dicas definitivas

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DICAS PARA INSTRUMENTOS DE ARCO CUIDADOS JUL By Francisco Silva 1.1 – Aumentar vida útil do encordoamento. Fato: Quando as cordas passam pela pestana e pelo cavalete, há um atrito que faz com que as cordas raspem nessas áreas, podendo vir a desfiar a camada de revestimento das cordas, fazendo com que elas estourem facilmente, tendo como impacto a redução da vida útil das cordas. Esse processo ocorre durante a afinação, ou o ajuste do posicionamento do cavalete, que possa vir estar empenado. Solução: Antes de se colocar as cordas no instrumento, pegar um lápis ou lapiseira, e passar grafite por todas as canaletas da pestana, por onde a corda irá passar. Fazer o mesmo no cavalete, abaixo de onde as cordas irão passar. 2.1 – Melhorar visual de espelho de ébano de baixa qualidade Fato: Alguns espelhos, mesmo sendo de ébano, não possuem um visual impecável. Nota-se claramente veios claros em sua superfície, não tendo o visual negro impecável de ébanos de alta qualidade. Para quem se incomoda com isso, há uma camuflagem. Solução: Lixar levemente toda a superfície do espelho com lixa n°240 para retirar todo o polimento, e depois, com lixa n°400 para dar acabamento. Depois, embeber um cotonete ou embolo de algodão com tinta Nankin preta, e passar uma fina camada por toda a superfície. Esperar secar por 20 minutos, e repetir a operação por mais duas vezes. Na terceira camada, que deverá ser a última, deixar secar por pelo menos 1 hora. Depois, pegar uma flanela limpa e seca, aplicar cera de polimento automotiva, e esfregar bem toda a superfície, a fim de remover o excesso da tinta, e suavizar a textura. Faça-o por duas ou três vezes. Depois, dê lustro com a outra ponta da flanela, que estiver seca, Esfregar bem, até notar que o espelho não está mais

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Conservação Instrumentos de Cordas

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Dicaspara Instrumentos de Arco CuidadosJULBy Francisco Silva

1.1 Aumentar vida til do encordoamento.Fato:Quando as cordas passam pela pestana e pelo cavalete, h um atrito que faz com que as cordas raspem nessas reas, podendo vir a desfiar a camada de revestimento das cordas, fazendo com que elas estourem facilmente, tendo como impacto a reduo da vida til das cordas. Esse processo ocorre durante a afinao, ou o ajuste do posicionamento do cavalete, que possa vir estar empenado.Soluo:Antes de se colocar as cordas no instrumento, pegar um lpis ou lapiseira, e passar grafite por todas as canaletas da pestana, por onde a corda ir passar. Fazer o mesmo no cavalete, abaixo de onde as cordas iro passar.

