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Diabetes Mellitus e exercício físico Prof. Drd. Mário A. Siqueira-Filho 2011 [email protected]

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Diabetes Mellitus e

exercício físico

Prof. Drd. Mário A. Siqueira-Filho

2011

[email protected]

O que é Diabetes?

Diabetes

HISTÓRICO…

Primeiros relatos - egípcios (a.C.)

(Hebreus – diabetes gestacional);

Médico Areteu de Capadócia (Grécia)

2000 anos depois (70 d.C.) descreveu a Diabetes (sifão)

muita fome (polifagia) / muita sede (polidipsia)

muita urina (poliúria) / fraqueza (poliastenia)

Médico inglês Thomas Willis (1670)

“urina muitíssimo doce”

(Sociedade Brasileira de Diabetes - www.diabetes.org.br)

Diabetes

HISTÓRICO…

Dr. M. Chevreul (1815) glicose na urina

Diabetes Mellitus – latim: mel ou adocicado

Cientistas alemães (Von Mering e Minkowski) (1889)

pâncreas produz uma substância, ou hormônio, capaz

de controlar o açúcar no sangue

Frederick Bating e Charles Best (outubro 1921)

(Cães) Isolamento de uma substância capaz de eliminar

sintomas do Diabetes

Denominaram INSULINA (Latim: Insula → “Ilha”)

(Sociedade Brasileira de Diabetes - www.diabetes.org.br)

Diabetes

Diabetes

Como a população

mundial é atingida

pelo Diabetes?

EPIDEMIOLOGIA DO DIABETES

Diabetes

Diabetes

ESTIMATIVAS: PRÉ-DIABETES 2010

Diabetes

ESTIMATIVAS: PREVALÊNCIA DO DIABETES 2010

Diabetes

ESTIMATIVAS: PREVALÊNCIA DO DIABETES 2030

Diabetes

América Central e América do Sul

ESTIMATIVAS REGIONAIS - DIABETES

Diabetes

ESTIMATIVAS DO DIABETES

Diabetes

NÚMERO DE PESSOAS COM DIABETES

Quais os problemas

associados?

Diabetes

Diabetes

(Bethel, et al., Arch Intern Med. 2007; 167:921-7)

COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES

Diabetes

(Bethel, et al., Arch Intern Med. 2007; 167:921-7)

COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES

Diabetes

(Bethel, et al., Arch Intern Med. 2007; 167:921-7)

COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES

Doenças renais

Diabetes

(Bethel, et al., Arch Intern Med. 2007; 167:921-7)

COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES

Visão

Diabetes

(Bethel, et al., Arch Intern Med. 2007; 167:921-7)

COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES Neuropatias

Necrose + invasão bacteriana

Remoção cirúrgica, tecido morto

Parcial ou total, 1 ou 2 membros

Como o Diabetes

interfere na taxa de

mortalidade?

Diabetes

MORTALIDADE DO DIABETES

Diabetes

Diabetes

MORTALIDADE DO DIABETES

Diabetes

EPIDEMIA DE DIABETES

Diabetes

Diabetes

ENVELHECIMENTO: PRÉ-DIABETES

Diabetes

ENVELHECIMENTO: DIABETES

Diabetes

PREVALÊNCIA POR FAIXAS ETÁRIAS

Diabetes

(Federação Internacional de Diabetes - Diabetes Atlas - Extracto, 2003)

Características do

Diabetes

Diabetes

► ↑ incidência mundial do diabetes associada:

↑ obesidade ↑ sedentarismo

INCIDÊNCIA

► Variável em diferentes populações:

30-40 indivíduos/100.000 habitantes por ano Norte europeu (Finlândia e Suécia) 0,5-1 indivíduo/100.000 habitantes por ano Países asiáticos Brasil (1987-1991) 7,4 indivíduos/100.000 habitantes por ano Interior do Estado de São Paulo

Diabetes

Falta de insulina Resistência à ação

da insulina

Características

Níveis de glicose

sanguínea

(hiperglicemia)

Distúrbios no metabolismo

carboidratos, lipídeos e

proteínas

Decorrência

Diabetes

0

20

40

60

80

99

125

Glicemia (mg/dl)

