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11 Diagnóstico Social - REDE SOCIAL DE ALCOCHETE 1. Diagnóstico Social de Alcochete 2006

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1.Diagnóstico Social de Alcochete

2006

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1.1 Objectivos e Princípios Orientadores

Os processos de diagnóstico, também designados por avaliação de necessidades, constituem uma ferramenta por excelência de apoio à tomada de decisão sobre as linhas estratégicas de desenvolvimento dos territórios.

O actual Diagnóstico Social tem como objectivo geral contribuir para uma maior adequabilidade e eficácia dos processos de planeamento estratégico de apoio ao processo de desenvolvimento do concelho de Alcochete.

Como objectivo específico, o Diagnóstico Social pretende assegurar um conhecimento geral dos principais problemas e necessidades, recursos e dinâmicas territoriais do concelho de Alcochete.

No que se refere aos resultados esperados, pretende-se:

Definir problemáticas de intervenção prioritária;Identificar as vulnerabilidades locais, bem como os recursos existentes para as colmatar / minimizar;Aprofundar o conhecimento sobre as intervenções produzidas pelos diversos actores sociais;Conhecer o contexto externo em que se enquadra o desenvolvimento do concelho, nomeadamente ao nível de oportunidades e ameaças;Identificar défices de informação e recomendar estudos de aprofundamento.

A formulação e concretização dos objectivos do Diagnóstico são enquadradas pelos seguintes princípios:

Participação;Respeito por e integração de perspectivas, opiniões e ideologias diferentes;Triangulação da informação;Empowerment.

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O Diagnóstico Social de Alcochete seguiu uma linha metodológica cuja finalidade é de estimular a participação activa dos elementos do CLASAlcochete, através da valorização das suas percepções e experiências de trabalho e/ou pessoais relativamente aos problemas e necessidades do concelho de Alcochete e da triangulação de informação oriunda de fontes diversas.

Num primeiro momento, privilegiou-se a recolha e análise de informação estatística a partir de fontes oficiais de âmbito nacional (Instituto Nacional de Estatística) e de âmbito local (Município, Segurança Social, serviços de saúde, escolas, etc.).

Simultaneamente, foi accionada uma pesquisa documental, com o objectivo de aprofundar o conhecimento sobre a realidade do concelho. Com esta pesquisa foi, ainda, possível aumentar os conhecimentos sobre processos de diagnóstico e levantamento de necessidades e, por essa via, capacitar o Secretariado Técnico para a elaboração do documento em questão. A frequência das acções de formação proporcionadas pelo Instituto de Segurança Social e subordinadas a este tema coadjuvaram esta pesquisa e contribuíram significativamente para o referido aumento de competências.

De entre um leque variado de técnicas foi ainda seleccionada e aplicada a Nuvem de Problemas recorrendo ao Grupo Técnico Nominal, procurando-se captar, da forma mais

imediata possível, quais as grandes problemáticas percepcionadas no concelho. Esta técnica permitiu, ainda, elevar o nível de participação e discussão do processo de diagnóstico, reforçando-se assim o trabalho em rede.

Deste trabalho resultou a definição de 6 áreas problemáticas:

Rede de ParceriasEquipamentos Educativos e SociaisEducação, Formação e Emprego Prevenção e SegurançaFormação CívicaHabitação, Acessibilidades e Barreiras Arquitectónicas

A partir desta base de trabalho foram constituídos 6 grupos temáticos relativamente a cada uma das áreas anteriormente definidas. Cada um dos grupos estava incumbido de proceder a uma análise SWOT relativa aos problemas identificados e que se pretendiam aprofundar. Foi, deste modo, possível gerar um conhecimento mais concreto sobre os problemas e as dinâmicas em curso no concelho, tendo por base uma análise quadrangular Fragilidades – Potencialidades – Oportunidades – Ameaças. Posteriormente, a análise foi dividida em duas partes: o ambiente externo (oportunidades e ameaças) e o ambiente interno (forças). É sobre o ambiente interno que podemos intervir, a partir da definição das estratégias, mas no entanto, apesar o ambiente externo estar totalmente fora do controle da nossa actuação, é de grande utilidade o seu conhecimento, de forma a proceder à sua

1.2 Metodologia

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monitorização e desse modo evitar as ameaças.

Concomitantemente, foi elaborado um instrumento de recolha de informação individual tipo questionário, e enviado via postal a todas as entidades parceiras do CLASAlcochete, com um prazo de resposta pré-definido. A dificuldade de resposta em tempo útil por parte de algumas instituições, deu origem a que não fosse possível incluir neste documento a informação resultante da aplicação deste instrumento. No entanto, e na perspectiva de que o Diagnostico Social é um processo inacabado e, consequentemente, de actualização e aprofundamento continuado, o instrumento será aplicado posteriormente, não por via postal mas de preenchimento presencial e com o apoio do Secretariado Técnico.

Identificada a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre comportamentos de risco nos jovens, foi aplicado em simultâneo um inquérito por questionário em meio escolar.

