dialogo & ação - ii trim 13

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EBD JR II - II TRIM 2013

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Page 1: Dialogo & Ação - II TRIM 13
Page 2: Dialogo & Ação - II TRIM 13

Carta aberta

Olá, amigos,

Espero que esta revista chegue em suas mãos em um momento de muito ânimo para estudar a Bíblia. Neste trimestre, o tema é PARÁBO-LAS VIVAS e, passearemos um por entre as parábolas registradas nos Evangelhos, lembrando que todas foram proferidas pelo Mestre Jesus. É tão fantástico a forma como podemos capturar tantos princípios de uma pequena história ilustrativa. Eu � co impressionadíssimo! Jesus conhecia seus ouvintes e o meio em que viviam, por isso, usava histórias do con-texto daquela região e povo. Contudo, os princípios contidos em suas parábolas são eternos, nos alcança, inclusive, hoje, mais de dois mil anos após terem sido contadas.

Já na DCC – Divisão de Crescimento Cristão – teremos, como de costume, três unidades onde serão abordados os seguintes temas:

1 O signi� cado da ressurreição de Jesus;2 Família – Uma instituição divina;3 Ética da corporalidade.

Ainda que sua igreja não tenha um encontro para estudar a DCC, leia-os. Farão muito bem a você. Como você já percebeu, geralmente são temas diversos da nossa vida. Já pensou em utilizar como evangelização? Por exemplo, presentear um amigo ou amiga com um desses textos.

Mais uma vez quero lembrar que esta revista é feita por você e para você, por isso, não deixe de contribuir. Envie seus textos, suas fotos, seu testemunho de conversão, suas poesias ou o que você quiser compartilhar.

Que Deus possa continuar abençoando cada um de nós no decorrer deste trimestre e que sejamos sal da terra e luz do Mundo dia após dia.

2o Trimestre – 2013 1

Page 3: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2 Diálogo e Ação Aluno

ExpedienteISSN 1984-8595

Literatura Batista

Ano 81 – N° 326 – Abr.Maio.Jun. 2013

Diálogo e Ação aluno é uma revista destinada

a adolescentes (12 a 17 anos), contendo lições

para a Escola Bíblica Dominical e estudos para a

União de adolescentes (Divisão de Crescimento

Cristão), passatempos bíblicos e outras matérias

que favorecem o crescimento do adolescente nas

mais diferentes áreas

Publicação trimestral do

Departamento de Educação Religiosa da

Convenção Batista Brasileira

CGC (MF): 33.531.732/0001-67

EndereçoCaixa Postal, 39836130

Rio de Ja nei ro, RJ

Tels.: (21) 2157-5557

Direção GeralSócrates Oliveira de Souza

Coordenação Editorial

(RP/16897)

RedaçãoCarlos Daniel

Produção Editorial

DistribuiçãoEBD-1 Marketing e Consultoria Editorial Ltda.

Nossa missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas

batistas no cumprimento da sua missão como comunidade local”

Diálogo e ação

2 Diálogo e Ação Aluno

Imagens utilizadas nesta edição:

Page 4: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 3

SumárioCarta aberta ..................................................................................................................................... 1Expediente ........................................................................................................................................ 2Soltando o verbo (carta dos leitores) ............................................................................................. 4Geração relevante ............................................................................................................................ 7

EBD – Tema do trimestre: Parábolas vivas

Entre as letras ............................................................................................................................... 60

DCC

Uma questão fundamental ............................................................................................. 62O sentido da ressurreição de Jesus ............................................................................... 64Implicações da ressurreição de Jesus ........................................................................... 66Unidade 2 – Família, uma instituição divina

Valorização da família ..................................................................................................... 68Relacionamento familiar ................................................................................................. 70E quando não existe família? ......................................................................................... 72Metas para a família ....................................................................................................... 74Unidade 3 – Ética da corporalidade

Par ou ímpar? (jogos) ..................................................................................................... 78

Eu preciso ser separado ................................................................................................. 84Letra e música ............................................................................................................................... 86Orar, esperar e agradecer ............................................................................................................. 87No templo de Deus, e aí... que rola? ............................................................................................ 89

Missões Mundiais .......................................................................................................................... 96

Page 5: Dialogo & Ação - II TRIM 13

4 Diálogo e Ação Aluno

Soltando o verbo

Querido adolescente

Olá tudo bem?

