dia mundial da agua 2015

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DIA MUNDIAL DA ÁGUA Caderno Especial - Cachoeiro de Itapemirim 22 de Março de 2015 SABER USAR PARA NãO FALTAR Em meio à crise hídrica mais severa dos últimos 40 anos no Espírito Santo, comemora-se o Dia Mundial da Água, neste domingo, dia 22 de março. O Rio Itapemirim, por exemplo, em janeiro, chegou a seu menor volume, em 80 anos. Na agricultura, estima-se prejuízo de R$ 1,7 bilhão na safra deste ano, em comparação com 2014, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Agricultura. Nesta situação crítica, a população foi chamada a contribuir com o uso racional da água. E atendeu. Este suplemento especial traz, em oito páginas, exemplos de boas práticas que ajudam a aplacar a crise e fincar raízes para preveni-las. Muita coisa dá para fazer em casa.

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DIA MUNDIAL DA ÁGUACaderno Especial - Cachoeiro de Itapemirim 22 de Março de 2015

Saber uSar para não faltar

em meio à crise hídrica mais severa dos últimos 40 anos

no espírito Santo, comemora-se o Dia Mundial da Água, neste

domingo, dia 22 de março.

o rio Itapemirim, por exemplo, em janeiro, chegou a seu

menor volume, em 80 anos.

na agricultura, estima-se prejuízo de r$ 1,7 bilhão na safra

deste ano, em comparação com 2014, de acordo com dados da

Secretaria de estado de agricultura.

nesta situação crítica, a população foi chamada a

contribuir com o uso racional da água. e atendeu.

este suplemento especial traz, em oito

páginas, exemplos de boas práticas que

ajudam a aplacar a crise e fincar raízes

para preveni-las. Muita coisa dá para

fazer em casa.

Dia Mundial da Água

CoNsCIêNCIA a organização das nações unidas (onu) criou o Dia Mundial da Água, em 22 de março de 1992

A Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água, em 22 de março de 1992, para promover discussões acerca da consciência do homem em relação ao impres-cindível bem natural.

Em 10 de dezembro de 2002, o Senado brasilei-ro aprovou o Dia Nacio-nal da Água, através de projeto de lei. O texto destaca que este dever “oferecer à sociedade brasileira a oportunida-de e o estímulo para o debate dos problemas

e a busca de soluções relacionadas ao uso e à conservação dos recur-sos hídricos”.

A preocupação surgiu por conta dos índices de poluição ambiental do planeta, envolvendo a qualidade da água que consumimos.

A ONU elaborou do-cumento com medidas cautelosas a favor do bem natural, trazendo também informações para garantir a cultura de preservação ambiental e a consciência ecológica em relação à água.

MATA ATLÂNTICA

Preservação continuadano Morro das Andorinhas

22 de Março de 2015 | Cachoeiro de Itapemirim Caderno especial dia mundial da água2

Ailton Weller

O trabalho de recupe-ração das nascentes – existem três no

local -, e o reflorestamen-to de parte do Morro das Andorinhas, com acesso pelo bairro Paraíso, em Cachoeiro de Itapemirim, continua a pleno vapor. No ano passado, por ocasião do Dia Mundial da Água, a reportagem do Espírito Santo de FATO esteve na reserva Córrego de Cedro, uma área de doze alqueires, o equivalente a 60 hectares, para conhecer o trabalho de revitalização do local que, no passado, já serviu para a extração do granito Amarelo e plantio de bananas.

A propriedade foi adqui-rida há quinze anos pelo empresário Camilo Cola e desde então foi iniciado o processo de reflorestamen-to com espécies nativas da Mata Atlântica, pelo forte poder de regeneração, e outras introduzidas com o plantio de mudas prove-nientes do horto do Grupo Itapemirim.

Um ano depois, e mesmo enfrentando uma das pio-

res secas já registradas no Espírito Santo, a expansão florestal ganhou mais de 600 mudas de várias espécies, entre elas sucupira, jatobá e peroba. Por ocasião da pri-meira reportagem algumas clareiras puderam ser nota-das, mas agora a vegetação está mais encorpada.