NORMAL (jejum 8-12 hs)

Sinais neurológicos súbitos: raiva, GLUCAGON, ADRENALINA, CORTISOL, sudorese e tremor

Letargia, convulsão, coma

Lesões cerebrais permanentes, morte

Resistência (jejum 8-12 hs)

+ 200

Diabetes (jejum 8-12 hs)

Fonte: ADA-2003

PADRÕES GLICÊMICOS

Regulação hormonal da glicemia

- zumbido nos ouvidos - náuseas

- pele fria ou úmida - nervosismo

- tontura ou vertigem - pesadelos

- visão dupla ou embaçada - má coordenação física

- freqüência de pulso elevada - agitação

- fadiga - instabilidade

- tremores nas mãos - fala incompreensível

- cefaléia - sudorese

- insônia - cansaço

- confusão mental - pontos visuais

- irritabilidade - fraqueza

- incapacidade de fazer contas - formigamento das mãos ou da

básicas língua

Sinais de hipoglicemia

CUIDADOS

Diabetes e exercício físico

Diabetes

Como classificar as

diferentes formas

de manifestação do

Diabetes?

Baseada no processo patogênico desde 1997

Diabetes tipo 1

- Destruição das células β (deficiência absoluta de insulina) e tendência a cetose

- Causa auto-imune

- Idiopática

- Em geral, diagnosticada antes dos 20 anos de idade

(American Diabetes Association, Diabetes Care 2011; 34:S62-9)

CLASSIFICAÇÃO

Diabetes

Diabetes tipo 2 - Graus variados deficiência e resistência à ação da insulina

- Hiperinsulinemia - No paciente magro (fator prevalecente:

DEFICIÊNCIA DA SECREÇÃO) - No paciente obeso (fator prevalecente : RESISTÊNCIA À AÇÃO)

Diabetes

CLASSIFICAÇÃO

Diabetes gestacional

Alterações hormonais e metabólicas → resistência à ação

Pode causar diabetes ou intolerância à glicose (até 4% dos casos)

No geral, reversível no pós-parto

Risco em evoluir ao diabetes em 30-60%

Outros tipos

- Defeitos genéticos da função da célula β

- Defeitos genéticos na ação da insulina

- Doenças pancreáticas (pancreatites, alcoolismo, câncer)

- Doenças endócrinas (tumor de hormônio antagonista)

- Induzido por fármacos ou agentes químicos

- Infecções (vírus)

- Formas raras de diabetes auto-imune

- Outras síndromes genéticas

Diabetes

CLASSIFICAÇÃO

Diabetes

Como diagnosticar

o Diabetes?

Diagnóstico Clínico Sinais e sintomas dependem → hiperglicemia

↑ níveis glicêmicos (pode levar à visão turva)

↓ → →

→ →

Sinais e sintomas mais freqüentes na criança

Adultos costuma ter progressão lenta, assintomática por muitos anos

perda de glicose

pela urina

associada perda

de líquido (diurese

osmótica)

↑ sede e ingesta

de água

ausência ou

deficiência

insulina

↑ dificuldade

armazenamento

de nutrientes em

tecidos/órgãos

↑ perda dos nutrientes

(urina),

emagrecimento,

fraqueza e fome

DIAGNÓSTICOS

Diabetes

Sinais e sintomas de diabetes

- Hiperglicemia

- Poliúria (aumento do volume urinário)

- Polidpsia (sede intensa)

- Polifagia (fome excessiva)

- Perda de peso e fraqueza

- Infecções cutâneas

- Alterações visuais, renais ou neurológicas

Diabetes

DIAGNÓSTICOS

Diagnóstico laboratorial (confirmação do diagnóstico clínico)

GLICEMIA

Principal exame diagnóstico do diabetes

GTT oral (teste de tolerância à glicose oral)

Dosagem em: - jejum (8-12hs)

- 2 hs após ingestão 75g glicose pela boca (ou 1,75g glicose/kg criança não > 75g total)

Sintomas clássicos de diabetes + glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl

Ausência de sintomas + glicemia

>126 mg/dl (jejum 8-12 hs)

