diagnóstico e tratamento de febre reumática aguda e cardiopatia reumática

Diagnóstico e Tratamento deDiagnóstico e Tratamento de

Febre Reumática Aguda eFebre Reumática Aguda e

Cardiopatia ReumáticaCardiopatia Reumática

O objetivo desta apresentação é embasar o plano de O objetivo desta apresentação é embasar o plano de treinamento de profissionais da área da saúde e de treinamento de profissionais da área da saúde e de outros envolvidos no diagnóstico e no tratamento da outros envolvidos no diagnóstico e no tratamento da febre reumática aguda e da doença cardíaca reumática. febre reumática aguda e da doença cardíaca reumática.

Ela foi possível graças ao apoio financeiro do Vodafone Ela foi possível graças ao apoio financeiro do Vodafone Group Foundation e da International Solidarity, Estado Group Foundation e da International Solidarity, Estado de Genebra, e do auxílio da Menzies School of Health de Genebra, e do auxílio da Menzies School of Health Research e do Murdoch Childrens’ Research Institute.Research e do Murdoch Childrens’ Research Institute.

IntroduçãoIntrodução

Febre Reumática Aguda Febre Reumática Aguda

e Doença Cardíaca Reumáticae Doença Cardíaca Reumática

IntroduçãoIntrodução A A Doença Cardíaca Reumática Doença Cardíaca Reumática é a causa mais freqüente de é a causa mais freqüente de

doença cardíaca em crianças e adultos jovensdoença cardíaca em crianças e adultos jovens

– – 15.6 milhões de pessoas acometidas em todo o 15.6 milhões de pessoas acometidas em todo o mundomundo

– – Quase 500.000 novos casos por anoQuase 500.000 novos casos por ano

– – Aproximadamente 350.000 mortes por anoAproximadamente 350.000 mortes por ano

– – A maioria dos casos ocorre em países em A maioria dos casos ocorre em países em desenvolvimento desenvolvimento

DefiniçõesDefinições

Estreptococos β-hemolíticos do grupo A (EBHGA)Estreptococos β-hemolíticos do grupo A (EBHGA)

– – Os seres humanos estão expostos ao EBHGA no Os seres humanos estão expostos ao EBHGA no meio ambientemeio ambiente

– – A garganta e a pele são sítios comuns de infecçãoA garganta e a pele são sítios comuns de infecção

– – As infecções por EBHGA geralmente desaparecem As infecções por EBHGA geralmente desaparecem sem tratamentosem tratamento

DefiniçõesDefinições Febre reumática aguda (FRA)Febre reumática aguda (FRA)

– – Resposta auto-imune tardia após infecção por EBHGA não-Resposta auto-imune tardia após infecção por EBHGA não-tratadatratada

– – Surge depois que a infecção por EBHGA foi debeladaSurge depois que a infecção por EBHGA foi debelada– – Geralmente afeta as articulações, o coração, o sistema nervoso Geralmente afeta as articulações, o coração, o sistema nervoso

central e a pelecentral e a pele– – É mais freqüente na faixa etária entre 5 a 15 anos É mais freqüente na faixa etária entre 5 a 15 anos – – Pode reaparecer após infecções subseqüentes por EBHGA não-Pode reaparecer após infecções subseqüentes por EBHGA não-

tratadastratadas

Doença Cardíaca Reumática (DCR)Doença Cardíaca Reumática (DCR)

– – Dano residual nas valvas cardíacas após FRA recorrenteDano residual nas valvas cardíacas após FRA recorrente– – As valvas cardíacas ficam lesadas e espessadasAs valvas cardíacas ficam lesadas e espessadas– – Vazamento de sangue (Vazamento de sangue (o sangueo sangue reflui através das valvas)reflui através das valvas)

Fatores de riscoFatores de risco

Os fatores de risco para doença reumática do coração:Os fatores de risco para doença reumática do coração:– – PobrezaPobreza– – Más condições de moradia, ambientes com aglomerações Más condições de moradia, ambientes com aglomerações

de pessoas (casas, escolas, creches, etc) de pessoas (casas, escolas, creches, etc) – – Acesso limitado à assistência médica Acesso limitado à assistência médica

Fator de risco para cardiopatia reumáticaFator de risco para cardiopatia reumática– – Episódios recorrentes de febre reumática agudaEpisódios recorrentes de febre reumática aguda

PrevençãoPrevenção– – A febre reumática aguda pode ser evitada pelo tratamento A febre reumática aguda pode ser evitada pelo tratamento

imediato de infecções por EBHGA com antibióticos imediato de infecções por EBHGA com antibióticos ((profilaxia primáriaprofilaxia primária) )

– – A doença cardíaca reumática pode ser evitada por meio de A doença cardíaca reumática pode ser evitada por meio de prevenção a longo prazo da recidiva de febre reumática prevenção a longo prazo da recidiva de febre reumática aguda com antibióticos (aguda com antibióticos (profilaxia secundáriaprofilaxia secundária) )

Infecção por Infecção por EBHGAEBHGA

FRAFRA

FRA recorrenteFRA recorrente

Progressão da doençaProgressão da doença e intervenção e intervenção

DCRDCR

AVCAVC Infecção Cardíaca Infecção Cardíaca ( endocardite)( endocardite)

Outras Outras MobilidadesMobilidades

Cirurgia cardíaca Cirurgia cardíaca a céu abertoa céu aberto

Morte PrematuraMorte Prematura

→→ Prevenção primária

– Evitar o primeiro episódio de FRA

→→ Prevenção secundária– Evitar recidiva de FRA– Evitar o desenvimento de CR

→ → Prevenção terciária– Evitar a morte

Febre Reumática AgudaFebre Reumática Aguda

Diagnóstico e TratamentoDiagnóstico e Tratamento

Critérios de Jones revisados

O diagnóstico de FRA pode ser confirmado se alguns sinais e O diagnóstico de FRA pode ser confirmado se alguns sinais e sintomas dos Critérios de Jones Revisados estiverem presentessintomas dos Critérios de Jones Revisados estiverem presentes

Critérios maiores: Critérios menores:

Cardite Febre

Poliartrite Artralgia

Coréia de Sydenham Aumento do intervalo PR no ECG

Eritema marginado VHS ≥ 30 mm/hr ou PDCR ≥ 30 mg/L

Nódulos subcutâneos

Critérios MAIORES – sinais e sintomas mais freqüentemente associados à FRACritérios MAIORES – sinais e sintomas mais freqüentemente associados à FRACritérios MENORES – sinais e sintomas que ajudam a confirmar o diagnósticoCritérios MENORES – sinais e sintomas que ajudam a confirmar o diagnóstico

Critérios de Jones Critérios de Jones revisadosrevisados

As diretrizes da Organização Mundial da Saúde estabeleceram o As diretrizes da Organização Mundial da Saúde estabeleceram o padrão internacional para diagnóstico de FRA:padrão internacional para diagnóstico de FRA:

– – Duas manifestaçães MAIORES Duas manifestaçães MAIORES e e– – Evidência de infecção prévia por estreptococo do grupo AEvidência de infecção prévia por estreptococo do grupo A((em um período de 3 semanas antes dos sintomas de FRAem um período de 3 semanas antes dos sintomas de FRA))

ouou

– – Uma manifestação MAIOR e duas manifestações MENORES Uma manifestação MAIOR e duas manifestações MENORES ee– – Evidência de infecção prévia por estreptococo do grupo A Evidência de infecção prévia por estreptococo do grupo A

((em um período de 3 semanas antes dos sintomas de FRAem um período de 3 semanas antes dos sintomas de FRA))

Existem também diretrizes regionais modificadasExistem também diretrizes regionais modificadas

Dificuldades noDificuldades no diagnóstico diagnóstico

É necessária uma combinação de sinais e sintomasÉ necessária uma combinação de sinais e sintomas Nem sempre os portadores de FRA procuram o sistema de Nem sempre os portadores de FRA procuram o sistema de

saúdesaúde– – Os sintomas podem não ser considerados gravesOs sintomas podem não ser considerados graves– – Outros compromissos podem ter prioridadeOutros compromissos podem ter prioridade– – Dificuldade de transporte para um centro médicoDificuldade de transporte para um centro médico

Os profissionais da saúde podem não reconhecer os sinais Os profissionais da saúde podem não reconhecer os sinais e sintomase sintomas

A febre reumática pode ser confundida com outras A febre reumática pode ser confundida com outras doençasdoenças

Os sintomas de febre reumática podem ser confundidos Os sintomas de febre reumática podem ser confundidos com uma lesão esportivacom uma lesão esportiva

Sinais e sintomasSinais e sintomas

ArtriteArtrite– – Articulações doloridas e inchadas (em geral os joelhos, Articulações doloridas e inchadas (em geral os joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos)tornozelos, punhos e cotovelos)– – Bastante comum, costuma ser o primeiro sintomaBastante comum, costuma ser o primeiro sintoma

– – Geralmente é “migratória” - passa de uma articulação para Geralmente é “migratória” - passa de uma articulação para outraoutra

FebreFebre

CarditeCardite– – Pode se manifestar como sopro cardíacoPode se manifestar como sopro cardíaco– – Nos casos mais graves, o paciente pode ter dor no peito Nos casos mais graves, o paciente pode ter dor no peito

e/ou dificuldade para respirar e/ou dificuldade para respirar


Coréia de SydenhamCoréia de Sydenham

– Movimentos bruscos e espasmódicos e fraqueza Movimentos bruscos e espasmódicos e fraqueza muscular (mais aparente no rosto, nas mãos e nos pés) muscular (mais aparente no rosto, nas mãos e nos pés)

– Pode ser unilateral ou bilateral Pode ser unilateral ou bilateral – Mais comum em adolescentes e no sexo feminino (rara Mais comum em adolescentes e no sexo feminino (rara

após os 20 anos)após os 20 anos)– Surge de 3 a 4 meses após infecção de garganta Surge de 3 a 4 meses após infecção de garganta

estreptocócica, e muitas vezes é o único sintoma estreptocócica, e muitas vezes é o único sintoma – Geralmente desaparece dentro de 6 semanas (pode Geralmente desaparece dentro de 6 semanas (pode

durar 6 meses ou mais)durar 6 meses ou mais)


Nódulos subcutâneosNódulos subcutâneos– – Pequenos nódulos indolores na face externa dos cotovelos, Pequenos nódulos indolores na face externa dos cotovelos, punhos, joelhos e tornozelos em grupos de 3 ou 4 (até 12) punhos, joelhos e tornozelos em grupos de 3 ou 4 (até 12) – – A pele não fica vermelha nem inflamadaA pele não fica vermelha nem inflamada– – Dura de 1 a 2 semanas (raramente mais de 1 mês)Dura de 1 a 2 semanas (raramente mais de 1 mês)– – Os nódulos são mais comuns quando a cardite também Os nódulos são mais comuns quando a cardite também está presenteestá presente

Eritema marginadoEritema marginado– – Manchas rosadas circulares, planas e indolores na pele Manchas rosadas circulares, planas e indolores na pele – – Em geral aparecem precocemente, podem durar meses, em Em geral aparecem precocemente, podem durar meses, em casos raros podem durar anoscasos raros podem durar anos– – Afeta principalmente as costas ou o tórax e o abdome, Afeta principalmente as costas ou o tórax e o abdome, quase nunca o rostoquase nunca o rosto

– – É difícil ser visualizado em pessoas de pele escuraÉ difícil ser visualizado em pessoas de pele escura

TratamentoTratamento

Tratar a doençaTratar a doença- Injeção de penicilina G benzatina ou- Injeção de penicilina G benzatina ou– – Penicilina oral durante 10 diasPenicilina oral durante 10 dias

Aliviar os sintomasAliviar os sintomas– – Repouso no leitoRepouso no leito– – Alívio da artrite, da dor e da febre (paracetamol ou Alívio da artrite, da dor e da febre (paracetamol ou

aspirina)aspirina)– – Tratamento da coréia (se for intensa)Tratamento da coréia (se for intensa)– – Medicação para insuficiência cardíacaMedicação para insuficiência cardíaca

Plano de tratamento Plano de tratamento

Primeira dose de penicilina G benzatina (profilaxia Primeira dose de penicilina G benzatina (profilaxia secundária)secundária)

Ecocardiograma inicial (se disponível)Ecocardiograma inicial (se disponível) Alerta sobre febre reumática aguda nas observações Alerta sobre febre reumática aguda nas observações

médicas e sistemas computadorizados (se for o caso)médicas e sistemas computadorizados (se for o caso) Educação do paciente e da famíliaEducação do paciente e da família Encaminhamento para um médico/centro médico localEncaminhamento para um médico/centro médico local Exame odontológicoExame odontológico Plano de profilaxia secundária a longo prazo Plano de profilaxia secundária a longo prazo

TratamentoTratamento de de provávelprovável FRA FRA

1. Tratar os sintomas 1. Tratar os sintomas 2. Dose de penicilina G benzatina } como para FRA2. Dose de penicilina G benzatina } como para FRA3. Ecocardiograma (se disponível)3. Ecocardiograma (se disponível)

Reavaliação médica após um mês eReavaliação médica após um mês e

Novo ecocardiograma (se disponível)Novo ecocardiograma (se disponível)

– – Se NÃO for FRA, suspender a benzatina, mas Se NÃO for FRA, suspender a benzatina, mas monitorar o paciente quanto aos sintomas de FRAmonitorar o paciente quanto aos sintomas de FRA

– – Se for FRA…continuar a benzatina e tratar como Se for FRA…continuar a benzatina e tratar como

ResumoResumo

Os critérios de Jones são usados para orientar o Os critérios de Jones são usados para orientar o diagnóstico de FRAdiagnóstico de FRA

O diagnóstico da febre reumática aguda pode ser difícil.O diagnóstico da febre reumática aguda pode ser difícil.