2.1 Melhorar visual de espelho de bano de baixa qualidadeFato:Alguns espelhos, mesmo sendo de bano, no possuem um visual impecvel. Nota-se claramente veios claros em sua superfcie, no tendo o visual negro impecvel de banos de alta qualidade. Para quem se incomoda com isso, h uma camuflagem.Soluo:Lixar levemente toda a superfcie do espelho com lixa n240 para retirar todo o polimento, e depois, com lixa n400 para dar acabamento. Depois, embeber um cotonete ou embolo de algodo com tinta Nankin preta, e passar uma fina camada por toda a superfcie. Esperar secar por 20 minutos, e repetir a operao por mais duas vezes.Na terceira camada, que dever ser a ltima, deixar secar por pelo menos 1 hora. Depois, pegar uma flanela limpa e seca, aplicar cera de polimento automotiva, e esfregar bem toda a superfcie, a fim de remover o excesso da tinta, e suavizar a textura. Faa-o por duas ou trs vezes. Depois, d lustro com a outra ponta da flanela, que estiver seca, Esfregar bem, at notar que o espelho no est mais soltando tinta preta. *Use graxa preta de sapato no lugar do nanquim. mais rpido, mais limpo e o resultado levemente melhor3.1 Identificar madeira rajada naturalmente da pintada.Fato:As madeiras rajadas so vistosas e bonitas num instrumento de cordas. Mas ultimamente muitos esto sendo enganados com falsos rajados nos instrumentos, sobre tudo nos violinos, violas e guitarras. Esses rajados podem ser feitos de trs maneiras distintas: Simples pintura mo, pintura a laser por computador, ou trabalho manual com lixa e raspilhas (esse ltimo, o mais caprichado e, se bem feito, o que mais impressiona primeira vista). Mas, independentemente de que maneira foi feito, possvel identificar o verdadeiro do falso. Soluo:A primeira dica observar o preo. Madeiras ou instrumentos com preo muito abaixo da mdia. A possibilidade de se tratar de uma pechincha muito remota. Mas como nada impossvel Fixar um ponto de observao. Mexer o instrumento ou pedao de madeira por vrias direes e ngulos. Se as faixas rajadas derem a impresso 3D de estarem se movendo de lugar, ou aparecendo e desaparecendo, a madeira rajada. Se mesmo com os movimentos, as faixas rajadas ficarem fixas no lugar, pintura. Outra maneira, no caso de instrumentos prontos, olhar para dentro dos furos f. Se o rajado interno for semelhante ao de fora, sinal de que a madeira rajada. Porm, o primeiro sistema de verificao mais preciso..4.1 Identificar filetamento genuno do pintadoFato:No h limites para as fraudes em instrumentos. Os fabricantes utilizam de muitos artifcios para baratear o custo de um instrumento. Mas para isso, realizam uma srie de amputaes nos detalhes, nas melhores qualidades dos instrumentos.E o filetamento uma delas. Muitos instrumentos, em geral os mais baratos, fazem pintura que contornam todo o tampo do instrumento. De longe, no perceptvel, mas de perto, nota-se que h alguma coisa errada, visualmente falando. E mesmo alguns sendo muito bem-feitos, no impossvel de identificar vista se trata-se de uma fraude ou no.Soluo:Observar diretamente no filete. Geralmente, os riscos pretos (que so de bano nos filetes) so mais finos, no chegando a 1mm, e o espao entre os filetes paralelos, no devem ultrapassar 1mm, nos de violinos e violas. Outro fator, que a madeira que fica entre as duas linhas de bano, deve ter caractersticas independentes, ou seja, no deve coincidir com o desenho natural dos tampos.De incio, pode ser um pouco difcil identificar as diferenas, mas depois de algumas comparaes, fica fcil. Para identificar se o filete foi colocado mo ou com mquina, basta olhar o grau de perfeio das simetrias. Quanto mais perfeito, maior o ndice de que foi posto mquina.

5.1 Lavar a crina do arcoFato:Chega um momento, em que se sente a crina est grossa ao passar pelas cordas, ou que o agarre dela est estranho, como se estivesse agarrando muito, e saindo pouco som. Isso indica que h excesso de breu na crina. Isso se deve a trs fatores: Obviamente, passar breu em excesso (no necessrio passar breu na crina todos os dias), quando j est se passando breu h muito tempo (mais de um ano) e quando se usa mais de um tipo de breu no mesmo arco.Essa combinao resulta em desempenho confuso pela mistura das propriedades individuais que cada breu possui. Em algumas combinaes (desconhecidas), pode ser que se tenha muita sorte, e faa uma mistura excepcional.Mas na grande maioria das misturas, o resultado apenas um: comprometimento de desempenho. Ento, quando um desses dois fatores citados acima se torna evidente, porque est na hora de lavar a crina para se retirar o excesso de breu, ou dar um reset na crina.Soluo:Crina animalSeparar uma tigela ou pote (pode ser de margarina, mas deve estar limpo sem gordura alguma), e 1 litro de lcool etlico 99, e um pincel. Desrosquear o pino do talo e soltar a crina. Encha a tigela ou pote at a metade com lcool, e com cuidado para no deixar o lcool pegar na madeira, lavar a crina com pinceladas, mergulhando a crina em partes na tigela.Faa por toda a extenso da crina, at o lcool ficar amarelado. Troque o lcool da tigela por um limpo, e repita a operao at notar que o lcool est saindo lmpido da operao. Depois, pegar a crina pelo talo, e chacoalhar levemente para no quebrar nenhum fio, a fim de soltar todos os fios do arco. Esse processo deve ser feito antes do lcool secar na crina, e dever ajudar a secar sem que os fios fiquem grudados uns nos outros.Crina SintticaDesroquear o parafuso da vareta e lava com detergente neutro e gua, retirando o breu e o pretume, tomando cuidado para no cair gua na vareta. Deixe secar na sombra. Cuidado para o arco no cair no cho e nem embarraar os fios da crina.Depois, pegar a crina pelo talo, e chacoalhar levemente para no quebrar nenhum fio, a fim de soltar todos os fios do arco.Esse procedimento[b] dever ajudar a secar sem que os fios fiquem grudados uns nos outros.

