diário católico

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Rua Piauí, 191, sala 50, Edif. Centro Comercial - Fone (43) 3029-3330 - CEP 86010-906 - Londrina. E-mail: [email protected] Famvin encerra ano Jubilar A notícia mais importante! diariocatolico.com.br twitter.com/diariocatolico Edição nº 044/2010 “Você já viu a festa de encerramento dos Jogos Olímpicos?” Com esta per- gunta a adolescente Maria Alice de Souza, participante da Juventude Marial Vicenti- na (JMV), um dos principais ramos da Família Vicentina Internacional (Famvin) em atividade no Paraná, definiu como foi, em Curitiba, no dia 26 de setembro, domin- go à tarde, o encerramento das comemorações alusivas ao Jubileu dos 350 anos das mortes de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Ma- rillac. Mesmo com a realiza- ção, no mesmo dia e horário, da mesma festa em outras ci- dades, o evento em Curitiba foi um sucesso de público: as instalações do Ginásio de Esportes do Instituto Nossa Senhora das Mercês, com ca- pacidade para até 600 pes- soas sentadas, esteve quase completamente lotadas. O evento teve início a partir das 14 horas, com a equipe da acolhida dis- tribuindo brindes de lem- brança (garrafas de água portáteis com o símbolo do Jubileu), marcadores de pá- gina enfeitados com balas, além dos folhetos de cânti- cos em papel especial. No interior do Ginásio o padre Marco Aurélio Soares da Cos- ta, CM, assessor da Família Vicentina, cuidava da anima- ção juntamente com outros músicos. Depois chegaram os integrantes do coral, de- vidamente uniformizados. Uma procissão de entrada conduziu as relíquias de São Vicente de Paulo: um pedaço da batina e da estola, até a la- teral esquerda do palco. A abertura do Momento Cultural Vicentino coube ao padre Odair Miguel Gonsal- ves dos Santos, Diretor Pro- vincial das Filhas da Carida- de de São Vicente de Paulo. Na sequência se apresen- taram diversos grupos de teatro, música e dança, for- mados por integrantes das Filhas da Caridade, Congre- gação da Missão, Juventude Marial Vicentina, Associação da Medalha Milagrosa, Asso- ciação Internacional de Ca- ridades e Sociedade de São Vicente de Paulo, além de alguns participantes convi- dados, como por exemplo o grupo de teatro da Melhor Idade de Araucária. Todos receberam muitos aplausos. Por volta das 16 horas todos se prepararam para a celebração eucarística, tam- bém conduzida pelo padre Odair Miguel e mais seis sacerdotes, um deles, o pa- dre Aleixo que representou o arcebispo de São José dos Pinhais, Dom Ladislau Bier- nask. Finalizando, antes da bênção final, teve uma pro- cissão de entrada da vela do Jubileu que antes de ser apagada, acendeu outras seis velas que foram entre- gues aos representantes dos ramos vicentinos que atuam em Curitiba. Momento emocionante foi reservado para o final: o lançamento do selo come- morativo do Jubileu, pela Empresa Brasileira de Cor- reios, através do represen- tante Diogo Machado que homenageou com uma placa a irmã Paula Pereira Alves, visitadora das Filhas da Cari- dade, Província de Curitiba. De Londrina esteve pre- sente, representando a As- sociação dos Benfeitores de São Vicente de Paulo (Aben- vip), o casal Deize Martins e Wanderley Jorge Marlière, co-fundadores desse novo ramo que nasceu inspirado nas atividades da Associa- ção da Medalha Milagrosa (AMM). Leia na página 3, o artigo “Impulsionados pelo amor de Deus”, do padre Odair Mi- guel, sobre os frutos do Ano Jubilar no Brasil e no mundo. As Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Província de Curitiba, sob o comando da irmã Paula Pereira Alves (tocando sanfona), apresentam o hino da Congregação

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Edição 44 do Jornal Diário Católico

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Page 1: Diário Católico

Rua Piauí, 191, sala 50, Edif. Centro Comercial - Fone (43) 3029-3330 - CEP 86010-906 - Londrina. E-mail: [email protected]

famvin encerra ano Jubilar

A notícia mais importante!

diariocatolico.com.brtwitter.com/diariocatolico

Edição nº 044/2010

“Você já viu a festa de encerramento dos Jogos Olímpicos?” Com esta per-gunta a adolescente Maria Alice de Souza, participante da Juventude Marial Vicenti-na (JMV), um dos principais ramos da Família Vicentina Internacional (Famvin) em atividade no Paraná, definiu como foi, em Curitiba, no dia 26 de setembro, domin-go à tarde, o encerramento das comemorações alusivas ao Jubileu dos 350 anos das mortes de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Ma-rillac.

Mesmo com a realiza-ção, no mesmo dia e horário, da mesma festa em outras ci-dades, o evento em Curitiba foi um sucesso de público: as instalações do Ginásio de Esportes do Instituto Nossa Senhora das Mercês, com ca-pacidade para até 600 pes-soas sentadas, esteve quase completamente lotadas.

O evento teve início a partir das 14 horas, com a equipe da acolhida dis-tribuindo brindes de lem-brança (garrafas de água portáteis com o símbolo do Jubileu), marcadores de pá-gina enfeitados com balas, além dos folhetos de cânti-cos em papel especial. No interior do Ginásio o padre

Marco Aurélio Soares da Cos-ta, CM, assessor da Família Vicentina, cuidava da anima-ção juntamente com outros músicos. Depois chegaram os integrantes do coral, de-vidamente uniformizados. Uma procissão de entrada conduziu as relíquias de São Vicente de Paulo: um pedaço da batina e da estola, até a la-teral esquerda do palco.