Valmieri Ricardo Farias, caseiro do local há sete anos, conta que nesse período de doze meses várias espécies de pássaros escolheram o local para construir seus ninhos, entre eles a juriti, inhambu e sabiá. “Esse pe-ríodo de seca está sendo me-donho e não me lembro de uma estiagem igual a essa, mas o serviço de replantio das áreas antes degradadas pelo extrativismo de rochas ornamentais continua”, res-saltou.

“Desde que a reportagem veio aqui, em março do ano passado, já fizemos o plantio de mudas de várias espécies e até o final deste ano a ideia é plantar mais de mil mudas”, revelou

No topo do Córrego do Ce-dro, que fica a 300 metros da

eSpéCIeS natIvaSO engenheiro florestal Juscelino Nunes da Silva,

do Horto Itapemirim e responsável pela fiscalização do local, enumera algumas variedades nativas que foram plantadas em toda a extensão do terreno: sibi-piruna, ipê, perobinha amarela, vinhático, cerejeira, jequitibá, pitomba, canela, copaíba, angico, sapucaia, pau-brasil, boleira, braúna, algaroba, jatobá, arariba, bandarra, louro, cedro rosa, macanaiba, farinha seca, fedegoso, pau-mulato, embaúba, mogno, guapeba, buxo de bode, gurubú, aroeira, Sama, guanandi, santa bárbara, cabiúna, pau--d’alho, gonçalves-alves, palmitos diversos.

sede administrativa, a mata já está “fechada” margeando a estrada que dá acesso ao local.

O assessor Alberto Mo-reira, que residiu nas ime-diações do ponto de acesso ao morro, comemora os resultados obtidos ao lon-go dos anos. “O trabalho é seqüencial e a intenção é devolver à terra tudo o que dela foi tirado com a

exploração do solo. Essa importante reserva florestal é nossa contribuição para o meio ambiente. Hoje vários animais habitam a região, entre eles o macaco preto e o sagüi, além de dezenas de espécies de aves”, contou.

“O Córrego do Cedro vai se transformar numa den-sa floresta é nesse sentido que trabalhamos”, finalizou Moreira.

Fotos: Arquivo FATO

INICIATIVA Iniciativas como essa fazem toda a diferença não só pelo resultado em si, muito importante, mas também pela conscientização que gera

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Criatividade ajuda a economizarDiógenes Gava Bran-

doline e Gilson Silva dos Santos, funcionários da área administrativa da Unimed Sul Capixaba, ti-nham uma preocupação, que deveria ser de todo o cidadão nos dias atuais: a questão da falta d’água e a necessidade de redução do consumo com foco na sustentabilidade e na preservação dos recursos hídricos.

No caso deles, a pre-ocupação levou a uma atitude concreta. Dióge-nes sugeriu que criassem algo que ajudasse na re-dução da água, e Gilson, com apoio dele, criou um mecanismo simples, mas altamente eficaz que, implantado na empresa, ajudou a reduzir cerca de 52% o consumo de água

no período de dois meses.“Tive a ideia e a empresa

me deu todo o apoio para colocá-la em prática. Fico muito feliz com o resul-tado e em contribuir para uma queda tão significati-va no consumo de água”, afirma Gilson.

A ideia de Gilson foi instalar em cada torneira automática da empresa uma espécie de membrana de borracha, com um furo, para regulagem de pressão na torneira, garantindo, as-sim, menor saída de água.

De acordo com o gerente de gestão de pessoas da Unimed Sul Capixaba, Deidiney Santanna Pe-çanha, a ideia foi funda-mental na redução e veio acompanhada de outras medidas como o ajuste nas boias dos vasos sanitários;

a instalação de eliminador de ar da rede de água; e a reprogramação do tempo de queda da água nas tor-neiras, além de medidas como reorganização das limpezas de vidros, gara-gens, calçadas e fachadas.

“Em outubro, o consu-mo era de 241 m3. Em fevereiro, chegamos a 158 m3. Iniciativas como essa fazem toda a diferen-ça não só pelo resultado em si, muito importante, mas também pela cons-cientização que gera. Vá-rios outros colaboradores ficaram interessados em saber mais sobre a inicia-tiva para adotá-la também em suas casas”, informa o gerente de gestão de pessoas da Unimed Sul Capixaba, Deidiney San-tanna Peçanha.

