dicas de montagem - consul to rio

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  • 8/3/2019 Dicas de Montagem - Consul to Rio

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    A INICIAO PROFISSIONALDO CIRURGIO-DENTISTA.

    Informativo de Divulgao Dabi Atlante.N 2 - Novembro/2003

    EdoEspecialiEd o p ciali Es e

    u ec r

    s r

    Tdooquvo pe

    cisa abe

    p a t om

    d i

    ar enrarc op

    ireto

    nom ad et

    a

    erc od raba

    lho, travs

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    s

    dose erente co

    ns lho

    d enos r

    er omad pofi

    ssionais.

    A iniciao profissional tarefa difcil paraquem ingressa no mercado de trabalho.Muito se tem falado a respeito dasdificuldades e a tnica tem sido asaturao do mercado e os baixos salrios.Com o profissional da rea odontolgicano diferente. O nmero excessivo decirurgies dentistas, a falta de valorizaoprofissional e o baixo poder aquisitivo da

    populao, so fatores que dificultam suainsero no mercado de trabalho.H fatores que podem facilitar a iniciaodo dentista, determinantes para o seusucesso profissional: sua boa formao

    profissional e a participao na sociedade.Estes aspectos so decisivos e importantes.O primeiro passo, aps a concluso docurso, a escolha, embasada em critriosobjetivos, da cidade para a instalao doconsultrio. So necessrias pesquisas demercado e visitas a vrias localidades antesde optar por aquela que rena melhorescondies para a sua instalao.

    A interiorizao do dentista umatendncia. Os grandes centros mostramsinais de saturao. Notadamente naregio sudeste, o profissional deveescolher cidades de pequeno e mdio

    porte. O primeiro passo escolher ummunicpio que necessite de seu trabalho, acomear pela relao habitante/dentista,cuja mdia ideal 1500 habitantes paracada dentista. preciso considerar qual apopulao economicamente ativa, onmero de agncias bancrias, deagncias de automveis ou similares,conversar com gerentes de bancos, com

    comerciantes e manter contato comoutros cirurgies-dentistas j instalados hmais tempo na localidade.

    Prof. Dr. Paulo Cesar SaquyProfessor Livre Docente da Faculdade de Odontologia de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo - USPProfessor Titular da Faculdade de Odontologia da Universidade de Ribeiro Preto - UNAERP

    Por onde comear?Por onde comear?

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    A boa imagem deve nortear o exerccio docirurgio-dentista e, neste sentido, apropaganda e o marketing so ferramentasindispensveis para a conquista e a fideli-zao dos clientes.Quanto mais eficaz a comunicao, mais aspessoas conhecero o profissional e mais

    facilmente ele ter clientes. A comunicaoinformal muito importante. O cirurgio-dentista deve freqentar locais pblicos,clubes sociais e tudo aquilo que sua cidadeou seu bairro oferecer. importante no seisolar dos acontecimentos e problemas que

    envolvam o grupo social com o qual se deverelacionar.Comunicar para a comunidade o incio daatividade profissional fundamental.Comear pela divulgao junto a pessoasconhecidas de sua colao de grau. Quandodo incio do exerccio clnico, nova

    divulgao: local de trabalho e oferecimentodos servios.O ponto de partida para um bomrelacionamento com a comunidade leva emconta tica, ambiente do consultrio ecomportamento profissional. No se

    esquecer de que a melhor propaganda aquela feita pelos prprios clientes.Satisfeitos, estes enviam outros para oprofissional. Logomarca do nome fantasiada clnica ou do cirurgio-dentista tambmimprescindvel, para criar a identidade doprofissional. Aplic-la a cartes de visita,

    crachs, impressos gerais, na identificaoexterna e sinalizao interna do consultrio.A logomarca deve ser um smbolo grficoque represente a proposta profissional docirurgio-dentista e, como tal, seja extensodo projeto fsico do consultrio.