A abertura do Momento

Cultural Vicentino coube ao padre Odair Miguel Gonsal-ves dos Santos, Diretor Pro-vincial das Filhas da Carida-de de São Vicente de Paulo. Na sequência se apresen-taram diversos grupos de teatro, música e dança, for-mados por integrantes das Filhas da Caridade, Congre-gação da Missão, Juventude Marial Vicentina, Associação da Medalha Milagrosa, Asso-

ciação Internacional de Ca-ridades e Sociedade de São Vicente de Paulo, além de alguns participantes convi-dados, como por exemplo o grupo de teatro da Melhor Idade de Araucária. Todos receberam muitos aplausos.

Por volta das 16 horas todos se prepararam para a celebração eucarística, tam-bém conduzida pelo padre Odair Miguel e mais seis

sacerdotes, um deles, o pa-dre Aleixo que representou o arcebispo de São José dos Pinhais, Dom Ladislau Bier-nask. Finalizando, antes da bênção final, teve uma pro-cissão de entrada da vela do Jubileu que antes de ser apagada, acendeu outras seis velas que foram entre-gues aos representantes dos ramos vicentinos que atuam em Curitiba.

Momento emocionante foi reservado para o final: o lançamento do selo come-morativo do Jubileu, pela Empresa Brasileira de Cor-reios, através do represen-tante Diogo Machado que homenageou com uma placa a irmã Paula Pereira Alves, visitadora das Filhas da Cari-dade, Província de Curitiba.

De Londrina esteve pre-sente, representando a As-sociação dos Benfeitores de São Vicente de Paulo (Aben-vip), o casal Deize Martins e Wanderley Jorge Marlière, co-fundadores desse novo ramo que nasceu inspirado nas atividades da Associa-ção da Medalha Milagrosa (AMM).

Leia na página 3, o artigo “Impulsionados pelo amor de Deus”, do padre Odair Mi-guel, sobre os frutos do Ano Jubilar no Brasil e no mundo.

As Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Província de Curitiba, sob o comando da irmã Paula Pereira Alves (tocando sanfona), apresentam o hino da Congregação

Page 2: Diário Católico

Promover o outro e sentir satisfação pelo bem-estar é si-nal oblativo e benevolente que quer realizar a elevação dos outros até ao esquecimento de si. O amor dá sentido a nossa existência e confere energia a tudo. O amor é a verdade da existência humana, verdade sem medidas porque salva o mundo, constrói a sociedade, prepara a eternidade. O amor é exigente e se expressa por meio da presença, do serviço e dos gestos fraternos. O amor não se cansa e é mais forte que a morte. Vejamos então os cin-co enfoques do amor fraterno:

1. Sair de si. É a lei do êxodo, da descida, do desape-go. Estar fora de si e centrado no outro, ser excêntrico, por-que central é o outro, a alteri-dade, eis um enfoque essencial do amor, portanto, trata-se do esquecimento de si e elevação do outro. Quanto mais saímos de nós mesmos, para estar no outro e em Deus, ali nos en-contramos. O esvaziamento de si, cria espaço para abrigar o próximo. O amor nos manda

sair de nós mesmos, sair do tradicionalismo, sair do ego, sair das memórias que acor-rentam, sair dos preconcei-tos, sair do pedestal, sair das fantasias, deixar pai e mãe e entrar na realidade, aceitar o diferente, dar um passo à frente. O amor faz o outro im-portante.

2. Compreender. Amar é compreender. Quem compre-ende perdoa. ''Senhor fazei que eu saiba mais compreen-der que ser compreendido'', rezava São Francisco. Compre-ender é ver o ponto de vista do outro, desejar o desejo do outro, aceitar a verdade do ou-tro com suas sombras, defei-tos, limitações. Compreender é aceitar a ver-dade do outro e dizer-lhe a verdade com autenticidade. Compreender leva a confiar, a perdoar, a confidenciar.

3. Cuidar. Cuidado é atenção ao desejo do outro, ao seu bem, sua promoção, seus interesses. Cuidar é zelar, envolver-se, estar atento, me-lhor, é um estado de atenção, é uma recordação constante do amado: ''Vivo pensando nele''. Cuidado é ter percepção da re-alidade alheia, assumir atitu-de de envolvimento, atenção, desvelo, zelo. O cuidado se desdobra em dedicação, soli-citude, bom trato, responsabi-lidade, diligência. Ter cuidado é deixar-se afetar, envolver-se, criar laços. Cuidar é amar.

4. Doar-se. É a entrega de si, a generosidade, a gra-tuidade, o amor ágape, que se sacrifica, é capaz de dar a vida. Isso requer a morte do ego e a compaixão pelo outro. Amar é dizer: não quero que tu mor-ras, mas eu dou minha vida por ti. Amar é dar a vida, en-sinou Jesus. O amor joga fora o temor, é mais forte que a morte. O amor jamais acabará. A única coisa que não se pode tirar de nós é o que doamos.

5. Ser fiel. O amor requer fidelidade e não suporta indi-ferença, mentira, desconfian-ça. Fidelidade é compromisso, aliança, pacto, juramento. O amor é um desejo de aliança,

um sentimen-to de pertença, uma atitude de filiação, uma experiência de eternidade. No amor não se sente o tempo passar. Fide-

lidade é comunhão, unidade, reciprocidade, mútua entrega, estar inteiro com o outro, sem medo de rejeição, sem ciúmes. Fidelidade é respeitar a verda-de. Quando o amor nos habi-ta nos tornamos verdadeiros. Hoje a facilidade e a felicidade levam a esquecer a fidelidade. Parece que a fidelidade está fora de casa. Sem fidelidade tudo se espatifa, pior, a infide-lidade gera doenças até a in-sanidade mental. A fidelidade não é um jugo, é proteção de valores, é o preço do amor. DOM ORLANDO BRANDES,

arcebispo de Londrina

FORMAÇÃO: “Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso”. (I João 4, 20a)

Os cinco enfoques do amor fraterno

“O amor é um desejo de

aliança, ..., uma experiência de

eternidade.”

