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Diálogo Inter- Religioso e Missão Angela Natel

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Page 1: Diálogo inter religioso e missão apresentação angela natel

Diálogo Inter-Religioso e Missão

Angela Natel

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Introdução

A multiculturalidade não é um fato novo na história da humanidade, na verdade, ela é uma constante histórica. O novo é a tomada de consciência da importância deste fenômeno. Isto nos obriga a interrogar o desenvolvimento de uma dinâmica social marcada por relações interculturais. Uma nova ética de convivência entre estas culturas tem que ser construída. Uma ética que renuncie à lógica da imposição para garantir a sobrevivência de mundos culturais diferentes. A questão que se coloca é como garantir os direitos individuais aliado a um autêntico diálogo entre culturas.

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Fundamentalismo Religioso

A questão do fundamentalismo religioso é essencial para melhor compreensão do mundo contemporâneo. O fundamentalismo oferece aos seus seguidores certezas absolutas e orientações inquestionáveis permitindo-lhes viver em segurança. Ocorre nestas correntes uma renúncia da hermenêutica como mediação entre os textos sagrados. O resultado disto é a negação do método histórico-crítico e a crença na aplicabilidade literal destes textos às situações concretas da vida. O desenvolvimento desta onda fundamentalista religiosa se associa às transformações ocorridas na modernidade. Frente ao pluralismo e às mudanças constantes provocadas pelo avanço capitalista, segmentos religiosos tradicionalistas reagem retornando aos fundamentos mais profundos de sua religião.

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

A visão mais plausível para entender a relação do homem com Deus seria admitir que todos

os povos são escolhidos e que Deus se manifesta de diferentes formas para cada um.

Esta visão permite legitimar o pluralismo e propiciar uma relação harmoniosa entre os

povos.

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

Os direitos humanos estão acima de qualquer tradição cultural específica, como se fosse algo transcendente a elas; eles são patrimônio de toda a humanidade por serem memória de sua luta por liberdade. O diálogo intercultural, por sua vez, possibilitaria o encontro de tradições culturais que vivenciaram histórias de libertação. As culturas trocariam assim experiências, enriquecendo-se mutuamente.

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

• Somente uma religiosidade que conjugue abertura ao mistério do sagrado ou divino com a com a paixão solidária efetiva pelo ser humano e tudo o que existe, como por uma visão universal e fraterna da espécie humana e que assuma profundamente a racionalidade, merece denominar-se humana. Humanismo e religião se pertencem (MARDONES apud  AMIGO FERNÁNDEZ DE ARROYABE 2003:445-446).

• Deste ponto de vista, a dignidade humana deveria ser a exigência mínima de toda verdadeira religião.

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

Igualdade e o diálogo são elementos fundamentais em mundo democrático. Tal posição torna necessária uma profunda reavaliação das tradições centrais de todas as religiões, que parta do princípio que nenhuma delas é totalmente verdadeira nem falsa. Ao obrigar as tradições religiosas a repensar seus parâmetros, o diálogo inter-religioso faz com que elas se abram ao mundo. As religiões não são fins em si mesmas, são, na verdade, tentativas de orientar e dar sentido à vida de seus fiéis através de doutrinas que pretendem interpretar o mundo. Estas tradições estão sendo forçadas pelo diálogo a serem mais modestas frente aos desafios que o mundo contemporâneo está lançando.

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

O cardeal Arns (2004: 341-352), ao constatar a existência no mundo contemporâneo de religiões autênticas e distorcidas, afirma que as verdadeiras religiões são voltadas para a paz, pois são nascidas de um mesmo ser supremo. Esse ser se comunica de diferentes formas com a humanidade, está presente em todos os seus relacionamentos e impulsiona o diálogo. As autênticas religiões despertam a consciência, fazendo seus adeptos serem críticos frente às guerras e lutarem pela paz mundial. Elas estimulam o amor fraterno e o perdão, promovendo a comunicação entre culturas diferentes.

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

As falsas religiões, ao contrário, fazem a consciência adormecer. Somente as verdadeiras religiões, continua o cardeal Arns, oferecem propostas de uma prática ética e baseada na solidariedade, o que pode ser a fonte para se estabelecer um código mínimo de ética para a convivência humana. “De  fato,  a promoção da paz no mundo é  intrinsecamente ecumênica e inter-religiosa” (ARNS, 2004: 345).