    Propaganda e Marketing do Cirurgio-DentistaPropaganda e Marketing do Cirurgio-Dentista

    Considera-se, em princpio, que o recm-formado seja clnico geral para adultos oucrianas. Os conhecimentos adquiridos nafaculdade so suficientes para exercer umaboa clnica geral. O clnico geral necessrioe importante na sociedade. A camada dapopulao que procura convnios eprevidncia social atendida normalmentepelo clnico geral. A maioria de seus casosno precisa de especialista. importante

    tambm considerar que o mercado de

    trabalho do clnico geral possui umaamplitude maior que a do especialista.Na realidade, o especialista existe porque osclnicos gerais no conseguem atender aoscasos mais difceis de todas as reas eacabam por enviar para o especialista todotipo de trabalho que eles no fazem. Logo, oespecialista vive da indicao dos clnicosgerais. O clnico geral est em relao diretacom o nmero de habitantes da cidade,

    enquanto o especialista est em relao

    direta com o nmero de clnicos gerais dacidade.No incio da profisso, fundamental oclnico geral participar de convnios, divulgarseu nome, abrir seu mercado de trabalhopara gerar receita suficiente para movi-mentar seu consultrio. Passados vrios anosde profisso, com clientela consolidada enome feito poder desligar-se dosconvnios.

    Sistema de trabalho: Clnica Geral ou Especialidade?Sistema de trabalho: Clnica Geral ou Especialidade?

    Definida a cidade e o local, o terceiro passo a aquisio do consultrio e perifricos. So

    fatores indispensveis na deciso de compra:! Servios pr-venda: elaborao de layout,

    projetos clnicos, informaes tcnicas queconsiderem ergonomia e biossegurana.! Servios ps-venda: acompanhamentodas instalaes hidrulicas, eltricas epneumticas.! Assistncia tcnica: certificar-se de que amarca escolhida possui assistncia tcnica

    ampla e bem estruturada e peas dereposio para conserto e entrega rpida.

    ! Produtividade dos equipamentos:verificar e comprovar se o equipamentoescolhido atende realmente s necessidadese garante a melhor performance possvel.! No pautar a deciso de compra somentepor catlogo (fotografias). fundamentalvisitar show room e consultar profissionaisexperientes que j submeteram a marca exaustiva rotina profissional.

    ! Facilidades de pagamentos: h linhas decrdito do Governo como Proger e

    Cooperfat, compra planejada associada entrega programada, financiamento peloCrdito Direto ao Consumidor, etc. O repre-sentante da marca pode orientar nessesentido.! Caractersticas construtivas do equipamen-to quegarantam ergonomia, biossegurana,conforto do paciente, qualidade, durabilida-de e design.

    Equipamento odontolgico, sua ferramenta de trabalho.Equipamento odontolgico, sua ferramenta de trabalho.

    Escolhida a cidade, o segundo passo escolher o local e o ambiente. diferentetrabalhar em sala de edifcio ou em casatrrea.Em cidades do interior, deve-se optar por

    local trreo e at mesmo morar no mesmolocal. Isso, no incio da profisso, trazvantagens para formar a clientela. Ocliente considera o dentista suadisposio 24 horas por dia. Essadisponibilidade vantajosa no incio, mas

    acaba comprometendo a privacidade doprofissional. Uma vez formada a clientela,separa-se a residncia do consultrio e serestaura a privacidade.Em grandes centros, generosa a oferta

    de salas em edifcios, ao contrrio de casatrrea. No edifcio, o profissional aparecepouco e dificilmente o paciente sabe queele est l. Sua propaganda normalmente apenas no hall de entrada do edifcio.Esse espao to restrito gera dificuldade de

    comunicao e de acesso por parte depacientes novos.Quanto ao ambiente, o profissional deveter, no mnimo, uma sala de recepo, umasala de clnica, uma rea de esterilizao e

    uma instalao sanitria. A presena deum escritrio tambm importante para oatendimento aos pacientes, principal-mente para conversas tcnicas parte dotratamento.