6.1 Passar breu corretamente no arcoFato:Essa parece ser uma tarefa simples, mas tambm tem seus macetes para melhorar seu desempenho.Quando se passa breu no arco, tem-se uma tendncia a passar mais no talo e na ponta do arco. O resultado, que dificilmente se usa os dois primeiros centmetros do talo, ento, o breu fica mais acumulado, e com tempo (no muito na verdade) ele derrete e gruda de forma irregular na crina daquela regio.E consequentemente, a rea fica escura. E o restante da rea da crina, no fica com um agarre perfeitamente regular. Ento, para evitar tudo isso e aumentar o potencial de desempenho, faz-se da seguinte maneira:Soluo:Passe o breu, sem forar muito a crina no breu, em toda a extenso da crina, desde o talo at a ponta, indo e voltando sem parar e retroceder de algum ponto. Faa ida-e-volta por dez vezes. Desrosqueie o pino do talo e solte a crina do arco, e chacoalhe a crina segurando pelo talo, levemente para no quebrar nenhum fio. Rosqueie novamente, e repita a operao. Faa esse mesmo procedimento por trs vezes, sendo que, a tarefa final, chacoalhar a crina para retirar o excesso de breu e poeira.O resultado o breu espalhado uniformemente por toda a regio da crina, nos fios de dentro e os de fora. Esse procedimento faz tambm com que no precise passar breu todos os dias. Uma vez por semana o suficiente (usando um breu de qualidade).7.1 Limpeza de conservao das cordasFato:Com o passar do tempo, as cordas tm uma tendncia a oxidar devido ao cido rico que nossas mos e dedos produzem naturalmente. E tambm, pode se acumular crostas de breu nas cordas, na regio em que o arco passa para tocar.Soluo:O lcool Isoproplico muito utilizado em eletrnica e em algumas frmulas farmacuticas, por possuir ao altamente antioxidante. Ento basta limpar as cordas com uma flanela limpa, umedecida com lcool isoproplico, tomando muito cuidado para no atingir reas do verniz do instrumento ou do espelho, pois pode corroer o verniz do instrumento, ou o polimento do espelho. Essa operao pode ser feita uma vez por ms. .Observao:Esse mtodo tem como finalidade prevenir ou retardar oxidao das cordas, mas no corrige e nem recupera cordas oxidadas e enferrujadas.