ANTES DE LIGAR A TV SINTONIZE DEUSA Palavra de Deus em 1º lugar

LEITURA DIÁRIASEGUNDA-FEIRA (11/10/2010): Dia de São Jaime, Padro-eiro dos Pintores de Vitrais e dia dos santos: Emiliano, Qui-rino e Zenaide. Dia dos Correios. Primeira Leitura: Gálatas 4,22-24.26-27.31-5,1; Salmo Responsorial 112; Evangelho: Lucas 11, 29-32.

TERÇA-FEIRA (12/10/2010): Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, Padroeira dos Motociclistas, Patrona dos Rodeios e Padroeira dos Caubóis e Peões nos Rodeios do Brasil. Dia dos santos Aparecida, Cipriano e Serafim. Dia do Descobrimento das Américas (1492); Dia Mundial do Atletismo, Dia do Banco do Brasil, dia do Basquete, Dia da Cirurgia Infantil, Dia Continental do Corretor de Seguros, Dia da Criança, Dia do Engenheiro Agrônomo, Dia Internacional da Evangelização, Dia da His-panidade e Dia do Mar. Primeira Leitura: Ester 5, 1b-2; 7,2b-3; Salmo Responsorial 44(45); Segunda Leitura:- Apocalíp-se 12,1.5.13a.15-16ª; Evangelho: João 2,1-11.

QUARTA-FEIRA (13/10/2010): Dia dos santos: Celidônia, Serafim de Montegranaro e Teófilo.Dia do Terapeuta Ocu-pacional e dia da Vida. Primeira Leitura: Gálatas 5,18-25; Salmo Responsorial 1,1-2. 3. 4.6 (R. Cf. Jo 8,12); Evangelho - Lucas 11,42-46.

QUINTA-FEIRA (14/10/2010): Dia dos santos Bernardo, Fortunata e Calisto I, Papa, Padroeiro dos Trabalhadores em Cemitérios. Primeira Leitura: Efésios 1,1-10; Salmo 97 (98); Evangelho: Lucas 11, 47-54.

SEXTA-FEIRA (15/10/2010): Dia de Santa Teresa de Jesus, Virgem e Doutora da Igreja. Dia dos santos Bruno, Amélia e Teresa d’Ávila. Dia do Professor e dia da Normalista. Primei-ra Leitura: Efésios 1,11-14; Salmo - Sl 32,1-2. 4-5. 12-13 (R. 12b); Evangelho: Lucas 12,1-7.

SÁBADO (16/10/2010): Dia dos santos: Geraldo Magela, Edwiges e Margarida Maria Alacoque. Dia da Ciência, dia da Tecnologia e dia Mundial da Alimentação. Primeira Leitura: Efésios 1,15-23; Salmo 8,2-3a. 4-5. 6-7; Evangelho: Lucas 12, 8-12.

DOMINGO (17/10/2010): 29º Domingo do Tempo Co-mum. Dia do Bem-Aventurado Contardo Ferrini, Patrono das Universidades e dia dos santos: Inácio de Antioquia, Ma-riano e Vitor. Primeira Leitura: Êxodo 17, 8-13; Salmo 120; Segunda Leitura: 2Timóteo 3, 14 - 4, 2; Evangelho: Lucas 18, 1-8.

REGRAS PARA OBTER PROSPERIDADE1 – Dar o primeiro lugar à Palavra de Deus; 2 – Meditar a Palavra de Deus; 3 – Praticar a Palavra de Deus e 4 – Obede-cer a VOZ DO ESPÍRITO. Porque “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor...” (Provérbios 20, 27)

“Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu cami-nho e serás bem sucedido”. (Josué 1,8)

Página 2 Edição 44/2010

Órgão Oficial da Associação dos Benfeitores de São Vicente de Paulo - ABENVIP. Diretor de marketing: Saulo Martins Marlier. Conselho Editorial: Waltercides Roberto Torácio,

Caroline Maria Calliari e Rogério Martins Marlier. Colaboradores: Padres Lourenço Mika, CM e Giovanni Mezzadri, SX. Editor Responsável: Wanderley J. Marlière.

Page 3: Diário Católico

Para desfrutarmos os frutos do Jubileu dos 350 anos da morte de São Vicen-te de Paulo e Santa Luísa de Marillac, é imprescindível o cultivo do ardor do mesmo espírito que animou Vicente e Luísa na missão: a cari-dade. O ardor missionário impulsionou os gigantes da caridade a ir ao encontro dos mais empobrecidos da sociedade. O acolhimento a Jesus Cristo transformou o pensar e o agir de Vicente e Luísa. Transformados por Cristo, viveram a radicalida-de do Evangelho, na evan-gelização e no serviço aos pobres.

Comprometidos com o Reino de Deus, Vicente e Lu-ísa perceberam que a mis-são não seria fácil. Desfru-taram da fé em Jesus Cristo, preparando um caminho de serviço e acolhida para seus discípulos; isso devido à ex-periência trinitária em suas vidas.

MISSÃOQuando vivemos impul-

sionados pelo amor de Deus, percebemos que a missão a nós confiada, só pode ser realizada dentro da dimen-são trinitária. Os trabalhos passam a serem realizados com alegria e determinação,

manifestando que esta-mos enraizados em Je-sus Cristo e na caridade.

