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Missão Belém Diário Espiritual Setembro 2013 HAITI: ANUNCIO, ENTREGA, AMOR, ALEGRIA DE SE DOAR, COMUNHÃO COM OS MAIS POBRES.

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Missão Belém

Diário Espiritual Setembro 2013

HAITI: ANUNCIO, ENTREGA, AMOR, ALEGRIA DE SE DOAR, COMUNHÃO COM OS MAIS POBRES.

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Mensagem da Rainha da Paz (Medjugorie)

“Queridos filhos! Com alegria em MEU Coração, EU chamo a

todos vocês a viverem a sua fé e testemunharem-na com seu coração e pelo seu exemplo, de todas as formas. Decidam-se, filhinhos, a ficarem longe do pecado e das tentações e que possa haver alegria e amor pela santidade em seus corações. EU amo vocês,

filhinhos, e acompanho vocês com a Minha intercessão

diante do ALTÍSSIMO. Obrigada por terem respondido ao MEU

Chamado.” 25 de julho de 2013

“Queridos filhos! Se vocês apenas me abrissem os seus corações com total confiança, compreenderiam tudo. Compreenderiam com quanto amor os convido, com quanto amor desejo mudá-los, fazê-los felizes. Com quanto amor desejo fazê-los discípulos de meu Filho e dar-lhes a paz na plenitude de meu Filho. Compreenderiam a grandeza imensa do meu amor materno. Por isso, meus filhos, rezem, porque, somente através da oração, a sua fé cresce e nasce o amor, com o qual nem mesmo a cruz é insuportável, porque vocês não a levam sozinhos. Em comunhão com o meu Filho, glorifiquem o nome do Pai Celeste. Rezem, rezem pelo dom do amor, porque o amor é a única verdade. Ele perdoa tudo, serve a todos e, em cada um, vê o irmão. Meus filhos, meus apóstolos, o Pai Celeste, através de mim, sua serva, lhes deu uma grande confiança, para que ajudem os que não o conhecem a se reconciliarem com Ele e o seguirem. Por isso, ensino-lhes a amar, porque só serão capazes de responder-lhe se tiverem amor. Convido-os de novo a amarem os seus pastores e a rezarem para que neste tempo difícil, sob a direção deles, o nome do meu Filho seja glorificado. Eu lhes agradeço.” 2 de agosto de 2013

“Queridos filhos! Com alegria em MEU Coração, EU chamo a

todos vocês a viverem a sua fé e testemunharem-na com seu coração e pelo seu exemplo, de todas as formas. Decidam-

seus corações. EU amo vocês, filhinhos, e acompanho vocês

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VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM OS JOVENS

DISCURSO DO SANTO PADRE

Copacabana, Rio de JaneiroSábado, 27 de Julho de 2013 Queridos jovens,Contemplando vocês que hoje estão aqui presentes, me vem à mente a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor para reparar sua casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; era colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.

Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário. Hoje, queridos jovens, o Senhor lhes chama! Não em magote, mas um a um… a cada um. Escutem no coração aquilo que lhes diz. Penso que podemos aprender algo daquilo que sucedeu nestes dias: por causa do mau tempo, tivemos de suspender a realização desta Vigília no “Campus Fidei”, em Guaratiba. Não quererá porventura o Senhor dizer-nos que o verdadeiro

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“Campus Fidei”, o verdadeiro Campo da Fé não é um lugar geográfico, mas somos nós mesmos? Sim, é verdade! Cada um de nós, cada um de vocês, eu, todos. E ser discípulo missionário significa saber que somos o Campo da Fé de Deus. Ora, partindo da denominação Campo da Fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira imagem, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.

1. Primeiro: o campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo lançando sementes; algumas caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). Jesus mesmo explica o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Hoje – todos os dias, mas de forma especial hoje – Jesus semeia. Quando aceitamos a Palavra de Deus, então somos o Campo da Fé! Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, deixem entrar a semente da Palavra de Deus, deixem que germine, deixem que cresça. Deus faz tudo, mas vocês deixem-no agir, deixem que Ele trabalhe neste crescimento!

Jesus nos diz que as sementes,

que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Creio que podemos, com honestidade, perguntar-nos: Que tipo de terreno somos, que tipo de terreno queremos ser? Quem sabe se, às vezes, somos como o caminho: escutamos o Senhor, mas na nossa vida não muda nada, pois nos deixamos aturdir por tantos apelos superficiais que escutamos. Eu pergunto-lhes, mas agora não respondam, cada um responde no seu coração: Sou uma jovem, um jovem aturdido? Ou somos como o terreno pedregoso: acolhemos Jesus com entusiasmo, mas somos inconstantes; diante das dificuldades, não temos a coragem de ir contra a corrente. Cada um de nós responda no seu coração: Tenho coragem ou sou um cobarde? Ou somos como o terreno com os espinhos: as coisas, as paixões negativas sufocam em nós as palavras do Senhor (cf. Mt 13, 18-22). Em meu coração, tenho o hábito de jogar em dois papéis: fazer bela figura com Deus e fazer bela figura com o diabo? O hábito de querer receber a semente de Jesus e, ao mesmo tempo, irrigar os espinhos e as ervas daninhas que nascem no meu coração? Hoje, porém, eu tenho a certeza que a semente pode cair em terra boa. Nos testemunhos, ouvimos como a semente caiu em terra boa. «Não, Padre, eu não sou terra boa! Sou uma calamidade, estou cheio de pedras, de espinhos, de tudo». Sim, pode suceder que à superfície seja assim, mas você liberte

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um pedacinho, um bocado de terra boa e deixe que caia lá a semente e verá como vai germinar. Eu sei que vocês querem ser terreno bom, cristãos de verdade; e não cristãos pela metade, nem cristãos “engomadinhos”, cujo cheiro os denuncia pois parecem cristãos mas no fundo, no fundo não fazem nada; nem cristãos de fachada, cristãos que são “pura aparência”, mas sim cristãos autênticos. Sei que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade inconsistente que se deixa arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido. É assim ou estou enganado? É assim? Bem; se é assim, façamos uma coisa: todos, em silêncio, fixemos o olhar no coração e cada um diga a Jesus que quer receber a semente. Digam a Jesus: Vê, Jesus, as pedras que tem, vê os espinhos, vê as ervas daninhas, mas vê este pedacinho de terra que te ofereço para que entre a semente. Em silêncio, deixemos entrar a semente de Jesus. Lembrem-se deste momento, cada um sabe o nome da semente que entrou. Deixem-na crescer, e Deus cuidará dela.

2. O campo...O campo, para além de ser um lugar de sementeira, é lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que “joguemos no seu time”. A maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é paixão nacional. Sim ou não? Ora bem, o que faz

um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim a nossa vida de discípulos do Senhor. Descrevendo os cristãos, São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co9, 25). Jesus nos oferece algo superior à Copa do Mundo! Algo superior à Copa do Mundo! Jesus oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda, de uma vida feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim, na vida eterna. É o que nos oferece Jesus, mas pede para pagarmos a entrada; e a entrada é que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Através do diálogo com Ele: a oração. Padre, agora vai pôr-nos todos a rezar? Porque não? Pergunto-lhes… mas respondam no seu coração, não em voz alta mas no silêncio: Eu rezo? Cada um responda. Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio? Deixo que o Espírito Santo fale no meu coração? Eu pergunto a Jesus: Que queres que eu faça, que queres da minha vida? Isto é treinar-se. Perguntem a Jesus, falem com Jesus. E se cometerem um erro na vida, se tiverem uma escorregadela, se fizerem qualquer coisa de mal, não tenham medo. Jesus, vê o que eu fiz! Que devo fazer agora? Mas falem sempre com Jesus, no bem e no mal, quando fazem uma coisa boa e quando fazem uma coisa má. Não tenham medo d’Ele! Esta é a oração.

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E assim treinam no diálogo com Jesus, neste discipulado missionário! Através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença. Através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo”!

3. E terceiro: o campo como canteiro de obras. Aqui mesmo vimos como se pôde construir uma igreja: indo e vindo, os jovens e as jovens deram o melhor de si e construíram a Igreja. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando “se sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja. Esses jovens, essas jovens não estavam sós, mas, juntos, fizeram um caminho e construíram a Igreja; juntos, realizaram o que fez São Francisco: construir, reparar a Igreja. Eu lhes pergunto: Querem construir a Igreja? [Sim…] Se animam uns aos outros a fazê-lo? [Sim…] E amanhã terão esquecido este «sim» que disseram? [Não…] Assim gosto! Somos parte da Igreja; mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. Jovens, por favor, não se ponham na «cauda» da história. Sejam protagonistas. Joguem ao ataque! Chutem para diante, construam um mundo melhor, um mundo

de irmãos, um mundo de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade. Jogai sempre ao ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos a miniatura de uma igreja, construída com pedras vivas. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós é uma pedra viva, é um pedacinho da construção e, quando vem a chuva, se faltar aquele pedacinho, temos infiltrações e entra a água na casa.

E não construam uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, Senhor! Também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Atrevem-se a repetir isto? Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Digam agora… [os jovens repetem]. Depois devem se lembrar que o disseram juntos.

O coração de vocês, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Acompanho as notícias do mundo e vejo que muitos jovens, em tantas partes do mundo, saíram pelas estradas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna.

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Os jovens nas estradas; são jovens que querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que tem o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não «olhem da sacada» a vida, entrem nela. Jesus não ficou na sacada, mergulhou… «Não olhem da sacada» a vida, mergulhem nela, como fez Jesus.

Resta, porém, uma pergunta: Por onde começamos? A quem pedimos para iniciar isso? Por onde começamos? Uma vez perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja; queremos

começar, mas por qual parede? Por onde – perguntaram a Madre Teresa – é preciso começar? Por ti e por mim: respondeu ela. Tinha vigor aquela mulher! Sabia por onde começar. Hoje eu roubo a palavra a Madre Teresa e digo também a você: Começamos? Por onde? Por ti e por mim! Cada um, de novo em silêncio, se interrogue: se devo começar por mim, por onde principio? Cada um abra o seu coração, para que Jesus lhe diga por onde começar.

Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o Campo da Fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!

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Antonio Carlos (Carlinhos)

“Estou trabalhando, firme no propósito de caminhar com Deus e sem recaídas depois que saí da Missão Belém. Na Comunidade, aprendi a viver de novo, aprendi o que significa verdadeiramente o amor, a união, a doação e voltei a ter uma perspectiva de vida.

Os seis meses que passei nas casas da Missão foram suficientes para mudar todos os 30 anos de minha vida. Com três meses eu já sentia uma grande mudança em mim, vivendo um ambiente de união e confiança, de sincera doação das pessoas, tanto dos missionários quanto dos coordenadores e monitores, todos sempre com um abraço acolhedor, principalmente o Paulinho, da Casa São Damião de Molokai… foi quem me deu o primeiro abraço na primeira casa da Missão onde estive.

Da São Damião de Molokai fui

para a Casa dos Velhinhos em Suzano, para cuidar da reforma e manutenção da casa, pois o meu trabalho sempre foi na área da construção civil, tanto na alvenaria quanto nas instalações elétricas, mas acabava também ajudando a cuidar daqueles irmãos tão necessitados de atenção, que me retribuíam com muito carinho e amor. Era o próprio amor de Jesus por nós que cada um deles me oferecia.

Nasci no interior de São Paulo, em Presidente Venceslau, e, por conta do trabalho na construção civil, ainda jovem já vinha para São Paulo e para outros lugares. Eventualmente bebia, tinha algum contato com drogas, mas me tornei um usuário aos 20 anos, quando meu pai faleceu. Senti-me perdido, desamparado, e me ‘segurei’ na droga, uma ‘muleta quebrada’ que só me levou a quedas, e fui afundando.

Conheci a Ana e acabamos indo morar juntos. Quando tomei

Testemunhos da Cracolândia

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coragem para lhe contar que era usuário de droga, ela me disse: ‘Não tem problema, eu confio em Deus e te ajudo a sair dessa’! Ela esteve sempre muito próxima de mim e foi muito paciente comigo, me dando força e falando para que eu buscasse ajuda. Às vezes ficava uns dias na rua, usando, mas voltava; nunca fui um morador de rua. Ia à Cracolândia para comprar, não para ficar, mas estava cada vez mais fundo. Foi lá que ouvi falar da Missão Belém.

Quando a Ana engravidou, comecei a me sentir mais incomodado, a sentir que precisava mudar, dar outro rumo para a minha vida. Eu causava muito sofrimento a Ana e toda a minha família, e pensava na criança que ia nascer. Um dia encontrei na Cracolândia o missionário Diego, que conversou muito comigo e me disse que para sair daquela vida ‘precisava querer ser ajudado’. Outro dia, estava na fila do Bom Prato, para almoçar, e fiquei pensando naquelas palavras do missionário e na minha família. Eu queria mudar. Decidi procurar a Missão e fui até a Praça Júlio Prestes disposto a ir para uma casa, para buscar a recuperação, mas já eram 18h30 e não tinha mais Kombi para me levar.

Voltei no dia seguinte, estava mesmo decidido a buscar outro caminho que não aquele da droga. Fui acolhido com atenção e carinho pelos missionários e conversei muito com a Emma, assistente social e

coordenadora geral do Projeto da Cracolândia. Pedi-lhe que ligasse para a Ana, que estava para dar à luz, e falasse com ela. Eu não queria que meu filho nascesse e me conhecesse estando eu no mundo das drogas. Eu preferia estar longe na hora do nascimento, para poder estar com ele, limpo, o resto da vida. A Ana, apesar da situação dela, me deu muita força e me apoiou a ir para a Comunidade. Senti muita segurança de que não ficaria abandonado, e fui dali mesmo, sem voltar para casa. Meu filho nasceu três dias depois.

Graças ao apoio da Ana e ao acolhimento dos missionários, coordenadores, monitores e dos irmãos da Casa Molokai e, depois, o carinho e o amor que encontrei na Casa dos Velhinhos é que pude fazer minha caminhada na oração e na adoração, reaprendendo, ou aprendendo mesmo, a seguir regras, a ordenar os pensamentos e as coisas, ou seja, a minha própria vida. E, dessa forma, também resgatar minha família, recuperando sua confiança em mim. Na Comunidade, várias vezes ouvi os missionários dizerem: ‘você nunca usa droga sozinho, sempre arrasta junto a família’. É uma verdade que hoje reconheço, que fui descobrindo aos poucos na caminhada.

Antes, praticamente nada me importava, além da droga. Por isso, e por meu comportamento, fui afastando a família de mim.

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Ninguém mais confiava em mim, mesmo a Ana, que sempre me disse que eu precisava buscar ajuda e me apoiou muito para vir para a Missão, também tinha desconfiança… e com razão.

Hoje tudo é diferente, tenho uma frota de sobrinhos, minha família, minha esposa, que me dão muito carinho e me apoiam… e meu filhinho! Quero verdadeiramente uma restauração: eu já disse a Ana que, se algum dia eu perceber que não vou conseguir, eu volto para a Missão. Não vou perder minha dignidade na rua, pois não quero que meu filho me veja caído; quero estar com ele e minha esposa sendo esteio para eles, e não um peso ou motivo de vergonha. Não quero mais passar fome na vida, principalmente porque me lembro que passei por isso não por falta de dinheiro ou trabalho, mas porque tudo o que tinha ia para a droga; isto é a minha maior tristeza.

Agradeço muito a Deus pela graça que me concede, orando, rezando o terço diariamente, adorando, indo sempre à Santa Missa. Tenho muito claro, pela experiência na Missão Belém, que sem Deus não se consegue nada; sozinho ninguém consegue nada. Por isso, nosso próximo passo, para estarmos ainda mais próximos do Senhor, é o sacramento do matrimônio.”

Devanir

“Hoje, vivendo com minha mãe, irmãos, sobrinhos, estou bem, longe das drogas, sentindo uma felicidade como nunca senti antes, passando por entrevistas para trabalho e, creio firmemente, prestes a conseguir um emprego.

Tudo isto pela graça do Senhor, através da lição de vida que recebi na Missão Belém, a lição do amor, da doação, da entrega total, sem limites, de todos os missionários, coordenadores e voluntários, mas muito especialmente do Padre Gianpietro, Irmã Cacilda, Jorge, Paulinho, a quem sou profundamente agradecido pelo carinho, pela acolhida sem restrições, pelas orientações e pela espiritualidade.

Na Missão, descobri o amor de Maria e o significado da doação e das palavras que muitas vezes ouvi do Padre e de missionários – ‘náufrago salvando náufragos – na minha própria experiência: nos seis meses que, no total, passei na Comunidade, descobri o quanto nos faz bem quando podemos ajudar o próximo; eu, com a vida toda arrebentada pelas drogas, descobri que também podia ajudar outros irmãos, e cheguei a coordenar duas casas no sítio Rainha da Paz, em Jarinu. Depois de me ver como o resto dos restos da sociedade, pude voltar a me sentir uma pessoa,

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recuperando a dignidade, com a confiança recebida dos coordenadores e do Padre.