8.1 Identificar verniz Sinttico do verniz de Lutheria.Fato:Os trs principais fatores de barateamento dos instrumentos de cordas so: Tcnica de construo, madeiras e verniz. Destacando no caso, o verniz, nesse tpico, os vernizes sintticos tm como principal funo abafar qualquer respirao sinfnica que um instrumento precisa ter. Totalmente o inverso dos vernizes de lutheria, que protegem o instrumento, e aderem madeira para que os poros no sejam bloqueados. E como identificar um verniz sinttico do verniz de resina natural?Soluo:Assim como a dica de identificar madeira, observe primeiramente o preo. Um verniz de lutheria no barato de se fazer. Se gasta uma mdia de R$ 600,00 s de matria prima para se fazer um litro. Portanto, instrumentos muito baratos dificilmente tm um verniz a leo ou a lcool. Para quem est acostumado, visualmente identifica os vernizes pela sua textura, aparncia e cheiro. Agora para quem no est acostumado, pegar um cotonete e umedecer em lcool. Escolha um local nada visvel e pouco perceptvel (o nico lugar para tal, no incio do verniz de qualquer uma das duas pontas do brao), e esfregue o cotonete com lcool s um pouquinho, de leve e em uma rea de menos de um milmetro.Se o verniz sair no cotonete, prova de que ele de lutheria, pois esses vernizes so finssimos e altamente solveis em lcool. Agora, se no sair nada no cotonete, o verniz sinttico, pois o lcool no forte o suficiente para diluir esse tipo de verniz. Em alguns casos, nem Thinner o suficiente para causar corroso na superfcie desses vernizes..9.1 Melhorar desempenho de cavaletes intermedirios.Fato:Cavaletes como os Aubert, Baush e Teller so cavaletes simples, porm, possuem um desempenho razovel com seu custo X benefcio, tornando-os muito procurados por msicos que no possuem muitas condies de comprar um Aubert Mirencourt Deluxe (mdia de R$ 100,00) ou outro mais caro. Mas h um jeito de melhorar seu desempenho, no muito, mas a melhora perceptvel.Soluo:O cavalete j deve ter sido devidamente adaptado ao instrumento, no precisando mais nenhum tipo de lapidao. Numa panela pequena (chaleira, ou o que tiver mo para fervura), coloque 200 ml de gua e uma colher de sopa de sal (o de cozinha, mesmo). Misture bem para o sal dissolver completamente, at obter uma mistura homognea. Ferva o cavalete nessa gua com sal por 10 ou 15 minutos.Se a gua for evaporando, cobrir novamente o cavalete. No necessrio acrescentar mais sal, pois o sal no evapora.Depois, retire o cavalete e coloque-o para secar no forno, em 280, por uns 8 minutos, com ele de p, para no empen-lo. No deixe passar disso, pois a comear o processo de carbonizao da madeira.Depois retire do forno, e deixe-o secar ao ar livre por mais 4 horas. Isso importante, pois quando voc retira o cavalete do forno, a madeira est propcia a se deformar com a temperatura. Em resumo, todo esse processo gera uma transformao qumica molecular da madeira, que mudar sua densidade, melhorando um pouco o seu desempenho.

10.1 Melhorar desempenho dos instrumentosFato:Voc comprou um Violino, Viola, Violoncelo ou Contrabaixo. Mandou num luthier, e ele j fez os ajustes bsicos, como troca ou ajuste de alma, cavalete, ajustou as cravelhas, a distncia do estandarte em relao ao cavalete, ok.O som ficou bom, mas, dependendo do caso, pode melhorar ainda uns 15% de uma s vez. Estandarte de metal, aqueles com micro afinao embutida, ou propriamente micro afinao em cavalete de madeira, seja bano, Jacarand ou Cavina, alteram relativamente a qualidade de som, e consequentemente, h uma reduo no desempenho final.Soluo:Primeira observao: Se voc j levou o instrumento no luthier, e ele trocou inclusive o kit de montagem que possa ter vindo, por um de bano ou Jacarand, e voc no usa micro afinao, a nica melhora que se possa fazer utilizar um kit de Jacarand, ao invs de um de bano.Esse um assunto delicado, pois muitos no abrem mo do bano, pois ele d certa nobreza no instrumento. Mas o progresso veio, e outros materiais de kits de montagem progrediram bastante, no sendo mais aquela madeirinha ridcula e mal pintada de antigamente.Os kits de Jacarand, sendo baianos ou no, esto com acabamento de primeira, sendo ento, no mnimo, iguais aos de bano, seno mais bonitos, dependendo da situao. Foi provado que o Jacarand leva uma mnima vantagem em cima do bano, quando se trata de conduo de vibraes. Tanto que, muitos msicos profissionais de fora do Brasil, esto colocando esses kits em seus instrumentos.Mas a diferena seria de mais ou menos uns 15%, ento, fica a critrio do msico se optar pela nobreza do bano, ou pelo desempenho do Jacarand. Agora, para aqueles que possuem um estandarte de metal, obrigatrio a troca para um de bano, Jacarand ou Cavina. E para quem consegue afinar sem micro afinao, melhor que os tirem.

