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DIAGNÓSTICO SOCIAL - 31/10/2014 Pessoas identificadas com Demência Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

-

31/10/2014 Pessoas identificadas com Demência Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 1

TÍTULO

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra

PROPRIEDADE

Projeto Cuidar Melhor

AUTOR

Equipa Técnica do Projeto Cuidar Melhor

DATA DE PUBLICAÇÃO

31 de Outubro de 2014

HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES

Versão Data Autor(es) Descrição

1.1 25/10/2013 Catarina Alvarez, Isabel Sousa e Vanda Pinto Documento de trabalho para discussão interna

1.2 17/02/2014 Isabel Sousa Documento de trabalho para revisão pelo Instituto de Ciências da Saúde

1.3 30/04/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Documento de trabalho para aprovação pelo Instituto de Ciências da Saúde e pela Associação Alzheimer Portugal

1.4 12/05/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Versão aprovada pelo Instituto de Ciências da Saúde e pela Associação Alzheimer Portugal

1.5 31/07/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Versão revista pelos restantes parceiros

1.6 31/10/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Versão final

O projeto Cuidar Melhor é uma iniciativa de: Parceiro: Municípios aderentes:

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 2

ÍNDICE

A | INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4

1 | O QUE É A DEMÊNCIA? ................................................................................................... 4

2 | A DEMÊNCIA NO MUNDO .............................................................................................. 4

3 | O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E A DEMÊNCIA EM PORTUGAL ........................ 6

4 | A DEMÊNCIA EM CONTEXTO INSTITUCIONAL ........................................................... 6

5 | O PROJETO CUIDAR MELHOR ....................................................................................... 8

6 | OBJETIVO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL ....................................................................... 9

7 | DADOS ESTATÍSTICOS – CASCAIS, OEIRAS E SINTRA .............................................. 9

B | METODOLOGIA .......................................................................................... 11

1 | ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS .............................. 11

2 | RECOLHA DE DADOS .................................................................................................... 11

3 | TRATAMENTO DE DADOS ............................................................................................ 12

4 | LIMITAÇÕES .................................................................................................................... 13

C | RESULTADOS .............................................................................................. 14

1 | INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14

1.1. Equipamentos Sociais .............................................................................................................................. 14

1.2. Utentes ........................................................................................................................................................ 15

2 | CASCAIS .......................................................................................................................... 17

2.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais......................................................................................... 17

2.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes ............................................................................... 21

2.3. Análise Crítica ........................................................................................................................................... 35

3 | OEIRAS ............................................................................................................................. 39

3.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais......................................................................................... 39

3.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes ............................................................................... 43

3.3. Análise Crítica ........................................................................................................................................... 57

4 | SINTRA .............................................................................................................................. 62

4.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais......................................................................................... 62

4.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes ............................................................................... 66

4.3. Análise Crítica ........................................................................................................................................... 80

5 | ANÁLISE COMPARATIVA E CONSOLIDADA ............................................................. 84

E | CONCLUSÃO ............................................................................................... 94

F | REFERÊNCIAS .............................................................................................. 98

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 3

G | AGRADECIMENTOS .................................................................................. 101

1 | CASCAIS ........................................................................................................................ 101

2 | OEIRAS ........................................................................................................................... 102

3 | SINTRA ............................................................................................................................ 103

H | ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................. 105

I | ÍNDICE DE GRÁFICOS ............................................................................... 106

J | ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................. 108

L | ANEXOS .................................................................................................... 109

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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Diagnóstico Social PESSOAS COM DEMÊNCIA IDENTIFICADAS NOS CONCELHOS DE CASCAIS, OEIRAS E SINTRA

A | INTRODUÇÃO

1 | O QUE É A DEMÊNCIA?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, “a demência é uma síndrome resultante de uma doença do

cérebro – geralmente de natureza crónica ou progressiva – em que existe deterioração de diversas funções

cognitivas”, incluindo a memória, o pensamento, a orientação, a compreensão, o cálculo, a capacidade de

aprendizagem, a linguagem e a capacidade de decisão. O nível de consciência não é afetado. Os défices

nas funções cognitivas são geralmente acompanhados, e ocasionalmente precedidos, pela deterioração do

controlo emocional, do comportamento social e da motivação. O diagnóstico é realizado quando esses

défices são suficientes para prejudicar as atividades da vida diária [1].

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência e contribui possivelmente para 50 a 75% dos

casos. Outras formas comuns incluem a Demência Vascular, a Demência Frontotemporal e a Demência de

Corpos de Lewy [2].

Apesar de poder surgir noutras faixas etárias, a demência é sobretudo uma patologia do envelhecimento.

Deste modo, a idade é um dos principais fatores de risco [3].

2 | A DEMÊNCIA NO MUNDO

Em 2010, o número de pessoas com demência no mundo foi estimado em 35,6 milhões, prevendo-se que o

número de casos praticamente duplique a cada 20 anos: 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050

(ver Figura 1) [2, 4].

Doença Alzheimer (50-75%)

Demência Vascular (20-30%)

Demência Frontotemporal (5-10%)

Demência de Corpos de Lewy (<5%)

Gráfico 1 – Tipos de Demência mais comuns

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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FIGURA 1 – Crescimento do número de pessoas com demência (em milhões) em países de elevado rendimento e de baixo e

médio rendimento [2]

Nos países com elevado rendimento, a Doença de Alzheimer e outras demências representam a quarta causa

de morte [5] e a segunda doença crónica que mais contribui para anos vividos com incapacidade em pessoas

com 60 ou mais anos [2].

Na Europa Ocidental, estima-se que a população com demência se situe nos 7 milhões de pessoas, sendo que

a estimativa de prevalência em indivíduos com 60 e mais anos é de 7,29%. Esta prevalência aumenta

exponencialmente com a idade (ver Tabela 1) [2], duplicando a cada 6,3 anos [4].

Grupo etário (anos) 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 90+

Homens 1.4 2.3 3.7 6.3 10.6 17.4 33.4

Mulheres 1.9 3.0 5.0 8.6 14.8 24.7 48.3

Total 1.6 2.6 4.3 7.4 12.9 21.7 43.1

Os custos relacionados com a demência aumentaram consideravelmente em todo o mundo na última década,

estimando-se em 604 biliões de dólares os custos totais em 2010, 70% dos quais na Europa Ocidental e na

América do Norte. Se os cuidados na demência fossem um país, seria a 21ª maior economia do mundo,

situada no ranking entre a Polónia e a Arábia Saudita [6-7].

Estes dados evidenciam a enorme sobrecarga social e económica que os cuidados na demência impõem à

sociedade, tanto através de custos diretos (cuidados médicos e sociais) como de custos indiretos (cuidados não

pagos prestados por familiares e amigos). Dos 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo (0,5% da

população mundial), uma grande parcela necessita de algum tipo de cuidado que vai desde apoio e

supervisão nas Atividades Instrumentais de Vida Diária (como cozinhar ou fazer compras) até ao cuidado e

assistência total 24 horas por dia [6].

Na Europa Ocidental, os custos diretos dos cuidados com a demência ascendem aos 123 biliões de dólares e

os custos indiretos aos 87 biliões de dólares [7].

Tabela 1 – Prevalência da demência na Europa Ocidental (%) [2]

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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3 | O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E A DEMÊNCIA EM PORTUGAL

Em 2011, os indivíduos com 65 ou mais anos representavam 19% da população total (em 1970 rondava os

10%). A esperança média de vida aumentou de 67,1 anos em 1970 para 79,8 anos em 2011 e o índice de

envelhecimento (número de indivíduos com 65 ou mais anos por 100 indivíduos entre os 0 e os 14 anos)

aumentou consideravelmente de 34 em 1970 para 127,8 em 2011 [8]. Estima-se que em 2060 este índice

alcance os 271 [9]. Sendo a idade o principal fator de risco para a demência, os números apresentados

colocam desafios importantes aos sistemas nacionais de saúde e de segurança social, bem como às estruturas

de prestação de cuidados informais e de longa duração.

Não existem, em Portugal, estudos epidemiológicos de âmbito geográfico nacional que identifiquem o

número de pessoas com demência. Em 1994, a estimativa, baseada em estudos de prevalência da demência

na Europa, era de 92.470 pessoas com demência, sendo que, destas, 48.706 teriam Doença de Alzheimer

[10]. Em 2009, segundo dados do Projeto European Collaboration on Dementia (Eurocode) conduzido pela

Alzheimer Europe e financiado pela Comissão Europeia, o número de cidadãos europeus que sofriam de uma

das várias formas de demência situava-se nos 7,3 milhões, estimando-se que em Portugal este número fosse

de 153.000, 90.000 com Doença de Alzheimer [11]. Prevê-se que em 2050 estes números dupliquem [7].

Estima-se, ainda, que se tenham gasto no nosso país, em 2009, cerca de mil e trezentos milhões de dólares

em custos diretos com a demência (cuidados médicos e sociais) e 356,3 milhões no que respeita aos custos

relacionados com cuidados informais (cuidados não pagos prestados por familiares e amigos) [12].

Apesar da inexistência de estudos epidemiológicos, existe, contudo, um estudo de base populacional

destinado a estimar a prevalência e a incidência de demência e de defeito cognitivo sem demência, embora

limitado a dois concelhos do norte de Portugal. Os resultados revelaram maior prevalência de compromisso

cognitivo na população rural e uma prevalência de demência de 2,7% que aumenta exponencialmente com

a idade e nos casos de doença cerebrovascular ou outra doença neurológica. Os resultados apresentam

ainda uma prevalência de defeito cognitivo sem demência de 12,3% [13].

As estatísticas nacionais dispõem somente de dados relativos à mortalidade e apenas por Doença de

Alzheimer, deixando de fora os outros tipos de demência: a taxa de mortalidade padronizada (65 e mais

anos) por 100.000 habitantes era, em 2010, de 70,7 (H=66,6; M=73,0) [14] e o número de óbitos

aumentou 24% de 1999 para 2000, sendo que, neste ano, mais de 69% destes óbitos ocorreram em

indivíduos incluídos no grupo etário dos 70 aos 84 anos [15].

Existem ainda dados de um estudo exploratório do Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos

doentes de Alzheimer que contribuem para traçar um perfil destes doentes em Portugal (N=544): dois terços

dos doentes são mulheres (67%), têm idade superior a 71 anos (73%), são casados (64%) ou viúvos (27%),

pouco escolarizados (42,5% tinha uma escolaridade básica e 24% não tinham qualquer escolaridade ou

apenas sabiam assinar/ler/escrever) e vivem com a família direta (69% com cônjuges ou filhos) [16].

4 | A DEMÊNCIA EM CONTEXTO INSTITUCIONAL

De acordo com o relatório anual da Alzheimer’s Disease International de 2013 [17], a prevalência de

dependência aumenta consideravelmente com a idade e estima-se que se situe entre os 12% e os 17% para

as pessoas com 60 e mais anos. A demência e a deterioração cognitiva são os fatores que, no âmbito das

doenças crónicas, mais contribuem para a incapacidade e a dependência e, nos países com elevado

rendimento, para a transição para estruturas residenciais [17-18].

O mesmo relatório refere que as pessoas com demência têm necessidades especiais de cuidado que

começam cedo no curso da doença. Quando comparadas com outros utentes, estas pessoas têm necessidade

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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de mais cuidados pessoais, mais horas de cuidado e mais supervisão, necessidades estas que estão

associadas a um maior esforço do cuidador e a maiores custos. Estima-se que entre 30 a 50% das pessoas

com demência, nos países com elevados rendimentos, residam em estruturas residenciais [17, 19-21] e que

entre metade e dois terços das pessoas a viverem em estruturas residenciais para idosos tenham demência

[22].

Em Portugal não se encontraram dados publicados que deem conta da percentagem de pessoas com

demência a viver em estruturas residenciais, apenas o estudo do Instituto da Segurança Social que refere que

11% dos doentes de Alzheimer vive em instituições [16]. Também não se encontraram dados de prevalência

de demência nas estruturas residenciais.

Os dados disponíveis, das estatísticas nacionais, permitem apenas caracterizar a população idosa a residir

em Famílias Institucionais1 de apoio social. Segundo dados dos Censos de 2011 sobre esta tipologia familiar,

a população com 60 e mais anos constituía 2,8% da população total nacional no mesmo escalão etário (ver

Tabela 2) [23].

PORTUGAL

População total com 60 e mais anos 2.644.805

População com 60 e mais anos em Famílias Institucionais 73.432

% da população total com 60 e mais anos 2,8

Em 2011, 71% desta população eram mulheres e 70% tinha 80 ou mais anos [23], não existindo dados mais

recentes para outras variáveis sociodemográficas. Assim, em 2001, a maior parte da população a residir em

instituições de apoio social era viúva (53,1%), a população solteira representava 30% do total de idosos

nestas instituições e a casada, cerca de 13%. O ensino básico representava a escolaridade de cerca de 30%

dos indivíduos, sendo que 67,1% desta população não tinha qualquer grau de ensino (incluindo os que

sabiam ler e escrever) [24].

Segundo o relatório de 2012 da Carta Social [25], o número de respostas sociais destinadas a pessoas

idosas teve, desde o ano 2000, um crescimento de 42%, sendo o Serviço de Apoio Domiciliário a resposta

com maior crescimento neste período (62%), seguindo-se as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas

1 “Entende-se por Família Institucional o conjunto de indivíduos residentes num alojamento coletivo que, independentemente da relação de parentesco entre si, observam uma disciplina comum, são beneficiários dos objetivos de uma instituição e são governados por uma entidade interior ou exterior ao grupo” [24].

29%

71%

Homens

Mulheres

7%

23%

51%

19%60-69

70-79

80-89

90 e mais anos

Tabela 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social [23]

Gráfico 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social por género e grupo etário [23]

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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(44%) e os Centros de Dia (31%). Este crescimento traduz-se ainda no aumento do número de lugares

disponíveis, com uma taxa de 47% de novos lugares. A ampliação das respostas está diretamente

relacionada com uma maior procura de entidades prestadoras de cuidados formais, ainda que o incremento

da oferta continue a não responder à procura atual (e potencial) [25-26]. O aumento da procura deve-se

não só ao peso crescente da população idosa, à sua maior dependência física e/ou psicológica e

necessidade de cuidados específicos, mas também a um aumento crescente da atividade profissional entre as

mulheres, que eram tradicionalmente prestadoras de cuidados informais aos mais idosos [24]. No entanto,

apesar da alteração das dinâmicas familiares, da menor participação das famílias na prestação de

cuidados aos mais idosos e da maior procura de respostas na comunidade, os familiares continuam a ser os

principais prestadores de cuidados [26].

5 | O PROJETO CUIDAR MELHOR

Os impactos sociais e económicos da demência são cada vez mais relevantes. As diferentes exigências ao

longo do percurso da doença requerem apoio e formação aos cuidadores através de uma intervenção

pluridisciplinar e de proximidade, de modo a melhorar, desdramatizar e valorizar o ato de cuidar2. Além

disso a importância de consolidar parcerias entre os diversos sectores de atividade em prol do

desenvolvimento de respostas inclusivas, justificaram a implementação de um projeto com o âmbito e fins do

Cuidar Melhor.

Este projeto pretende contribuir para a inclusão e promoção dos direitos das pessoas com demência, bem

como para o apoio e valorização dos familiares e profissionais que lhes prestam cuidados, através de uma

intervenção pluridisciplinar, assente nos valores da parceria, do respeito pela dignidade humana e da

personalização da intervenção.

Resulta da conjugação de vontades de um leque de parceiros de referência – Fundação Calouste

Gulbenkian, Fundação Montepio, Associação Alzheimer Portugal e Instituto de Ciências da Saúde da

Universidade Católica Portuguesa – aos quais se associaram a empresa Sonae Sierra e os Municípios de

Cascais, Oeiras e Sintra.

O Cuidar Melhor visa a concretização de 5 objetivos:

Elaborar um diagnóstico atualizado do número de pessoas identificadas com demência em cada um dos

concelhos;

Sensibilizar a população dos concelhos abrangidos para as questões relacionadas com a demência;

Criar gabinetes técnicos pluridisciplinares e de âmbito concelhio, de apoio a cuidadores e familiares de

pessoas com demência;

Formar novos quadros na área específica da demência;

Adaptar e desenvolver o conceito Memory Café em Portugal e criar Cafés MEMÓRIA.

2 Schulz e Martire (2004) definem o ato de cuidar (caregiving) como “aquele que envolve a prestação de cuidados extraordinários, que excedem os limites do que é normativo ou habitual nas relações familiares. Cuidar envolve normalmente um dispêndio significativo de tempo, energia e dinheiro ao longo de, potencialmente, longos períodos de tempo. Envolve ainda tarefas que podem ser desagradáveis e desconfortáveis e que são psicologicamente stressantes e fisicamente desgastantes.” [27]

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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6 | OBJETIVO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL

O objetivo geral do presente Diagnóstico consiste em identificar e caracterizar em termos sociodemográficos

as pessoas com demência, utentes dos equipamentos sociais – Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas3

(ERPI), Centros de Dia4 (CD) e Serviços de Apoio Domiciliário5 (SAD) – dos concelhos de Cascais, Oeiras e

Sintra. O Diagnóstico contempla ainda uma breve caracterização dos referidos equipamentos.

7 | DADOS ESTATÍSTICOS – CASCAIS, OEIRAS E SINTRA

Neste capítulo, apresentam-se vários dados estatísticos sobre a população dos concelhos abrangidos pelo

presente diagnóstico, designadamente a população total e com 60 e mais anos, o número de pessoas

identificadas com demência nos cuidados de saúde primários, as estimativas de prevalência de demência, as

pessoas com 60 e mais anos a viverem em famílias institucionais de apoio social e o número de respostas

sociais, capacidade total e total de utentes.

CASCAIS OEIRAS SINTRA

População total 206.479 172.120 377.835

Nº de pessoas com 60 e mais anos 49.705 45.248 71.846

% da população total 24,1 26,3 19,0

Índice de Envelhecimento 112,4 124,1 77,5

CASCAIS OEIRAS SINTRA

Registos por ICPC6 dos ACES7 956 1322 1087

3 Estrutura Residencial para Pessoas Idosas é a denominação atual das respostas residenciais para pessoas idosas e substitui as designações Lar de Idosos e Residência para Idosos, nos termos da Portaria nº 67/2012, de 21 de Março. “Considera-se Estrutura Residencial para Pessoas Idosas o estabelecimento para alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, em que sejam desenvolvidas atividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem” [25]. 4 Centro de Dia é uma “resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sociofamiliar” [25]. 5 Serviço de Apoio Domiciliário é uma “resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as atividades da vida diária” [25]. 6 Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários 7 Estes dados foram fornecidos pelos Conselhos Clínicos dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) dos três concelhos.

Tabela 3 – População total e com 60 e mais anos por concelho [28-29]

Tabela 4 – Número de pessoas com demência identificadas por concelho nos cuidados de saúde primários

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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CASCAIS OEIRAS SINTRA

Nº de pessoas com 60 e mais anos 49.705 45.248 71.846

Prevalência estimada de demência (7,29%) [2] 3.623 3.299 5.238

Registos por ICPC dos ACES 956 1.322 1.087

% em relação à prevalência estimada 26,4 40,1 20,8

CASCAIS OEIRAS SINTRA

Nº de pessoas com 60 e mais anos 49.705 45.248 71.846

População com 60 e mais anos em famílias institucionais 1.675 879 1.241

% da população total do concelho com 60 e mais anos 3,4 1,9 1,7

CASCAIS OEIRAS SINTRA

Cap. Total

Cap. Atual

Nº Cap. Total

Cap. Atual

Nº Cap. Total

Cap. Atual

Total Utentes

ERPI 23 984 715 30 911 741 33 1204 1148 2604

CD 15 1011 949 16 695 565 20 759 559 2073

SAD 20 1165 895 25 1355 821 30 1196 949 2665

Total 58 3160 2559 71 2961 2127 83 3159 2656 7342

De acordo com informações prestadas pela Divisão de Desenvolvimento de Recursos Sociais da Câmara

Municipal de Cascais, em 2012, 42% (N=161) dos utentes de Centros de Dia aderentes à Plataforma de

Qualificação de Centros de Dia deste concelho (9 de um total de 10), apresentavam défice cognitivo

(medido pelo Mini Mental State Examination [30, 31]). Segundo a mesma fonte, em 2008, 32% dos utentes

de SAD (N=213) também apresentavam défice cognitivo.

8 Fonte: www.cartasocial.pt, dados de 2013.

Tabela 5 – Estimativa de prevalência de demência por concelho

Tabela 6 – Pessoas com 60 e mais anos a viver em famílias institucionais de apoio social por concelho [23]

Tabela 7 – Número de respostas sociais, capacidade total e atual de utentes por concelho8

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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B | METODOLOGIA

A metodologia adotada foi delineada pelos parceiros que compõem a Comissão de Acompanhamento do

projeto e pressupôs uma primeira fase para elaboração de um instrumento de recolha de dados, uma

segunda fase destinada às visitas às instituições para recolha da informação, uma terceira fase para

tratamento dos dados recolhidos e uma última para elaboração do presente relatório.

1 | ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS

A versão inicial do Guião da Visita à Instituição (ver Anexo 1) elaborado sofreu uma pequena revisão antes

da sua aplicação. Este guião previa a recolha dos dados relativos aos equipamentos e aos utentes durante a

visita, tendo-se optado posteriormente por separar estes dois tipos de informação. Assim, a informação

relativa aos utentes, que requeria alguma sistematização e que poderia não estar disponível na altura da

visita, passou a ter um formulário próprio enviado previamente aos equipamentos para preenchimento. Desta

forma, criaram-se dois formulários: Guião de Visita à Instituição (versão final – ver Anexo 2) e Formulário de

Caracterização dos Utentes (ver Anexo 3).

2 | RECOLHA DE DADOS

A recolha de dados foi efetuada junto dos equipamentos sociais de cada concelho, nomeadamente em ERPI,

CD e SAD. Não foi incluída neste estudo a resposta social de Centro de Convívio9, por não estar vocacionada

para receber pessoas com demência. Os critérios de seleção dos equipamentos a contactar para visita e

recolha de dados foram os seguintes:

a) Constarem da Carta Social10 ou fazerem parte da Rede Social de cada concelho;

b) Admitirem pessoas com demência.

Os dados de caracterização dos utentes das respostas sociais de ERPI e CD foram recolhidos, numa primeira

fase, nos meses de Fevereiro a Maio de 2013, bem como os dados de SAD dos equipamentos que tinham

também uma das outras duas respostas sociais. Os dados dos equipamentos que apenas prestam serviços de

SAD foram recolhidos, numa segunda fase, durante os meses de Julho e Agosto de 2013.

Os equipamentos foram contactados telefonicamente, na primeira fase, pelos técnicos de cada município que

colaboram em parceria com o Cuidar Melhor para apresentação do projeto e agendamento das visitas e, na

segunda fase, pela própria equipa do projeto.

No seguimento do contacto telefónico para agendamento da visita, foi enviado a cada equipamento, via e-

mail, o referido formulário de caracterização dos utentes (ver Anexo 3) para preenchimento prévio e para

ser entregue no dia da visita ao equipamento. Neste formulário solicitavam-se dados de caracterização

sociodemográfica de todos os utentes da resposta social, dos utentes com diagnóstico médico de demência e

dos utentes que, não tendo diagnóstico, a equipa técnica suspeitasse que pudessem ter demência. Na

questão relativa ao grau de dependência foram usados os critérios constantes na Carta Social (autónomo,

parcialmente dependente, dependente e grande dependente) [30] e apresentada uma legenda explicativa

de cada grau.

9 Centro de Convívio é uma “resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a atividades socio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação ativa das pessoas idosas de uma comunidade” [25]. 10 Pesquisa por concelho em www.cartasocial.pt.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 12

A visita aos equipamentos foi feita por um dos membros da equipa do projeto Cuidar Melhor e consistiu

numa reunião com a pessoa responsável para apresentação do projeto e recolha de dados sobre o

equipamento e os serviços que presta (ver Anexo 2 – Guião de visita à Instituição).

Estes dados destinavam-se, por um lado, a caracterizar os equipamentos no presente diagnóstico e, por

outro, a auxiliar a equipa técnica do projeto nos serviços a prestar nos Gabinetes Cuidar Melhor

(encaminhamento para as respostas sociais existentes na comunidade).

Os formulários de caracterização dos utentes foram recolhidos na visita ao equipamento ou foram enviados

posteriormente por e-mail pela pessoa responsável pela visita.

Foi solicitado aos equipamentos com mais do que uma resposta social que entregassem os dados de

caracterização dos utentes separadamente para cada uma delas.

Dos equipamentos selecionados e contactados, nem todos agendaram a visita da equipa do projeto e,

daqueles que foram visitados, nem todos forneceram dados de caracterização dos utentes (ver Tabelas 8 e 9).

3 | TRATAMENTO DE DADOS

Os dados de caracterização dos equipamentos e dos utentes foram tratados na folha de cálculo Microsoft

Excel.

De todos os dados recolhidos acerca dos equipamentos sociais foram escolhidos para análise os mais

relevantes para efeitos de diagnóstico social, uma vez que parte da informação servia também para auxiliar

a equipa técnica do projeto nos serviços a prestar nos Gabinetes Cuidar Melhor (encaminhamento para

respostas sociais existentes na comunidade).

Os dados de caracterização dos utentes foram posteriormente revistos para identificação de potenciais erros

e solicitação da sua correção aos equipamentos sociais em questão.

Os dados de caracterização dos utentes foram tratados separadamente por resposta social (ERPI, CD e

SAD). Contudo, alguns equipamentos dos concelhos de Oeiras e Sintra enviaram dados consolidados de duas

ou mais respostas sociais. Nestes casos, em que não foi possível a inclusão dos dados na análise por resposta

social, os dados consolidados foram incluídos apenas na análise da amostra total.

Foram excluídos da análise os dados de caracterização dos utentes relativos à freguesia de residência (as

respostas não eram uniformes) e às fontes de rendimento (as entidades lucrativas não dispõem, no geral,

desta informação).

Foi criada a categoria Não sabe / Não responde (NS/NR) para os casos em que os equipamentos não

responderam a um determinado item do formulário ou nos casos em que as respostas não correspondiam ao

número de utentes indicado. Os dados relativos ao estado civil e escolaridade têm um número elevado de

NS/NR por serem elementos que alguns equipamentos não dispõem ou não facultaram acerca dos seus

utentes. Em algumas situações o número de NS/NR é superior ao da amostra analisada.