No começo do tempo na Missão, tive algumas atribulações, que foram sendo vencidas, pouco a pouco, com orientação espiritual, Jesus e força de vontade para construir uma nova vida sem drogas. E este caminho a gente só consegue seguir com muita oração, com doação e seguindo fielmente a Palavra. Isto é fundamental, se não for com a força da espiritualidade, na perseverança com Deus, não conseguimos nada, caímos facilmente nas ciladas do demônio. É preciso resistir ao diabo e às suas seduções caminhando com Deus, sempre buscando a Deus, que nos fortalece. Temos que pensar sempre no espiritual, na salvação da alma, com Jesus.

Nesse tempo de Missão, vivi muitos momentos marcantes, de encontro com Deus e de reconhecimento das muitas graças que me vem concedendo, mas um foi muito, muito especial: o momento de Maria no Je-Shuá. Foi muito emocionante: profundamente tocado, em lágrimas, abracei a missionária que estava ali, na minha frente, no lugar de minha mãe, e lhe pedi perdão por todo o sofrimento que lhe causei, por todas as dores que lhe provoquei, pelas

drogas, pelos furtos de suas coisas para comprar drogas… e ganhei forças para, depois, falar diretamente a minha mãe, e lhe pedir perdão.

Minha vida nas drogas… acho que é melhor dizer: a destruição da minha vida nas drogas começou com a maconha, depois veio a cocaína e bebidas e, por último, para acabar comigo, o crack, que ‘puxava’ em latinhas, nem usava cachimbo. Foi muito triste ter conhecido o crack: vivia em buraco, com cabelo grande, sem nenhuma higiene, descalço, assaltava, roubava até da minha mãe e vendia tudo que achava em casa, para comprar droga. Nas drogas, eu me arrebentei, perdi toda noção de dignidade.

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Agradeço muito ao Padre Gianpietro, a Ir. Cacilda e aos missionários por me terem tirado da Cracolândia: foi o Anderson que falou comigo, me chamou para sair da rua e daquela vida. Quando aceitei, fui para a triagem, na Várzea, onde fiquei uns 20 dias. Depois fui para o sítio São Miguel Arcanjo, em Jarinu, onde passei mais ou menos um mês. De lá fui convidado a ajudar no Nossa Senhora da Paz. Com seis meses, voltei a morar com minha família.

Hoje, faço um trabalho de ‘evangelista’, levando a Palavra de Deus à gente das biqueiras, sempre com muita fé em Deus e no Cristo Jesus, fazendo as orações, atento à leitura diária da Palavra e sempre indo à Igreja.”

Marcos Aurélio (Marcão)

“Comecei a trabalhar cedo, ainda menino, com 13 para 14 anos, pois era o irmão mais velho e precisava ajudar na manutenção da família. Logo desenvolvi uma grande desenvoltura para os negócios e muita facilidade de relacionamento com as pessoas e, por isto, também o envolvimento com as coisas do mundo, sem prestar atenção em princípios morais ou coisas certas e erradas. A vaidade, o orgulho e a soberba foram tomando conta de mim, assim como o álcool e a prostituição, sempre em ritmo e

intensidade maiores, até me perder por completo.

Um dia, de manhãzinha, estava saindo da gandaia, onde passei toda a noite com mulheres e bebendo, quando, na praça do Correio, fui abordado pelo Eliomar e um outro missionário. Falaram-me de Deus, da Palavra, e de um mundo novo baseado na Palavra do Cristo, na verdade. Falaram da restauração da pessoa, do fim das dependências, seja do álcool, das drogas, do sexo ou dos negócios atrapalhados. Senti vontade de largar todo aquele mundo que eu estava vivendo e começar uma nova vida. Acabei indo para a Casa São Damião de Molokai, onde fiquei quatro meses.

De fato, ao entrar ali, acolhido pelos missionários, coordenadores, voluntários e outros irmãos acolhidos da Missão Belém, abriu-se para mim a porta de uma nova vida. Minha vida mudou completamente. A Comunidade foi uma bênção de Deus, um perdão de Deus para a minha vida, onde encontrei minha segunda casa, minha família. A Missão Belém abriu-me os olhos para ser um bom irmão, coisa que eu ainda não havia sabido ser.

Na Casa Molokai descobri a doação, o amor pelo irmão, o próprio amor do Cristo, porque os irmãos se dão sem esperar qualquer retribuição, e aprendi também a amar, amar verdadeiramente, doando-me e doando meus talentos

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e habilidades, e, assim, pude ser um colaborador da Casa, oferecendo minhas experiências como administrador. Lá também aprendi a como recuperar minha espiritualidade, o sentido do perdão de Deus para todos os meus pecados, e como buscar sempre a Deus na oração, na adoração, na Santa Missa e na Eucaristia. Passei a viver com regularidade o Diário Espiritual, a oração (principalmente a recitação diária do Terço), a viver a verdade e a missão pelos irmãos.

Hoje, ainda tenho alguma dificuldade para o encontro com Deus, mas venho perseverando na oração e, principalmente, na observação da Palavra e levando a Palavra a outros irmãos, também necessitados, principalmente na Triagem, aonde vou com frequência para ajudar. Sinto-me muito bem evangelizando, tanto na Triagem como na rua. Voltei para casa, para morar com minha mãe, em 1º de maio, e não me tem faltado nada, embora não tenha um trabalho fixo. Venho realizando trabalhos temporários de consultoria e treinamento de recursos humanos, principalmente para a área financeira. Tenho fugido mesmo de voltar a trabalhar nesta

área financeira, na qual os negócios (assim como em muitas outras áreas) acabam se misturando com meias verdades ou falsas verdades, mulheres e álcool, principalmente. É quase uma “regra” dos negócios. Porém, eu quero viver na verdade, sem falsidades, sem prostituição.

A soberba e a vaidade em mim foram quebradas na Missão Belém, de modo especial em uma ocasião em que foi preciso ir buscar um senhor que não podia se mover, em cadeira de rodas. Estava muito sujo, defecado, tinha um cheiro muito ruim, e eu o carreguei no colo, dei-

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lhe banho e o alimentei. Naquele momento, senti naquele irmão o próprio Cristo, que me permitiu a graça de poder dar-me totalmente, e de forma inteiramente gratuita.

Tenho a inteira convicção de que sem a ação de Deus, do seu toquezinho divino, eu jamais teria saído daquele mundo. Só com o Cristo, com a sua Palavra, orando e adorando, é possível a recuperação, a restauração do ser humano tomado pelo pecado. É só com a misericórdia do Cristo, pois nossas pernas são muito frágeis para tentarmos fazer isto sozinhos.”

Simone Maria

“Hoje, estou caminhando apegada à Palavra do Senhor e à proteção da Virgem Maria, sempre rezando o Terço, morando com minha mãe e meus três filhos e vivendo do meu trabalho de costura, que, mesmo sem ser permanente e não ter registro em carteira, pela graça de Deus tem me permitido, com a ajuda de minha mãe, manter a mim e meus filhos, mas a situação é bem apertada. Por isto, estou procurando um trabalho que seja mais estável e possa dar mais tranquilidade para a gente.

Embora tenha ficado na Missão Belém só 20 dias, na Casa Sara, isto foi o suficiente para abrir meus olhos, sentir novamente a

vontade de viver, de cuidar de meus filhos e me ajudou muito a voltar para casa. Fiquei apenas este pouco tempo porque, quando os missionários me resgataram do inferno da Cracolândia, eu já estava muito doente, e grávida. Fui muito bem recebida, acolhida com muito carinho, e as pessoas, como verdadeiras irmãs, me deram toda atenção e os cuidados especiais de que eu precisava e me encaminharam para o hospital. Eu estava com pneumonia e tuberculose, e fiquei bastante tempo internada.

Eu já tinha duas filhas, agora nasceu o Lucas, que está com dois meses. Nesta caminhada com o foco firme em Jesus, consegui readquirir a confiança de minha família, principalmente de mamãe e de meu

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irmão, que aceitou batizar meu menino.

Dos meus 33 anos, em 22 eu fui usuária de drogas, ou seja, comecei a usar bem cedo, ainda menina. Apesar da dependência cada vez maior, eu conseguia manter uma certa vida social, até que aconteceu a segunda gravidez. Tive uma forte depressão pós-parto e fiquei completamente desorientada. Como consequência, afundei-me ainda mais nas drogas, perdi o trabalho e toda autoestima que ainda pudesse ter. Nada mais fazia qualquer sentido e fui parar na Cracolândia, onde ‘vivi’ três anos.

Nesse tempo, houve uma outra tentativa de resgate: fui para uma casa de mulheres de outra comunidade católica, onde comecei a sentir a possibilidade de restauração, orando, adorando o Senhor, mas acabei fugindo, e minha mãe, naquela situação, não me recebeu de volta. Fui de vez para as ruas, onde fiquei muito doente. Pensava em minhas filhas, queria mudar, recuperar a dignidade, mas não sentia forças para isso, não conseguia… foi o tempo de maior tristeza em toda a minha vida.

Nessa situação, me acabando, sentindo que minha vida estava indo embora, um dia eu estava orando, em desespero, pedindo com muita fé a proteção e ajuda de Maria e Jesus, quando apareceram dois missionários: era tão grande a minha vontade de mudar de vida, o meu arrependimento por toda

a minha vida errada, que Jesus imediatamente me concedeu a sua Graça, enviando-me aqueles dois anjos, mesmo ainda em oração, pedindo. Foi tão forte o impacto dessa atenção do Senhor comigo, gravada tão fundo no meu coração, que me senti viva e que poderia, sim, com a proteção e intercessão da Santíssima, conseguir a minha restauração.

Ali mesmo, sem nem pensar, aceitei acompanhar os missionários da Missão Belém, que me levaram para a Casa Sara. Pelas ruas do inferno, a Cracolândia, eu já tinha ouvido da Missão, mas não tinha tido coragem para ir até os missionários e irmãos, para pedir ajuda, mas Deus mandou aqueles dois anjos para me levarem.Sinto hoje que só Jesus Cristo nos dá firmeza, força, para construir uma nova vida, nem penso que, no meu caso, possa ser uma recuperação ou reconstrução… é construir mesmo, do zero.

E, diante da atenção particular de Deus comigo e, com certeza, do seu perdão, estou com muita vontade e disposição de fazer esse caminho de construção, por meus filhos, minha família e por mim mesma, como filha de Deus.

Para isso, é fundamental uma vida na espiritualidade, na Igreja, seguindo a Palavra e cumprindo um compromisso de oração, principalmente do Terço.”

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7. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou a eles uma parábola:8. “Se alguém convida você para uma festa de casamento, não ocupe o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que você;9. e o dono da casa, que convidou os dois, venha dizer a você: ‘Dê o lugar para ele’. Então você ficará envergonhado e irá ocupar o último lugar.10. Pelo contrário, quando você for convidado, vá sentar-se no último lugar. Assim, quando chegar quem o convidou, ele dirá a você: ‘Amigo, venha mais para cima’. E isso vai ser uma honra

para você na presença de todos os convidados.11. De fato, quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.”12. Jesus disse também ao fariseu que o tinha convidado: “Quando você der um almoço ou jantar, não convide amigos, nem irmãos, nem parentes, nem vizinhos ricos. Porque esses irão, em troca, convidar você. E isso será para você recompensa.13. Pelo contrário, quando você der uma festa, convide pobres, aleijados, mancos e cegos.14. Então você será feliz! Porque eles não lhe podem retribuir. E você receberá a recompensa na ressurreição dos justos.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 14, 7-14

Leia

hoje

: De

ut.

11-1

2

17

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

_____________________________________________________

Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

________________________________________________________________________________________

À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

________________________________________________________

___________________________________________________

Espiritualidade Belém: “Desejamos amar estes feridos no corpo e no Espírito, estes corações despedaçados por granadas silenciosas que a sociedade explode sobre eles, minuto após minuto.” (Estatutos 54)

18

16. Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura.17. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito:18. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos,19. e para proclamar um ano de graça do Senhor.”20. Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os

que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.21. Então Jesus começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 4, 16-21

Leia

hoje

: De

ut.

13-1

4

19

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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_____________________________________________________

Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

_____________________________________________________

Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

________________________________________________________________________________________

À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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Espiritualidade Belém: “Desejamos amar estes pobres, famintos de Deus, pobres também de Deus, pobres que não conhecem os tesouros do Evangelho.” (continuação Estatutos 54)

20

1. No que diz respeito ao tempo e circunstâncias, não preciso escrever nada para vocês, irmãos.2. Vocês já sabem que o dia do Senhor chegará como ladrão à noite.3. Quando as pessoas disserem: “Estamos em paz e segurança”, então de repente a ruína cairá sobre elas, como dores do parto para a mulher grávida, e não conseguirão escapar.4. Mas vocês, irmãos, não vivem em trevas, de tal modo que esse dia possa surpreendê-los como um ladrão.5. Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.6. Portanto, não fiquemos dormindo como os outros.

Estejamos acordados e sóbrios.7. Pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite.8. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestidos com a couraça da fé e do amor e com o capacete da esperança da salvação.9. Pois Deus não nos destinou à sua ira, e sim para a salvação através de nosso Senhor Jesus Cristo,10. o qual morreu por nós a fim de que, acordados ou dormindo, fiquemos unidos a ele.11. Portanto, consolem-se mutuamente e ajudem-se uns aos outros a crescer, como aliás vocês já estão fazendo.

TRECHO PARA O DIÁRIO: 1 Tessalonicenses 5, 1-11

Leia

hoje

: De

ut.

15-1

6

21

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

_____________________________________________________

Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

________________________________________________________________________________________

À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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_____________________________________________________

Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Na simplicidade e na humildade, às vezes qual ovelhas entre lobos, procuraremos ser uma pequena semente do Reino de Deus que brota sem que os grandes o percebam.” (continuação Estatutos 54)

22

Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

A COMUNIDADE HUMANA1877. A vocação da humanidade é manifestar a imagem de Deus e ser transformada à imagem do Filho único do Pai. Esta vocação reveste-se de uma forma pessoal, pois cada um é chamado a entrar na bem-aventurança divina. Mas diz também respeito ao conjunto da comunidade humana.

ARTIGO 1A PESSOA E A SOCIEDADE

I. O caráter comunitário da vocação humana1878. Todos os homens são chamados ao mesmo fim, que é o próprio Deus. Existe uma certa semelhança entre a unidade das pessoas divinas e a fraternidade que os homens devem instaurar entre si, na verdade e no amor (1). O amor ao próximo é inseparável do amor a Deus.

1879. A pessoa humana tem necessidade da vida social. Esta não constitui para ela algo de acessório, mas uma exigência da sua natureza. Graças ao contacto com os demais, ao serviço mútuo e ao diálogo com os seus irmãos, o homem desenvolve as suas capacidades, e assim responde à sua vocação (2).1880. Sociedade é um conjunto de pessoas ligadas de modo orgânico por um princípio de unidade que ultrapassa cada uma delas. Assembleia ao mesmo tempo visível e espiritual, uma sociedade perdura no tempo: assume o passado e prepara

o futuro. Através dela, cada homem é constituído “herdeiro”, recebe «talentos» que enriquecem a sua identidade e cujos frutos deve desenvolver (3). Com toda a razão, cada um é devedor de dedicação às comunidades de que faz parte e de respeito às autoridades encarregadas do bem comum.

1881. Cada comunidade define-se pelo fim a que tende e, por conseguinte, obedece a regras específicas. Mas « pessoa humana é e deve ser o princípio, o sujeito e o fim de todas as instituições sociais» (4).

1882. Certas sociedades, como a família e a comunidade civil, correspondem de modo mais imediato à natureza do homem. São-lhe necessárias. Para favorecer a participação do maior número possível de pessoas na vida social, deve fomentar-se a criação de associações e instituições de livre iniciativa, «com fins econômicos, culturais, sociais, desportivos, recreativos, profissionais, políticos, tanto no interior das comunidades políticas como a nível mundial» (5). Esta «socialização» exprime também a tendência natural que leva os seres humanos a associarem-se, com vista a atingirem objetivos que ultrapassam as capacidades individuais. Desenvolve as qualidades da pessoa, particularmente o sentido de iniciativa e de responsabilidade, e contribui para garantir os seus direitos (6).

23

IX. UMA FILHA DE S. DOMINGOS

Foi poucas semanas depois, a 10 de Agosto, festa de S. Lourenço, que Rosa ingressou na Ordem dominicana como terciária. Seu rosto tinha uma expres-são radiante, quando ela ajoelhou-se na capela do Rosário em S. Domingos e ouviu seu confessor, o padre Alon-so Velasquez, iniciar a cerimônia da recepção:- “O’ Senhor Jesus Cristo, que te dig-naste revestir o aspecto mortal de nos-sa humanidade, suplicamos-te que, em tua grande misericórdia, te seja agra-dável abençoar estas vestes indicadas pelos santos Padres para serem usadas como sinal de inocência e humildade, a fim de que aquela revestida destas vestes seja digna de revestir-se de Ti, Cristo Nosso Senhor”.Rosa contemplou o hábito que o padre Alonso abençoava. Era o hábito dominicano de lã branca, estendido então sobre o altar – o mesmíssimo modelo usado por Santa Catarina de Sena e outras santas almas. Daí a poucos minutos passaria ela a usar o alvo vestido ao invés das belas roupas escolhidas por sua mãe.