Divulgação

22 de Março de 2015 | Cachoeiro de Itapemirim Caderno especial dia mundial da água4

CEsAN em igual período – janeiro e fevereiro -, em 2014, houve um aumento de consumo de 111 milhões de litros

CApIxAbA ECoNoMIzA MAIs de 800 milhões de litros de águaCom uma economia de

mais de 800 milhões de litros de água entre os meses de janeiro e feve-reiro de 2015, os capixabas demonstram mais uma vez sua solidariedade e mudam hábitos para redu-zir o consumo. Em igual período, em 2014, houve um aumento de consumo de 111 milhões de litros.

A exemplo da grande participação que levou praticamente toda a po-pulação a se envolver de alguma forma no auxílio às vítimas das enchentes em 2013, em 2015 foi a vez das pessoas se unirem para remediar os efeitos da maior seca que já atingiu o Espírito Santo nos últimos 40 anos.

Diante de uma crise hí-drica sem precedentes, além de medidas estru-turais, a Cesan (Compa-nhia Espírito Santense de Saneamento) e o Gover-no do Estado realizaram

campanhas para a redução do consumo de água que tiveram resposta massiva da população. Somente na Grande Vitória, a queda no consumo total de água de janeiro para fevereiro de 2015 foi de 9%.

No mesmo período, as informações apuradas pela Cesan nos 52 municípios onde atua, apontam para uma redução do consumo per capita de 218 litros por habitante por dia para 184 litros por habitante por dia.

Além das campanhas educativas, o incentivo à redução do consumo tam-bém é contemplado pelo sistema de tarifa desen-volvido pela Arsi (Agência Reguladora de Saneamen-to e Infraestrutura Viária do Espírito Santo) e apli-cado aos municípios aten-didos pela Cesan. Quanto menor é o consumo de água do morador, menor é o preço pago por cada mil litros.

Por exemplo, uma resi-dência que consome mais de 50 mil litros de água por mês, paga R$ 5,95 por cada mil litros. Já uma residência que usa menos de 15 mil litros por mês paga R$ 2,84 por cada mil litros de água consumida. A tabela completa com as tarifas da Cesan pode ser acessada no link http://www.cesan.com.br/servi-cos/atendimento-e-infor-macoes/tarifas-e-precos

Entre as medidas es-truturais adotadas pela Cesan para lidar com a crise hídrica, ogovernador Paulo Hartung, junto com o Comitê Hídrico Gover-namental, pediu apoio ao Governo Federal para transformar a represa de Rio Bonito, hoje usada para geração de energia, em reservatório de água para abastecimento hu-mano. Para a operação ser executada, aguarda-se apenas a resposta da Agên-

cia Nacional das Águas (ANA) e Agência Estadual das Águas (Agerh). Além de Rio Bonito, a Cesan e o Governo do Estado estu-dam o aproveitamento do Rio Reis Magos, na Serra, para abastecer a Região Metropolitana da Grande Vitória. Também está em avaliação o transporte da água do Rio Doce, na re-gião de Caboclo Bernardo.

A presidente da Cesan,

Denise Cadete, alerta que o momento ainda é de cau-tela e que a população deve continuar economizando. Ela também destaca que o Estado “vai acelerar o Programa Reflorestar, para recuperar a cobertura ve-getal e as nascentes. Esse é um programa gerido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Seama.

O estado também vai dotar todas as bacias hi-

drográficas de planos que já estão contratados pela Agência Estadual das Águas (Agerh) e que terão uma ação também de secretaria como a da Agricultura e a de Meio Ambiente, entre outros organismos do Governo do Estado. Da mesma forma, vamos fortalecer os comitês de bacia hidrográ-fica”, explica a presidente da Cesan.