É preciso estabelecer um plano de longo prazo para É preciso estabelecer um plano de longo prazo para impedir a recidiva de FRA e o desenvolvimento da CRimpedir a recidiva de FRA e o desenvolvimento da CR

Casos prováveis de FRA também devem ser Casos prováveis de FRA também devem ser monitoradosmonitorados

Profilaxia secundária Profilaxia secundária

para evitar recidiva de FRApara evitar recidiva de FRA

Profilaxia secundáriaProfilaxia secundária

Profilaxia secundária é a administração regular a longo Profilaxia secundária é a administração regular a longo prazo de antibióticos paraprazo de antibióticos para

– – Evitar infecções por estreptococo do grupo AEvitar infecções por estreptococo do grupo A– – Evitar recidiva de FRAEvitar recidiva de FRA– – Evitar o desenvolvimento da CREvitar o desenvolvimento da CR– – Reduzir a gravidade da CRReduzir a gravidade da CR– – Ajudar a reduzir o risco de morte pela CR grave.,Ajudar a reduzir o risco de morte pela CR grave.,

TratamentoTratamento convencionalconvencional

Penicilina G benzatinaPenicilina G benzatina- 1.200.000 UI para TODAS as pessoas ≥ 20 kg- 1.200.000 UI para TODAS as pessoas ≥ 20 kg- 600.000 UI para crianças < 20 kg- 600.000 UI para crianças < 20 kg- A cada 3 ou 4 semanas por injeção intramuscular- A cada 3 ou 4 semanas por injeção intramuscular

Penicilina VPenicilina V- Administrada quando a agulha de injeção provoca - Administrada quando a agulha de injeção provoca sangramento excessivosangramento excessivo- 250 mg duas vezes ao dia; via oral - 250 mg duas vezes ao dia; via oral

EritromicinaEritromicina- Administrada em caso de alergia confirmada à penicilina- Administrada em caso de alergia confirmada à penicilina- 250 mg duas vezes ao dia via oral- 250 mg duas vezes ao dia via oral

ConsideraçõesConsiderações

Quando a profilaxia secundária deve ser levada em Quando a profilaxia secundária deve ser levada em consideração?consideração?– – Febre reumática aguda confirmada pelos critérios de Febre reumática aguda confirmada pelos critérios de

Jones revisados Jones revisados – – Doença cardíaca reumática confirmada pelo ecocardiogramaDoença cardíaca reumática confirmada pelo ecocardiograma– – FRA ou a CR não-confirmada, mas considerada “altamente FRA ou a CR não-confirmada, mas considerada “altamente provável”provável”

PrecauçõesPrecauções– – Não administrar penicilina G benzatina ou penicilina V em Não administrar penicilina G benzatina ou penicilina V em

caso de alergia documentada à penicilinacaso de alergia documentada à penicilina – – Reações ao medicamento são rarasReações ao medicamento são raras

Mantenha a profilaxia secundária durante a gestaçãoMantenha a profilaxia secundária durante a gestação Mantenha durante anticoagulação (p. ex., varfarina)Mantenha durante anticoagulação (p. ex., varfarina)

Diretrizes para Diretrizes para profilaxia secundáriaprofilaxia secundária

A duração da profilaxia secundária depende dos seguintes A duração da profilaxia secundária depende dos seguintes fatores:fatores:

– – Idade do paciente na época do diagnóstico inicialIdade do paciente na época do diagnóstico inicial

– – Gravidade da doençaGravidade da doença

– – Presença precoce de carditePresença precoce de cardite

– – Tempo transcorrido (anos) desde o último surto de FRATempo transcorrido (anos) desde o último surto de FRA

– – Fatores de risco atuaisFatores de risco atuais

– – Adesão ao tratamentoAdesão ao tratamento

Grupo Duração da profilaxia secundária

Febre Reumática Aguda (sem cardite) 1. Mínimo de 5 anos após o último surto de FRA ou 2. Até 18 anos de idade (o que for mais longo)

Cardite leve ou moderada (ou cardite curada) 1. Mínimo de 10 anos após o último surto de FRA ou 2. Até 25 anos de idade (o que for mais longo)

Doença Cardíaca Reumática grave e após cirurgia cardíaca

Durante toda a vida

Suspensão da Suspensão da profilaxia secundáriaprofilaxia secundária

A profilaxia secundária só deve ser suspensa após:A profilaxia secundária só deve ser suspensa após:

Ausência de sinais/sintomas de febre reumática aguda por Ausência de sinais/sintomas de febre reumática aguda por pelo menos 5 anos ; epelo menos 5 anos ; e

Reavaliação por um especialista Reavaliação por um especialista (pediatra/cardiologista/médico de outra especialidade); e (pediatra/cardiologista/médico de outra especialidade); e

Ecocardiograma para estabelecer a presença e a Ecocardiograma para estabelecer a presença e a gravidade da doença cardíaca reumática (se disponível)gravidade da doença cardíaca reumática (se disponível)

Injeção de penicilina Injeção de penicilina G benzatinaG benzatina

Avaliação e preparaçãoAvaliação e preparação

– – Confirmar a identidade do pacienteConfirmar a identidade do paciente

– – Rever a existência de alergias conhecidas a Rever a existência de alergias conhecidas a

medicamentosmedicamentos

– – Discutir e registrar quaisquer sintomas de FRA ou a CRDiscutir e registrar quaisquer sintomas de FRA ou a CR

– – Obter consentimento para a injeçãoObter consentimento para a injeção

Injeção de penicilina Injeção de penicilina G benzatina G benzatina

Verificar o nome, a dose e a data de validade do Verificar o nome, a dose e a data de validade do medicamentomedicamento

Preparar a medicação de acordo com a bula do produtoPreparar a medicação de acordo com a bula do produto Administrar 1.200.000 UI em todos os pacientes ≥ 20 kgAdministrar 1.200.000 UI em todos os pacientes ≥ 20 kg Administrar 600.000 UI em crianças pequenas < 20 kgAdministrar 600.000 UI em crianças pequenas < 20 kg

Usar agulha calibre 23Usar agulha calibre 23

Descartar as agulhas e seringas usadas em recipiente Descartar as agulhas e seringas usadas em recipiente próprio para material perfurocortantepróprio para material perfurocortante

Usar agulha e seringa novas para cada injeçãoUsar agulha e seringa novas para cada injeção Aplicar a injeção imediatamente após a preparaçãoAplicar a injeção imediatamente após a preparação

DocumentaçãoDocumentação

Anotar no livro e/ou registros médicos de injeção de penicilina Anotar no livro e/ou registros médicos de injeção de penicilina benzatina benzatina Dose e número do loteDose e número do lote Data que a injeção foi aplicada e data da próxima doseData que a injeção foi aplicada e data da próxima dose Assinatura (Assinatura (da pessoa que aplicou a injeçãoda pessoa que aplicou a injeção))