Aqui pessoal, eu enviei já uma poesia para vocês e foi publicada, e Deus me

enviando, caso vocês possam publicar, agradeço muito.

Desde já, muito obrigado. Abraços a todos ai. Abraços dos adolescentes da 1ª Igreja Batista em São José de Ubá, RJ.

Josima Marinho, 17 anosPIB em São José de Ubá - RJ

Resposta:

Page 6: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 5

Olá, galera,

Meu nome é Marcos e queria

muito que vocês publicassem essa

foto do nosso primeiro congresso

de adolecentes. Foi uma bênção

foto na revista!

Que Deus abençoe muito vocês!

Marcos Fontinelli, 13 anos

Igreja Batista

Parque Independência

Resposta: Oi, Marcos, seu pedido é uma

cada. Parabéns pela realização do pri-

muitos. Se quiser enviar um texto falando

como foi, destacando os principais acon-

você possa crescer em graça e sabedoria

Oiii!

Que o Senhor, o nosso Deus, sempre

esteja conosco e que nós possamos sem-

pre estar com ele. Sou da Igreja Batista

Viva (Natal, RN). Eu me chamo Lin-

demberg Dias e tenho 17 anos. Não só

eu, como todos os adolescentes da IBV

foto, que tiramos na festinha surpresa

EBD fosse publicada na próxima edição

da revista Diálogo e Ação. E eu, par-

ticularmente, se o meu estudo (Orar,

esperar e agradecer) também fosse pu-

blicado. Que Deus nos ABENÇOE.

Lindemberg Dias, 17 anos

Igreja Batista Viva – Natal, RN

Resposta: Olá, Lindemberg, obrigado

espera e gratidão. Três atitudes para o

dia a dia. Paz do Mestre em seu coração

e também nos seus amigos adolescentes

da Igreja Batista Viva.

Page 7: Dialogo & Ação - II TRIM 13

6 Diálogo e Ação Aluno

Olá, queridos amigos,

Bom, estou enviando as fotos da galerinha da minha igreja que participou do

Teixeira, Macaé, RJ. Um abraço.

Macaé, RJ

Resposta:

Page 8: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 7

Geração relevante2Timóteo 2.4-6

2o Trimestre – 2013 7

Reflexão

AS NOVAS IDEOLOGIAS

Escrevi um livro sobre o impacto das ideologias. Quando o comecei, ti-nha em mente ideais como socialismo, comunismo, fascismo, integralismo, trabalhismo, capitalismo. Tive di� cul-dades de terminá-lo por uma razão: das ideologias, sobrou uma: o capita-lismo.

Nele, em termos práticos, três va-lores são centrais.

A diversão. Tipi� cada por uma pa-lavra: balada.

A fama. Vinda da exposição nos meios de comunicação, que nos trans-forma numa sociedade do espetáculo, sendo o futebol um deles.

O sucesso que deve ser busca-do,  de preferência, sem esforço. Todo preço deve ser pago, não importa qual, como o demonstra a história de uma moça que participou de um programa de televisão cujo ápice era

a perda da sua virgindade com um estranho participante do programa. Um empresário da prostituição em São Paulo disse que ela se ofereceu a ele por 100 mil reais. Ela respondeu dizendo que ele quer fama.

Há uma outra vida a ser vivida, além da diversão, da fama e do espetá-culo. O serviço ao próximo é um deles.É salutar ver o crescimento do volunta-riado fora do ambiente das igrejas. E tam-bém na igreja. É benéfico ver o empenho de pessoas por seus ideais profissionais.