Divulgação

pRIoRIDADE foram 164 milhões de litros a menos, somando o poupado pela população em janeiro e fevereiro

22 de Março de 2015 | Cachoeiro de ItapemirimCaderno especial dia mundial da água 5

Cachoeiro economiza 10% de água em dois meses Os cachoeirenses, a

exemplo dos consumido-res da área da Cesan, que registrou uma economia de mais de 800 milhões de litros de água nos dois primeiros meses deste ano, também fizeram o “dever de casa” dando exemplo do uso responsável do recurso: nos últimos dois meses, o volume de água consumido na cidade caiu 10% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Odebrecht Ambiental, a redução é ainda mais significativa quando se observa que a média de consumo por pessoa na cidade já era a menor do estado – e bem abaixo da nacional: até dezembro, já eram 140 litros por dia, ante a média brasileira de 190. Hoje, a média de consumo por pessoa na cidade é de 126

litros por dia. “Foram 164 milhões de

litros a menos, somando o poupado pela população em janeiro e fevereiro. Mais uma vez, Cachoeiro é exemplo para todo o Bra-sil, pois o desafio de pou-par, aqui, era ainda maior”, afirma Denis Lacerda, diretor da Odebrecht Am-biental, concessionária dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município mais importante do Sul do estado.

O diretor explica que essa economia também é possí-vel devido à qualidade do sistema de abastecimento da cidade. “Nosso sistema está em constante moder-nização e ampliação, desde o início da concessão, há 16 anos. O monitora-mento das estações e dos reservatórios é realizado 24 horas por dia, à distân-

cia, por sistema online, o que também garante a segurança do abasteci-mento. Em geral, a rede de distribuição é nova. E, quando há necessidade de realizar reparo, conse-

guimos fazer em menos de 12 horas inclusive nos distritos – apesar do município ser bastante extenso e ter relevo mui-to acidentado”, afirmou Lacerda.

Para estimular o ca-choeirense a manter um consumo consciente da água, a concessio-nária contribuiu com projetos inovadores: o dos primeiros projetos de reuso da cidade e o do movimento “Juntos pela Água”. Sendo que a Odebrecht Ambien-tal também mantém em Cachoeiro, há 13 anos, um amplo programa de educação ambiental que envolve instituições de ensino e comunidades. “Os projetos de reuso

vão ser a partir de duas das estações de tratamen-to de esgoto que constru-ímos em Cachoeiro: a do distrito de Córrego dos Monos e a sede, que fica no bairro Coronel Bor-ges. A água será destina-

da para fins agrícolas e de limpeza e manutenção urbana”, afirma o diretor da Odebrecht Ambiental na cidade.Quanto ao “Juntos pela

Água”, é uma mobi-lização desenvolvida em nível nacional pela Odebrecht Ambiental. Em Cachoeiro, tem a parceria da Prefeitura, da Agência Reguladora Municipal e da Polícia Ambiental. O objetivo é estimular desde escolas, até empresas, condomí-nios e hospitais, a divul-garem o que o cidadão pode fazer para utilizar a água de forma consciente e especialmente proteger nascentes e recuperar áreas degradadas. Para divulgar o movimento, um site foi criado.

INoVAçõEsDivulgação

INCENTIVo a Secretaria da pasta está validando a decisão de construir 60 barragens de uso coletivo em várias regiões capixabas

22 de Março de 2015 | Cachoeiro de Itapemirim Caderno especial dia mundial da água6

Divulgação

Governo estimula a construção de pequenas barragens

A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Pesca está validando a decisão de construir 60 bar-ragens de uso coletivo em várias regiões capixabas. Os estudos para a implantação das represas estão em fase final de elaboração. Essa é uma das medidas que serão adotadas como forma de aumentar a segurança e a reserva hídrica no Estado.

A expectativa é que outras barragens sejam construídas ao longo dos próximos me-

ses por particulares, com a facilitação da construção ou regularização desse tipo de obra para irrigação, preser-vação de água, ecoturismo, dessedentação de animais e aquicultura, por exemplo.

Os procedimentos para obtenção do licenciamento estão mais simples e, em muitos casos, o licencia-mento não é mais necessá-rio, bastando apenas cadas-tro no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

As barragens menores, aquelas com área de até um hectare e volume de até 10 mil metros cúbicos estão dispensadas do licencia-mento. A medida beneficia a maioria dos produtores, já que mais de 80% das barra-gens construídas no Espírito Santo estão nessa faixa.