No que respeita à escolaridade, optou-se por juntar os dados relativos ao primeiro ciclo de estudos. Assim, a

categoria 1º Ciclo contempla os dados recolhidos como 1º Ciclo incompleto e 1º Ciclo completo (de 1 a 4

anos).

Também nos dados relativos ao tempo de institucionalização se optou por consolidar os dois primeiros

intervalos (1 a 6 meses e 7 a 12 meses) num único intervalo (menos de 1 ano).

Os dados de SAD em Oeiras são apresentados em tabela, mas não são analisados por não terem

expressão.

Page 14: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 13

4 | LIMITAÇÕES

Verificaram-se algumas limitações relacionadas com a metodologia definida para a realização do presente

diagnóstico:

A redação de algumas das questões colocadas no formulário elaborado para a recolha de dados, não

permitiu a melhor análise das respostas e a sua inclusão no presente relatório.

Numa primeira fase de análise de dados, muitos formulários continham informação inconsistente, tendo

sido necessário solicitar juntos dos técnicos que os preencheram a respetiva revisão e correção, situação

que não ficou completamente resolvida e atrasou a conclusão do Diagnóstico.

Nem todos os equipamentos dispunham de toda a informação solicitada relativa aos seus utentes, o que

originou um grande número de Não sabe/Não responde, sobretudo nas variáveis Estado Civil e

Escolaridade.

Os dados de caracterização não foram recolhidos por utente, mas por critério (nº utentes/critério), não

possibilitando a análise dos dados através do cruzamento de variáveis.

Apesar de se ter usado um critério objetivo para identificação dos utentes com demência (existência de

um diagnóstico médico), não significa necessariamente que esse diagnóstico tenha sido realizado por um

médico especialista.

O critério para a inclusão dos utentes na categoria “suspeita de demência” é subjetivo, não pressupondo

uma avaliação formal.

A resposta social de SAD foi incluída no Diagnóstico quando as visitas às restantes respostas sociais já se

encontravam concluídas, pelo que a percentagem de dados para esta resposta é menor que para as

restantes.

Page 15: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 14

C | RESULTADOS

1 | INTRODUÇÃO

Os resultados da vertente social do diagnóstico são apresentados por concelho e visam caracterizar, por um

lado, os equipamentos sociais visitados e, por outro, os utentes desses equipamentos que forneceram dados

(ver Tabela 8).

No que respeita aos equipamentos sociais visitados são apresentados dados sobre os seguintes pontos:

Natureza jurídica;

Respostas sociais;

Responsável pela visita;

Certificação da qualidade;

Recursos humanos;

Principais dificuldades do cuidado a utentes com demência e suspeita de demência;

Processo jurídico de admissão de utentes com demência e suspeita de demência.

Relativamente à caracterização dos utentes, são apresentados dados para o universo total de utentes, para

os utentes com diagnóstico médico de demência e para os utentes com suspeita de demência relativamente a:

Género;

Idade;

Estado civil;

Escolaridade;

Tempo de institucionalização / utilização do serviço;

Grau de dependência.

Finalmente, são apresentados os principais resultados consolidados e comparativos dos três concelhos.

1.1. Equipamentos Sociais

CASCAIS OEIRAS SINTRA TOTAL

% Adesão

Nº %

Adesão Nº

% Adesão

Nº %

Adesão

Contactados 52 - 52 - 56 - 160 -

Visitados 32 61,5% 29 55,8% 48 85,7% 109 68,1%

Dados de Caracterização dos Utentes recolhidos

25 78,1% 21 72,4% 38 79,2% 84 77,1%

Dos 160 equipamentos sociais contactados, 68,1% (N=109) aceitaram colaborar na realização do

diagnóstico e foram visitados pela equipa técnica do projeto. Os restantes 31,9% são equipamentos que

recusaram participar no estudo ou que não aceitam utentes com demência. Dos equipamentos sociais visitados

Tabela 8 – Equipamentos sociais – Amostra

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 15

77,1% (N=84) forneceram dados de caracterização dos respetivos utentes. Os outros 22,9% não facultaram

os dados no período definido para o efeito.

CASCAIS OEIRAS SINTRA TOTAL

Nº %

Adesão Nº %

Adesão Nº %

Adesão Nº %

Adesão

ERPI Nº Total visitados 13 - 13 - 29 - 55 -

Dados Caracterização Utentes recolhidos

10 76,9% 9 69,2% 23 79,3% 42 76,4%

CD Nº Total visitados 11 - 11 - 17 - 39 -

Dados Caracterização Utentes recolhidos

10 90,9% 9 81,8% 14 82,4% 33 84,6%

SAD Nº Total visitados 10 - 13 - 19 - 42 -

Dados Caracterização Utentes recolhidos

6 60,0% 8 61,5% 15 78,9% 29 69,0%

Das 55 ERPI visitadas, 76,4% forneceram dados de caracterização dos respetivos utentes. Dos 39 CD

visitados, 84,6% forneceram dados e dos 42 SAD visitados, 69% forneceram dados.

1.2. Utentes

CASCAIS OEIRAS SINTRA

Nº Cap. Total

Cap. Atual

Nº Cap. Total

Cap. Atual

Nº Cap. Total

Cap. Atual

Total Utentes

ERPI 13 453 418 13 374 343 29 955 914 1675

CD 11 587 562 11 565 444 17 638 498 1504

SAD 10 450 223 13 321 290 19 724 684 1197

Total 34 1490 1203 37 1260 1077 65 2317 2096 4376

A capacidade atual das respostas sociais dos equipamentos visitados (N=4376) é ligeiramente superior ao

total da amostra com caracterização sociodemográfica (N=4002) por nem todos os equipamentos terem

fornecido os dados de caracterização dos utentes.

Tabela 9 – Dados de Caracterização dos utentes por resposta social em cada concelho

Tabela 10 – Capacidade total e atual das respostas sociais dos equipamentos visitados

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 16

Capacidade atual

de todos os equipamentos

Capacidade atual dos equipamentos

visitados

Total de utentes com dados recolhidos

% Utentes com dados recolhidos em relação à capacidade

atual de todos os equipamentos

CASCAIS 2559 1203 973 38,0%

OEIRAS 2127 1077 1005 47,2%

SINTRA 2656 2096 2024 76,2%

Total 7342 4376 4002 54,5%

No total foram recolhidos dados relativos a 54,5% dos utentes dos equipamentos sociais dos concelhos de

Cascais, Oeiras e Sintra, registados na Carta Social em janeiro de 2013.

Tabela 11 – Relação entre o número de utentes com dados de caracterização e a capacidade atual de todos os equipamentos existentes no concelho e registados na Carta Social em 2013

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 17

2 | CASCAIS

2.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais

NATUREZA JURÍDICA

Foram visitados 32 equipamentos sociais no Concelho de Cascais. Destes, 38% (N=12) são entidades

lucrativas e os restantes são entidades não lucrativas, das quais 34% (N=11) são Associações de

Solidariedade Social.

RESPOSTAS SOCIAIS

Os 32 equipamentos sociais visitados têm, no total, 34 respostas sociais: 13 ERPI, 11 CD e 10 SAD. Das 13

ERPI visitadas, 7 pertencem a entidades lucrativas.

11 As nomenclaturas apresentadas são as usadas na Carta Social. 12 Há equipamentos com mais de uma resposta social, motivo pelo qual o número total de respostas excede o número total de equipamentos visitados.

34%

3%13%

3%

9%

38%

Associação de Solidariedade Social

Fundação de Solidariedade Social

Centro Social e Paroquial

Cruz Vermelha Portuguesa

Misericórdia

Entidade Lucrativa

38%

32%

30%ERPI

CD

SAD

Gráfico 3 – Cascais: Natureza jurídica11 dos equipamentos sociais visitados

Gráfico 4 – Cascais: Respostas sociais12 dos equipamentos visitados

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 18

RESPOSTAS SOCIAIS – MENSALIDADES

Tabela 12 – Cascais: Valores de mensalidade13 por resposta social

ERPI CD

Geral Lucrativas Não lucrativas Geral (não lucr.)

Mensalidade Mínima 0,00 €14 1.000,00 € 0,00 € 0,00 €

Mensalidade Máxima 3.000,00 € 3.000,00 € 2.300,00 €15 330,00 €

RESPONSÁVEL PELA VISITA

A equipa do projeto foi recebida pelo Diretor Técnico em 53% dos equipamentos sociais visitados.

CERTIFICAÇÃO – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Com processo iniciado 18

Com processo concluído 3

Sem processo iniciado 14

Dos 32 equipamentos visitados, 18 iniciaram o processo de certificação da qualidade e, destes, apenas 3

concluíram o processo.

13 As mensalidades referem-se aos valores pagos pelos utentes, não estando contemplados os montantes recebidos pelos equipamentos sociais não lucrativos no âmbito de acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social (ISS). Não foi possível incluir os valores das mensalidades de SAD por não se ter encontrado um critério homogéneo que permitisse a análise integrada dos dados recolhidos (serviços prestados distintos, valor hora vs. valor mensal, etc.). Não existem, nesta amostra, entidades lucrativas com resposta social de Centro de Dia. 14 Existem utentes, integrados em entidades não lucrativas com resposta social de ERPI ou CD com acordos de cooperação com o ISS, sem rendimentos e sem familiares, que não pagam qualquer valor a título de mensalidade. 15 O valor máximo praticado pelas entidades não lucrativas é próximo do valor das entidades lucrativas quando aquelas entidades não têm acordo de cooperação com o ISS para todas as vagas. 16 Em alguns equipamentos a equipa do projeto foi recebida por mais do que uma pessoa.

53

3

25

22

16Diretor Técnico

Proprietário

Direção / Gerência

Coordenador de Valência

Outros Técnicos

Gráfico 5 – Cascais: Responsável pela visita (%)16

Tabela 13 – Cascais: Certificação dos equipamentos sociais

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 19

RECURSOS HUMANOS – CORPO TÉCNICO

Dos equipamentos visitados, 72% têm Assistente Social, 63% têm Fisioterapeuta e 50% têm Psicólogo.

PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CUIDADO A PESSOAS COM DEMÊNCIA / SUSPEITA

As dificuldades no cuidado a pessoas com demência mais frequentemente referidas foram: Agressividade e

Agitação. 95% dos equipamentos referem dificuldades no cuidado a pessoas com demência.

17 Os números apresentados não representam o número total de técnicos das diferentes áreas, mas antes a existência de pelo menos um técnico daquela categoria profissional. Estes profissionais enquadram-se em diferentes regimes laborais (contrato de trabalho ou prestação de serviços).

7263

28

5044 44

34

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Assistente Social

Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional

Psicólogo Enfermeiro Médico Animador Sociocultural

17%3%

26%

21%

23%

3%2% 5% Distúrbios do sono

Distúrbios alimentares

Agressividade

Deambulação

Agitação

Apatia

Outros

Sem dificuldades

Gráfico 6 – Cascais: Constituição do Corpo Técnico (%)17

Gráfico 7 – Cascais: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 20

PROCESSO JURÍDICO DE ADMISSÃO DE UTENTES COM DEMÊNCIA / SUSPEITA

QUEM ASSINA O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS?

Em 34% dos equipamentos sociais visitados, quem assina o contrato de prestação de serviços é um familiar

ou o próprio utente, em 22% dos casos é apenas o familiar e também em 22% dos casos é o familiar e o

utente.

22

3

2234

3 63 3

Familiar

Representante Legal

Familiar + Utente

Familiar ou Utente

Familiar ou Outro

Utente ou Representante Legal

Gestor de Negócios

Não tem contrato

Gráfico 8 – Cascais: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 21

2.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes

AMOSTRA – DADOS GERAIS

Total de Utentes

(TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Demência / Suspeita Consolidado

Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU

ERPI 312 96 30,8 29 9,3 125 40,1

CD 522 110 21,1 31 5,9 141 27,0

SAD 139 33 23,7 8 5,8 41 29,5

Total 973 239 24,6 68 7,0 307 31,6

O número total da amostra para o Concelho de Cascais é de 973 utentes. Destes, 312 residem em ERPI, 522

estão integrados em CD e 139 recebem apoio de SAD.

Considerando a amostra total de utentes, 24,6% têm diagnóstico médico de demência (N=239) e 7% têm

suspeita de demência (N=68).

Os utentes com demência constituem 30,8% (N=96) do total de utentes a residir em ERPI (N=312), 21,1%

(N=110) dos utentes integrados em CD (N=522) e 23,7% (N=33) dos utentes a receber apoio de SAD

(N=139).

Quanto aos utentes com suspeita de demência, estes constituem 9,3% (N=29) da população em ERPI

(N=312), 5,9% (N=31) em CD (N=522) e 5,8% (N=8) em SAD (N=139).

Considerados em conjunto, os utentes com demência e suspeita de demência constituem 40,1% dos utentes em

ERPI, 27% dos utentes em CD e 29,5% dos utentes de SAD.

68%

25%

7%

Utentes sem demência

Utentes com demência

Utentes com suspeita

Tabela 14 – Cascais: Total de Utentes por resposta social

Gráfico 9 – Cascais: Amostra Total

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 22

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência (N=307), verifica-se que

46% se encontram em CD (N=141), 41% em ERPI (N=125) e 13% em SAD (N=41).

59,9

73,0 70,5

30,8

21,1 23,7

9,35,9 5,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

ERPI CD SAD

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

41%

46%

13%

ERPI

CD

SAD

Gráfico 10 – Cascais: Total de Utentes por resposta social (%)

Gráfico 11 – Cascais: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%)

Page 24: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 23

GÉNERO

Relativamente ao Género, as mulheres constituem 71% (N=691) da amostra total (N=973), 77% (N=184)

dos utentes com demência (N=239) e 77,9% (N=53) dos utentes com suspeita de demência (N=68).

As mulheres constituem ainda 75,3% (N=235) dos utentes residentes em ERPI (N=312), 70,5% (N=368) dos

utentes integrados em CD (N=522) e 63,3% (N=88) dos utentes a receber apoio de SAD (N=139).

O género feminino constitui a maioria dos utentes com demência em qualquer uma das respostas sociais:

83,3% (N=80) em ERPI (N=96), 76,4% (N=84) em CD (N=110) e 60,6% (N=20) em SAD (N=33). O mesmo

acontece com os utentes com suspeita de demência: as mulheres constituem 72,4% (N=21) da população em

em ERPI (N=29), 80,6% (N=25) em CD (N=31) e 87,5% (N=7) em SAD (N=8).

71%

29%

Feminino Masculino

66%

26%

8%

Feminino

75%

20%

5%

Masculino

Utentes semdemência

Utentes comdemência

Utentes comsuspeita

Tabela 15 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Género

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Feminino 235 75,3 80 83,3 34,0 21 72,4 8,9

Masculino 77 24,7 16 16,7 20,8 8 27,6 10,4

Total 312 100,0 96 100,0 30,8 29 100,0 9,3

CD

Feminino 368 70,5 84 76,4 22,8 25 80,6 6,8

Masculino 154 29,5 26 23,6 16,9 6 19,4 3,9

Total 522 100,0 110 100,0 21,1 31 100,0 5,9

SA

D Feminino 88 63,3 20 60,6 22,7 7 87,5 8,0

Masculino 51 36,7 13 39,4 25,5 1 12,5 2,0

Total 139 100,0 33 100,0 23,7 8 100,0 5,8

TO

TA

L Feminino 691 71,0 184 77,0 26,6 53 77,9 7,7

Masculino 282 29,0 55 23,0 19,5 15 22,1 5,3

Total 973 100,0 239 100,0 24,6 68 100,0 7,0

Gráfico 12 – Cascais: Total de Utentes por Género (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 24

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência verifica-se que 77% são

mulheres (N=237) e 23% são homens (N=70).

77%

23%

Feminino

Masculino

Gráfico 13 – Cascais: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)

Page 26: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 25

IDADE

Considerando o total de utentes das respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos

81 aos 90 anos, constituindo 44,4% (N=427) da população total (N=962), 54,4% (N=123) dos utentes com

diagnóstico médico de demência (N=226) e 54,4% (N=37) dos utentes com suspeita de demência (N=68).

Nas respostas sociais ERPI (N=312) e SAD (N=138), o intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81

aos 90 anos, constituindo, respetivamente, 55,4% (N=173) e 52,9% (N=73) da amostra total. Na resposta

Tabela 16 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Idade

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

< = 60 13 4,2 2 2,4 15,4 0 - 0,0

61 – 70 16 5,1 4 4,8 25,0 0 - 0,0

71 – 80 55 17,6 17 20,5 30,9 8 27,6 14,5

81 – 90 173 55,4 41 49,4 23,7 15 51,7 8,7

>= 91 55 17,6 19 22,9 34,5 6 20,7 10,9

Total 312 100,0 83 100,0 26,6 29 100,0 9,3

NS/NR 0 - 13 - - 0 - -

CD

< = 60 20 3,9 1 0,9 5,0 1 3,2 5,0

61 – 70 92 18,0 5 4,5 5,4 1 3,2 1,1

71 – 80 190 37,1 30 27,3 15,8 10 32,3 5,3

81 – 90 181 35,4 65 59,1 35,9 16 51,6 8,8

>= 91 29 5,7 9 8,2 31,0 3 9,7 10,3

Total 512 100,0 110 100,0 21,5 31 100,0 6,1

NS/NR 10 - 0 - - 0 - -

SA

D

< = 60 4 2,9 0 - 0,0 1 12,5 25,0

61 – 70 11 8,0 4 12,1 36,4 0 - 0,0

71 – 80 35 25,4 6 18,2 17,1 1 12,5 2,9

81 – 90 73 52,9 17 51,5 23,3 6 75,0 8,2

>= 91 15 10,9 6 18,2 40,0 0 - 0,0

Total 138 100,0 33 100,0 23,9 8 100,0 5,8

NS/NR 1 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

< = 60 37 3,8 3 1,3 8,1 2 2,9 5,4

61 – 70 119 12,4 13 5,8 10,9 1 1,5 0,8

71 – 80 280 29,1 53 23,5 18,9 19 27,9 6,8

81 – 90 427 44,4 123 54,4 28,8 37 54,4 8,7

>= 91 99 10,3 34 15,0 34,3 9 13,2 9,1

Total 962 100,0 226 100,0 23,5 68 100,0 7,1

NS/NR 11 - 13 - - 0 - -

Page 27: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 26

social de CD, a prevalência é idêntica nos intervalos dos 71 aos 80 anos e dos 81 aos 90 anos, constituindo,

respetivamente 37,1% (N=190) e 35,4% (N=181) da amostra total (N=512).

No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de idades mais prevalente é o dos 81 aos 90 anos:

49,4% (N=41) em ERPI (N=83), 59,1% (N=65) em CD (N=110) e 51,5% (N=17) em SAD (N=33). O mesmo

acontece nos utentes com suspeita de demência: 51,7% (N=15) em ERPI (N=29), 51,6% (N=16) em CD

(N=31) e 75% (N=6) em SAD (N=8) têm entre 81 e 90 anos.

32

105

208

267

56

313

53

123

34

2 1

19

37

9

0

50

100

150

200

250

300

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

86,5 88,2

74,3

62,5

56,6

8,110,9

18,9

28,834,3

5,40,8

6,8 8,7 9,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 14 – Cascais: Total de Utentes por Idade (N)

Gráfico 15 – Cascais: Total de Utentes por Idade (%)

Page 28: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 27

ESTADO CIVIL

No que respeita ao estado civil, 54,9% (N=525) da população total (N=956) é viúva, tal como 64,6%

(N=144) das pessoas com demência (N=223) e 53,7% (N=36) das pessoas com suspeita de demência

(N=67).

Os viúvos são a população mais prevalente em todas as respostas sociais, constituindo 59,8% (N=186) da

população em ERPI (N=311), 54,6% (N=285) em CD (N=522) e 43,9% (N=54) em SAD (N=123). Na

Tabela 17 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Solteiro 54 17,4 11 11,6 20,4 4 14,3 7,4

Casado 42 13,5 19 20,0 45,2 4 14,3 9,5

Viúvo 186 59,8 60 63,2 32,3 18 64,3 9,7

Div. / Separado 29 9,3 5 5,3 17,2 2 7,1 6,9

União de facto 0 - 0 - - 0 - -

Total 311 100 95 100 30,5 28 100 9,0

NS/NR 1 - 1 - - 1 - -

CD

Solteiro 49 9,4 2 1,8 4,1 5 16,1 10,2

Casado 146 28,0 23 20,9 15,8 11 35,5 7,5

Viúvo 285 54,6 77 70,0 27,0 15 48,4 5,3

Div. / Separado 40 7,7 7 6,4 17,5 0 - -

União de facto 2 0,4 1 0,9 50,0 0 - -

Total 522 100 110 100 21,1 31 100 5,9

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

SA

D

Solteiro 9 7,3 1 5,6 11,1 2 25,0 22,2

Casado 51 41,5 10 55,6 19,6 3 37,5 5,9

Viúvo 54 43,9 7 38,9 13,0 3 37,5 5,6

Div. / Separado 9 7,3 0 - - 0 - -

União de facto 0 - 0 - - 0 - -

Total 123 100 18 100 14,6 8 100 6,5

NS/NR 16 - 15 - - 0 - -

TO

TA

L

Solteiro 112 11,7 14 6,3 12,5 11 16,4 9,8

Casado 239 25,0 52 23,3 21,8 18 26,9 7,5

Viúvo 525 54,9 144 64,6 27,4 36 53,7 6,9

Div. / Separado 78 8,2 12 5,4 15,4 2 3,0 2,6

União de facto 2 0,2 1 0,4 50,00 0 - -

Total 956 100 223 100 23,3 67 100 7,0

NS/NR 17 - 16 - - 1 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 28

resposta social de SAD, comparativamente com as restantes respostas, a percentagem de utentes casados é

maior, constituindo 41,5% (N=51) da população total (N=123).

No que respeita aos utentes com demência, os viúvos são também a população mais prevalente em ERPI

(N=95) e CD (N=110), constituindo, respetivamente, 63,2% (N=60) e 70% (N=77) da população total

nestas respostas. Na resposta social de SAD (N=18), a percentagem de pessoas com demência casadas

supera a de viúvas, constituindo, respetivamente, 55,6% (N=10) e 38,9% (N=7) da população.

Relativamente aos utentes com suspeita de demência, mantém-se a tendência anterior: em ERPI (N=28) e CD

(N=31) os viúvos constituem 64,3% (N=18) e 48,4% (N=15) dos utentes, respetivamente. Em SAD, verifica-se

a mesma percentagem de utentes casados e viúvos: 37,5% (N=3).

87

169

345

64

114

52

144

121

11 1836

2 00

50

100

150

200

250

300

350

400

Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

77,7

70,765,7

82,1

50,0

12,5

21,827,4

15,4

50,0

9,8 7,5 6,92,6

0,00,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 16 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (N)

Gráfico 17 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 29

ESCOLARIDADE

Relativamente à escolaridade, 66,3% (N=574) da população total (N=866) tem o 1º Ciclo, tal como 63,8%

(N=127) das pessoas com demência (N=199) e 85,7% (N=54) das pessoas com suspeita de demência

(N=63).

Em todas as respostas sociais, a escolaridade com maior prevalência é o 1º Ciclo, constituindo 54,4%

(N=143) dos utentes em ERPI (N=263), 75,5% (N=379) dos utentes em CD (N=502) e 51,5% (N=52) dos

utentes de SAD (N=101).

No que respeita aos utentes com demência, a escolaridade mais prevalente é também o 1º Ciclo com 62,5%

(N=50) dos utentes de ERPI (N=80), 69,3% (N=70) dos utentes de CD (N=101) e 38,9% (N=7) dos utentes

de SAD (N=18). Nesta resposta social verifica-se uma prevalência de utentes com Ensino superior idêntica:

38,9% (N=7).

Tabela 18 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Analfabeto 26 9,9 5 6,3 19,2 4 16,0 15,4

1º Ciclo 143 54,4 50 62,5 35,0 19 76,0 13,3

E. Secundário 57 21,7 10 12,5 17,5 1 4,0 1,8

E. Superior 37 14,1 15 18,8 40,5 1 4,0 2,7

Total 263 100 80 100 30,4 25 100 9,5

NS/NR 49 - 16 - - 4 - -

CD

Analfabeto 66 13,1 18 17,8 27,3 1 3,2 1,5

1º Ciclo 379 75,5 70 69,3 18,5 30 96,8 7,9

E. Secundário 47 9,4 8 7,9 17,0 0 - -

E. Superior 10 2,0 5 5,0 50,0 0 - -

Total 502 100 101 100 20,1 31 100 6,2

NS/NR 20 - 9 - - 0 - -

SA

D

Analfabeto 10 9,9 2 11,1 20,0 0 - -

1º Ciclo 52 51,5 7 38,9 13,5 5 71,4 9,6

E. Secundário 17 16,8 2 11,1 11,8 2 28,6 11,8

E. Superior 22 21,8 7 38,9 31,8 0 - -

Total 101 100 18 100 17,8 7 100 6,9

NS/NR 38 - 15 - - 1 - -

TO

TA

L

Analfabeto 102 11,8 25 12,6 24,5 5 7,9 4,9

1º Ciclo 574 66,3 127 63,8 22,1 54 85,7 9,4

E. Secundário 121 14,0 20 10,1 16,5 3 4,8 2,5

E. Superior 69 8,0 27 13,6 39,1 1 1,6 1,4

Total 866 100 199 100 23,0 63 100 7,3

NS/NR 107 - 40 - - 5 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 30

Nos utentes com suspeita de demência, a escolaridade mais prevalente também é o 1º Ciclo: 76% (N=19)

em ERPI (N=25), 96,8% (N=30) em CD (N=31) e 71,4% (N=5) em SAD (N=7).

Salienta-se ainda a percentagem de utentes analfabetos: 11,8% (N=102) da população total, 12,6%

(N=25) dos utentes com demência e 7,9% (N=5) dos utentes com suspeita de demência.

72

393

98

4125

127

20 275

54

3 10

50

100

150

200

250

300

350

400

Analfabeto 1ºCiclo E. Secundário E. Superior

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

70,6 68,5

81,0

59,4

24,522,1

16,5

39,1

4,99,4

2,5 1,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Analfabeto 1ºCiclo E. Secundário E. Superior

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 18 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (N)

Gráfico 19 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 31

TEMPO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO / UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO

Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, 33,5% (N=325) da população total

(N=970) recebe apoio de uma das respostas sociais há mais de 5 anos; 35,1% (N=84) da população com

demência (N=239) entre 2 e 5 anos, o mesmo se verificando na população com suspeita de demência

(N=68): 30,9% (N=21).

