dia de campo: cana de açúcar...para construir um banco de dados eficiente, o senhor rogério...

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A cultura da cana de açúcar na pecuária leiteira sempre se mostrou uma boa alternativa para a alimentação do rebanho, devido ao baixo custo, alta pro- dutividade e principalmente por ser uma cultura perene com utilização no período da seca. Com o objetivo de capacitar os estagiários e discutir formas para incrementar a produção desse volumoso tão importante, foi realizado pelo PDPL/PCEPL um dia de campo, ministrado pelo professor Mauro Wagner de Oliveira, da Universidade Federal de Alagoas. O evento ocorreu no dia 5 de abril, no campo experimental da Univer- sidade Federal de Viçosa, locali- zado em frente ao aeroporto na rodovia que liga o município de Viçosa ao de Coimbra. Foram destacados e mostra- dos pelo professor, resultados que comprovam a importância de se realizar uma boa calagem, e os benefícios que trazem ao se optar também pela gessagem no momento da implantação do canavial e na sua condução. Os benefícios da calagem estão relacionados à melhoria da fer- tilidade do solo, pois aumenta os teores de cálcio e magnésio, minimiza o efeito tóxico do alu- mínio no solo, aumenta a dis- ponibilidade de fósforo para as plantas, de forma geral, aumen- ta a eficiência dos fertilizantes. O gesso não atua neutralizan- do o ph do solo, mas diminui a saturação de alumínio e au- menta a saturação por bases da subsuperfície, proporcionando melhores condições para maior desenvolvimento e aprofunda- mento do sistema radicular da planta. O efeito da aplicação de gesso perdura por vários anos, Edição 300 Ano XXII Maio de 2014 Viçosa-MG Dica do Zootecnista: Manejo de fêmeas na fase de transição da cria para recria Palha de café nas dietas do rebanho leiteiro página 2 Momento do Produtor páginas 3 e 4 Caio Lage Estudante de Agronomia Dia de Campo: Cana de açúcar não sendo necessária a reapli- cação anual, e a dosagem a ser aplicada para a cana de açúcar varia de 25% a 30% da neces- sidade de calagem, multipli- cado por um fator de correção de profundidade. Cita-se como exemplo uma área onde a Ne- cessidade de Calagem (NC) é de 3,0 ton./ha, e a camada a ser corrigida é de 20 a 60 cm. A quantidade de gesso a ser aplicada é de 1,5 ton./ha.[(3,0 x 25%) x.(60-20/20)] Outro assunto abordado foi a prática de adubação verde nos canaviais. A adubação verde é o cultivo de plantas fixadoras de nitrogênio do ar atmosférico, com o objetivo de incorporá- las futuramente ao solo. Para ser utilizada nesse sistema, a planta deve ter algumas característi- cas, como: sistema radicular vi- goroso e profundo, capacidade de associar-se às bactérias fixa- doras de N atmosférico e cres- cimento rápido para exercer controle em plantas daninhas. A leguminosa Crotalaria jun- cea tem sido bastante utilizada nesse sistema, sendo capaz de fixar até 300 kg/ha de nitrogê- nio, quantidade que associada ao fornecimento de outros nu- trientes, como potássio e fósfo- ro, é suficiente para assegurar uma produtividade de 250 to- neladas de matéria natural por hectare. O plantio da Crotalaria juncea deve ser feito no início de outubro, porque essa planta floresce precocemente quando cultivada sob noites longas cres- centes. Este florescimento causa redução na altura da planta, di- minui a quantidade de nitrogê- nio fixado e reduz o acúmulo de matéria seca pela crotalária. Canaviais com sistemas radi- culares mais profundos explo- ram melhor o solo, absorvendo mais nutrientes e sofrem menos o impacto de um déficit hídrico, resultando em produtividades maiores e maior segurança ao produtor para enfrentar o longo período seco do ano, garantin- do alimento para o seu rebanho. Aumentar a produtividade da cana de açúcar em uma pro- priedade leiteira utilizando a adubação verde com Crotalária juncea é extremamente vantajo- so, pois o quilo do volumoso se tornará mais barato, diminuin- do assim o custo de produção do leite e gerando uma maior margem para o bolso do produ- tor. Além disso, oferece a possi- bilidade de vender o excedente de produção de cana do ano, aumentando a receita da pro- priedade. Muitas vezes a rotina na propriedade fornece infor- mações que podem passar despercebidas, e que irão fazer falta numa futura to- mada de decisão. Para evitar que estas falhas aconteçam é preciso que proprietários, a equipe de funcionários e téc- nicos estejam sempre aten- tos à rotina da propriedade e não deixem estas informa- ções escaparem. Utilizando as tecnologias mais baratas e eficientes como lápis e papel, pode- mos fazer com que todas as informações geradas pelo rebanho ou lavouras possam ser analisadas e então for- mar um banco de dados da fazenda. Quais informações podemos anotar? Quando devemos anotar? E por que anotar? Estas são dúvidas frequentes e que permeiam nossas atividades. Um bom exemplo é a ano- tação da aplicação de medi- camentos em vacas em lacta- ção. No caso de antibióticos, devemos respeitar o período de carência do medicamento e realizar o descarte do lei- te. Com base nestas infor- mações podemos calcular as perdas com o descarte do leite, avaliar a resposta do animal ao tratamento e tam- bém a eficiência do medica- mento. Todos estes fatores exercem grande influência sobre o sucesso da atividade, bem como permite melhor eficiência das ações. Para construir um banco de dados eficiente, o senhor Rogério Barbosa proprietá- rio do Sítio Dona Chiquinha, localizado em Teixeiras-MG, realiza trabalho essencial para o sucesso da proprieda- de. Na propriedade é realiza- do controle leiteiro semanal, que permite melhor divisão de lotes e otimização do uso de concentrado na alimen- tação dos animais, fechar a lactação das vacas e classi- ficar as vacas ajudando num eventual descarte. Além dis- so, todo o controle repro- dutivo, como data de cios, inseminações e partos são anotados em cadernos pró- prios, o que permite saber a época certa de secar as vacas, a previsão de produção de leite durante o ano e evolu- ção do rebanho, que fornece base para o planejamento de volumosos. Desta maneira concluímos que as informações coleta- das e anotadas são garantia de sucesso na tomada de de- cisões da propriedade. Bruno Machado Estudante de Zootecnia Anotações de Campo: base sólida para tomada de decisões Participantes do Dia de Campo Cadernos de anotações da propriedade A gessagem e a maior capacidade de exploração do solo Influência da Irrigação em Propriedades Leiteiras Interferência dos dias em lactação sobre a CCS do tanque Diferimento de pastagem. O que é e como fazer? página 5 página 6