"O sucesso, que deve ser buscado, de preferência, sem esforço. Todo preço

deve ser pago, não importa qual, como o demonstra a história de uma moça que participou de um programa de televisão

cujo ápice era a perda da sua virgindade com um estranho participante do

programa"

Page 9: Dialogo & Ação - II TRIM 13

8 Diálogo e Ação Aluno8 Diálogo e Ação Aluno

anunciavam um evangelho fácil, cheio de bênçãos certas. Para eles, Deus entra na nossa vida para nos tornar ricos.

ziam da fé um balcão de negócios, para interesses pessoais.

lar quanto governamental. Seu men-tor morreria como mártir.

Nosso contexto tem elementos próximos.

METÁFORAS DA VIDA

Em 2Timóteo 2.4-6, o apóstolo Paulo usa duas comparações sobre ideais de vida cristã. Ele compara o cristão a um soldado, a um atleta e a um agricultor. Aprendemos com cada uma destas metáforas:

2Timóteo 2.4-6:

4 Nenhum soldado em ser-viço se envolve em negócios des-ta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregi-mentou.

5 Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.

6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos � utos.

Com o soldado, aprendemos que devemos ser $ éis a Deus. Com o atle-ta, que devemos ser disciplinados, se queremos vencer. Com o agricultor, que devemos ser persistentes em nosso trabalho. Timóteo vivia um contexto, que pode ser resumido assim:

mesmo um pouco assustado com o mundo.

"Mesmo em tempo de paz,

os soldados são preparados

para a guerra por meio

de fadigas e privações (...)

que no suor da luta corpos

e mentes estejam aptos

para passar da sombra

para a luz do sol, da luz

do sol para o frio gelado,

da túnica para couraça,

do silêncio abafado para o

grito de guerra, do repouso

para o alarido da batalha"

Page 10: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 9

de um evangelho fácil e temos que conviver com mercadores da fé.

de perseguição, marcado por duas frentes: numa, o evangelho é visto como politicamente (ideologica-mente) incorreto; na outra, muitos cristãos envergonham o evangelho por não viverem corretamente. Por uma razão e por outra, há uma guer-ra contra a religião e contra o cristia-nismo em particular.

O SOLDADO, ONTEM E

HOJE. Detenhamo-nos na #gura do

soldado: "Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, por-que o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (2Timóteo 2.4).

Em outras palavras: nenhum mi-litar em missão se envolve em outras atividades, porque seu objetivo é sa-tisfazer àquele que o arregimentou.

No mundo romano, “o coman-dante reunia os homens que o co-nheciam, que o amavam, que con#a-vam nele e que o seguiam por todos os lugares. Foram esses homens que venceram as grandes batalhas para Roma”. Por isso, um soldado não podia casar durante seu tempo no exército.

2o Trimestre – 2013 9

"Com o soldado, aprendemos que devemos

ser disciplinados, se queremos vencer. Com o

agricultor, que devemos ser persistentes

em nosso trabalho"

Page 11: Dialogo & Ação - II TRIM 13

10 Diálogo e Ação Aluno

Escrevendo em 197, o escritor cristão Tertuliano anotou: “Nenhum soldado vai para a guerra coberto de luxo, nem marcha para a linha de batalha com o seu quarto de dormir, mas com barracas leves e apertadas, onde experimenta todo o tipo de austeridade, desconforto e mal-estar. Mesmo em tempo de paz, os solda-dos são preparados para a guerra por meio de fadigas e privações (...) Tudo está de�nido para que no suor da luta corpos e mentes estejam aptos para passar da sombra para a luz do sol, da luz do sol para o frio gelado, da túnica para couraça, do silêncio abafado para o grito de guerra, do repouso para o alarido da batalha (TERTULIANO. Mensagem aos mártires, 3.2.)