10.2 Melhorar desempenho dos instrumentos 2.Fato:Um dos grandes inimigos dos instrumentos de cordas a umidade, por causa de sua forte influncia na densidade temporria da madeira, responsvel por uma variao temporria do timbre do som, pra pior.Outro fator o calor exagerado, que pode ressecar demasiadamente a madeira, afrouxar e danificar a tenso das cordas e, dependendo da temperatura, derreter a cola das junes das partes, ou ainda, deformar permanentemente a madeira dos tampos e brao.Soluo:Melhor que se mantenha o instrumento fora do estojo, se a temperatura e umidade do local de armazenamento forem estveis. O que acontece, que quando se toca com o instrumento em dias midos, ele guardado no estojo com a umidade que acumulou no dia. O estojo vai conservar essa umidade na madeira, at que o instrumento seja retirado novamente. E dependendo do tempo que o instrumento fica guardado, no difcil que se forme bolor no interior do instrumento, onde a madeira no protegida pelo verniz.Ento, o melhor mant-lo num lugar seco e arejado, onde a temperatura no varie mais do que 16 a 30, e, obviamente, lugar seguro, longe de crianas pequenas e animais domsticos. Com isso, a madeira vai pegar umidade de vez em quando? Vai, mas vai secar naturalmente. Esse processo, alm de estabilizar o desempenho do instrumento, far com que haja um amadurecimento e envelhecimento natural da madeira, sem estrag-la, tal como rvores que amadurecem por estarem expostas as mais diferentes temperaturas, e s condies climticas naturais, onde se corrigem as variantes naturalmente.O ideal um armrio fechado, com porta de vidro, onde haja circulao natural de ar, mas sem exagero, e sem estar fechado totalmente. Ou at suportes abertos em parede, onde o local no ambiente no bata sol diretamente. O estojo apenas para transportar o instrumento com segurana, e proteger o instrumento em lugares de risco.

11.1 Escolhendo um cavalete bomFato:A alma do instrumento o principal responsvel por espalhar as vibraes para todos os pontos de passagem de vibrao do instrumento. E a barra harmnica, a principal responsvel por recepcionar essas vibraes, e estabiliz-las separando frequncias graves e equilibrando os graves e agudos. E o cavalete, o principal responsvel por mandar toda a informao das cordas para a alma, tampos e barra harmnica.Ou seja, todas as partes funcionam como engrenagens. E, mecanicamente falando, o cavalete a primeira engrenagem. A primeira etapa do processo dele. Por isso ele tem um valor respeitvel em tudo isso, e merece ateno. No preciso falar que existem cavaletes bons, razoveis ruins e pssimos. Se voc vai num luthier, e compra dele, mas no sabe como escolher, ele te indica um bom.Mas e se voc compra numa loja de instrumentos, aonde aquele que vai te vender, apenas um vendedor que s sabe a marca e o preo, e a nica referncia que ele te d que costuma sair muito desses? Como escolher um bom cavalete para o instrumento?Soluo:Primeiramente, vamos separar os bons dos chineses. Anton Breton, Cremona, Palatino, etc. So todos chineses, feitos de madeira altamente ruim, e com formato levemente irregular. Cavaletes mnimos aceitveis, que so bons e so acessveis, so o Aubert , Baush e Teller. A partir deles, j entram os timos, com madeira mais selecionada, como os Aubert a Mirencourt, Tourte e Aubert Mirencourt Deluxe.Para saber um bom, h duas maneiras: Separe alguns, segure-o de leve por um dos pezinhos, e d petelecos, e observe o rudo que fizer. Quanto mais agudo o som ressoar, prximo do tic, tic, melhor o cavalete. Alterne tambm, jogando-os devagar sobre uma mesa, e tambm escute o som. A outra maneira, a mais difcil e mais confivel, observar os veios verticais dele. Quanto mais os veios seguirem retos da ponta do cavalete

