisso de exportar o produto final que conter a importao na qual foram suspensos os tributos, tendo como prazo um ano, podendo atingir at cinco anos a pedido do exportador, para comprovar a exportao.

    Drawback Iseno, quando da importao realizada normalmente com pagamentos dos tributos, e os produtos importados foram utilizados para produzir um bem que fora exportado, poder realizar outra im portao com iseno, comprovando-se a exportao, sistema muito utilizado para reposio de estoques, tem como prazo para comprovar a exportao at dois anos. Esta modalidade tambm est a cargo do Banco do Brasil S/A.

    Drawback Restituio, permite ao exportador solicitar a restituio dos impostos federais pagos em uma importao, cujo produto final fora exportado, com prazo de at 90 dias aps a exportao da mercadoria, junto Receita Federal na localidade do exportador.

  • - 52 - Paulo Narcizo Rodrigues

    DRAWBACK VERDE AMARELO

    T rata-se de mais um incentivo aos exportadores, visando aquisio de matrias-primas, produtos intermedirios e materiais de embalagem, no mercado interno que sero empregadas no processo produtivo de produto a ser exportado, tendo prazo

    previsto de um ano, prorrogvel por mais um ano, aps a aquisio para efetivao da exportao de fato.

    O regime, institudo em outubro de 2008, contribui para a reduo dos custos de produo e para o incremento da competitividade dos produtos brasileiros em mercados estrangeiros, pois permitir que os insumos adquiridos no mercado interno e empregados na produo de bens exportveis desfrutem do mesmo tratamento tributrio j concedido aos insumos importados, hoje beneficiados com o regime do Drawback Importao.

    Para obter o nmero do Ato Concessrio o interessado, exportador, ter que elaborar um plano de compra, tanto de importao quanto de mercado interno das mercadorias que sero agregadas a um produto final para exportao, sendo este tambm parte integrante do plano para obter o Ato.

    At a primeira quinzena de dezembro era considerada obrigatria a importao estar vinculada na modalidade, no entanto com advento da Medida Provisria N 451, em dezembro, ficou opcional o plano de importao estar vinculado ao Drawback verde-amarelo.

    medidA provisriA n 451, de 15 de dezembro de 2008Art. 17. A aquisio no mercado interno, ou a importao, de mercadoria para emprego ou consumo na industrializao ou elaborao de produto a ser exportado, poder ser realizada com suspenso do IPI, da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, da Contribuio para o PIS/PASEP- Importao e da COFINS-Importao.

  • Dicas para Exportao - 53 -

    3 O disposto no caput aplica-se s aquisies no mercado interno de forma combinada, ou no, com as importaes.

    Na Importao dever informar:

    NCM;Descrio da NCM; Descrio complementar;

    Unidade Estatstica; Quantidade;Valor da mercadoria local de embarque US$;Frete estimado; Seguro estimado; Comisso de agente; Valor subprodutos ouresduos estimado.

    Na compra de Mercado Interno:

    NCM;

    Descrio da NCM;

    Descrio complementar;

    Unidade Estatstica; Valor US$; Quantidade.

    Na Exportao:

    NCM;Descrio da NCM; Descrio complementar;

    Unidade

    Estatstica;

    Quantidade;Valor local de embarque com cobertura US$;Comisso de agente; Valor sem coberturacambial.

    Os dados acima so de extrema importncia visando preencher as planilhas do Drawback verde-amarelo.

    As mercadorias remetidas ao estabelecimento autorizado a operar o regime sairo do estabelecimento do fornecedor nacional com suspenso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuio para o PIS/Pa sep e da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), devendo constar do documento de sada, a descrio da mercadoria, cdigo da NCM, quantidade na unidade de medida estatstica.

  • - 54 - Paulo Narcizo Rodrigues

    NOTA FISCAL DE VENDA NO MERCADO INTERNO MENCIONAR

    Instruo Normativa n 845 de 12-05-2008 / RFB - Receita Federal do Brasil (D.O.U. 13-05-2008) , e a expresso:

    Sada com suspenso do IPI, da Contribuio para o PIS/Pasep e da Co- fins, para estabelecimento habilitado ao Regime Aduaneiro Espe- cial de Drawback verde-amarelo;

    Ato Concessrio Drawback N emisso do Ato Concessrio);

    ,de xx/xx/xxxx. (data de

    Valor do produto em Reais; Cdigo CFOP correspondente.

    Obs.: O comprador, exportador, detentor do Ato Concessrio informar ao seu fornecedor o nmero do Ato Concessrio, para ser anotado na Nota Fiscal de venda de mercado interno.

    Legislao:

    Instruo Normativa RFB N 845, de 12 de maio de 2008 - D.OU. 13.05.2008.

