dica 28: sistema linha fiat: família pálio

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Dica 28: Sistema linha Fiat: Família Pálio Fire - Drive by Wire / Rede Can 11/2001 A família Pálio com motor fire traz diversas inovações tecnológicas. Os veículos com motores fire 1.0 16 válvulas e 1.3 16 válvulas, vêm equipados com sistema de injeção eletrônica Bosch Motronic ME 7.3 H4, acelerador eletrônico (drive by wire) e sistema Ve.N.I.C.E. (Rede Can). É de alguns detalhes desses sistemas que comentaremos nesta edição. O sistema de injeção eletrônica Bosch ME 7.3 H4 reserva grandes surpresas aos reparadores automotivos. Uma delas é a unidade de comando eletrônico - UCE, denominada central micro-híbrida. Além de possuir formato reduzido, suporta as variações de umidade, temperatura e vibração a que está submetida por estar localizada no compartimento do motor (seus conectores e sua placa de circuito impresso encontram-se preenchidos por um gel protetor). Ela é capaz de controlar a borboleta de aceleração, o ventilador de arrefecimento, além de adotar estratégias auto-adaptativas para o controle da mistura ar/combustível, detonação e posicionamento da borboleta de aceleração. O controle da borboleta de aceleração (acelerador eletrônico-drive by wire) é realizado por intermédio de um pequeno motor elétrico (localizado internamente ao corpo de borboleta) em função da solicitação de um sensor existente no pedal do acelerador. O ventilador de arrefecimento é controlado com base nas informações recebidas do sensor de temperatura da água - CTS. Outra grande inovação foi a implementação, em 2001, do sistema Ve.N.I.C.E. (Vehicle Net With Integrated Control Eletronics - Rede veicular com controle eletrônico). Esse sistema possibilitou a comunicação entre diversas centrais eletrônicas do veículo. O sistema Ve.N.I.C.E. é constituido basicamente de uma central identificada como Body Computer - BC, e de uma linha de comunicação (rede can). O Body Computer - BC gerência as informações trocadas entre as centrais eletrônicas através da Rede Can. Sem o sistema Ve.N.I.C.E., o pálio 1.3 16 V fire, assim que foi lançado em 2000, possuia um sensor de temperatura do líquido de arrefecimento - CTS com 4 fios. Dois fios indicavam o sinal à UCE e dois informavam ao painel de instrumentos. Com a introdução do sistema Ve.N.I.C.E., observa-se que o mesmo sensor passou a ter somente 2 fios que são ligados diretamente à UCE. Agora, a temperatura é informada ao painel de instrumentos através da rede can, da seguinte forma: - A UCE lê o valor da temperatura da água informada pelo sensor CTS; - Através da rede can (vide circuito elétrico - dica 2) informa este sinal ao body computer; - O body computer repassa essa informação ao painel de instrumentos (também através da rede can); De maneira similar (através do body computer e da rede can) são informadas a rotação do motor e a quantidade de combustível no tanque ao painel de instrumentos, o código das chaves do sistema Fiat code à UCE etc. Com isso, conseguiu-se diminuir de maneira significativa fios, sensores e conectores redundantes no sistema, tornando-o mais confiável. document.doc 1

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Page 1: Dica 28: Sistema Linha Fiat: Família Pálio

Dica 28: Sistema linha Fiat: Família Pálio Fire - Drive by Wire / Rede Can 11/2001

A família Pálio com motor fire traz diversas inovações tecnológicas. Os veículos com motores fire 1.0 16 válvulas e 1.3 16 válvulas, vêm equipados com sistema de injeção eletrônica Bosch Motronic ME 7.3 H4, acelerador eletrônico (drive by wire) e sistema Ve.N.I.C.E. (Rede Can). É de alguns detalhes desses sistemas que comentaremos nesta edição.

O sistema de injeção eletrônica Bosch ME 7.3 H4 reserva grandes surpresas aos reparadores automotivos. Uma delas é a unidade de comando eletrônico - UCE, denominada central micro-híbrida. Além de possuir formato reduzido, suporta as variações de umidade, temperatura e vibração a que está submetida por estar localizada no compartimento do motor (seus conectores e sua placa de circuito impresso encontram-se preenchidos por um gel protetor).