O tempo de institucionalização / utilização do serviço na população total é maior em CD (N=520), com 45%

(N=234) da população integrada há mais de 5 anos, do que em ERPI (N=311), com 36% (N=112) dos

utentes integrados entre 2 e 5 anos. Na resposta social de SAD (N=139) a percentagem mais elevada situa-

se no primeiro intervalo, com 41,7% (N=58) da população total a receber apoio há menos de 1 ano.

Tabela 19 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

< 1 ano 65 20,9 15 15,6 23,1 7 24,1 10,8

1 – 2 anos 60 19,3 31 32,3 51,7 7 24,1 11,7

2 – 5 anos 112 36,0 33 34,4 29,5 12 41,4 10,7

+ 5 anos 74 23,8 17 17,7 23,0 3 10,3 4,1

Total 311 100 96 100 30,9 29 100 9,3

NS/NR 1 - 0 - - 0 - -

CD

< 1 ano 85 16,3 26 23,6 30,6 6 19,4 7,1

1 – 2 anos 86 16,5 19 17,3 22,1 7 22,6 8,1

2 – 5 anos 115 22,1 47 42,7 40,9 9 29,0 7,8

+ 5 anos 234 45,0 18 16,4 7,7 9 29,0 3,8

Total 520 100 110 100 21,2 31 100 6,0

NS/NR 2 - 0 - - 0 - -

SA

D

< 1 ano 58 41,7 20 60,6 34,5 4 50,0 6,9

1 – 2 anos 30 21,6 4 12,1 13,3 4 50,0 13,3

2 – 5 anos 34 24,5 4 12,1 11,8 0 - -

+ 5 anos 17 12,2 5 15,2 29,4 0 - -

Total 139 100 33 100 23,7 8 100 5,8

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

< 1 ano 208 21,4 61 25,5 29,3 17 25,0 8,2

1 – 2 anos 176 18,1 54 22,6 30,7 18 26,5 10,2

2 – 5 anos 261 26,9 84 35,1 32,2 21 30,9 8,0

+ 5 anos 325 33,5 40 16,7 12,3 12 17,6 3,7

Total 970 100 239 100 24,6 68 100 7,0

NS/NR 3 - 0 - - 0 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 32

No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de com maior prevalência em ERPI (N=96) é o de 2 a

5 anos, com 34,4% (N=33), logo seguido do intervalo de 1 a 2 anos, com 32,3% (N=31). Em CD (N=110)

42,7% (N=47) dos utentes com demência estão no intervalo entre 2 a 5 anos e em SAD (N=33) 60,6%

(N=20) recebem apoio há menos de um ano.

Nos utentes com suspeita de demência, o intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço

mais prevalente em ERPI (N=29) é também o de 2 a 5 anos com 41,4% (N=12). Em CD (N=31) 29% (N=9)

da população está integrada nesta resposta social há mais de 5 anos e a mesma percentagem entre 2 e 5

anos. Na resposta de SAD (N=8), o total da população com suspeita de demência recebe apoio há menos

de 2 anos: 50% (N=4) há menos de um ano e 50% (N=4) entre 1 e 2 anos.

130

104

156

273

61 54

84

40

17 18 2112

0

50

100

150

200

250

300

< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

62,559,1 59,8

84,0

29,3 30,7 32,2

12,38,2 10,2 8,0

3,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 20 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N)

Gráfico 21 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 33

GRAU DE DEPENDÊNCIA

No que diz respeito ao grau de dependência, 34,1% (N=332) da população total (N=973) é autónoma,

39,2% (N=74) das pessoas com demência (N=189) são dependentes, tal como 41,5% (N=27) das pessoas

com suspeita de demência (N=65).

40,4% (N=126) dos utentes de ERPI (N=312) são dependentes, 52,7% (N=275) dos utentes de CD (N=522)

são autónomos e 38,8% (N=54) dos utentes de SAD (N=139) são parcialmente dependentes.

Relativamente aos utentes com demência, verifica-se que na resposta social ERPI (N=78) existem 39,7%

(N=31) de dependentes e a mesma percentagem de grandes dependentes. Em CD (N=79), 48,1% (N=38)

são parcialmente dependentes e 43% (N=34) são dependentes. Em SAD (N=32), 40,6% (N=13) da

população com demência é grande dependente.

Tabela 20 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Autónomo 32 10,3 3 3,8 9,4 0 - 0,0

Parc. dependente 61 19,6 13 16,7 21,3 2 7,7 3,3

Dependente 126 40,4 31 39,7 24,6 13 50,0 10,3

Grd. dependente 93 29,8 31 39,7 33,3 11 42,3 11,8

Total 312 100 78 100 25,0 26 100 8,3

NS/NR 0 - 18 - - 3 - -

CD

Autónomo 275 52,7 5 6,3 1,8 8 25,8 2,9

Parc. dependente 112 21,5 38 48,1 33,9 13 41,9 11,6

Dependente 127 24,3 34 43,0 26,8 10 32,3 7,9

Grd. dependente 8 1,5 2 2,5 25,0 0 - -

Total 522 100 79 100 15,1 31 100 5,9

NS/NR 0 - 31 - - 0 - -

SA

D

Autónomo 25 18,0 3 9,4 12,0 1 12,5 4,0

Parc. dependente 54 38,8 7 21,9 13,0 3 37,5 5,6

Dependente 29 20,9 9 28,1 31,0 4 50,0 13,8

Grd. dependente 31 22,3 13 40,6 41,9 0 - -

Total 139 100 32 100 23,0 8 100 5,8

NS/NR 0 - 1 - - 0 - -

TO

TA

L

Autónomo 332 34,1 11 5,8 3,3 9 13,8 2,7

Parc. dependente 227 23,3 58 30,7 25,6 18 27,7 7,9

Dependente 282 29,0 74 39,2 26,2 27 41,5 9,6

Grd. dependente 132 13,6 46 24,3 34,8 11 16,9 8,3

Total 973 100 189 100 19,4 65 100 6,7

NS/NR 0 - 50 - - 3 - -

Page 35: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 34

Os utentes com suspeita de demência em ERPI (N=26) são sobretudo dependentes – 50% (N=13) – e

grandes dependentes – 42,3% (N=11). Em CD (N=31) existem 41,9% (N=13) de pessoas com suspeita de

demência parcialmente dependentes e em SAD (N=8) 50% (N=4) são dependentes.

312

151

181

75

11

5874

46

918

2711

0

50

100

150

200

250

300

350

Autónomo Parc. Dependente Dependente Grande dependente

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

94,0

66,564,2

56,8

3,3

25,6 26,2

34,8

2,77,9 9,6 8,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Autónomo Parc. Dependente Dependente Grande dependente

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 22 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (N)

Gráfico 23 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (%)

Page 36: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 35

2.3. Análise Crítica

CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Natureza Jurídica

Dos 32 equipamentos sociais visitados no Concelho de Cascais, 62% são entidades não lucrativas. Contudo,

constata-se um número significativo de entidades lucrativas (38%).

Este resultado vai ao encontro da realidade existente no distrito de Lisboa, que, segundo o Relatório de

2012 da Carta Social sobre a Rede de Serviços e Equipamentos, conta com 30% de equipamentos sociais de

entidades lucrativas e 70% de entidades não lucrativas. Ao nível das entidades lucrativas o crescimento

atingiu 72% no período de 2000 a 2012, enquanto as entidades não lucrativas tiveram um crescimento de

24%, valor que se apresenta com tendência de estabilização desde 2005 [25].

Respostas Sociais

As respostas socias dos equipamentos visitados no concelho de Cascais distribuem-se de forma quase

equitativa por ERPI, CD e SAD, com uma ligeira prevalência de ERPI (38%).

Em 2012, as respostas sociais para pessoas idosas constituíam 53,2% do total de serviços e equipamentos e

apresentaram um aumento de 42% entre 2000 e 2012. A resposta de SAD foi a que teve um maior

crescimento desde 2000, sendo também a resposta com maior capacidade em 2012 [25].

Mensalidades

Verifica-se uma elevada disparidade entre as mensalidades mínimas e máximas, particularmente na resposta

ERPI não lucrativa. Esta disparidade deve-se ao facto de alguns destes equipamentos terem vagas com

acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social, cujas mensalidades são calculadas com base em

critérios de comparticipação (proporcionais aos rendimentos dos utentes) e, paralelamente, vagas sem

acordo não sujeitas aos referidos critérios e que lhes permitem cobrar mensalidades mais elevadas.

Responsável pela visita

Em cerca de 80% dos equipamentos sociais a equipa do Projeto Cuidar Melhor foi recebida pelos

responsáveis técnicos e/ou por elementos da Direção/Proprietários, facto que demonstra o interesse destes

responsáveis por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio à população com demência e seus cuidadores.

Certificação – Sistema de Gestão da Qualidade

Muitos dos equipamentos sociais que iniciaram o processo de certificação da qualidade, sobretudo as

entidades não lucrativas, seguem os critérios do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais da Segurança

Social.

Alguns dos equipamentos que já iniciaram o processo referem que este se encontra parado ou a avançar

muito lentamente devido aos constrangimentos financeiros com que se deparam atualmente. Contudo, ainda é

considerável o número de equipamentos que não iniciou o processo de certificação da qualidade (44%).

Page 37: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 36

Recursos Humanos

Mais de dois terços dos equipamentos visitados têm Assistente Social, sendo igualmente significativo o número

de Fisioterapeutas. A percentagem elevada de Médicos e Enfermeiros deve-se ao facto de estes dois tipos

de profissionais exercerem, por exigência legal, funções nas ERPI. De salientar que a composição do corpo

técnico depende do tipo de resposta social.

Apesar de os responsáveis dos equipamentos terem sido questionados acerca da participação do corpo

técnico e restantes funcionários em ações de formação sobre demências, não foi possível determinar com

precisão o número de pessoas que receberam formação nesta área. Além disso, não foram estabelecidos os

critérios de formação mínimos necessários para considerar as iniciativas formativas sobre demências,

tornando-se a pergunta demasiado abrangente para valorizar as respostas dadas.

Principais dificuldades no cuidado a pessoas com demência / suspeita de demência

A agressividade e a agitação foram as principais dificuldades apontadas no cuidado a pessoas com

demência no concelho de Cascais. Um relatório da Alzheimer’s Society refere a agressividade como uma das

maiores dificuldades sentidas pelos cuidadores, logo após as dificuldades de comunicação [22].

Tendo em conta o facto de apenas 5% dos equipamentos não terem referido dificuldades na prestação de

cuidados a pessoas com demência, devem ser reforçadas as ofertas formativas para técnicos e outros

funcionários dos equipamentos que contemplem estratégias para lidar com este tipo de dificuldades.

Processo jurídico de admissão de utentes com demência / suspeita de demência

O número de equipamentos que solicita a assinatura do representante legal é muito reduzido, atendendo à

percentagem de pessoas com diagnóstico de demência ou com suspeita. Destes dados, depreende-se a

necessidade de informação às famílias e aos responsáveis dos equipamentos sociais sobre os direitos das

pessoas com demência, os limites da intervenção da família e dos profissionais e as formas legais de

representação.

CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DOS UTENTES

Amostra – Dados Gerais

Dos 973 utentes de Cascais, o maior número (N=522) está integrado em CD.

Mais de 30% do total de utentes dos equipamentos sociais visitados no concelho de Cascais têm demência ou

suspeita de demência. Esta percentagem sobe para 40% nos utentes de ERPI.

A distribuição dos utentes com demência/suspeita de demência pelas respostas sociais revela que a maior

percentagem destas pessoas está em CD (46%) e em ERPI (41%). Apenas 13% se encontra a receber apoio

no domicílio.

Género

No que respeita ao género, os utentes dos equipamentos sociais do concelho de Cascais seguem a mesma

tendência dos dados referentes à população nacional com mais de 60 anos a viver em famílias institucionais

[23]: 71% de mulheres para 29% de homens. Verifica-se ainda uma maior prevalência de casos de

demência ou suspeita de demência entre as mulheres: 34% em comparação com 25% nos homens.

Page 38: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 37

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência da amostra a

percentagem de mulheres sobe para 77%, o que significa que mais de três quartos das pessoas com

demência ou com suspeita são mulheres. Esta percentagem de mulheres é superior à apresentada no estudo

de 2005 do Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos doentes de Alzheimer que refere que

67% destes doentes são mulheres [16].

Idade

O intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos, sendo também o intervalo com maior

percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência: mais de metade destas pessoas encontram-

se neste intervalo etário e a proporção sobe para dois terços se for considerado também o intervalo etário

com mais de 90 anos. Assim, mais de dois terços das pessoas com demência ou com suspeita de demência da

amostra tem mais de 80 anos.

Verifica-se ainda que quanto mais alto é o intervalo etário, mais elevada é a percentagem de pessoas com

demência e suspeita de demência e menor a percentagem de pessoas sem demência, facto que se encontra

em consonância com a tendência dos dados de prevalência mundiais apresentados anteriormente [2].

Estado Civil

Mais de metade dos utentes dos equipamentos sociais são viúvos, sendo este estado civil o mais prevalente

em ERPI e CD. A proporção de viúvos sobe para dois terços nos utentes com demência.

Em SAD existe uma maior percentagem de utentes casados comparativamente com as outras respostas

sociais, nomeadamente no que respeita aos utentes com demência, em que a percentagem de casados é

superior à de viúvos e constitui mais de metade da amostra. Este facto parece demonstrar que a viuvez pode

constituir um fator importante para a procura de respostas sociais que pressuponham acompanhamento e

cuidados mais permanentes e sublinha, ainda, o papel do cônjuge na prestação de cuidados.

Escolaridade

Cerca de dois terços dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Cascais têm o 1º Ciclo de

escolaridade (completo ou incompleto), verificando-se a mesma tendência nos utentes com demência e

suspeita de demência e sendo esta a escolaridade mais prevalente em todas as respostas sociais.

Comparativamente com o estudo do Instituto da Segurança Social, a percentagem de utentes com demência

analfabetos (12,6%) é semelhante (10,3%). No entanto, no que respeita à percentagem de utentes com

Ensino Superior, em Cascais esta constitui mais do dobro (13,6%) da mencionada no referido estudo (5,1%)

[16].

A maior percentagem de utentes com Ensino Superior encontra-se em SAD e a menor percentagem em CD,

verificando-se o inverso nos utentes analfabetos: a maior percentagem encontra-se em CD. O estatuto social

pode ser um fator justificativo destes resultados: as pessoas com maior nível de escolaridade tendem a

permanecer mais tempo em suas casas, recebendo apoio domiciliário. A resposta de CD parece ser uma

solução mais procurada pelas pessoas com menor escolaridade.

Neste concelho, a percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência que têm Ensino Superior

constitui cerca de 40% do total das pessoas com este grau de escolaridade. Estes dados não significam

necessariamente uma maior prevalência de demência neste grau de escolaridade, mas antes que a demência

Page 39: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 38

pode ser uma das principais razões para a procura de respostas socias na comunidade por parte da

população com nível de escolaridade mais elevado.

Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço

Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, cerca de 60% do total de utentes

recebe apoio de uma das respostas sociais há mais de 2 anos, um terço há mais de 5 anos. Esta tendência é

idêntica em CD, embora com percentagens um pouco mais altas: dois terços dos utentes estão integrados há

mais de 2 anos, sendo que 45% dos utentes estão integrados há mais de 5 anos. Em ERPI, cerca de 60% dos

utentes estão também integrados há mais de 2 anos, mas com uma maior percentagem (36%) no intervalo

dos 2 aos 5 anos. No Relatório de 2012 da Carta Social, a distribuição dos utentes por tempo de

permanência na resposta ERPI evidencia um elevado peso das estadas prolongadas. É de salientar que cerca

de 50% dos utentes mantém-se nesta resposta 3 ou mais anos, dos quais 30% permanecem por um período

superior a 5 anos [25]. Em SAD a tendência é inversa, quase dois terços da população recebe apoio há

menos de 2 anos.

Na população com demência o tempo de institucionalização / utilização do serviço é mais variável, situando-

se a maior percentagem de casos no intervalo de 2 a 5 anos (cerca de 35%), sendo esta a tendência em

ERPI e CD. Em SAD, cerca de 60% dos utentes com demência recebem apoio há menos de 1 ano.

Estes dados sugerem que a resposta de CD é uma solução de integração mais estável e que a resposta de

SAD parece constituir uma solução mais transitória ou pontual, que poderão coexistir, prévia à integração

permanente em ERPI.

Grau de Dependência

Cerca de um terço dos utentes dos equipamentos do concelho de Cascais são autónomos, contribuindo para

esta proporção a percentagem elevada de utentes autónomos na resposta de CD (cerca de 53%). Em SAD a

maior percentagem (cerca de 40%) é de pessoas parcialmente dependentes. Em ERPI cerca de 70% dos

utentes são dependentes ou grandes dependentes e cerca de 90% tem algum tipo de dependência. No

Relatório de 2012 da Carta Social, apenas 78% dos utentes da Rede de Serviços e Equipamentos tinham

algum grau de dependência e apenas 50% eram dependentes ou grandes dependentes [25].

A resposta social de SAD parece ser o recurso procurado para pessoas parcialmente dependentes, dado

que, pela sua natureza, é uma resposta que visa manter a pessoa no seu domicílio o maior tempo possível,

potenciando a sua autonomia relativa e retardando a integração em ERPI. Esta, ao invés, parece ser o tipo

de resposta procurado para pessoas com maior grau de dependência [32].

Relativamente aos utentes com demência, como seria de esperar, o grau de dependência é maior

comparativamente com o universo total de utentes. Dois terços são dependentes ou grandes dependentes,

tendência que se acentua em ERPI, onde a percentagem sobe para 80%. Em SAD a percentagem de

dependentes e grandes dependentes é de cerca de 70%. Em CD, cerca de 90% dos utentes com demência

são parcialmente dependentes ou dependentes.

Mais de 40% dos utentes com grande dependência tem demência ou suspeita de demência, bem como cerca

de um terço dos parcialmente dependentes e dos dependentes.

A grande maioria dos utentes com demência ou suspeita de demência tem algum grau de dependência e,

portanto, necessidades especiais de cuidados que justificam o apoio de uma resposta social.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 39

3 | OEIRAS

3.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais

NATUREZA JURÍDICA

Foram visitados 29 equipamentos sociais no Concelho de Oeiras. Destes, 55% (N=16) são entidades

lucrativas e os restantes são entidades não lucrativas: Associações, Centros Sociais e Paroquiais, Instituto de

Organização Religiosa e Misericórdia.

RESPOSTAS SOCIAIS

Os 29 equipamentos sociais visitados têm, no total, 42 respostas sociais: 13 ERPI, 11 CD e 19 SAD. Das 13

ERPI visitadas, 9 pertencem a entidades lucrativas.

18 As nomenclaturas apresentadas são as usadas na Carta Social. 19 Há equipamentos com mais que uma resposta social, motivo pelo qual o número total de respostas excede o número total de equipamentos visitados.

10%

28%

4%

3%

55%

Associação de Solidariedade Social

Centro Social e Paroquial

Instituto de Organização Religiosa

Misericórdia

Entidade Lucrativa

30%

26%

44%ERPI

CD

SAD

Gráfico 24 – Oeiras: Natureza jurídica18 dos equipamentos sociais visitados

Gráfico 25 – Oeiras: Respostas sociais19 dos equipamentos visitados

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 40

VALÊNCIAS – MENSALIDADES

ERPI CD

Geral Lucrativas Não lucrativas Geral (não lucr.)

Mensalidade Mínima 0,00 €21 1.100,00 € 0,00 € 0,00 €

Mensalidade Máxima 3.000,00 € 3.000,00 € 1.131,16 € 360,00 €

RESPONSÁVEL PELA VISITA

A equipa do projeto foi recebida pelo Diretor Técnico em 62% dos equipamentos sociais.

CERTIFICAÇÃO – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Com processo iniciado 13

Com processo concluído 6

Sem processo iniciado 16

Dos 29 equipamentos visitados, 13 iniciaram o processo de certificação da qualidade e, destes, 6 concluíram

o processo.

20 As mensalidades referem-se aos valores pagos pelos utentes, não estando contemplados os montantes recebidos pelos equipamentos sociais não lucrativos no âmbito de acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social (ISS). Não foi possível incluir os valores das mensalidades de SAD por não se ter encontrado um critério homogéneo que permitisse a análise integrada dos dados recolhidos (serviços prestados distintos, valor hora vs. valor mensal, etc.). Não existem, nesta amostra, entidades lucrativas com resposta social de Centro de Dia. 21 Existem utentes, integrados em entidades não lucrativas com resposta social de ERPI ou CD com acordos de cooperação com o ISS, sem rendimentos e sem familiares, que não pagam qualquer valor a título de mensalidade.

22 Em alguns equipamentos a equipa do projeto foi recebida por mais do que uma pessoa.

62

21

14

7

14

Diretor Técnico

Direção / Gerência

Coordenador de Valência

Responsável de Lar

Outros Técnicos

Tabela 21 – Oeiras: Valores de mensalidade20 por resposta social

Gráfico 26 – Oeiras: Responsável pela visita (%)22

Tabela 22 – Oeiras: Certificação dos equipamentos sociais

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 41

CORPO TÉCNICO

Dos 29 equipamentos, 72% têm Enfermeiro e 52% têm Assistente Social e Médico.

PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CUIDADO A PESSOAS COM DEMÊNCIA / SUSPEITA

As dificuldades no cuidado a pessoas com demência mais frequentemente referidas foram: Agressividade e

Agitação. A categoria Outros, com 21%, compreende respostas como: delírios ou alucinações, variação de

humor, comunicação, gestão de conflitos entre familiares, relação entre utentes e aceitação do profissional no

domicílio. 75% dos equipamentos referem dificuldades no cuidado a pessoas com demência.

23 Os números apresentados não representam o número total de técnicos das diferentes áreas, mas antes a existência de pelo menos um técnico daquela categoria profissional. Estes profissionais enquadram-se em diferentes regimes laborais (contrato de trabalho ou prestação de serviços).

52 48

17

41

72

5245

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Assistente Social

Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional

Psicólogo Enfermeiro Médico Animador Sociocultural

27%

7%

18%

2%

21%

25%

Agressividade

Deambulação

Agitação

Apatia

Outros

Sem dificuldades

Gráfico 27 – Oeiras: Constituição do Corpo Técnico (%)23

Gráfico 28 – Oeiras: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência

Page 43: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 42

PROCESSO JURÍDICO DE ADMISSÃO DE UTENTES COM DEMÊNCIA / SUSPEITA

QUEM ASSINA O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS?

Em 69% dos equipamentos sociais visitados, quem assina o contrato de prestação de serviços é um familiar.

69%

7%

4% 17%

3%

Familiar

Familiar ou Utente

Familiar ou Representante Legal

Familiar ou Outro

Não tem contrato

Gráfico 29 – Oeiras: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência

Page 44: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 43

3.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes

AMOSTRA – DADOS GERAIS

Total de Utentes

(TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Demência / Suspeita Consolidado

Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU

ERPI 243 114 46,9 20 8,2 134 55,1

CD 220 31 14,1 31 14,1 62 28,2

SAD 117 5 4,3 3 2,6 8 6,8

Total 1005 210 20,9 120 11,9 330 32,8

O número total da amostra para o Concelho de Oeiras é de 1005 utentes. No entanto, os dados por

resposta social estão disponíveis apenas para 580 utentes. Os restantes 425 utentes da amostra fazem parte

de formulários com dados consolidados de equipamentos com várias respostas sociais.

Dos 580 utentes, 243 residem em ERPI, 220 estão integrados em CD e 117 recebem apoio de SAD.

Considerando a amostra total de utentes, 20,9% têm diagnóstico médico de demência (N=210) e 11,9% têm

suspeita de demência (N=120).

Os utentes com demência constituem 46,9% (N=114) do total de utentes a residir em ERPI (N=243), 14,1%

(N=31) dos utentes integrados em CD (N=220) e 4,3% (N=5) dos utentes a receber apoio de SAD (N=117).

Quanto aos utentes com suspeita de demência, estes constituem 8,2% (N=20) da população em ERPI

(N=243), 14,1% (N=31) em CD (N=220) e 2,6% (N=3) em SAD (N=117).

Considerados em conjunto, os utentes com demência e suspeita de demência constituem 55,1% dos utentes em

ERPI, 28,2% dos utentes em CD e 6,8% dos utentes de SAD.

67%

21%

12%

Utentes sem demência

Utentes com demência

Utentes com suspeita

Tabela 23 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social

Gráfico 30 – Oeiras: Amostra Total (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 44

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência (N=330), verifica-se que

66% se encontram em ERPI (N=134), 30% em CD (N=62) e 4% em SAD (N=8).

44,9

71,8

93,2

46,9

14,1

4,38,2

14,1

2,6

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

ERPI CD SAD

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

66%

30%

4%

ERPI

CD

SAD

Gráfico 31 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social (%)

Gráfico 32 – Oeiras: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%)

Page 46: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 45

GÉNERO

Relativamente ao Género, as mulheres constituem 70,6% (N=710) da população total (N=1005), 77,1%

(N=162) dos utentes com demência (N=210) e 69,2% (N=83) dos utentes com suspeita de demência

(N=120).

As mulheres constituem ainda 70% (N=170) dos utentes residentes em ERPI (N=243), 63,6% (N=140) dos

utentes integrados em CD (N=220) e 71,8% (N=84) dos utentes a receber apoio de SAD (N=117).

O género feminino constitui a maioria dos utentes com demência em qualquer uma das respostas sociais:

77,2% (N=88) em ERPI, 67,7% (N=21) em CD e 60,0% (N=3) em SAD. O mesmo acontece com os utentes

com suspeita de demência: as mulheres constituem 65% (N=13) em ERPI, 74,2% (N=23) em CD e 66,7%

(N=2) em SAD.

71%

29%

Feminino Masculino

65%

23%

12%

Feminino

71%

16%

13%

Masculino

Utentes semdemência

Utentes comdemência

Utentes comsuspeita

Tabela 24 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Género

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Feminino 170 70,0 88 77,2 51,8 13 65,0 7,6

Masculino 73 30,0 26 22,8 35,6 7 35,0 9,6

Total 243 100 114 100 46,9 20 100 8,2

CD

Feminino 140 63,6 21 67,7 15,0 23 74,2 16,4

Masculino 80 36,4 10 32,3 12,5 8 25,8 10,0

Total 220 100 31 100 14,1 31 100 14,1

SA

D Feminino 84 71,8 3 60,0 3,6 2 66,7 2,4

Masculino 33 28,2 2 40,0 6,1 1 33,3 3,0

Total 117 100 5 100 4,3 3 100 2,6

TO

TA

L Feminino 710 70,6 162 77,1 22,8 83 69,2 11,7

Masculino 295 29,4 48 22,9 16,3 37 30,8 12,5

Total 1005 100 210 100 20,9 120 100 11,9

Gráfico 33 – Oeiras: Total de Utentes por Género (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 46

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência verifica-se que 74% são

mulheres (N=245) e 26% são homens (N=85).