    PORTARIA SECEX N 21 de 24 de Outubro de 2008 D.O.U. 25.09.2008.

    MEDIDA PROVISRIA N 451 de 15 de Dezembro de 2008.- DOU de 16.12.2008.

    vedado utilizao, transferncia de outros ATOS CONCESSRIOS, concedidos a qualquer tempo para o Verde-Amarelo.

  • Dicas para Exportao - 55 -

    COMO SER UM PROFISSIONAL DE COMRCIO EXTERIOR

    O profissional de Comrcio Exterior tem suas peculiaridades e seu perfil que poder ter uma ascendncia muito rpida ou demorar um bom tempo para conseguir se estabelecer como tal.Ir depender basicamente da formao e vocao para negcios, pois nada mais do que atuar como vendedor e comprador e em muitas vezes para terceiros, atendendo s necessidades do momento, tendo em vista escassez de mercado ou oportunidade comercial e financeira com o aumento ou queda do dlar em relao ao Real.

    Este tipo de profissional tem que atuar com parceiros dos mais diversos, seja interno ou internacional, ter noes de comrcio exterior, tanto da legislao vigente quanto da parte documental. O conhecimento de outros idiomas de extrema importncia, principalmente o ingls que a lngua universal em comrcio exterior, o conhecimento do espanhol muito bem vindo.

    Os formandos em administrao, economia, comrcio exterior entre outras, tm que obrigatoriamente ter noo de importao e exportao, pois a qualquer momento poder estar de frente com uma operao de comrcio exterior, da qual poder surgir uma grande oportunidade de trabalho ou mesmo ascendncia dentro da empresa que atua.

    sabido que entre a teoria e a prtica existe uma distncia muito grande, por vezes, em comrcio exterior, a prtica aliada ao conhecimento mais importante que a formao propriamente dita, no entanto quando se rene os trs elementos, formao superior, conhecimento e prtica dificilmente este encontrar dificuldade de colocao no mercado de trabalho, mesmo que de incio no seja diretamente ligado importao ou exportao.

    Abaixo algumas das atividades e colocao do profissional para atuar com o comrcio exterior:

  • - 56 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Departamento de exportao ou importao de uma empresa;

    Compras e suprimentos / vendas;

    Agente;

    Trader;

    Consultor;

    Professor de Comex;

    Despachante Aduaneiro, autnomo, Comissria de despachos;

    Ajudante de despachante aduaneiro;

    Vendedor de servios: fretes - Internacional/Nacional;

    Terceirizao de servios;

    Oportunidade aliada ao conhecimento, rea especfica;

    Comercial Exportadora e Importadora;

    Comissria de despachos.

    Dentre os requisitos necessrios destaco os principais:

    Noo da legislao de comrcio exterior, documentao e ope-racionalidade;

    Fluncia em ingls e espanhol;

    Ser usurio de computador (Windows, Internet, Excel);

    Estar atualizado com a economia internacional;

    Conhecimento de marketing;

    Conhecimento das estatsticas de importao e exportao tanto interna quanto externa.

    O conhecimento de informtica uma ferramenta que auxilia sobremaneira o profissional de comrcio exterior, pois a agilidade faz

  • Dicas para Exportao - 57 -

    com que os negcios aconteam muito rapidamente se o profissional estiver no caminho certo. Desde 1993 e 1997 as exportaes e importaes respectivamente so elaboradas por via eletrnica atravs do Sistema de Comrcio Exterior - SISCOMEX e em breve outros controles estaro entrando em operao para garantir a boa ordem e evitar sonegao e evaso de divisas.

    Em janeiro de 2007, toda empresa que importa e exporta, atravs de seu responsvel legal ter que obrigatoriamente possuir o certificado digital e-CPF para realizar todas as transaes relativas ao Sistema Integrado de Comrcio Exterior Siscomex, atravs da Internet.

    Atuar com o comrcio exterior uma profisso como outra qualquer e s ir conseguir conquistar uma posio privilegiada aquele que se destacar e propagar seu trabalho, que pode se dar pelo conhecimento, disposio e muita persistncia, o comrcio internacional aumenta a todo dia seja com novas empresas ou com empresas em novos mercados exportando e importando e que certamente precisar a cada vez mais desta mo de obra especializada. E recomendado a todo e qualquer profissional que atue na parte operacional, financeira, contbil, compras, vendas, etc., o conhecimento bsico sobre comrcio exterior.

    Depto. Exportao - Depto.Importao de uma empresa - Compras e suprimentos / vendas

    Dentre as atividades da empresa, a qualquer momento poder surgir oportunidade de exportar ou a necessidade de importar matria prima ou mesmo mquinas e equipamentos para melhorar a qualidade e competitividade da empresa. Neste momento a direo ter que encontrar algum com conhecimentos para gerir esta atividade e certamente ir procurar estas qualidades em seu quadro, da por surgir um departamento de importao ou exportao.