Anotar a data da próxima injeção em um cartão de lembrete Anotar a data da próxima injeção em um cartão de lembrete (se for o caso)(se for o caso)

Avaliar a adesão ao tratamento (contar as injeções Avaliar a adesão ao tratamento (contar as injeções RECEITADAS e as injeções APLICADAS durante todo o ano).RECEITADAS e as injeções APLICADAS durante todo o ano). Se for receitada uma injeção a cada 4 semanas, deverão Se for receitada uma injeção a cada 4 semanas, deverão ser aplicadas 13 injeções por anoser aplicadas 13 injeções por ano Se for receitada uma injeção a cada 3 semanas, deverão Se for receitada uma injeção a cada 3 semanas, deverão ser aplicadas 17 injeções por anoser aplicadas 17 injeções por ano

Avaliação da adesãoAvaliação da adesão ao tratamento ao tratamento(para os indivíduos)(para os indivíduos)

1. Registrar o número de injeções RECEITADAS para o ano 1. Registrar o número de injeções RECEITADAS para o ano todo (p. ex., o número de injeções receitadas de janeiro a todo (p. ex., o número de injeções receitadas de janeiro a dezembro de 2007 para tratamento de um paciente com dezembro de 2007 para tratamento de um paciente com uma injeção a cada 4 semanas = 13)uma injeção a cada 4 semanas = 13)

2. Contar o número de injeções APLICADAS durante todo o ano 2. Contar o número de injeções APLICADAS durante todo o ano (p. ex., podem ter sido aplicadas 10 injeções)(p. ex., podem ter sido aplicadas 10 injeções)

3. Dividir o número de injeções APLICADAS (10) pelo número 3. Dividir o número de injeções APLICADAS (10) pelo número de injeções RECEITADAS (13) e multiplicar por 100:de injeções RECEITADAS (13) e multiplicar por 100:

(10 ÷ 13) x 100 = 77%(10 ÷ 13) x 100 = 77%

Nesse exemplo, o paciente recebeu 77% das injeções Nesse exemplo, o paciente recebeu 77% das injeções receitadas em 2007 receitadas em 2007

Avaliação da adesãoAvaliação da adesão ao tratamento ao tratamento (para comunidades)(para comunidades)

1. Registrar o número total de injeções RECEITADAS para o 1. Registrar o número total de injeções RECEITADAS para o ano todo (p. ex., se 12 pessoas precisam de injeções a cada ano todo (p. ex., se 12 pessoas precisam de injeções a cada 4 semanas, seriam 12 (pessoas) vezes 13 (injeções) = 156 4 semanas, seriam 12 (pessoas) vezes 13 (injeções) = 156 injeções.injeções.

2. Contar o número total de injeções APLICADAS em todas as 2. Contar o número total de injeções APLICADAS em todas as pessoas durante o ano todo (p.ex., as 12 pessoas podem pessoas durante o ano todo (p.ex., as 12 pessoas podem ter recebido um total de 124 injeções)ter recebido um total de 124 injeções)

3. Dividir o número total de injeções APLICADAS (124) pelo 3. Dividir o número total de injeções APLICADAS (124) pelo número total de injeções RECEITADAS (156) e multiplicar o número total de injeções RECEITADAS (156) e multiplicar o resultado por 100:resultado por 100:

(124 ÷ 156) x 100 = 86%(124 ÷ 156) x 100 = 86%

A adesão global nesse centro médico em 2007 foi de 86%.A adesão global nesse centro médico em 2007 foi de 86%.

Fatores que afetam a Fatores que afetam a adesão ao tratamento adesão ao tratamento

Relação entre o paciente e o sistema de saúdeRelação entre o paciente e o sistema de saúde

Educação do paciente, da família e dos profissionais da saúdeEducação do paciente, da família e dos profissionais da saúde

O paciente/família recusa o tratamentoO paciente/família recusa o tratamento

O paciente esquece o tratamentoO paciente esquece o tratamento

Dificuldade de se deslocar até um centro médicoDificuldade de se deslocar até um centro médico

Dor e medo de injeçõesDor e medo de injeções

Volume de trabalho e prioridades dos profissionais da saúdeVolume de trabalho e prioridades dos profissionais da saúde

Uso de terapia alternativaUso de terapia alternativa

Estratégias para Estratégias para aumentar a adesão ao tratamentoaumentar a adesão ao tratamento

Escolher um membro dedicado em cada clínicaEscolher um membro dedicado em cada clínica Identificar pessoas que precisam receber profilaxia Identificar pessoas que precisam receber profilaxia

secundáriasecundária Identificar locais que geralmente fazem profilaxia secundáriaIdentificar locais que geralmente fazem profilaxia secundária Desenvolver um sistema de chamada para ajudar as pessoas Desenvolver um sistema de chamada para ajudar as pessoas

a se lembrarem a se lembrarem Oferecer educação contínuaOferecer educação contínua Comunicar com o programa de doença cardíaca reumática e Comunicar com o programa de doença cardíaca reumática e

outros centrosoutros centros Reduzir a dor da injeçãoReduzir a dor da injeção Discutir questões relativas a terapias alternativasDiscutir questões relativas a terapias alternativas

Alergia à penicilina Alergia à penicilina

SintomasSintomas

– – Erupção cutâneaErupção cutânea

– – Coceira nos olhosCoceira nos olhos

TratamentoTratamento

– – Anti-histamínicosAnti-histamínicos

(oral ou injeção)(oral ou injeção)

AnafilaxiaAnafilaxia

SintomasSintomas– – Chiado no peitoChiado no peito– – UrticáriaUrticária– – CoceiraCoceira– – Inchaço do rosto e dos lábios Inchaço do rosto e dos lábios – – Dificuldade de respirarDificuldade de respirar– – VômitoVômito– – Queda da pressão arterialQueda da pressão arterial– – Perda da consciênciaPerda da consciência– – Parada cardíacaParada cardíaca

TratamentoTratamento – – AdrenalinaAdrenalina (injeção subcutânea)(injeção subcutânea)

ResumoResumo

É necessária a presença permanente de antibióticos no É necessária a presença permanente de antibióticos no organismo para ajudar a evitar infecções por EBHGAorganismo para ajudar a evitar infecções por EBHGA

Reavaliação médica antes da suspensão da profilaxia secundáriaReavaliação médica antes da suspensão da profilaxia secundária

Estratégias para aumentar a adesão à profilaxia secundária:Estratégias para aumentar a adesão à profilaxia secundária:– – Bom relacionamento entre o paciente e os profissionais da Bom relacionamento entre o paciente e os profissionais da saúdesaúde– – Educação do paciente e dos profissionais da saúdeEducação do paciente e dos profissionais da saúde– – Criação de sistemas para ajudar os pacientes a se lembrar de Criação de sistemas para ajudar os pacientes a se lembrar de tomar as injeçõestomar as injeções– – Redução da dor da injeçãoRedução da dor da injeção