> 200 mg/dl (ao acaso ou GTT oral)

Diabetes

DIAGNÓSTICOS

Categorias

Glicemia

de jejum

(8-12hs)

Glicemia 2 hs

após 75g de glicose oral

Glicemia casual

Normal < 100

(mg/dl)

< 140

(mg/dl) -

Glicemia de jejum

alterada

100 – 125

(mg/dl) - -

Intolerância à glicose

- 140 – 199

(mg/dl) -

Diabetes ≥ 126

(mg/dl)

≥ 200

(mg/dl)

≥ 200 e sintomas clássicos

Diabetes

Pré- diabetes

(American Diabetes Association, Diabetes Care 2011; 34:S62-9)

DIAGNÓSTICOS

Hemoglobina glicada (HbA1c)

Diabetes

É formada quando a glicose no sangue se liga

irreversivelmente à hemoglobina, para formar um complexo

estável de hemoglobina glicada (HbA1c).

DIAGNÓSTICO: HbA1c

Diabetes

Comparação entre

Hb1Ac (%) vs glicemia (mg/dl).

(Nathan et al., Diabetes Care 2008; 31:1473-8)

A partir de 2009... HbA1c - < 5,7% - Normal HbA1c - 5,7% a 6,4% - Pré-diabetes

HbA1c - > 6,5% - Diabetes

(International Expert Committee,

Diabetes Care 2009; 32:1327-34)

RISCO RELATIVO DE COMPLICAÇÕES MICROVASC. E HbA1C

Diabetes

Diabetes

Principais

características

da doença

- Diabetes tipo 1 -

Diabetes

Diabetes tipo 1 (antes chamado insulino-dependente ou diabetes juvenil)

Preferencialmente em crianças e adolescentes entre 5-14 anos

Resulta: Interação de fatores

Genéticos

predisponentes

(5-6%)

Ambientais Imunológicos

Agente

infeccioso

- vírus -

Sistema

imune não

reconhece

Ataca células

β

pancreáticas

Atrofia

e morte

Destruição de

células β (ausência

da secreção de

insulina)

PATOGÊNESE

Diabetes

O que acontece

quando falta

insulina?

Diabetes

Localização anatômica PÂNCREAS

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

Localização anatômica PÂNCREAS

Regulação hormonal da glicemia

Localização anatômica PÂNCREAS

Hiperglicemia do diabético

Diabetes

Curva dose-resposta

Diabetes

REGULAÇÃO DA GLICEMIA

Metabolismo de carboidratos

Glicogênese

Glicogenólise

Glicólise

Gliconeogênese

Energia / ATP

↑ Reservas energéticas

glicogênio (muscular; hepático)

↓ Glicogênio

(hepático; muscular)

aminoácidos glicerol Lactato Piruvato

Participação da insulina

Inibe

Estimula Estimula

Inibe

Glicose circulante

Além da grave

hiperglicemia, o

que mais

acontece quando

falta insulina?

Diabetes

Diabetes

INSULINA

Queda da insulinemia

CETOGÊNESE

Piruvato

AGL

Piruvato

Acil-Coa

CORPOS

CETÔNICOS

CORPOS

CETÔNICOS

Glicose

Glicose 6P Acil-Coa

b - OX Acetil-Coa

CK Citrato

Acetil-Coa OAA

Diabetes

Acidose metabólica

O exercício é

indicado quando

o paciente está

descompensado?

Diabetes

Exercício e diabético descompensado

Diabetes e exercício físico

Glicemia (mg/dL) Conduta

Até 80 Não realizar exercício

80-100 Ingerir CHO; medir

novamente a glicemia

100-250 Realizar exercícios

Acima de 250, com

cetonúria, ou acima de 300

Não realizar exercícios

CUIDADOS ESPECIAIS

(ACSM Guidelines for exercise testing and prescription, 2006)

INSULINA EXÓGENA

Diabetes

TRATAMENTO COM INSULINA Locais de aplicação

Diabetes

Tipo de Insulina

Início

(min ou hs) Pico (hs)

Duração (hs)