Foram também realizadas entrevistas semi-estruturadas a informadores privilegiados, com o objectivo de aprofundar a informação recolhida nos momentos anteriores. A informação decorrente da aplicação desta técnica foi analisada recorrendo a uma grelha específica de análise de conteúdo.

Na sequência do trabalho do diagnóstico participado, e com objectivo de aperfeiçoar e objectivar o resultado final, realizou-se um último workshop com os elementos do CLASAlcochete onde se aplicou a técnica do focus group. Foi possível aferir as áreas problemáticas a constar do documento de Diagnóstico Social, a saber:

Educação, Formação e EmpregoHabitação e AcessibilidadesPrevenção e SegurançaFormação CívicaSolidariedade Social

O grupo teve ainda a possibilidade de reflectir e emitir recomendações sobre as linhas orientadoras para a concretização do passo seguinte: a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social de Alcochete.

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Na sequência do pré-diagnóstico de Alcochete, procedeu-se à definição de uma primeira bateria de referenciais estatísticos de percepção comparativa, cuja monitorização / actualização deverá ocorrer com uma periodicidade tão curta quanto possível.

Esta opção prende-se com o entendimento de que estes são uma ferramenta para a leitura do território e, em simultâneo, um complemento à abordagem essencialmente qualitativa descrita no ponto 4 deste capítulo.

1.3 Referenciais Estatísticos

Área total (2004) 128.4 Km2

População residente (2004) 14 966 habitantes

Densidade populacional (2004) 116.66 habitantes/Km2

Nados vivos (2004) 217

Óbitos (2004) 135

Taxa de crescimento efectivo (2004) 4.22%superior à taxa verificada na Península de Setúbal (1.32%) e no continente (0.52%)

Taxa de crescimento natural (2004) 0.56%superior à taxa verificada na Península de Setúbal (0.25%) e no continente (0.06%)

Taxa bruta de natalidade (2004) 14.8‰superior à taxa verificada na Península de Setúbal (11.6‰) e no continente (10.3‰)

Taxa bruta de mortalidade (2004) 9.2‰superior à taxa verificada na Península de Setúbal (9.0‰) mas inferior à verificada no continente (9.7‰)

Índice de envelhecimento (2004) 102.8superior ao índice verificado na Península de Setúbal (96.5) mas inferior ao do continente (111.2)

Índice de dependência de idosos (2004) 24.2superior ao índice verificado na Península de Setúbal (21.8) mas inferior ao do continente (25.6)

Índice de longevidade (2004) 41.7superior ao índice verificado na Península de Setúbal (38.8) mas inferior ao do continente (43.2)

Estrangeiros que solicitaram estatuto de residente (2004) 15

TERRITÓRIO E POPULAÇÃO

Estatísticas

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Fonte: INE

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GRÁFICO 1 - População residente segundo os grandes grupos etários (2004)

GRÁFICO 2 - Movimento natural da população

Fonte: INE

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4000

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2000

1000

0

0 a 14 anos 15 a 24 anos 25 a 64 anos 65 e mais anos

Grupos Etários

2386

1221 1165

1691

864 827

8437

4205 4232

2452

10351417

homens e mulhereshomensmulheres

250

200

150

100

50

0

-50

-100

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

101 100 107 134 155 149 178 185 217

159 160 126 130 145 151 140 152 135

-58 -60 -19 4 10 -2 38 33 82

Nºdeindivíduos

Nados-vivos

Nº de óbitos

Crescimento

Natural

Fonte: INE

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Despesas do Município em Ambiente (2003) 735 000 €

Receitas do Município em Ambiente (2003) 334 000 €

Consumo doméstico de electricidade por consumidor (2003) 2.2 milhares de KWh

Consumo industrial de electricidade por consumidor (2003) 108.2 milhares de KWh

N.º de incêndios florestais (2003) 10

Área ardida em povoamentos florestais (2003) 4.1 ha

Área ardida em matos (2003) 2.0 ha

AMBIENTE

Estatísticas

Número de alojamentos familiares de residência habitual (2001) 4 820

Número de fogos de habitação social (2004) 48

Horizonte temporal do PER 1995 a 2003

Número de fases do PER 5

HABITAÇÃO

Estatísticas

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Fonte: INE

Fonte: Município de Alcochete

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GRÁFICO 3 - Alojamentos familiares de residência habitual segunda as infra-estruturas (2001)

GRÁFICO 4 - Tipologia dos fogos de habitação social (2004)

Fonte: Município de Alcochete

Fonte: INE

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120100806040200

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Infra-estruturas

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alaç

ões

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ento

99,6 96,5 98,8 64,5 82,4

T335% T2

51%

T14%

T210%

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1 Posto da GNR

Área de acção do posto 128.05 Km2

Número de Agentes ao Serviço (2006) 20

Serviços extra efectivos do posto que colaboram na área de acção:

Pelotão de Intervenção Rápida (PIR)

Força de Intervenção Rápida do Regimento de Infantaria (FIR)

Sec-Cino.