Documentar as injeções de penicilina benzatina e monitorar a Documentar as injeções de penicilina benzatina e monitorar a adesão ao tratamentoadesão ao tratamento

Doença Cardíaca ReumáticaDoença Cardíaca Reumática

Diagnóstico e TratamentoDiagnóstico e Tratamento

IntroduçãoIntrodução

As valvas cardíacas ficam lesadas devido ao processo As valvas cardíacas ficam lesadas devido ao processo de cicatrização após um surto de FRAde cicatrização após um surto de FRA

A CR costuma se desenvolver após FRA quandoA CR costuma se desenvolver após FRA quando– – O episódio inicial de FRA foi graveO episódio inicial de FRA foi grave– – O coração foi afetado pela febre reumáticaO coração foi afetado pela febre reumática– – A febre reumática ocorreu em uma idade precoceA febre reumática ocorreu em uma idade precoce– – Houve recidiva de febre reumáticaHouve recidiva de febre reumática

50% dos portadores da CR 50% dos portadores da CR não se lembramnão se lembram de ter tido FRA de ter tido FRA

DefiniçõesDefinições

InsuficiênciaInsuficiência valvar indica que as valvas cardíacas valvar indica que as valvas cardíacas

– – Estão espessadas e aderidas as paredes do coraçãoEstão espessadas e aderidas as paredes do coração– – Os folhetos captam no centro da valvaOs folhetos captam no centro da valva– – O sangue reflui através das valvasO sangue reflui através das valvas

EstenoseEstenose valvar indica que as valvas cardíacas valvar indica que as valvas cardíacas

– – Os folhetos ficam espessados e caem a mobilidade Os folhetos ficam espessados e caem a mobilidade reduzidareduzida– – Não permitem que o sangue flua facilmente (restrição Não permitem que o sangue flua facilmente (restrição do fluxo para frente) do fluxo para frente)

Sinais e sintomas daSinais e sintomas da CR CR

Os sintomas da CR podem demorar muitos anos para se Os sintomas da CR podem demorar muitos anos para se manifestar manifestar

– – A presença de sopro sem outros sintomas indica doença leve a A presença de sopro sem outros sintomas indica doença leve a moderadamoderada

– – A presença de sintomas geralmente indica doença moderada a graveA presença de sintomas geralmente indica doença moderada a grave

Os sintomas dependem do tipo e da gravidade da lesão Os sintomas dependem do tipo e da gravidade da lesão valvar, e podem incluirvalvar, e podem incluir

– – Falta de ar durante esforços ou na posição horizontalFalta de ar durante esforços ou na posição horizontal– – Acordar à noite com falta de arAcordar à noite com falta de ar– – CansaçoCansaço– – Fraqueza geralFraqueza geral– – Edema periféricoEdema periférico

Envolvimento dasEnvolvimento dasvalvas cardíacasvalvas cardíacas

A valva mitral é acometida em mais de 90% dos casos da CRA valva mitral é acometida em mais de 90% dos casos da CR A regurgitação mitral é observada com maior freqüência em A regurgitação mitral é observada com maior freqüência em crianças e adolescentescrianças e adolescentes Estenose mitral representa doença crônica, observada Estenose mitral representa doença crônica, observada comumente em adultoscomumente em adultos A complicação mais freqüente da estenose mitral é fibrilação A complicação mais freqüente da estenose mitral é fibrilação atrialatrial

A valva aórtica é a segunda mais acometidaA valva aórtica é a segunda mais acometida Geralmente está associada com doença da valva mitral.Geralmente está associada com doença da valva mitral. Tende a desenvolver como complicação a longo prazo Tende a desenvolver como complicação a longo prazo regurgitação aórticaregurgitação aórtica As valvas tricúspide e pulmonar são acometidas com muito menor As valvas tricúspide e pulmonar são acometidas com muito menor

freqüência freqüência Geralmente acometidas em casos graves da CR quando todas as valvas Geralmente acometidas em casos graves da CR quando todas as valvas

são afetadas.são afetadas.

Exame clínicoExame clínico

Regurgitação mitral Regurgitação mitral – sopro holossistólico mais audível no – sopro holossistólico mais audível no ápice e que se irradia lateralmente para a axila.ápice e que se irradia lateralmente para a axila.

Estenose mitral Estenose mitral – sopro diastólico em ruflar de baixa – sopro diastólico em ruflar de baixa freqüência mais audível no ápice e com o paciente em freqüência mais audível no ápice e com o paciente em decúbito lateral esquerdo.decúbito lateral esquerdo.

RegurgitaçãoaórticaRegurgitaçãoaórtica - sopro diastólico aspirativo em - sopro diastólico aspirativo em decrescendo mais audível na borda esternal esquerda com decrescendo mais audível na borda esternal esquerda com o paciente sentado e inclinado para frente durante a o paciente sentado e inclinado para frente durante a expiração.expiração.

Estenose aórticaEstenose aórtica – sopro de ejeção mesossistólico – sopro de ejeção mesossistólico acentuado, de baixa freqüência, mais audível na área acentuado, de baixa freqüência, mais audível na área aórtica e com irradiação para o pescoço.aórtica e com irradiação para o pescoço.

InvestigaçãoInvestigação

Eletrocardiograma (ECG)Eletrocardiograma (ECG)– – Determina o ritmo cardíacoDetermina o ritmo cardíaco– – Detecta sobrecarga do ventriculoDetecta sobrecarga do ventriculo

Radiografia do tórax Radiografia do tórax – – Determina o tamanho e a localização do coraçãoDetermina o tamanho e a localização do coração– – Detecta insuficiência cardíaca (congestão pulmonar)Detecta insuficiência cardíaca (congestão pulmonar)

EcocardiografiaEcocardiografia– – Detecta lesão de valvas cardíacasDetecta lesão de valvas cardíacas– – Estima a gravidade da doençaEstima a gravidade da doença– – Útil para comparar os resultados com o acompanhamento Útil para comparar os resultados com o acompanhamento

posteriorposterior

Elemento fundamental Elemento fundamental no tratamento da CRno tratamento da CR

Profilaxia secundáriaProfilaxia secundária

A função da profilaxia secundária em caso da CR estabelecida é:A função da profilaxia secundária em caso da CR estabelecida é:

– – Evitar infecções por estreptococos do grupo AEvitar infecções por estreptococos do grupo A

– – Evitar recidiva de FRAEvitar recidiva de FRA

– – Evitar o desenvolvimento da CREvitar o desenvolvimento da CR

– – Reduzir a gravidade da CRReduzir a gravidade da CR

– – Ajudar a reduzir o risco de morte pela CR grave.Ajudar a reduzir o risco de morte pela CR grave.