O bom Deus abençoava uma pobre menina peruana com a vocação terci-ária dominicana. Dai a pouco já não estaria ela sozinha na tarefa de salvar a sua alma e a alma dos outros. As ora-ções dos dominicanos -padres, freiras, irmãos leigos, outros terciários – em toda parte se juntariam às suas de um modo especial. Rosa fechou os olhos inundada de felicidade, enquanto o padre Alonso a aspergia com água benta e continuava a oração:

- “Aspergia-te também o Senhor com o hissopo, a ti que vais ser agora re-vestida com o nosso hábito, para que

sejas purificada, e assim limpa e mais branca do que a neve possas aparecer externamente”.Maria de Oliva, ajoelhada a poucos passos, enxugou as lágrimas. Não era aquilo exatamente que ela planejara para sua filhinha favorita – uma vida no mundo como membro leigo de uma Ordem religiosa. Entretanto, que podia ela fazer? A menina recusava-se absolutamente a qualquer ideia de casamento. O que lhe interessava era salvar almas.

“Talvez ela mude de ideia daqui a algum tempo”, – disse a mãe para si, entre soluços. – Talvez depois de alguns meses ela achará muito dura a vida de terciária.Mas Rosa de Santa Maria, a nova filha de S. Domingos, sentia-se mais feliz do que nunca. Por fim palmilhava a mes-ma senda escolhida por Santa Catarina de Sena cerca de duzentos e cinqüenta anos antes. Até D. Gonçalo estava satisfeito, à medida que os meses passaram, de que Rosa tivesse escolhi-do o caminho certo. Embora outros homens e mulheres fossem chamados à vida religiosa, sua vocação era para tornar-se uma santa no mundo. Jamais a instigaria ele a ser freira em qualquer dos cinco conventos de Lima. ”Deus confiou a esta menina uma tarefa espe-cial” pensou D. Gonçalo. -”Ela será um modelo para todos que devem alcançar a perfeição sem o auxílio do claustro”.A 10 de Agosto de 1607, Rosa voltou à capela do Rosário na igreja de S. Do-mingos. Terminara seu ano de prova como terciária. Quereria ela continu-ar aquela vida? perguntou o padre Alonso Velasquez. Queria ela fazer uma promessa de viver de acordo com as regras da Ordem dominicana, até à morte?A jovem, então com 21 anos, não teve a menor dúvida quanto à sua vocação, e, como Rosa de Santa Maria, fez a necessária promessa. Tornara-se efeti-vamente membro da Ordem domini-cana.(continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

24

38. Jesus saiu da sinagoga, e foi para a casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela.39. Inclinando-se para ela, Jesus ameaçou a febre, e esta deixou a mulher. Então, no mesmo instante, ela se levantou, e começou a servi-los.40. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levavam a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles, e os curava.41. De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus.” Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque os demônios sabiam que ele era o Messias.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 4, 38-41

Leia

hoje

: De

ut.

17-1

8

25

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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Espiritualidade Belém: “Ressoam com intensidade especial, no nosso coração, as palavras evangélicas sobre os pobres, nossa Sarça ardente, nosso Sacrário: “Eu tive fome e vós me destes de comer, Eu tive sede e vós me destes de beber… Estava nu… e vós me assististes” (Cf. Mt 25,31s).” (Estatutos 55)

26

1. Certo dia, Jesus estava na margem do lago de Genesaré. A multidão se apertava ao seu redor para ouvir a palavra de Deus.2. Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago; os pescadores haviam desembarcado, e lavavam as redes. 3. Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou- se e, da barca, ensinava as multidões.4. Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avance para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca.”5. Simão respondeu: “Mestre, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes.”6. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as

redes se arrebentavam.]7. Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que fossem ajudá-los. Eles foram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.8. Ao ver isso, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!”9. É que o espanto tinha tomado conta de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer.10. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Mas Jesus disse a Simão: “Não tenha medo! De hoje em diante você será pescador de homens.”11. Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo, e seguiram a Jesus.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 5, 1-11

Leia

hoje

: De

ut.

19-2

0

27

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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Espiritualidade Belém: “Como no tempo de Jesus, hoje também o mundo está dividido por um profundo abismo que separa os poucos ricos dos muitos “Lázaros”. (Estatutos 56)

28

33. Eles disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações, mas os teus discípulos comem e bebem.”34. Mas Jesus disse: “Vocês acham que os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles?35. Mas vão chegar dias em que o noivo será tirado do meio deles; nesses dias eles vão jejuar.”36. Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para remendar roupa velha; senão, vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combina com a roupa velha.37. Ninguém coloca vinho novo em barris velhos; porque, de fato, o

vinho novo arrebenta os barris velhos, e se derrama, e os barris se perdem.38. Vinho novo deve ser colocado em barris novos.39. E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor.”

Leia

hoje

: De

ut.

21-2

2

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 5, 33-39

29

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “A Bíblia inteira está cheia desta distinção entre pobres e ricos. Os Pequenos, aqueles que não contam são o eixo da Misericórdia de Deus, o “Pequeno Resto” anunciado pelos profetas, a paixão vibrante de Maria, que no Magnificat canta a justiça de Deus: “Despediu os ricos de mãos vazias, encheu de bens os famintos” (Lc 1,53).” (Estatutos 57)

30

Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1883. Mas a socialização também oferece perigos. Uma intervenção exagerada do Estado pode constituir uma ameaça à liberdade e às iniciativas pessoais. A doutrina da Igreja elaborou o princípio dito da subsidiariedade. Segundo ele, «uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna duma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiá-la, em caso de necessidade, e ajudá-la a coordenar a sua ação com a dos demais componentes sociais, com vista ao bem comum» (7).1884. Deus não quis reservar só para Si o exercício de todos os poderes. Confia a cada criatura as funções que ela é capaz de exercer, segundo as capacidades da sua própria natureza. Este modo de governo deve ser imitado na vida social. O procedimento de Deus no governo do mundo, que testemunha tão grande respeito para com a liberdade humana, deveria inspirar a sabedoria daqueles que governam as comunidades humanas. Eles devem atuar como ministros da providência divina.1885. O princípio da subsidiariedade opõe-se a todas as formas de coletivismo e marca os limites da intervenção do Estado. Visa harmonizar as relações entre os

indivíduos e as sociedades e tende a instaurar uma verdadeira ordem internacional. II. Conversão e sociedade 1886. A sociedade é indispensável à realização da vocação humana. Para atingir esse fim, tem de ser respeitada a justa hierarquia dos valores, que «subordina as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais» (8):«A convivência humana [...] há de considerar-se, antes de mais, como um fato de ordem principalmente espiritual: como comunicação de conhecimentos, à luz da verdade; exercício de direitos e cumprimento de deveres; incentivo e apelo aos bens do espírito; gozo comum do justo prazer da beleza em todas as suas expressões; permanente disposição para partilhar com os outros o melhor de si mesmo; aspiração a uma mútua e cada vez mais rica assimilação de valores espirituais. Todos estes valores vivificam e, ao mesmo tempo, orientam tudo o que diz respeito às doutrinas, às realidades econômicas, à convivência cívica, aos movimentos e regimes políticos, à ordem jurídica e aos demais elementos exteriores através dos quais se articula e se exprime a convivência humana no seu incessante devir» (9).

31

Tempos passaram-se. Quanto às apa-rências exteriores Rosa parecia ter mu-dado muito pouco: continuava a viver sossegadamente em casa, cultivando suas flores e fazendo os finos lavores de agulha para as ricas senhoras de Lima. Uma mudança, entretanto, surgi-ra. Pouco a pouco, recebendo devota-mente a santa Eucaristia, suportando com paciência dificuldades e aflições, a filha de Gaspar estava tornando-se lentamente mais semelhante a Cristo. As vezes, quando sua mãe ralhava, que ela tomava pouco cuidado com a saúde, ela respondia gentilmente: - A senhora e eu viveremos tanto tempo quanto Deus quiser, mamãe. Quando o trabalho que Ele nos deu estiver terminado então poderemos preocupar-nos com nossa saúde.

Querida mamãe, a vida é, na verdade, muito simples, quando nos lembrar-mos apenas que somos servas – servas de Deus e de nossos semelhantes.- Servas! Quem está querendo ser serva? Rosa, este modo de falar é de-sagradável. Se for assim, um negro ou um índio vale tanto como um homem branco. E uma pessoa rica e educada não é melhor do que um ignorante mendigo! E dizer que você fala deste modo, depois de tudo que fiz por você!…Rosa respirou. - Mamãe, por favor, não se zangue! Eu estou só tentando ajudar um pouco. Afinal, se nós realmente acreditamos que Deus é nosso Pai e Seu Filho, nosso Irmão…- Chega de sermão, senhorita! Desde que você é terceira, ficou piedosa de mais para mim. Só quero que se lembre disto: Não me fale mais em ser serva. Seu pai pode ser pobre, mas pertence a uma boa família. E eu também!O fracasso desta e outras conversações provaram a Rosa o que ela sempre

soubera, isto é, que o consolo para um coração solitário pode ser encontrado na oração. Na oração, a fraca natureza humana eleva-se em busca de Deus e com seu auxílio torna-se forte. Aflições de toda espécie, quando a Ele ofereci-das em união com os sofrimentos que seu Filho padeceu na terra, transfor-mam-se em merecimentos de incalcu-lável valor. Este era um dos motivos de haver na terra tanta tristeza: sem dores, bem poucas almas jamais pensa-riam em voltar-se para Deus. “Todo mundo quer ser feliz”, – pen-sava Rosa muitas vezes. – “Para isto fomos criados. Como é difícil, porém, lembrar-nos que só o maior dos bens – o próprio Deus – pode satisfazer-nos”.

No Domingo de Ramos do ano de 1610, Rosa, então com vinte e quatro anos de idade, dirigiu-se à igreja de S. Domingos para assistir à S. Missa. Enquanto dois irmãos leigos termina-vam a distribuição das palmas bentas ao povo, o coro rompeu num hino triunfante e todos se apressaram para tomar parte na procissão. Rosa hesi-tou. Por um motivo ou outro ela fora esquecida na distribuição dos ramos viridentes. Somente ela, de toda gente na igreja, não recebera a palma benta.“Por quê?” – pensou ela. – Dar-se-á o caso de não ser eu digna de seguir com os outros?” Afastou, entretanto, essa ideia de desapontamento. Teria sido apenas um descuido. O Irmão estivera muito atarefado para notá-la. Não ha-veria também motivo por que ela não se reunisse à procissão. Embora não tivesse uma palma para levar, podia lembrar-se do primeiro domingo de ramos, quando Nosso Senhor entrara em Jerusalém entre aclamações de seus jubilantes seguidores. Quando o coro terminou o cântico e a longa fila de povo voltou aos lugares, Rosa lançou um rápido olhar à capela do Rosário. Como amava aquela ima-gem de Nossa Senhora com o Menino! Aqui, quatro anos antes, recebera da Mãe Bem-aventurada a aprovação à sua vocação para a Ordem Terceira dominicana. (continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

32

21. Antigamente vocês eram estrangeiros e inimigos de Deus, por causa das obras más que praticavam e pensavam.

22. Agora, porém, com a morte que Cristo sofreu em seu corpo mortal, Deus reconciliou vocês, para torná-los santos, sem mancha e sem reprovação diante dele.

23. Isso tudo, sob a condição de que vocês permaneçam alicerçados e firmes na fé, sem se deixarem afastar da esperança no

Evangelho que vocês ouviram, e que foi anunciado a toda criatura que vive debaixo do céu. Eu, Paulo, me tornei ministro desse evangelho.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Colossenses 1, 21-23

Leia

hoje

: De

ut.

23-2

4

33

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “...O NOSSO MAIOR DESAFIO É QUE ESTES POBRES SE TORNEM “ANAWIM” POBRES DE IHAWEH, ATRAVÉS DA PALAVRA DE DEUS, CONQUISTADOS PELO AMOR DE DEUS, COMO MARIA, JOSÉ, OS APÓSTOLOS... (Estatutos 58)

34

25. Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele disse:26. “Se alguém vem a mim, e não dá preferência mais a mim que ao seu pai, à sua mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida, esse não pode ser meu discípulo.27. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.28. De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?29. Caso contrário, lançará o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso, começarão a caçoar, dizendo:30. ‘Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’31. Ou

ainda: Se um rei pretende sair para guerrear contra outro, será que não vai sentar-se primeiro e examinar bem, se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil?32. Se ele vê que não pode, envia mensageiros para negociar as condições de paz, enquanto o outro rei ainda está longe.33. Do mesmo modo, portanto, qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.

Leia

hoje

: De

ut.

25-2

6

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 14, 25-33

35

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Desejamos, com o coração de Jesus, levar esta Boa Nova aos pobres de hoje e, no mesmo tempo, com nossa vida, indicar um caminho para os “ricos”, VIGIANDO CUIDADOSAMENTE PARA NÃO SERMOS NÓS MESMOS RICOS.” (Estatutos 59)

36

24. Agora eu me alegro de sofrer por vocês, pois vou completando em minha carne o que falta nas tribulações de Cristo, a favor do seu corpo, que é a Igreja.25. Eu me tornei ministro da Igreja, quando Deus me confiou este encargo junto a vocês: anunciar a realização da Palavra de Deus, 26. o mistério escondido desde o começo dos tempos e gerações, e que agora é revelado aos cristãos.27. Deus quis manifestar aos cristãos a riqueza gloriosa que este mistério representa para os pagãos, isto é, o fato de que Cristo, a glória esperada, está em vocês.28. E é esse Cristo que anunciamos, aconselhando e

ensinando a todos com plena sabedoria, para que todos sejam cristãos perfeitos.29. É para isso que me esforço e luto, sustentado pela força de Cristo que age de forma poderosa em mim.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Colossenses 1, 24-29

Leia

hoje

: De

ut.

27-2

8

41

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “ENQUANTO EXISTIR UM POBRE NESTA TERRA, RICO SERÁ QUEM PODE FAZER ALGO POR ELE E NÃO O FAZ: “Se alguém, possuindo bens (fosse até uma migalha) nesse mundo, vê seu irmão na necessidade e lhe fecha o coração, como permanecerá nele o Amor de Deus” (1 João 3,17).”(Estatutos 60)

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1887. A inversão dos meios e dos fins (10), que chega a dar valor de fim último ao que não passa de meio para a ele chegar ou a considerar as pessoas como puros meios com vista a um fim, gera estruturas injustas que «tornam árduo e praticamente impossível um procedimento cristão, conforme com os mandamentos do divino legislador» (11).1888. Deve-se, pois, apelar para as capacidades espirituais e morais da pessoa e para a exigência permanente da sua conversão interior, para se conseguirem mudanças sociais que estejam realmente ao seu serviço. A prioridade reconhecida à conversão do coração, não elimina de modo algum, antes impõe, a obrigação de introduzir nas instituições e nas condições de vida, quando introduzem ao pecado, as correções convenientes para que elas se conformem com as normas da justiça e favoreçam o bem, em vez de se lhe oporem (12).

1889. Sem a ajuda da graça, os homens não seriam capazes de «descobrir o caminho, muitas vezes estreito, entre a cobardia que cede ao mal e a violência que, julgando combatê-lo, o agrava» (13). É o caminho da caridade, ou seja, do amor de Deus e do próximo. A caridade constitui o maior mandamento social. Ela respeita o outro e os seus direitos, exige a prática da justiça, de que só ela nos torna capazes e inspira-nos uma vida de entrega: «Quem procurar preservar a vida, há de perdê-la; quem a perder,

há de salvá-la» (Lc 17, 33).

Resumindo:1890. Existe uma certa semelhança entre a unidade das pessoas divinas e a fraternidade que os homens devem instaurar entre si. 1891. Para se desenvolver em conformidade com a sua natureza, a pessoa humana tem necessidade da vida social. Certas sociedades, como a família e a comunidade civil, correspondem, de modo mais imediato, à natureza do homem. 1892. «A pessoa humana é e deve ser o princípio, o sujeito e o fim de todas as instituições sociais» (14).1893. Deve promover-se uma larga participação nas associações e instituições de livre iniciativa.

1894. Segundo o princípio da subsidiariedade, nem o Estado nem qualquer sociedade mais abrangente devem substituir-se à iniciativa e à responsabilidade das pessoas e dos corpos intermédios.1895. A sociedade deve favorecer a prática das virtudes, e não impedi-la. Deve inspirar-se numa justa hierarquia de valores. 1896. Onde quer que o pecado perverta o clima social, deve fazer-se apelo à conversão dos corações e à graça de Deus. A caridade incentiva reformas justas. Não existe solução para a questão social fora do Evangelho (15).