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Page 1: Dia de Campo: Cana de açúcar...Para construir um banco de dados eficiente, o senhor Rogério Barbosa proprietá-rio do Sítio Dona Chiquinha, localizado em Teixeiras-MG,

A cultura da cana de açúcar na pecuária leiteira sempre se mostrou uma boa alternativa para a alimentação do rebanho, devido ao baixo custo, alta pro-dutividade e principalmente por ser uma cultura perene com utilização no período da seca. Com o objetivo de capacitar os estagiários e discutir formas para incrementar a produção desse volumoso tão importante, foi realizado pelo PDPL/PCEPL um dia de campo, ministrado pelo professor Mauro Wagner de Oliveira, da Universidade Federal de Alagoas. O evento ocorreu no dia 5 de abril, no campo experimental da Univer-sidade Federal de Viçosa, locali-zado em frente ao aeroporto na rodovia que liga o município de Viçosa ao de Coimbra.

Foram destacados e mostra-dos pelo professor, resultados que comprovam a importância de se realizar uma boa calagem, e os benefícios que trazem ao se optar também pela gessagem no momento da implantação do canavial e na sua condução. Os benefícios da calagem estão relacionados à melhoria da fer-tilidade do solo, pois aumenta os teores de cálcio e magnésio, minimiza o efeito tóxico do alu-mínio no solo, aumenta a dis-ponibilidade de fósforo para as plantas, de forma geral, aumen-ta a eficiência dos fertilizantes. O gesso não atua neutralizan-do o ph do solo, mas diminui a saturação de alumínio e au-menta a saturação por bases da subsuperfície, proporcionando melhores condições para maior desenvolvimento e aprofunda-mento do sistema radicular da planta. O efeito da aplicação de gesso perdura por vários anos,