É importante ce-lebrar. Nossas atitudes revelam o comprome-timento ou não, com o Ano Jubilar. É na simpli-cidade do nosso agir que vivemos este momento festivo. É no acolhimen-to e na escuta do outro que compreenderemos as reais necessidades; a partir deste contato pessoal percebemos os anseios e as angústias que movem o nosso ser. O Ano Jubilar nos oportuniza momentos de encontro com os jubilandos e seu Caris-ma, como também favorece o cultivo de uma amizade que se faz à margem de um mesmo ideal. Este momen-to celebrativo nos conduz ao acolhimento das abun-dantes graças que nos são oferecidas. Cada pessoa que desfruta do Carisma de São Vicente e Santa Luísa vive dentro deste dinamismo de vida, de alegria em poder servir e sentir-se útil.

ESPIRITUALIDADEParticipantes deste

Carisma, envolvidos pelo encanto desafiador da es-piritualidade de São Vi-

cente e de Santa Luísa, não podemos negar, apesar do secularismo presente em nossa realidade, que Deus continua sendo a luz e a força para o homem que busca o verdadeiro sentido da vida. São Vicente sentiu e “reconheceu que Deus é a necessidade do homem”. Mais uma vez é bom lem-brar que a espiritualidade de Vicente de Paulo segue o curso da Encarnação, sendo cristocêntrica. Cristo é que impulsiona o agir huma-no para o próximo e para o bem. A nossa ação diária deveria fundamentar-se em Jesus Cristo e no amor tri-nitário, para fazermos tudo bem. Santa Luísa, sensível e

emotiva, cultiva uma es-piritualidade do “amor puro, de um amor puri-ficado de todo resíduo humano”, assim como nos é apresentado na segunda ficha de refle-xão para a Família Vi-centina.

ENGAJAMENTOEnvolvida pelo di-

namismo da caridade, Santa Luísa tinha pre-sente que o serviço dos pobres não esta-va reservado somen-te para si. São Vicente

de Paulo logo percebeu em Luísa “uma mulher forte, dotada de dons excepcio-nais, capazes de fazer dela uma líder, que ele buscava para colaborar com ele em suas obras de caridade” (fi-cha de reflexão nº 4). Sendo uma mulher astuta, temente e confiante em Deus, con-vidou jovens camponesas “construindo uma ponte sobre o abismo que separa-va os ricos e poderosos dos camponeses e dos pobres. Com São Vicente de Paulo e as primeiras Filhas da Cari-dade, criou uma vasta rede de caridade que não excluía ninguém” (ficha de reflexão nº 4).

Muitos vieram, ao longo

destes anos, apaixonar-se por este mesmo trabalho de Vicente e Luísa, tornando-se membros da Família Vicen-tina. Este momento jubilar ocasiona um maior fortale-cimento do que já está sen-do realizado no serviço aos pobres, como também nos faz ver e sentir que é preci-so dar continuidade a esta grande missão: servir para desfrutar com alegria as graças deste Jubileu.

Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos, CM

Diretor Provincial das Filhas da Caridade de São

Vicente de Paulo

OPINIÃO: Padre Odair Miguel Gonsalves dos Santos

Impulsionados pelo amor de DeusEnvolvidos pelo encanto desafiador da espiritualidade de São Vicente e de Santa Luísa, não

podemos negar, apesar do secularismo presente em nossa realidade, que Deus continua sendo a luz e a força para o homem que busca o verdadeiro sentido da vida

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A Associação Cultural do Rock de Londrina convoca os associados, membros do conse-lho fiscal e administrativo para a Assembléia Geral Extraordinária que ocorrerá no dia 16/10/2010 às 15 horas, em primeira con-vocação e em segunda con-vocação meia hora após, com qualquer número de associados, sendo que o encerramento está previsto para as 17 horas. A pau-ta da reunião é o encerramento das atividades da associação.

Londrina, 16 de Setembro de 2010

Edição 44/2010 Página 3

Page 4: Diário Católico

JUBILEU DE OURO

Confecção e Consertos de RoupasTernos, Calças, Blasers, Camisas sociais e pólos, etc. Masculino, feminino e infantil.

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Centro Comercial agora tema Revistaria do Tito na loja 63

A Galeria do Centro Co-mercial em Londrina, que está completando 50 anos de exis-tência, ganhou no dia 16 de agosto a Revistaria do Tito (v. foto). Instalada na loja 63, numa área de 40 m2, a revistaria vem

sendo considerada a maior e mais completa da região cen-tral. Além de jornais, apostilas e revistas, oferece também os últimos lançamentos em livros das principais editoras.

No balcão da loja ficam ex-postos cartões telefônicos e vá-rios tipos de doces. Tito agora também vende sorvetes de óti-ma qualidade.

“Estou feliz com a loja, pois antes eu trabalhava em pou-quíssimo espaço na banca que foi extinta ao lado da Concha Acústica” – revela José Tito de Souza.

Tito, baiano de Ibiquera, atua no ramo de jornais e revis-tas desde 1973. Com essa ativi-dade conquistou muitos clien-tes e formou, com dona Neusa, uma família de dois filhos que já estão casados e que também são empreendedores, a exem-plo do pai.

Página 4 Edição 44/2010

Page 5: Diário Católico

Segredos da Beata Chiara Luce Badano

ROMA, (CNNotícias/Servizio Informazione Fo-colari) - Foram necessários apenas 25 minutos para que a jovem Chiara "Luce" (Luz) Badano desse um "sim" de-finitivo e irrevogável a Jesus. A postura decidida da jovem alcançou um de seus frutos mais importantes no dia 25 de setembro de 2010. Foi nesse dia que a Igreja procla-mou oficialmente a italiana como Beata, a primeira in-tegrante do Movimento dos Focolares a alcançar esse re-conhecimento – a jovem era extremamente ativa no Gen (Geração Nova), setor juve-nil do Movimento. Milhares de pessoas, de mais de 40 países dos cinco continen-tes, participaram do evento.

A vida de Chiara "Luce" Badano foi um sim repeti-do a Jesus até a doença e a morte. Apresentamos uma entrevista com seus pais so-bre os maravilhosos 18 anos vividos juntos.