Elementos importantes Elementos importantes no tratamento da CRno tratamento da CR

Consulta inicial, encaminhamento e educação eficazes Consulta inicial, encaminhamento e educação eficazes

Revisão rotina e planejamento estruturado dos cuidadosRevisão rotina e planejamento estruturado dos cuidados– – EducaçãoEducação– – Aderência à profilaxia secundáriaAderência à profilaxia secundária– – Avaliação clínica e acompanhamento ecocardiográfico Avaliação clínica e acompanhamento ecocardiográfico regulares regulares – – Tratamento da insuficiência cardíaca (diuréticos e inibidores da Tratamento da insuficiência cardíaca (diuréticos e inibidores da ECA)ECA)– – Tratamento da fibrilação atrial (digoxina e anticoagulação)Tratamento da fibrilação atrial (digoxina e anticoagulação)– – Cuidados dentários e profilaxia para endocardite infecciosaCuidados dentários e profilaxia para endocardite infecciosa– – Encaminhamento das mulheres para planejamento familiar Encaminhamento das mulheres para planejamento familiar – – VacinaçãoVacinação

Intervenção cirúrgica apropriadaIntervenção cirúrgica apropriada

Consideração especial em determinadas circunstâncias (gravidez)Consideração especial em determinadas circunstâncias (gravidez)

Diretrizes para o Diretrizes para o tratamento da CR tratamento da CR leveleve

A CR com lesão valvar ou leve:A CR com lesão valvar ou leve:

Profilaxia secundária Prevenção a longo prazo de FRA recorrente

Cuidados primários Pelo médico local

Reavaliação médica por um especialista para crianças até 18 anos

A cada 12 mesesAntes em caso de deterioração clínica

Ecocardiograma (se disponível A cada 2 anos para criançasA cada 5 anos para adultos

Reavaliação médica por um especialista

Antes de suspender a profilaxia secundária

Avaliação odontológica após o diagnóstico

Com prevenção adequada de endocardite

Diretrizes para o Diretrizes para o tratamento da CR tratamento da CR moderadamoderada

Qualquer lesão valvar moderada, sem sintomas e função Qualquer lesão valvar moderada, sem sintomas e função ventricular esquerda normal, com próteses valvares metálicas ventricular esquerda normal, com próteses valvares metálicas estáveis ou crianças (até 18 anos de idade) com história de coréia, estáveis ou crianças (até 18 anos de idade) com história de coréia, incluindo aqueles sem lesão valvar:incluindo aqueles sem lesão valvar:



Reavaliação médica por um especialista para crianças até 18 anos

A cada 12 mesesAntes em caso de deterioração clínica

Ecocardiograma (se disponível A cada 1anos para criançasA cada 2 anos para adultos

Reavaliação médica por um especialista Antes de suspender a profilaxia secundária de FRA

Avaliação odontológica após o diagnóstico

Com prevenção adequada de endocardite

Diretrizes para o Diretrizes para o tratamento da CR tratamento da CR gravegrave

Qualquer lesão valvar moderada à grave acompanhada por falta de Qualquer lesão valvar moderada à grave acompanhada por falta de ar, cansaço, edema, angina ou síncope e função ventricular ar, cansaço, edema, angina ou síncope e função ventricular esquerda comprometida ou aumentada ou história de cirurgia esquerda comprometida ou aumentada ou história de cirurgia valvar, inclusive valvotomia mitral, qualquer reparo valvar e valvar, inclusive valvotomia mitral, qualquer reparo valvar e biopróteses valvares (de porco e hemoenxerto): biopróteses valvares (de porco e hemoenxerto):



Reavaliação médica por um especialista

A cada 6 meses

Encaminhamento para um cardiologista

Plano de tratamento

Desfechos cirúrgicosDesfechos cirúrgicos

::

DCR

Necessidade de anticoagulação:Necessidade de anticoagulação:Maior tempoMaior tempo para reoperação para reoperação

Substituição da valva cardíacaSubstituição da valva cardíaca

Sem anticoagulação:Sem anticoagulação:Menor tempoMenor tempo para reoperação para reoperação

Plastia da valva cardíacaPlastia da valva cardíaca

ResumoResumo

A doença cardiáca reumática (CR) se apresenta como A doença cardiáca reumática (CR) se apresenta como lesão às valvas cardíacaslesão às valvas cardíacas

A valva mitral é a mais acometida, seguida pelas valvas A valva mitral é a mais acometida, seguida pelas valvas aórtica, pulmonar e tricúspideaórtica, pulmonar e tricúspide

A doença cardiáca reumática pode ser leve, moderada ou A doença cardiáca reumática pode ser leve, moderada ou gravegrave

A doença cardiáca reumática pode ser assintomáticaA doença cardiáca reumática pode ser assintomática O tratamento da CR incluiO tratamento da CR inclui

– – Tratamento dos sintomas cardíacos e não cardíacosTratamento dos sintomas cardíacos e não cardíacos– – Profilaxia secundária a longo prazo (para prevenir a FRA Profilaxia secundária a longo prazo (para prevenir a FRA

recorrente)recorrente)– – Reavaliação clínica e cardiológica regularReavaliação clínica e cardiológica regular– – Manejo de gravidez existenteManejo de gravidez existente– – Avaliação odontológica, encaminhamento para planejamento Avaliação odontológica, encaminhamento para planejamento

familiarfamiliar

Registros Registros

Notificação de FRA e CRNotificação de FRA e CR

e Relatóriose Relatórios

Elementos de um Elementos de um registro de doençasregistro de doenças

Registro de doenças é uma lista de pessoas Registro de doenças é uma lista de pessoas que têm uma doença em comum. Por exemplo:que têm uma doença em comum. Por exemplo:

– – Registro de tuberculoseRegistro de tuberculose– – Registro de HIV/AIDSRegistro de HIV/AIDS– – Registro de doenças que podem ser evitadas com Registro de doenças que podem ser evitadas com

vacina (sarampo, rubéola)vacina (sarampo, rubéola)– – Febre reumática aguda e doença cardiáca reumáticaFebre reumática aguda e doença cardiáca reumática

Um registro de doenças deve ser seguro, para Um registro de doenças deve ser seguro, para que as informações não se percam e nem sejam que as informações não se percam e nem sejam modificadasmodificadas

Registro em papel Registro em papel livro ou lista livro ou lista

Possíveis desvantagensPossíveis desvantagens – – Livros podem ser perdidos ou danificados (não são Livros podem ser perdidos ou danificados (não são

seguros)seguros)– – A mesma pessoa pode ser incluída mais de uma vez A mesma pessoa pode ser incluída mais de uma vez

(duplicidade)(duplicidade)– – Listas longas são difíceis de ler e analisarListas longas são difíceis de ler e analisar– – Informações importantes podem ser esquecidasInformações importantes podem ser esquecidas

VantagensVantagens– – Não requer treinamento especializadoNão requer treinamento especializado– – Livros e listas podem ser facilmente transportadosLivros e listas podem ser facilmente transportados– – Não há necessidade de suporte externo (p.ex., Não há necessidade de suporte externo (p.ex.,

eletricidade, como no caso de computadores)eletricidade, como no caso de computadores)

