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TURISMO SOCIAL Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. 89) TURISMO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS – UMA CONTRIBUIÇÃO HISTORIOGRÁFICA (P. 101) DANIELA BOTELHO - LINDSEI RAMOS - MAÍSA FERNANDES - NAIARA SILVA

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Trabalho realizado pelas acadêmicas DANIELA BOTELHO - LINDSEI RAMOS - MAÍSA FERNANDES - NAIARA SILVA para a disciplina Sociologia do Turismo do curso de Turismo da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Unidade Campo Grande.

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Page 1: Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. 89) TURISMO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS (P. 101)

TURISMO SOCIALDiálogos do Turismo:

Uma viagem de Inclusão

IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. 89)

TURISMO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS – UMA CONTRIBUIÇÃO

HISTORIOGRÁFICA (P. 101)

DANIELA BOTELHO - LINDSEI RAMOS - MAÍSA FERNANDES - NAIARA SILVA

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IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. 89)

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•21 de Março, é comemorado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.•Em 21 de março de 2003.•Pelo Governo Federal.•Foi criada a Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial.•Comandada pela ex-ministra Matilde Ribeiro (2003 - 2008) , líder do Movimento Negro.

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Tem a finalidade de proteger os direitos dos indivíduos, dos grupos raciais e étnicos, da população indígena, cigana e com ênfase na população negra.

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E tem como missão, promover a igualdade racial com a ampliação do acesso desses grupos às políticas públicas.

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• Busca pela igualdade social .• Vem desde 1500.• Quando o Brasil foi “descoberto” .• Já era habitado pelos povos indígenas.• O descobrimento, juntamente com o

processo de colonização foram os responsáveis pelo início do genocídio contra esses povos.

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• Os negros• Trazidos da África acorrentados nos

navios negreiros, nas piores condições.• As riquezas das elites coloniais

ostentavam foram construídas com o sangue, o suor e a força dos africanos.• O Brasil teve tantos escravos que hoje

tem uma grande população negra.• Último país a abolir a escravidão.

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Abolição, esta que tornou os negro livres mas que também teve seu lado ruim não favorecendo os ex-escravos em alguns aspectos. Os escravos tornaram-se livres, porém não possuíam meios para tocarem suas vidas, não receberam nenhum apoio e assim, acabaram ficando marginalizados.

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• O negro forro pôde ter a sensação de liberdade, de que era o seu próprio dono, que podia fazer o que quisesse e quando quisesse.

• Ressurgiram os quilombos.• Irmandades, entidades carnavalescas,

comunidades de terreiro.• Após a imigração dos negros baianos para o

Rio de Janeiro, o samba de roda, trazido pelos escravos, deu origem ao tão famoso samba carioca.

• Pequena África .

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As festas, a culinária e a religião são fortes componentes da presença africana na História do Brasil e certamente estão entre os principais atrativos para que os turistas de todo o mundo se interessem por viagens para cá.

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• Um dos países mais belos do mundo.• Temos muitas riquezas naturais, um

folclore variado, uma vasta cultura, um clima agradável, um povo bonito e receptivo e é o país do futebol, e isso atrai turistas.

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• Os setores social, cultural, esportivo, ambiental e o próprio turismo• Contribuição para o crescimento

social e econômico das comunidades.• E ajudam também no sentido de

combater a exclusão social.

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• O povo negro é o principal responsável pelas alegrias da nação brasileira• Carnaval• Turismo sexual• Com interesse sexual pela mulata do

samba, a conhecida mulata exportação.

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• Para acabar com essa visão, que fere a imagem das mulheres e do Brasil, é preciso uma intervenção do Ministério do Turismo para esses muitos hotéis de luxo que ficam fazendo seleção de acompanhantes para o turista , muitas vezes meninas pobres que são aliciadas para a prostituição.

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• Investimento nas classes mais pobres.• Capacitadas.• Para no futuro exercer funções de

recepção e até mesmo de gerência.

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• Preconceito e discriminação• Nigéria e Angola• Traficantes• Por esse motivo, as gerências de hotéis

demonstram um mal-estar com a presença dos negros africanos. Tratam com desconfiança, falam de má vontade e não fazem nada para disfarçar o mau humor. Esse tipo de discriminação também ocorre com indígenas e ciganos.

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• Como isso pode acontecer em um país onde maioria da população se declara negra?

• Como pode haver discriminação em um país formado pela miscigenação?

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• O turismo só será inclusivo quando houver um resgate da presença e da obra da população negra no Brasil, recuperando as histórias que contribuíram para o aumento do turismo no país. São exemplos: as obras de Aleijadinho e o espírito empreendedor das baianas que vendem acarajé, que transformaram o seu território em pontos turísticos. Também é preciso ampliar os postos de trabalho para negros e de preferência que sejam em empregos que tenham visibilidade.

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TURISMO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS – UMA CONTRIBUIÇÃO

HISTORIOGRÁFICA (P. 101)

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Mocambos ou quilombos

Liberdade

Fuga

Luta

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Artigo 68 de 1988

Direitos a terras

Decreto 4.887, de 20/11/2003

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Nordeste

Sudeste

Nordeste

Comunidades

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Identidade do quilombola

Cultura

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• Autor relata de maneira detalhada a história dos mais antigos moradores do Quilombo São José, Manoel Seabra de 85 anos e sua irmã D. Zeferina Nascimento.

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• Mas o autor realmente enfatiza a vida política de Antônio Nascimento Fernandes, 58 anos, que ingressou na vida política, pleiteando para o grupo, como remanescentes de quilombo, a posse da terra da antiga fazenda.

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• Porém esse reconhecimento veio através da repercussão das festas coordenadas por ele e sua mãe, uma na data de 13 de maio em comemoração à abolição e outra em 28 de setembro.

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• Com a entrada de Toninho na política consolidou-se, como identidade coletiva, a “comunidade negra rural de São José da Serra”, tornando-se mais tarde em “comunidade negra remanescentes de quilombo São José da Serra”.

• Em um Município marcado pela historia dos barões do café, o quilombo começou a transforma-se em referencia turística e cultural.

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• Segundo Toninho, o carro chefe do reconhecimento da comunidade é o Jongo, grupo formado por mais de 40 pessoas que saem da comunidade levando consigo as histórias, cultura, cantos, danças e linguagem de seu povo e seus antepassados.

• E através deste trabalho que a comunidade negra foi inclusa no turismo cultural.

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• No último item, o autor inicia explanando que apesar da herança comum relativa às últimas gerações de escravos africanos, que é o sentido de identidade étnica e organização da terra, são muitas as diferenças que existem entre as mais variadas comunidades dos quilombos espalhados por todo o Brasil.

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• Relata também os pontos negativos e positivos da inserção das comunidades dos quilombos no turismo social como estratégia de sobrevivência.

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• Neste sentido o autor defende que “a atividade turística não pode comprometer a sustentabilidade ambiental, cultual e política do grupo, sob pena de perder os próprios fundamentos...”.

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• Porém afirma que se essa inserção tiver como principal exemplo o planejamento da Comunidade do Quilombo de São José da Serra.

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• Durante o capítulo o autor faz uma explanação sobre a história do Rio de Janeiro, as fazendas de café, mercado de compra e vendas de escravos e como foram distribuídos os negros cativos das fazendas ao Vale do Paraíba.

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Referência

Brasil, Ministério do TurismoTurismo Social: diálogos do Turismo: uma viagem de inclusão / Ministério do Turismo, Instituto Brasileiro de Administração Municipal – Rio de Janeiro : IBAM, 2006. 360p. : il.