    Agente

    Nesta atividade, todo aquele que reunir conhecimentos sobre comrcio exterior poder estar atuando como agente, seja atendendo ao um pedido de uma empresa para buscar produtos ou mesmo colocar em

  • - 58 - Paulo Narcizo Rodrigues

    outros mercados, ligando as pontas entre importador/exportador e vice versa, pelo que ser remunerado de acordo com as tratativas entre as partes.

    Trader

    O Trader, diferentemente da figura do agente, mas com muitas atividades em comum procura identificar as oportunidades para intermediar negcios na esfera internacional, planejando todo o processo desde o primeiro contato, analisando custos e legislao pertinente, seja na importao ou na exportao, preparando toda logstica para viabilizar as transaes.

    O Trader est sempre participando de eventos nacionais e internacionais levando e buscando os produtos para seus clientes, participando diretamente das negociaes em nome do seu representado agindo com se tal fosse. Muitos Traders procuram se especializar em um determinado segmento, confeces, mveis, carne, entre tantos outros, de acordo com o conhecimento do mesmo do produto em questo.

    Consultor

    Atuar como consultor de comrcio exterior requer conhecimento amplo dos mais diversos segmentos, pois tero que preparar dados estatsticos, relatrios de comportamento do produto a nvel internacional, comportamento da concorrncia no mercado interno e externo, levar sugestes de como a empresa poder estar exportando ou importando. imprescindvel nesta condio, assim como nas demais o conhecimento da legislao pertinente ao comrcio exterior bem como sua atualizao constante.

    Professor de Comex

    Existe uma carncia nesta rea de atuao, principalmente fora dos grandes centros, aquele que se prope em ser professor de comrcio exterior deve ter amplo conhecimento dedicando-se a uma atividade especfica ou num todo. Poder desenvolver aulas como por exemplo:

  • Dicas para Exportao - 59 -

    - Prticas cambiais;

    - Incoterms Termos de Comrcio Internacional;

    - Legislao aduaneira;

    - Teoria do comrcio exterior;

    - Relaes internacionais;

    - Logstica Internacional

    despAchAnte AduAneiro;Ajudante de despachante aduaneiro;Os Despachantes Aduaneiros preparam e assinam os documentos que servem de base ao despacho aduaneiro, na importao e exportao, verificando o enquadramento tarifrio da mercadoria respectiva e providenciando o pagamento dos impostos de importao e sobre produtos industrializados (atualmente mediante dbito automtico), bem como o do imposto sobre circulao de mercadorias, do frete martimo, rodovirio e ferrovirio, da demurrage, da taxa de armazenagem e de capatazias, do adicional ao frete para renovao da Marinha Mercante, etc.. Atuam perante vrios rgos pblicos vinculados aos Ministrios do Governo (da Sade, da Agricultura, da Indstria e do Comrcio, da Fazenda, e de outros), finalizando a obteno de documentos ou informaes via Siscomex necessrios ao procedimento fiscal aqui referido (licenas de importao, registros de exportao, certificados de origem e de tipo, certificados fitossanitrios, fechamentos de cmbio, entre outros).

    O procedimento fiscal de despacho aduaneiro envolve uma srie de conhecimentos de natureza tcnica, tais como o pleno domnio da Tarifa Externa Comum (TEC) e suas Regras, das negociaes tarifrias firmadas pelo Brasil, notadamente as que dizem respeito ALADI, ao MERCOSUL e ao GATT (OMC), dos vrios regimes isencionais e suspensivos de tributao, na rea da importao e exportao (drawback, etc.), das normas que regem o Licenciamento e tantas outras. Trata-se, assim, de uma atividade que exige conhecimentos

  • - 60 - Paulo Narcizo Rodrigues

    no s na rea aduaneira, mas igualmente na do direito tributrio, administrativo, comercial, martimo, etc.

    Para se tornar um despachante aduaneiro o interessado ter que trabalhar, vinculado a um despachante aduaneiro, por dois anos como ajudante de despachante aduaneiro.

    Para se tornar Despachante Aduaneiro e poder atuar no mercado como prestador de servios aduaneiros, o Ajudante de Despachante Aduaneiro dever prestar o exame de qualificao tcnica eobter pontuao igual ou superior a 70% do total de pontos das duas provas que sero aplicadas. A escolaridade mnima exigida do ensino mdio concludo.

    O exame realizado pela Escola de Administrao Fazendria Esaf rgo integrante da estrutura do Ministrio da Fazenda, subordinada ao Ministro de Estado da Fazenda.