Ação ultrarápida Lispro, aspart

5 - 15 min 1 – 1,5 h 3 – 4 h

Ação rápida Regular 15 – 30 min 1 – 3 h 5 – 7 h

Ação intermediária Lenta, NPH

2 – 4 h 8 – 10 h 18 – 24 h

Ultralenta 4 – 5 h 8 – 14 h 25 – 36 h

Ação longa

Insulina glargina

6 – 8 h - 24 h

INSULINA EXÓGENA

Diabetes

INSULINA EXÓGENA

Diabetes

(White RD, Prim Care Clin Office Pract. 2007; 34:845-71)

Razão CHO/Insulina Varia de 5 – 25

Média de 10-15 para maioria dos pacientes

INSULINA ENDÓGENA

Diabetes

(White RD, Prim Care Clin Office Pract. 2007; 34:845-71)

INSULINA EXÓGENA

Diabetes

(White RD, Prim Care Clin Office Pract. 2007; 34:845-71)

BOMBA DE INSULINA

Diabetes

(White RD, Prim Care Clin Office Pract. 2007; 34:845-71)

INSULINA EXÓGENA

Diabetes

(White RD, Prim Care Clin Office Pract. 2007; 34:845-71)

EXERCÍCIO FÍSICO

Diabetes

O exercício físico regular, juntamente com a insulinoterapia e o planejamento alimentar tem sido considerado como uma das três principais abordagens no tratamento do diabetes mellitus tipo 1.

(De Angelis et al., 2006)

O tratamento no diabetes tipo 1

OBJETIVO

Aproximar as condições metabólicas do D.M. ao estado

fisiológico normal

PREVENIR RETARDAR

Complicações crônicas do Diabetes Mellitus

Principais

características

da doença

- Diabetes tipo 2 -

Diabetes

PATOGÊNESE

Diabetes

Que fatores aparentemente

mais contribuem para o aumento do número de casos de Diabetes tipo 2 !?!?

PATOGÊNESE

Diabetes Diabetes

Deve ser feito a cada 3 anos (pessoas com risco para doença)

- Idade ↑ 45 anos

- Histórico familiar de diabetes

- Doença cardiovascular

- Hipertensão

- Obesidade

- Microalbuminúria

- Dislipidemia (colesterol HDL ≤ 35mg/dl ou triglicerídeos ≥

250mg/dl)

- Portadores de glicemia alterada no jejum ou após refeição

- Grupo étnico de risco (Ilhas do Pacífico; Península Escandinava e

Sardenha. Raro em orientais)

- Mulheres com ovário policístico, diabetes gestacional ou filho com peso > 4kg ao nascimento

- Uso drogas hiperglicemiantes (corticoesteróides, diuréticos

tiazídicos, β-bloqueadores).

Diabetes

FATORES DE RISCO – TIPO 2

Diabetes tipo 2 (antes chamado diabetes do adulto ou não dependente de insulina) Etiologia complexa

Resulta de influências Sinergismo (potencialização)

Ambientais Genéticas

(até 40%) - dietas hipercalóricas

- sedentarismo

- obesidade

- envelhecimento

-↓capacidade de secreção

- resistência à ação da insulina

PATOGÊNESE

Diabetes

Importância do diagnóstico precoce de diabetes (tipo 2)

Doença pouco

sintomática

aparecimento de

sinais/sintomas

glicemias > 180 mg/dl

portadores

(desconhecem

ter a doença)

após até 10

anos (início

da doença)

recém-diagnosticados

(até 50%) apresentam 1

ou mais complicações

29%

retinopatia

30-50% doenças

cardiovasculares

Diabetes

Diabetes

EVOLUÇÃO DO DIABETE TIPO 2

Como a secreção

de insulina é

afetada?

Diabetes

INSULINA Regulação da secreção

Regulação hormonal da glicemia

INSULINA Regulação da secreção

Regulação hormonal da glicemia

Comportamentos glicêmicos Diabetes

(descompensado)

DIGESTÃO E ABSORÇÃO

Metabolismo de carboidratos

Sistema digestivo

Entrada no sangue

Tecidos corporais

► Carboidratos

ABSORÇÃO / ASSIMILAÇÃO

Metabolismo de carboidratos

Transportadores de glicose (GLUTs)

GLUT-1

GLUT-2

GLUT-3

GLUT-4 ...