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A resposta do Diálogo Inter-Religioso

Uma ética construída a partir do diálogo inter-religioso não pode aceitar projetos religiosos excludentes e intolerantes, que são a marca registrada das experiências fundamentalistas. Muito menos “religiões particulares”, típicas da pós-modernidade, que examinam as diversas vertentes da fé e escolhem os componentes que lhe parecem apropriados. É certo que muitas das atuais religiões banalizam Deus e acabam se tornando um produto de consumo imediato. Nessas “religiões”, o fiel escolhe “uma  religião  como  opta  por  uma  marca  de  sabão  em  pó” (PRANDI apud WEISS, 2000: 86), ou como muda de canal na televisão. Essas “religiões” pós-modernas, surgidas nos supermercados da fé, fornecem uma espiritualidade evasiva e carecem de conteúdo e profundidade.

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Bases Bíblicas e Teológicas

• Ao longo do Antigo Testamento se constata a exclusividade do Deus de Israel (cf. Êx 20,4, a proibição de se ter imagens de Deus; Dn 2 e 7, o anúncio da destruição dos impérios do mundo; Is 60,4; 62,10-12, a salvação de todos os povos em torno de Jerusalém).

• No entanto, Israel em toda a sua história sempre conviveu com outros povos e seus deuses e, muitas vezes, de forma pacífica (cf. Gn14,18-24, Melquisedeque abençoou Abrão; 2Rs 5,19, o comandante do exército da Síria é curado; Jn 1.5 relata com naturalidade como cada marinheiro clama a seu deus).

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Bases Bíblicas e Teológicas

• A partir de uma história pontuada por conflitos, Israel acolhe estrangeiros e os protege ( Ex 23,9; Dt 24,19-21). Em sua teologia se repete que Deus é o criador do universo, de todos os povos (Gn 1,27-28) e que tudo continua pertencendo a Deus (Sl 24,1). Nas grandes visões proféticas, os outros povos estão incluídos (Mq 4,1-5; Is 56,6-7; 60,1-3).

• Pode-se constatar uma tensão entre exclusividade e universalidade. Esse fato é um constante desafio no sentido de nos deixarmos envolver com outros povos e suas religiões, sem temermos a perda da nossa própria identidade.

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Bases Bíblicas e Teológicas

• Também no Novo Testamento vamos encontrar essa relação de tensão. A exclusividade se expressa em muitos textos, dos quais citamos alguns: Jo 14,6 - Jesus é o caminho; At 4,12 - o testemunho de Pedro da salvação unicamente em Jesus.

• Ao mesmo tempo, encontramos passagens que rompem as barreiras do exclusivismo. São magos do Oriente que vêm ver o menino Jesus (Mt 2,1-2); Jesus cura a filha de uma cananéia (Mt 15,21-28); Jesus elogia a atitude de um samaritano (Lc 10,29-37); Jesus cura o filho de um centurião romano (Mt 8,5-13); Jesus afirma que Deus ouve a oração de um publicano (Lc 18,9-14).

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Bases Bíblicas e Teológicas

O Novo Testamento não deixa dúvida quanto à salvação em e através de Jesus Cristo. No

entanto, caberá ao próprio Cristo, e não aos cristãos, julgar todos os povos (Mt 7,1-5).

Olhando a prática de Jesus e dos apóstolos num contexto pluricultural e multirreligioso, é

imperioso concluir que somos desafiados a buscar o diálogo e a cooperação com outras

religiões.

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Bases Bíblicas e Teológicas

Muitos cristãos têm tido dificuldades em aceitar a realidade de outras tradições religiosas ou em relacionar-se de forma criativa com elas. Como cristãos, entretanto, acreditamos que o Espírito de Deus opera de formas que não estão ao alcance do nosso entendimento (cf. Jo 3,8). A atividade do Espírito está além das nossas definições, descrições e limitações. Deveríamos tentar discernir a presença do Espírito onde houver “amor, alegria, paz, paciência, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5,22-23). O Espírito opera no sentido de realizar a redenção de toda a ordem criada (Rm 8,18-27).

(Conselho Mundial de Igrejas, Orientações para o diálogo e as relações com pessoas de outras religiões, 1979, p. 8).

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Bases Bíblicas e Teológicas

Nossa tradição confessional está centrada na pessoa e obra do Cristo que nos propiciou a justificação mediante graça e fé. Portanto, a salvação passa pela paixão e ressurreição de Cristo, Filho de Deus Pai, em quem cremos pelo poder do Espírito Santo. Como pessoas cristãs de tradição luterana, não podemos prescindir dessa afirmação central. Assim, confessamos o Crucificado e o Deus-Trindade, o que marca uma diferença decisiva em relação também às religiões “monoteístas” do judaísmo e do islamismo.