    O despachante aduaneiro poder atuar como profissional autnomo ou ter uma empresa prestadora de servios em comrcio exterior, no caso, uma comissria de despachos aduaneiros, a qual ir precisar de ajudante de despachante aduaneiro, este poder representar o despachante aduaneiro em todos os atos funcionais, sendo vedado assinar autos de infrao e termos de responsabilidades entre outros documentos da alfndega.

    Vendedor se servios Frete internacionalRegional com atuao global, uma tendncia que est dando oportunidades para aqueles que esto longe dos grandes centros e prximo das empresas locais, oferecendo um servio de cotao de fretes, martimos principalmente, pois o rodovirio ainda muito pequena a sua presena no interior, estando mais centralizados na capital, Informa aos clientes uma diversificada programao de sadas dos principais portos brasileiros para o destino final pretendido que poder ser um NVOCC ou representante comum do mesmo.NVOCC a sigla em ingls de Non Vessel Operating Common Carrier, que podemos traduzir como uma transportadora no proprietria de navios para operao compartilhada.

  • Dicas para Exportao - 61 -

    NVOCC operar, ele precisa ter um correspondente no porto de destino, que faz o desmembramento do embarque, descarrega o container e o devolve ao armador, alm de outros trabalhos relativos aos controles aduaneiros demandados.

    No caso de um representante comum, pessoa fsica ou jurdica que providncia as cotaes de frete, informando tambm as previses de sadas e chegadas de navios para o transporte martimo de carga, mediante remunerao, normalmente um percentual sobre o valor de frete pago.

    Terceirizao de servios

    Existem muitas empresas, seja de grande ou pequeno porte, que terceirizam as atividades de importao e exportao, preferem delegar esta tarefa a ter que contratar e/ou se envolver-se diretamente nas operaes, desta forma pode ser uma oportunidade ao prestador de servios visando oferecer toda informao necessria ao interessado.

    Oportunidade aliada ao conhecimento, rea especfica

    grande o nmero de empresas que buscam investimentos e outros interesses no Brasil e sempre procuram por uma mo de obra especializada em determinado segmento. As oportunidades podem estar ligadas simplesmente com ser um contratado para prestar servios dentro da rea de atuao especfica onde rene conhecimentos necessrios e o domnio da lngua do pas, este poder ser contratado como colaborador, prestador de servios ou at mesmo receber um convite para uma sociedade de interesse de ambas as partes.

    No caso de ser uma empresa, j constituda e com atuao em determinada rea, esta poder receber um convite de parceria, Joint-Ventures, cuja definio do termo em portugus , fuso e/ou associao de capitais, participao acionria, transao ou operao conjunta, com aporte de capital ou no, neste caso poderia ser de bens ou conhecimentos tecnolgicos.

  • - 62 - Paulo Narcizo Rodrigues

    Comercial Exportadora e Importadora

    Trata-se de uma empresa como outra qualquer na prestao de servios, tendo com atividade fim comprar e vender ou mesmo atuar com intermedirio em operaes de comrcio exterior. Uma empresa que necessite importar determinado produto ou exportar e no rena as condies necessrias para tanto poder fazer uso de uma comercial exportadora para receber ou mandar suas mercadorias.

    Atualmente empresas com esta denominao e atuao tm aumentado visando atender s necessidades e aproveitar-se da deficincia de outras, pois para poder atuar com importao e exportao a empresa ter que obter a Habilitao/Radar, junto Receita Federal da jurisdio da matriz e em muitos casos encontra-se impedida devido a dbitos federais e/ou processos administrativos, logo se aparece uma operao, seja de importao ou exportao, faz uso de uma comercial exportadora.

    TRADING COMPANY & COMERCIAL EXPORTADORA COMUM

    Como j mencionado acima, uma empresa comercial exportadora comum uma empresa como outra qualquer, j a Trading Company uma empresa comercial exportadora, constituda de acordo com as especificaes elencadas no Decreto-lei n. 1.248, de 29 de novembro de 1972.

    A Trading Company deve ser constituda sob a forma de sociedade por aes, as quais devem ser nominativas e com direito a voto e possuir um capital mnimo equivalente a 703.380 UFIRs. Possuir o Certificado de Registro Especial, concedido pelo DECEX, em conjunto com a Secretaria da Receita Federal.

    Basicamente a diferena entre uma e outra estar na prpria razo social, a comercial exportadora comum ser sempre uma Ltda., e a Trading Company ser sempre uma S/A, a venda de mercadorias para uma Ltda., ambos ficam solidrios no recolhimento de impostos at

  • Dicas para Exportao - 63 -

    que se efetive de fato a exportao obtendo a iseno, j a venda para uma Trading Company os impostos so automaticamente isentos.

    Comissria de despachos aduaneiros

    Empresa que atua nos processos de importao e exportao, o