INSULINA Secreção

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

INSULINA Secreção

Regulação hormonal da glicemia

Secreção da insulina

Jejum

Estresse

(Exercício) Alimento

Regulação hormonal da glicemia

Regulação da secreção de insulina

Regulação hormonal da glicemia

Regulação da secreção de insulina

Liraglutida

Como a insulina

regula a glicemia?

Diabetes

Glicose

MÚSCULO

Aminoácidos

Glicogênio

Glicose P

Piruvato

CO2

FÍGADO

Glicose

TECIDO ADIPOSO

Cetoácidos

Ácidos graxos livres

Plasma

Glicose

Ácidos graxos livres

Cetoácidos

Aminoácidos

Estimular

Inibir

INSULINA Ações no fluxo metabólico

A insulina é o mais importante hipoglicemiante

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

Nível 1

Nível 2

Nível 3

MECANISMOS DE AÇÃO DA INSULINA

Regulação hormonal da glicemia

Mecanismos de ação nas células musculares

INSULINA

S-S S-S

S - S Sub a

Sub b

Lys Lys

Insulina

ATP

P P P

P P P

Membrana

Transdução da cascata de

sinalização Vesículas

GLUT-4

Exo

cito

se

Glicose

Glicogênio sintetase muscular

Regulação hormonal da glicemia

PÂNCREAS

Secreções da insulina

Aumentada por Diminuída por

Glicose Arginina Lisina

Leucina Alanina

Cetoácidos Ácidos graxos livres

Potássio Cálcio

Acetilcolina Atividade β-adrenérgica

Drogas sulfoniluréias

Jejum

Exercício Somatostatina

Leptina Interleucina-1

Atividade α-adrenérgica Droga diazóxido

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

PÂNCREAS

Secreções da insulina

Como o exercício é

capaz de diminuir

a secreção de

insulina?

Diabetes

Regulação hormonal da glicemia

PÂNCREAS

Secreções da insulina

Como fica a captação

de glicose durante o

exercício à medida

que diminui a

secreção de insulina?

Diabetes

Insulina

vs

Exercício

vs

Captação de glicose

Regulação hormonal da glicemia

Regulação hormonal da glicemia

Membrana

Vesículas

GLUT-4

Tran

slo

cação

Glicose

Glicólise

ATP

AMP

AMPK

Contração muscular

Ca+

PKC

CAPTAÇÃO DE GLICOSE DURANTE O EXERCÍCIO

Regulação hormonal da glicemia

Diabetes

Como a ação

da insulina é afetada?

- Resistência à insulina -

Regulação hormonal da glicemia

AÇÕES BIOLÓGICAS DO GH: carboidratos

Diabetes

► Estresse Físico:

° Traumatismos, cirurgias, queimaduras, infecção, hipoglicemia, febre, hipotensão, exercícios físicos, exposição ao frio ...

► Estresse Mental:

° Ansiedade

(-)

Estímulos Neurais

Hipotálamo

CRH

(+)

Hipófise

(+)

(-)

ACTH Cortisol

CORTISOL Mecanismo de controle

Diabetes

Metabolismo dos Carboidratos: Fígado

Liberação de glicose

Glicocorticóides

CORTISOL

Diabetes

► Os glicocorticóides aumentam a glicose sanguínea por:

° Promover resistência a ação da insulina

° Gliconeogênese:

° da Ativação da PEPCK; frutose 1,6-Bi-Pase e glicose-6-Pase

° Liberação de substratos gliconeogênicos de tecidos periféricos

° Aminoácidos; Glicerol; Lactato

° Facilita a ação do glucagon e GH

da transcrição da PEPCK

(“EFEITO PERMISSIVO”)

CORTISOL Metabolismo dos carboidratos

Diabetes

CORTISOL

2. Metabolismo das Proteínas: Músculo

Cortisol Captação de Glicose e Aminoácidos

Síntese Protéica

Proteólise

Aminoácidos

Diabetes

3. Metabolismo Lipídico: Adipócitos (IMPLICAÇÕES NA OBESIDADE)

GC

LHS

TAG

AGL

GLI

Diversos tecidos, exceto SNC

Ad

ipó

cit

o

Expressão gênica dos receptores de glucagon e adrenalina Diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos maduros Lipogênese