12.1 Identificando crina animal e crina sintticaFato:A est um erro comum. muito falado sobre crina animal e crina sinttica. Na verdade, a crina sempre animal, pois tratam-se de fios biolgicos presentes na famlia dos Equinos. Portanto, teoricamente no existem crinas sintticas, uma vez que o termo seria simplesmente fios de nylon.A superioridade de qualidade e desempenho da crina em cima do nylon evidente, pois a crina possui micro escamas que, naturalmente, j do um pouco de atrito, e se juntar com breu, resulta numa combinao poderosa e eficiente para a finalidade, sendo que as partculas do breu ficam presas entre as escamas naturais da crina. J o nylon completamente liso, o que o torna bastante limitado para frico, e para segurar breu nos fios. H alguns tipos de crina.A classificao mais reduzida seria a crina branca e a preta. A crina preta tem maior capacidade de frico, devido s caractersticas de suas escamas, que so mais abundantes no que na branca.Porm, as crinas pretas so recomendadas apenas para instrumentos que exigem maior frico com as cordas, como o Violoncelo e o Contrabaixo. Nos violinos e Violas, o agarre tanto que chega distorcer o som, portanto, recomendado o uso de crina branca nesses dois instrumentos. Mas como diferenciar uma crina genuna de fios de nylon?Soluo:A resposta mais simples do que a explicao dada. Basta arrancar um fio do arco. Com um isqueiro ou fsforo, queime a ponta do fio.Se o cheiro que subir for caracterstico de cabelo queimado, e ela no insistir em manter uma chama acesa no fio durante o processo, crina genuna, pois essas so caractersticas de fios biolgicos. Agora, se subir cheiro de plstico queimado, e o fio insistir em manter uma chama acesa, mesmo que por um segundo, nylon sinttico.

13.1 Dica para quando o breu novo.Fato:Muitos iniciantes se queixam que passam, passam e passam breu no arco, mas mesmo assim, no sai som quando tocam. Isso acontece, porque, quando o breu novo ele vem com a superfcie totalmente lisa. O breu quando est liso, polido, no libera partculas de breu.Junte esse fato com o fato de os arcos novos virem totalmente sem breu, e o resultado que no existe superfcie spera o suficiente para corroer essa camada lisa de breu, que, praticamente, demorar semanas para comear a liberar o breu corretamente nos fios do arco.Soluo:Basta pegar uma lixa n180, ou lixa de unha mesmo, se estiver mais a mo, e lixar toda a superfcie lisa de cima (s a de cima) do breu, at o brilho sumir e se tornar opaco. Pronto. O breu est no ponto para ser usado, e no levou 30 segundos para isso.