Gráfico 34 – Oeiras: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)

74%

26%

Feminino

Masculino

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 47

IDADE

Considerando o total de utentes das respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos

81 aos 90 anos, constituindo 43,9% (N=418) da população total (N=953), 42,4% (N=89) dos utentes com

diagnóstico médico de demência (N=210) e 46,7% (N=56) dos utentes com suspeita de demência (N=120).

Em todas as respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos,

constituindo 41,6% (N=94) da amostra total em ERPI (N=226), 43,2% (N=80) em CD (N=185) e 50,4%

(N=59) em SAD (N=117).

Tabela 25 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Idade

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

< = 60 10 4,4 2 1,8 20,0 0 - 0,0

61 – 70 14 6,2 5 4,4 35,7 0 - 0,0

71 – 80 36 15,9 24 21,1 66,7 2 10,0 5,6

81 – 90 94 41,6 56 49,1 59,6 9 45,0 9,6

>= 91 72 31,9 27 23,7 37,5 9 45,0 12,5

Total 226 100 114 100 50,4 20 100 8,8

NS/NR 17 - 0 - - 0 - -

CD

< = 60 3 1,6 0 - - 0 - -

61 – 70 32 17,3 5 16,1 15,6 3 9,7 9,4

71 – 80 57 30,8 12 38,7 21,1 9 29,0 15,8

81 – 90 80 43,2 10 32,3 12,5 18 58,1 22,5

>= 91 13 7,0 4 12,9 30,8 1 3,2 7,7

Total 185 100 31 100 16,8 31 100 16,8

NS/NR 35 - 0 - - 0 - -

SA

D

< = 60 3 2,6 0 - - 0 - -

61 – 70 10 8,5 0 - - 0 - -

71 – 80 29 24,8 3 60,0 10,3 1 33,3 3,4

81 – 90 59 50,4 2 40,0 3,4 2 66,7 3,4

>= 91 16 13,7 0 - - 0 - -

Total 117 100 5 100 4,3 3 100 2,6

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

< = 60 34 3,6 3 1,4 8,8 0 - -

61 – 70 87 9,1 15 7,1 17,2 7 5,8 8,0

71 – 80 232 24,3 55 26,2 23,7 19 15,8 8,2

81 – 90 418 43,9 89 42,4 21,3 56 46,7 13,4

>= 91 182 19,1 48 22,9 26,4 38 31,7 20,9

Total 953 100 210 100 22,0 120 100 12,6

NS/NR 52 - 0 - - 0 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 48

No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de idades mais prevalente em ERPI (N=114) é o dos

81 aos 90 anos com 49,1% (N=56). Em CD (N=31) e SAD (N=5) o intervalo de idades mais prevalente é o

dos 71 aos 80 anos, com 38,7% (N=12) e 60% (N=3) respetivamente.

Nos utentes com suspeita de demência em ERPI (N=20) os intervalos de idades dos 81 aos 90 anos e igual ou

superior a 91 anos têm ambos 45% (N=9) de prevalência, ou seja, 90% desta população tem mais de 81

anos. Em CD (N=31) e SAD (N=3), o intervalo de idades dos 81 aos 90 anos, constitui 58,1% (N=18) e

66,7% (N=2) respetivamente.

31

65

158

273

96

315

55

89

48

07

19

56

38

0

50

100

150

200

250

300

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

91,2

74,7

68,165,3

52,7

8,8

17,2

23,721,3

26,4

0,0

8,0 8,213,4

20,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 35 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (N)

Gráfico 36 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 49

ESTADO CIVIL

No que respeita ao estado civil, 56,8% (N=487) da população total (N=858) é viúva, tal como 63,2%

(N=115) das pessoas com demência (N=182) e 65% (N=78) das pessoas com suspeita de demência

(N=120).

Os viúvos são a população mais prevalente em todas as respostas sociais, constituindo 61,1% (N=116) da

população total em ERPI (N=190), 56,5% (N=104) em CD (N=184) e 64,4% (N=38) em SAD (N=59).

Tabela 26 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Solteiro 23 12,1 6 5,3 26,1 2 10,0 8,7

Casado 42 22,1 23 20,2 54,8 2 10,0 4,8

Viúvo 116 61,1 78 68,4 67,2 15 75,0 12,9

Div. / Separado 9 4,7 7 6,1 77,8 1 5,0 11,1

União de facto 0 - 0 - - 0 - -

Total 190 100 114 100 60,0 20 100 10,5

NS/NR 53 27,9 0 - - 0 - -

CD

Solteiro 25 13,6 5 16,1 20,0 1 3,2 4,0

Casado 37 20,1 13 41,9 35,1 3 9,7 8,1

Viúvo 104 56,5 13 41,9 12,5 24 77,4 23,1

Div. / Separado 16 8,7 0 - - 3 9,7 18,8

União de facto 2 1,1 0 - - 0 - -

Total 184 100 31 100 16,8 31 100 16,8

NS/NR 36 19,6 0 - - 0 - -

SA

D

Solteiro 4 6,8 0 - - 0 - -

Casado 15 25,4 4 80,0 26,7 1 33,3 6,7

Viúvo 38 64,4 1 20,0 2,6 2 66,7 5,3

Div. / Separado 2 3,4 0 - - 0 - -

União de facto 0 - 0 - - 0 - -

Total 59 100 5 100 8,5 3 100 5,1

NS/NR 58 98,3 0 - - 0 - -

TO

TA

L

Solteiro 101 11,8 13 7,1 12,9 4 3,3 4,0

Casado 201 23,4 46 25,3 22,9 25 20,8 12,4

Viúvo 487 56,8 115 63,2 23,6 78 65,0 16,0

Div. / Separado 67 7,8 8 4,4 11,9 13 10,8 19,4

União de facto 2 0,2 0 - - 0 - -

Total 858 100 182 100 21,2 120 100 14,0

NS/NR 147 - 28 - - 0 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 50

No que respeita aos utentes com demência, os viúvos são também a população mais prevalente em ERPI,

constituindo 68,4% (N=78) da população total (N=114). Em CD (N=31) verifica-se a mesma percentagem

de casados e viúvos: 41,9% (N=13). Na resposta social de SAD (N=5), a percentagem de pessoas com

demência casadas supera a de viúvas, constituindo 80% (N=4) da população.

Relativamente aos utentes com suspeita de demência, os viúvos são a população mais prevalente em todas as

respostas sociais: 75% (N=15) em ERPI (N=20), 77,4% (N=24) em CD (N=31) e 66,7% (N=2) em SAD

(N=3).

84

130

294

46

213

46

115

804

25

78

130

0

50

100

150

200

250

300

Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

83,2

64,760,4

68,7

100,0

12,9

22,9 23,6

11,9

0,04,0

12,416,0

19,4

0,00,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 37 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (N)

Gráfico 38 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 51

ESCOLARIDADE

Relativamente à escolaridade, 66,7% (N=408) da população total (N=612) tem o 1º Ciclo, tal como 60,4%

(N=61) das pessoas com demência (N=101) e 61,3% (N=65) das pessoas com suspeita de demência

(N=106).

O 1º Ciclo constitui a escolaridade de 70,4% (N=57) da população em ERPI (N=81), 75,7% (N=112) da

população em CD (N=148) e 41,2% (N=7) da população em SAD (N=17).

No que respeita aos utentes com demência, a escolaridade mais prevalente é também o 1º Ciclo nas

respostas sociais de ERPI (N=25) e CD (N=25) em 64% (N=16) dos casos. Na resposta de SAD verifica-se

uma maior prevalência de utentes com Ensino secundário: 66,7% (N=2).

Nos utentes com suspeita de demência, o 1º Ciclo é a escolaridade mais prevalente em todas as respostas

sociais: 64,3% (N=9) em ERPI (N=14), 58,1 (N=18) em CD (N=31) e 100% em SAD (N=2).

Tabela 27 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Analfabeto 9 11,1 4 16,0 44,4 2 14,3 22,2

1º Ciclo 57 70,4 16 64,0 28,1 9 64,3 15,8

E. Secundário 4 4,9 3 12,0 75,0 2 14,3 50,0

E. Superior 11 13,6 2 8,0 18,2 1 7,1 9,1

Total 81 100 25 100 30,9 14 100 17,3

NS/NR 162 - 89 - - 6 - -

CD

Analfabeto 21 14,2 2 8,0 9,5 11 35,5 52,4

1º Ciclo 112 75,7 16 64,0 14,3 18 58,1 16,1

E. Secundário 12 8,1 6 24,0 50,0 2 6,5 16,7

E. Superior 3 2,0 1 4,0 33,3 0 - -

Total 148 100 25 100 16,9 31 100 20,9

NS/NR 72 - 6 - - 0 - -

SA

D

Analfabeto 0 - 0 - - 0 - -

1º Ciclo 7 41,2 1 33,3 14,3 2 100,0 28,6

E. Secundário 4 23,5 2 66,7 50,0 0 - -

E. Superior 6 35,3 0 - - 0 - -

Total 17 100 3 100 17,6 2 100 11,8

NS/NR 100 - 2 - - 1 - -

TO

TA

L

Analfabeto 79 12,9 12 11,9 15,2 14 13,2 17,7

1º Ciclo 408 66,7 61 60,4 15,0 65 61,3 15,9

E. Secundário 70 11,4 20 19,8 28,6 17 16,0 24,3

E. Superior 55 9,0 8 7,9 14,5 10 9,4 18,2

Total 612 100 101 100 16,5 106 100 17,3

NS/NR 393 - 109 - - 14 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 52

Salienta-se ainda a percentagem de utentes analfabetos: 12,9% (N=79) da população total, 11,9% (N=12)

dos utentes com demência e 13,2% (N=14) dos utentes com suspeita de demência.

53

282

33 37

12

61

20814

65

1710

0

50

100

150

200

250

300

Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

67,1 69,1

47,1

67,3

15,2 15,0

28,6

14,517,7 15,9

24,3

18,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 39 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (N)

Gráfico 40 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 53

TEMPO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO / UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO

Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, 27,4% (N=199) da população total

(N=727) recebe apoio de uma das respostas sociais entre 2 e 5 anos; 31,8% (N=62) da população com

demência (N=195) também entre 2 e 5 anos, o mesmo se verificando na população com suspeita de

demência (N=71): 33,8% (N=24).

O tempo de institucionalização / utilização do serviço na população total é maior em CD (N=150), com 48%

(N=72) da população integrada há mais de 5 anos, do que em ERPI (N=243), com 34,6% (N=84) dos

utentes integrados entre 2 e 5 anos. Na resposta social de SAD verifica-se uma maior distribuição da

população pelos intervalos de tempo, sendo que a percentagem mais elevada se situa no intervalo até 1

ano, com 29,3% (N=24) da população total (N=82).

Tabela 28 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização/ Utilização do Serviço

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

< 1 ano 62 25,5 32 28,1 51,6 2 10,0 3,2

1 – 2 anos 52 21,4 22 19,3 42,3 7 35,0 13,5

2 – 5 anos 84 34,6 41 36,0 48,8 5 25,0 6,0

+ 5 anos 45 18,5 19 16,7 42,2 6 30,0 13,3

Total 243 100 114 100 46,9 20 100 8,2

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

CD

< 1 ano 20 13,3 7 28,0 35,0 3 9,7 15,0

1 – 2 anos 33 22,0 7 28,0 21,2 3 9,7 9,1

2 – 5 anos 25 16,7 6 24,0 24,0 13 41,9 52,0

+ 5 anos 72 48,0 5 20,0 6,9 12 38,7 16,7

Total 150 100 25 100 16,7 31 100 20,7

NS/NR 70 - 6 - - 0 - -

SA

D

< 1 ano 24 29,3 2 40,0 8,3 1 33,3 4,2

1 – 2 anos 21 25,6 2 40,0 9,5 1 33,3 4,8

2 – 5 anos 17 20,7 1 20,0 5,9 1 33,3 5,9

+ 5 anos 20 24,4 0 - - 0 - -

Total 82 100 5 100 6,1 3 100 3,7

NS/NR 35 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

< 1 ano 191 26,3 60 30,8 31,4 11 15,5 5,8

1 – 2 anos 161 22,1 42 21,5 26,1 14 19,7 8,7

2 – 5 anos 199 27,4 62 31,8 31,2 24 33,8 12,1

+ 5 anos 176 24,2 31 15,9 17,6 22 31,0 12,5

Total 727 100 195 100 26,8 71 100 9,8

NS/NR 278 - 15 - - 49 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 54

No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de com maior prevalência em ERPI (N=114) é o de 2

a 5 anos, com 36% (N=41). Na resposta de CD (N=25) verifica-se uma distribuição da população pelos

vários intervalos, sendo as percentagens mais elevadas as dos intervalos até 1 ano e de 1 a 2 anos com

28% (N=7). Na resposta social de SAD (N=5), 40% (N=2) dos utentes recebe apoio há menos de 1 ano e a

mesma percentagem recebe apoio entre 1 e 2 anos.

Nos utentes com suspeita de demência, o intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço

mais prevalente em ERPI (N=20) é o de 1 a 2 anos com 35% (N=7). Em CD (N=31), 41,9% (N=13) da

população está integrada nesta resposta social entre 2 e 5 anos. Na resposta de SAD (N=3) a população

está distribuída de igual forma pelos três primeiros intervalos.

120

105113

123

60

42

62

31

11 14

24 22

0

20

40

60

80

100

120

140

< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

62,865,2

56,8

69,9

31,426,1

31,2

17,6

5,88,7

12,1 12,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 41 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N)

Gráfico 42 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 55

GRAU DE DEPENDÊNCIA

No que respeita ao grau de dependência, 34,8% (N=195) da população total (N=848) é autónoma, 50,9%

(N=83) das pessoas com demência (N=163) são dependentes, tal como 45% (N=49) das pessoas com

suspeita de demência (N=109).

43,8% (N=98) dos utentes de ERPI (N=224) são parcialmente dependentes, 53,5% (N=99) dos utentes de

CD (N=185) e 47,9% (N=56) dos utentes de SAD (N=117) são autónomos.

Relativamente aos utentes com demência, verifica-se que na resposta social ERPI (N=84) existem 65,5%

(N=55) de dependentes. Em CD (N=31) existem 45,2% (N=14) de pessoas parcialmente dependentes e a

mesma percentagem de dependentes. Em SAD (N=5) existem 40% (N=2) de utentes parcialmente

dependentes e a mesma percentagem de grandes dependentes.

Tabela 29 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Autónomo 21 9,4 1 1,2 4,8 1 5,0 4,8

Parc. dependente 98 43,8 10 11,9 10,2 7 35,0 7,1

Dependente 64 28,6 55 65,5 85,9 8 40,0 12,5

Grd. dependente 41 18,3 18 21,4 43,9 4 20,0 9,8

Total 224 100 84 100 37,5 20 100 8,9

NS/NR 19 - 30 - - 0 - -

CD

Autónomo 99 53,5 3 9,7 3,0 13 41,9 13,1

Parc. dependente 53 28,6 14 45,2 26,4 8 25,8 15,1

Dependente 32 17,3 14 45,2 43,8 9 29,0 28,1

Grd. dependente 1 0,5 0 - - 1 3,2 100,0

Total 185 100 31 100 16,8 31 100 16,8

NS/NR 35 - 0 - - 0 - -

SA

D

Autónomo 56 47,9 0 - - 0 - -

Parc. dependente 30 25,6 2 40,0 6,7 2 66,7 6,7

Dependente 20 17,1 1 20,0 5,0 1 33,3 5,0

Grd. dependente 11 9,4 2 40,0 18,2 0 - -

Total 117 100 5 100 4,3 3 100 2,6

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

Autónomo 295 34,8 11 6,7 3,7 15 13,8 5,1

Parc. dependente 242 28,5 38 23,3 15,7 29 26,6 12,0

Dependente 221 26,1 83 50,9 37,6 49 45,0 22,2

Grd. dependente 90 10,6 31 19,0 34,4 16 14,7 17,8

Total 848 100 163 100 19,2 109 100 12,9

NS/NR 157 - 47 - - 11 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 56

40% (N=8) dos utentes com suspeita de demência em ERPI (N=20) são dependentes, 41,9% (N=13) em CD

(N=31) são autónomos e 66,7% (N=2) em SAD (N=3) são parcialmente dependentes.

269

175

89

43

11

38

83

3115

29

49

16

0

50

100

150

200

250

300

Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

91,2

72,3

40,3

47,8

3,7

15,7

37,634,4

5,1

12,0

22,217,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 43 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (N)

Gráfico 44 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 57

3.3. Análise Crítica

CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Natureza Jurídica

Dos 29 equipamentos sociais visitados no Concelho de Oeiras, 55% são entidades lucrativas. Contribui para

o elevado número de entidades lucrativas o facto de terem sido visitados em maior número equipamentos

com resposta de ERPI e SAD deste tipo de entidades.

Este resultado não se encontra em consonância com a realidade existente no distrito de Lisboa, que, segundo

o Relatório de 2012 da Carta Social sobre a Rede de Serviços e Equipamentos, conta com 30% de

equipamentos sociais de entidades lucrativas e 70% de entidades não lucrativas. Ao nível das entidades

lucrativas o crescimento atingiu 72% no período de 2000 a 2012, enquanto as entidades não lucrativas

tiveram um crescimento de 24%, valor que se apresenta com tendência de estabilização desde 2005 [25].

Respostas Sociais

Dos equipamentos sociais visitados no concelho de Oeiras a resposta social mais prevalente é a de SAD,

constituindo 44% das respostas, depois ERPI com 30% e finalmente CD com 26%.

Em 2012, as respostas sociais para pessoas idosas constituíam 53,2% do total de serviços e equipamentos e

apresentaram um aumento de 42% entre 2000 e 2012. A resposta de SAD foi a teve um maior crescimento

desde 2000, sendo também a resposta com maior capacidade em 2012 [25].

Mensalidades

Verifica-se uma elevada disparidade entre as mensalidades mínimas e máximas, particularmente na resposta

ERPI não lucrativa. Esta disparidade deve-se ao facto de alguns destes equipamentos terem vagas com

acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social, cujas mensalidades são calculadas com base em

critérios de comparticipação (proporcionais aos rendimentos dos utentes) e, paralelamente, vagas sem

acordo não sujeitas aos referidos critérios e que lhes permitem cobrar mensalidades mais elevadas.

Responsável pela visita

Em cerca de 80% dos equipamentos sociais a equipa do Projeto Cuidar Melhor foi recebida pelos

responsáveis técnicos e/ou por elementos da Direção/Gerência, demonstrando o interesse dos responsáveis

destes equipamentos por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio à população com demência.

Certificação – Sistema de Gestão da Qualidade

Muitos dos equipamentos sociais que iniciaram o processo de certificação da qualidade, sobretudo as

entidades não lucrativas, seguem os critérios do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais da Segurança

Social.

Alguns dos equipamentos que já iniciaram o processo referem que este se encontra parado devido aos

constrangimentos financeiros com que os equipamentos se deparam atualmente. Contudo, ainda é

considerável o número de equipamentos que não iniciou o processo de certificação da qualidade,

constituindo mais de metade dos equipamentos visitados (55%).

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 58

Recursos Humanos

Mais de 70% dos equipamentos visitados têm Enfermeiro e mais de metade têm Médico. A percentagem

elevada de Médicos e Enfermeiros deve-se ao facto de estes exercerem funções nas ERPI, por exigência

legal, e em respostas de SAD de entidades lucrativas. De salientar que a composição do corpo técnico

depende do tipo de resposta social.

Apesar de os responsáveis dos equipamentos terem sido questionados acerca da participação do corpo

técnico e restantes funcionários em ações de formação sobre demências, não foi possível determinar com

precisão o número de pessoas que receberam formação nesta área. Além disso, não foram estabelecidos os

critérios de formação mínimos necessários para considerar as iniciativas formativas sobre demências,

tornando-se a pergunta demasiado abrangente para valorizar as respostas dadas.

Principais dificuldades no cuidado a pessoas com demência / suspeita de demência

A agressividade e a agitação foram as principais dificuldades apontadas no cuidado a pessoas com

demência no concelho de Oeiras. Um relatório da Alzheimer’s Society refere a agressividade como uma das

maiores dificuldades sentidas, logo após as dificuldades de comunicação [22].

Neste sentido, as ofertas formativas para técnicos e outros funcionários dos equipamentos sociais deverá

contemplar estratégias para lidar com este tipo de dificuldades.

De salientar ainda a percentagem de 25% de respostas de equipamentos que consideram não ter

dificuldades no cuidado a pessoas com demência e que manifesta a necessidade de informação e formação

sobre a patologia e sobre cuidados especializados.

Processo jurídico de admissão de utentes com demência / suspeita de demência

O número de equipamentos que solicita a assinatura do representante legal é muito reduzido, atendendo à

percentagem de pessoas com diagnóstico de demência e com suspeita de demência. Além disso, neste

concelho é muito reduzido o número de equipamentos em que não é solicitado ao próprio utente a assinatura

do contrato. Destes dados, depreende-se a necessidade de informação às famílias e aos responsáveis dos

equipamentos sociais sobre os direitos das pessoas com demência, os limites da intervenção da família e dos

profissionais e as formas legais de representação.

CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DOS UTENTES

Amostra – Dados Gerais

Dos 580 utentes de Oeiras, com dados disponíveis por resposta social, o maior número (N=243) está

integrado em ERPI.

Mais de 30% do total de utentes dos equipamentos sociais visitados no concelho de Oeiras tem demência ou

suspeita de demência. Esta percentagem sobe para cerca de 55% nos utentes de ERPI.

A distribuição dos utentes com demência/suspeita de demência pelas respostas sociais revela que a maior

percentagem destas pessoas está em ERPI (66%). Em CD encontram-se 30% destes utentes e apenas 4% a

receber apoio no domicílio.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 59

Género

No que respeita ao género, os utentes dos equipamentos sociais do concelho de Oeiras seguem a mesma

tendência dos dados referentes à população nacional com mais de 60 anos a viver em famílias institucionais

[23]: 71% de mulheres para 29% de homens. Verifica-se ainda uma maior prevalência de demência ou

suspeita de demência entre as mulheres: 35% em comparação com 29% nos homens.

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência a percentagem de

mulheres sobe para 74%, o que significa que cerca de três quartos das pessoas com demência ou com

suspeita são mulheres. Esta percentagem de mulheres é superior à apresentada no estudo de 2005 do

Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos doentes de Alzheimer que refere que 67% destes

doentes são mulheres [16].

Idade

O intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos, sendo também o intervalo com maior

percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência: mais de 40% destas pessoas encontram-se

neste intervalo etário e a proporção sobe para dois terços se for considerado também o intervalo etário com

mais de 90 anos, que constitui cerca de 25% dos utentes. Assim, mais de dois terços das pessoas com

demência ou com suspeita de demência tem mais de 80 anos.

Verifica-se ainda que quanto mais alto é o intervalo etário, mais elevada é a percentagem de pessoas com

demência e suspeita de demência e menor a percentagem de pessoas sem demência, facto que se encontra

em consonância com a tendência dos dados de prevalência mundiais apresentados anteriormente [2].

Estado Civil

Mais de metade dos utentes dos equipamentos sociais são viúvos, sendo este estado civil o mais prevalente

em qualquer das respostas sociais. A proporção de viúvos sobe para cerca de dois terços nos utentes com

demência e suspeita de demência, sobretudo na resposta social de ERPI.

Em SAD, nos utentes com demência, a percentagem de casados é superior à de viúvos e constitui 80% da

amostra, enquanto em CD a percentagem de casados e de viúvos é idêntica (cerca de 42%). Este facto

parece demonstrar que a viuvez pode constituir um fator importante para a procura de respostas sociais que

pressuponham acompanhamento e cuidados mais permanentes e sublinha, ainda, o papel do cônjuge na

prestação de cuidados.

Escolaridade

Cerca de dois terços dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Oeiras têm o 1º Ciclo de

escolaridade (completo ou incompleto), verificando-se a mesma tendência nos utentes com demência e

suspeita de demência e sendo esta a escolaridade mais prevalente em todas as respostas sociais.

Comparativamente com o estudo do Instituto da Segurança Social, a percentagem de utentes com demência

analfabetos (12,6%) é semelhante (11,9%). No entanto, no que respeita à percentagem de utentes com

Ensino Superior, em Oeiras esta constitui mais do dobro (14,5%) da mencionada no referido estudo (5,1%)

[16].

A maior percentagem de utentes com Ensino Superior encontra-se em SAD e a menor percentagem em CD,

verificando-se o inverso nos utentes analfabetos: a maior percentagem encontra-se em CD. O estatuto social

pode ser um fator que justifique estes resultados: as pessoas com maior nível de escolaridade tendem a

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 60

permanecer mais tempo em suas casas, recebendo apoio domiciliário. A resposta de CD parece ser uma

solução mais procurada pelas pessoas com menor escolaridade.

Neste concelho, a percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência que têm Ensino Secundário

constitui mais de 50% do total das pessoas com este grau de escolaridade. Estes números não significam uma

maior prevalência de demência neste grau de escolaridade, mas antes que a demência pode ser uma das

principais razões para a procura de respostas sociais na comunidade por parte da população com nível de

escolaridade mais elevado.

Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço

Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, a população encontra-se distribuída

de forma muito semelhante pelos vários intervalos. Esta tendência é idêntica em SAD. Em CD, 48% dos

utentes estão integrados há mais de cinco anos, dois terços há mais de dois anos. Em ERPI, verifica-se uma

percentagem mais elevada de utentes no intervalo dos 2 aos 5 anos (34,6%).

Na população com demência o tempo de institucionalização / utilização do serviço é igualmente variável,

situando-se as maiores percentagens de casos nos intervalos de 2 a 5 anos (cerca de 32%) e menos de 1 ano

(cerca de 31%), sendo esta também a tendência em ERPI, embora com percentagens mais elevadas. No

Relatório de 2012 da Carta Social, a distribuição dos utentes por tempo de permanência na resposta ERPI

evidencia um elevado peso das estadas prolongadas. É de salientar que cerca de 50% dos utentes mantém-

se nesta resposta 3 ou mais anos, dos quais 30% permanecem por um período superior a 5 anos [25]. Em CD,

a população com demência encontra-se distribuída de forma muito semelhante pelos vários intervalos etários.