SEGURANÇA

Equipamentos

Crimes contra as pessoas (2005) 114

Crimes contra o património (2005) 465

Crimes previstos em legislação avulsa (2005) 23

Acidentes de viação com vítimas (2005) 58

Total de vítimas (2005) 77

Índice de gravidade dos acidentes (2005) 3.4inferior o do distrito de Setúbal (3.8) mas superior ao do país (3.0)

Estatísticas

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Fontes: GNR e DGV

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GRÁFICO 5 - Número de vítimas de acidentes de viação (2005)

Fonte: DGV

Jardins-de-infância 5 (4 da rede pública e 1 da rede solidária)

Escolas do 1.º CEB 6(rede pública)

Escola de 2.º e 3.º CEB 1

Escola Secundária 1

EDUCAÇÃO

Equipamentos

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Feridos Ligeiros94%

Feridos Graves3%

Vítimas Mortais3%

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Taxa de analfabetismo (2001) 10.1%superior à taxa verificada na Península de Setúbal (7.0) e no continente (8.9)

Número de alunos com insucesso escolar no 1.º CEB (2003/04) 28

Número de alunos com insucesso escolar no 2.º CEB (2003/04) 48

Número de alunos com insucesso escolar no 3.º CEB (2003/04) 100

Número de alunos com insucesso escolar no Ensino Secundário (2003/04) 53

Número de alunos inscritos no ensino recorrente e educação extra-escolar (2003/04) 236

Número de alunos inscritos na acção social escolar no pré-escolar (2005/06) 66

Número de alunos inscritos na acção social escolar no 1.º CEB (2005/06) 185

Estatísticas

GRÁFICO 6 - População residente segundo o nível de ensino (2001)

Fonte: INE

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Médio0,6%

Superior9,8%

Nenhum15,4%

1º Ciclo32,4%2º Ciclo

10,8%

3º Ciclo11,6%

Secundário19,3%

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Centro de Saúde 1

Extensões de Saúde 5

Farmácias 3

Hospitais de primeira referência:Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro)

Hospital Distrital de Montijo

SAÚDE

Equipamentos

Taxa média de mortalidade infantil (1999/2003) 3.7inferior à taxa verificada na Península de Setúbal (4.4) e no continente (4.9)

Número de pessoas utentes do Gabinete de Apoio ao Toxicodependente (2004) 27

Estatísticas

O Centro de Saúde contava em 2004 com 60 profissionais ao serviço e 15 026 inscritos, 1 713 dos quais sem médico de família. Apresentava, na mesma data, os seguintes serviços (note-se que nem todos estão disponíveis nas 5 extensões de saúde):

Serviço de Atendimento Permanente;Sala de tratamentos;Visita domiciliária;Cuidados Continuados e Apoio Domiciliário Integrado;Consultas de clínica geral, planeamento familiar, saúde materna, saúde infantil, pediatria, enfermagem diabetes e enfermagem hipertensão;Vacinação;Aulas de preparação para o parto;Apoio de enfermagem na amamentação;Saúde pública;Gabinete do Utente;Gabinete de Apoio ao Toxicodependente.

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Associações 29

Equipamentos culturais

Biblioteca municipal 1

Fórum cultural 1

Museu municipal (núcleo sede, núcleo de arte sacra e núcleo do sal) 1

Praça de touros 1

Sala Polivalente da rede associativa 1

Equipamentos desportivos

Espaços desportivos públicos 17

Espaços desportivos associativos 5

Equipamentos

CULTURA, DESPORTO E MOVIMENTO ASSOCIATIVO

Estádios 2Campos de futebol 2Pavilhões 2Polidesportivos 7Campo de ténis 1Sala polivalente 1Ginásio 1Piscina 1

Campo de futebol 1Estádio de futebol 1Mini ginásios 1Sala polivalente 1

EQUIPAMENTOS DA REDE PÚBLICA

EQUIPAMENTOS DA REDE ASSOCIATIVA

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Taxa de actividade (2001) 50.8%

Taxa de desemprego (2001) 7.3%

População economicamente activa (2001) 6 607 indivíduos

População economicamente activa e empregada (2001) 6 126 indivíduos

População economicamente activa e desempregada (2001) 481 indivíduos

Valor médio anual do subsídio de desemprego (2004) 3 284€inferior ao registado na Península de Setúbal (3 350€) mas superior ao registado para o continente (2 932€)

Número médio de dias de subsídio de desemprego 209 diasinferior ao registado na Península de Setúbal (218 dias) mas superior ao registado para o continente (207 dias)

Número de empresas sediadas (2004) 1 519

Número de sociedades sediadas (2004) 548

Número de estabelecimentos hoteleiros (2004) 1

Capacidade de alojamento dos estabelecimentos hoteleiros (2004) 64

Número de bancos, caixas económicas e caixas de crédito agrícola mútuo (2003) 9

Número de caixas Multibanco (2004) 31

ECONOMIA E EMPREGO

Estatísticas

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GRÁFICO 7 - População desempregada à procura de emprego (2001)