14.1 Remover excesso de breu do tampo do instrumento.Fato:Conforme o tempo vai passando, normal que haja um pequeno acmulo de breu no tampo do instrumento, no espao entre o cavalete e o espelho. Ainda mais se um breu muito barato encontrado em depsito de construo. E isso, mesmo limpando corretamente com flanela seca logo aps tocar.Agora, se juntar o fato de que o instrumento no limpo aps tocar, e o breu barato, o resultado fulminante. Toda a regio do tampo, que tem como centro o lugar abaixo de onde se toca nas cordas, e se estende em circunferncia at depois dos furos f, e a regio do espelho, ficam impregnados de breu, o que deixa o aspecto do instrumento horrvel, sem contar que o tampo fica grudento e afeta o verniz.Acredite ou no, h quem goste disso. Mas assim como a grande maioria, se voc no f de ter farinha grudenta em todo o tampo do instrumento, ou se era f, mas perdeu o gosto por tal coisa, h uma soluo.Soluo:Se o negcio evitar que o breu se acumule, basta limpar com flanela limpa e seca todas s vezes depois de tocar. O acmulo do breu ser no mnimo uns 96% menor, e s atingir, depois de muito tempo, e bem discretamente, o espao entre o cavalete e o espelho.Agora, se voc deixou muito tempo o breu acumulado, o processo um pouco mais trabalhoso. Existem dois produtos para a remoo da camada: leo de peroba e cera automotiva a base de gua. O leo de peroba utilizado para casos que o tampo est levemente grudento com o breu. Pegue uma flanela limpa e seca, aplique duas gotas de leo no pano, e esfregue bem com o dedo indicador, sempre no sentido cima-baixo. Verifique se todo o breu foi removido olhando contra a luz.Se houver pontos opacos, sinal de que ainda h breu. Agora, se o seu caso for mais grave, e o tampo estiver totalmente tomado pelo breu, a que entra a cera automotiva. Primeiramente remova o que der com flanela seca.Depois, com o dedo, espalhe pequenos focos de cera em cima da rea afetada, e, com uma flanela limpa, esfregue com o dedo indicador, colocando um pouco de presso, mas tomando muito cuidado para no forar muito, principalmente em cima dos furos f, onde mais sensvel e pode quebrar facilmente. Esfregue at sumir todos os focos opacos que indicam breu. Finalizado a ao, d lustro com a parte seca da flanela.15.1 Desempenar cavalete levemente tortoFato:Em alguns casos, por causa de muito tempo sem tomar os devidos cuidados com o cavalete, como observar constantemente se ele est inclinado para frente ou para trs, ou at mesmo por colocao incorreta do cavalete, ele acaba ficando torto, para frente ou para trs, por causa do peso que as cordas fazem em cima dele. A o som e o desempenho prejudicado.Caso perdido? Nem sempre. Alguns casos podem ser revertidos. Mas s compensa fazer em cavaletes mais caros, aqueles que foi pago 50 reais ou mais, e empenou no primeiro ou no segundo ms, porque foi mal colocado ou no foi observado. Cavaletes baratos tambm podem ser desempenados, mas mais aconselhvel a troca.Quando aquecida adequadamente, as molculas da madeira se transformam provisoriamente com a temperatura, e deixam a madeira amolecida, e voltam em seu estado normal assim que esfriam. Portanto, pode-se fazer o que quiser com ela enquanto est naquele estado aquecido. Mas totalmente incorreto aquecer a madeira a seco, pois ela pode (e com certeza vai) queimar.Soluo:Deixe o cavalete em gua fervente por 5 minutos. Retire-o com um garfo para no se queimar, e imediatamente, com a mo e dedos, force firme e delicadamente para o lado oposto do empenamento, e observe bem se ele est reto. Fique segurando forando ele com as mos em ngulo reto por mais ou menos 1 minuto, o que j tempo o suficiente para as molculas da madeira retornarem ao seu estado normal. Pronto.Agora que o cavalete j est reto novamente, deixe secar totalmente por pelo menos um dia, ou, se preferir acelerar o processo de secagem, deixe-o em p em uma forma no forno a 250 por 10 a 15 minutos, e no toque nele at esfriar. Pronto. Voc no jogou 100 reais num Aubert Mirencourt Deluxe no lixo.

ComprarArco de Violino: O que deve ser Observado2byFrancisco Silva

Ao procurar um arco, voc precisa ter em mente que no porque um arco caro no que seja automaticamente um arco melhor.Em termos de materiais o pau brasil a melhor madeira para o arco. Outras madeiras so usadas para arcos mais simples e para arcos de estudante.A crina do arco tradicionalmente branca ou preta sendo que a crina preta mais usada para arcos de contrabaixo. Muitos substitutos foram testados, mas a crina do cavalo considerada ainda o melhor material. Quando estiver avaliando um arco certifique-se que a crina nova ou pouco usada. Com o tempo a crina estica e perde sua habilidade de reter resina. Um bom arco com crina velha como um bom violino com cordas velhas.