39

Naquela tarde domingueira, em que ela se vira forçada a permanecer de joelhos, uma voz falara em seu coração, e a voz lhe dissera que o trabalho de sua salvação não devia ser feito num mosteiro. Pelo contrário, havia de ficar no mundo e ser uma santa no ambiente cotidiano.“E não estou triste porque o Irmão esqueceu-se de dar-me uma palma benta. A palma que eu na verdade desejo é uma que jamais murchará, aquela que dais aos bem-aventurados no céu”.Enquanto Rosa suspirava esta pequena oração, viu maravilhada que a Mãe bendi-ta sorria e virava-se .amorosamente para a Criança em seus braços. Ninguém mais na igreja apinhada viu o milagre, nem ouviu as palavras que o Menino então proferiu:“Rosa de meu coração, sê minha esposa!”. Rosa, entretanto, viu e ouviu e seu coração encheu-se de pura alegria. Deus a abenço-ara novamente com outro dom maravi-lhoso! Na igreja que ela tanto amava Ele lhe dizia que ela estava realmente contada entre as eleitas!“E’ demais para mim!” – murmurou. – “Não sou digna de tanto amor!”.Sabia, contudo, que não se enganara sobre a visão. Ela, uma pobre menina do Peru, escolhida desde a eternidade para perten-cer a Deus, para ser uma de suas amigas bem amadas e para sempre!

O resto do dia, Rosa não pôde pensar em outra coisa. Quando Fernando lhe obser-vou que parecia felicíssima, ela concordou com um aceno. – E’ bem verdade, estou felicíssima. E te-nho outro favor a pedir. Desejo que você mande fazer um anel para mim. Apenas um anel simples, desenhado por você. Fernando, você fará isso para mim? E’ de fato muito importante.O rapaz perscrutou a fisionomia ansiosa da irmã, e compreendeu que algo fora do comum acontecera. Durante anos e anos Rosa pensara constantemente nas outras pessoas rezando por elas, ajudando-as

quando estavam doentes, cuidando que o pobre tivesse todas as flores e frutos que ela podia poupar do jardim. Chegara final-mente a vez em que ela desejava alguma coisa para si. - Naturalmente, eu arranjo um anel para você. Quer um de ouro ou de prata? E qual é a sua pedra preferida?Rosa hesitou. Ambos aqueles metais eram comuns no Peru, como também diaman-tes e esmeraldas, que se encontravam em abundância nas minas dos Andes. Ela podia realmente possuir um lindo anel e sem muita despesa.- Eu gostaria de um anel de ouro, Fernan-do, mas sem pedra alguma. Só um aro simples.- E que tal um lema gravado? Umas poucas palavras no lado externo, e isto pode ser feito facilmente.- Que palavras você sugere?O moço pensou um momento:- Que acha destas: “Rosa de meu Coração, sê minha esposa”? O coração da moça transbordou. Ela nem podia conter sua grande emoção. Sem imaginá-lo, o irmão fora divinamente inspirado a escolher -as mesmas palavras que ela ouvira na igreja, as palavras que lhe dirigira naquela manhã o próprio Menino Jesus.

Quando ficou novamente só, Rosa dirigiu-se a seu oratoriozinho nos fundos do jar-dim. Rosa, pensava na graça maravilhosa que lhe fora dada aquela manhã na igreja dos dominicanos. E havia, naturalmente, o anel – o lindo anel de ouro que ela usaria sempre para lembrar-se que pertencia a Nosso Senhor. Como poderia esquecer isto?“E’ domingo de Ramos, – pensou. – Se meu anel estiver pronto quarta-feira, talvez o padre Alonso possa colocá-lo no sacrário na Quinta-feira Santa. Seria esplêndido”.Com certeza teria de haver um bocado de explicações para que o confessor enten-desse. “Farei o que puder”, – resolveu ela consigo. – “Nosso Senhor está escondido no Sacrário na Quinta-feira Santa, e eu quero que meu anel esteja com ele nessa ocasião. No domingo de Páscoa, quando ele volta cheio de glória, eu receberei o anel e usá-lo-ei até à morte”.(continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

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6. Já que vocês aceitaram Jesus Cristo como Senhor, vivam como cristãos: 7. enraizados nele, vocês se edificam sobre ele e se apóiam na fé que lhes foi ensinada, transbordando em ações de graças.8. Cuidado para que ninguém escravize vocês através de filosofias enganosas e vãs, de acordo com tradições humanas, que se baseiam nos elementos do mundo, e não em Cristo.9. É em Cristo que habita, em forma corporal, toda a plenitude da divindade. 10. Em Cristo vocês têm tudo de modo pleno. Ele é a cabeça de todo principado e de toda autoridade.11. Em Cristo vocês foram circuncidados com uma circuncisão não feita por mãos humanas, mas com a circuncisão de Cristo, a qual

consiste em despojar-se do corpo carnal. 12. Com ele, vocês foram sepultados no batismo, e nele vocês foram também ressuscitados mediante a fé no poder de Deus, que ressuscitou Cristo dos mortos.13. Vocês estavam mortos por causa das faltas e da incircuncisão da carne, mas Deus concedeu a vocês a vida juntamente com Cristo: Ele perdoou todas as nossas faltas,14. anulou o título de dívida que havia contra nós, deixando de lado as exigências legais; fez o título desaparecer, pregando-o na cruz;15. destituiu os principados e autoridades, oferecendo-os em espetáculo público, após triunfar sobre eles por meio de Cristo.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Colossenses 2, 6-15

Leia

hoje

: De

ut.

29-3

0

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Passando pela “desestruturação” do nosso ser, descobriremos que a Santidade é um caminho “em descida” e que a humilhação nos conduz à humildade e ao verdadeiro encontro com Deus. Se não formos “reduzidos a pobres”, como entenderemos os pobres?” (Estatutos 61)

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20. Levantando os olhos para os discípulos, Jesus disse: “Felizes de vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence.21. Felizes de vocês que agora têm fome, porque serão saciados. Felizes de vocês que agora choram, porque hão de rir.22. Felizes de vocês se os homens os odeiam, se os expulsam, os insultam e amaldiçoam o nome de vocês, por causa do Filho do Homem.23. Alegrem-se nesse dia, pulem de alegria, pois será grande a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas.24. Mas, ai de vocês, os ricos, porque já têm a

sua consolação!25. Ai de vocês, que agora têm fartura, porque vão passar fome! Ai de vocês, que agora riem, porque vão ficar aflitos e irão chorar!26. Ai de vocês, se todos os elogiam, porque era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 6, 20-26

Leia

hoje

: De

ut.

31-3

2

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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Espiritualidade Belém: “Deus dá a todos o chamado de ajudar os pobres e a alguns o chamado de “Ser Pobres”. Os Membros Inseridos, são chamados a ser pobres e a manifestar o Amor forte e misericordioso de Deus, na radical proximidade e inserção no meio dos mais pobres materialmente...“E o Verbo se fez carne e se acampou no nosso meio” (Jo 1,14). (Est.63/64)

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12. Como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência.13. Suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente, sempre que tiverem queixa contra alguém. Cada um perdoe o outro, do mesmo modo que o Senhor perdoou vocês.14. E acima de tudo, vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição.15. Que a paz de Cristo reine no coração de vocês. Para essa paz vocês foram chamados, como membros de um mesmo corpo. Sejam também agradecidos.16. Que a palavra de Cristo permaneça em vocês com toda a sua riqueza, de modo que possam instruir-se e aconcelhar-se mutuamente com toda a sabedoria. Inspirados pela graça, cantem a Deus, de todo o

coração, salmos, hinos e cânticos espirituais.17. E tudo o que vocês fizerem através de palavras ou ações, o façam em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus Pai por meio dele.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Colossenses 3, 12-17

Leia

hoje

: De

ut.

33-3

4

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Trata-se de um “verdadeiro casamento” com Santa Pobreza, que não leva somente a ser como os pobres deste mundo, mas sobretudo a ser COMO o nosso Pai do Céu: Deus Pobre, Deus Humilde, Deus Pequeno.” (Estatutos 65)

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

ARTIGO 2 A PARTICIPAÇÃO NA VIDA SOCIAL

I. A autoridade1897. «A sociedade humana não estará bem constituída nem será fecunda, se a ela não presidir uma autoridade legítima que salvaguarde as instituições e dedique o necessário trabalho e esforço ao bem comum» (16).Chama-se «autoridade» àquela qualidade em virtude da qual pessoas ou instituições dão leis e ordens a homens e esperam obediência da parte deles.1898. Toda a comunidade humana tem necessidade de uma autoridade que a governe (17). Esta tem o seu fundamento na natureza humana. Ela é necessária para a unidade da comunidade civil. O seu papel consiste em assegurar, quanto possível, o bem comum da sociedade.

1899. A autoridade exigida pela ordem moral emana de Deus: «Submeta-se cada qual às autoridades constituídas. Pois não há autoridade que não tenha sido constituída por Deus e as que existem foram estabelecidas por Ele. Quem resiste, pois, à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus, e os que lhe resistem atraem sobre si a condenação» (Rm 13, 1-2) (18).1900. O dever de obediência impõe a todos a obrigação de tributar à autoridade as honras que lhe são

devidas e de rodear de respeito e, segundo o seu mérito, de gratidão e benevolência, as pessoas que a exercem.Saída da pena do papa São Clemente de Roma, encontramos a mais antiga oração da Igreja pela autoridade política (19):«Dai-lhes, Senhor, a saúde, a paz, a concórdia, a estabilidade, para que exerçam sem obstáculos a soberania que lhes confiastes. Sois Vós, ó mestre, celeste rei dos séculos, quem dá aos filhos dos homens glória, honra e poder sobre as coisas da terra. Dirigi, Senhor, o seu conselho segundo o que é bem, segundo o que é agradável aos vossos olhos, para que, exercendo com piedade, na paz e na mansidão, o poder que lhes destes, Vos encontrem propício» (20).

1901. Se a autoridade remete para uma ordem fixada por Deus, já «a determinação dos regimes políticos, tal como a designação dos seus dirigentes, devem ser deixados à livre vontade dos cidadãos» (12).A diversidade dos regimes políticos é moralmente admissível, desde que concorram para o bem legítimo da comunidade que os adota. Os regimes cuja natureza for contrária à lei natural, à ordem pública e aos direitos fundamentais das pessoas, não podem promover o bem comum das nações onde se impuseram.

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X. A EREMITANa manhã de 14 de Julho, poucos meses depois de Rosa ter recebido o anel de ouro, os sinos de Lima plangiam sua mú-sica fúnebre pela cidade. O santo missio-nário franciscano, padre Francisco Solano, morrera. O padre Francisco era na verdade um san-to. Anos atrás, em 1589, quando ele viera a primeira vez ao Novo Mundo, naufra-gara com seus companheiros nas costas da Colômbia. Durante semanas o pequeno grupo de náufragos vagueara pelas flores-tas litorâneas sem encontrar viva alma. Em breve alguns dos homens sucumbiram ao comer plantas venenosas, e o desespero apoderou-se do resto. Somente o padre Francisco conservou-se calmo. Insistiu com seus companheiros que permanecessem perto da costa. Outro barco, assegurou-lhes, chegaria em breve do Panamá e os levaria a salvo ao Peru.

- Eu me lembro quando ele finalmente chegou a Lima, – disse Mariana vagaro-samente, – Ficamos tão desapontadas quando ele insistiu em deixar-nos quase imediatamente… Ah, senhora, ele já estava debilitado de tanto labutar, e no entanto não vacilou em andar mil e qua-trocentas milhas, através de montanhas e selvas, para ir em missão à Argentina.- E fez essa caminhada duas vezes, Maria-na. Não esqueça isto. - Sim, senhora; onze anos mais tarde, quando seu duro labor entre os índios ter-minara. Que boa alma ele era! Bem, vou buscar os rosários e medalhas.Lá fora, no jardim, entre suas amadas arvores e flores, Rosa pensava também no padre Francisco. Jamais esqueceria aquele dia de Dezembro de 1604 em que o frade, revestido do burel pardo, pregara o famoso sermão na praça do mercado. Ela tinha então dezoito anos. Agora, seis anos depois, sua memória estava ainda vívida.“Ele disse ao povo que fizesse penitência. – lembrava-se. – Repetiu que Deus destrui-

ria Lima se não cessassem de ofendê-lo. Havia, aquela noite, bastantes padres para ouvir quem quisesse confessar-se. Inimigos se reconciliavam, bens roubados eram restituídos aos donos, três mil casamentos se celebraram. Ah, querido padre Francis-co, dá-me um pouco daquele zelo pelas almas, que tão sinceramente possuías!” Depois de dizer sua breve oração, Rosa encaminhou-se pela vereda que conduzia ao fundo do jardim. Aí esperava-a Dona Maria de Usátegui, esposa de D. Gonçalo, que abraçou Rosa afetuosamente.- Minha querida, quero dizer uma palavri-nha a você somente. Rosa, meu bem, você gostaria de morar com D. Gonçalo e eu? Ser como uma filha nossa…Meu marido e eu ternos certeza de que você seria mais feliz conosco. Pois que sua mãe não pode entender a espécie de vida que você deseja, e que ela não se sentiu feliz em ver você entrar na Ordem terceira de S. Domingos… Era bem verdade! Maria de Oliva não perdia uma oportunidade para demonstrar sua reprovação a terciárias dominicanas.- Mamãe ainda não compreende. Acha difícil crer que eu continue a ser a mesma, debaixo deste hábito branco.

- Exatamente. Eu e meu marido já lhe ouvimos algumas criticas. Querida ami-guinha, nós temos uma casa enorme, e muitos bens deste mundo. Por que não vem morar conosco? As crianças ficariam tão contentes!…O resto daquele dia, e nos dias seguintes, Rosa ponderou o amável oferecimento de Dona Maria de Usátegui. Por fim decidiu recusar.Embora Maria de Oliva frequentemente achasse defeitos na vida de terciáriadominicana, com tantas orações e sacri-fícios, à qual sua filha se dedicara, Rosa sabia que suas aflições podiam transfor-mar-se em grandes méritos. “Há muito tempo – pensava – ofereci-me para rezar e sofrer pelos outros. Amado Senhor, não me deixeis fugir de qualquer pena agora. Que a falta de compreensão de Mamãe sirva para unir-me mais estrei-tamente a vós. Que isto contribua para fazer-me santa”. (continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

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27. “Mas, eu digo a vocês que me escutam: amem os seus inimigos, e façam o bem aos que odeiam vocês. 28. Desejem o bem aos que os amaldiçoam, e rezem por aqueles que caluniam vocês.29. Se alguém lhe dá um tapa numa face, ofereça também a outra; se alguém lhe toma o manto, deixe que leve também a túnica.30. Dê a quem lhe pede e, se alguém tira o que é de você, não peça que devolva.31. O que vocês desejam que os outros lhes façam, também vocês devem fazer a eles.32. Se vocês amam somente aqueles que os amam, que gratuidade é essa? Até mesmo os pecadores amam aqueles que os amam.33. Se vocês fazem o bem somente aos que lhes fazem o bem, que gratuidade é essa? Até mesmo os pecadores fazem assim.34. E se vocês emprestam somente para aqueles de quem esperam

receber, que gratuidade é essa? Até mesmo os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia.35. Ao contrário, amem os inimigos, façam o bem e emprestem, sem esperar coisa alguma em troca. Então, a recompensa de vocês será grande, e vocês serão filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e maus.36. Sejam misericordiosos, como também o Pai de vocês é misericordioso.”37. “Não julguem, e vocês não serão julgados; não condenem, e não serão condenados; perdoem, e serão perdoados.38. Dêem, e será dado a vocês; colocarão nos braços de vocês uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. Porque a mesma medida que vocês usarem para os outros, será usada para vocês.” _ Lucas 6, 27-38

Leia

hoje

: Jo

sué

1-2

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “O Trono da Santa Pobreza está no coração da Trindade e todo sacrifício e abnegação, aniquilamento, nesta terra, joga-nos nos braços de Deus Trino.” (continuação Estatutos 65)

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5. Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo:6. Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus.7. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, 8. humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!9. Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;10. para

que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra;11. e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Filipenses 2, 5-11

Leia

hoje

: Jo

sué

3-4

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Na Santíssima Trindade, cada pessoa coincide com seu total esvaziamento para que o outro seja afirmado. Isso nos mostrou Jesus com sua encarnação.(Cf. Fl 2,1ss)” (continuação Estatutos 65)

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Continuemos com a meditação sobre a cruz de jesus por meio das palavras que o papa francisco pronunciou na via sacra com os jovens, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro durante o JMJ.