Fonte: INED

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ALC

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Procurade

novoemprego81%

Procura de

1º emprego19%

Fonte: INE

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Creche (crianças) 1

Jardim-de-infância (crianças) 1

CATL (crianças e jovens) 2

Serviço Sopa dos Pobres (população em geral) 1

Lar de idosos (idosos) 1

Centro de Dia (idosos) 2

Serviço de Apoio Domiciliário (pessoas dependentes) 1

Centro de Actividades Ocupacionais (pessoas com deficiência) 1

Serviço de Formação Profissional (pessoas com deficiência) 1

Centro Educacional (pessoas com deficiência) 1

Serviço de Apoio, Mediação e Acompanhamento (pessoas com deficiência) 1

Serviço Facilitador de Aquisições e Sucesso Educativo (pessoas com deficiência) 1

Equipamentos

SOLIDARIEDADE SOCIAL

GRÁFICO 8 - Número de pensionistas segundo o tipo de pensão (2004)

Fonte: INE

Sobrevivência24%

Invalidez18%

Velhice58%

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Total de Pensionistas (31.12.2004) 3 745

Valor médio anual das pensões (2004) 3 841€inferior ao registado na Península de Setúbal (4 280€) mas superior ao registado para o continente (3 581€)

Valor médio do subsídio de doença (2004) 1 086€inferior ao registado na Península de Setúbal (1 137€) mas superior ao registado para o continente (978€)

Número médio de dias de subsídio de doença 56 diasinferior ao registado na Península de Setúbal (59 dias) mas superior ao registado para o continente (50 dias)

Valor médio das prestações familiares (2004) 436€inferior ao registado na Península de Setúbal (446€) e no continente (472€)

Número de população com deficiência (2001) 684

ECONOMIA E EMPREGO

Estatísticas

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO - PROCESSOS ENTRADOS E PROCESSOS DEFERIDOS

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Total

Processos entrados

37

40

33

29

23

20

182

Processos deferidos

22

25

18

17

11

19

112

FONTE: CDSS – Serviço Local de Acção Social Montijo-Alcochete.

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TABELA 1 - Rendimento Social de Inserção - Processos Entrados e Processos Deferidos.

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Fonte: INE

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GRÁFICO 9 - População residente com deficiência, segundo o tipo de deficiência (2001)

Fonte: INE

COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS - 2005

Número total de processos de promoção e protecção

Número de crianças / jovens

Entidade sinalizadora Familiares Estabelecimento de saúde Estabelecimento de ensino Autarquias Desconhecido

Motivos da intervenção* Negligência Ingestão de bebidas alcoólicas Problemas de saúde Abandono escolar

29

34

2922

2221

421723

20

* A mesma criança / jovem pode ter vários motivos de intervençãoFONTE: CDSS – Serviço Local de Acção Social Montijo-Alcochete.

TABELA 2 - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens - 2005

Paralisia Mental2%

Outra22%

Auditiva22%

Visual26%

Motora25%

Mental11%

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Taxa média de participação nas últimas três eleições para a Câmara Municipal 61.59%

Taxa média de participação nas últimas três eleições para a Assembleia Municipal 61.60%

Taxa média de participação nas últimas três eleições para a Presidência da República 59.68%

Taxa média de participação nas últimas três eleições para a Assembleia da República 62.19%

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Estatísticas

GRÁFICO 10 - Taxa de participação nas eleições autárquicas - Câmara Municipal

29

GRÁFICO 11 - Taxa de participação nas eleições autárquicas - Assembleia Municipal

Fonte: CNE

Fonte: CNE

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60

40

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0

%

Alcochete Distrito de Setúbal Portugal

61,19 62,23 61,36 50,17 50,27 51,26 50,2 60,12 60,1

Nível territorial

200520011997

80

60

40

20

0

%

Alcochete Distrito de Setúbal Portugal

62,21 62,24 61,36

50,17 50,31 51,28

Nível territorial

200520011997

60,94 60,13 60,12

Fonte: CNE

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GRÁFICO 12 - Taxa de participação nas eleições para a Presidência da República

Fonte: CNE

GRÁFICO 13 - Taxa de participação nas eleições para a Assembleia da República

Fonte: CNE

80

70

60

50

40

30

20

10

0

%

2006

2001

1996

Alcochete Distrito de

Setúbal

Nível territorial

Portugal

66,29 67,36 66,29

62,68 61,92 61,53

50,10 50,03 49,71

65

63

61

59

57

%

2005

2002

1999

Alcochete Distrito de

Setúbal

Nível territorial

Portugal

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60,72 60,6761,48

60,6560,08

61,06

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1.4 Áreas Problemáticas (problemas, recursos, oportunidades e ameaças)

1.4.1 EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E EMPREGO

O concelho de Alcochete regista problemas e necessidades de intervenção com vista à melhoria da qualidade de vida da população que nele reside e/ou trabalha em cinco áreas distintas:

Educação, Formação e EmpregoHabitação e AcessibilidadesPrevenção e SegurançaFormação CívicaSolidariedade Social

1.4.1.1 Rede Organizacional de Apoio Directo

O concelho de Alcochete regista um conjunto de organizações a desenvolver trabalho ao nível da educação, formação e emprego da população residente.