Passados mais de 20 anos de sua morte, a lem-brança de Chiara, uma jo-vem vivaz, alegre, esportiva, conserva-se mais viva do que nunca nos acontecimen-tos e episódios contados por seus pais, Maria Teresa e Ru-

ggero Badano. Dizia a bem--aventurada Madre Teresa de Calcutá: "Se os membros da família permanecerem unidos se amarão recipro-camente como Deus os ama individualmente". Foi o que viveu Chiara, a jovem de Sas-sello (Ligúria - Itália), que no dia 25 de setembro, foi pro-clamada Bem-aventurada no Santuário do Divino Amor, em Roma. Faleceu vítima de um câncer e a sua experi-ência parece encontrar suas raízes no testemunho evan-gélico vivido, antes de tudo, no núcleo familiar.

Sabemos que vocês desejavam muito um filho. Como viveram a chegada de Chiara em sua família?

MARIA TERESA BADA-NO: Nós nos casamos com 26 anos e o nosso maior desejo era ter filhos, mas ti-vemos que esperar 11 anos. Com o nascimento de Chiara foi como se tivéssemos com-preendido melhor a graça do sacramento do matrimônio, porque completava a nos-sa união. Chiara começou a crescer, linda e sadia, e nos dava muita alegria. Mas per-cebemos logo que não era filha apenas nossa, era, an-tes de tudo, filha de Deus, e como tal a devíamos educar, respeitando a sua liberdade.

Algum fato interessan-te da infância de Chiara?

MARIA TERESA BADA-NO: Um dia, voltando da escola infantil, Chiara me pediu para ficar na casa da nossa vizinha, Gianna. De-pois de mais ou menos uma

hora ela chegou em casa com uma linda maçã vermelha e amarela na mão. Perguntei como a tinha ganho e ela me respondeu que tinha pegado na casa da vizinha, mas pude entender que fora sem a sua permissão. Então expliquei que ela deveria devolver e pedir desculpas. Vi que ela ficou muito preocupada, es-tava envergonhada, mas eu prometi que a seguiria com o olhar, do terraço de casa. Então ela tomou coragem, voltou à casa da vizinha e contou o que tinha aconte-cido. Depois de quinze mi-nutos Gianna lhe trouxe uma cestinha de maçãs. "Agora você pode merendar com sua mãe, porque hoje ela lhe ensinou uma coisa impor-tantíssima".

Como a filha de vocês conheceu o Movimento dos Focolares?

RUGGERO BADANO:

Com nove anos e meio, gra-ças a uma gen (Geração Nova, os jovens do Movimen-to), que se chamava Chicca. Foi um momento fundamen-tal para a vida de Chiara. Ela pegava um ônibus em Sas-sello para ir a Albisola, onde a sua nova amiga morava. Os meus pais ficavam um pouco preocupados que ela fosse sozinha, mas nós tínhamos confiança. Como ainda não conhecíamos o Movimento dos Focolares quando volta-va quase sempre lhe fazía-mos algumas perguntas. Mas ela dava respostas vagas, se limitava a dizer que brinca-vam e liam o Evangelho. Mas Chiara mesma notava algo diferente na sua amizade com Chicca. Ela dizia: "Sabe mamãe, eu acho que essa mi-nha nova amiga é diferente daquelas com quem brinco sempre aqui".

Como era Chiara quan-do adolescente?

MARIA TERESA BADA-NO: Era uma menina cheia de vida: ela gostava de rir, cantar e dançar. Era uma jo-vem maravilhosa. Naquela época não havia muitos di-vertimentos em Sassello, no verão em geral os jovens se reuniam no bar, para tomar sorvete. E nós gostamos de pensar em Chiara como uma pessoa esportiva por exce-lência, mas não no sentido competitivo. Praticava pati-nação e tênis, gostava muito das montanhas, mas era no mar que ela "explodia!".

Antes da sua doença ela viveu algum momento

difícil, na adolescência?MARIA TERESA BADA-

NO: Diria que sim. O início da escola média foi um mo-mento de desorientação para Chiara. Primeiramente, porque tínhamos nos muda-do de Sassello para Savona. Muitas vezes ela dizia: “Mas mamãe, muitos estudantes viajam de ônibus. Por que temos que ir morar em Savo-na?”. A isso se acrescentou a incompreensão de um pro-fessor. Ele se comportava as-sim quase com toda a classe, mas com Chiara a situação era um pouco mais pesada. Ela procurava estudar, dava tudo de si, não com o objeti-vo de ser a primeira da tur-ma, mas para poder dizer, diante de Deus: faço toda a minha parte. De fato, esse foi o seu primeiro grande sofri-mento.

Como Chiara percebeu que a doença estava che-gando e como a viveu?

MARIA TERESA BADA-NO: Com 17 anos, enquanto jogava tênis. Eu vi que ela voltou para casa pálida.

(Continua na página 6)

Maria Teresa Badano e Ruggero Badano

Ruggero, Chiara e Maria Teresa Badano

Edição 44/2010 Página 5

Page 6: Diário Católico

ALIMENTAÇÃO & SAÚDECaroline M. Calliari

As funções básicas dos alimentosChiara interrompe a quimioterapia

Deus disponibilizou todo o necessário na natu-reza para a nossa perfeita nutrição e saúde. No reino vegetal e no animal estão dis-poníveis os nutrientes de que precisamos para a manuten-ção da saúde física e mental. Constitui prova de amor para consigo e para com a própria família a atitude de buscar uma alimentação natural, consciente e equilibrada. Os alimentos estão divididos em três grupos, de acordo com suas funções básicas:

CONSTRUTORESSão aqueles que apre-

sentam alto teor de proteí-nas. Estes conservam os te-cidos do organismo, regulam o crescimento e contribuem para o desenvolvimento dos músculos, do cérebro, do fígado, etc. Entre as fontes destes compostos regulado-res estão alimentos de ori-gem animal e vegetal. O leite e derivados, os ovos, a carne devem ser consumidos em proporção inferior em rela-ção aos vegetais, pois apre-sentam o inconveniente do colesterol e carregam em si certas toxinas. Os vegetais como as leguminosas (fei-jões, grão-de-bico, ervilha, soja, lentilha) e frutas olea-ginosas (amendoim, nozes, castanhas, amêndoas, ave-lãs) apresentam teores de proteína mais elevados do que os alimentos de origem animal e no caso dos vege-tais, a absorção das proteínas contidas é muito maior (por ser menos complexa) pelo organismo.