Redondo ou octogonalA forma do arco assunto que gera discusso exacerbada. Algumas pessoas afirmam que um bom arco deve ser redondo, outras preferem o formato octogonal. Porm, o equilbrio o arco e a qualidade da madeira que est sendo usada sero o fator decisivo na qualidade do arco.EquilbrioO equilbrio correto de um arco muito importante. O arco no dever ser muito pesado no talo e nem ser muito leve na ponta. Se for muito leve na ponta ser difcil comear um som forte na parte superior do arco, se for muito pesado no talo ser difcil controlar golpes de arco como o spicatto e mudana de corda.Dimenses ideais para o arco, que variam entre 74 e 75 cm de comprimento, com ponto de equilbrio fiel a 19 cm do talo, pesando entre 59 a 62 gramas, evitando assim, dores no punho e no brao, conhecida hoje como tendinite.Fora e flexibilidadeA fora da vareta e a flexibilidade so basicamente opostos, contudo so extremamente necessrios para que um arco seja capaz de produzir um bom som. A fora da vareta absolutamente essencial para fazer um som forte e poderoso. O arco deve ter rapidez de resposta e clareza na articulao.Para avaliar a fora, verifica-se primeiro a dificuldade para girar o parafuso ao apertar a crina. Se o talo estiver bem ajustado na vareta e o parafuso girar com extrema facilidade o arco demasiado fraco. Coloque o arco em cima de uma corda do seu instrumento e force para baixo, verifique quanta resistncia ele oferece antes de encostar a crina na vareta.Curvatura e alinhamentoA curvatura extremamente importante porque determina algumas caractersticas muito importantes. Se o arco tiver uma curvatura excessiva poder se tornar muito duro e desajeitado e se no for curvado o bastante se tornar fraco e sem clareza nas articulaes. O arco pode perder sua curvatura com o tempo se no for devidamente afrouxado na hora de guardar. A curvatura pode ser refeita e para isso necessrio um archetier que tenha experincia, pois esse um procedimento delicado.OrnamentaoFabricantes de arcos individualizam seus produtos de diversas maneiras. Alguns arcos so altamente decorativos, alguns adornados de modo simples. O msico no deve supor que mais decorao signifique mais qualidade.Porm frequentemente os melhores arcos so montados em prata ou em ouro e a montagem em nquel fica para os arcos mais simples.

RECOMENDAES para estudante de violino.O CAMINHO DO PROGRESSO A PERSISTNCIA Saber como praticar de moto inteligente a primeira e mais importante idia a ter sempre em mente. Lembre sempre que para ter sucesso necessrio praticar inicialmente lento e sempre saber exatamente o que voc esta tentando aprender. Tenha sempre as unhas bem aparadas, pois cordas so percutidas pela ponta dos dedos. Sempre examine seu violino e arco antes de iniciar a estudar ou tocar, ambos devem estar perfeitamente limpos, o cavalete na posio vertical, as cravelhas em boas condies de funcionamento, as crinas do arco com tenso correta e levemente impregnado com breu. Lembre-se sempre das instrues recebidas de seu professor, como por exemplo, a posio e estabilidade do violino, posio da mo e dos dedos, postura ao tocar etc. Lembre-se sempre das instrues recebidas da posio de seu ombro esquerdo, do brao, a posio correta do polegar e doas dedos dobre as cordas assim como tudo lhe foi alertado a respeito da espaleira e queixeira. Lembre-se sempre das instrues de como deve segurar o arco, da posio correta do polegar no talo e dos outros dedos sobre a vareta. Sempre procure produzir um som redondo, claro, macio, inclusive nos ataques, mesmo em fortssimo. Lembre-se que sons raspados ou desagradveis ao ouvido, no fazem parte da musica, so rudos que dever ser absolutamente evitados. Atravs a leitura das letras, podemos chegar a declamar um poema. A declamao de um poema no simplesmente a leitura de letras. Do mesmo modo, atravs a leitura das notas musicais, podemos chegar a cantar uma musicas. O canto no simplesmente a leitura de notas musicas. Lembre-se sempre:no toque notas, cante a musica. Mesmo ao estudar exerccios puramente tcnicos como, por exemplo, os estudos de Sevcik, trate-os como se fossem trechos de uma sonata ou concerto, cante at os mais ridos exerccios. Eis o resumo das tapas metodolgicas para apredizagem musical:1) Conhecer;2) Experimentar;3) Assimilar;4) Aperfeioar;5) Automatizar e6) Memorizar.