Sensibilidade à Insulina

CORTISOL

Diabetes

PREVALÊNCIA Obesidade

Diabetes

ligação da insulina com receptor

fosforilação e atividade cinase do receptor

(Kahn e Flier, J Clin Invest 2000;106:473-81) ↑ Resistência à insulina

Obesidade

↑ produção hepática

glicose

↓ transporte e metabolismo

de glicose

tecido muscular

↔ concentração GLUT-4 ↓ translocação à membrana

tecido adiposo

↓ concentração GLUT-4

PREVALÊNCIA Obesidade

Diabetes

Obesidade Sinalização da insulina

Diabetes

EFEITOS Diabetes e exercício físico

(Galgani et al., Am J Physiol Endocrinol Metab 2008; 295:E1009–17)

Influência da adiposidade na resistência à insulina – lipotoxicidade -

Condição inflamatória associada à Obesidade

Diabetes

Indução de inflamação subclínica associada à Obesidade e Diabetes

Diabetes

(Tsukumo, et al., Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(2):139-144)

Diabetes

(Tsukumo, et al., Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(2):139-144)

Quadro inflamatório subclínico da obesidade

Mediadores inflamatórios vs ação da insulina

(Pauli et al., Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(4):399-408.)

Diabetes

Tratamentos

Diabetes

• Diferentes origens – bovina, suína, humana

• Diferentes durações – curta, média, longa

INSULINAS

EXERCÍCIO FÍSICO

► Respostas da prática de exercício para o diabético

- Maior captação de glicose durante e após o exercício (24 h após)

- Melhora na sensibilidade à insulina e diminui necessidade de uso

- Aumento do gasto energético ( gordura corporal; massa muscular)

- Reduz os fatores de risco cardiovasculares

- Aumenta o fluxo sanguíneo no músculo e na circulação dos MMII

- do colesterol e do percentual de gordura (melhora perfil lipídico)

- disposição geral e sensação de bem estar

- Facilita o controle glicêmico

- Prevenção de doenças associadas ao diabetes

- Aumento de força, flexibilidade e parâmetros cardiovasculares

BENEFÍCIOS Diabetes e exercício físico

Exercício como

estratégia de

prevenção

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

Estudo com 3234 pré-diabéticos

Placebo; Metformina (2x/dia) e dieta+exercício (mínimo 150min/semana)

(Knowler et al., N Engl J Med 2002; 346:393-403)

BENEFÍCIOS: PREVENÇÃO

BENEFÍCIOS: PREVENÇÃO

Diabetes e exercício físico

Redução de risco: diabetes tipo 2 considerando nível de atividade física e IMC

(Hu et al., Appl Physiol Nutr Metab 2007; 32:583-95)

Low= atividades ocupacionais <30/dia; Moderate= níveis moderado a alto com uma modalidade de exercícios; High= níveis moderado a alto com, no mínimo, duas modalidades de exercícios

Diabetes e exercício físico

Redução de risco: diabetes tipo 2 considerando nível de atividade física e glicemia alterada

Low= atividades ocupacionais <30/dia; Moderate= níveis moderado a alto com uma modalidade de exercícios; High= níveis moderado a alto com, no mínimo, duas modalidades de exercícios

(Hu et al., Appl Physiol Nutr Metab 2007; 32:583-95)

BENEFÍCIOS: PREVENÇÃO

Diabetes e exercício físico

BENEFÍCIOS: PREVENÇÃO

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

(Silva e Lima, Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46:550-6)

BENEFÍCIOS: REDUZ FATORES DE RISCO

Diabetes e exercício físico

(Silva e Lima, Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46:550-6)

BENEFÍCIOS: REDUZ FATORES DE RISCO

Exercício para

controle e

tratamento

Diabetes e exercício físico

EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO

174

110

148

91

129

84

133

93

131

100

50

100

150

200

Antes

exercício

15

exercício

30

exercício

15

repouso

60

repouso

Diabéticos x Controles

Diabéticos

Controles

(Pinto et al., XXVII Congresso da SOCESP, 2006)