Edição 300 • Ano XXII • Maio de 2014 • Viçosa-MG

Dica do Zootecnista: Manejo de fêmeas na fase de transição da cria para recria

Palha de café nas dietas do rebanho leiteiropágina 2

Momento do Produtor

páginas 3 e 4

Caio LageEstudante de Agronomia

Dia de Campo: Cana de açúcar

não sendo necessária a reapli-cação anual, e a dosagem a ser aplicada para a cana de açúcar varia de 25% a 30% da neces-sidade de calagem, multipli-cado por um fator de correção de profundidade. Cita-se como exemplo uma área onde a Ne-cessidade de Calagem (NC) é de 3,0 ton./ha, e a camada a ser corrigida é de 20 a 60 cm. A quantidade de gesso a ser aplicada é de 1,5 ton./ha.[(3,0 x 25%) x.(60-20/20)]

Outro assunto abordado foi a prática de adubação verde nos canaviais. A adubação verde é o cultivo de plantas fixadoras de nitrogênio do ar atmosférico, com o objetivo de incorporá- las futuramente ao solo. Para ser utilizada nesse sistema, a planta deve ter algumas característi-cas, como: sistema radicular vi-goroso e profundo, capacidade de associar-se às bactérias fixa-doras de N atmosférico e cres-cimento rápido para exercer controle em plantas daninhas. A leguminosa Crotalaria jun-cea tem sido bastante utilizada nesse sistema, sendo capaz de fixar até 300 kg/ha de nitrogê-nio, quantidade que associada ao fornecimento de outros nu-trientes, como potássio e fósfo-ro, é suficiente para assegurar

uma produtividade de 250 to-neladas de matéria natural por hectare. O plantio da Crotalaria juncea deve ser feito no início de outubro, porque essa planta floresce precocemente quando cultivada sob noites longas cres-centes. Este florescimento causa redução na altura da planta, di-minui a quantidade de nitrogê-nio fixado e reduz o acúmulo de matéria seca pela crotalária.

Canaviais com sistemas radi-culares mais profundos explo-ram melhor o solo, absorvendo mais nutrientes e sofrem menos o impacto de um déficit hídrico, resultando em produtividades maiores e maior segurança ao produtor para enfrentar o longo período seco do ano, garantin-do alimento para o seu rebanho. Aumentar a produtividade da cana de açúcar em uma pro-priedade leiteira utilizando a adubação verde com Crotalária juncea é extremamente vantajo-so, pois o quilo do volumoso se tornará mais barato, diminuin-do assim o custo de produção do leite e gerando uma maior margem para o bolso do produ-tor. Além disso, oferece a possi-bilidade de vender o excedente de produção de cana do ano, aumentando a receita da pro-priedade.

Muitas vezes a rotina na propriedade fornece infor-mações que podem passar despercebidas, e que irão fazer falta numa futura to-mada de decisão. Para evitar que estas falhas aconteçam é preciso que proprietários, a equipe de funcionários e téc-nicos estejam sempre aten-tos à rotina da propriedade e não deixem estas informa-ções escaparem.

Utilizando as tecnologias mais baratas e eficientes como lápis e papel, pode-mos fazer com que todas as informações geradas pelo rebanho ou lavouras possam ser analisadas e então for-mar um banco de dados da fazenda. Quais informações podemos anotar? Quando devemos anotar? E por que anotar? Estas são dúvidas frequentes e que permeiam nossas atividades.

Um bom exemplo é a ano-tação da aplicação de medi-camentos em vacas em lacta-ção. No caso de antibióticos, devemos respeitar o período de carência do medicamento e realizar o descarte do lei-te. Com base nestas infor-mações podemos calcular as perdas com o descarte do

leite, avaliar a resposta do animal ao tratamento e tam-bém a eficiência do medica-mento. Todos estes fatores exercem grande influência sobre o sucesso da atividade, bem como permite melhor eficiência das ações.

Para construir um banco de dados eficiente, o senhor Rogério Barbosa proprietá-rio do Sítio Dona Chiquinha, localizado em Teixeiras-MG, realiza trabalho essencial para o sucesso da proprieda-de. Na propriedade é realiza-do controle leiteiro semanal, que permite melhor divisão de lotes e otimização do uso de concentrado na alimen-tação dos animais, fechar a lactação das vacas e classi-ficar as vacas ajudando num eventual descarte. Além dis-so, todo o controle repro-dutivo, como data de cios, inseminações e partos são anotados em cadernos pró-prios, o que permite saber a época certa de secar as vacas, a previsão de produção de leite durante o ano e evolu-ção do rebanho, que fornece base para o planejamento de volumosos.