No que se refere ao ensino público oficial, existe um Agrupamento de Escolas, horizontal, que congrega todos os estabelecimentos de ensino públicos referentes ao ensino pré-escolar e ao 1.º CEB:

4 Jardins-de-infância;6 Escolas de 1.º Ciclo do Ensino Básico;

O ensino pré-escolar é também assegurado pela instituição particular de solidariedade social

Fundação João Gonçalves Júnior (1 Jardim de infância) e por algumas de entidades privadas com fins lucrativos.

Existe, ainda, na sede de concelho uma Escola de 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e uma Escola de Ensino Secundário.

O ensino recorrente (1.º e 2.º CEB) e a educação extra-escolar foram assegurados, até final do ano lectivo 2005/06, pela Organização Local de Educação e Formação de Adultos (OLEFA). A partir do ano lectivo 2006/07 este tipo de ensino passa a estar integrado no Agrupamento de escolas do concelho.

A Cooperativa para a Educação e Reabilitação do Cidadão Inadaptado de Montijo e Alcochete (CERCIMA) também intervém a este nível, evidenciando uma preocupação com a integração e sucesso profissional das pessoas com quem trabalha.

A formação profissional é assegurada por duas entidades: o Centro de Formação Profissional do Seixal (IEFP) e a Escola Profissional de Montijo.

Ao nível do emprego é o Centro de Emprego de Montijo e Alcochete (IEFP) que garante, entre outros serviços, a divulgação de ofertas de emprego, a disponibilização de diversas medidas públicas de apoio ao emprego e a colocação das pessoas no mercado de trabalho.

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1.4.1.2 Principais Problemas e Fragilidades

1.4.1.3 Potencialidades, Oportunidades e Ameaças

Segundo a aplicação da análise SWOT, foi possível identificar um conjunto de potencialidades locais, oportunidades externas e ameaças contextuais ao nível da problemática educação, formação e emprego.

Ao nível das potencialidades, Alcochete apresenta um conjunto de recursos e de experiências muito interessante, que antevêem uma continuidade positiva do trabalho desenvolvido até ao momento e, nesse sentido, uma real possibilidade de minimizar os problemas identificados no ponto anterior.

Existência de espaços públicos e privados de apoio ao estudo (nas próprias escolas, nos CATL da rede solidária e nos ATL da rede privada com fins lucrativos);Presença de apoio psicopedagógico ao nível dos 2º e 3º CEB;Oferta de ensino recorrente e educação extra-escolar;Existência de currículos alternativos e cursos de educação/formação na escola básica dos 2º e 3 º CEB;Ensino Secundário pluricurricular;Dinamismo e alargamento da cobertura territorial dos serviços da UNIVA SOS – Emprego, da Junta de Freguesia de Alcochete;Dinamismo no sector do comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e doméstico e da restauração;Dinamismo da equipa de apoios educativos da Escola dos 2º e 3º CEB.

Também o ambiente externo manifesta algumas oportunidades de intervenção, motivadoras da continuidade do empenho dos actores sociais desta área específica.

Proximidade de um grande núcleo urbano com um mercado de trabalho extremamente diversificado (Lisboa);Proximidade das principais universidades do país (Lisboa);Proximidade do Instituto Politécnico de Setúbal;Escola Profissional Bento de Jesus Caraça;Existência do programa INOV – JOVEM;Existência da medida NOVAS OPORTUNIDADES;Existência do programa ESCOLHAS;Grande diversidade das medidas de apoio ao

Desvalorização da importância da escola e das aprendizagens formais nos processos de integração profissional por parte dos jovens e suas famílias.

Manutenção de taxas de insucesso e abandono escolares significativas nos 2.º e 3.º CEB.

Número elevado de pessoas em idade activa (empregadas e desempregadas) sem a escolaridade mínima obrigatória.

Desmobilização face à formação e à reconversão profissional por parte da população activa desempregada.

Forte peso de população desempregada com idade compreendida entre os 25 e os 44 anos.

Dificuldade ao nível da inserção dos jovens (2.º e 3.º CEB) em programas de estágios. Elevada taxa de analfabetismo na população adulta.

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emprego;Existência na Escola Profissional do Montijo de um Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) e de cursos profissionais de curta e longa duração;Acesso, através do Centro de Emprego do Montijo, a cursos de formação para jovens adultos nos vários centros de formação profissional do Instituto de Emprego e Formação Profissional;Expansão e diversificação da rede empresarial regional.

Paralelamente às oportunidades, o ambiente externo apresenta alguns constrangimentos ao desenvolvimento do concelho nesta área específica.

Fraco dinamismo na economia nacional e europeia;Dificuldades orçamentais do sector público, o que condicionada a criação de medidas de apoio nesta área bem como os investimento físicos e financeiros necessários;Crescimento da taxa de desemprego nacional;Alguma desadequação entre as políticas e os regulamentos emanados da administração central e as realidades dos territórios, o que inviabiliza ou, no melhor cenário, condiciona a capacidade de intervenção local.