Paulo nos quer mostrar que não so-mos chamados para sermos cristãos  ape-nas para usufruir a vida. Assim como acontece com o soldado, nosso objetivo não é conseguir algo para nós e algo para Deus, mas agradar ao nosso Senhor.

Deve �car claro para nós que é ótimo ter as coisas da vida, mas elas não são o objetivo da nossa vida.

DESAFIOS PARA HOJE

1 Tenha um objetivo. O soldado em guerra tem um objetivo: ganhar a bata-lha para o seu general ou, em tempos de paz, cumprir a missão que recebeu.

Saiba que alcancá-lo implica OBRIGATORIAMENTE sacrifí-

cio. As coisas fáceis são apenas coisas fáceis, não coisas que valham a pena.

Isto vale para a vida em geral, para a vida pro�ssional em particu-lar e para a vida cristã em especial. Quem tem um objetivo faz diferen-ça. Faz diferença quem é diferente. Como cristãos, nosso objetivo deve ser, em meio ao que estamos fazendo, não importa o que seja, é reproduzir em nós o caráter de Jesus Cristo.

2 . O soldado não se desvia da sua tarefa.

Não se desvie, cedendo ao desejo da diversão. Não se desvie, tomando o curso da fama. Não se desvie, se-guindo a rota do sucesso.

O que nos faz felizes não é o sucesso, mas a �delidade. Não vá na onda. Seja �el à sua família. Não vá atrás de pro-postas fáceis. Seja �el ao seu ideal. Não se distraia. Seja �el ao seu ideal pro�ssional. Você é missionário onde está. Seja �el a Deus. Não tenha outros deuses.

3 Faça todas as coisas de modo

“O cristianismo não é uma ma-neira de fazer coisas especiais, mas uma maneira especial de fazer todas as coisas” (STEDMAN, Ray).

Viva de modo a deixar um legado. Da perspectiva de Deus, um legado é participar dos propósitos de Deus no mundo.

10 Diálogo e Ação Aluno

Page 12: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 11

Parábolas vivas

Objetivos:

Lucas que foram contadas por Jesus. Parábola é uma forma de ilustrar um ensino moral ou religioso comparando-o com fatos da vida comum.

Estudos da EBD

Autor das lições

no Rio de Janeiro. Missionária dos batistas brasileiros pela JMN. É casada com o

Abertura do trimestre

Page 13: Dialogo & Ação - II TRIM 13

12 Diálogo e Ação Aluno

Você já teve a oportunidade de ouvir ilustrações durante alguma mensa-

Jesus usou muitas parábolas como recurso ilustrativo. Ele levou a mensa-

Ele levava as pessoas a praticarem sua fé e, também, as exortava a exercerem

Durante este trimestre estaremos estudando sobre as parábolas de Jesus,

EBD 1

7 de abril

Definindo parábolasMarcos 4.10-12

Leituras diárias

Segunda – Marcos 4.10-12Terça – Marcos 4.26-29Quarta – Juízes 9.8-20

Quinta – Isaías 5.1

Sábado – 1Reis 20.35-42Domingo – 1Coríntios 2.11-13

Gra

vura

de

Ja

me

s Ti

sso

t

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2o Trimestre – 2013 13

Conforme o Dicionario Interna-cional de Teologia do Novo Testamen-to, parábola é "um gênero literário que, formalmente, consiste em uma histó-ria típica, tirada da realidade cotidiana do ouvinte e lhe oferece um exemplo de comportamento ao qual reage". Je-sus as utilizava sempre, pois sabia que essa relação facilitaria o entendimento do povo. Mas Jesus não foi o único a usar a parábola como método de ensi-no, pois isso já era comum no Antigo Testamento e na literatura judaica, como pode ser visto em Juízes 9.8-20 e Isaías 5.1.