“O Governo está traba-lhando na formulação de um plano de adaptação às mudanças climáticas, prio-rizando ações de amplia-ção da cobertura vegetal e

de reservação de água, de saneamento, de uso e ocu-pação do solo, com foco no planejamento, no manejo sustentável e na transferên-cia de conhecimento. Um trabalho que precisa contar com a mobilização de todos, sobretudo de nossos produ-tores rurais, que agora, por exemplo, contam com mais facilidades para regularizar ou construir barragens de pequeno porte”, ressalta o secretário de Estado de Agri-cultura, Octaciano Neto.

O proprietário pode fa-zer o cadastro da barra-gem no próprio escritó-rio local ou no posto de atendimento do Idaf para obter a Certidão de Dis-pensa de Licenciamento. Isso vale tanto para novas barragens como para re-gularizar as já existentes.Vale lembrar que a bar-

ragem precisa possuir um responsável técnico habilitado, contratado pelo proprietário. Não há cobrança de taxas por parte do Idaf. Todos os procedimentos são feitos nos escritórios locais do órgão. “Ao incentivar a construção de barra-gens buscamos reduzir os impactos climáticos enfrentados por nossos produtores, que podem, a partir da reservação de água, aumentar a produti-

vidade e a renda em suas propriedades”, afirma o secretário.Para as barragens com

área acima de 1 hecta-re, é necessário que o proprietário obtenha o licenciamento ambiental. Nesses casos, o produ-

tor precisa apresentar o estudo, fazer o requeri-mento de licenciamento e anexar a anotação de responsabilidade técnica (ART) e também o nome do responsável técnico. Se a represa for de terra,

o nome do engenheiro agrônomo ou técnico agrícola. Se for de con-creto, o técnico responsá-vel tem de ser engenheiro civil. A documentação exigida deve ser entre-gue no escritório do Idaf, no município onde será construída a barragem.

DIspENsA DE LICENCIAMENTo AMbIENTAL

22 de Março de 2015 | Cachoeiro de ItapemirimCaderno especial dia mundial da água 7

Ação o programa prevê recuperação de nascentes em propriedades rurais e reflorestamento nas propriedades

KENNEDy CoMbATE A seca com “olho D’Água”

Capacitar e apoiar produ-tores rurais do município na preservação e/ou re-cuperação das nascentes, visando garantir o abaste-cimento de água nas pro-priedades e para a popula-ção. Com esses objetivos, a prefeitura de Presidente Kennedy lançou, no mês passado, o programa “Olho d’água: unindo forças pela recuperação de nossos ma-nanciais”.

A prefeita Amanda Quin-ta Rangel garantiu um investimento de R$ 15 mi-lhões no programa apenas neste ano. “também ha-verá campanhas de cons-cientização nas escolas e comunidades com temas voltados para preservação e reaproveitamento dos recursos hídricos. O crono-grama de ações segue até o

próximo ano, envolvendo também outras secreta-rias”, salientou.

Segundo o secretário mu-nicipal de Agricultura, Jo-sélio Altoé, as ações serão de curto, médio e longo prazos para a produção e reservação de água e preservação das nascentes.

Sobre aS medidaSEntre as ações do pro-

grama estão a distribuição de 430 cisternas com ca-pacidade média de 15 mil litros; implantação de 350 sistemas de tratamento de esgoto (mini ETE’s); construção de 350 poços semiartesianos; construção de caixas secas e curvas de nível; construção de bar-ragens, açudes e tanques escavados; e fornecimento de mão de obra especiali-

zada (engenheiros e técni-cos agrícolas) na execução das ações.

o alimento para o gado

A prefeitura já iniciou distribuição de ração aos produtores rurais (400g para cada litro de leite comercializado) e de adi-tivo ao sal mineral (3,0g/vaca/dia). Conforme o secretário, de agosto de 2014 a fevereiro de 2015 já foram distribuídas 1.652 toneladas de ração para 338 produtores de leite do município. “Até o momen-to já foram gastos mais de R$ 2 milhões na compra de ração. Nossa meta é dobrar a produção de leite no mu-nicípio, que atualmente é de 800 mil litros devido a estiagem.”, contou Josélio.

Divulgação/PMPK

A prefeitura já iniciou distribuição de ração aos produtores rurais e de

aditivo ao sal mineral