Em SAD, não é possível retirar conclusões dada a dimensão reduzida da amostra.

Grau de Dependência

Cerca de um terço dos utentes dos equipamentos do concelho de Oeiras são autónomos, contribuindo para

esta proporção a percentagem elevada de utentes autónomos na resposta de CD (cerca de 53%) e de SAD

(cerca de 48%). Em ERPI cerca de 47% dos utentes são dependentes ou grandes dependentes, embora a

maior percentagem de utentes sejam parcialmente dependentes (cerca de 44%). Isto significa que cerca de

90% dos utentes de ERPI têm algum tipo de dependência. Em SAD a maior percentagem (cerca de 48%) é

de pessoas autónomas. Comparativamente, no Relatório de 2012 da Carta Social, apenas 78% dos utentes

da Rede de Serviços e Equipamentos tinham algum grau de dependência e apenas 50% eram dependentes

ou grandes dependentes [25].

A resposta social de SAD parece ser o recurso procurado para pessoas parcialmente dependentes, dado

que, pela sua natureza, é uma resposta que visa manter a pessoa no seu domicílio o maior tempo possível,

potenciando a sua autonomia relativa e retardando a integração em ERPI. Esta, ao invés, parece ser o tipo

de resposta procurada para pessoas com maior grau de dependência [32].

Relativamente aos utentes com demência, mais de dois terços são dependentes ou grandes dependentes,

tendência que se acentua em ERPI, em que a percentagem sobe para 87%. Em CD, cerca de 90% dos

utentes com demência são parcialmente dependentes ou dependentes. Em SAD, não é possível retirar

conclusões dada a dimensão reduzida da amostra.

Mais de 50% dos utentes com grande dependência tem demência ou suspeita de demência, bem como cerca

de 60% dos dependentes.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 61

A grande maioria dos utentes com demência ou suspeita de demência tem algum grau de dependência e,

portanto, necessidades especiais de cuidados que justificam o apoio de uma resposta social.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 62

4 | SINTRA

4.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais

NATUREZA JURÍDICA

Foram visitados 48 equipamentos sociais no Concelho de Sintra. Destes, 31% (N=15) são entidades lucrativas

e os restantes são entidades não lucrativas, das quais 50% (N=11) são Associações de Solidariedade Social.

RESPOSTAS SOCIAIS

Os 48 equipamentos sociais visitados têm, no total, 75 respostas sociais: 29 ERPI, 21 CD e 25 SAD. Das 29

ERPI visitadas, 15 pertencem a entidades lucrativas.

24 As nomenclaturas apresentadas são as usadas na Carta Social.

25 Há equipamentos com mais que uma resposta social, motivo pelo qual o número total de respostas excede o número total de equipamentos visitados.

50%

6%

2%

9%2%

31%

Associação de Solidariedade Social

Fundação de Solidariedade Social

Cooperativa de Solidariedade Social

Centro Social e Paroquial

Misericórdia

Entidade Lucrativa

39%

28%

33% ERPI

CD

SAD

Gráfico 45 – Sintra: Natureza jurídica24 dos equipamentos sociais visitados

Gráfico 46 – Sintra: Respostas sociais25 dos equipamentos visitados

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 63

RESPOSTAS SOCIAIS – MENSALIDADES

ERPI CD

Geral Lucrativas Não lucrativas Geral (não lucr.)

Mensalidade Mínima 0,00 €27 850,00 € 0,00 € 0,00 €

Mensalidade Máxima 2.400,00 € 2.400,00 € 1.250,00 € 471,56 €

RESPONSÁVEL PELA VISITA

A equipa do projeto foi recebida pelo Diretor Técnico em 64% dos equipamentos sociais visitados.

CERTIFICAÇÃO – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Com processo iniciado 23

Com processo concluído 0

Sem processo iniciado 25

Dos 48 equipamentos visitados, 23 iniciaram o processo de certificação da qualidade e nenhum concluiu o

processo.

26 As mensalidades referem-se aos valores pagos pelos utentes, não estando contemplados os montantes recebidos pelos equipamentos sociais não lucrativos no âmbito de acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social (ISS). Não foi possível incluir os valores das mensalidades de SAD por não se ter encontrado um critério homogéneo que permitisse a análise integrada dos dados recolhidos (serviços prestados distintos, valor hora vs. valor mensal, etc.). Não existem, nesta amostra, entidades lucrativas com resposta social de Centro de Dia.

27 Existem utentes, integrados em entidades não lucrativas com resposta social de ERPI ou CD com acordos de cooperação com o ISS, sem rendimentos e sem familiares, que não pagam qualquer valor a título de mensalidade.

28 Em alguns equipamentos a equipa do projeto foi recebida por mais do que uma pessoa.

64%

5%

7%

13%

4%7% Diretor Técnico

Proprietário

Direção / Gerência

Coordenador de Valência

Responsável de Lar

Outros Técnicos

Tabela 30 – Sintra: Valores de mensalidade26 por resposta social

Gráfico 47 – Sintra: Responsável pela visita28

Tabela 31 – Sintra: Certificação dos equipamentos sociais

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 64

CORPO TÉCNICO

Dos 48 equipamentos 79% têm Assistente Social, 65% têm Enfermeiro, 60% têm Médico e 58% têm

Animador Sociocultural.

PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CUIDADO A PESSOAS COM DEMÊNCIA / SUSPEITA

As dificuldades no cuidado a pessoas com demência mais frequentemente referidas foram: Agressividade e

Distúrbios do sono. A categoria Outros, com 14,7%, compreende respostas como medicação adequada,

confusão, não reconhecerem os prestadores de cuidados, dificuldades de relacionamento dos funcionários

com os familiares, desorientação, alucinações, confabulações, esquecimentos, comunicação e perigo de

queda. 95% dos equipamentos referem dificuldades no cuidado a pessoas com demência.

29 Os números apresentados não representam o número total de técnicos das diferentes áreas, mas antes a existência de pelo menos um técnico daquela categoria profissional. Estes profissionais enquadram-se em diferentes regimes laborais (contrato de trabalho ou prestação de serviços).

79

46

13

33

6560 58

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Assistente Social

Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional

Psicólogo Enfermeiro Médico Animador Sociocultural

20%

4%

27%16%

7%

7%

14%

5% Distúrbios do sono

Distúrbios alimentares

Agressividade

Deambulação

Agitação

Apatia

Outros

Sem dificuldades

Gráfico 48 – Sintra: Constituição do Corpo Técnico (%)29

Gráfico 49 – Sintra: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 65

PROCESSO JURÍDICO DE ADMISSÃO DE UTENTES COM DEMÊNCIA / SUSPEITA

QUEM ASSINA O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS?

Em 56% dos equipamentos sociais visitados, quem assina o contrato de prestação de serviços é um familiar.

56

22

23

15Familiar

Utente

Representante Legal

Familiar + Utente

Familiar ou Utente

Gráfico 50 – Sintra: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 66

4.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes

AMOSTRA – DADOS GERAIS

Total de Utentes

(TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Demência / Suspeita Consolidado

Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU

ERPI 826 278 33,7 152 18,4 430 52,1

CD 365 75 20,5 62 17,0 137 37,5

SAD 598 111 18,6 86 14,4 197 32,9

Total 2024 489 24,2 317 15,7 806 39,8

O número total da amostra para o Concelho de Sintra é de 2024 utentes. No entanto, os dados por resposta

social estão disponíveis apenas para 1789 utentes. Os restantes 235 utentes da amostra fazem parte de

formulários com dados consolidados de equipamentos com várias respostas sociais.

Considerando a amostra total de utentes (N=2024), 24,2% têm diagnóstico médico de demência (N=489) e

15,7% têm suspeita de demência (N=317).

Os utentes com demência constituem 33,7% (N=278) do total de utentes a residir em ERPI (N=826), 20,5%

(N=75) dos utentes integrados em CD (N=365) e 18,6% (N=33) dos utentes a receber apoio de SAD

(N=598).

Quanto aos utentes com suspeita de demência, estes constituem 18,4% (N=152) da população em ERPI

(N=826), 17% (N=62) em CD (N=365) e 14,4% (N=86) em SAD (N=598).

Considerados em conjunto, os utentes com demência e suspeita de demência constituem 52,1% dos utentes em

ERPI, 37,5% dos utentes em CD e 32,9% dos utentes de SAD.

60%24%

16%

Utentes sem demência

Utentes com demência

Utentes com suspeita

Tabela 32 – Sintra: Total de Utentes por resposta social

Gráfico 51 – Sintra: Amostra Geral (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência (N=806), verifica-se que

56% se encontram em ERPI (N=430), 18% em CD (N=137) e 26% em SAD (N=197).

47,9

62,567,1

33,7

20,5 18,618,4 17,0 14,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

ERPI CD SAD

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

56%18%

26%ERPI

CD

SAD

Gráfico 52 – Sintra: Total de Utentes por resposta social (%)

Gráfico 53 – Sintra: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 68

GÉNERO

Relativamente ao Género, as mulheres constituem 67% (N=1356) da população total (N=2024), 74,4%

(N=364) dos utentes com demência (N=489) e 79,2% (N=251) dos utentes com suspeita de demência

(N=317).

As mulheres constituem ainda 70,9% (N=586) dos utentes residentes em ERPI (N=826), 73,4% (N=268) dos

utentes integrados em CD (N=365) e 61% (N=365) dos utentes a receber apoio de SAD (N=598).

O género feminino constitui a maioria dos utentes com demência em qualquer uma das respostas sociais: 77%

(N=214) em ERPI (N=278), 77,3% (N=58) em CD (N=75) e 69,4% (N=77) em SAD (N=111). O mesmo

acontece com os utentes com suspeita de demência: as mulheres constituem 85,5% (N=130) em ERPI (N=152),

80,6% (N=50) em CD (N=62) e 67,4% (N=58) em SAD (N=86).

67%

33%

Feminino Masculino

55%27%

18%

Feminino

71%

19%

10%

Masculino

Utentes semdemência

Utentes comdemência

Utentes comsuspeita

Tabela 33 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Género

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Feminino 586 70,9 214 77,0 36,5 130 85,5 22,2

Masculino 240 29,1 64 23,0 26,7 22 14,5 9,2

Total 826 100 278 100 33,7 152 100 18,4

CD

Feminino 268 73,4 58 77,3 21,6 50 80,6 18,7

Masculino 97 26,6 17 22,7 17,5 12 19,4 12,4

Total 365 100 75 100 20,5 62 100 17,0

SA

D Feminino 365 61,0 77 69,4 21,1 58 67,4 15,9

Masculino 233 39,0 34 30,6 14,6 28 32,6 12,0

Total 598 100 111 100 18,6 86 100 14,4

TO

TA

L Feminino 1356 67,0 364 74,4 26,8 251 79,2 18,5

Masculino 668 33,0 125 25,6 18,7 66 20,8 9,9

Total 2024 100 489 100 24,2 317 100 15,7

Gráfico 54 – Sintra: Total de Utentes por Género (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 69

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência verifica-se que 76% são

mulheres (N=615) e 24% são homens (N=191).

76%

24%

Feminino

Masculino

Gráfico 55 – Sintra: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 70

IDADE

Considerando o total de utentes das respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos

81 aos 90 anos, constituindo 44,3% (N=884) da população total (N=1996), 50,1% (N=232) dos utentes

com diagnóstico médico de demência (N=463) e 43,6% (N=137) dos utentes com suspeita de demência

(N=314).

Tabela 34 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Idade

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

< = 60 32 3,9 5 1,9 15,6 0 - -

61 – 70 61 7,4 14 5,4 23,0 15 9,9 24,6

71 – 80 193 23,4 61 23,7 31,6 33 21,9 17,1

81 – 90 423 51,3 158 61,5 37,4 85 56,3 20,1

>= 91 115 14,0 19 7,4 16,5 18 11,9 15,7

Total 824 100 257 100 31,2 151 100 18,3

NS/NR 2 - 21 - - 1 - -

CD

< = 60 18 4,9 6 8,0 33,3 1 1,6 5,6

61 – 70 41 11,3 12 16,0 29,3 3 4,8 7,3

71 – 80 125 34,3 20 26,7 16,0 22 35,5 17,6

81 – 90 152 41,8 33 44,0 21,7 27 43,5 17,8

>= 91 28 7,7 4 5,3 14,3 9 14,5 32,1

Total 364 100 75 100 20,6 62 100 17,0

NS/NR 1 - 0 - - 0 - -

SA

D

< = 60 48 8,4 6 5,4 12,5 0 - -

61 – 70 75 13,1 14 12,6 18,7 11 12,8 14,7

71 – 80 165 28,8 44 39,6 26,7 46 53,5 27,9

81 – 90 211 36,8 34 30,6 16,1 23 26,7 10,9

>= 91 74 12,9 13 11,7 17,6 6 7,0 8,1

Total 573 100 111 100 19,4 86 100 15,0

NS/NR 25 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

< = 60 107 5,4 17 3,7 15,9 2 0,6 1,9

61 – 70 207 10,4 42 9,1 20,3 35 11,1 16,9

71 – 80 569 28,5 136 29,4 23,9 106 33,8 18,6

81 – 90 884 44,3 232 50,1 26,2 137 43,6 15,5

>= 91 229 11,5 36 7,8 15,7 34 10,8 14,8

Total 1996 100 463 100 23,2 314 100 15,7

NS/NR 28 - 26 - - 3 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 71

Em todas as respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos,

constituindo 51,3% (N=423) da população de ERPI (N=824), 41,8% (N=152) da população de CD

(N=364) e 36,8% (N=211) da população de SAD (N=573).

No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de idades mais prevalente em ERPI e CD é o dos 81

aos 90 anos: 61,5% (N=158) em ERPI (N=257) e 44% (N=33) em CD (N=75). Em SAD (N=111) o intervalo

de idades com maior percentagem é o dos 71 aos 80 anos: 39,6% (N=44).

O mesmo acontece nos utentes com suspeita de demência: o intervalo de idades mais prevalente é o dos 81

aos 90 anos com 56,3% (N=85) em ERPI (N=151) e 43,5% (N=27) em CD (N=62). Em SAD (N=86) o

intervalo com maior prevalência é o dos 71 aos 80 anos com 53,5% (N=46).

88

130

327

515

159

1742

136

232

362

35

106137

34

0

100

200

300

400

500

600

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

82,2

62,857,5 58,3

69,4

15,920,3

23,926,2

15,7

1,9

16,9 18,615,5 14,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 56 – Sintra: Total de Utentes por Idade (N)

Gráfico 57 – Sintra: Total de Utentes por Idade (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 72

ESTADO CIVIL

No que respeita ao estado civil, 57,7% (N=1021) da população total (N=1769) é viúva, tal como 64%

(N=300) das pessoas com demência (N=469) e 70,9% (N=205) das pessoas com suspeita de demência

(N=289).

Os viúvos são a população mais prevalente em todas as respostas sociais, constituindo 62,1% (N=489) da

população em ERPI (N=787), 64,1% (N=218) em CD (N=340) e 46,2% (N=201) em SAD (N=435). Na

Tabela 35 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Solteiro 124 15,8 25 9,0 20,2 26 17,1 21,0

Casado 117 14,9 43 15,5 36,8 11 7,2 9,4

Viúvo 489 62,1 188 67,6 38,4 110 72,4 22,5

Div. / Separado 55 7,0 22 7,9 40,0 5 3,3 9,1

União de facto 2 0,3 0 - - 0 - -

Total 787 100 278 100 35,3 152 100 19,3

NS/NR 39 - 0 - - 0 - -

CD

Solteiro 31 9,1 2 2,7 6,5 9 14,5 29,0

Casado 64 18,8 16 21,3 25,0 10 16,1 15,6

Viúvo 218 64,1 56 74,7 25,7 42 67,7 19,3

Div. / Separado 23 6,8 1 1,3 4,3 1 1,6 4,3

União de facto 4 1,2 0 - - 0 - -

Total 340 100 75 100 22,1 62 100 18,2

NS/NR 25 - 0 - - 0 - -

SA

D

Solteiro 44 10,1 6 6,6 13,6 5 8,6 11,4

Casado 165 37,9 37 40,7 22,4 14 24,1 8,5

Viúvo 201 46,2 41 45,1 20,4 38 65,5 18,9

Div. / Separado 21 4,8 5 5,5 23,8 1 1,7 4,8

União de facto 4 0,9 2 2,2 50,0 0 - -

Total 435 100 91 100 20,9 58 100 13,3

NS/NR 163 - 20 - - 28 - -

TO

TA

L

Solteiro 224 12,7 35 7,5 15,6 41 14,2 18,3

Casado 404 22,8 102 21,7 25,2 35 12,1 8,7

Viúvo 1021 57,7 300 64,0 29,4 205 70,9 20,1

Div. / Separado 108 6,1 30 6,4 27,8 8 2,8 7,4

União de facto 12 0,7 2 0,4 16,7 0 - -

Total 1769 100 469 100 26,5 289 100 16,3

NS/NR 255 - 20 - - 28 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 73

resposta social de SAD, comparativamente com as restantes respostas, a percentagem de utentes casados é

maior, constituindo 37,9% (N=165) da população total.

No que respeita aos utentes com demência, os viúvos são também a população mais prevalente em todas as

respostas sociais, constituindo 67,6% (N=188) da população de ERPI (N=278), 74,7% (N=56) da população

de CD (N=75) e 45,1% (N=41) da população de SAD (N=91). Também nesta resposta a percentagem de

casados é mais elevada que nas restantes, aproximando-se da de viúvos: 40,7% (N=37).

Relativamente aos utentes com suspeita de demência, mantém-se a tendência anterior: os viúvos constituem

72,4% (N=110) da população de ERPI (N=152), 67,7% (N=42) da população de CD (N=62) e 65,5%

(N=38) da população de SAD (N=58).

148

267

516

70

1035

102

300

302

41 35

205

8 00

100

200

300

400

500

600

Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

66,1 66,1

50,5

64,8

83,3

15,6

25,229,4 27,8

16,718,3

8,7

20,1

7,4

0,00,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 58 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (N)

Gráfico 59 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (%)

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 74

ESCOLARIDADE

Relativamente à escolaridade, 62,9% (N=899) da população total (N=1430) tem o 1º Ciclo, assim como

59,8% (N=241) das pessoas com demência (N=403) e 63% (N=145) das pessoas com suspeita de

demência (N=230).

Em todas as respostas sociais, a escolaridade com maior prevalência é o 1º Ciclo, constituindo 60% (N=413)

da população em ERPI (N=688), 64,2% (N=213) da população em CD (N=332) e 66,1% (N=213) da

população em SAD (N=332).

No que respeita aos utentes com demência, 50,4% (N=118) dos utentes de ERPI (N=234) têm o 1º Ciclo,

assim como 75,3% (N=55) dos utentes de CD (N=73) e 83,8% (N=67) dos utentes de SAD (N=80).

Nos utentes com suspeita de demência, a escolaridade mais prevalente é o 1º Ciclo, com 57,7% (N=71) de

utentes em ERPI (N=123), 77,6% (N=38) em CD (N=49) e 64,3% (N=27) em SAD (N=42).

Tabela 36 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Analfabeto 161 23,4 63 26,9 39,1 25 20,3 15,5

1º Ciclo 413 60,0 118 50,4 28,6 71 57,7 17,2

E. Secundário 79 11,5 32 13,7 40,5 25 20,3 31,6

E. Superior 35 5,1 21 9,0 60,0 2 1,6 5,7

Total 688 100 234 100 34,0 123 100 17,9

NS/NR 138 - 44 - - 29 - -

CD

Analfabeto 97 29,2 14 19,2 14,4 10 20,4 10,3

1º Ciclo 213 64,2 55 75,3 25,8 38 77,6 17,8

E. Secundário 17 5,1 1 1,4 5,9 1 2,0 5,9

E. Superior 5 1,5 3 4,1 60,0 0 - -

Total 332 100 73 100 22,0 49 100 14,8

NS/NR 33 - 2 - - 13 - -

SA

D

Analfabeto 75 23,3 10 12,5 13,3 11 26,2 14,7

1º Ciclo 213 66,1 67 83,8 31,5 27 64,3 12,7

E. Secundário 26 8,1 2 2,5 7,7 3 7,1 11,5

E. Superior 8 2,5 1 1,3 12,5 1 2,4 12,5

Total 322 100 80 100 24,8 42 100 13,0

NS/NR 276 - 31 - - 44 - -

TO

TA

L

Analfabeto 361 25,2 100 24,8 27,7 53 23,0 14,7

1º Ciclo 899 62,9 241 59,8 26,8 145 63,0 16,1

E. Secundário 122 8,5 36 8,9 29,5 29 12,6 23,8

E. Superior 48 3,4 26 6,5 54,2 3 1,3 6,3

Total 1430 100 403 100 28,2 230 100 16,1

NS/NR 594 - 86 - - 87 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 75

Salienta-se ainda a percentagem de utentes analfabetos: 25,2% (N=361) da população total, 24,8%

(N=100) dos utentes com demência e 23% (N=53) dos utentes com suspeita de demência.

208

513

57

19

100

241

36 2653

145

293

0

100

200

300

400

500

600

Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

57,6 57,1

46,7

39,6

27,7 26,829,5

54,2

14,7 16,1

23,8

6,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 60 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (N)

Gráfico 61 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (%)

Page 77: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 76

TEMPO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO

Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, 31,6% (N=638) da população total

(N=2020) recebe apoio de uma das respostas sociais entre 2 e 5 anos. Este é também o intervalo mais

prevalente para a população com demência (N=452) e com suspeita de demência (N=311): 37,8%

(N=171) e 34,7% (N=108) respetivamente.

O intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço mais prevalente é o mesmo em todas as

respostas sociais – 2 a 5 anos – e constitui 32,6% (N=269) em ERPI (N=824), 35,6% (N=130) em CD

(N=365) e 32,4% (N=193) em SAD (N=596).

Tabela 37 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

< 1 ano 188 22,8 45 18,6 23,9 34 23,3 18,1

1 – 2 anos 195 23,7 48 19,8 24,6 18 12,3 9,2

2 – 5 anos 269 32,6 96 39,7 35,7 62 42,5 23,0

+ 5 anos 172 20,9 53 21,9 30,8 32 21,9 18,6

Total 824 100 242 100 29,4 146 100 17,7

NS/NR 2 - 36 - - 6 - -

CD

< 1 ano 74 20,3 15 20,0 20,3 13 21,0 17,6

1 – 2 anos 66 18,1 17 22,7 25,8 16 25,8 24,2

2 – 5 anos 130 35,6 32 42,7 24,6 18 29,0 13,8

+ 5 anos 95 26,0 11 14,7 11,6 15 24,2 15,8

Total 365 100 75 100 20,5 62 100 17,0

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

SA

D

< 1 ano 173 29,0 25 22,5 14,5 22 25,6 12,7

1 – 2 anos 117 19,6 27 24,3 23,1 33 38,4 28,2

2 – 5 anos 193 32,4 36 32,4 18,7 24 27,9 12,4

+ 5 anos 113 19,0 23 20,7 20,4 7 8,1 6,2

Total 596 100 111 100 18,6 86 100 14,4

NS/NR 2 - 0 - - 0 - -

TO

TA

L

< 1 ano 546 27,0 99 21,9 18,1 78 25,1 14,3

1 – 2 anos 420 20,8 93 20,6 22,1 70 22,5 16,7

2 – 5 anos 638 31,6 171 37,8 26,8 108 34,7 16,9

+ 5 anos 416 20,6 89 19,7 21,4 55 17,7 13,2

Total 2020 100 452 100 22,4 311 100 15,4

NS/NR 4 - 37 - - 6 - -

Page 78: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 77

No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de tempo com maior prevalência em todas as

respostas socias é também o de 2 a 5 anos, com 39,7% (N=96) em ERPI (N=242), 42,7% (N=32) em CD

(N=75) e 32,4% (N=36) em SAD (N=111).

Nos utentes com suspeita de demência, o intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço

mais prevalente em ERPI (N=146) é também o de 2 a 5 anos, com 42,5% (N=62). Na resposta social de CD

(N=62) verifica-se uma maior distribuição da população pelos intervalos de tempo, sendo que a

percentagem mais elevada se situa também no intervalo entre 2 e 5 meses, com 29% (N=18) dos casos. Na

resposta de SAD (N=86), a prevalência é o intervalo de 1 a 2 anos com 38,4% (N=33) dos casos.

369

257

359

272

99 93

171

8978 70

108

55

0

50

100

150

200

250

300

350

400

< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

67,6

61,256,3

65,4

18,122,1

26,821,4

14,316,7 16,9

13,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 62 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N)

Gráfico 63 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%)

Page 79: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 78

GRAU DE DEPENDÊNCIA

No que respeita ao grau de dependência, 35,2% (N=693) da população total (N=1968) é parcialmente

dependente, assim como 40,4% (N=192) das pessoas com demência (N=475) e 48,3% (N=153) das

pessoas com suspeita de demência (N=317).

A resposta social de ERPI (N=804) tem 37,3% (N=300) de utentes parcialmente dependentes e 32,2%

(N=259) de utentes dependentes. Em CD (N=365) 48,2% (N=176) dos utentes são autónomos e em SAD

(N=585) 34,7% (N=203) dos utentes são parcialmente dependentes.

Relativamente aos utentes com demência, verifica-se que na resposta social ERPI (N=267) existem 38,6%

(N=103) de utentes dependentes e aproximadamente a mesma percentagem de utentes parcialmente

dependentes: 37,8% (N=101). Em CD (N=75) e SAD (N=110) existem 56% (N=42) e 41,8% (N=46)

respetivamente de utentes parcialmente dependentes.