No Antigo Testamento, encontra-mos outros exemplos que, apesar de não fazerem referência ao título de parábola, são tidos como tais em algumas versões da Bíblia: parábola de Natã (2Samuel 12.1-4); parábola de Joabe (2Samuel 14.6); parábola de um profeta (1Reis 20.35-42). Ao lê-las, em sua Bíblia, você observará que o objetivo delas é comu-nicar a verdade da história e exortar o ouvinte mediante os comentários im-pensados que saem de sua própria boca.

O uso que Jesus faz das parábolas no início de seu ministério é patente no Novo Testamento. Ele usou am-plamente o recurso de contar parábo-las e as usou em quase todos os seus discursos, mostrando que ele tinha preferência pela linguagem � gurada, porque sabia da sua e� cácia.

Como são agrupadas as parábolas de Jesus

As parábolas contadas por Jesus foram agrupadas em torno de vários temas. O Dr. Pierson as agrupa da se-guinte maneira:

o caráter divino e seus atributos;

no em sua era presente;

de da mordomia;

dão e do amor desinteressado;

permanente de vigilância;

conduta condizer com o ensino;

insistência na oração;

das as relações com Deus.

Muitas delas têm sido classi� ca-das, hoje, de acordo com as lições morais que enfocaram.

Contudo, não podemos deixar de lembrar que todas se referem ao

Page 15: Dialogo & Ação - II TRIM 13

14 Diálogo e Ação Aluno

modo de vida que um judeu deveria ter e que Jesus ensina que praticar tais atos era realizar o seu reino e obede-cer a Deus.

Dos três Evangelhos Sinóticos, Mateus e Lucas são os que registram o maior número de parábolas. Mar-cos inclui apenas seis, e somente uma é peculiar ao seu Evangelho (Marcos 4.26-29).

O propósito das parábolas

Quando o Senhor Jesus apare-ceu entre os homens, como Mestre, usou a parábola como veículo para transmitir as verdades do reino de Deus. Sabedor de que os mestres ju-deus ilustravam suas doutrinas com auxílio das parábolas e comparações, Cristo adotou a parábola, esta anti-gs forma de ensino, e deu um novo sentido para a vida das pessoas de sua época, principalmente porque, por meio da parábola, ele proclamou as maravilhas divinas do seu reino.

Com este método de ensino, ao se dirigiar às pessoas, Jesus tinha como objetivo convencê-las e gerar uma mudança em suas atitudes. Ele usa-

Para o coração...

"Disse-lhes ainda: não percebeis esta parábola? Como pois entendereis todas as parábolas?" (Marcos 4.13)

va as parábolas porque era a forma mais fácil de fazer com que o povo entendesse sobre o reino de Deus e, também, por ser a forma mais pró-xima da realidade vivida pelo povo. Por isso, muitos a& rmam hoje que o mistério do reino é a mensagem total e completa do evangelho.

Como discípulos de Jesus, pre-cisamos ter fé e intimidade com o Senhor. Precisamos estudar a sua Palavra para entender os seus ensina-mentos de forma correta. Devemos ser honestos e sinceros em nossa busca da verdade, pedindo ao Espí-rito Santo para nos revelar as coisas de Cristo (1Coríntios 2.11-13). É imprenscindível para aquele que se diz cristão compreender tais ensina-mentos do Mestre Jesus.

Querido adolescente, você tem compreendido os ensinamentos con-tidos na Bíblia? Caso você não esteja entendendo, não deixe de ir, neste tri-mestre, à EBD de sua igreja, pois as li-ções o ajudarão a entender e a colocar em prática os ensinamentos de Jesus.

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2o Trimestre – 2013 15

Leituras diárias

EBD 2

14 de abril

As parábolas do reinoMateus 13.44-52

Segunda – Mateus 13.44 Terça – Mateus 13.45,46

Quarta – Mateus 13.47-50

Quinta – Mateus 13.51,52Sexta – Atos 10

Sábado – Atos 16.14Domingo – Mateus 6.33

as consequências desastrosas do pecado no mundo. Estudaremos, agora, como Deus

usou de sua misericórdia para oferecer a salvação a Noé e sua descendência.