Registro eletrônico Registro eletrônico banco de dados banco de dados

Possíveis desvantagensPossíveis desvantagens– – Computadores e conexões geralmente custam dinheiroComputadores e conexões geralmente custam dinheiro– – Geralmente exige treinamento e suporte especializadoGeralmente exige treinamento e suporte especializado– – Interrupções de energia elétrica e outros tipos de Interrupções de energia elétrica e outros tipos de

interrupção impedem o usointerrupção impedem o uso– – As informações não podem ser facilmente transportadasAs informações não podem ser facilmente transportadas

VantagensVantagens– – As informações podem ser armazenadas com segurançaAs informações podem ser armazenadas com segurança– – Entradas em duplicata podem ser evitadasEntradas em duplicata podem ser evitadas– – As informações podem ser rapidamente encontradas, As informações podem ser rapidamente encontradas,

classificadas e classificadas e atualizadas atualizadas – – Relatórios podem ser produzidos automaticamenteRelatórios podem ser produzidos automaticamente

Informações contidasInformações contidas no registro no registro

Algum tipo de identificação para cada pessoa (número do Algum tipo de identificação para cada pessoa (número do paciente no hospital ou na clínica)paciente no hospital ou na clínica)

Informações pessoais (nome, data de nascimento, sexo)Informações pessoais (nome, data de nascimento, sexo) Informações para contato (endereço e número de telefone atuais)Informações para contato (endereço e número de telefone atuais) Gravidade da doença (não tem a CR, tem a CR leve, moderada, Gravidade da doença (não tem a CR, tem a CR leve, moderada,

grave)grave) Diagnósticos, data dos diagnósticosDiagnósticos, data dos diagnósticos Como foi feito o diagnóstico (internação hospitalar, programa de Como foi feito o diagnóstico (internação hospitalar, programa de

triagem)triagem) Detalhes da profilaxia secundária (medicação, adesão ao Detalhes da profilaxia secundária (medicação, adesão ao

tratamento durante todo o ano)tratamento durante todo o ano) Detalhes de cirurgiasDetalhes de cirurgias Datas das próximas reavaliações (cardiologista, médico de outra Datas das próximas reavaliações (cardiologista, médico de outra

especialidade, cirurgia cardíaca)especialidade, cirurgia cardíaca) Data e causa do óbitoData e causa do óbito

Notificação de FRA Notificação de FRA e a CRe a CR

Todos os casos confirmados e suspeitos de FRA e a CR Todos os casos confirmados e suspeitos de FRA e a CR devem ser notificados para que as autoridades de saúde devem ser notificados para que as autoridades de saúde possam tomar as seguintes providências:possam tomar as seguintes providências:

– – Identificar indivíduos de alto risco que exigem cuidados Identificar indivíduos de alto risco que exigem cuidados prioritáriosprioritários

– – Coordenar programas de profilaxia secundária e de Coordenar programas de profilaxia secundária e de acompanhamentoacompanhamento

– – Ajudar a identificar outros indivíduos que possam Ajudar a identificar outros indivíduos que possam apresentar riscoapresentar risco

- Fornecer informações sobre os índices de doença- Fornecer informações sobre os índices de doença locais locais

Fontes de informaçãoFontes de informação

Livros de registro de injeção de penicilina benzatina Livros de registro de injeção de penicilina benzatina Listas de cirurgias cardíacasListas de cirurgias cardíacas Observações de cardiologistas, médicos de outras Observações de cardiologistas, médicos de outras

especialidades e pesquisadoresespecialidades e pesquisadores Prontuários hospitalaresProntuários hospitalares

– – Registros de internaçãoRegistros de internação– – Classificação Internacional de doenças CID-9 ou Classificação Internacional de doenças CID-9 ou

CID-10 CID-10 Encaminhamentos por programas de triagem na escola Encaminhamentos por programas de triagem na escola

e na comunidadee na comunidade Outros registros em papel e eletrônicos Outros registros em papel e eletrônicos

Informações fornecidas Informações fornecidas pelo registropelo registro

Listas de indivíduos que precisam de tratamento urgenteListas de indivíduos que precisam de tratamento urgente Listas de pessoas que não fizeram a profilaxia Listas de pessoas que não fizeram a profilaxia

secundáriasecundária Cumprimento terapêutico em relação à penicilina Cumprimento terapêutico em relação à penicilina

benzatina (para cada ano completo de tratamento)benzatina (para cada ano completo de tratamento) Listas de espera para reavaliação do especialistaListas de espera para reavaliação do especialista Listas de espera para ecocardiograma e cirurgiaListas de espera para ecocardiograma e cirurgia Pessoas que faleceram e causa da mortePessoas que faleceram e causa da morte Índices da doença na região ou no paísÍndices da doença na região ou no país

ResumoResumo Um Registro de Doenças pode ser em papel ou eletrônicoUm Registro de Doenças pode ser em papel ou eletrônico As informações devem ser segurasAs informações devem ser seguras As informações contidas no registro devem As informações contidas no registro devem

– – Ajudar a coordenar assistência médica para os indivíduosAjudar a coordenar assistência médica para os indivíduos– – Ajudar a descrever o nível da doença na comunidadeAjudar a descrever o nível da doença na comunidade

Todos os casos confirmados ou suspeitos de FRA e CR Todos os casos confirmados ou suspeitos de FRA e CR devem ser notificados para possibilitar a identificação de devem ser notificados para possibilitar a identificação de outros indivíduos em riscooutros indivíduos em risco

As fontes de informação do registro podem incluirAs fontes de informação do registro podem incluir– – Internações hospitalares – livros de registro e sistemas Internações hospitalares – livros de registro e sistemas

computadorizadoscomputadorizados– – Listas de médicos especialistas e de cirurgias cardíacasListas de médicos especialistas e de cirurgias cardíacas– – Encaminhamentos de programas de triagem de saúde nas Encaminhamentos de programas de triagem de saúde nas

escolasescolas

Programas para controleProgramas para controlede CRde CR

Melhores práticas Melhores práticas internacionaisinternacionais

A Organização Mundial da Saúde faz as seguintes A Organização Mundial da Saúde faz as seguintes recomendações para os programas de controle de CRrecomendações para os programas de controle de CR– – Um grande compromisso do governo localUm grande compromisso do governo local– – Um Grupo Consultivo qualificado e dedicadoUm Grupo Consultivo qualificado e dedicado– – Um registro de CR com todos os casos confirmados e Um registro de CR com todos os casos confirmados e

suspeitos de suspeitos de FRA/CRFRA/CR– – Um coordenador de programa bem treinadoUm coordenador de programa bem treinado– – Notificação de FRA e CRNotificação de FRA e CR– – Um sistema de prioridade para tratamento dos casos gravesUm sistema de prioridade para tratamento dos casos graves– – Recursos confiáveis, inclusive medicamentos e apoio Recursos confiáveis, inclusive medicamentos e apoio

laboratoriallaboratorial– – Programas estabelecidos centralmente e expandidos Programas estabelecidos centralmente e expandidos

regionalmenteregionalmente

Principais objetivosPrincipais objetivos do programa do programa

Identificar os casos confirmados (ou suspeitos) de FRA Identificar os casos confirmados (ou suspeitos) de FRA e CRe CR