Tabela 38 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita

Nº % Nº % % TU Nº % % TU

ER

PI

Autónomo 95 11,8 5 1,9 5,3 5 3,3 5,3

Parc. dependente 300 37,3 101 37,8 33,7 68 44,7 22,7

Dependente 259 32,2 103 38,6 39,8 47 30,9 18,1

Grd. dependente 150 18,7 58 21,7 38,7 32 21,1 21,3

Total 804 100 267 100 33,2 152 100 18,9

NS/NR 22 - 11 - - 0 - -

CD

Autónomo 176 48,2 13 17,3 7,4 14 22,6 8,0

Parc. dependente 141 38,6 42 56,0 29,8 29 46,8 20,6

Dependente 45 12,3 20 26,7 44,4 17 27,4 37,8

Grd. dependente 3 0,8 0 - - 2 3,2 66,7

Total 365 100 75 100 20,5 62 100 17,0

NS/NR 0 - 0 - - 0 - -

SA

D

Autónomo 150 25,6 5 4,5 3,3 10 11,6 6,7

Parc. dependente 203 34,7 46 41,8 22,7 47 54,7 23,2

Dependente 136 23,2 39 35,5 28,7 21 24,4 15,4

Grd. dependente 96 16,4 20 18,2 20,8 8 9,3 8,3

Total 585 100 110 100 18,8 86 100 14,7

NS/NR 13 - 1 - - 0 - -

TO

TA

L

Autónomo 523 26,6 23 4,8 4,4 36 11,4 6,9

Parc. dependente 693 35,2 192 40,4 27,7 153 48,3 22,1

Dependente 479 24,3 177 37,3 37,0 85 26,8 17,7

Grd. dependente 273 13,9 83 17,5 30,4 43 13,6 15,8

Total 1968 100 475 100 24,1 317 100 16,1

NS/NR 56 - 14 - - 0 - -

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 79

A resposta social de ERPI (N=152) tem 44,7% (N=68) de utentes com suspeita de demência parcialmente

dependentes e 30,9% (N=47) de utentes dependentes. Em CD (N=62) 46,8% (N=29) dos utentes com

suspeita de demência são parcialmente dependentes, assim como 54,7% (N=47) em SAD (N=86).

464

348

217

147

23

192 177

83

36

153

85

43

0

100

200

300

400

500

600

700

Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

88,7

50,245,3

53,8

4,4

27,7

37,0

30,4

6,9

22,117,7 15,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.

Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita

Gráfico 64 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (N)

Gráfico 65 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (%)

Page 81: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 80

4.3. Análise Crítica

CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Natureza Jurídica

Dos 48 equipamentos sociais visitados no Concelho de Sintra, apenas 31% são entidades lucrativas.

Este resultado vai ao encontro da realidade existente no distrito de Lisboa, que, segundo o Relatório de

2012 da Carta Social sobre a Rede de Serviços e Equipamentos, conta com 30% de equipamentos sociais de

entidades lucrativas e 70% de entidades não lucrativas. Ao nível das entidades lucrativas o crescimento

atingiu 72% no período de 2000 a 2012, enquanto as entidades não lucrativas tiveram um crescimento de

24%, valor que se apresenta com tendência de estabilização desde 2005 [25].

Respostas Sociais

As respostas sociais dos equipamentos visitados no concelho de Sintra distribuem-se de forma quase

equitativa por ERPI, CD e SAD, com uma ligeira prevalência de ERPI (39%).

Em 2012, as respostas sociais para pessoas idosas constituíam 53,2% do total de serviços e equipamentos e

apresentaram um aumento de 42% entre 2000 e 2012. A resposta de SAD foi a teve um maior crescimento

desde 2000, sendo também a resposta com maior capacidade em 2012 [25].

Mensalidades

Verifica-se uma elevada disparidade entre as mensalidades mínimas e máximas, particularmente na resposta

ERPI não lucrativa. Esta disparidade deve-se ao facto de alguns destes equipamentos terem vagas com

acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social, cujas mensalidades são calculadas com base em

critérios de comparticipação (proporcionais aos rendimentos dos utentes) e, paralelamente, vagas sem

acordo não sujeitas aos referidos critérios e que lhes permitem cobrar mensalidades mais elevadas.

Responsável pela visita

Em cerca de 80% dos equipamentos sociais a equipa do Projeto Cuidar Melhor foi recebida pelos

responsáveis técnicos e/ou por elementos da Direção/Proprietários, facto que demonstra o interesse destes

responsáveis por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio à população com demência e seus cuidadores.

Certificação – Sistema de Gestão da Qualidade

Muitos dos equipamentos sociais que iniciaram o processo de certificação da qualidade, sobretudo as

entidades não lucrativas, seguem os critérios do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais da Segurança

Social.

Alguns dos equipamentos que já iniciaram o processo referem que este se encontra parado ou a avançar

muito lentamente devido aos constrangimentos financeiros com que estes se deparam atualmente. Contudo,

ainda é considerável o número de equipamentos que não iniciou o processo de certificação da qualidade,

constituindo mais de metade dos equipamentos visitados (52%).

Page 82: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 81

Recursos Humanos

Cerca de 80% dos equipamentos visitados têm Assistente Social. A composição do corpo técnico depende do

tipo de resposta social, pelo que a percentagem elevada de Médicos e Enfermeiros se deve ao facto de

estes dois tipos de profissionais exercerem, por exigência legal, funções nas ERPI. De assinalar também a

percentagem elevada de equipamentos com Animador Sociocultural (58%) e a percentagem reduzida de

equipamentos que integram Terapeuta Ocupacional e Psicólogo.

Apesar de os responsáveis dos equipamentos terem sido questionados acerca da participação do corpo

técnico e restantes funcionários em ações de formação sobre demências, não foi possível determinar com

precisão o número de pessoas que receberam formação nesta área. Além disso, não foram estabelecidos os

critérios de formação mínimos necessários para considerar as iniciativas formativas sobre demências,

tornando-se a pergunta demasiado abrangente para valorizar as respostas dadas.

Principais dificuldades no cuidado a pessoas com demência / suspeita de demência

A agressividade e os distúrbios do sono foram as principais dificuldades apontadas no cuidado a pessoas

com demência no concelho de Sintra. Um relatório da Alzheimer’s Society refere a agressividade como uma

das maiores dificuldades sentidas pelos cuidadores, logo após as dificuldades de comunicação [23].

Tendo em conta o facto de apenas 5% dos equipamentos não terem referido dificuldades na prestação de

cuidados a pessoas com demência, devem ser reforçadas as ofertas formativas para técnicos e outros

funcionários dos equipamentos que contemplem estratégias para lidar com este tipo de dificuldades.

Processo jurídico de admissão de utentes com demência / suspeita de demência

O número de equipamentos que solicita a assinatura do representante legal é muito reduzido, atendendo à

percentagem de pessoas com diagnóstico de demência ou com suspeita. Destes dados, depreende-se a

necessidade de informação às famílias e aos responsáveis dos equipamentos sociais sobre os direitos das

pessoas com demência, os limites da intervenção da família e dos profissionais e as formas legais de

representação.

CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DOS UTENTES

Amostra – Dados Gerais

Dos 1789 utentes de Sintra, com dados disponíveis por resposta social, o maior número (N=826) está

integrado em ERPI.

Cerca de 40% do total de utentes dos equipamentos sociais visitados no concelho de Sintra têm demência ou

suspeita de demência. Esta percentagem sobe para mais de 50% nos utentes de ERPI.

A distribuição dos utentes com demência/suspeita de demência pelas respostas sociais revela que a maior

percentagem destas pessoas se encontra em ERPI (56%) ou a receber apoio no domicílio (26%). Apenas 18%

se encontra em CD.

Género

No que respeita ao género, dois terços dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Sintra são

mulheres. Esta proporção é ligeiramente inferior aos dados referentes à população nacional com mais de 60

Page 83: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 82

anos a viver em famílias institucionais (71% de mulheres para 29% de homens) [23]. Verifica-se ainda uma

maior prevalência de demência ou suspeita de demência entre as mulheres: 45% em comparação com 28%

de homens.

Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência a percentagem de

mulheres sobe para 76%, o que significa que mais de três quartos das pessoas com demência ou com

suspeita são mulheres. Esta percentagem de mulheres é superior à apresentada no estudo de 2005 do

Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos doentes de Alzheimer que refere que 67% destes

doentes são mulheres [16].

Idade

O intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos, sendo também o intervalo com maior

percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência. Se for considerado também o intervalo

etário com mais de 90 anos, cerca de metade destas pessoas tem mais de 80 anos.

Um dado relevante a assinalar é uma prevalência mais baixa de pessoas com demência no intervalo etário

com mais de 90 anos relativamente ao intervalo anterior dos 81 aos 90 anos. O esperado, tendo em conta a

tendência dos dados de prevalência mundiais apresentados anteriormente [2], era que quanto mais alto o

intervalo etário, mais elevada a percentagem de pessoas com demência e menor a percentagem de pessoas

sem demência. O que se verifica é uma diminuição da prevalência de demência neste intervalo etário e um

aumento da percentagem das pessoas sem demência. Este dado carece de uma interpretação, mas o

presente diagnóstico não dispõe de elementos que permitam essa análise.

Estado Civil

Mais de metade dos utentes dos equipamentos sociais são viúvos, sendo este estado civil o mais prevalente

em todas as respostas sociais. A proporção de viúvos sobe para cerca de dois terços nos utentes com

demência.

Em SAD existe uma maior percentagem de utentes casados comparativamente com as outras respostas

sociais, nomeadamente no que respeita aos utentes com demência, em que a percentagem de casados é

superior à de viúvos e constitui mais de metade da amostra. Este facto parece demonstrar que a viuvez pode

constituir um fator importante para a procura de respostas sociais que pressuponham acompanhamento e

cuidados mais permanentes e sublinha, ainda, o papel do cônjuge na prestação de cuidados.

Escolaridade

Cerca de 60% dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Sintra têm o 1º Ciclo de escolaridade

(completo ou incompleto), verificando-se a mesma tendência nos utentes com demência e suspeita de

demência e sendo esta a escolaridade mais prevalente em todas as respostas sociais. De assinalar os cerca

de 25% de utentes analfabetos, sendo idêntica a percentagem entre os utentes com demência.

Comparativamente com o estudo do Instituto da Segurança Social, a percentagem de utentes com demência

analfabetos (12,6%) é superior (24,8%). No entanto, no que respeita à percentagem de utentes com Ensino

Superior, em Sintra a percentagem é semelhante (6,5%) da mencionada no referido estudo (5,1%) [16].

Neste concelho, a percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência que têm Ensino Secundário

ou Superior constitui mais de 50% do total das pessoas com estes graus de escolaridade. Estes dados não

significam necessariamente uma maior prevalência de demência nestes graus de escolaridade, mas antes que

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 83

a demência pode ser uma das principais razões para a procura de respostas socias na comunidade por

parte da população com elevado nível de escolaridade. Além disso, a percentagem de utentes com estes

níveis de escolaridade constitui pouco mais que 10% da população total.

Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço

Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, a população encontra-se distribuída

de forma muito semelhante pelos vários intervalos, mas com uma maior prevalência no intervalo de 2 a 5

anos. Esta tendência é idêntica em todas as respostas sociais. No Relatório de 2012 da Carta Social, a

distribuição dos utentes por tempo de permanência na resposta ERPI evidencia um elevado peso das estadas

prolongadas. É de salientar que cerca de 50% dos utentes mantém-se nesta resposta 3 ou mais anos, dos

quais 30% permanecem por um período superior a 5 anos [25].

Na população com demência o tempo de institucionalização / utilização do serviço é igualmente variável,

situando-se a maior percentagem de casos no intervalo de 2 a 5 anos (cerca de 38%), sendo esta também a

tendência em todas as respostas sociais.

Grau de Dependência

Mais de um terço dos utentes dos equipamentos do concelho de Sintra são parcialmente dependentes,

contribuindo para esta proporção a percentagem elevada de utentes autónomos na resposta de CD (cerca

de 48%). Em ERPI as maiores percentagens são de pessoas parcialmente dependentes e dependentes,

constituindo cerca de dois terços dos utentes, mas cerca de 90% dos utentes desta resposta social tem algum

tipo de dependência. Em SAD a maior percentagem de utentes (cerca de 35%) corresponde a pessoas

parcialmente dependentes. No Relatório de 2012 da Carta Social, apenas 78% dos utentes da Rede de

Serviços e Equipamentos tinham algum grau de dependência e apenas 50% eram dependentes ou grandes

dependentes [25].

A resposta social de SAD parece ser o recurso procurado para pessoas parcialmente dependentes, dado

que, pela sua natureza, é uma resposta que visa manter a pessoa no seu domicílio o maior tempo possível,

potenciando a sua autonomia relativa e retardando a integração em ERPI. Esta, ao invés, parece ser o tipo

de resposta procurado para pessoas com maior grau de dependência [32].

Relativamente aos utentes com demência e suspeita de demência, mais de três quartos são parcialmente

dependentes ou dependentes, sendo baixa a percentagem de grandes dependentes. Esta tendência verifica-

se em qualquer uma das respostas sociais.

Mais de 40% dos utentes com grande dependência tem demência ou suspeita de demência, bem como cerca

de 50% dos parcialmente dependentes e dos dependentes.

Mais de 90% dos utentes com demência ou suspeita de demência tem algum grau de dependência e,

portanto, necessidades especiais de cuidados que justificam o apoio de uma resposta social.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 84

5 | ANÁLISE COMPARATIVA E CONSOLIDADA

AMOSTRA – DADOS GERAIS

CASCAIS OEIRAS SINTRA TOTAL

Nº de pessoas com 60 e mais anos [28] 49.705 45.248 71.846 166.799

Prevalência estimada de demência (7,29%) [2] 3.623 3.299 5.238 12.160

Registos por ICPC dos ACES 956 1.322 1.087 3.365

% em relação à prevalência estimada 26,4% 40,1% 20,8% 27,7%

Nº de pessoas com demência/suspeita identificadas no presente diagnóstico

307 330 806 1.443

% em relação à prevalência estimada 8,5% 10,0% 15,4% 12,0%

% em relação aos registos por ICPC dos ACES 32,1% 25,0% 74,1% 42,9%

No presente diagnóstico foram identificadas 1.443 pessoas com demência (e suspeita), o que corresponde a

12% da população estimada nos três concelhos e a 42,9% da população identificada pelos cuidados

primários de saúde.

30 Os dados relativos ao concelho de Sintra são mais robustos, comparativamente a Cascais e Oeiras, porque o número total de utentes é superior em cada uma das respostas sociais.

Tabela 39 – Estimativa de prevalência de demência e número de pessoas com demência/suspeita identificadas por concelho

Tabela 40 – Número total de utentes dos equipamentos sociais visitados por concelho

Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita Consolidado

demência/suspeita

Nº % Nº % TU Nº % TU Nº % TU

CASCAIS 973 24,3 239 24,6 68 7,0 307 31,6

OEIRAS 1005 25,1 210 20,9 120 11,9 330 32,8

SINTRA30 2024 50,6 489 24,2 317 15,7 806 39,8

Total 4002 - 938 23,4 505 12,6 1443 36,1

Gráfico 66 – Total de utentes com demência/suspeita (%)

64%

23%

13% Utentes semdemência

Utentes comdemência

Utentes comsuspeita

Page 86: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 85

Os utentes com demência (e suspeita) constituem 36,1% do total de utentes dos equipamentos visitados nos

três concelhos.

A percentagem de utentes com demência (e suspeita) é muito semelhante nos concelhos de Cascais e Oeiras,

constituindo respetivamente 32% e 33% do total de utentes de cada concelho. Em Sintra esta percentagem

sobe para 40%.

Todos os Utentes (TU)

Utentes com demência Utentes com suspeita Consolidado

demência/suspeita

Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU

ER

PI

CASCAIS 312 96 30,8 29 9,3 125 40,1

OEIRAS 243 114 46,9 20 8,2 134 55,1

SINTRA 826 278 33,7 152 18,4 430 52,1

Total 1381 488 35,3 201 14,6 689 49,9

CD

CASCAIS 522 110 21,1 31 5,9 141 27,0

OEIRAS 220 31 14,1 31 14,1 62 28,2

SINTRA 365 75 20,5 62 17,0 137 37,5

Total 1107 216 19,5 124 11,2 340 30,7

SA

D

CASCAIS 139 33 23,7 8 5,8 41 29,5

OEIRAS 117 5 4,3 3 2,6 8 6,8

SINTRA 598 111 18,6 86 14,4 197 32,9

Total 854 149 17,4 97 11,4 246 28,8

Em ERPI, os utentes com demência (e suspeita) constituem 49,9% do número total de utentes. Em CD constituem

30,7% e em SAD 28,8%.

31 Os dados de caracterização dos utentes foram tratados separadamente por resposta social (ERPI, CD e SAD). Contudo, alguns equipamentos enviaram dados consolidados de duas ou mais respostas sociais. Nestes casos, em que não foi possível a inclusão dos dados na análise por resposta social, os dados consolidados foram incluídos na análise da amostra total. Por este motivo o número total de utentes que é apresentado na Tabela 40 é superior à soma do total de utentes de cada resposta social da Tabela 41.

32%

Cascais

Com demência/suspeita

33%

Oeiras

Com demência/suspeita

40%

Sintra

Com demência/suspeita

Gráfico 67 – Utentes com demência/suspeita de demência por concelho (%)

Tabela 41 – Número total de utentes por resposta social31 e por concelho

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 86

O gráfico 68 permite compreender a distribuição dos utentes pelo total de respostas sociais de cada

concelho, segundo dados da Carta Social, e o gráfico 69 a distribuição dos utentes pelas respostas sociais

dos equipamentos visitados. Deste modo, verifica-se uma discrepância entre os utentes caracterizados no

presente relatório nos concelhos de Cascais e Oeiras na resposta social de SAD, em relação ao total de

32 Dados consultados no site www.cartasocial.pt

27,9

34,8

43,2

37,1

26,6

21,0

35,038,6

35,7

CASCAIS OEIRAS SINTRA

ERPI CD SAD

32,1

41,946,2

53,6

37,9

20,4

14,3

20,2

33,4

Cascais Oeiras Sintra

ERPI CD SAD

40,7

65,7

56,3

45,9

30,4

17,913,4

3,9

25,8

Cascais Oeiras Sintra

ERPI CD SAD

Gráfico 68 – Capacidade atual32 das respostas sociais dos equipamentos por concelho (%)

Gráfico 69 – Total de utentes por resposta social e por concelho (%)

Gráfico 70 – Total de utentes com demência/suspeita por resposta social e por concelho (%)

Page 88: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 87

vagas ocupadas nesta resposta. A distribuição de utentes do concelho de Sintra é semelhante em ambos os

gráficos.

De acordo com os dados recolhidos a maior percentagem de utentes dos equipamentos visitados em Cascais

encontra-se em CD, enquanto em Oeiras e Sintra encontra-se em ERPI. Sintra é o concelho com maior

percentagem de utentes em SAD e Cascais o concelho com maior percentagem de utentes em CD.

Em Cascais, cerca de 46% dos utentes com demência (e suspeita) encontram-se em CD, cerca de 41% em

ERPI e apenas 13% em SAD. Em Oeiras, cerca de 66% destes utentes encontram-se em ERPI, 30% em CD e

apenas 4% em SAD. Em Sintra, mais de 56% encontram-se em ERPI, cerca de 26% em SAD e apenas 18%

em CD (ver gráfico 70).

GÉNERO

71%

29%

Portugal

Feminino Masculino

58%

42%

Cascais

Feminino Masculino

58%

42%

Oeiras

Feminino Masculino

56%

44%

Sintra

Feminino Masculino

Gráfico 71 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por género, INE [23]

Gráfico 72 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por género (%), INE [28]

Page 89: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 88

Em Cascais e Oeiras a percentagem de utentes homens e mulheres é semelhante à do total nacional de

pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos (ver gráficos 71 e 73): 71% de mulheres para

29% de homens. Em Sintra, a percentagem de homens é ligeiramente superior: 33% para 67% de mulheres.

A diferença entre homens e mulheres, utentes dos equipamentos sociais, é mais elevada que a da população

total com 60 e mais anos a residir nestes concelhos (ver gráfico 72) em que as mulheres representam 58%

desta população em Cascais e Oeiras e 56% em Sintra.

No que respeita às pessoas com demência (e suspeita) a percentagem de mulheres é mais elevada: 77% em

Cascais, 74% em Oeiras e 76% em Sintra (ver gráfico 74).

As mulheres constituem 76% do total de pessoas com demência e suspeita de demência dos três conselhos.

71%

29%

Cascais

Feminino Masculino

71%

29%

Oeiras

Feminino Masculino

67%

33%

Sintra

Feminino Masculino

77%

23%

Cascais

Feminino Masculino

74%

26%

Oeiras

Feminino Masculino

76%

24%

Sintra

Feminino Masculino

76%

24%

Feminino Masculino

Gráfico 73 – Total de utentes por género e por Concelho

Gráfico 74 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género e por concelho

Gráfico 75 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género

Page 90: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 89

IDADE

A distribuição por grupos etários dos utentes dos equipamentos sociais de Cascais, Oeiras e Sintra

assemelha-se à do total nacional de pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos (ver

gráficos 76 e 77). Oeiras é o concelho com maior percentagem de utentes com mais de 90 anos e com menor

percentagem de pessoas entre os 61 e os 70 anos.

7%

23%

51%

19%

Portugal

60-69

70-79

80-89

90 e mais anos

13%

30%46%

11%

Cascais

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

9%

25%

46%

20%

Oeiras

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

11%

30%

47%

12%

Sintra

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

5%

27%

54%

14%

Cascais

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

7%

23%

44%

26%

Oeiras

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

10%

32%

49%

9%

Sintra

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

Gráfico 76 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por grupo etário, INE [23]

Gráfico 77 – Total de utentes por grupo etário e por concelho

Gráfico 78 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário e por concelho

Page 91: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 90

Oeiras é também o concelho com maior percentagem de pessoas com demência (e suspeita) com idade

acima dos 90 anos. Sintra tem a maior percentagem de pessoas com demência com idade entre os 71 e os

80 anos (ver gráfico 78).

Em todos os concelhos, a maior percentagem de utentes com demência (e suspeita) encontra-se no grupo

etário dos 81 aos 90 anos.

O total de utentes com demência (e suspeita) dos três concelhos seguem a tendência dos dados de

prevalência mundiais apresentados anteriormente [2]: quanto mais elevado é o intervalo etário, mais

elevada é também a percentagem de pessoas com demência (e suspeita) e menor a percentagem de

pessoas sem demência.

2%

8%

28%

48%

14% < = 60

61 – 70

71 – 80

81 – 90

>= 91

84,8

72,664,1 61,0 61,0

15,2

27,435,9 39,0 39,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91

Sem demência + NS/NR Com demência e suspeita

Linear (Sem demência + NS/NR) Linear (Com demência e suspeita)

Gráfico 79 – Total de utentes com demência/ suspeita por grupo etário

Gráfico 80 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário (%)

Page 92: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 91

ESTADO CIVIL

Nas estatísticas nacionais [33], a distribuição da população total com 60 e mais anos de cada concelho no

que respeita ao estado civil mostra que cerca de dois terços das pessoas são casadas (ver gráfico 81). Nos

equipamentos sociais dos três concelhos a maioria dos utentes são viúvos: 54,9% em Cascais, 56,8% em

Oeiras e 57,7% em Sintra (ver gráfico 82).

6,3 6,1 5,8

61,6 62,4 63,8

22,8 22,3 23,2

9,4 9,2 7,2

Cascais Oeiras Sintra

Solteiro Casado Viúvo Divorciado

11,7 11,8 12,7

25,0 23,4 22,8

54,9 56,8 57,7

8,2 7,8 6,10,2 0,2 0,7

Cascais Oeiras Sintra

Solteiro Casado Viúvo Div. / Sep. U. facto

8,65,6

10,0

24,1 23,518,1

62,1 63,9 66,6

4,8 7,0 5,00,3 0,0 0,3

Cascais Oeiras Sintra

Solteiro Casado Viúvo Div. / Sep. U. facto

Gráfico 81 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por estado civil (%), INE [33]

Gráfico 82 – Total de utentes por concelho e por estado civil (%)

Gráfico 83 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por estado civil (%)

Page 93: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 92

No que respeita às pessoas com demência (e suspeita), as percentagens sobem para cerca de dois terços de

viúvos: 62,1% em Cascais, 63,9% em Oeiras e 66,6% em Sintra (ver gráfico 83). Considerados na

globalidade, os viúvos constituem 65% dos utentes com demência e suspeita (ver gráfico 84).

ESCOLARIDADE

8,7

20,6

65,0

5,40,2

Solteiro Casado Viúvo Div. / Sep. U. facto

8,4 6,8 10,0

44,4 39,0

56,4

30,5 35,2

26,7

16,6 19,0

6,8

Cascais Oeiras Sintra

Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior

11,8 12,9

25,2

66,3 66,7 62,9

14,0 11,4 8,5 8,0 9,0

3,4

Cascais Oeiras Sintra

Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior

Gráfico 84 – Total de utentes com demência e suspeita de demência por estado civil (%)

Gráfico 85 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por escolaridade (%), INE [28]

Gráfico 86 – Total de utentes por concelho e por escolaridade (%)

Page 94: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 93

Nas estatísticas nacionais [28], a distribuição da população total de cada concelho pelos vários níveis de

escolaridade é diferente da encontrada nos utentes dos equipamentos sociais, verificando-se sobretudo uma

menor percentagem de pessoas com Ensino Secundário e Superior na amostra (ver gráficos 85 e 86).

Em todos os concelhos, cerca de dois terços dos utentes têm o 1º Ciclo de escolaridade. Sintra é o concelho

com maior percentagem de utentes analfabetos, Cascais tem a maior percentagem de utentes com Ensino

secundário e Oeiras a maior percentagem de utentes com Ensino superior.

Sintra é o concelho com maior percentagem de utentes com demência (e suspeita) analfabetos, Cascais tem a

maior percentagem de utentes com Ensino superior e Oeiras a maior percentagem de utentes com Ensino

secundário (ver gráfico 87).

O 1º Ciclo é o nível de escolaridade mais prevalente nos utentes com demência e suspeita de demência nos

três concelhos.

11,5 12,6

24,2

69,1

60,9 61,0

8,8

17,9 10,3 10,7 8,7

4,6

Cascais Oeiras Sintra

Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior

19,0

62,9

11,3 6,8

Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior

Gráfico 87 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por escolaridade (%)

Gráfico 88 – Total de utentes com demência/suspeita por escolaridade (%)

Page 95: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 94

E | CONCLUSÃO

Com a realização deste Diagnóstico Social visou-se identificar e caracterizar em termos sociodemográficos as

pessoas com demência dos concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra, utentes dos equipamentos sociais com

respostas de ERPI, CD e SAD. Pretendeu-se ainda fazer uma breve caracterização dos referidos

equipamentos.