Em Mateus 13.44-52, Jesus conta três parábolas numa só, mas as três falam

sobre um mesmo assunto, a explicação da parábola do semeador que se encon-

tra no início do capítulo 13. Observe que, ao retornar para casa, os discípulos de

Jesus pedem explicações sobre a parábola do joio (v. 39). Jesus, pacientemente,

a parábola, mas desta vez conta outras parábolas que fazem parte do dia a dia de

seus discípulos. Vamos analisá-las.

Page 17: Dialogo & Ação - II TRIM 13

16 Diálogo e Ação Aluno

Você pode observar que o tesouro estava enterrado no campo e perma-neceu oculto aos olhos de muitos, in-clusive do seu propritário. Jesus estava dizendo aos seus discípulos que o ho-mem que enxerga o valor do reino (a vida com Deus) abre mão de tudo por ele, e tem direito ao reino dos céus, à salvação, ainda que, para adquiri-la, seja preciso renunciar a muitas coisas.

Parábola da pérola

É uma parábola de fácil compre-ensão. Jesus comparou a descoberta do reino de Deus pelo ser humano com a descoberta de uma pérola por um negociante. Este, quando se vê diante de um bem tão valioso, não pensa duas vezes; abre mão de todos os seus bens para possuí-la. Assim, o homem que se vê diante do reino de Deus deve renunciar a própria vida para tomar posse dele.

Parábola do tesouro

Nesta narrativa, podemos ver um momento em que os discípulos e Je-sus estão mais próximos. Mas como eles não entenderam a parábola, proferida no início do capítulo 13 (a parábola do semeador), Jesus se vol-ta para assegurar aos seus discípulos a necessária compreensão.

Na parábola do tesouro escondi-do, um homem encontrou o tesouro no campo por acaso; vendeu tudo o que tinha para, depois, comprá-lo. Ainda que jamais tenha sido procu-rado, o tesouro foi descoberto. A lei rabínica dizia que se um homem en-contrasse frutas ou dinheiro perdidos seriam seus; logo, o homem que des-cobrisse um tesouro tinha o direito de # car com ele.

"Nas três parábolas Jesus mostra que precisava de cada um dos seus

discípulos para levar o evangelho às pessoas. Hoje, nós ocupamos o

lugar desses discípulos e devemos fazer

o mesmo"

Page 18: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 17

Observe que tanto o homem quan-to o comerciante renunciaram ao que possuíam para adquirir o bem que acharam. A decisão mudou a vida deles. Ambos os casos tratam de algo precioso. Falam de um supremo bem, no caso, o reino de Deus. Jesus mostra em suas parábolas que o rei-no de Deus é o mais precioso tesou-ro, e que não há nada no mundo que possa superá-lo.

Parábola dos peixes bons

Como entre seus discípulos a maio-ria era pescador, Jesus conta a parábola da pescaria e mostra aos seus seguido-res que somente Deus sabe quem será

salvo e quem será condenado, dife-rente do que diziam alguns líderes do povo e os escribas (v. 52).

Nesta parábola, é fácil compreen-der o simbolismo existente:

a) A rede representa a missão, a mensagem de Jesus;

b) O mar representa o mundo onde as pessoas habitam;

c) Os pescadores representam os cristãos;

d) Os peixes representam todas as pessoas existentes no mundo, se-jam boas ou ruins;

e) Os anjos representam o que será feito no dia em que todos forem avalia-dos diante de Deus e de seu Filho Jesus.

Como entre seus discípulos a maioria era pescador, Jesus conta a parábola da pescaria e mostra aos seus seguidores que

diferente do que diziam alguns líderes do povo e os escribas

Page 19: Dialogo & Ação - II TRIM 13

18 Diálogo e Ação Aluno

Para o coração...

