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Diamante Negro

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Diamante

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Série Amor Eterno

Livro 4

Diamante

Negro

Flávia Cunha

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Copyright © 2009 Flávia Cunha Santos.

Todos os direitos reservados. Proibidos a reprodução, o

armazenamento ou a transmissão total ou parcial, sob qualquer forma.

Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança

com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência.

Capa: Dreanstime

Contato: http://ladygraciosa.com/

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Agradeço a minha família e meus amigos.

Sempre acreditando e apoiando.

Muito obrigada!

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Capítulo 1

Gregory Holt chegou ao hotel da pequena cidade de Hornell,

louco por um banho e algumas horas de sono. Passara as ultimas

semanas pondo ordem em seus negócios de maneira que pudesse

resolver um que deixara inacabado. Ao estacionar o carro, soube que

aquele não era um bom momento para hospedar-se ou se quer se

poderia hospedar-se no hotel, uma mansão de época reformada.

Está acontecendo um casamento, no jardim que fica nos

fundos da propriedade, a simpática recepcionista explicou,

admirando-o sem nenhum pudor. Greg estava acostumado a ser alvo

de olhares. Desde criança as pessoas o observavam. Claro que com o

passar do tempo os olhares foram se diferenciando.

Hoje, não mais recebia olhares dos coleguinhas da escola,

revoltados por ter uma criança negra estudando com eles. Não mais

olhares desconfiados dos patrões, que desconfiavam de sua

honestidade. Não. Atualmente, os olhares mais freqüentes em sua

direção eram idênticos ao que a recepcionista lhe lançava. Desejo...

Cobiça.

Greg admitia que Deus houvesse sido muito generoso com

ele. Sua altura de quase um metro e noventa, impunham respeito por

si só. A cor da pele que cobria o seu corpo de peso distribuído de

forma privilegiada deixava as mulheres com água na boca. Seu jeito

sedutor levava as mulheres a suspirarem por um lugar em sua cama.

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As que tiveram o prazer de compartilhá-la acresciam aos elogios a

mágica poderosa que ele exercia em seus corpos.

Uma nuvem toldou seus pensamentos. Havia apenas uma

mulher que se recusara a ceder ao seu poder de sedução. E era por

causa desta mulher que passara horas entre vôos e estradas ruins.

Voltou à atenção a recepcionista que o apresentou a dona do

estabelecimento. Amanda Talbot se desculpava por não ter um quarto

pronto para recebê-lo. Prometendo alojá-lo em poucos minutos.

– Se quiser esperar no jardim – disse com um sorriso. – Será

bem vindo a participar da festa.

– Obrigada.

– Sam, acomode o senhor Holt na suíte dos gerânios. – Deu

um sorriso, antes de falar em tom de segredo. – Estou indo embora

com Will.

– Boa sorte, amiga! – Samantha respondeu, com um sorriso

sincero.

Amanda acompanhou o hóspede até a mesa onde estavam

sendo servidas as bebidas, insistindo para que ficasse a vontade. Indo

embora logo depois.

Gregory observou o local onde se encontrava, admirando o

jardim incrivelmente belo. A música suave que tocava embalava

casais que dançavam juntinhos sobre um tablado. Deixou a mesa de

bebidas, disposto a dar uma volta pelo local. Muitas mulheres o

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observavam com olhares interessados. Ignorou-as. Estava pronto para

voltar para o hotel e acomodar-se em seu quarto quando a viu.

Ela estava linda no longo azul. Os cabelos agora loiros, em vez

de vermelhos como ele se lembrava, presos em um coque frouxo,

estavam extremamente elegantes. Respirou fundo sem acreditar na

sua sorte. Encontrá-la no primeiro dia estava muito além de seus

desejos mais loucos. Bárbara Cosby James. Barbie.

A mulher que o enlouquecera desde o primeiro momento em

que se encontraram. A intrigante detetive que o estava investigando

sob as ordens de um grupo mafioso e que depois de descobrir a

intenção de seus clientes – encontrar algo com o que pudessem

ameaçá-lo para que não abrisse seu novo restaurante numa área em

que eles tinham “negócios” – passou para o seu lado.

Quase morreram fugindo dos bandidos. Barbie chegou a levar

um tiro no ombro e Greg ainda lembrava-se de como temera por sua

vida. Ela ficara mortalmente pálida e havia tanto sangue... Felizmente,

os médicos removeram a bala e conseguiram conter a hemorragia. Em

uma semana ela deixara o hospital e o deixara. Sem ao menos dizer

adeus.