Esta tarefa permitiu, por um lado, conhecer os equipamentos sociais que prestam serviços à população idosa

em cada um dos referidos municípios, numa dupla perspetiva: recolha de dados e intervenção (auxiliar a

equipa técnica do projeto nos serviços a prestar nos Gabinetes Cuidar Melhor, designadamente no

encaminhamento para as respostas sociais existentes na comunidade). Por outro lado, os resultados obtidos

contribuem para colmatar a escassez de dados nacionais nesta matéria, permitem identificar áreas de

intervenção prioritárias e propor respostas adequadas à realidade.

Em primeiro lugar, e no que respeita à identificação das pessoas com demência, de um total de 4.002

utentes dos equipamentos sociais dos concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra, foram identificadas 938 pessoas

com diagnóstico de demência e 505 pessoas com suspeita de demência (sem diagnóstico formal), que

constituem apenas 12% do universo estimado de 12.160 pessoas (tendo em conta as percentagens de

prevalência referidas na literatura) [2]. Mesmo ressalvando os utentes não incluídos na amostra deste estudo

porque apoiados por equipamentos não recenseados na Carta Social à data da recolha de dados

(nomeadamente por não terem alvará) ou por equipamentos não visitados, depreende-se que a maioria das

pessoas com demência a residir nos referidos municípios é assistida informalmente por cônjuges, familiares ou

outras pessoas próximas. As situações de pessoas que vivem sozinhas com 65 e mais anos, embora menos

frequentes, ainda assim constituem entre 7 e 11% da população residente nestes concelhos [34]. Destas,

algumas pessoas terão demência e poderão estar numa situação de maior vulnerabilidade, por não

receberem qualquer tipo de apoio.

Por outro lado o número de pessoas identificadas com diagnóstico de demência pelos Cuidados de Saúde

Primários constitui apenas 20 a 40% do universo estimado, sendo estes valores idênticos aos de outros países

com elevado rendimento [35].

Estes dados revelam a necessidade de sensibilizar a comunidade para este tema e em particular para a

importância da realização de um diagnóstico formal e precoce, que permita à pessoa com demência e aos

seus cuidadores planear o futuro (cuidados de saúde, património, projeto de vida), obter informação,

aconselhamento e suporte, aceder às terapêuticas existentes (farmacológicas e não farmacológicas) e

participar em estudos clínicos/investigação para benefício do próprio e/ou de gerações futuras [35].

As ações de sensibilização deverão concretizar-se junto de vários públicos, nomeadamente cuidadores e

familiares, dirigentes, técnicos e outros colaboradores de equipamentos sociais, magistrados e outros juristas,

e profissionais de saúde, em particular os médicos de Clínica Geral / Medicina Familiar, por terem um papel

fundamental na referenciação para as consultas de especialidade.

As pessoas identificadas com demência (23,4%) ou com suspeita (sem diagnóstico médico, 12,6%) constituem

36% de todos os utentes dos equipamentos sociais visitados. Nos resultados por resposta social verifica-se

que em SAD a percentagem é de 29%, em CD de 30% e nas ERPI sobe para 50%. Este último resultado

encontra-se em consonância com o relatório da Alzheimer’s Society [22], que refere que entre metade e dois

terços das pessoas a viverem em estruturas residenciais para idosos tem demência. Em Portugal, apesar de

não se conhecerem estudos efetuados a nível nacional, estima-se que existam, nos equipamentos das

Misericórdias, entre 25 a 30% de pessoas com demência [36].

Page 96: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 95

Relativamente à caracterização sociodemográfica da amostra, salienta-se que as pessoas com demência (e

suspeita), utilizadores dos equipamentos sociais, são, na sua grande maioria, mulheres, cerca de dois terços

têm 80 ou mais anos, são viúvas e frequentaram o 1º Ciclo de Escolaridade.

Os resultados relativos à idade, de uma forma geral, acompanham a tendência dos dados de prevalência

mundiais apresentados anteriormente [2]: quanto mais elevada é a idade, maior a percentagem de pessoas

com demência (e suspeita) e menor a percentagem de pessoas sem demência. Esta realidade resulta do facto

de a idade constituir o principal fator de risco associado a este tipo de patologia, nomeadamente da

Doença de Alzheimer [3, 37].

O estado civil parece constituir uma variável relevante na procura de um equipamento social. Com efeito,

65% dos utentes com demência (e suspeita) são viúvos e apenas cerca de 20% são casados. Estes dados

contrastam com os apresentados no estudo da Segurança Social sobre a Situação Social dos Doentes de

Alzheimer [16] em que 64% das pessoas com demência são casadas e 27% viúvas, sendo que nesta amostra

apenas 11% vivem em instituições. Na população total com 60 e mais anos dos três concelhos, também se

verifica que as pessoas casadas constituem cerca de 62% dos residentes e as pessoas viúvas apenas cerca

de 22% [33].

Os dados sugerem ainda que o nível de escolaridade poderá também ser um fator que determina a

utilização dos equipamentos sociais, nomeadamente pelas pessoas com demência (e suspeita): por um lado, a

amostra contempla uma maior percentagem de pessoas analfabetas e com o 1º Ciclo de escolaridade e, por

outro, uma menor percentagem de indivíduos com Ensino Secundário ou Superior quando comparada com a

população total com 60 e mais anos residente nestes municípios [28].

Em relação aos equipamentos sociais, constata-se que embora as estruturas e recursos possam estar em

conformidade com os requisitos legais, não estão ainda preparados, em muitos casos, para acolher e cuidar

de pessoas com demência, nomeadamente no que respeita a especificidades de natureza arquitetónica e à

qualificação e número dos recursos humanos existentes. A título de exemplo, referem-se as normas em vigor

no que respeita ao quadro de pessoal de CD (Guião Técnico da ex-DGAS, de 29-11-1996), que determina

a contratação de um ajudante por cada 30 utentes, sem ajustar os rácios em função dos graus de

dependência.

Mais de 90% dos utentes com demência (e suspeita), identificados no presente estudo, tem algum grau de

dependência, sendo que as pessoas com demência têm necessidades especiais e, quando comparadas com

outras pessoas dependentes, precisam de mais cuidados pessoais, horas de cuidado e supervisão [17]. Já em

2005, o mencionado estudo da Segurança Social [16] referia que era consensual para a globalidade das

famílias inquiridas que uma das medidas sociais a implementar seria a adequação dos equipamentos,

nomeadamente Lares e Centros de Dia, às especificidades da doença, chamando a atenção para a “total

desadequação das estruturas existentes”.

Assim, torna-se imperativa a revisão das normas de funcionamento dos equipamentos sociais por forma

adequá-los às exigências específicas dos utentes com demência, o que pode implicar um maior investimento

em recursos humanos e materiais para assegurar os cuidados adequados, nomeadamente por parte de ERPI

e CD.

Da breve caracterização dos equipamentos sociais de cada concelho ressaltam outras necessidades comuns

no que respeita à certificação da qualidade, à representação legal dos utentes e às dificuldades na

interação com pessoas com demência.

É considerável o número de equipamentos que não iniciou ainda o processo de certificação da qualidade. A

implementação de um sistema de gestão da qualidade permite melhorar o desempenho organizacional e a

satisfação dos clientes, colaboradores e parceiros e tem como principal objetivo a melhoria contínua da

qualidade dos serviços prestados e a sustentabilidade da própria organização. Contudo apurou-se que esta

implementação requer recursos humanos, logísticos e financeiros que muitos equipamentos não conseguem

Page 97: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 96

disponibilizar para este efeito, designadamente na atual conjuntura económica. Considera-se, no entanto,

que a conclusão deste processo é imprescindível e poderia constituir um primeiro passo para uma posterior

certificação específica na prestação de cuidados a pessoas com demência.

Atendendo à percentagem de pessoas com diagnóstico ou suspeita de demência, verificou-se que também é

muito reduzido o número de equipamentos que solicita a intervenção do representante legal na celebração

do contrato de prestação de serviços, sendo geralmente um familiar a assumir essa tarefa sem estar

legalmente habilitado para tal. Parece subsistir a ideia equivocada de que o vínculo de parentesco é

suficiente para legitimar o familiar a decidir pela pessoa com demência à medida que esta vai perdendo a

sua capacidade de decisão [38]. Tendo em conta esta situação, sugere-se a sensibilização dos familiares e

dos responsáveis dos equipamentos sociais acerca dos direitos das pessoas com demência, da sua

representação e dos limites da intervenção da família e dos profissionais.

Entre 75 e 95% dos equipamentos sociais visitados identificaram dificuldades no cuidado a pessoas com

demência, apontando a agressividade como uma das principais. Os constrangimentos na gestão dos sintomas

cognitivos e comportamentais estão relacionados com conhecimentos insuficientes acerca da doença e com

ausência de competências específicas para lidar com esses sintomas que, geridos de forma inadequada, se

agravam mais ainda, perpetuando as dificuldades, favorecendo a utilização de métodos de contenção e

aumentando a sobrecarga física e emocional de quem presta os cuidados [39]. Assim sendo, de forma a

melhorar esta realidade, sugere-se que os dirigentes, técnicos e outros colaboradores dos equipamentos

sociais, participem em ações formativas ministradas por entidades certificadas e que abordem conteúdos tais

como os sintomas cognitivos e comportamentais da doença, as estratégias para lidar com esses sintomas e a

gestão emocional da sobrecarga associada à prestação de cuidados por profissionais. A formação deverá

contemplar ainda conteúdos que sublinhem a necessidade da inclusão das pessoas com demência em

programas de atividades ocupacionais e de estimulação cognitiva específicos que promovam a sua

autonomia e qualidade de vida.

A corroborar a importância da competência técnica dos recursos humanos, um estudo realizado pela

Alzheimer’s Society do Reino Unido em 2013 refere que os critérios considerados mais importantes pelos

cuidadores na escolha de um equipamento são os conhecimentos sobre demência (87%) e a amabilidade

(51%) dos funcionários [17].

Em suma, considerando os resultados obtidos e a apreciação qualitativa decorrente da observação da

realidade no terreno durante a realização deste diagnóstico, propõe-se um conjunto de medidas que

permitam garantir a prestação de cuidados específicos e de qualidade a pessoas com demência.

1. SENSIBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE para a problemática das demências, em particular no que respeita

aos direitos das pessoas com demência e à importância do diagnóstico precoce, dirigida a diversos

públicos-alvo;

2. ADEQUAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS através da revisão do normativo legal referente às

condições de funcionamento das respostas, nomeadamente no que concerne a especificidades de natureza

arquitetónica e recursos humanos (dimensão e qualificação da equipa), e da certificação da qualidade na

prestação de cuidados a pessoas com demência;

3. FORMAÇÃO CERTIFICADA SOBRE DEMÊNCIAS para dirigentes, técnicos e outros funcionários da área

social e da saúde que prestam cuidados a estas pessoas e que inclua, entre outros temas, estratégias

para lidar com os sintomas cognitivos e comportamentais da demência e a gestão da sobrecarga do

cuidador profissional.

A implementação destas medidas ganha particular relevância e urgência pelo facto de uma parte

significativa dos utentes dos equipamentos sociais serem pessoas com demência, podendo chegar a constituir

metade da população em ERPI. Além disso, assemelham-se a outras que constam de publicações prévias [16,

26, 40] sobre questões relacionadas com a demência em Portugal, o que revela, infelizmente, que os

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 97

progressos no âmbito da intervenção nesta área, ao longo dos últimos anos, têm sido poucos e de

implementação morosa. Urge melhorar e acelerar este processo.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 98

F | REFERÊNCIAS

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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[37] Alzheimer’s Association (2014). Alzheimer’s Association Report. 2014 Alzheimer’s disease facts and

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[38] Instituto para o Desenvolvimento Social – IDT (2002). Guia para a intervenção com maiores em situação

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nursing home staff in Germany. International Psychogeriatrics, 21(2), 295-308.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 101

G | AGRADECIMENTOS

Importa sublinhar que o trabalho de recolha e análise de dados do presente relatório só foi possível graças

à colaboração dos municípios e dos diversos equipamentos sociais de Cascais, Oeiras e Sintra que se

disponibilizaram para receber a equipa do projeto e para fornecer dados de caracterização dos seus

utentes. Esta disponibilidade revela o interesse que têm, cada vez mais, os responsáveis envolvidos na

prestação de cuidados a pessoas com demência por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio a estas

pessoas, reconhecendo a necessidade de informação e de cuidados especializados nesta área.

1 | CASCAIS

Equipamentos que forneceram dados de caracterização sociodemográfica

ABLA – Associação de Beneficência Luso-Alemã

Actiábil – Serhogarsystem

Associação Alzheimer Portugal – Casa do Alecrim

Associação de Idosos e Deficientes do Penedo

Casa de Repouso de Alcabideche

Casa do Penedo

Casa dos Nossos Pais

Cascais Jardim

Centro Comunitário da Paróquia da Parede

Centro Comunitário de Tires

Centro de Dia da Torre

Centro de Dia de Alvide

Centro de Dia de Cascais

Centro Social e Paroquial de São Domingos de Rana

Centro Social e Paroquial de São Pedro e São João do Estoril

Centro Social Pôr-do-sol – Associação Aldeias SOS

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação Costa do Estoril

Descanso em Casa – Comfort Keepers

Espaço Sénior – Centro Comunitário de Carcavelos

Lar da Bafureira

Lar de Bicesse – Associação Cristã de Reinserção e Apoio Social

Live Longer

Residência Geriátrica Santa Inês

Três Anjos – Lar de 3ª Idade Lda.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 102

Outros equipamentos visitados

AISA – Associação de Apoio Social de Nossa Senhora da Assunção

Associação de Idosos de Santa Iria

Casa de Repouso São José

Cascare – Serviços Personalizados de Apoio Domiciliário, Lda. (Home Instead)

Centro Social e Paroquial de São Vicente de Alcabideche

Fundação O Século

Humanize – Serviços de Saúde, Lda.

Lar Professora Dra. Maria Ofélia Leite ribeiro

Residência Geriátrica Santa Rita

2 | OEIRAS

Equipamentos que forneceram dados de caracterização sociodemográfica

APOIO – Centro de Dia

Arca dos Afetos (Home Instead)

Associação Médica de Gerontologia Social

Better Life – Serviços de Apoio Domiciliário

Casa de Repouso “O Teu Ninho”

Casa de Repouso de Porto Salvo

Casa de Repouso de Paço d'Arcos

Casa do Parque – Residência para Idosos

Centro Comunitário e Paroquial Nossa Senhora das Dores

Centro de Dia de Algés – Obra Social Madre Maria Clara

Centro de Dia de São Vicente de Paulo

Centro Social e Paroquial de Nova Oeiras

Centro Social e Paroquial de Oeiras

Centro Social e Paroquial de São Miguel de Queijas

Centro Social e Paroquial de São Romão de Carnaxide

Centro Social Senhor Jesus dos Aflitos da Paroquia da Cruz Quebrada e Dafundo

Clinica de Repouso Dr. Lopes dos Santos

Corpuscare Global Health Center

Domicarecuida – Cuidados no Domicílio

Old Care – Serviços Gerontológicos

Séniores em Casa – Cuidados Domiciliários

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 103

Outros equipamentos visitados

Casa Solar de São Pedro

Centro Social e Paroquial de Barcarena

Centro Social e Paroquial de Porto Salvo – Centro de Dia da Laje

Clube de Repouso Casa dos Leões

Companhia Feliz – Apoio Domiciliário

Lar “A Fonte”

Serhogarsystem Oeiras

Unidade residencial – Associação de Assistência a Idosos e Deficientes de Oeiras

3 | SINTRA

Equipamentos que forneceram dados de caracterização sociodemográfica

Associação de Reformados da Freguesia da Terrugem

Associação de Reformados Pensionistas e Idosos "Os Ferrinhos"

Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém

Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos "Os Bispinhos"

Associação de Solidariedade e Apoio Social da TAP

Casa de Repouso "O Sobreiro"

Casa de Repouso dos Alfaiates de Portugal e Indústria de Vestuário

Casa de Repouso Miramar

Casa de Repouso Ocidente

Casa de Repouso São João

Casa de Repouso Vale de Lobos

Casa Romana

Centro Comunitário da Paróquia de Algueirão Mem-Martins

Centro Comunitário do Alto do Forte

Centro de Dia de Algueirão Mem-Martins

Centro Social Baptista

Centro Social da Sagrada Família

Centro Social de Convívio de Reformados, Pensionistas e Idosos de Morelena

Centro Social de Pêro Pinheiro

Centro Social de Reformados e Idosos de Albarraque

Centro Social Paroquial de Colares

Centro Social Paroquial de Rio de Mouro

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 104

Centro Social Paroquial de São João das Lampas

CERCITOP – Centro de Educação e Reabilitação de Deficientes de Todo o País

Complexo Social Marinel

Fenix One – Clube Residencial Sénior

Fundação Cardeal Cerejeira

Lar Ferry

Lar Santo Agostinho

Liga dos Amigos da 3ª Idade – “Os Avós"

O Castelo – Casa de Repouso e Recuperação

Origens – Lar para Idosos

Residência Geriátrica da Praia Grande

Retiro Dourado

Ser Alternativa – Associação de Apoio Social

SOLAMI – Associação de Solidariedade e Amizade de Casal de Cambra

URPITMA – União de Reformados, Pensionistas e Idosos de Tala, Meleças e Arredores

Vila Verde Residence

Outros equipamentos visitados

Associação Amigos de São Marcos

Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Mira Sintra

Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Queluz

Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Rio de Mouro

Casa das Robínias

Centro de Bem-Estar Social de Queluz

Centro Social do Exército de Salvação

Lar da Estrela

Quinta do Oitão – Fundação António Silva Leal

Santa Casa da Misericórdia de Sintra

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 105

H | ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Prevalência da demência na Europa Ocidental (%) ...................................................................................................... 5

Tabela 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social .................................................................................... 7

Tabela 3 – População total e com 60 e mais anos por concelho ..................................................................................................... 9

Tabela 4 – Número de pessoas com demência identificadas por concelho nos cuidados de saúde primários ....................... 9

Tabela 5 – Estimativa de prevalência de demência por concelho .................................................................................................. 10

Tabela 6 – Pessoas com 60 e mais anos a viver em famílias institucionais de apoio social por concelho ............................ 10

Tabela 7 – Número de respostas sociais, capacidade total e atual de utentes por concelho .................................................. 10

Tabela 8 – Equipamentos sociais – Amostra ......................................................................................................................................... 14

Tabela 9 – Dados de Caracterização dos utentes por resposta social em cada concelho ........................................................ 15

Tabela 10 – Capacidade total e atual das respostas sociais dos equipamentos visitados ....................................................... 15

Tabela 11 – Relação entre o número de utentes com dados de caracterização e a capacidade atual de todos os

equipamentos existentes no concelho e registados na Carta Social em 2013 ......................................................... 16

Tabela 12 – Cascais: Valores de mensalidade por resposta social ................................................................................................ 18

Tabela 13 – Cascais: Certificação dos equipamentos sociais ........................................................................................................... 18

Tabela 14 – Cascais: Total de Utentes por resposta social ............................................................................................................... 21

Tabela 15 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Género ........................................................................................... 23

Tabela 16 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Idade .............................................................................................. 25

Tabela 17 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil .................................................................................... 27

Tabela 18 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade ................................................................................. 29

Tabela 19 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço ........ 31

Tabela 20 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência ................................................................ 33

Tabela 21 – Oeiras: Valores de mensalidade por resposta social ................................................................................................. 40

Tabela 22 – Oeiras: Certificação dos equipamentos sociais ............................................................................................................ 40

Tabela 23 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social ................................................................................................................ 43

Tabela 24 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Género ............................................................................................ 45

Tabela 25 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Idade ............................................................................................... 47

Tabela 26 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil ..................................................................................... 49

Tabela 27 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade .................................................................................. 51

Tabela 28 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização/ Utilização do Serviço ........... 53

Tabela 29 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência ................................................................. 55

Tabela 30 – Sintra: Valores de mensalidade por resposta social ................................................................................................... 63

Tabela 31 – Sintra: Certificação dos equipamentos sociais .............................................................................................................. 63

Tabela 32 – Sintra: Total de Utentes por resposta social .................................................................................................................. 66

Tabela 33 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Género .............................................................................................. 68

Tabela 34 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Idade ................................................................................................. 70

Tabela 35 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil ....................................................................................... 72

Tabela 36 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade .................................................................................... 74

Tabela 37 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço ........... 76

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 106

Tabela 38 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência ................................................................... 78

Tabela 39 – Estimativa de prevalência de demência e número de pessoas com demência/suspeita identificadas por

concelho ..................................................................................................................................................................................... 84

Tabela 40 – Número total de utentes por concelho ............................................................................................................................ 84

Tabela 41 – Número total de utentes por resposta social e por concelho ..................................................................................... 85

I | ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Tipos de Demência mais comuns .......................................................................................................................................... 4

Gráfico 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social por género e grupo etário [23] ......................... 7

Gráfico 3 – Cascais: Natureza jurídica dos equipamentos sociais visitados ................................................................................. 17

Gráfico 4 – Cascais: Respostas sociais dos equipamentos visitados ................................................................................................ 17

Gráfico 5 – Cascais: Responsável pela visita (%) ................................................................................................................................ 18

Gráfico 6 – Cascais: Constituição do Corpo Técnico (%) ................................................................................................................... 19

Gráfico 7 – Cascais: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência ..................... 19

Gráfico 8 – Cascais: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%) ..................... 20

Gráfico 9 – Cascais: Amostra Total ......................................................................................................................................................... 21

Gráfico 10 – Cascais: Total de Utentes por resposta social (%) ...................................................................................................... 22

Gráfico 11 – Cascais: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%) .............................. 22

Gráfico 12 – Cascais: Total de Utentes por Género (%) ................................................................................................................... 23

Gráfico 13 – Cascais: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%) ......................................... 24

Gráfico 14 – Cascais: Total de Utentes por Idade (N) ....................................................................................................................... 26

Gráfico 15 – Cascais: Total de Utentes por Idade (%) ...................................................................................................................... 26

Gráfico 16 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (N) ............................................................................................................ 28

Gráfico 17 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (%)............................................................................................................ 28

Gráfico 18 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (N) .......................................................................................................... 30

Gráfico 19 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (%) ......................................................................................................... 30

Gráfico 20 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N) ................................. 32

Gráfico 21 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%) ................................ 32

Gráfico 22 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (N) ........................................................................................ 34

Gráfico 23 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (%) ........................................................................................ 34

Gráfico 24 – Oeiras: Natureza jurídica dos equipamentos sociais visitados ................................................................................ 39

Gráfico 25 – Oeiras: Respostas sociais dos equipamentos visitados .............................................................................................. 39

Gráfico 26 – Oeiras: Responsável pela visita (%) .............................................................................................................................. 40

Gráfico 27 – Oeiras: Constituição do Corpo Técnico (%) .................................................................................................................. 41

Gráfico 28 – Oeiras: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência .................... 41

Gráfico 29 – Oeiras: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência ............................ 42

Gráfico 30 – Oeiras: Amostra Total (%) ................................................................................................................................................ 43

Page 108: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 107

Gráfico 31 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social (%) ....................................................................................................... 44

Gráfico 32 – Oeiras: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%) ............................... 44

Gráfico 33 – Oeiras: Total de Utentes por Género (%) .................................................................................................................... 45

Gráfico 34 – Oeiras: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%) ........................................... 46

Gráfico 35 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (N) ........................................................................................................................ 48

Gráfico 36 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (%) ....................................................................................................................... 48

Gráfico 37 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (N) .............................................................................................................. 50

Gráfico 38 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (%) ............................................................................................................. 50

Gráfico 39 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (N) ........................................................................................................... 52

Gráfico 40 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (%) .......................................................................................................... 52

Gráfico 41 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N) .................................. 54

Gráfico 42 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%) ................................. 54

Gráfico 43 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (N) .......................................................................................... 56

Gráfico 44 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (%) ......................................................................................... 56

Gráfico 45 – Sintra: Natureza jurídica dos equipamentos sociais visitados .................................................................................. 62

Gráfico 46 – Sintra: Respostas sociais dos equipamentos visitados ................................................................................................ 62

Gráfico 47 – Sintra: Responsável pela visita ........................................................................................................................................ 63

Gráfico 48 – Sintra: Constituição do Corpo Técnico (%) .................................................................................................................... 64

Gráfico 49 – Sintra: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência ..................... 64

Gráfico 50 – Sintra: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%) ...................... 65

Gráfico 51 – Sintra: Amostra Geral (%) ................................................................................................................................................ 66

Gráfico 52 – Sintra: Total de Utentes por resposta social (%) ......................................................................................................... 67

Gráfico 53 – Sintra: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%) ................................. 67

Gráfico 54 – Sintra: Total de Utentes por Género (%) ...................................................................................................................... 68

Gráfico 55 – Sintra: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)............................................. 69

Gráfico 56 – Sintra: Total de Utentes por Idade (N) .......................................................................................................................... 71

Gráfico 57 – Sintra: Total de Utentes por Idade (%) ......................................................................................................................... 71

Gráfico 58 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (N) ............................................................................................................... 73

Gráfico 59 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (%) ............................................................................................................... 73

Gráfico 60 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (N) ............................................................................................................. 75

Gráfico 61 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (%) ............................................................................................................ 75

Gráfico 62 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N) .................................... 77

Gráfico 63 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%) ................................... 77

Gráfico 64 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (N) ........................................................................................... 79

Gráfico 65 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (%) ........................................................................................... 79

Gráfico 66 – Total de utentes com demência/suspeita (%) .............................................................................................................. 84

Gráfico 67 – Utentes com demência/suspeita de demência por concelho (%) ............................................................................ 85

Gráfico 68 – Capacidade atual das respostas sociais dos equipamentos por concelho (%) .................................................... 86

Gráfico 69 – Total de utentes por resposta social e por concelho (%)........................................................................................... 86

Gráfico 70 – Total de utentes com demência/suspeita por resposta social e por concelho (%) .............................................. 86

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 108

Gráfico 71 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por género, INE .............................................. 87

Gráfico 72 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por género (%), INE ......................................................... 87

Gráfico 73 – Total de utentes por género e por Concelho ............................................................................................................... 88

Gráfico 74 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género e por concelho ....................................... 88

Gráfico 75 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género ................................................................... 88

Gráfico 76 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por grupo etário, INE .................................... 89

Gráfico 77 – Total de utentes por grupo etário e por concelho ...................................................................................................... 89

Gráfico 78 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário e por concelho.......................................................... 89

Gráfico 79 – Total de utentes com demência/ suspeita por grupo etário .................................................................................... 90

Gráfico 80 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário (%) .............................................................................. 90

Gráfico 81 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por estado civil (%), INE ................................................. 91

Gráfico 82 – Total de utentes por concelho e por estado civil (%) ................................................................................................. 91

Gráfico 83 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por estado civil (%)..................................................... 91

Gráfico 84 – Total de utentes com demência e suspeita de demência por estado civil (%) ..................................................... 92

Gráfico 85 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por escolaridade (%), INE [28] ...................................... 92

Gráfico 86 – Total de utentes por concelho e por escolaridade (%) .............................................................................................. 92

Gráfico 87 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por escolaridade (%) ................................................. 93

Gráfico 88 – Total de utentes com demência/suspeita por escolaridade (%) ............................................................................. 93

J | ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Crescimento do número de pessoas com demência (em milhões) em países de elevado rendimento e de baixo

e médio rendimento .................................................................................................................................................................. 5

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Versão 1.6 Página | 109

L | ANEXOS

ANEXO 1

Guião da Visita à Instituição – primeira versão

ANEXO 2

Guião da Visita à Instituição – versão final

ANEXO 3

Formulário de Caracterização dos Utentes (Cascais)

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ANEXO 1

GUIÃO DE VISITA À INSTITUIÇÃO

DATA:__/__/__ HORA:_______ CÓDIGO:______

1. Ficha de Identificação da Instituição

Nome:_________________________________________________________________

Natureza Jurídica:________________________________________________________

Localidade:__________________________________ Concelho:__________________

Contacto telefónico:______________________ e-mail:__________________________

2. Identificação do responsável pela visita

Nome:_________________________________________________________________

Cargo desempenhado:_____________________________________________________

Área de formação:________________________________________________________

3. Certificação

3.1 Já iniciaram o sistema de gestão de qualidade? Sim Não

3.1.1 Se sim, como se encontra o processo?

Nível C Nível B Nível A Concluído

3.2 A instituição tem protocolo com a Associação Alzheimer Portugal: Sim Não

3.2.1 Se não, gostaria de ter? Sim Não

3.3 A Instituição tem regulamento interno: Sim Não

4. Corpo Técnico

Assistente Social: Fisioterapeuta: Terapeuta Ocupacional:

Psicólogo: Enfermeiro: Médico: Animador Sócio-cultural:

Outro: Qual/Quais: __________________________________________________

5. Recursos Humanos

Formação do Corpo Técnico:

5.1. A equipa frequenta/frequentou formações de reciclagem e/ou outras desde que

integra esta Instituição? Sim Não

5.1.1. Se sim, indique abaixo quais:

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ANEXO 1

Nome Data

5.2. Os elementos do corpo técnico frequentaram algum curso específico na área das

demências? Sim Não

5.2.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5.3.Colaboradores da Instituição:

Número Total Diurno Nocturno

Formação dos Colaboradores:

5.4. Os colaboradores frequentam formações de reciclagem e/ou outras?

Sim Não

5.5. Os colaboradores têm alguma formação específica sobre as demências?

Sim Não

5.5.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências?