    Como escolher o local de trabalho ideal?Como escolher o local de trabalho ideal?

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    para um consultr io compostobasicamente por recepo, escritrio,consultrio, esterilizao e casa demquinas.Todos os espaos de uma clnica ouconsultrio devem ser organizadossegundo sua compatibilidade e sua inter-relao formando agrupamentos

    adequados. A proximidade ou odistanciamento entre um espao e outropode favorecer ou prejudicar abiossegurana e a ergonomia, podendocomprometer o funcionamento ideal dosespaos em questo.A ligao entre os espaos deve consideraros diversos tipos de deslocamentosinternos existentes em uma clnica ouconsultrio e suas respectivas comple-xidades. A figura (I) mostra a inter-relaoadequada entre os espaos do consultrioodontolgico proposto.

    CONTAMINADO

    ESTERELIZADO

    0 1,0 2,0

    0,5 1,5

    ESCALA GRFICA

    REA 55,00mCIRURGIO-DENTISTA

    AUXILIAR

    A - AREA DE TRANSFERNCIA(INSTRUMENTOS, PEAS DE MO E MOCHOS)

    B - REA DE TRABALHO(MESAS AUXILIARES E EQUIPOS)

    C - REA TIL(PIAS, ARMRIOS FIXOS E PERIFRICOS)

    LEGENDA

    Montando seuConsultrioDonizetti Pedro Lima MartinsDesigner e proprietrio da Martins Dental Office Design

    Clnicas e consultrios odontolgicospossuem suas prprias caractersticas e

    particularidades de acordo com inmeroscondicionantes. No existe modelo-padroa ser seguido. Alguns fatores influenciarodiretamente os conceitos funcionais earquitetnicos a serem adotados. Deve-seconsiderar a somatria desses fatores. Oprojeto de montagem de um consultrioodontolgico segue seis etapas: objetivos,aspectos quantitativos, recursosdisponveis, espao fsico, necessidades eproposta de funcionamento.Objetivos - Filosofia de trabalho,

    especialidades que se pretende enfatizar,metodologia de trabalho e perfil depacientes pretendidos.Aspectos quantitativos - O nmero deatendimentos dirios, ciclo de pacientes,perspectiva de expanso de atendimento,nmero de profissionais no local, etc.Recursos disponveis - O valor doinvestimento e o cronograma dedesembolso fazem parte do processo deplanejamento e exigem uma viso defuturo para evitar a curto e a mdio prazo

    obsolescncia fsica e funcional.Espao Fsico - Local onde o consultrio

    ser implantado, com avaliao dascondies preexistentes, a rea disponvele os fatores externos (acessos deautomvel, transporte pblico, pedestres,os edifcios vizinhos, etc.).Necessidades - Listagem detalhada detodas as atividades e dos ambientes daclnica com suas reas previamente

    estabelecidas de acordo com a legislaovigente e as exigncias especficas de uso,alm do nmero de usurios por sala. Asnecessidades dividem-se em tcnicas,administrativas e pessoais.Proposta de funcionamento - Plano detrabalho que ir condicionar todas asetapas do projeto operacional earquitetnico da clnica, considerandotodos os fatores listados anteriormente ecom o apoio dos fornecedores deequipamentos.Segue-se uma proposta de funcionamento

    USURIOS

    MATERIALCONTAMINADO

    MATERIALESTERELIZADO

    ESPERARECEPO

    CASA DEMQUINAS CONSULTRIO ESCRITRIO

    ESTERILIZACO

    CASA DEMQUINAS CONSULTRIO ESCRITRIO

    ESTERILIZACO

    ESPERARECEPO

    Fig. I

    Fig. II

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    DICAS PARA A ESCOLHA DAS CORES DE SEU CONSULTRIO.DICAS PARA A ESCOLHA DAS CORES DE SEU CONSULTRIO.