ENERGÉTICOSMantêm o calor interno

do corpo e fornecem energia para o trabalho muscular, o esforço físico, a respiração, os batimentos cardíacos, a circulação sangüínea, etc. Se utilizados em excesso, pre-judicam mais do que aju-dam. São alimentos ricos em carboidratos (açúcares) e gorduras. Alguns alimentos energéticos: melado, rapa-dura, mel, arroz, milho, trigo, batata, mandioca, farinhas em geral, frutas muito doces, etc.

REGULADORESContribuem com as fun-

ções anteriores, regulam e ajustam o bom funcionamen-to do organismo, principal-mente os aparelhos digestivo e nervoso, sendo base prote-tora contra infecções. Desse grupo fazem parte as frutas, legumes, raízes e tubérculos fibrosos.

Quanto às necessida-des específicas sabe-se que crianças e adolescentes exi-gem mais alimentos constru-tores e energéticos. Atletas necessitam mais de alimen-tos construtores e energéti-cos; idosos exigem mais ali-mentos reguladores.

Conscientes das funções básicas de cada grupo de ali-mentos, é preciso cultivar o respeito em relação ao ali-mento – cuidar muito bem da higiene da cozinha e dos utensílios: lavar exaustiva-mente os alimentos e as mãos antes de preparar ou ingerir algum alimento; tornar o lo-cal e o momento da refeição agradáveis, são atitudes que certamente contribuem para a saúde e harmonia de toda a família. É preciso lembrar que todos esses cuidados são de responsabilidade dos que habitam um lar, a fim de pro-porcionar uma qualidade de vida cada vez melhor.

(Caroline Maria Calliari, Doutora em Ciência de

Alimentos pela UEL)

(Continuação da página 5)

“Senti uma dor muito forte no ombro – ela me dis-se – tão forte que a raquete caiu da minha mão”. Um mé-dico de Sassello, primo de Ruggero, nos sugeriu que a levássemos a Santa Corona. Lá recebeu os raios infra-vermelhos e nos garanti-ram que se tratava de uma distensão, que teria sarado em vinte dias, imobilizando. Mas a dor continuou, Chiara começou a fazer infiltrações nas costas, mas sem nenhu-ma melhora. Não ia mais jo-gar e mesmo quando podia ir dar um passeio com as amigas preferia ficar deita-da no sofá. Durante as férias de Natal ela decidiu ligar pessoalmente para o médi-co e pedir para fazer outros exames. No dia seguinte, já estava no hospital e se dedi-cava às pessoas que estavam perto dela. De modo especial a uma jovem, no quarto ao lado, que devia desintoxicar--se das drogas. Chiara lavava os cabelos dela e sempre lhe fazia companhia. Vendo que estava se cansando nós lhe pedimos que se resguardas-se, mas ela nos calou com um seco: “Vou ter tempo para descansar”. Com uma TAC (tomografia axial computa-dorizada) soubemos o que ela tinha: um osteosarcoma. Naquele momento, tive a im-pressão de morrer. Nós nos abraçamos, eu e Ruggero, e nos dissemos: “Somente Je-sus pode nos ajudar a dar o nosso sim” e pedimos, com força, que Maria tomasse as

mãos de Chiara nesse novo caminho.

Em pouco tempo, nos transferimos para Roveglias-co, próximo a Turim, porque ela devia começar a quimio-terapia. Naquele dia eu não podia acompanhá-la, porque estava com flebite e o médi-co tinha me proibido qual-quer movimento. Depois de duas horas intermináveis Ruggero e Chiara voltaram. Ela vinha na frente, cami-nhando lentamente, vestida com a sua jaqueta verde. Ti-nha o rosto sombrio e olhava para o chão. Perguntei como tinha sido e ela, sem me olhar, respondeu: “Não diga nada agora”, e se jogou na cama com os olhos fechados. Aquele silêncio era terrível, mas eu tinha que respeitá-lo. Eu olhava para ela e pela ex-pressão de seu rosto via toda a luta que estava travando interiormente para dizer o seu ‘sim’ a Jesus. Passaram 25 minutos. De repente ela se girou na minha direção, com o sorriso de sempre, dizendo: “Agora você pode falar”. Naquele momento eu me perguntei quantas ve-zes ela iria ter que repetir o seu sim, no sofrimento. Mas Chiara precisou, como eu já disse, de 25 minutos, e des-de então nunca mais voltou atrás.

Estava se aproximando o seu aniversário de 18 anos. Ela mesma telefonou ao dou-tor Madon pedindo que se interrompesse a quimiotera-pia, porque já não surtia ne-nhum efeito. A partir daque-

le momento começou a sua corrida para o seu Esposo, Jesus, e ela nos dava também alguns encargos, como o de preparar a sua “festa de núp-cias”. Era uma coisa linda, porque ela estava alegre... uma verdadeira maravilha.

A última saudação de Chiara, antes de ir para o Céu.

MARIA TERESA BADA-NO: As suas últimas palavras – que não foram o seu último ato de amor, porque este foi a doação das suas córneas a dois jovens – quando se despediu, foram: “Tchau ma-mãe! Esteja feliz, porque eu estou feliz”.