► GLUT-4

Aumentou Corrida 3 semanas

(ratos obesos)

Hevener, Reichart e Olefsky, 2000

Aumentou Corrida 15 dias (ratos obesos)

Saengsirisuwan et al., 2004

Aumentou Natação 6 semanas (ratos)

Luciano et al., 2002

Aumentou Natação 5 dias (ratos) Chibalin et al., 2000

Aumentou Corredores x sedentários

Yu et al., 2001

Aumentou Corrida 12 semanas (ratos)

Bernad et al., 2005

EXPRESSÃO TRATAMENTO ESTUDOS

BENEFÍCIOS

Sinalização

Δ= 74 ± 20%

Δ= 71 ± 18%

(Kennedy et al., Diabetes 1999; 48: 1192-7.)

“ATIVAÇÃO”, TRANSLOCAÇÃO DE GLUT-4

Time-course da sensibilidade

(King et al., J Appl Physiol. 1995; 78: 17-22.)

EXERCÍCIO AERÓBICO VS RESISTIDO

Resistance training improves insulin signaling and

action in skeletal muscle Exerc Sport Sci Rev. 2006 Jan;34(1):42-6

EXERCÍCIO AERÓBICO VS RESISTIDO

(Bweir et al., Diabetol Metab Syndr 2009; 10:1-27)

(Bweir et al., Diabetol Metab Syndr 2009; 10:1-27)

EXERCÍCIO AERÓBICO VS RESISTIDO

Aumento do metabolismo oxidativo

(Hawley e Lessard. Diabetologia, 699-702, 2007)

Ativação crônica do AMPK

Ativa PGC1alfa e NRF

Capacidade oxidativa

Diretamente

Aumenta SI

Indiretamente

Reduz lípides

Reduz AGL

Aumenta SI

SENSIBILIDADE À INSULINA

(Goodpaster et al., J Clin Endocrinol Metab 2001; 86:5755-61.

SENSIBILIDADE À INSULINA

(Goodpaster et al., J Clin Endocrinol Metab 2001; 86:5755-61.

EFEITOS

Diabetes e exercício físico

(Turcotte e Fisher, Phys Ther. 2008; 88:1279-96)

Exercício x músculo esquelético x metabolismo de ácidos graxos x resistência à insulina

EFEITOS

Diabetes e exercício físico

(Turcotte e Fisher, Phys Ther. 2008; 88:1279-96)

Exercício x músculo esquelético x metabolismo de ácidos graxos x resistência à insulina

(Salminen et al., J Mol Med. 2011;89:667-76)

Diabetes e exercício físico

Exercício VS mediadores inflamatórios VS

ação da insulina

(Pauli et al., Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(4):399-408.)

Diabetes e exercício físico

Exercício VS mediadores inflamatórios

(Ropelle et al., PLoS Biol. 2010)

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

(Teixeira-Lemos et al., Cardiovasc Diabetol. 2011; 28:10–12)

Diabetes e exercício físico

Riscos do

exercício físico

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

HIPOGLICEMIA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO

Alterações da glicemia (intensidade)

Ação da insulina +

efeito do exercício Agentes hipoglicemiantes

Tanto indivíduos normais quanto diabéticos têm um aumento de 30 a 35% na disponibilidade de glicose estimulada pela insulina após o treinamento físico.

(DeFronzo et al., 1983)

Há correlação da melhora na sensibilidade com aumentos no VO2 máx

Diabetes e exercício físico

HIPOGLICEMIA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO

HIPOGLICEMIA PÓS-EXERCÍCIO

Diabetes e exercício físico

Necessidade de reposição das reservas musculares e hepáticas

Depósitos de glicogênio hepático (recuperação com menor velocidade)

Sensibilidade à insulina aumentada (6 – 15 horas)

Estratégias: - Diminuição de dose de ação curta ou intermediária antes do exercício - Consumo alimentar suplementar após exercício

O exercício agudo em indivíduos não treinados provoca aumento da sensibilidade à insulina e aumento do metabolismo da glicose e persiste por várias horas após o exercício.