1.4.2.1 Rede Organizacional de Apoio Directo

Na área da habitação, para além do Município que detém responsabilidades e competências específicas nomeadamente na área da habitação social (com o devido apoio da administração

central), do licenciamento de obras, na definição de linhas orientadoras para a qualidade habitacional e na fiscalização das obras, não existe qualquer organização local com a qual partilhe e/ou complemente as suas responsabilidades.

Detém, ainda, poderes ao nível da definição do tipo de uso do solo e bem como da gestão urbanística.

No que se refere à mobilidade e acessibilidade das cidadãs e dos cidadãos aos bens e serviços a responsabilidade é partilhada, devendo cada organização cumprir o que está legislado sobre esta matéria. Ao Município cabe sensibilizar as entidades e dar o exemplo ao nível do cumprimento da legislação.

1.4.2.2 Principais Problemas e Fragilidades

1.4.2 HABITAÇÃO E ACESSIBILIDADES

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Número significativo de habitações em mau estado de conservação (núcleo histórico da vila e zonas rurais).

Número significativo de famílias cujos rendimentos não permitem assegurar despesas com a habitação.

Dificuldade de mobilidade para pessoas com orientação e comunicação condicionadas a edifícios públicos e na via pública.

Falta de estacionamento legal e consequente estacionamento indevido no centro das vilas de Alcochete e Samouco.

Dificuldades ao nível das ligações internas (transportes públicos).

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1.4.3 PREVENÇÃO E SEGURANÇA

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1.4.2.3 Potencialidades, Oportunidades e Ameaças

No que se refere a habitação e acessibilidades, é possível identificar um conjunto de potencialidades que favorecem a resolução dos problemas identificados.

Existência de um Gabinete Técnico Local no Município de Alcochete;Poucas famílias a viver em habitações muito degradadas, o que facilita a resolução do problema devido à sua dimensão;Possibilidade de adquirir seis fogos ao abrigo do Programa Especial de Realojamento (PER);Adesão à Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos;Aumento do número de habitação de qualidade, fruto do investimento privado;Taxas de cobertura do saneamento básico e infra-estruturação básica das habitações muito significativas;Existência de proposta de reabilitação urbana e de habitação evolutiva no Passil;Existência de proposta de construção de habitação social no Passil;Candidatura ao programa PRAUD/GTL;Existência de recenseamento da população a envolver no campo da habitação social;Existência de proposta de reabilitação, para algumas zonas do núcleo antigo de Alcochete.

Aliadas a estas potencialidades, também o ambiente externo apresenta oportunidades de resolução dos problemas:

Programas RECRIA, RECRIPH, PROHABITAR e SOLARH do Instituto Nacional de Habitação;Programa de Incentivo ao Arrendamento Jovem;A questão da reabilitação urbana dos centros

históricos é preocupação nacional, o que se pode traduzir na criação de mais medidas específicas para o efeito;O próximo quadro comunitário de apoio contempla explicitamente a temática da recuperação e revitalização dos centros históricos;Existência de um Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade.

Não obstante, a realidade da conjuntura nacional e internacional apresenta várias ameaças:

Fraca dinâmica do mercado de arrendamento nacional;Elevadas taxas de juro dos créditos à habitação (aquisição e obras);Desactualização e/ou desfasamento de algumas leis de gestão urbana tendo em conta as necessidades de intervenção dos municípios;Burocratização e lentidão de alguns processos associados à temática da recuperação urbana.

1.4.3.1 Rede Organizacional de Apoio Directo

O concelho de Alcochete tem sedeado no seu território um posto da Guarda Nacional Repúblicana, entidade responsável por garantir a segurança e os direitos das cidadãs e dos cidadãos, de acordo com o previsto na Constituição e na lei. Tem ainda competências para actuar ao nível da segurança rodoviária. Neste aspecto o próprio Conselho Municipal de Segurança assume um papel fundamental ao nível do planeamento da

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escola dos 2º e 3º CEB;Existência do Projecto STOP do Centro de Saúde de Alcochete com intervenção nas áreas do tratamento e reabilitação de toxicodependentes, constituído por uma equipa multidisciplinar;Existência de um quadro de enfermagem completo no Centro de Saúde de Alcochete;Existência do Projecto “Integrar com a Família”.

Ao nível das oportunidades, a envolvente propicia a existência de:

Dois Centros de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) – Setúbal e Barreiro;Uma equipa do Instituto de Reinserção Social no concelho de Montijo;Uma nova estratégia nacional de combate à droga e às toxicodependências;Apoio técnico por parte do Instituto da Droga e da Toxicodependência;Um Centro Regional de Alcoologia do Sul, sedeado em Lisboa.

No que se refere a ameaças, volta a mencionar-se as dificuldades orçamentais do momento, que condicionam o aumento do número de recursos (viaturas e efectivos humanos) da Guarda Nacional Republicana, bem como a expansão da rede de CAT e a criação de programas nacionais de combate à droga e as toxicodependências que financiem projectos locais.

Aumento da pequena criminalidade no concelho.

Aumento do consumo de álcool junto da população juvenil e adulta do concelho.