________________________________________________________________

_______________________________________________________________

5.6. Voluntários na Instituição: Sim Não

5.6.1. Se sim, como é feita a selecção?

_______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5.6.2. Qual a intervenção dos voluntários na instituição?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5.6.3. Com que frequência desenvolvem o seu trabalho?

1 a 2 vezes por semana 3 a 4 vezes por semana 5 vezes por semana

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ANEXO 1

6. Caracterização das Valências da Instituição

Denominação Horário Período de Funcionamento Área Geográfica Mensalidade

Valor Mín. / Valor Máx.

Lar

Centro de Dia

Centro de Noite

Apoio Domiciliário

Apoio Domiciliário Integrado

Centro de Convívio

Residência

CATEI

7. Horários de Visitas e Período de Funcionamento da Instituição

7.1. Dias úteis: ______________________________________

Fins-de-semana e feriados: ________________________________________________

Todas as horas, excepto períodos de refeição e higiene: Sem horário estabelecido:

Actividade Horário Fixo Horário Flexível Actividade Horário Fixo Horário Flexível

Acordar/Levantar Lanche

Higienes Jantar

Pequeno-almoço Higiene

Almoço Deitar

7.2. Os horários da Instituição são flexíveis, considerando os hábitos dos utentes? Sim Não

7.3. Os horários estabelecidos pela Instituição, foram elaborados sem considerar os hábitos dos utentes? Sim Não

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ANEXO 1

8. Utentes

Valência Capacidade Máxima Número Actual

Lar

Centro de Dia

Centro de Noite

Apoio Domiciliário

Apoio Domiciliário Integrado

Centro de Convívio

Residência

CATEI

Caracterização sócio-demográfica dos utentes

8.1. Género

Feminino:

Masculino:

8.2. Idade

50-60 61-70

71-80 81-90 91- >

8.3. Concelho de Cascais

Alcabideche

Carcavelos

Cascais

Estoril

Parede

São

Domingos

de Rana

8.4. Concelho de Oeiras

Algés

Barcarena

Carnaxide

Caxias

Cruz Quebrada

Dafunto

Linha-a-Velha

Oeiras e

São Julião

da Barra

Paço d’Arcos

Porto Salvo

Queijas

8.5. Concelho de Sintra

Agualva

Algueirão-Mem Martins

Almargem do Bispo

Belas

Cacém

Casal de Cambra

Colares

Massamá

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ANEXO 1

Mira-Sintra

Monte Abraão

Montelavar

Pêro Pinheiro

Queluz

Rio de Mouro

Santa Maria e

São Miguel

São João das Lampas

São Marcos

São Martinho

São Pedro

de Penaferrim

Terrugem

8.6. Estado Civil

Solteiro Casado Viúvo Divorciado/Separado

União de facto

8.7. Escolaridade

Analfabeto 1º ciclo incompleto 1º ciclo completo

Ensino secundário Ensino superior NS/NR

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ANEXO 1

8.8. Tempo de institucionalização

1 mês – 6 meses 7 meses – 12 meses 1 ano – 2 anos

2 anos – 5 anos 5 anos – >

8.9. Fonte de Rendimento

Pensão/Reforma Pensão de invalidez Pensão de sobrevivência

Pensão social Subsídio de doença

Complemento solidário para idoso Complemento por dependência

Rendimentos de familiares Rendimentos próprios

Outro Sem rendimento

8.10. Grau de dependência

Sem dependência Pouca dependência

Dependência moderada Dependência severa

Utentes com demência

Sim Não Número Valência Motivo

9.1. Quantos utentes têm

diagnóstico de demência?

9.2. Os utentes diagnosticados

têm acompanhamento médico

por um neurologista/psiquiatra?

9.3. Os utentes diagnosticados

são acompanhados pelo médico

de família?

9.4. Os utentes diagnosticados

tomam alguma medicação

específica para a demência?

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ANEXO 1

9.5. Quais são os requisitos na admissão das Pessoas com Demência?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

________________________________________________________

Utentes com suspeita de demência

10. Quantos utentes suspeita que possam ter demência?

10.1. Quais as razões que aponta para essa suspeição?

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

10.2. Porque não foi encaminhado para uma consulta de especialidade?

Falta de sensibilidade para a patologia Recusa do Utente

Recusa da Família Falta de recursos económicos do Utente

Tempo de espera da consulta Falta de conhecimento de médicos especialistas

Outro/os Qual/Quais _______________________________________________

10.3. Quando o/a Diretor(a) Técnico(a)/Responsável deteta situações de carência sócio-

económica encaminha-as para técnicos da área social? Sim Não

10.3.1. Se sim, para que organismos? _______________________________________

10.3.2. Se não, qual o motivo? _____________________________________________

10.4. As pessoas de quem têm suspeita de demência estão medicadas? Sim Não

10.4.1. Qual/Quais os motivos?

________________________________________________________________

10.5. Quais são as principais dificuldades na tarefa de cuidado de pessoas com dependência e

que implicam maior sobrecarga:

Distúrbios do sono Distúrbios alimentares Agressividade

Deambulação Agitação Apatia Outros

10.5.1. Qual/Quais? ______________________________________________________

10.6. Quais os procedimentos que adota no processo de admissão de um utente, quando surge a

dúvida se o mesmo tem demência?

a) Consulta a família e informa-se sobre a situação

b) A própria instituição responsabiliza-se pelo encaminhamento para a consulta de

especialidade

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ANEXO 1

c) Aceitam sem nada fazer

d) Outro Qual/Quais? _____________________________________________

Processo jurídico de admissão de utentes com demência

11. Quais são os procedimentos no ponto de vista das questões legais. Aceitam Pessoas com

Demência sem o processo de interdição? Sim Não

11.1. Se sim, quem o representa?

___________________________________________________________________

12. A Direção/Diretora Técnica tem conhecimento das questões legais relacionadas com a

Pessoa com Demência? Sim Não

13. O que considera sobre a possibilidade das Pessoas com demência elaborarem um Testamento

Vital?

13.1. Seria útil

13.2. Impossível, não tem capacidade para o fazer

13.3. Respeitaria as vontades da Pessoa com Demência

13.4. Outro

Qual/Quais?

___________________________________________________

14. Caracterização sócio-demográfica dos utentes com demência

14.1. Género

Feminino:

Masculino:

14.2. Idade

50-60 61-70

71-80 81-90 91- >

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ANEXO 1

14.3.Concelho de Cascais

Alcabideche

Carcavelos

Cascais

Estoril

Parede

São

Domingos

de Rana

14.4. Concelho de Oeiras

Algés

Barcarena

Carnaxide

Caxias

Cruz Quebrada

Dafunto

Linha-a-Velha

Oeiras e

São Julião

da Barra

Paço d’Arcos

Porto Salvo

Queijas

14.5. Concelho de Sintra

Agualva

Algueirão-Mem Martins

Almargem do Bispo

Belas

Cacém

Casal de Cambra

Colares

Massamá

Mira-Sintra

Monte Abraão

Montelavar

Pêro Pinheiro

Queluz

Rio de Mouro

Santa Maria e

São Miguel

São João das Lampas

São Marcos

São Martinho

São Pedro

de Penaferrim

Terrugem

14.6. Estado Civil

Solteiro Casado Viúvo Divorciado/Separado

União de facto

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ANEXO 1

14.7. Escolaridade

Analfabeto 1º ciclo incompleto 1º ciclo completo

Ensino secundário Ensino superior NS/NR

14.8. Tempo de institucionalização

1 mês – 6 meses 7 meses – 12 meses 1 ano – 2 anos

2 anos – 5 anos 5 anos – >

14.9. Fonte de Rendimento

Pensão/Reforma Pensão de invalidez Pensão de sobrevivência

Pensão social Subsídio de doença

Complemento solidário para idoso Complemento por dependência

Rendimentos de familiares Rendimentos próprios

Outro Sem rendimento

14.10. Grau de dependência

Sem dependência Pouca dependência

Dependência moderada Dependência severa

Actividades Sócio-Culturais

15.1.Existe um plano mensal de actividades sócio-culturais? Sim Não

15.2. Os utentes com demência participam nas actividades realizadas?

Sim Não

15.2.1. Se não, qual o motivo pelo qual os utentes com demência não participam nas

actividades?

__________________________________________________________________

_________________________________________________________________

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ANEXO 1

Espaço Físico da Instituição

16. Localização:

Urbano: Rural: Isolado: No centro da localidade:

17. Edifício:

Construção recente e específica: Sim Não

Construção antiga e específica: Sim Não Recuperado e adaptado: Sim Não

18. Estrutura do edifício:

Nº de pisos: Elevador: Sim Não Rampa de acesso: Sim Não

Piso antiderrapante: Sim Não Corrimões dos dois lados: Sim Não

Sistema de aquecimento: Sim Não Saídas de Emergência: Sim Não

Detetores de fumo: Sim Não Sistema de vigilância de saída de utentes: Sim Não

19. Cozinha:

Condições de higiene: Boas Más Razoáveis

Dimensões: Boas Más Razoáveis

20. Sala de Refeições:

Condições de higiene: Boas Más Razoáveis

Organização: Boas Más Razoáveis Dimensões: Boas Más Razoáveis

21. Sala de Estar:

Independente da sala de refeições: Sim Não Boas Más Razoáveis

Existe um cadeirão para cada utente: Sim Não Boas Más Razoáveis

Dimensões: Boas Más Razoáveis Higiene: Boa Má Razoável

Organização/Disposição: Boa Má Razoável

22. Gabinete médico: Sim Não

23. Número de WC:

Existe apoio nas sanitas e banheiras: Sim Não Bom Mau Razoável

Dimensões: Boas Más Razoáveis

Higiene: Boa Má Razoável

24. Quartos:

Quartos individuais: _____ Quartos duplos: _____ Quartos triplos: _____

Quartos de casal: _____

Camas por quarto: Boas Más Razoáveis

Distância 1 m entre camas: Sim Não

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ANEXO 1

Biombos/cortinas entre camas: Sim Não

Luz natural: Sim Não

Mobiliário individual: Sim Não

Dimensões dos quartos: Boas Más Razoáveis Higiene: Boa Má Razoável

25. Ambiente da Instituição: Confuso Ruidoso Tranquilo

26. Personalização dos espaços:

Os utentes têm objectos pessoais nos seus quartos? Sim Não

É permitido aos utentes levar o seu mobiliário para a instituição? Sim Não

27. Espaço exterior:

Existe espaço exterior: Sim Não

Tem sombras: Sim Não

Oferece condições de segurança: Sim Não

RELATÓRIO FINAL

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

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ANEXO 2

Guião de visita às instituições (versão 2) 1

GUIÃO DE VISITA À INSTITUIÇÃO

DATA:___/___/_______ HORA:_________ CÓDIGO:________

1. Ficha de Identificação da Instituição Nome: ________________________________________________________________________________________

Natureza Jurídica: ______________________________________________________________________________

Localidade: ___________________________________ Concelho: _____________________________________

Contacto telefónico: ____________________________ e-mail: _______________________________________

2. Identificação do responsável pela visita Nome: ________________________________________________________________________________________

Cargo desempenhado: ___________________________________________________________________________

Área de formação: _______________________________________________________________________________

3. Certificação 3.1. Já iniciaram o sistema de gestão de qualidade? Sim Não

3.1.1. Se sim, como se encontra o processo?

Nível A Nível B Nível C Concluído

3.2. A instituição tem protocolo com a Associação Alzheimer Portugal? Sim Não

3.2.1. Se não, gostaria de ter? Sim Não

3.3. A Instituição tem regulamento interno? Sim Não

4. Corpo técnico Assistente Social Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional Psicólogo

Enfermeiro Médico Animador Sócio-cultural Outro(s)

Qual/Quais ____________________________________________________________________________________

5. Recursos Humanos

Formação do Corpo Técnico:

5.1. A equipa frequenta/frequentou acções de formação desde que integra esta Instituição? Sim Não

5.2. Os elementos do corpo técnico frequentaram algum curso específico na área das demências? Sim Não

5.2.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências?

_____________________________________________________________________________________________

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ANEXO 2

Guião de visita às instituições (versão 2) 2

5.3. Colaboradores da Instituição:

Número total _______ Diurno _______ Nocturno _______ Formação dos Colaboradores

5.4. Os colaboradores frequentam formações de reciclagem e/ou outras? Sim Não

5.5. Os colaboradores têm alguma formação específica sobre as demências? Sim Não

5.5.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências? ______________________________________

6. Caracterização das Valências da Instituição

Denominação Horário Período de

Funcionamento Área Geográfica Mensalidade

Valor Mín./Valor Máx.

Lar

Centro de Dia

Centro de Noite

Apoio Domiciliário

Centro de Convívio

Residência

CATEI

6.1. Os horários da Instituição são flexíveis (levantar, higiene, refeições), considerando os hábitos dos utentes?

Sim Não Não aplicável

6.2. Horários de Visitas Dias úteis: __________________ Fins-de-semana e feriados: _________________

Todas as horas, excepto períodos de refeição e higiene Sem horário estabelecido Não aplicável

7. Utentes com suspeita de demência

7.1. O utente com suspeita de demência é encaminhado para consulta de especialidade? Sim Não

7.1.1. Se não, qual o motivo?

Recusa do Utente Falta de recursos económicos do Utente

Recusa da Família Falta de conhecimento de médicos especialistas

Falta de recursos da instituição Outro(s)

Qual/Quais ____________________________________________________________________________________ 7.2. As pessoas de quem têm suspeita de demência tomam medicação específica para a demência?

Sim Não

7.3. Quais são as principais dificuldades na prestação de cuidados a pessoas com demência/suspeita de demência e que implicam maior sobrecarga:

Distúrbios do sono Distúrbios alimentares Agressividade

Deambulação Agitação Apatia

Outros Qual/Quais? __________________________________________________________________________

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ANEXO 2

Guião de visita às instituições (versão 2) 3

7.4. Eventuais critérios de exclusão na admissão de pessoas com demência/suspeita de demência:

Grande dependência Alterações comportamentais Não ter processo de interdição

Outro(s) _______________________________________________________________________________________

8. Processo jurídico de admissão de utentes com demência/suspeita de demência 8.1. Quem é que assina o contrato?

O próprio Representante Legal Familiar Outro

Quem? _______________________________________________________________________________________

9. Actividades Sócio-Culturais

9.1. Existe um plano mensal de actividades sócio-culturais? Sim Não

9.2. Os utentes com demência participam nas actividades realizadas? Sim Não

9.2.1. Se não, qual o motivo pelo qual os utentes com demência não participam nas actividades?

_____________________________________________________________________________________________

Espaço Físico da Instituição 10. Localização Urbano Rural Isolado Centro da localidade 11. Edifício Construção recente e específica Sim Não

Construção antiga e específica Sim Não Recuperado e adaptado Sim Não 12. Estrutura do edifício Nº de pisos ______

Rampa de acesso Sim Não Piso antiderrapante Sim Não

Elevador Sim Não Sistema de aquecimento Sim Não

Corrimões dos dois lados Sim Não Detetores de fumo Sim Não

Saídas de Emergência Sim Não Sistema de vigilância de saída de utentes Sim Não 13. Cozinha

Condições de higiene Boas Más Razoáveis

Dimensões Boas Más Razoáveis 14. Sala de Refeições

Condições de higiene Boas Más Razoáveis

Dimensões Boas Más Razoáveis

15. Sala de Estar

Independente da sala de refeições Sim Não Condições: Boas Más Razoáveis

Cadeirão para cada utente Sim Não Condições: Boas Más Razoáveis

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ANEXO 2

Guião de visita às instituições (versão 2) 4

Dimensões Boas Más Razoáveis

Higiene Boa Má Razoável

16. Gabinete médico Sim Não

17. Número de WC

Apoio nas sanitas e banheiras Sim Não Condições: Bom Mau Razoável

Dimensões Boas Más Razoáveis

Higiene Boa Má Razoável

18. Quartos Individuais _______ Duplos _______ Triplos _______ Casal _______

Distância 1 m entre camas Sim Não Biombos/cortinas entre camas Sim Não

Luz natural Sim Não Mobiliário individual Sim Não

Camas por quarto Boas Más Razoáveis

Higiene Boa Má Razoável 19. Ambiente da Instituição Confuso Ruidoso Tranquilo 20. Personalização dos espaços

Os utentes têm objectos pessoais nos seus quartos? Sim Não

É permitido aos utentes levar o seu mobiliário para a instituição? Sim Não 21. Espaço exterior Existe espaço exterior Sim Não

Tem sombras Sim Não Oferece condições de segurança Sim Não

Observações

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ANEXO 3

Caracterização dos Utentes - Cascais (versão 2) 1

CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES

PREPARAÇÃO DA VISITA À INSTITUIÇÃO PELA EQUIPA DO PROJECTO CUIDAR MELHOR

Identificação da Instituição Nome: ________________________________________________________________________________________

Natureza Jurídica: ______________________________________________________________________________

Utentes

Valência Capacidade Máxima Número Actual

Lar

Centro de Dia

Centro de Noite

Apoio Domiciliário

Centro de Convívio

Residência

CATEI

Caracterização sócio-demográfica dos utentes (para cada ponto assinalar o nº total de utentes em cada situação) 1. Género: Feminino ________ Masculino ________ 2. Idade: 50-60 ________ 61-70 ________ 71-80 ________ 81-90 ________ >=91 ________ 3. Freguesia de Residência

Alcabideche ________ Carcavelos ________ Cascais ________

Estoril ________ Parede ________ S. Domingos de Rana ________

Outros concelhos ________ 4. Estado Civil

Solteiro ________ Casado ________ Viúvo ________

Divorciado/Separado ________ União de facto ________ 5. Escolaridade

Analfabeto ________ 1º Ciclo incompleto ________ 1º Ciclo completo ________

Ensino secundário ________ Ensino superior ________ NS/NR ________ 6. Tempo de Institucionalização

1 – 6 meses_______ 7 – 12 meses______ 1 – 2 anos________ 2 – 5 anos________ + 5 anos________ 7. Fontes de Rendimento

Pensão/Reforma ________ Pensão de invalidez ________ Pensão sobrevivência ________

Pensão social ________ Subsídio de doença ________ Compl. solidário p/ idoso ________

Compl. p/ dependência ________ Rendimentos familiares ________ Rendimentos próprios ________

Sem rendimento ________ Outro: ________________________________________________________

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ANEXO 3

Caracterização dos Utentes - Cascais (versão 2) 2

8. Grau de Dependência Autónomo ________

Parcialmente dependente ________ Dependente ________ Grande dependente ________

AUTÓNOMO: Capaz de realizar sem apoios de terceiros os cuidados de necessidade básica

PARCIALMENTE DEPENDENTE: Necessita de apoio de terceiros para cuidados de higiene pessoal e/ou deslocação

DEPENDENTE: Não pode praticar, com autonomia, os actos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: alimentação, locomoção e/ou cuidados de higiene pessoal

GRANDE DEPENDENTE: Acumulam as situações de dependência que caracterizam os dependentes e encontram-se acamados ou apresentam quadros de demência grave

Utentes com demência

Sim Não Número Valência

Quantos utentes têm diagnóstico médico de demência? Quantos utentes têm suspeita de demência (deterioração cognitiva), mas sem diagnóstico médico? Os utentes diagnosticados têm acompanhamento médico por um neurologista/psiquiatra? Os utentes diagnosticados são acompanhados pelo médico de família? Os utentes diagnosticados tomam alguma medicação específica para a demência?

Caracterização sócio-demográfica dos utentes com diagnóstico médico de demência (para cada ponto assinalar o nº total de utentes com diagnóstico de demência em cada situação) 1. Género: Feminino ________ Masculino ________ 2. Idade: 50-60 ________ 61-70 ________ 71-80 ________ 81-90 ________ >=91 ________ 3. Freguesia de Residência

Alcabideche ________ Carcavelos ________ Cascais ________

Estoril ________ Parede ________ S. Domingos de Rana ________

Outros concelhos ________ 4. Estado Civil

Solteiro ________ Casado ________ Viúvo ________

Divorciado/Separado ________ União de facto ________ 5. Escolaridade

Analfabeto ________ 1º Ciclo incompleto ________ 1º Ciclo completo ________

Ensino secundário ________ Ensino superior ________ NS/NR ________ 6. Tempo de Institucionalização

1 – 6 meses_______ 7 – 12 meses______ 1 – 2 anos________ 2 – 5 anos________ + 5 anos________ 7. Fontes de Rendimento

Pensão/Reforma ________ Pensão de invalidez ________ Pensão sobrevivência ________

Pensão social ________ Subsídio de doença ________ Compl. solidário p/ idoso ________

Compl. p/ dependência ________ Rendimentos familiares ________ Rendimentos próprios ________

Sem rendimento ________ Outro: ________________________________________________________

Page 129: DIAGNÓSTICO SOCIAL...DIAGNÓSTICO SOCIAL Versão 1.6 Página | 1 TÍTULO DIAGNÓSTICO SOCIAL Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra PROPRIEDADE

ANEXO 3

Caracterização dos Utentes - Cascais (versão 2) 3

8. Grau de Dependência Autónomo ________

Parcialmente dependente ________ Dependente ________ Grande dependente ________

AUTÓNOMO: Capaz de realizar sem apoios de terceiros os cuidados de necessidade básica

PARCIALMENTE DEPENDENTE: Necessita de apoio de terceiros para cuidados de higiene pessoal e/ou deslocação

DEPENDENTE: Não pode praticar, com autonomia, os actos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: alimentação, locomoção e/ou cuidados de higiene pessoal

GRANDE DEPENDENTE: Acumulam as situações de dependência que caracterizam os dependentes e encontram-se acamados ou apresentam quadros de demência grave

Caracterização sócio-demográfica dos utentes com suspeita de demência (sem diagnóstico médico) (para cada ponto assinalar o nº total de utentes com suspeita de demência em cada situação) 1. Género: Feminino ________ Masculino ________ 2. Idade: 50-60 ________ 61-70 ________ 71-80 ________ 81-90 ________ >=91 ________ 3. Freguesia de Residência

Alcabideche ________ Carcavelos ________ Cascais ________

Estoril ________ Parede ________ S. Domingos de Rana ________

Outros concelhos ________ 4. Estado Civil

Solteiro ________ Casado ________ Viúvo ________

Divorciado/Separado ________ União de facto ________ 5. Escolaridade

Analfabeto ________ 1º Ciclo incompleto ________ 1º Ciclo completo ________

Ensino secundário ________ Ensino superior ________ NS/NR ________ 6. Tempo de Institucionalização

1 – 6 meses_______ 7 – 12 meses______ 1 – 2 anos________ 2 – 5 anos________ + 5 anos________ 7. Fontes de Rendimento

Pensão/Reforma ________ Pensão de invalidez ________ Pensão sobrevivência ________

Pensão social ________ Subsídio de doença ________ Compl. solidário p/ idoso ________

Compl. p/ dependência ________ Rendimentos familiares ________ Rendimentos próprios ________

Sem rendimento ________ Outro: ________________________________________________________ 8. Grau de Dependência Autónomo ________

Parcialmente dependente ________ Dependente ________ Grande dependente ________

AUTÓNOMO: Capaz de realizar sem apoios de terceiros os cuidados de necessidade básica

PARCIALMENTE DEPENDENTE: Necessita de apoio de terceiros para cuidados de higiene pessoal e/ou deslocação

DEPENDENTE: Não pode praticar, com autonomia, os actos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: alimentação, locomoção e/ou cuidados de higiene pessoal

GRANDE DEPENDENTE: Acumulam as situações de dependência que caracterizam os dependentes e encontram-se acamados ou apresentam quadros de demência grave

Projeto Cuidar Melhor

Coordenação: Catarina Alvarez Equipa Técnica: Isabel Sousa (91 439 04 24)

Vanda Pinto (96 588 19 53)