“Queridos jovens,Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor e de amor, o caminho da cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o bem-aventurado João Paulo II quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-lhes: “Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção” (Palavras aos

jovens [22 de abril de 1984]: Insegnamenti VII,1 [1984], 1105). A partir de então a cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram.

Ninguém pode tocar a cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso país? E o que terá deixado a cruz de Jesus em cada um de vocês?

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E, finalmente, o que esta cruz ensina para a nossa vida?

Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: “Para onde vais, Senhor?”. E a resposta de Jesus foi: “Vou a Roma para ser crucificado outra vez”. Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na cruz. Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa

os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos.

Com a cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente

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pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho.

Na cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida (cf. Jo 3,16).

E assim podemos responder à segunda pregunta: o que foi que a cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós? Deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar.

Na cruz de Cristo, está todo

o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele (cf. Carta Encíclica Lumen fidei, 16)! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida.

O primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de “Terra de Santa Cruz”. A cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco.

Mas a cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre,

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quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão.

Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres… Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos.

Queridos amigos, a cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?

Queridos jovens, levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a cruz de Cristo; encontraremos um coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor.

Assim seja!”.

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11. Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, me dá a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada.14. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade.15. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça, cuidar dos porcos.16. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam.17. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão

com fartura, e eu aqui, morrendo de fome...18. Vou me levantar, e

vou encontrar meu pai, e dizer a ele: Pai, pequei contra Deus e contra ti;19. já não mereço que me chamem teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.20. Então se levantou, e foi ao encontro do pai. Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos.21. Então o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho’.22. Mas o pai disse aos empregados: ‘Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés.23. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete.24. Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’. E começaram a festa. Lucas 15, 11-24

Leia

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5-6

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Procuraremos portanto todas as misérias humanas, todas as situações difíceis e sacrificadas, todas as pobrezas e as transformaremos em trampolim de Amor. Na Cruz, crucificados com o nosso Deus Crucificado, aprenderemos o sentido do Amor.” (continuação Estatutos 65)

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1902. A autoridade não recebe de si mesma a legitimidade moral. Por isso, não deve proceder de maneira despótica, mas agir em prol do bem comum, como uma «força moral fundada na liberdade e no sentido de responsabilidade» (22): «A legislação humana só se reveste do caráter de lei, na medida em que se conforma com a justa razão; daí ser evidente que ela recebe todo o seu vigor da Lei eterna. Na medida em que se afastar da razão, deve ser declarada injusta, pois não realiza a noção de lei: será, antes, uma forma de violência» (23).

1903. A autoridade só é exercida legitimamente na medida em que procurar o bem comum do respectivo grupo e em que, para o atingir, empregar meios moralmente lícitos. No caso de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, tais disposições não podem obrigar as consciências. «Neste caso, a própria autoridade deixa de existir e degenera em abuso do poder» (24).1904. «É preferível que todo o poder seja equilibrado por outros poderes e outras competências que o mantenham no seu justo limite. Este é o princípio do “Estado de direito”, no qual é soberana a Lei, e não a vontade arbitrária dos homens» (25).II. O bem comum1905. Em conformidade com a natureza social do homem, o bem de cada um está

necessariamente relacionado com o bem comum. E este não pode definir-se senão em referência à pessoa humana:«Não vivais isolados, fechados em vós mesmos, como se já estivésseis justificados; mas reuni-vos para procurar em conjunto o que é de interesse comum» (26).

1906. Por bem comum deve entender-se «o conjunto das condições sociais que permitem, tanto aos grupos como a cada um dos seus membros, atingir a sua perfeição, do modo mais completo e adequado» (27). O bem comum interessa à vida de todos. Exige prudência da parte de cada um, sobretudo da parte de quem exerce a autoridade. E inclui três elementos essenciais: 1907. Supõe, em primeiro lugar, o respeito da pessoa como tal. Em nome do bem comum, os poderes públicos são obrigados a respeitar os direitos fundamentais e inalienáveis da pessoa humana. A sociedade humana deve empenhar-se em permitir, a cada um dos seus membros, realizar a própria vocação. De modo particular, o bem comum reside nas condições do exercício das liberdades naturais, indispensáveis à realização da vocação humana: «Por exemplo, o direito de agir segundo a reta norma da sua consciência, o direito à salvaguarda da vida privada e à justa liberdade, mesmo em matéria religiosa» (28).

59

Passaram-se semanas, com sua incessante rotina de atividades comuns. Sempre vestida com o imaculado hábito de ter-ceira, coberta com o véu, Rosa cuidava de suas flores e ervas, e se aplicava em suas finas costuras e bordados. Andava completamente alheia aos rumores que se espalhavam pela cidade de que ela era tão santa como aqueles grandes servos de Deus, o Arcebispo Turíbio, o padre Francisco Solano e o irmão Martim de Porres. Dificilmente se passava um dia em que homens e mulheres não vies-sem pedir-lhe orações, consultá-la sobre um ou outro assunto, tocar sua famosa imagem do Menino Jesus, o “Pequeno Doutor” como ela dizia.- Rosa é outra Santa Catarina de Sena, – dizia um ao outro.- Jejua o tempo todo. Dorme somente, duas horas por noite. Devotou-se inteiramente à salvação dos pecadores.

Casualmente, entretanto, algo de tudo isto chegou aos ouvidos da donzela. Foi logo procurar sua mãe com um estranho pedido. Queria permissão para ser uma eremita no jardim. Se ela se isolasse do mundo, se raramente aparecesse nas ruas, talvez o povo se esquecesse dela. Visto, porém, que o oratoriozinho que construíra quando criança, no fundo, entre as bananeiras, estava quase em ruínas, seria necessário fazer outro. E este segundo eremitério tinha de ser feito com material durável, com uma porta que se pudesse trancar.Maria de Oliva recusou-se a ouvir qual-quer sugestão. Já era bem desagradável ver sua linda filha num hábito religioso, saber que ela havia desprezado para sempre a oportunidade de ter um ma-rido e filhos. Mas que fosse viver como eremita numa casinha de barro no fundo do jardim! – isso nunca!Quatro anos se passaram. Rosa não per-deu a esperança de possuir sua casinha de adobes. Finalmente, assediada pelos

rogos do padre Alonso, Dona Maria de Usátegui e D. Gonçalo, Maria de Oliva deu o sim desejado. Sim – Rosa podia enclausurar-se como um eremita, se o padre Alonso achava isso um gesto adequado. Podia recusar as visitas. Podia arruinar a saúde passando horas num cubículo úmido.Maria suspirou ao contemplar sua filha então com vinte e quatro anos. Ain-da era bonita, mas tão magrinha… O hábito branco não conseguia ocultar que durante anos Rosa vinha levando uma vida dificílima.Nos dias seguintes Rosa e Fernando escolheram um local para. o eremitério, desta vez pegado à casa e batido pelo sol. Uma área de um metro e meio por um metro e vinte, foi traçada no chão e perto, à mão, amontoaram grosseiros tijolos de adobe. - Ora, não é lá grande trabalho construir este quartinho, Rosa. O que me preo-cupa é como você vai conseguir viver numa casinha tão acanhada. Não podía-mos fazê-la um bocadinho maior? A jovem sacudiu a cabeça:- Eu a quero bem pequena para não ha-ver lugar para visitas. E só uma janelinha.- E a porta? Como vai ser?- Meu plano para a porta é especial. Tem de ser bem baixa, o bastante para uma pessoa passar engatinhada. Você compreende, quanto menor e menos confortável fizermos esta cela, tanto menos pessoas quererão vir ver-me.Era verdade, sem dúvida. Quase nenhum dos conhecidos de sua mãe, por exem-plo, haviam de querer passar de joelhos, arrastando-se,por uma portinhola.

Amigos e vizinhos e até alguns padres vieram ver a casinha de adobe construi-da por Rosa e Fernando. Alguns chega-ram a medir o espaço ocupado, duvidan-do dos próprios olhos. - Metro e meio de comprimento, um metro e vinte de largura, nem dois me-tros de altura! – exclamou assombrado o padre Velasquez. – Rosa, isto é pequeno demais!- Padre, é bastante grande para Nosso Senhor e eu. Acho que serei muito feliz aqui. (continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

60

25. A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto à cruz.

26. Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: “Mulher, eis aí o seu filho.”

27. Depois disse ao discípulo: “Eis aí a sua mãe.” E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa.

TRECHO PARA O DIÁRIO: João 19, 25-27

Leia

hoje

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7-8

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “...O nosso hábito é a roupa dos mais pobres-sofredores que estão ao nosso redor.(...) Vendo-nos, nenhum pobre deveria se sentir longe de nós. Não precisa de televisão, nas Grutas nem, normalmente, de telefone. Os outros membros do Movimento se sentirão inspirados e movidos por estas escolhas. (Estatutos 66)

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18. Os discípulos de João o puseram a par de todas essas coisas. Então João chamou dois de seus discípulos,19. e os mandou perguntar ao Senhor: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?”20. Eles foram a Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’ “21. Nessa mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de suas doenças, males e espíritos maus, e fez muitos cegos recuperar a vista.22. Depois respondeu: “Voltem, e contem a João o que vocês viram

e ouviram: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a Boa Notícia é anunciada aos pobres.23. E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 7, 18-23

Leia

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9-10

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Em tudo: no jeito de vestir, de viajar, de dormir, de comer, os membros da “Fraternidade inserida” deverão se sentir irmãos dos pobres.”(Estatutos 67)

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31. “Com quem eu vou comparar os homens desta geração? Com quem se parecem eles?32. São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta, e vocês não dançaram; cantamos música triste, e vocês não choraram’.

33. Pois veio João Batista, que não comia nem bebia, e vocês disseram: ‘Ele tem um demônio!’34. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vocês dizem: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos

cobradores de impostos e dos pecadores!’35. Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 7, 31-35

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11-1

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “ Todos os membros inseridos mostrarão que, com meios pobres, é possível realizar algo harmonioso e que a verdadeira riqueza está no coração e Deus a abençoa.” (continuação Estatutos 67)

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1908. Em segundo lugar, o bem comum exige o bem-estar social e o desenvolvimento da própria sociedade. O desenvolvimento é o resumo de todos os deveres sociais. Sem dúvida, à autoridade compete arbitrar, em nome do bem comum, entre os diversos interesses particulares; mas deve tornar acessível a cada qual aquilo de que precisa para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação e cultura, informação conveniente, direito de constituir família (29), etc.1909. Finalmente, o bem comum implica a paz, quer dizer, a permanência e segurança duma ordem justa. Supõe, portanto, que a autoridade assegure, por meios honestos, a segurança da sociedade e dos seus membros. O bem comum está na base do direito à legítima defesa, pessoal e coletiva.

1910. Se cada comunidade humana possui um bem comum que lhe permite reconhecer-se como tal, é na comunidade política que se encontra a sua realização mais completa. Compete ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil, dos cidadãos e dos corpos intermédios.1911. As dependências humanas intensificam-se. Estendem-se, pouco a pouco, a toda a terra. A unidade da família humana, reunindo seres de igual dignidade natural, implica um bem comum universal. E este requer uma

organização da comunidade das nações, capaz de «prover às diversas necessidades dos homens, tanto no domínio da vida social (alimentação, saúde, educação...), como para fazer face a múltiplas circunstâncias particulares que podem surgir aqui e ali (por exemplo: [...] acudir às misérias dos refugiados, dar assistência aos migrantes e suas famílias...)» (30).1912. O bem comum está sempre orientado para o progresso das pessoas: «A ordem das coisas deve estar subordinada à ordem das pessoas, e não o inverso» (31). Esta ordem tem por base a verdade, constrói-se na justiça e é vivificada pelo amor.

III. Responsabilidade e participação1913. Participação é o empenhamento voluntário e generoso da pessoa nas permutas sociais. É necessário que todos tomem parte, cada qual segundo o lugar que ocupa e o papel que desempenha, na promoção do bem comum. Este é um dever inerente à dignidade da pessoa humana.1914. A participação realiza-se, primeiro, ao encarregar-se alguém dos sectores de que assume a responsabilidade pessoal: pelo cuidado que põe na educação da família, pela consciência com que realiza o seu trabalho, o homem participa no bem dos outros e da sociedade (32).

67

Rosa começou a morar no eremiteriozi-nho, mas não abandonou sua costura, seu bordado e o cultivo de suas flores e ervas. Quando caía a noite encerrava-se no cubículo e entregava-se á oração. Aí, rodeada do silêncio e da escuridão do jardim, dava largas a seu coração em louvores e pedidos.Estes atos estavam agradando a Deus, pois Ele inundou de inúmeras graças a alma da nova eremita. Aparecia-lhe freqüentemente como uma criancinha, encorajando-a a continuar em sua difícil vocação. Ensinou-lhe a nada recear enquanto depositasse n’Ele toda a con-fiança.Nestas ocasiões Rosa pensava que mor-reria de pura felicidade. Que maravilha é a vida! dizia a si mesma. Qualquer alma, não importa a sua fraqueza, pode ser útil a seus semelhantes. Tudo necessário é pensar em Deus e em sua bondade. Virá, então, tal propensão de ser como Ele, de partilhar de sua verdade e beleza, que a alma não pode evitar que sua covardia se transforme em coragem, e começa a assemelhar-se a Deus. Devido a isto, arde em grande amor pelas outras almas, de-sejando que elas compartilhem também de sua felicidade.

“E’ como um mendigo que finalmente ficasse rico”, refletia Rosa. Enquanto é pobre, arreceia-se das outras pessoas, tem de si próprio um baixo conceito, sabendo que não fará jamais alguma coisa de grande aos olhos do mundo. Uma vez, porém, que enriquece, muda-se tudo. Seu corpo definhado pela fome torna-se forte. Verifica que os outros olham para ele, e encontra uma verda-deira felicidade em fazê-los participar de sua riqueza.Numa tarde de verão, Maria de Oliva saiu à procura de sua filha. Rosa estava colhendo laranjas que Mariana levaria ao mercado no dia seguinte. - Rosa, é verdade que disseste às pessoas

que vai haver um convento de freiras dominicanas em Lima? E que dona Lúcia de la Daga será a primeira prioreza?- Sim, mamãe. E ele se chamará Mosteiro de Santa Catarina, em louvor de Santa Catarina de Sena.A voz de Maria estava áspera.- Dona Lúcia é uma senhora casada e muito feliz, com cinco filhinhos adorá-veis. Por que hás de andar espalhando esses rumores de que ela vai ser freira?…- Mas é verdade, mamãe. Vai haver um Mosteiro de Santa Catarina, e dona Lúcia irá para lá com sua irmã Clara. O padre Luís de Bilbao celebrará a primeira missa…

- Estas perdendo o senso, desde que te meteste nessa mal-aventurada ermida. Que sabes do futuro?Rosa baixou os olhos. Como havia ela de fazer sua mãe compreender que as notícias a respeito de Santa Catarina lhe tinham sido dadas na oração? Que sua amada amiga e padroeira, Santa Catarina de Sena, viera em pessoa contar-lhe do novo mosteiro?- Sinto muito, mamãe. Não imaginei que a senhora ficasse tão aborrecida com o que eu disse a Dona Isabel.- E não havia de ficar aborrecida? Que é que Dona Lúcia vai pensar de mim? E seu marido? Vê bem, disseste afinal de contas que o bom homem vai morrer… e os cinco filhinhos também. De outro modo, como poderia Dona Lúcia entrar para um convento?- Por favor, mamãe, não fique zangada. Tudo vai acontecer exatamente como eu disse.- Chega! – exclamou Maria. – Daqui a pouco estarás contando a todo mundo que tua própria mãe vai fundar um convento... A moça olhou o anel de ouro que Fer-nando lhe dera havia quatro anos.Lágrimas brilharam-lhe nos olhos.- A senhora não vai fundar um conven-to, mamãe, mas entrar num, algum dia. Dona Lúcia lhe dará o hábito domi-nicano em Santa Catarina. A senhora será muito feliz lá, e eu prometo-lhe vir buscá-la quando a senhora estiver pronta para morrer. (continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

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36. Certo fariseu convidou Jesus para uma refeição em casa. Jesus entrou na casa do fariseu, e se pôs à mesa.37. Apareceu então certa mulher, conhecida na cidade como pecadora. Ela, sabendo que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, levou um frasco de alabastro com perfume.38. A mulher se colocou por trás, chorando aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés. em seguida, os enxugava com os cabelos, cobria-os de beijos, e os ungia com perfume.39. Vendo isso, o fariseu que havia convidado Jesus ficou pensando: “Se esse homem fosse mesmo um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, porque ela é pecadora.”40. Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para dizer a você.” Simão respondeu: “Fala, mestre.”41. Certo credor tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro lhe devia cinqüenta.42. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou aos

dois. Qual deles o amará mais?”43. Simão respondeu: “Acho que é aquele a quem ele perdoou mais.” Jesus lhe disse: “Você julgou certo.”44. Então Jesus voltou-se para a mulher e disse a Simão: “Está vendo esta mulher? Quando entrei em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos.45. Você não me deu o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés.46. Você não derramou óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume.47. Por essa razão, eu declaro a você: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor. Aquele a quem foi perdoado pouco, demonstra pouco amor.”48. E Jesus disse à mulher: “Seus pecados estão perdoados.”49. Então os convidados começaram a pensar: “Quem é esse que até perdoa pecados?”50. Mas Jesus disse à mulher: “Sua fé salvou você. Vá em paz!” - Lucas 7, 36-50

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13-1

4

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “A “Gruta de Belém”, inserida no meio das piores pobrezas, deverá ser, portanto, caracterizada por um entrosamento simples, humano, profundo e cordial com os últimos da sociedade, paralisados pela miséria material, que logo se torna espiritual e profunda.” (Estatutos 68)

70

3. Pois, quem ensina coisas diferentes, que não concordam com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensinamento conforme a piedade,4. é cego, não entende nada, é doente à procura de discussões e brigas de palavras. É daí que nascem invejas, brigas, blasfêmias, suspeitas,5. polêmicas intermináveis, coisas típicas de homens de espírito corrupto e desprovidos da verdade.6. Eles supõem que a piedade é fonte de lucro. De fato, a piedade é grande fonte de lucro, mas para quem sabe se contentar.7. Pois não trouxemos nada para o mundo, e dele nada podemos levar.8. Se temos o que comer e com que nos vestir, fiquemos

contentes com isso.9. Aqueles, porém, que querem tornar-se ricos, caem na armadilha da tentação e em muitos desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e perdição.10. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastaram da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos.11. Você, porém, homem de Deus, fuja dessas coisas. Procure a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão.12. Combata o bom combate da fé, conquiste a vida eterna, para a qual você foi chamado. Isso, você o reconheceu numa bela profissão de fé diante de muitas testemunhas.