Tendência para o aumento do consumo de drogas ilícitas na população jovem.

intervenção ao nível da segurança no concelho.

No que se refere à prevenção / minimização do consumo de drogas em geral, é o Centro de Saúde (Gabinete de Apoio ao Toxicodependente) a entidade que mais directamente tem trabalhado nesta área. Não é, no entanto, de descurar a participação que o Município, as escolas e associações de diversas áreas podem assumir, nomeadamente ao nível da prevenção do consumo.

1.4.3.2 Principais Problemas e Fragilidades

1.4.3.3 Potencialidades, Oportunidades e Ameaças

Em questões de segurança e prevenção, o concelho de Alcochete regista como pontos fortes:

Existência de um posto da Guarda Nacional Repúblicana na sede do concelho;Existência do Programa Escola Segura;Existência do Programa de Saúde Escolar do Centro de Saúde de Alcochete;Dinamismo do Programa das Escolas Promotoras de Saúde da escola dos 2º e 3º CEB;Dinamismo da equipa de apoios educativos da

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1.4.4.1 Rede Organizacional de Apoio Directo

Na área da formação cívica não é possível identificar uma rede institucional de apoio directo, na medida em que este é um tema transversal que abarca um vasto número de áreas de intervenção, devendo aqui assumir-se uma total partilha de responsabilidades entre todas as entidades do concelho, apostando-se quer em acções preventivas quer em acções persuasivas (com o devido carácter pedagógico).

Uma nota para o papel preponderante que as famílias desempenham nesta área, enquanto núcleos de socialização primária dos indivíduos.

Ao nível da socialização secundária, é possível então accionar a rede de organizações locais, com especial destaque para as escolas, as associações de pais, as associações desportivas e culturais e alguns serviços públicos, como por exemplo o centro de saúde e o próprio Município.

1.4.4.2 Principais Problemas e Fragilidades

1.4.4 FORMAÇÃO CÍVICA 1.4.4.3 Potencialidades, Oportunidades e Ameaças

O concelho de Alcochete apresenta algumas experiências de trabalho e recursos motivadores para a intervenção futura na área da cidadania:

Existência de experiências de voluntariado;Motivação por parte dos actores sociais locais em desenvolver projectos na área da cidadania;Interesse de alguns dos novos residentes em integrar acções de índole comunitária;Existência de uma Associação de Pais interessada e dinâmica;Existência de uma Escola Comunitária.

Ao nível do contexto externo, é possível considerar como oportunidades:

O trabalho desenvolvido pela Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres (CIDM) e pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE);O esforço que tem sido feito por parte da administração central em difundir e informar a população sobre a temática da violência doméstica (entre cônjuges, com crianças e com idosos);Possível apoio da CIDM para o desenvolvimento de Planos Municipais para a Igualdade;Integração da temática da sexualidade nos Projectos Educativos das escolas;Existência de campanhas de marketing social na área de comportamentos de risco e nutrição;Existência de uma maior consciência e controlo social em torno das questões do ambiente.

As ameaças passíveis de serem identificadas em matéria de formação cívica da população,

Défice de acompanhamento dos pais em relação aos filhos.

Ausência de regras cívicas e de autoridade relativamente aos jovens em contexto familiar.

Falta de higiene habitacional e pessoal em algumas famílias sinalizadas pelos serviços sociais locais.

Maus hábitos alimentares das famílias.

Insuficiente formação ambiental da população em geral.

Défice de formação em educação sexual, para a comunidade educativa.

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Dependência e isolamento psicossocial dos idosos.

Número significativo de crianças e jovens sem respos-tas sociais organizadas.

Défice de apoio institucional a pessoas com deficiên-cia.

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1.4.5.2 Principais Problemas e Fragilidades

1.4.5.3 Potencialidades, Oportunidades e Ameaças

Alcochete é um concelho com tradição em matéria de solidariedade social, não só ao nível dos apoios institucionais prestados como ao nível das redes sociais de suporte que ainda se mantêm nomeadamente nas zonas históricas e rurais do concelho. Ao nível do apoio institucional, Alcochete regista uma:

Boa dinâmica do Núcleo Local de Inserção e da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens;Rede de equipamentos sociais interessante, apesar de se exigir o seu alargamento tendo em conta o crescimento do número de população residente;CERCI com provas dadas ao nível do trabalho com pessoas com deficiência;Valorização da ocupação dos tempos livres de crianças, jovens e idosos através de projectos desportivos e culturais;Intervenção ao nível das necessidades educativas especiais – Projecto Pé de Feijão.

O contexto nacional tem permitido a procura de oportunidades de financiamento através de programas nacionais, tais como:

1.4.5 SOLIDARIEDADE SOCIAL

prendem-se essencialmente com o estilo de vida característico da modernidade que é muito frágil ao nível da participação comunitária, o que condiciona fortemente o impacte do trabalho realizado a este nível, alertando para o facto de qualquer intervenção nesta área dever ser uma intervenção de longo prazo, concertada entre os planos nacional e local.