Estabelecer e manter um registro dos casos de CREstabelecer e manter um registro dos casos de CR Padronizar e aprimorar a administração de profilaxia Padronizar e aprimorar a administração de profilaxia

secundáriasecundária- Padronizar o tratamento de FRA e CR- Padronizar o tratamento de FRA e CR

Oferecer treinamento e apoio aos profissionais da saúdeOferecer treinamento e apoio aos profissionais da saúde Informar a comunidadeInformar a comunidade Avaliar a eficácia das atividades do programaAvaliar a eficácia das atividades do programa Divulgar o programa e os índices da doençaDivulgar o programa e os índices da doença

Identificar casosIdentificar casos

Colher informações sobre os casos conhecidos de FRA Colher informações sobre os casos conhecidos de FRA e CR eme CR em– – Livros de registro e fichas clínicas de injeção de penicilina Livros de registro e fichas clínicas de injeção de penicilina

benzatina benzatina – – Laudos de ecocardiograma e listas de cirurgia cardíacaLaudos de ecocardiograma e listas de cirurgia cardíaca– – Relatórios sobre internações hospitalares e óbitosRelatórios sobre internações hospitalares e óbitos

Identificar novos casos emIdentificar novos casos em– – Centros de saúde ou hospitais quando os indivíduos Centros de saúde ou hospitais quando os indivíduos

apresentarem apresentarem sintomas de FRA ou CRsintomas de FRA ou CR– – Programas de saúde (triagem) nas escolas Programas de saúde (triagem) nas escolas – – Clínicas de acompanhamento pré-natalClínicas de acompanhamento pré-natal

Otimizar a profilaxia Otimizar a profilaxia secundáriasecundária

Implementar a profilaxia secundáriaImplementar a profilaxia secundária- Identificar pessoas que precisam de profilaxia secundária- Identificar pessoas que precisam de profilaxia secundária- Estabelecer onde está sendo feita profilaxia secundária- Estabelecer onde está sendo feita profilaxia secundária

Aprimorar a profilaxia secundáriaAprimorar a profilaxia secundária- - Identificar pessoas que deixaram de tomar as injeções de Identificar pessoas que deixaram de tomar as injeções de

penicilina benzatinapenicilina benzatina- Criar sistemas de lembretes aos pacientes - Criar sistemas de lembretes aos pacientes - Apoiar a comunicação entre os centros médicos- Apoiar a comunicação entre os centros médicos

Encaminhamento de novos casosEncaminhamento de novos casos Identificação de pessoas que percorrem vários centros Identificação de pessoas que percorrem vários centros

de saúde em busca de tratamentode saúde em busca de tratamento Estratégias para ajuda a reduzir a dor da injeçãoEstratégias para ajuda a reduzir a dor da injeção

Contar com profissionais Contar com profissionais compententescompententes

Padronizar o diagnóstico e tratamento de FRA e CRPadronizar o diagnóstico e tratamento de FRA e CR- Critérios de Jones revisados para o diagnóstico de CR- Critérios de Jones revisados para o diagnóstico de CR- Padronizar as doses de medicamento e a profilaxia - Padronizar as doses de medicamento e a profilaxia

secundáriasecundária

Treinar profissionais da saúdeTreinar profissionais da saúde- Elaboração de um plano de treinamento profissional- Elaboração de um plano de treinamento profissional- Programas de treinamento para estudantes e profissiomais - Programas de treinamento para estudantes e profissiomais

da da saúdesaúde

Comunicar Comunicar - Encaminhamento de novos casos na comunidade- Encaminhamento de novos casos na comunidade

- Atualização de questões relacionadas com FRA/CR- Atualização de questões relacionadas com FRA/CR

Informar a comunidadeInformar a comunidade

EducarEducar- - Educação dirigida aos portadores de FRA e CREducação dirigida aos portadores de FRA e CR- Materiais educativos para a comunidade (cartazes e - Materiais educativos para a comunidade (cartazes e

apostilas)apostilas)

Tratar os casos conhecidosTratar os casos conhecidos- Cuidados médicos - Cuidados médicos

permanentes/ecocardiograma/cirurgiapermanentes/ecocardiograma/cirurgia

Priorizar o tratamento de casos gravesPriorizar o tratamento de casos graves- - Avaliação cardíacaAvaliação cardíaca- Cirurgia e apoio- Cirurgia e apoio

Dificuldades do programaDificuldades do programa de CR de CR

Falta de recursos locaisFalta de recursos locais Poucos recursos financeiros Poucos recursos financeiros Carga de trabalho puxada dos profissionais da saúdeCarga de trabalho puxada dos profissionais da saúde Prioridade de outras doenças (p.ex., TB, Malária, Prioridade de outras doenças (p.ex., TB, Malária,

HIV/AIDS)HIV/AIDS) O programa de CR é complexoO programa de CR é complexo

- Pode ser difícil a comunicação com centros de saúde - Pode ser difícil a comunicação com centros de saúde distantes distantes

- Pode ser inviável o deslocamento para fornecer - Pode ser inviável o deslocamento para fornecer treinamento e educaçãotreinamento e educação

- A análise dos dados pode ser bastante complexa- A análise dos dados pode ser bastante complexa- O programa pode ser expandido rápido demais- O programa pode ser expandido rápido demais

ResumoResumo

Um programa de CR requerUm programa de CR requer

– – Comprometimento (do governo) localComprometimento (do governo) local– – Um bom registro de CR e funcionários dedicadosUm bom registro de CR e funcionários dedicados– – Identificação dos casos conhecidos e encaminhamento Identificação dos casos conhecidos e encaminhamento

de novos casosde novos casos– – Um sistema de prioridade para os casos gravesUm sistema de prioridade para os casos graves– – Monitoramento e aprimoramento da profilaxia secundáriaMonitoramento e aprimoramento da profilaxia secundária– – Suprimento de medicação confiável e apoio laboratorialSuprimento de medicação confiável e apoio laboratorial– – Apoio permanente para os profissionais da saúde e os Apoio permanente para os profissionais da saúde e os

pacientespacientes

Material da World Heart Federation:Material da World Heart Federation:

Traduzido por Mirtes Frange de Oliveira Pinheiro Traduzido por Mirtes Frange de Oliveira Pinheiro Revisado por Dr. Rui F. RamosRevisado por Dr. Rui F. Ramos

diagnóstico e tratamento de febre reumática aguda e cardiopatia reumática

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