Desta maneira concluímos que as informações coleta-das e anotadas são garantia de sucesso na tomada de de-cisões da propriedade.

Bruno MachadoEstudante de Zootecnia

Anotações de Campo: base sólida para

tomada de decisões

Participantes do Dia de Campo

Cadernos de anotações da propriedade

A gessagem e a maior capacidade de exploração do solo

Influência da Irrigação em Propriedades Leiteiras

Interferência dos dias em lactação sobre a CCS do tanque

Diferimento de pastagem. O que é e como fazer?

página 5 página 6

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PDPL Programa de

Desenvolvimento da Pecuária Leiteira

PCEPL Programa de Capacitação

de Especialistas em Pecuária Leiteira

Publicação editada sob a responsabilidade do

Coordenador do PDPL:Adriano Provezano

Gomes

Redação:Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André Navarro LobatoMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Diagramação e coordenação gráfica:

João Jacob Regiane Valéria

Endereço do PDPL:Ed. Arthur Bernardes

Subsolo/Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]: www.pdpl.ufv.br

Facebook: Pdpl Minas Gerais

Informativo da produção de Leite

Dica do Zootecnista:

Manejo de fêmeas na fase de transição da cria para recria

Casca de Café

Na pecuária leiteira o fator que mais influencia os custos de pro-dução é a alimentação, represen-tando aproximadamente 40% dos custos totais de produção. Diante dos atuais valores pagos pelos insumos e da alta depen-dência de commodities interna-cionais, principalmente milho e soja. A substituição destes por subprodutos da agroindústria, torna-se uma realidade e uma ferramenta na redução dos cus-tos de produção.

O Brasil figura entre os maio-res produtores mundiais de café, gerando aproximadamen-te 2,144 milhões de toneladas de casca de café. A casca de café apresenta uma composição bromatológica que se adequa á alimentação de ruminantes podendo ser usado como subs-tituto de concentrados energé-ticos ou de forragens, além de ser uma excelente fonte de fibra que atenua casos de acidose. Porém, a sua adoção pelos pro-

Palha de café nas dietas do rebanho leiteiroFrancisco da Silva Saraiva NetoEstudante de Zootecnia

dutores ainda é pouco difundi-da, principalmente pela falta de informação da proporção a ser utilizada.

Na dieta de vacas leiteiras, es-tudos constataram que a casca de café pode substituir em até 15% o milho grão e até 18% a silagem de milho, que não ha-verá alterações na produção e composição do leite mesmo com a redução do consumo de matéria seca. Para novilhas lei-teiras recomenda-se a substitui-ção de até 7% do milho grão e 14% de silagem de milho, sendo

que os ganhos médios não se-rão prejudicados.

Um exemplo prático da utili-zação da casca de café no PDPL/PCEPL, é a Fazenda Oásis, de

propriedade do senhor Sérgio Maciel, que faz utilização em substituição ao milho grão na dieta de novilhas e bezerras, na proporção de 10 e 5% respecti-vamente. No quadro 1 estão os resultados obtidos.

Diante destes resultados, pode--se concluir que há grande via-bilidade técnica e econômica da utilização da casca de café na die-ta de bovinos leiteiros, uma vez que com a substituição do milho grão e/ou milho silagem pode-se obter uma redução nos custos de produção de até 20%, onde mes-mo com a pequena redução de produção, traduz-se num melhor custo beneficio. Lembrando que é importante respeitar as limitações de uso para que não haja perdas de produção e/ou ganho de peso.

O desaleitamento é a fase mais crítica do animal. É quando o mesmo passa de monogástrico a ruminante pela perda da sua dieta líquida do fornecimen-to de leite, este contribui para maior parte das exigências nu-tricionais da bezerra, que pas-

Jose Teotônio TeixeiraEstudante de Zootecnia

sa agora a consumir somente volumoso e concentrado. O desaleitamento é feito abrupta-mente quando o animal já con-some entre 800 a 1200 gramas de concentrado por dia durante no mínimo três dias. Após esta etapa é recomendado manter o animal em seu abrigo para adaptação da nova dieta.