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Bases Bíblicas e Teológicas

Contudo, não podemos emitir juízo sobre quem tem fé e quem não tem, pois é o Espírito Santo que opera a fé “onde e quando lhe apraz” (Confissão de Augsburgo, artigo 5). É verdade que, para tal, usa os meios da pregação da palavra e os sacramentos. Para nós, como cristãos, são referências imprescindíveis. Mas isso não significa que o Espírito não possa atuar de forma inesperada, fora dos limites visíveis da Igreja (Rm 1,19-20), contudo sem abrir mão da salvação somente por Cristo, o Verbo pré-existente com Deus, através do qual tudo foi criado (Jo 1,1-3; Cl 1,16-17).

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Bases Bíblicas e Teológicas

• A base principal do diálogo é a nossa confiança em Deus, o que é outra maneira de dizer “fé”. Precisamente ao comentar o mandamento “não terás outros deuses” (Êx 22,3), no seu Catecismo Maior, Lutero afirma que“Deus designa aquilo de que se deve esperar todo o bem 

e em que devemos refugiar-nos em toda apertura. Portanto, ter um Deus outra coisa não é senão confiar e 

crer nele de coração. (...) Fé e Deus não se podem divorciar. Aquilo, pois, a que prendes o coração e te 

confias, isso, digo, é propriamente o teu Deus”. (Livro de Concórdia, p. 394s.).

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Bases Bíblicas e Teológicas

Nossa confiança é baseada na boa nova da justificação por graça e fé, sendo que a “salvação pertence a Deus” (CMI 2005, p. 9).Da nossa parte, proclamaremos, sempre, a palavra do Evangelho, cuja principal palavra é a do amor, em continuidade à palavra de orientação do Antigo Testamento:

“E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? 

Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti 

mesmo. Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás”. (Lc 10,25-28)

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O diálogo Inter-Religioso como práxis cristã:

"O diálogo inter-religioso é um modo de vida cristão", disse Subhash Anand, padre indiano, professor e teólogo.

Ele está convencido de que o estilo de vida proposto pelo diálogo entre as diversas religiões é uma maneira muito eficaz para testemunhar o próprio cristianismo. Ele deve se tornar, segundo o padre, uma realidade vivida, especialmente pelos sacerdotes que devem promover o diálogo e pelas comunidades cristãs.

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O diálogo Inter-Religioso como práxis cristã:

"O diálogo inter-religioso requer uma maior consciência crítica da fé, criatividade e coragem".

Além disso, acrescenta, "é preciso uma grande capacidade de se relacionar com o outro, não

encerrados em um papel de liderança, mas como homens de boa vontade. Os ministros do diálogo

devem ter mais credibilidade".

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O anúncio querigmático e o diálogo inter-religioso

A realidade do pluralismo religioso chama em causa dois horizontes teológicos complementares: o diálogo e o anúncio. Antes de representarem duas realidades contrapostas, mesmo em suas especificidades, eles convergem em alguns pontos. O diálogo não é igual ao anúncio explícito e mantém uma certa distância deste último. No entanto, para o cristão, o diálogo não pode prescindir do anúncio enquanto o missionário não pode negar e por de lado sua identidade cristã.

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O anúncio querigmático e o diálogo inter-religioso

A realidade do diálogo está enraizada no fato de que, desde a criação do mundo, Deus age e continua agindo na história e, como tal, todas as realidades humanas estão sob a luz do "verbo" de Deus. O anúncio, por sua vez, está profundamente ligado ao mandato de Jesus de ir para o mundo todo e pregar o Evangelho a todas as criaturas e, também, está profundamente ligado à necessidade de comunicar o tesouro que foi encontrado. Para o missionário, o ponto de partida é sua fé em Jesus Cristo, mas sabe, também, que o diálogo representa a busca do rosto de Deus que se encontra presente também em diferentes povos e em diferentes culturas e religiões.

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O anúncio querigmático e o diálogo inter-religioso

Esta dinâmica "diálogo-anúncio" deverá acompanhar constantemente a vida missionária nos próximos anos e deverá ressoar como uma resposta à realidade do "ad gentes" e da "paganização".

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‘Sai de tua terra’

Dom Erwin, retomando um poema de Dom Helder, proclamou:

"Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da vida. É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior.

Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros. È, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e

encontrá-los. E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então missão é partir

até os confins do mundo".