ALGUMAS PALAVRAS DE CHIARA LUCE BADANO

Tenho uma avó paralíti-ca e é dever de uma neta ir visitá-la de vez em quando. Mas entendi que, se eu que-ro ser uma gen verdadeira, devo fazer alguma coisa a mais. Por isso decidi ir vá-rios dias de seguida, para lhe fazer companhia. O fato de ter lido a frase do Evan-gelho: “Qualquer coisa que tiverdes feito a um destes pequeninos...”, foi para mim um trampolim. Depois da es-cola fui para casa. Subindo a escada sentia-me um pouco irritada por ter que perder assim tanto tempo, mas dis-se o meu “sim”. Quando des-cia a escada, voltando para casa, sentia uma alegria for-tíssima!»

Albissola, 15 de Fevereiro de 1983

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Page 7: Diário Católico

ESPECIAL: NELSON TANUMA

Ser é mais importante do que terPara uma vida próspera, livre-se da “Sindrome de Peter Pan” e pratique: o que vem em

primeiro lugar é SER, em seguida FAZER, para depois TER

Vivemos hoje em um mun-do extremamente competitivo onde as pessoas buscam de-sesperadamente e a todo custo, acumular bens materiais, ter corpo perfeito, ter mais tempo, status e poder, e assim, vivemos dentro de um contexto de vida estressante, narcisista e insaci-ável. Muitas vezes nos esque-cemos de que, não obstante a fugacidade da vida, o que vem em primeiro lugar é SER, em seguida FAZER, para depois vir a TER. Se você busca tornar--se um profissional e um ser humano melhor, e vem execu-tando seu trabalho com amor e dedicação, o resultado finan-ceiro positivo será inevitável e uma mera consequência de seus pensamentos e atitudes. Certa vez ouvi uma definição de status que guardei na memória por ter considerado interessan-te e hilariante, motivo pelo qual transcrevo a seguir: “Status é comprar o que você não preci-sa, com o dinheiro que você não tem, para mostrar para aqueles que você não gosta, aquilo que você não é”. Penso que existe uma grande verdade inserida nessa frase. Na medida em que a pessoa amadurece, ela tende a preocupar-se menos com a busca pelo status e passa a pro-curar mais sua auto-realização. Entretanto, existem pessoas que não conseguem libertar-se da chamada "Síndrome de Pe-ter Pan": recusam-se a amadu-recer, apesar da idade.

SAÚDE E RIQUEZAÉ importante ter saúde

Dom Guido Maria Conforti nas-ceu em Ravadese, província de Par-ma, na Itália, aos 30 de março de 1865. Seus primeiros estudos come-çam junto aos Irmãos das Escolas Cristãs. No breve caminho rumo à es-cola, o pequeno Guido para frequen-temente numa igrejinha para olhar o crucifixo que domina o altar. Aos pés daquele crucifixo brota a vocação missionária.

Entra no seminário ainda meni-no. Lá, após ler a biografia de São Francisco Xavier, foi a vez de Guido abraçar um sonho: ir para a China, continuar a missão do Santo. Aos dezessete anos de idade enfrentou dificulda-des de saúde, era o mal da epilepsia, que quase o impediu de continuar. Rezou para Nossa Senhora com muita fé e obteve a grande graça de ser curado da doença. Em 1888 recebeu a ordenação sacerdotal. Mas foi designado para professor do se-minário e depois nomeado vice-reitor. O que fez o sonho das missões no Oriente permanecer adormecido no seu coração.

Em meados 1895, o então Pe. Guido, com apenas 30 anos de idade, sente que Deus o chama a uma grande missão de fundar uma congregação missionária para que esses missio-nários dêem continuidade ao sonho de São Francisco Xavier de evangelizar a China; e assim nasce os xaverianos. Logo no inicio reúne um grupo de 17 seminaristas. Ocorreu também que o carisma do Instituto atendia plenamente os anseios da Igreja, que nesse período estava instalando a Prefeitura Apos-tólica na China. Foi então que a Santa Sé confiou essa adminis-tração ao Instituto Xaveriano, em 1906. Desde então peque-nos grupos de missionários xaverianos começaram a seguir para o Oriente.

Qual foi sua surpresa quando em 1902, é nomeado arce-bispo de Ravenna e logo depois, bispo de Parma. Dom Conforti torna-se pastor de dois rebanhos: a diocese e a congregação xaveriana. Ele é um guia exemplar e incansável de sua igreja, mas nunca esquece de ser bispo para o mundo todo. Dedica-se com todas as forças à formação de seus missionários, ao en-vio deles para a China alegria estampava o rosto do fundador, quando em 1912, na condição de Bispo de Parma ele consa-grou nessa Catedral o primeiro Bispo xaveriano, Luigi Calza, nomeado bispo para China.

Dom Guido Conforti viajou só uma vez para a China, em 1928, para visitar e encorajar os seus filhos xaverianos. De-pois de algum tempo, ele morreu, com apenas sessenta e seis anos, no dia 05 de novembro de 1931. No ano 1996, o Papa João Paulo II o proclama bem-aventurado.

Colaboração: Everson Luiz Kloster, seminarista Xaveriano em Londrina

sim, e não vale a pena perder a saúde e acumular riquezas, para num futuro breve ter que gastar toda fortuna para ten-tar reaver a saúde perdida. Embora essa atitude seja uma absoluta falta de inteligência, muitas pessoas hoje em dia se preocupam exatamente com isso. A vida é uma bela viagem, e importa mais aproveitar bem a viagem do que preocupar-se apenas com o destino final.