Diabetes e exercício físico

HIPOGLICEMIA PÓS-EXERCÍCIO

Papel da dieta na hipoglicemia pós-exercício

HIPERGLICEMIA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO

Diabetes e exercício físico

Exercício de intensidade moderada

[glicose] permanece constante ou diminui discretamente

Exercício de intensidade elevada (≥ 80% VO2 máx)

Ativação simpática Produção hepática de glicose

picos 5’–15’ após

Após exercício com 80% VO2máx houve observações de níveis de glicemia muito mais elevados em diabéticos que em indivíduos normais, permanecendo por 2 horas após o exercício.

(Mitchell et. al., 1988)

HIPERGLICEMIA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO

Diabetes e exercício físico

Diabetes e exercício físico

(Marliss e Vranic, Diabetes. 2002 Feb;51 Suppl 1:S271-83)

HIPERGLICEMIA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO

ADRENALINA E NORADRENALINA

Diabetes e exercício físico

Efeitos agudos do exercício (intensidade)

Efeitos agudos do exercício (duração)

0

0.5

1

1.5

2

0 60 120 180

Duração do exercício (60% VO2max)

Adrenalina

Noradrenalina

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ADRENALINA E NORADRENALINA

Sucessivas contrações e relaxamentos

musculares geram...

• Micro-lesões nas fibras musculares - nível das linhas “Z”;

• Ruptura no sarcolema e nos retículos sarcoplasmáticos;

• Influxo e Ca+ nas mitocôndrias;

• Apoptose

• Extravasamento dos constituintes celulares;

• Processo inflamatório

Diabetes e exercício físico

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Complicações

associadas ao

Diabetes

Diabetes

Diabetes

PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES DIABÉTICAS

Doença arterial periférica

sintomas e sinais

Retinopatia

exame de vista

Nefropatia

albuminúria

Neuropatia periférica

testes de sensação

Neuropatia autonômica

testes de respostas – hipotensão postural

ADA, Diabetes Care 2003; 26:S73-77

AVALIAÇÃO DO DM PRÉ PARTICIPAÇÃO

Complicações crônicas

A) Doenças microvasculares

1- Doenças oculares (retinopatia incide até 80% casos com 15 anos de doença)

→ alterações da retina; hemorragias

→ formação de novos vasos frágeis (hemorragias)

→ deslocamento de retina, catarata, glaucoma, perda de visão

COMPLICAÇÕES

Diabetes

Diabetes

COMPLICAÇÕES

► RECOMENDAÇÕES:

° Retinopatia:

° Evitar exercícios que aumentam a PA bruscamente;

° Recomenda-se exercícios aeróbios de baixa intensidade;

° Manter a PA sistólica abaixo de 170 mmHg.

COMPLICAÇÕES

Diabetes

Complicações crônicas

2- Doença renal

→ hiperfunção e hipertrofia renal (primeiros anos)

→ seguidos 5-10 anos, microalbuminúria → progride → proteinúria

fraca, hipertensão, insuficiência renal necessidade de diálise

Diabetes

COMPLICAÇÕES

B) Neuropatias

→ Presentes em 50% (diabéticos de longa duração)

→ compromete sensibilidade/função motora uma ou mais raízes nervosas (sensitivo-motora)

Polineuropatia periférica (mais frequente)

→ altera sensibilidade tátil, térmica, vibratória e dolorosa (braços e pernas); anestesia ou dor nas extremidades

Diabetes

COMPLICAÇÕES

► RECOMENDAÇÕES:

° Neuropatia periférica:

° Evitar exercícios que possam causar trauma nos pés

(ex.: prolongado);

° Realizar exercícios como natação e ciclismo ;

° Manter os pés secos e limpos.

(ADA, 2003)

COMPLICAÇÕES

Diabetes

Diabetes

Diabetes

C) Doenças macrovasculares (processo aterosclerótico)

No tipo 2 deve-se além da hiperglicemia

Doenças metabólicas (antecedem) → intolerância à glicose, obesidade central, hipertensão arterial, dislipidemia, resistência à insulina, hiperinsulinemia e aumento ácido úrico e coagubilidade do sangue.

(síndrome metabólica)

Diabetes

COMPLICAÇÕES

Diabetes

COMPLICAÇÕES

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