Gregory esperou que ela lhe ligasse e quando percebeu que

ela não faria isso, ele a procurou. Mas ela havia fechado o seu

escritório de investigações. A irmã também havia deixado a cidade,

ele logo havia descoberto. Mas continuou a procurá-la até descobrir

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que ela estava em Hornell. E agora ela estava ali, a poucos passos de

distância.

Sem conseguir conter a ansiedade que tomava conta de seu

corpo, Greg se aproximou. Ela estava agora de costas para ele, parecia

um pouco perdida ali sozinha. Aproximou-se e parou bem próximo,

antes de sussurrar em seu ouvido.

– Não achou mesmo que poderia sair da minha vida, pensou?

Ela virou-se e o encarou com os olhos arregalados de

surpresa. Provavelmente surpreendera-se de vê-lo ali. Um sorriso

vitorioso desenhou-se nos lábios de Gregory antes que ele

aproximasse o rosto e a beijasse com paixão.

Bárbara Cosby James congelou no local onde estava. Havia

visto Gregory poucos minutos atrás e seu coração bateu errático em

expectativa. Ele estava tão lindo quanto ela se lembrava. O terno

elegante caía com perfeição em seu corpo maravilhoso. As mulheres

pararam para observá-lo passar... Um Deus cor de ébano, pensou. Um

homem que dava uma conotação especial a palavra poder. Ele exalava

poder por todos os poros.

Estaria ele, a sua procura? Ou seria uma daquelas incríveis

coincidências do destino, ele estar naquele hotel? Gregory tinha

negócios em quase todos os lugares, mas em Hornell? Estava a ponto

de ir até ele quando percebeu que ele ia de encontro a Lisa.

Horrorizada viu quando ele disse algo a sua irmã antes de... Beijá-la.

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Dali pra frente, as coisas começaram a ocorrer numa

velocidade vertiginosa. No momento em que Lisa tentava se afastar,

Richard, o marido dela, aproximou-se furioso.

– Tire as mãos de cima da minha mulher!

A ordem, não surtiu o efeito desejado. Gregory, sem soltar

Lisa encarou o sujeito a sua frente, tão alto quanto ele, como que

medindo a sua capacidade antes de dizer.

– E se eu não quiser soltá-la?

– Eu vou matá-lo! – Richard gritou.

– Você pode tentar se quiser... – Greg sorriu debochado.

Lisa conseguiu se desvencilhar dos braços de Greg e gritou

quando viu seu marido avançar pra cima dele. Gregory aparou o soco,

por um momento aturdido com a força do seu oponente. A seguir,

desferiu um murro em Richard e ficou feliz ao ver que o outro homem

espantou-se com sua força. Várias pessoas se aproximaram para

observar a luta e os seguranças da festa chamaram a polícia.

– Gregory, pare com isso!

Gregory estava a ponto de defender-se de mais um golpe,

quando ouviu o pedido em tom irritado. Conhecia aquela voz.

Olhando para o lado, viu Barbie, poderosa num vestido tão vermelho

quanto os seus cabelos. Assustado, olhou para a moça loira que havia

beijado no momento em que um soco o atingia e ele desabou no chão.

– Richard! – Barbie, gritou furiosa. – O que você fez?

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Abaixou-se ao lado de Gregory que já tentava levantar-se.

Lisa parecia em choque olhando a forma como o marido encarava o

homem que estava no chão. Não podia acreditar em tamanha

violência... Richard sabia como se sentia diante de gritos e atitudes

agressivas. Aquele não era o seu marido.

Um policial se apresentou e convidou-os para que se

apresentassem na delegacia, para uma pequena conversa. Richard

olhava para a esposa num mudo pedido de desculpas enquanto

Bárbara dava as costas para Gregory, ignorando-o. Barbie somente

voltou-se ao ouvir o barulho do carro que se afastava.

– Eu não consigo acreditar! – Barbie disse exaltada. – As

pessoas “normais” não resolvem seus problemas aos socos!

– Eu nunca vi Richard desse jeito. – Lisa murmurou.

Somente naquele momento Barbie percebeu que a irmã estava

em estado de choque. Sabia que Lisa não suportava presenciar

nenhum tipo de violência, resquícios dos traumas sofridos na

adolescência.

– Oh, Lisa! – Barbie a abraçou e a levou até o hotel. Talvez

Samantha pudesse providenciar para que lhe servissem um chá.

A festa havia sido encerrada e os poucos convidados que

ainda podiam ver, encaminhava-se para seus carros. Ainda bem que

Beatrice e Raymond já estavam longe, desfrutando dos primeiros

momentos de sua lua-de-mel.