TRECHO PARA O DIÁRIO: 1 Timoteo 6, 3-12

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “ A escolha da Consagração desde o começo foi fundamentalmente uma escolha de martírio. Para nós, martírio significa partilhar até o fim a vida dos nossos irmãos, casar com o Cristo presente neles, esperar os filhos que Deus nos enviará.” (Estatutos 69)

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1. Por isso, eu, prisioneiro no Senhor, peço que vocês se comportem de modo digno da vocação que receberam.2. Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros no amor.3. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do Espírito.4. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a vocação de vocês os chamou a uma só esperança:5. há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.6. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que age por meio de todos e está presente em todos.7. Cada um de nós, entretanto, recebeu a graça na medida que Cristo a concedeu.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Efésios 4, 1-7

Leia

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Os pobres são os nossos donos, donos exigentes e difíceis, às vezes, mas por motivo nenhum, ficando com eles, perderemos o nosso sorriso e a serenidade do rosto, a calma e a paciência.” (Estatutos 70)

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1915. Os cidadãos devem, tanto quanto possível, tomar parte ativa na vida pública. As modalidades desta participação podem variar de país para país ou de uma cultura para outra. «É de louvar o modo de agir das nações em que, em autêntica liberdade, o maior número possível de cidadãos participa nos assuntos públicos» (33).1916. A participação de todos na promoção do bem comum implica, como qualquer dever ético, uma conversão incessantemente renovada dos parceiros sociais. A fraude e outros subterfúgios, pelos quais alguns se esquivam às obrigações da lei e às prescrições do dever social, devem ser firmemente condenados como incompatíveis com as exigências da justiça. Importa promover o progresso das instituições que melhorem as condições da vida humana (34).1917. Incumbe àqueles que exercem cargos de autoridade garantir os valores que atraem a confiança dos membros do grupo e os incitam a colocar-se ao serviço dos seus semelhantes. A participação começa pela educação e pela cultura. «Pode-se legitimamente pensar que o futuro da humanidade está nas mãos daqueles que souberem dar às gerações de amanhã razões de viver e de esperar» (35).Resumindo:1918. «Não existe autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram por Deus estabelecidas» (Rm 13, 1).1919. Toda a comunidade humana tem necessidade duma autoridade, para se manter e desenvolver:

1920. «A comunidade política e a autoridade pública têm o seu fundamento na natureza humana, e pertencem, por isso, à ordem estabelecida por Deus» (36).1921. A autoridade exerce-se de modo legítimo, se se dedicar a conseguir o bem comum da sociedade. Para o atingir, deve empregar meios moralmente aceitáveis.1922. A diversidade dos regimes políticos é legítima, desde que estas concorram para o bem da comunidade.1923. A autoridade política deve exercer-se dentro dos limites da ordem moral, e garantir as condições necessárias para o exercício da liberdade.1924. O bem comum abrange «o conjunto das condições sociais que permitem aos grupos e às pessoas atingir a sua perfeição, do modo mais pleno e fácil» (37).1925. O bem comum inclui três elementos essenciais: o respeito e a promoção dos direitos fundamentais da pessoa; a prosperidade ou desenvolvimento dos bens espirituais e temporais da sociedade; a paz e a segurança do grupo e dos seus membros. 1926. A dignidade da pessoa humana implica a busca do bem comum. Cada qual deve preocupar-se em suscitar e sustentar instituições que melhorem as condições da vida humana.1927. Compete ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil. O bem comum de toda a família humana exige uma organização da sociedade internacional.

75

XI. UM NOVO LARMaria estava indignada às palavras de Rosa. Ela, uma freira dominicana? Nun-ca! Entretanto a jovem terciária recusava ouvir os protestos de sua mãe. Um dia, quando o mosteiro de Santa Catarina fosse uma realidade, Maria de Oliva iria até lá e pediria o hábito dominicano, e lá haveria de passar seus últimos anos no serviço do Senhor. Passaram-se meses e Rosa continuava sua vida de eremita. As vezes, entretanto, confiava a alguma de suas amigas que seu desejo maior era ser mártir.“Se eu fosse homem, não quereria outra coisa senão ser missionário”, confessou ela a Francisca de Montoya, uma moça de sua idade. “Imagine quantos mis-sionários têm ido diretamente para o céu só porque morreram às mãos dos selvagens”.

Francisca sentiu um arrepio. Embora per-tencesse também à Ordem terceirade S. Domingos, sempre achara difícil a prática de mortificações, ainda as me-nores. Evidentemente suas visitas à Rosa afetavam-na bastante. Havia tanto mos-quito no jardim de Gaspar Flores. Eles enchiam a acanhada ermida e Francisca sempre saia de lá crivada de dolorosas picadas.- Eu nunca serei bastante corajosa para desejar a morte de mártir,-suspirou. – Nem posso suportar as picadas destes seus mosquitos.Rosa sorriu.- E não obstante você ainda vem ver-me, Francisca. Como explica isto, se tem tanto medo de sofrer?- Mas isto é diferente! Você não sabe como me sinto melhor depois de uma conversa com você. Sou tão grata que você me permita vir, Rosa, ainda que realmente você não queria aborrecer-se com visitas. Há uma coisa, porém, que me deixa maravilhada.- O quê?

- Por que os mosquitos não picam sua mãe? Nem dona Maria de Usátegui? Ou a você?- Porque nós prometemos nunca ofender estes pequeninos hóspedes.- Hóspedes? E’ assim que vocês chamam esses insetos abomináveis. Rosa meneou a cabeça.- Suponhamos que você também faça esta promessa, Francisca. Então eles não a incomodarão mais.A visitante olhou desolada para seu bra-ço. Lá estavam já três marcas vermelhas.- Se eu pudesse ter um pouco de paz quando venho ver você, eu prometeriaqualquer coisa.- Ora bem. Ofereça o sofrimento destas três picadas pelas pobres almas, em hon-ra da Santíssima Trindade. E então faça a promessa.Francisca não pôde deixar de rir.- Não matarei nunca mais nenhum de seus hóspedes, – disse ela com firmeza. – Espero que eles entendam o que estou dizendo.Rosa sorriu. Claro que as criaturinhas entendiam. Dai em diante Francisca de Montoya seria outra pessoa que pode-ria visitar, sem tribulações, a ermida de adobe.

A 30 de Abril de 1615, Rosa completava vinte e nove anos. Algumas semanas mais tarde ficou surpreendida ao encon-trar seu jardinzinho rodeado por uma multidão excitada. Mulheres choravam; homens, maridos e filhos, estavam páli-dos de medo. Chegara a notícia de que uma frota de piratas holandeses estava ancorada em frente ao porto de Calau. Este porto, a dez milhas de Lima, era então quase indefeso, e provavelmente os recém-chegados iniciariam a qualquer momento a invasão.- Rosa, você deve rezar muito, – excla-mou D. Gonçalo de Massa. -Os holandeses querem apoderar-se de nosso ouro e prata, de nossos escravos e até de nossos filhos.- Eles são calvinistas – acrescentou sua mulher, Dona Maria. -Pensam que é seu dever matar todo católico que encontrem. (continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

76

1. Jesus dizia aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar esbanjando os bens dele.2. Então o chamou, e lhe disse: ‘O que é isso que ouço contar de você? Preste contas da sua administração, porque você não pode mais ser o meu administrador’.3. Então o administrador começou a refletir: ‘O senhor vai tirar de mim a administração. E o que vou fazer? para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.4. Ah! Já sei o que vou fazer para que, quando me afastarem da administração tenha quem me receba na própria casa’.5. E começou a chamar um por um os que estavam devendo ao seu senhor. Perguntou ao primeiro: ‘Quanto é que você deve ao patrão?’6. Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pegue a sua conta, sente-se depressa, e escreva cinqüenta’.7. Depois perguntou a outro: ‘E você, quanto está devendo?’ Ele

respondeu: ‘Cem sacas de trigo’. O administrador disse: ‘Pegue a sua conta, e escreva oitenta’ “.8. E o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque este agiu com esperteza. De fato, os que pertencem a este mundo são mais espertos, com a sua gente, do que aqueles que pertencem à luz.9. “E eu lhes declaro: Usem o dinheiro injusto para fazer amigos, e assim, quando o dinheiro faltar, os amigos receberão vocês nas moradas eternas.10. Quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas pequenas, também é injusto nas grandes.11. Por isso, se vocês não são fiéis no uso do dinheiro injusto, quem lhes confiará o verdadeiro bem?12. E se não são fiéis no que é dos outros, quem lhes dará aquilo que é de vocês?13. Nenhum empregado pode servir a dois senhores, porque, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e despresará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.”

Leia

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Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Espiritualidade Belém: “Esta escolha de amor total e definitiva, até a morte (Cf. Ct 8,6) esconde a Esperança Certa, a alegria silenciosa, o louvor de Maria: “Derrubou os poderosos dos seus tronos e exaltou os humildes, saciou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias” (Lc 1,46s).” (Estatutos 71)

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1. Cântico das subidas. Quando Javé mudou a sorte de Sião, parecíamos sonhar:2. a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de canções. Até entre as nações se comentava: “Javé foi grande com eles!”3. Sim, Javé foi grande conosco, e por isso estamos alegres.4. Que Javé mude a nossa sorte, como as torrentes do Negueb.5. Os que semeiam com lágrimas, ceifam em meio a canções.6. Vão andando e chorando ao levar a semente. Ao regressar, voltam cantando, trazendo seus feixes.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Salmo 125 (126)

Leia

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2

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Espiritualidade Belém: “Todos os membros do “Movimento Missão Belém” vivem um certo “NAMORO” com “Santa Pobreza”, e com todas as próprias forças, tentam colocar em prática o convite que Jesus fez para os seus discípulos: “Deixai de lado este medo, pequeno rebanho, porque foi do agrado do Pai dar-vos o Reino. VENDEI O QUE POSSUIS E DAI-O DE ESMOLA” (Lc 12,32-33).” (Estatutos 73)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

_____________________________________________________

Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

________________________________________________________________________________________

À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

ARTIGO 3A JUSTIÇA SOCIAL

1928. A sociedade garante a justiça social, quando realiza as condições que permitem às associações e aos indivíduos obterem o que lhes é devido, segundo a sua natureza e vocação. A justiça social está ligada ao bem comum e ao exercício da autoridade.

I. O respeito pela pessoa humana1929. A justiça social só pode alcançar-se no respeito da dignidade transcendente do homem. A pessoa constitui o fim último da sociedade, que está ordenada para ela:A defesa e promoção da dignidade da pessoa humana «foram-nos confiadas pelo Criador, tarefa a que estão rigorosa e responsavelmente obrigados os homens e as mulheres em todas as conjunturas da história (38).

1930. O respeito pela pessoa humana implica o dos direitos que dimanam da sua dignidade de criatura. Esses direitos são anteriores à sociedade e impõem-se-lhe. Estão na base da legitimidade moral de qualquer autoridade: desprezando-os ou recusando reconhecê-los na sua legislação positiva, uma sociedade atenta contra a sua própria legitimidade moral (39). Faltando esse respeito, uma

sociedade não tem outra solução, senão o recurso à força e à violência, para obter a obediência dos seus súbitos. É dever da Igreja trazer à memória dos homens de boa vontade aqueles direitos, e distingui-los das reivindicações abusivas ou falsas.

1931. O respeito pela pessoa humana passa pelo respeito pelo princípio: «Que cada um considere o seu próximo, sem qualquer exceção, como «outro ele mesmo», e zele, antes de mais, pela sua existência e pelos meios que lhe são necessários para viver dignamente» (40). Nenhuma legislação será capaz, por si mesma, de fazer desaparecer os temores, os preconceitos, as atitudes de orgulho e egoísmo que são obstáculo ao estabelecimento de sociedades verdadeiramente fraternas. Tais atitudes só desaparecem com a caridade, que vê em cada homem um «próximo», um irmão.

1932. O dever de nos fazermos o «próximo» do outro, e de o servirmos ativamente, é tanto mais premente quanto esse outro for mais indefeso, seja em que domínio for. «Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25, 40).

81

O doutor João del Castilho, um dos me-lhores médicos de Lima,concordou:- Primeiro, eles incendiarão as igrejas. Têm um verdadeiro ódio ao Santíssimo Sacramento, Rosa. Já cometeram terrí-veis ultrajes em outras cidades. Minha querida, você rezará como nunca, não é? Rosa saíra da ermida. O jardim estava repleto de gente, e o temor estampava-se em todas as faces. - De certo que rezarei, – disse ela sossegada. – Mas não há motivo para alarmar-se. Os holandeses não tentarão desembarcar em Callao, nem tampouco incendiarão a cidade.Em vão Dom Gonçalo descreveu os abo-mináveis feitos dos piratas no Panamá e outras colônias espanholas. Rosa insistia em que, durante a noite, a esquadra inimiga levantaria ferros e se afastaria de Callao. A multidão, porém, não podia crer em suas palavras, e por fim ela acedeu em rezar pela salvação de Lima, pedindo a proteção especial de Santa Maria Madalena, cuja festa ocorria no dia seguinte.

Toda a noite a cidade se preparou para o esperado ataque. Correios chegavamde Callao com as últimas noticias. Ofícios especiais foram determinados às igrejas. O povo acorria ansioso aos confessio-nários. O acontecimento lembrava as mesmas cenas de onze anos atrás, quan-do, a um sermão do Padre Francisco, se tinham convertido inumeráveis peca-dores. O medo e a ansiedade enchiam todos os corações, espanhóis, negros, índios. Ninguém se lembrava de dormir aquela noite. Ao invés de ir para a cama dirigiam-se, como rebanhos, às igrejas, ou seguiam as várias procissões do San-tíssimo Sacramento, que desfilavam pelas ruas sombrias.

Com permissão do Padre Alonso Velas-quez, Rosa deixou sua ermida tranqüila,

e apressou-se para São Domingos em companhia de algumas amigas. Seu coração oscilava entre dois desejos. Se aos holandeses fosse permitido saquear a cidade, ela poderia ter oportunidade de morrer mártir. Já que isto lhe era nega-do, milhares de vidas seriam salvas.

A custo conseguiu um lugar na capela de S. Jerônimo na igreja dominicana, e aí ajoelhou-se, sorrindo ao pensamento de alcançar a. coroa do martírio e ir diretamente para o céu. Se os holandeses viessem, ela, certamente, não faria o me-nor esforço para esconder-se. Empunhan-do o rosário, daria a vida em defesa do Santíssimo Sacramento. Quando surgiu a cinzenta madrugada, a cena era bem diferente daquela da noite anterior. O povo cantava nas ruas, fora-se a ansie-dade e o temor de algumas horas antes. A última mensagem de Callao anunciava que durante a noite os navios holandeses tinham levantado a âncora, e estavam fora de vista.

- E’ um milagre! – disse a seu esposo dona Maria de Usátegui. – Estou certa que nossa Rosa é responsável. Dom Gon-çalo, não acha também que ela possa ter oferecido sua vida a fim de poupar Lima à destruição?

Dom Gonçalo concordou.- Não me surpreenderia, – disse ele. – Ela tem mais coragem e caridade que qual-quer outra moça que eu conheço.Outros havia que partilhavam a mes-ma opinião. Naquele momento, como acompanhamento ao repicar festivo dos sinos, vibrava pelo ar um só grito:“As orações de Rosa Flores nos salvaram da desgraça!”.