1.4.5.1 Rede Organizacional de Apoio Directo

O Serviço Local de Acção Social de Montijo e Alcochete constitui uma entidade de referência na área da solidariedade social, assumindo um contacto directo com a população e uma colaboração estreita com as entidades que estão no terreno.

Em Alcochete são 5 as entidades que cobrem a área da solidariedade Social: 1) a Fundação João Gonçalves Júnior, com as valências de creche, jardim-de-infância, CATL e Sopa dos Pobres; 2) o Centro Social de São Brás do Samouco com as valências de CATL e Centro de Dia; 3) a Santa Casa da Misericórdia de Alcochete com as valências de Lar de Idosos, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário; 4) a CERCIMA, com as valências de Centro de Actividades Ocupacionais, de apoio, mediação e acompanhamento, de formação profissional, de centro educacional, e de aquisições e sucesso educativo (projectos Compensa, Rampa e Escada), e a Cruz Vermelha com apoio social diversificado.

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Programa Ser CriançaPrograma de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais - PARESPrograma de Apoio ao Investimento em Equipamentos Sociais – PAIESPrograma para a Inclusão e Desenvolvimento – PROGRIDEPrograma ESCOLHAS

entre outros, todos eles enquadrados pela referência nacional que é o Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI). Também ao nível da região, há que referir a possibilidade de aceder a consultas de pedopsiquitria e gerontopsiquiatria no Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) bem como a disponibilidade verificada por parte de instituições de solidariedade social sedeadas noutros concelho em desenvolver apoio social no concelho de Alcochete.

Como ameaças identifica-se, novamente, as dificuldades orçamentais do Estado, designadamente na área da Segurança Social, bem como as dificuldades de acesso ao crédito por parte das instituições e a incipiente aplicação da lei do mecenato social em Portugal.

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Este modelo de diagnóstico é inovador, na medida em que procura enquadrar um novo paradigma ao nível dos processos de desenvolvimento de âmbito local. O paradigma do “regresso do actor” como afirma Isabel Guerra (2000), ou seja, da valorização das opiniões e perspectivas dos actores sociais que conhecem o território e que, por esse motivo, são considerados informadores privilegiados. Existe um reconhecimento de que é quem está no trabalho directo com as populações quem melhor conhece as suas necessidades, expectativas e problemas. Enquadrado neste paradigma, o Diagnóstico Social do concelho de Alcochete assenta em metodologias essencialmente participativas e qualitativas. Não obstante esta prioridade dada a metodologias qualitativas, o modelo de Diagnóstico prevê claramente a triangulação de informação, designadamente com informação de carácter quantitativo, que permite objectivar e validar as subjectividades dos actores sociais. E é neste campo que surgem as principais limitações do Diagnóstico Social de Alcochete. A questão da recolha informação ao nível local é difícil, devido à pouca sistematização e dificuldade das organizações em facultar atempadamente informação, o que se deve, na grande maioria das situações, a processos incipientes de recolha, análise e tratamento da informação. Por outro lado, o nível de desagregação da informação das fontes oficiais de âmbito nacional,

não vai de encontro às necessidades identificadas ao nível das análises metodológicas. Também o timing de referência das informações disponibilizadas pelas fontes nacionais não é compatível com as exigências deste novo modelo de planeamento, ou seja, existe uma decalage significativa entre as datas a que se reporta a informação e o momento em que é elaborado o diagnóstico e o subsequente plano de desenvolvimento.

Estas dificuldades condicionam claramente o nível de objectividade do diagnóstico. Destaca–se assim a necessidade da existência de observatórios e sistemas de informação de âmbito local que desta forma preencham esta lacuna, que constitui um grande obstáculo à prossecução dos objectivos do planeamento estratégico, nomeadamente ao nível da fase de diagnóstico. Estes sistemas devem estar vocacionados para a realização de estudos de diagnóstico essencialmente de base territorial na medida em que os problemas são multidimensionais e transversais a diversos públicos. Não obstante, deve ainda ter a capacidade de realizar estudos sectoriais de aprofundamento de temas específicos, deter uma bateria de indicadores e índices de caracterização directa do nível de qualidade de vida das cidadãs e dos cidadãos do concelho e do seu nível de desenvolvimento, bem como estar apto a disponibilizar informação em tempo útil a quem o solicitar. Neste trabalho fica ainda evidenciada, a necessidade de investir de forma sistemática,

1.5 Recomendações Finais

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na articulação com os outros fóruns de parceria existentes ao nível concelho, (Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Segurança, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, Núcleo Local de Inserção, etc.) sendo que neste patamar também se identificaram canais de comunicação pouco eficazes. Neste trabalho fica ainda evidenciada a necessidade de desenvolver uma articulação permanente com outros instrumentos de planeamento de âmbito local, nomeadamente com o Plano Director Municipal (PDM). E nesta área Alcochete encontra-se no momento certo, na medida em que estão em curso os trabalhos de revisão do seu PDM. A estas questões acrescenta-se, ainda, o tipo de povoamento do território, que torna complexa a delimitação da fronteira entre o rural e o urbano, dada a diversidade morfológica e funcional da utilização do solo.

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