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‘Sai de tua terra’

O fato de sair implica, antes de tudo, uma atitude de abertura constante do próprio pequeno mundo e respirar um ar mais universal. De uma certa maneira é um processo de ruptura com o rotineiro, o usual e o familiar. Sair implica alargar os horizontes, sabendo que mais se abrem as perspectivas mais se tem a possibilidade de resolver os problemas no nosso microcosmo. O grande educador, Paulo Freire, já dizia que se você quer fazer um buraco na terra e quer se adentrar mais profundamente deve necessariamente alargar a superfície. Mais os horizontes se alargam mais se consegue mergulhar em profundidade na solução dos problemas.

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‘Sai de tua terra’

Sair é, também, um deslocar-se fisicamente para outros povos e culturas. Há uma necessidade de desinstalar-se e de se mover. A missão faz do evangelizador um itinerante, um hóspede, um peregrino e um estrangeiro. É necessário recuperar de novo esta dimensão do andar onde Deus quer nos levar. O primeiro movimento é um deslocar-se para o coração de Deus e, a partir disso, um deslocar-se para irmãos, religiões e culturas diferentes.

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Uma Igreja Peregrina e Missionária

Disse Dom Erwin em sua palestra dentre as conferências básicas do COMLA 6 - CAM 1:"Somente uma Igreja peregrina por natureza fala legitimamente aos pobres e aos outros, aos culturalmente diferentes, da verdade e da vida. (...) O discernimento a partir das origens do caminho ajuda a não confundir a fidelidade ao Senhor com a fixação em modelos historicamente superados, que destroem a identidade peregrina da Igreja. (...) A Igreja missionária vai fundo porque tem raízes profundas, e voa alto porque enxerga e vai longe. É também a Igreja que caminha com as ‘sandálias do pescador".

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Os recursos para a Missão

Dom George falou explicitamente de três recursos nestes termos:

• O primeiro recurso é a catolicidade da Igreja. A palavra "católico" significa "universal". No entanto, esta universalidade é de uma ordem diferente da globalização. A primeira, mesmo tendo uma extensão que abrange o mundo inteiro, respeita as diferenças de cada povo e cultura, enquanto que a segunda, próprio porque homogeneíza, é excludente e impositiva. Um outro sentido da palavra "catolicidade" é "plenitude da verdade." Esta verdade, recebida por Jesus Cristo, é uma proclamação da dignidade da pessoa humana e da solidariedade entre as pessoas e entre cada povo.

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Os recursos para a Missão

O segundo recurso sugerido é a "Nova Evangelização”. Como deve ser esta nova evangelização? Deve ser "bíblica, aberta a todos, dialogante e respeitosa da liberdade da consciência, culturalmente adaptada, inovadora no uso dos meios de comunicação social." A nova evangelização pressupõe também dois diálogos, o ecumênico e o inter-religioso.

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Os recursos para a Missão

O terceiro recurso é o Grande Jubileu. O Jubileu traz dentro de si mensagens que são centrais para a missão. O caráter de gratuidade e o cancelamento da dívida com um novo começo para um mundo de paz e justiça representam os núcleos mais profundos deste tempo. Antes de tudo, o amor gratuito de Deus, que ofereceu seu Filho para a salvação do mundo, indica a necessidade de uma gratuidade diante da ganância e dos interesses egoísticos. Em segundo lugar, o cancelamento da dívida representa uma conversão pessoal e social para construir um mundo mais justo e pacífico.

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Os recursos para a Missão

Concluindo, os desafios mais importantes da missão têm nome como: globalização, "ad gentes", e pluralismo religioso; os conteúdos mais importantes são: o anúncio, a espiritualidade missionária, a atitude de sempre "sair" e uma Igreja peregrina e missionária; os recursos que a Igreja dispõe são a universalidade, a nova evangelização e o Jubileu.

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Referências Bibliográficas:• ARNS, Paulo Evaristo. 2004. “A paz e as religiões”: Revista Estudos Avançados / Universidade de São Paulo 52:

341-352.

• ARROYABE, Maria Luisa Amigo Fernández. 2003. Humanismo para el siglo XXI. Bilbao: Universidad de Deusto.

• Confissão de Augsburgo, artigo 5.

• Conselho Mundial de Igrejas, Orientações para o diálogo e as relações com pessoas de outras religiões, 1979, p. 8.

• CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS. Orientações para o diálogo e as relações com pessoas de outras religiões. Genebra: CMI, 2005. 16p.

• Livro de Concórdia, p. 394s.

• WEISS, Bruno. 2000. “O bem e o banal”: Revista Isto É, 1579:85-86.

• http://diversidadecatolica.blogspot.com.br/2012_01_01_archive.html

• http://sedosmission.org/old/spa/paleari.htm