Em companhia de sua mãe e das amigas, Rosa seguiu vagarosamente para casa. Sentia-se cansada e um tanto confusa. Por que havia o povo de pensar que suas preces fossem tão poderosas. Não com-preendiam que sua salvação era devida apenas à misericórdia de Deus? Ela, Rosa Flores, era menos que pó, e indigna de qualquer honra. (continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

82

19. A mãe e os irmãos de Jesus se aproximaram, mas não podiam chegar perto dele por causa da multidão.

20. Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem te ver.”

21. Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 8, 19-21

Leia

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Espiritualidade Belém: “O caminho da perfeição mira direto à Pobreza radical. Jesus não fala somente “desapega-te”, mas “vende” e “dá”. Por quanto duro seja, este é o caminho para o despojamento total e concreto como Deus deseja.” (continuação Estatutos 73)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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1. Jesus convocou os Doze, e lhes deu poder e autoridade sobre os demônios e para curar as doenças.2. E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar.3. E disse-lhes: “Não levem nada para o caminho: nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas.

4. Em qualquer casa onde vocês entrarem, fiquem aí, até vocês se retirarem do lugar.

5. E todos aqueles que não os acolherem, vocês, ao sair da cidade, sacudam a poeira

dos pés, como protesto contra eles.”6. Os discípulos partiram, e percorriam os povoados, anunciando a Boa Notícia, e fazendo curas em todos os lugares.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 9, 1-6

Leia

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Espiritualidade Belém: “Sendo que todos os membros do Movimento Missão Belém são chamados e “convocados” para a Evangelização, isso se torna ainda mais imperativo. Jesus sempre exigiu uma POBREZA RADICAL dos seus evangelizadores: “O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos E os enviou dois a dois... Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias... “ (Lc 10,1.4); (Cfr. Mt 10,1-10; Mc 6,8-9). (Estatutos 74)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1933. Este mesmo dever é extensivo a todos os que pensam ou se comportam de modo diferente de nós. A doutrina de Cristo chega a exigir o perdão das ofensas. Ele estende o mandamento do amor, que é o da nova Lei, a todos os inimigos (41). A libertação, no espírito do Evangelho, é incompatível com o ódio ao inimigo, enquanto pessoa; embora não o seja com o ódio ao mal, que ele pode praticar enquanto inimigo.II. Igualdade e diferença entre os homens1934. Criados à imagem do Deus único, dotados duma idêntica alma racional, todos os homens têm a mesma natureza e a mesma origem. Resgatados pelo sacrifício de Cristo, todos são chamados a participar da mesma bem-aventurança divina. Todos gozam, portanto, de igual dignidade.1935. A igualdade entre os homens assenta essencialmente na sua dignidade pessoal e nos direitos que dela dimanam:«Toda a espécie de discriminação relativamente aos direitos fundamentais da pessoa, quer por razão do sexo, quer da raça, cor, condição social, língua ou religião, deve ser ultrapassada e eliminada como contrária ao desígnio de Deus» (42).1936. Ao vir ao mundo, o homem não dispõe de tudo o que é necessário para o desenvolvimento da sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Há

diferenças relacionadas com a idade, as capacidades físicas, as aptidões intelectuais e morais, os intercâmbios de que cada um pôde beneficiar, a distribuição das riquezas (43). Os «talentos» não são distribuídos por igual (44).1937. Estas diferenças fazem parte do plano de Deus que quer que cada um receba de outrem aquilo de que precisa e que os que dispõem de «talentos» particulares comuniquem os seus benefícios aos que deles precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha: e incitam as culturas a enriquecerem-se umas às outras:«Eu distribuo as virtudes tão diferentemente, que não dou tudo a todos, mas a uns uma e a outros outra [...] A um darei principalmente a caridade, a outro a justiça, a este a humildade, àquele uma fé viva. [...] E assim dei muitos dons e graças de virtudes, espirituais e temporais, com tal diversidade, que não comuniquei tudo a uma só pessoa, a fim de que vós fosseis forçados a usar de caridade uns para com os outros; [...] Eu quis que um tivesse necessidade do outro e todos fossem meus ministros na distribuição das graças e dons de Mim recebidos» (45).

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“Alegro-me, porém, que tenhais salvado a cidade, Senhor!” – pensou ela. – “E não estou muito triste porque não me concedestes o martírio. Afinal de contas, dais a cada um una espécie de martírio neste mundo. E’ bastante uma sorte comum, sem espadas, sem balas, sem fogo – nada mais que nossas pequenas aflições e contrariedades. Se as suportar-mos alegremente, podemos agradar-vos como os santos mártires”.

Foi poucos dias depois que o padre Alonso Velasquez veio ao eremitério de sua jovem amiga. Trazia algumas notícias muito especiais. Rosa estava para deixar a casa de seus pais ” e ir morar com Dom Gonçalo e sua esposa. Dona Maria fora vê-lo recentemente e assegurara-lhe que a saúde de Rosa estava declinando, que a vida de eremita era excessivamente dura para ela.

- Você tem sorte que Dona Maria e Dom Gonçalo pensem tanto em você, – disse o padre Alonso. – São gente muito rica e seu único desejo é ver você forte e bem. Terá um esplêndido lar em casa deles. Rosa não pôde ocultar sua perturbação.

- Mas como posso deixar minha própria família, padre? – Meus pais já não são jovens. Eles precisam de mim.O sacerdote sorriu.- Você sabe o que é obediência, Rosa? E’ meu desejo que você acabe com essa vida de dureza. Eu quero que vá para a casa dos Massas e tente recuperar a saúde.

Rosa permaneceu silenciosa. Como membro da família dominicana devia obediência a seus superiores. Se o padre Alonso achava melhor para ela viver em outra parte, não competia a ela escolher e sim fazer o que lhe era ordenado.- Irei, – respondeu. – Mas não estou real-mente doente, padre. Nosso Senhor deu-

me ainda dois anos mais para servi-lo. - Você viverá mais do que isto, minha fi-lha, se tomar cuidado consigo. De agora em diante vai pensar mais em sua saúde. Assim Rosa foi morar com Dom Gonça-lo e Dona Maria. Desde o começo ela declarou aos dois bondosos amigos que desejava apenas um simples quartinho e que era seu desejo ser útil, cuidando das crianças.

Micaela e Beatriz, as filhas mais velhas do casal, esforçaram-se para que a hós-pede se sentisse como hóspede de honra, e que não era necessário ocupar-se em trabalho algum em seu novo lar. Pouco conseguiram, entretanto. Havia muito que Rosa se, apaixonara pela humildade.

- Ela é na verdade uma santa – disse Mi-caela à sua irmã. – Não me surpreenderia vê-la canonizada logo após a morte. - Somos realmente felizes em tê-la aqui conosco, observou Beatriz.-Algum dia esta nossa casa será famosa. Virá gente de todo o mundo só para ver o quartinho em que Rosa viveu.Dona Maria concordou.- Não se passa um dia sem que eu agra-deça a Deus por permitir que ela entrasse em nossa intimidade. Contudo, ela me preocupa um pouco…- Porque ela diz que vai morrer daqui a dois anos? No dia de S. Bartolomeu?…- Exatamente. Ela terá então trinta e um anos. E’ muito cedo para que ela nos deixe.

Assim escoaram-se o dias. Rosa tinha saudades de sua celazinha no umbroso jardim, mas andava sempre ocupada. Durante anos tinha-se apurado em tra-balhos de agulha, e no solar dos Massa continuou essa atividade, fazendo roupas para as crianças pequenas e toalhas para os altares de várias igrejas. De vez em quando entretinha a família e os servos, tocando harpa, citara, ou guitarra. Sua voz bem timbrada, doce e clara, deixava todos enlevados.

(continua...)

História de Santa

Rosa de Lima

88

1. No primeiro dia do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario, a palavra de Deus foi dirigida, por meio do profeta Ageu, ao governador da Judéia, Zorobabel, filho de Salatiel, e ao chefe dos sacerdotes, Josué, filho de Josedec.2. Assim diz Javé dos exércitos: Esse povo anda dizendo que ainda não chegou a hora de reconstruir o Templo de Javé.3. E Javé dirigiu a palavra por meio do profeta Ageu:4. Então vocês acham que é tempo de morar tranqüilos em casas bem cobertas, enquanto o Templo está em ruínas?5. Ora, assim diz Javé dos exércitos: Reflitam bem no comportamento de vocês.6. Vocês estão plantando muito e colhendo pouco; comem e não ficam satisfeitos; bebem e não

ficam embriagados; vestem roupa, mas não esquentam o corpo; e o trabalhador está guardando o seu salário numa sacola furada.7. Assim diz Javé dos exércitos: Reflitam bem no comportamento de vocês.8. Subam à montanha para cortar madeira e construir o Templo. Eu vou gostar dele e nele manifestarei a minha glória - diz Javé.9. Vocês esperavam muito: era pouco o que vinha, e eu ainda soprava para longe o que vocês estavam recolhendo. por que isso? - oráculo de Javé dos exércitos. Porque o meu Templo está em ruínas, enquanto cada um de vocês se preocupa com a sua própria casa.10. É por isso que o céu lhes recusa o orvalho e a terra nega o seu fruto.

TRECHO PARA O DIÁRIO: Ageu 7, 1-10

Leia

hoje

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ízes

3-4

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Espiritualidade Belém: “Este é o grande mistério que alicerça o nosso Movimento: O EVANGELHO DA BOA NOVA CAMINHA DE MÃO DADA COM A “SANTA POBREZA”: “Se alguém de vós não renuncia a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33) e “discípulos” somos todos nós.” (Estatutos 75)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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13. Ageu, mensageiro de Javé, disse ao povo, conforme a mensagem de Javé: Eu estou com vocês - oráculo de Javé.14. Javé encorajou o governador da Judéia, Zorobabel, filho de Salatiel, o chefe dos sacerdotes, Josué, filho de Josedec, e o resto do povo. Então eles puseram mãos à obra na reconstrução do Templo de Javé dos exércitos, seu Deus.15. Era o dia vinte e quatro do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario.1. No dia vinte e um do sétimo mês, a palavra de Javé foi dirigida por meio do profeta Ageu nestes termos:2. Diga ao governador da Judéia, Zorobabel, filho de Salatiel, ao chefe dos sacerdotes, Josué, filho de Josedec, e ao resto do povo:3. Entre vocês há algum sobrevivente que tenha visto esse

Templo no seu antigo esplendor? Que acham dele Agora? em comparação com o antigo, não lhes parece que este nem existe?4. E agora, coragem, Zorobabel! - oráculo de Javé. Coragem, Josué, filho de Josedec, chefe dos sacerdotes! coragem, povo todo da terra! É o que Javé diz. Mãos à obra, pois eu estou com vocês - oráculo de Javé dos exércitos -5. conforme a palavra da Aliança que estabeleci com vocês, quando saíram do Egito. O meu espírito estará com vocês. Não não tenham medo!

TRECHO PARA O DIÁRIO: Ageu 1, 13-2,5

Leia

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5-6

91

Espiritualidade Belém: “ Mesmo que nos momentos de missão todos sejam chamados a viver radicalmente esta “Santa Pobreza”, normalmente os Raios poderão e deverão administrar, como Maria e José administravam na família de Nazaré para criar Jesus.” (Estatutos 76)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se não escreva numa folha a parte)

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2. Assim diz Javé: O povo que escapa da espada encontra graça no deserto! Israel caminha para o seu repouso.3. De longe, Javé lhe apareceu: Eu amei você com amor eterno; por isso, conservei o meu amor por você.4. Eu vou reconstruí-la, e você ficará construída, ó capital de Israel. Você há de sair novamente enfeitada e com pandeiros entre os grupos que dançam.5. De novo plantará vinhedos sobre as colinas da Samaria: e os que plantarem, eles mesmos colherão.6. Chegará o dia em que os guardas gritarão na montanha de Efraim: “De pé! Vamos a Sião visitar Javé, o nosso Deus”.7. Porque assim diz Javé: Dêem vivas por Jacó, aclamem a primeira das nações! Gritem, louvem e digam: “Javé salvou o seu povo, o resto de Israel!”8. Eu vou trazê-los de volta lá do país do Norte, vou ajuntá-los das extremidades da terra. No meio deles estarão o cego e o aleijado, a mulher grávida junto

com aquela que deu à luz, todos juntos: é uma grande assembléia de retorno!9. Eles partiram chorando, eu os trarei de volta entre consolos. Eu os levarei para os córregos de água, por um caminho plano, onde não tropeçarão. Serei um pai para Israel, e Efraim será o meu primogênito.10. Nações, escutem a palavra de Javé. Anunciem às ilhas distantes: “Aquele que espalhou Israel, vai ajuntá- lo de novo e vai guardá-lo como um pastor guarda o seu rebanho”.11. Porque Javé resgatou Jacó, e o redimiu das mãos de um outro mais forte.12. Eles virão festejar na altura de Sião, afluirão para os bens de Javé: trigo, vinho, azeite e crias de ovelhas e de gado. Serão uma horta bem irrigada: não tornarão a desfalecer.13. Então a jovem dançará com alegria, os velhos junto com os jovens. Mudarei o luto deles em alegria, vou consolá-los e torná-los felizes, sem aflições.

Jeremias 31, 2-13

Leia

hoje

: Ju

ízes

7-8

93

Espiritualidade Belém: “Como as mulheres que seguiam Jesus (Lc 8,1-3), como Lázaro, como muitos do Evangelho que não conhecemos, os “Membros Raios” são chamados “A ASSISTIR JESUS COM SEUS BENS” (Lc 8,3).” (continuação Estatutos 76)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:

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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me fala?

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A COMUNIDADE HUMANA (Parte 3 - 1a Seção - Cap.II)

1938. Mas também existem desigualdades iníquas que ferem milhões de homens e de mulheres. Essas estão em contradição frontal com o Evangelho:«A igual dignidade pessoal postula que se chegue a condições de vida mais humanas e justas. Com efeito, as excessivas desigualdades econômicas e sociais entre os membros ou povos da única família humana provocam escândalo e são obstáculo à justiça social, à equidade, à dignidade da pessoa humana e, finalmente, à paz social e internacional» (46).

III. A solidariedade humana1939. O princípio da solidariedade, também enunciado sob o nome de «amizade» ou de «caridade social», é uma exigência direta da fraternidade humana e cristã (47):Um erro, «hoje largamente espalhado, é o que esquece esta lei da solidariedade humana e da caridade, ditada e imposta tanto pela comunidade de origem e pela igualdade da natureza racional entre todos os homens, seja qual for o povo a que pertençam, como pelo sacrifício da redenção oferecido por Jesus Cristo no altar da cruz ao Pai celeste, em favor da humanidade pecadora» (48).1940. A solidariedade manifesta-se, em primeiro lugar, na repartição dos bens e na remuneração do trabalho. Implica também o esforço por uma ordem social mais justa, em que as tensões possam ser resolvidas melhor e os conflitos

encontrem mais facilmente uma saída negociada.1941. Os problemas socioeconômicos só podem ser resolvidos com a ajuda de todas as formas de solidariedade: solidariedade dos pobres entre si, dos ricos com os pobres, dos trabalhadores entre si, dos empresários e empregados na empresa; solidariedade entre as nações e entre os povos. A solidariedade internacional é uma exigência de ordem moral. Dela depende, em parte, a paz do mundo.

1942. A virtude da solidariedade vai além dos bens materiais. Ao difundir os bens espirituais da fé, a Igreja favoreceu, por acréscimo, o desenvolvimento dos bens temporais, a que, muitas vezes, abriu novos caminhos. Assim se verificou, ao longo dos séculos, a Palavra do Senhor: «Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo» (Mt 6, 33):«Desde há dois mil anos que vive e persevera na alma da Igreja este sentimento, que levou e ainda leva as almas até ao heroísmo caridoso dos monges agricultores, dos libertadores de escravos, dos que cuidam dos doentes, dos mensageiros da fé, da civilização, da ciência a todas as gerações e a todos os povos, em vista a criar condições sociais capazes de a todos tornar possível uma vida digna do homem e do cristão» (49).