É essencial investir na sua estrutura pessoal e profis-sional, tendo um objetivo em mente que esteja relacionado aos seus valores pessoais, e em seguida, partir para a ação. O importante não é apenas o ob-jetivo em si, mas sim, o que o objetivo faz conosco, como ele nos afeta e mexe com nossas emoções. É isso que nos dá mo-tivação para acordarmos felizes pela manhã e nos faz sentirmos motivados para mais um dia de vida.

MUDANÇATenha sonhos grandiosos,

trace metas. Se você tem uma direção, faz sentido organizar sua agenda. O importante não é o que acontece conosco, e sim, o significado que damos para aquilo que acontece em nossas vidas. Saiba que o fracasso não existe, o que existe são resulta-dos que consideramos satisfa-tórios ou não. É importante que estejamos aprendendo a cada instante dentro de nossa orga-nização ou de nosso negócio próprio. Se não estamos apren-dendo e crescendo é porque chegou a hora de mudar. Mude você ou mude-se. Sabemos que mudar não é fácil, é tão difícil mudar que pesquisas demons-tram que o ser humano tem menos medo da morte do que da mudança. A mudança nos deixa incomodados e ansiosos, justamente porque nos tira da chamada zona de conforto. É preciso renovar-se a cada dia. A medicina nos ensina que, fisica-

mente não somos mais a mes-ma pessoa que fomos há sete anos, já que nesse intervalo de tempo, todas as células do nos-so corpo se renovaram. Preci-samos nos conscientizar de que tudo mudou, muda e mudará.

CORAGEMÉ preciso ter criatividade e

coragem para mudar, crescer e desenvolver-se a cada dia. Ser louco é fazer sempre a mes-ma coisa, da mesma maneira, e querer obter resultado dife-rente. Entretanto, diariamente observamos a insanidade co-mandar a rotina paralisante na vida de muitas pessoas. É pre-ciso estar aberto às mudanças; é preciso desbloquear e dar vazão ao fluxo da vida. Busque um sentido para sua vida e a di-reção a seguir ficará mais clara e visível para você. Se você tem uma meta, um sonho grandio-so, tudo começa a fazer sentido para você que passa a amar-se cada vez mais.

Administre bem o seu tempo, pois, tempo é um bem insubstituível, enquanto que os bens materiais são substituí-veis. Se você não tomar conta da sua vida, certamente alguém irá tomar conta por você. O dia a dia de toda pessoa é bem pa-recido, o que faz a diferença são os pequenos detalhes.

É bem verdade que o hábi-to faz o monge. Cuide-se! Pois o tempo não para, não volta mais, o dinheiro é algo muito impor-tante quando bem utilizado, entretanto, saiba que dinheiro algum será capaz de nos fazer recuperar o tempo perdido e mal utilizado. Portanto, divirta--se mais, ame mais e perdoe mais a si mesmo e aos outros, e utilize com sabedoria seu di-nheiro e seu tempo!

(Nelson Tanuma é diretor da empresa VITA - Educação Empresarial, especialista pós--graduado em Desenvolvimento do Potencial Humano nas Orga-nizações pela Faculdade de Psi-

cologia da PUC, ministra cursos e palestras pelo CIESP/FIESP, SEBRAE-SP, Fundação Bradesco, UMC, Universidade Corporativa

da ACMC e Organizações diver-sas). Publicado com autoriza-ção. Fonte: www.nelsontanu-ma.com.br

BEM-AVENTURADO GUIDO MARIA CONfORTI

Edição 44/2010 Página 7

Page 8: Diário Católico

Revisão doAuxílio-acidente

TrAbALhE CONOsCOVenha fazer parte do Diário Católico. Envie seu currículo pelo site www.diariocatolico.com.br

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Recentemente o Su-premo Tribunal Federal – STF alterou o entendi-mento sobre o pagamen-to das verbas referentes ao auxílio-acidente, até então limitadas a 50% do salário de contribuição mensal.

Na prática, antes dessa decisão, quase a totalidade dos benefici-ários do auxílio acidente recebiam valores meno-res que o salário mínimo nacional. Analisando o caso, o STF entendeu que nenhum benefício previ-denciário pode ser esta-belecido em valor infe-rior ao mínimo nacional.

Como fundamento para referida decisão, a Corte Suprema observou o disposto na Constitui-ção Federal, mais pre-

cisamente o que dispõe o art. 201 em seu pará-grafo segundo que ex-pressamente determina: “Nenhum benefício que substitua o salário de con-tribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo”

Importa ainda escla-recer que, de acordo com alguns requisitos legais, a Justiça tem deferido o pagamento cumulado do benefício aposentadoria com o pagamento do be-nefício auxílio-acidente, ainda que pela atual le-gislação previdenciária esta cumulação seja ve-dada. A base para tal pos-sibilidade de cumulação de benefícios é a própria lei a ser aplicada ao caso concreto.

Os beneficiários que se sentirem lesados po-dem recorrer ao Poder Judiciário, requerendo a correção do valor re-cebido e também as di-ferenças de pagamentos a menor referentes aos últimos cinco anos, com juros e correção monetá-ria.

Marly Aparecida Pereira Fagundes

Advogada

Nós vos louvamos e vos agradecemos, ó Deus, Criador do Universo.

Fizestes boas todas as coisas e nos destes a terra para que a cultivássemos.

Fazei que saibamos usar sempre agra-decidamente as coisas criadas e partilha-las generosamente com todos os necessi-tados.

Dai-nos criatividade ao ajudar os Po-bres em suas necessidades humanas bási-cas.

Abri nossas mentes e nossos corações para que possamos ficar ao lado deles e ajuda-los a mudar as estruturas injustas que os mantém na pobreza.

Fazei que sejamos irmãos e irmãs para com eles, amigos que caminham com eles em suas lutas pelos direitos humanos fundamentais.

Nós vo-lo pedimos por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém!

Oração para mudança de estruturasPágina 8 Edição 44/2010

INfORMATIVO JURÍDICO