    Cores fortes podem ser utilizadas, desde que em pequenas pores (apenas uma parede), em locais de pouca

    visualizao, ou em elementos decorativos que possam ser trocados facilmente (almofadas, quadros);Sempre que possvel, combine cores quentes com cores neutras e um pequeno toque de cor fria;Os tetos devem ser em tons mais claros que as paredes quando o objetivo ampliar o espao;Tons de verdes quentes so mais agradveis.Empregue cores neutras, mais fceis de combinar, onde mais complicado e caro trocar os materiais (pisos, sofs, etc.)

    Na distribuio dos espaos, a sala doconsultrio o foco central, interligada comrecepo e demais setores de apoio. Posiesde portas, por exemplo, so fundamentaispara definir fluxo e posicionamentoergonmico do consultrio.Uma vez observada a distribuio destasreas, desviamos nossa ateno para a sala

    do consultrio. A correta distribuio de seuespao recomendada pela ISO e a FDI dividea sala em reas, idealizando-se o mostradorde um relgio onde o centro (eixo dosponteiros) corresponde boca do paciente,

    estando este na cadeira odontolgica naposio horizontal. Em torno do centro sotraados trs crculos concntricos (A), (B) e(C) com raios de 0,50m, 1,0m e 1,50m,respectivamente. Na figura (II) observe oposicionamento do paciente, dosprofissionais e dos equipamentosodontolgicos.

    Outra importante rea a de esterilizao.Este espao considera o correto fluxo demateriais recomendado por inmerosprofissionais. Note na figura (II) que, em umapequena rea anexa sala de consultrio

    possvel, sem muito investimento,desenvolver uma eficiente rea derecirculao de materiais.A sala do consultrio e a rea reservada esterilizao necessitam de cuidadosespeciais nas instalaes hidrulica, eltrica epneumtica. Estas devem ser embutidas ouprotegidas por calhas ou canaletas externas,

    para evitar depsito de sujeira. Deve-seatentar para especificaes, bitolas econexes apropriadas aos equipamentos. Afigura (III) demonstra estas instalaes

    juntamente com a casa de mquinas.

    Outro item importantssimo do projeto,aliado s caractersticas tcnicas, ahumanizao do ambiente. O projeto deveassegurar funcionalidade sem se esquecerdo conforto e bem-estar dos usurios. Criarambientes atrativos e personalizados, atravsde formas, cores, luzes e jardins, contribui

    para o psiquismo do paciente, deixa-o maisrelaxado e confortvel. A humanizao, almde causar a sensao de estmulo e calma,promove a credibilidade do profissional.A acuidade visual fundamental para aatividade clnica, que tem relao direta com

    a iluminao. Alm disso, a luz transmitesensaes, da ser importante a escolhaadequada de sua cor associada ao tipo deluminrias. O ambiente da sala clnicanecessita de luz fria, mais semelhantepossvel luz do dia, para o profissionaloperar com o mximo rendimento e facilitar

    a identificao dos materiais dentrios, como mximo de fidelidade. Na sala derecepo, indica-se luz mais suave com tonsamarelados por oferecer conforto erelaxamento. Outra possibilidade de quebrara frieza destes ambientes utilizar abajures e

    outros elementos decorativos.J os revestimentos (paredes, divisrias episos) devem ser de materiais lavveis,resistentes, impermeveis e com superfciede baixo ndice de porosidade, para facilitarlimpeza e descontaminao. As paredes dasala onde ser instalado o aparelho de raios-

    x devem ser revestidas de forma a impedir apassagem de radiao.Caso se faa a opo por pisos cermicos,deve-se optar por modelos que possibilitem

    juntas bem estreitas.

    0 1,0 2,0

    0,5 1,5

    ESCALA GRFICA

    QUADRO DE DISTRIBUIOFig. III