95

O padre Alonso insistira em que ela não se cansasse com excessos de orações e sa-crifícios demasiados, de modo que Rosa levava agora uma vida mais aliviada. Nunca esqueceu, porém, que se dedicara à salvação de almas. Nem uma hora se passava, que não oferecesse uma curta oração pelos pecadores. Uma de suas fa-voritas era o inicio do Salmo 69: “Vinde, Senhor, em meu auxílio, apressai-vos em socorrer-me”. Numerosas eram também as jaculatórias que proferia, pois toma-vam pouco tempo para dizer e eram ricas de indulgências. A maior, entretanto, era o Santo Sacrifí-cio da Missa – a mais importante oração. Quando era uma eremita no jardim de seu pai, recebera uma graça maravilhosa: tivera o privilégio de assistir em espírito, através da janelinha de sua cela, a todas as missas celebras nas igrejas de Lima. Transformada em membro da família de Dom Gonçalo, a preciosa graça continu-ava, e a jovem terceira dominicana sem-pre aplicava o mérito daquelas missas ao bem do próximo. Às vezes Dona Maria olhava sua hóspede um tanto assom-brada. Era uma grande honra ter Rosa morando em sua casa, mas, também, um pouco amedrontador. A moça fazia milagres tão abertamente, conversava com os santos e os anjos, e as pesso-as acorriam constantemente à porta, pedindo orações e anunciando curas de várias espécies, e esses clientes não eram só pobres e ignorantes. Havia entre eles, por exemplo, nada menos que o Prior do convento do-minicano de Santa Maria Madalena, o padre Bartolomeu Martinez. Este santo sacerdote insistia em que fora curado de grave moléstia porque Rosa oferecera algumas preces por ele a S. Domingos. Havia também o caso de Maria Eufêmia de Pareja e seu filho Roderico. Embora a mãe tivesse sempre desejado que seu

filho fosse padre jesuíta, Roderico mos-trara pouca inclinação para a vida reli-giosa. A medida que o tempo passava, Maria Eufêmia se convencia tristemente da verdade: o que interessava ao rapaz eram os prazeres do mundo. Finalmente, ela foi ter com Rosa. Indubitavelmente, se a santa jovem rezasse nessa intenção, Roderico receberia a graça da vocação religiosa. “E foi o que aconteceu – rememorava Dona Maria. – De uma hora para outra o rapaz reformou-se, e decidiu ser padre, se bem que na Ordem Franciscana, e não na Companhia de Jesus. Hoje, é o orgu-lho de sua mãe. Creio que nunca deixará de ser grata pelas orações de Rosa”. Decorriam os meses e Dona Maria ob-servava de perto sua querida hóspede. A jovem apresentava boa aparência, mas havia nela qualquer coisa que preocu-pava a dona da casa. Estava-se então no ano de 1617. Seria certo que Deus a chamaria em breve para o Céu? “Não posso suportar a ideia de perdê-la”, pensava a boa mulher. “Ela tornou-se como filha para mim”. Rosa entris-teceu-se ao pesar da sua mãe adotiva. Numa manhã de Abril aproximou-se dela humildemente:- Dona Maria, quando eu estiver para morrer, serei atormentada por uma sede horrível. Quer dar-me água, então, quan-do eu a pedir?A velha senhora tremeu num arrepio.- Naturalmente, minha filha. Mas não falemos de morrer. Você está gozando muito mais saúde aqui, ultimamente.Rosa sorriu.

- Há mais uma coisa. Eu desejo que so-mente a senhora e minha mãe preparem meu corpo para a sepultura.Dona Maria fitou-a estarrecida e logo desatou em pranto. A festa de S. Barto-lomeu estava tão perto… Quatro meses apenas…- Não diga tal coisa, – implorou. – A vida não será a mesma se você nos deixar, Rosa.

(continuaremos no próximo diário...)

História de Santa

Rosa de Lima

96

19. “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquete todos os dias.20. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico.21. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E ainda vinham os cachorros lamber- lhe as feridas.22. Aconteceu que o pobre morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico, e foi enterrado.23. No inferno, em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos, e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado.24. Então o rico gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a lingua, porque este fogo me atormenta’.25. Mas Abraão respondeu: ‘Lembre-se, filho: você recebeu seus bens durante a vida,

enquanto Lázaro recebeu males. Agora, porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado.26. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós’.27. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai,28. porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento’.29. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas: que os escutem!’30. O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter’.31. Mas Abraão lhe disse: ‘Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos’.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 16, 19-31

Leia

hoje

: Ju

ízes

9-10

97

Espiritualidade Belém: “COMO BONS ADMINISTRADORES QUE NADA POSSUEM mas tudo fazem frutificar em prol dos pobres, como “homens de Boa vontade”, “Amados por Deus”. A própria comunidade dos Apóstolos e das Discípulas tinha uma “bolsa” com o dinheiro, durante a peregrinação com Jesus na Palestina.” (continuação Estatutos 76)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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98

46. Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior.

47. Jesus sabia o que estavam pensando. Pegou então uma criança, colocou-a junto de si,48. e disse a eles: “Quem receber

esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois, aquele que é o menor entre vocês, esse é o maior.”

TRECHO PARA O DIÁRIO: Lucas 9, 46-48

Leia

hoje

: Ju

ízes

11-1

2

99

Espiritualidade Belém: “Se o DINHEIRO se transformar logo em PROVIDÊNCIA para quem mais precisa, ele é abençoado; se parar nas mãos de quem o possui, é como criar uma cobra no seio: se torna uma desgraça maldita que paralisa e afasta de Deus.” (Estatutos 78)

Anote aqui as frases que mais te atingiram e mexeram com você:

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Escreva aqui seu PROPÓSITO de hoje (pequeno, preciso, concreto)

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Como concretamente você vai fazer para colocar em prática o proposito

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À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?

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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?

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100

POSSÍVEL ESQUEMA PARA A SUA HORA DE ADORAÇÃO

Se ajoelhe diante do SS. Sacramento, fi que em silêncio alguns minutos e depois acompanhe, com o coração, essa oração de Santo Afonso Maria de Ligorio

“Senhor meu Jesus Cristo, que, pelo amor que tendes aos homens, estais de noite e de dia neste Sacramento, todo cheio de piedade e de amor, esperando, chamando e recebendo todos os que vêm visitar-vos; eu creio que estais presente no

Santíssimo Sacramento do altar. Eu vos adoro do abismo do meu nada e vos dou graças por todos os benefícios que me tendes feito; especialmente por vós mesmo dardes a mim neste sacramento, por me terdes concedido como advogada vossa Mãe santíssima, e por me terdes chamado a visitar-vos nesta igreja.

Eu vós saúdo, pois hoje, o vosso amantíssimo Coração e a minha intenção é fazê-lo por três motivos: primeiro, em ação de garças por esta grande dádiva; segundo, para compensar-vos de todas as injúrias que tendes recebido, neste Sacramento, de todos os vossos inimigos; terceiro, com intenção de adora-vos, nesta visita, em todos os lugares da terra onde vossa presença sacramental estais menos reverenciado e em maior abandono.

Meu Jesus, eu vos amo de todo o meu coração; pesa-me de ter tan-tas vezes ofendido, ter pecado contra a tua bondade... (refl ita e peça perdão por seus pecados recentes). Proponho, com o auxílio de vossa graça, nunca mais ofender-vos para o futuro. E, no presente, miserável qual sou, eu me consagro todo a vós e renuncio a toda a própria vontade, a todos os afetos e desejos, e a tudo o que é meu, para vo-lo oferecer . De hoje em diante fazei vós de mim e de tudo o que me pertence aquilo o que for de vosso agrado. Só procuro e só peço o vosso santo amor, a perseverança fi nal e o per-feito cumprimento de vossa vontade.Recomendo-vos as almas do purgatório, especialmente as mais devotas do santíssimo sacramento e da Bem-aventurada Virgem Maria.Recomendo-vos também todos os pobres pecadores. (Escute Jesus te falando...)“Não é preciso, fi lho meu, saber muito para agradar-me muito; basta que me ames com fervor. Falai-me, pois, aqui sinceramente, como fala-rias a vossa Mãe, a vossa irmão.

101

Necessitas fazer me em favor de alguém uma súplica qualquer...? Dizei seu nome...., bem seja o de teus pai...., bem o de teus irmãos.... e ami-gos....; diga em seguida o que quer que eu faça atualmente por eles (peça as graças que você sente necessárias pelas pessoas que estão no teu coração). Pede muito, muito, não vaciles em pedir; gosto dos corações generosos que chegam a esquecerem em certo modo de si mesmos, para atender as necessidades alheias. Falai-me assim, com sinceridade, com clareza, dos pobres a queres consolar, dos enfermos a quem vês pade-cer, dos extraviados que desejas que voltem ao bom caminho, dos amigos ausentes que queres ver outra vez ao vosso lado...

Dizei por todos uma palavra de amigo, palavra do fundo do coração e fervorosa. Recordai que tenho prometido escutar toda súplica que saia do coração; e não tem de sair do coração o rogo que me dirijas por aqueles que vosso coração especialmente ama? E para Vós, não necessitas alguma graça ? Fazei-me, se queres, uma lista de tuas necessidades, e vem, lê-la em minha presença (diga a Jesus, sinceramente tudo o que pesa no teu coração e teus desejos, conte tudo para Ele e jogue nele toda tua preocupação).

E agora dizei francamente que sentes -soberba, amor à sensualidade e ao dinheiro; que sois talvez egoísta, inconstante, negligente... ; e pedi--me logo que venha em ajuda dos esforços, poucos o muitos, que fazes para tirar de vós tais misérias. Não te envergonhes, pobre alma! Há no céu tantos justos, tantos Santos de primeira ordem, que tiveram esses mesmos defeitos! mas rogaram com humildade... ; e pouco a pouco se vieram livres deles (exponha a Jesus tuas fraquezas).

Nem ao menos vaciles em pedir-me bens espirituais e corporais: saúde, memória, êxito feliz em teus trabalhos, negócios ou estudos; tudo isso posso dar-te, e o dou, e desejo que me peças desde que não se oponha, antes favoreça e ajude a vossa santificação. O que necessitas? o que posso fazer por vosso bem....?

Se soubesses os desejos que tenho de favorecer-te ! Trazes agora mesmo entre as mãos algum projeto? Contai-me tudo minuciosamente. O que te preocupas? O que pensas? O que desejas? O que queres que faça por vossa irmão, por vosso amigo, por vosso superior? O que desejarias fazer por eles...?

E por Mim? Não sentes desejos de minha glória ? Não quereis poder fazer algum bem a teus próximos, a teus amigos, a quem amas muito, e que vivem talvez esquecidos de Mim...? Sentes acaso tristeza ou mal humor? Contai-me, contai-me, alma des-consolada, tuas tristezas com todos seus pormenores. quem te feriu? quem magoou vosso amor próprio ? quem te tem desprezado....(conte para Jesus o que te fere mais?

102

Aproximai a meu Coração, que tem bálsamo efi caz para curar todas essas feridas do teu. Daí me conta de tudo, e acabarás em breve por dizer-me que, a semelhança de mim tudo o perdoas, tudo esqueces, e em troca recebe-rás mim consoladora benção.

Temes por ventura? Sentes em vossa alma aquelas vagas melancolias, que mesmo por serem infundadas não deixam de serem desoladoras? Estendas teu braços pela minha providencia. Contigo estou; aqui, ao vossa lado me tens; tudo o vejo, tudo o ouço, nem um momento te desamparo....

Sentes desvio da parte de pessoas que antes te quiseram bem, e agora esque-cidas se afastam de Vós, sem que lhes tenhas dado o menor motivo? Rogai por elas, e eu as devolverei a vossa lado, se não tem de ser obstáculo a vossa santifi -cação. E não tens talvez alegria alguma que comunicar-me? Por que não me fazes participante dela como a um bom amigo...

Contai-me o que fi zestes, desde a última visita que me fi zestes, o que tem consolado e feito como sorrir vosso coração. Talvez tenha tido agradáveis sur-presas, tenhas visto dissipados negros receios, tenhas recebido boas notícias, alguma carta com mostra de carinho; tens vencido alguma difi culdade, ou saído de algum lance apurado. Obra minha é tudo isto, e eu o tenho proporcionado: por que não tens de manifestar-me por isso vossa gratidão, e dizer-me sinceramen-te, como um fi lho a seu pai: " Graças, Pai meu, graças!"? o agradecimento traz consigo novos benefícios, porque o benfeitor gosta de ver-se correspondido...

Tampouco tens promessa alguma para fazer-me? Leio, já o sabes, no fundo de vosso coração. Aos homens se lhes engana facilmente; a Deus, não. Falai-me, pois, com toda sinceridade. Tens fi rme resolução de não expor-te mais aquela ocasião de pecado? De privar-te daquele objeto que te danou? de não ler mais aquele livro que exaltou vossa imaginação? de não destratar mais aquela pessoa que tirou a paz de vossa alma ?

Voltarás a ser doce, amável e condescendente com aquela outra a quem, por haver-te faltado, tens olhado até hoje como inimiga? Agora bem, fi lho meu; volte a tuas ocupações habituais, ao escritório, à família, ao estudo... ; mas não esqueças dessa grata conversação que temos tido aqui os dois, na solidão do san-tuário. Guarda, em quanto possas, silencio, modéstia, recolhimento, resignação, caridade com o próximo. Ama a minha Mãe, que o é também tua, a Virgem San-tíssima, e volte outra vez amanhã com o coração mais amoroso, mais entregue a meu serviço. Em meu Coração encontrarás cada dia novo amor, novos benefícios, novos consolos.

Conclua esse tempo precioso com Jesus, rezando essa oração:

103

“Eu vos adoro devotamente, oh! Divindade escondida, que verdadeiramente Se oculta sob estas aparências, a Vós, meu coração submete-se todo inteiro, por-que, vos contemplando, tudo desfalece.

A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós mas, somente em vos ouvir em tudo creio. Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus, nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.

Na Cruz, estava oculta somente a vossa Divindade, mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.

Eu, contudo, crendo e professando ambas, peço aquilo que pediu o ladrão arre-pendido.

Não vejo, como Tomé, as vossas chagas, entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus.

Faça que eu sempre creia mais em Vós, em vós esperar e vos amar. Oh! memorial da morte do Senhor, Pão vivo que dá vida aos homens, faça que minha alma viva de Vós, e que à ela seja sempre doce este saber.Senhor Jesus, bondoso pelicano, lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue,

pois que uma única gota faz salvar todo o mundo e apagar todo pecado. Oh! Jesus, que velado agora vejo, peço que se realize aquilo que tanto desejo: Que eu veja claramente vossa face revelada; que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amém.

104

O Diário Espiritual,  1º- Escolha um bom lugar, se puder, reúna com os amigos e marque a duração da meditação (pelo menos 30min.). Se possível, reze o Terço antes ou, pelo menos, faça o Sinal da Cruz, reze um Pai Nosso e 3 Ave Maria. 2º- LEIA O TEXTO do Dia (Precisa da “Carta Diário”), sem se preocupar em riscar. Em seguida leia de novo o texto, sublinhando e riscando as frases que mais tocaram em seu coração e mexeram com você. 3º- Pegue seu caderno espiritual, ponha no alto da página à esquerda, a data do dia e a citação do trecho, que você está lendo. Em seguida, ESCREVA TODAS AS FRASES QUE VOCÊ SUBLINHOU. Enfim, escreva de novo a frase que mais te atingiu entre todas (este texto já vem com as linhas necessárias para isso). 4º- Pergunte-se, agora, COMO POSSO COLOCAR EM PRÁTICA, HOJE, ESSA FRASE? Qual GESTO CONCRETO vou fazer para realizar essa palavra em minha vida? Deve ser algo de muito concreto: o que VOU FAZER, hoje para realizar essa palavra? Tire, portanto, UM PRÓPOSITO (pequeno, concreto, preciso, algo que a Palavra me convida a melhorar, uma pequena coisa por dia. Jesus não falou: “Feli-zes os que lêem a Palavra, mas “Felizes os que PRATICAM”. 5º- Escreva agora o seu propósito NA PALMA DA MÃO e no seu Diário. Esse pro-pósito esteja, o dia todo, em seu coração e em sua mente, para vivenciá-lo o mais possível. 6º- À NOITE, dedique pelo menos 20 minutos para refletir sobre o dia. Na página de direita do seu caderno, faça o “Diário do dia” respondendo a essas perguntas:

*O QUE JESUS FEZ PARA MI M, HOJE? (Quais graças recebi dele, nesse dia).* COMO VIVI O PROPÓSITO DESSE DIA? (Conte como você viveu o propósito, escreva, pelo menos 10 linhas contando as experiências que você viveu quando se lembrou do propósito).*SENHOR, PEÇO-TE PERDÃO POR... (Escreva, com sinceridade os pecados come-tidos no dia. Dessa forma vai ser simples confessar e não se esquecer de nada).

7º- LEMBRE-SE SEMPRE DAS 5 PEDRINHAS: CONFISSÃO MENSAL, MEDI-TAÇÃO DIÁRIA DA BÍBLIA, S.MISSA (Todo dia ou quanto mais possível), Santo ROSÁRIO Cotidiano, JEJUM a Pão e Água 4ª e 6ª feira).

www.belembelembelem.com (clique em Diario espiritual)Rua Nelson Cruz 10, 03015-050 Belenzinho SP

Associação Missão BelémSe você deseja ajudar os nossos pobres: B. Bradesco ag 1749 c/c 3324-3Se deseja ajudar os pobres do Haiti: B. do Brasil, ag 0383-2 cc: 28462-9