“Então os justos resplandecer reino de seu Pai ” (Mateus 13.43a)

Nas três parábolas Jesus mostra que precisava de cada um dos seus discípulos para levar o evangelho às pessoas. Hoje, nós ocupamos o lugar desses discípulos e devemos fazer o mesmo.

Observe que Jesus demonstra que não está fazendo nada sozinho, mas que necessita dos seus. Por isso, devemos pregar o evangelho a todas as criaturas (que na parábola são os peixes) porque todos merecem ouvir sobre este tesouro tão valioso. Entre-tanto, não podemos deixar de ressal-tar que antes de começarmos a pescar é preciso conhecer o valor que Jesus representa para cada um de nós, como é demonstrado nas duas parábolas an-teriores.

Querido adolescente, o reino de Deus deve estar em primeiro lugar em sua vida, conforme conta em Mateus 6.33. Se você ler em sua Bíblia a ex-periência de Cornélio (Atos 10) e de Lídia (Atos 16.14), você vai perceber que essas pessoas buscaram este tesou-ro. Vai perceber, também, que Jesus é a pérola preciosa que procuravam.

Dedique-se ao máximo, com em-penho e ousadia, vencendo todas as di-" culdades, e somente na dependência de Deus, sabendo que o maior tesouro que existe no mundo e que o maior investimento que alguém pode fazer é aceitar Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. Bom investimento!

Gravura de James Tissot

Gra

vura

de

Ja

me

s Ti

sso

t

Page 20: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 19

Será que, em algum momento de sua vida, quando você esteve propenso a

EBD 3

21 de abril

A parábola do bom samaritano

Lucas 10.25-37

Segunda – Lucas 10.25-27Terça – Lucas 10.28,29

Quarta – Lucas 10.30-32

Quinta – Lucas 10.33-35Sexta – Lucas 10.36,37Sábado – Marcos 12.33

Domingo – Levítico 19.13-18

Leituras diárias

Page 21: Dialogo & Ação - II TRIM 13

20 Diálogo e Ação Aluno

Para que possamos entender a pará-bola do bom samaritano, é necessário lembrar a ocasião em que ela foi profe-rida. Ela buscava responder à pergunta de certo doutor da lei (Lucas 10.29). A pro� ssão de um "doutor da lei" era ocupar-se com a lei mosaica. Ele tinha a função o� cial de interpretar a lei e guiar o povo a colocá-la em prática na sua vida. Para este intérprete da lei, nem todo mundo podia ser seu próxi-mo. Incomodava-o a possibilidade de ajudar certos tipos de pessoas como, por exemplo, inimigos do povo judeu, como os samaritanos. A ele não faltava apenas conhecimento, mas disposição em cumprir seu dever para colocar a lei em prática. Como resposta à sua pergun-ta, o Senhor Jesus contou a parábola do bom samaritano.

Encontrar, nos dias de hoje, cris-tãos dispostos a colocar em prática o amor fraternal é realmente uma tare-fa para super-heróis. Mas é possível. Este é o objetivo principal da lição que Jesus nos ensina nesta parábola.

Jesus conta que um viajante descia de Jerusalém para Jericó. Essa estrada não era segura aos viajantes. Era frequentada por ladrões e salteadores, que atacavam

comerciantes e viajantes solitários. Essa realidade é muito parecida com o que vemos em alguns locais no Brasil e no mundo. Na parábola, os assaltantes ata-caram um viajante, feriram-no e o deixa-ram meio morto. Depois, fugiram levan-do tudo o que aquele homem possuía.

Jesus insere personagens conhecidos de seus ouvintes na parábola. Passam pelo mesmo caminho um sacerdote e um escri-ba, um após o outro e, mesmo vendo aque-le homem machucado, não o ajudaram. Pelo estilo de vida que diziam ter, esses dois líderes judeus deveriam ser os primeiros a demonstrar sua fé em Deus, agindo com amor e misericórdia para com aquele ho-mem abandonado, praticando o que a lei dizia, mas não fizeram nada.