Ela é capaz de controlar a borboleta de aceleração, o ventilador de arrefecimento, além de adotar estratégias auto-adaptativas para o controle da mistura ar/combustível, detonação e posicionamento da borboleta de aceleração. O controle da borboleta de aceleração (acelerador eletrônico-drive by wire) é realizado por intermédio de um pequeno motor elétrico (localizado internamente ao corpo de borboleta) em função da solicitação de um sensor existente no pedal do acelerador. O ventilador de arrefecimento é controlado com base nas informações recebidas do sensor de temperatura da água - CTS.

Outra grande inovação foi a implementação, em 2001, do sistema Ve.N.I.C.E. (Vehicle Net With Integrated Control Eletronics - Rede veicular com controle eletrônico). Esse sistema possibilitou a comunicação entre diversas centrais eletrônicas do veículo. O sistema Ve.N.I.C.E. é constituido basicamente de uma central identificada como Body Computer - BC, e de uma linha de comunicação (rede can). O Body Computer - BC gerência as informações trocadas entre as centrais eletrônicas através da Rede Can. Sem o sistema Ve.N.I.C.E., o pálio 1.3 16 V fire, assim que foi lançado em 2000, possuia um sensor de temperatura do líquido de arrefecimento - CTS com 4 fios. Dois fios indicavam o sinal à UCE e dois informavam ao painel de instrumentos.

Com a introdução do sistema Ve.N.I.C.E., observa-se que o mesmo sensor passou a ter somente 2 fios que são ligados diretamente à UCE. Agora, a temperatura é informada ao painel de instrumentos através da rede can, da seguinte forma:- A UCE lê o valor da temperatura da água informada pelo sensor CTS;- Através da rede can (vide circuito elétrico - dica 2) informa este sinal ao body computer;- O body computer repassa essa informação ao painel de instrumentos (também através da rede can);De maneira similar (através do body computer e da rede can) são informadas a rotação do motor e a quantidade de combustível no tanque ao painel de instrumentos, o código das chaves do sistema Fiat code à UCE etc.

Com isso, conseguiu-se diminuir de maneira significativa fios, sensores e conectores redundantes no sistema, tornando-o mais confiável.

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Dica 1 - Tabela de valores operacionais. Nessa tabela são mostrados alguns dos principais parâmetros de trabalho do sistema Bosch Motronic ME 7.3 H4

Rotação de marcha-lenta 800 a 900 RPM

Pressão da linha de combustívelAproximadamente 3,5 Bar (nesse sistema o regulador de pressão encontra-se no interior do tanque)

Sinal do sensor de temperatura da água - CTSDe 1,00Vdc a 0,75Vdc (com o motor aquecido em temperatura operacional entre 80 e 100ºC)

Sinal da sonda lambda - HEGO

Aproximadamente 0,450Vdc (somente com a ignição ligada)Oscilando rapidamente entre 0,100Vdc (mistura pobre) e 0,900Vdc (mistura rica)

Sinal do sensor de pressão - MAP De 3,90Vdc a 4,20Vdc (ao nível do mar)

Sinal do sensor de temperatura do ar - ACTDe 2,80Vdc a 3,20Vdc (em marcha-lenta com o motor aquecido)

Sensor de rotaçãoResistência elétrica: de 900 a 950Distância à roda fônica: de 0,80mm a 1,50mm

Sinal do sensor duplo de posição da borboleta - TPS

Terminal 2: Terra (negativo)Terminal 3: Entre 4,60 e 5,20 volt VDCTerminal 5: Borboleta fechada: de 4,00 a 4,20 volt VDCPedal acionado: de 3,30 a 3,50 volt VDCTerminal 6: Borboleta fechada: de 0,85 a 0,95 volt VDCPedal acionado: de 1,55 a 1,70 volt VDC

Sinal do sensor de posição do pedal do acelerador

Terminal 1: Entre 4,60Vdc e 5,20VdcTerminal 2: Entre 4,60Vdc e 5,20VdcTerminal 3: NegativoTerminal 4: Borboleta fechada: de 0,65Vdc a 0,85VdcPedal acionado: 3,90 Vdc a 4,60 VdcTerminal 5:NegativoTerminal 6: Borboleta fechada: de 0,30Vdc a 0,50VdcPedal acionado: de 1,75Vdc a 2,30Vdc

Sensor de faseNão possui esse sensor. A UCE utiliza uma estratégia específica para identificar a fase do cilindro

Resistência elétrica das válvulas injetoras Aproximadamente 14,50

Dica 2 - Diagrama elétrico do sistema Bosch Motronic ME 7.3 H4 - Com sistema Ve.N.I.C.E.

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