Imagine você, na situação do via-jante, ver dois líderes religiosos passa-rem e � ngirem que não o veem. Que decepção! Pois é, foi isto que aconte-ceu com o viajante.

"Encontrar, nos dias de hoje, cristãos dispostos a colocar em prática

realmente uma tarefa para super-heróis.

da lição que Jesus nos ensina nesta parábola"

Page 22: Dialogo & Ação - II TRIM 13

2o Trimestre – 2013 21

O verdadeiro amor fraternal

A esta altura da história de Jesus surge um samaritano. Na parábola, é o terceiro homem a passar por aquela estrada. Seus ouvintes � caram choca-dos. O povo samaritano era criticado e considerado pecador pelos judeus. Eles não faziam a mínima questão de ter comunhão com esse povo. Porém, Jesus utiliza esse personagem para ressaltar que o samaritano foi o único que deu assistência ao viajante ferido.

Na parábola, o samaritano vai até o semimorto e, ao vê-lo, demonstra compaixão e lhe presta socorro rápi-do. Ele o conduz até uma hospedaria para que lá ele receba o socorro de que

necessita. Como se não bastasse, Jesus a� rma que aquele homem ainda pas-sou a noite ali com o viajante, pagou todas as despesas e prometeu voltar e acertar as contas no � nal do trata-mento, caso houvesse mais despesas.

Jesus poderia ter colocado a ação de socorrer tendo sido realizada pelos líderes judeus, não é mesmo? Mas Je-sus queria ensinar que todas as pessoas são dignas de ajudar e de serem aju-dadas. Mesmo sabendo que os judeus não gostavam de samaritanos (na ver-dade, o sentimento era de ódio racial mesmo), ele insiste em fazer desse homem o personagem central da pa-rábola, pelo exercício da misercórdia e da compaixão para com o viajante desconhecido.

– Gravura de James Tissot

Page 23: Dialogo & Ação - II TRIM 13

22 Diálogo e Ação Aluno

Para o coração...

" Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo

como a ti mesmo" (Lucas 10.27)

Siga o exemplo

Jesus, após concluir sua parábola, fez uma pergunta ao doutor da lei que o in-terrogara: "Qual dos três é o próximo?" O doutor da lei não podia dar outra res-posta a não ser falar que era o samarita-no (seu desafeto). Ao ouvir tal resposta, ainda que de modo disfarçado, pois o doutor da lei enfatizou apenas a ação do homem, sem dizer quem a fez, Jesus o ensina a praticar o mesmo. Com certe-za, aquele doutor da lei � cou sem graça e com certa revolta, mas a verdade fora dita, os judeus precisavam amar a todos que estavam ao seu redor.

O amor ensinado por Jesus deve ser praticado, mas ele envolve renún-cia e sacrifício. Mesmo que não haja reconhecimento da pessoa a quem está sendo ajudada, o importante é obede-cer aos ensinos de Jesus por meio desta parábola e colocá-los em prática. Todo cristão precisa estar disposto a mani-festar amor e bondade a todos que se encontram em necessidade, sem se im-

portar com sua raça, com seu passado, com sua posição em relação a nós. A� -nal, este é o mandamento divino dado a nós (Marcos 12.33).

Há muitas pessoas esperando a di-ferença em mim e em você para que possam nos imitar. Esta diferença é re-velada no nosso estilo de vida que é o resultado do amor de Deus em nossos corações.

Ainda há tempo para mudarmos essa realidade e ela pode começar por você. Ame verdadeiramente o seu pró-ximo.

"Há muitas pessoas

esperando a diferença

em mim e em você

para que possam nos

imitar. Esta diferença

o resultado do amor

corações"

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