Nesta fase as bezerras pas-sam por um grande estresse e por isso não é recomendável nenhuma prática ou manejo, como descorna e identificação. O animal esta constantemente

Lote de fêmeas na fase de transição

sob estresse por competição, fazendo com que ocorra queda da imunidade e as torna mais suscetíveis a doenças, sendo a mais observada a Tristeza Pa-rasitaria Bovina. Neste sentido é de fundamental importância estar atento aos cuidados nutri-cionais e sanitários.

O conforto animal é relevante para o desenvolvimento do be-zerro. Como parâmetros de me-didas utilizamos para os pique-tes valores de 15 a 45 m2/animal, área de cocho de 30 cm/animal e de sombra 1 m2/animal.

da qualidade dos alimentos volumosos disponíveis e dos resultados de ganho de peso e idade a serem considerados para a primeira parição. Nor-malmente, limita-se de 1 a 2 kg de concentrado/animal/dia;

• Salmineralizado:deveestaradisposição dos animais.

• Águalimpaefrescaàvonta-de;

Produtores tenham sempre em mente que a sua cria e recria de hoje serão as produtoras de leite de amanhã.

O manejo alimentar nesta fase consiste de uma dieta completa contendo: • Volumoso: Continuar com

o volumoso que era forneci-do no abrigo de aleitamento e ir substituindo gradativa-mente por gramíneas verdes, silagem de milho ou de cana--de-açúcar, sempre olhando a disponibilidade dos mesmos na propriedade.

• Concentrado:utilizaromes-mo que estava sendo utilizado na fase anterior. A quantida-de a ser fornecida dependerá

Ganho médio Ganho de peso Idade ao primeiro diário (Kg/dia) (ponderal (Kg/dia) parto previsto (meses)Bezerras 1,1 0,7 25,6Novilhas 0,68 0,56 28,36MÉDIA 0,89 0,63 26,98

Quadro 1 - Inclusão de casca de café na dieta

*Dados referentes ao mês de abril de 2014.Fonte: Rocha (2005); adaptado.Fonte: Souza et al (2006); Teixeira (2005); Adaptado.

Fonte: www.coffetraveler.net

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A gessagem e a maior capacidade de exploração do solo

Fonte:Embrapa

Emerson SimãoEstudante de Agronomia

Érico AraújoEstudante de Zootecnia

Na atualidade, diante da instabilida-de climática e devido à necessidade de aumento na eficiência no uso da terra e portanto, do aumento da produtividade, é cada vez mais frequente o emprego de tecnologias que possam diminuir o efei-to dos veranicos em nossas lavouras. O uso do gesso agrícola passa a ser ferra-menta importante a ser utilizada nas propriedades, porque atua nas camadas mais profundas do solo, melhorando o ambiente radicular e fornecendo cálcio (Ca) e enxofre (S) ao solo. O gesso agrí-cola é um subproduto da fabricação de fertilizantes, no qual poderia gerar sérios problemas ao meio ambiente, se descar-tado ou armazenado de forma incorreta.

Em solos que apresentam caracterís-ticas desfavoráveis ao desenvolvimento radicular como elevada acidez, alta sa-turação por alumínio e baixos teores de cálcio e magnésio, a prática da calagem é pré-requisito para o sucesso da cultura. Porém, os efeitos da calagem normal-mente se restringem a profundidades que variam de 0 a 20 cm. Nesta ótica, ca-madas subsuperficiais, (20-40 cm), que possuem alto potencial de exploração de água e nutrientes, não são beneficiadas

pelo uso do calcário. Nestas condições as raízes exploram um volume limitado de solo, acarretando a menor tolerân-cia a veranicos e reduzida exploração de nutrientes do solo, contudo, o gesso agrícola desempenha o importante papel de corrigir as camadas mais profundas, fornecendo condições ideais para o de-senvolvimento do sistema radicular.

Além de atuar como fonte de cálcio e enxofre, o gesso, juntamente com o cal-cário, transforma o alumínio, tóxico às plantas, em uma forma não tóxica, ação que interfere positivamente na produ-ção das principais culturas como milho, sorgo, cana-de-açúcar e pastagens. Na figura, onde houve aplicação de gesso, observa-se uma melhor distribuição no

volume de raízes ao longo do perfil verti-cal do solo, indicando maior capacidade de exploração de água, maior capacidade de exploração de nutrientes, maior vigor e maior resistência ao tombamento.

A decisão sobre a aplicação de gesso de-pende dos resultados da análise de solo nas profundidades de 20 a 40 cm. Resul-tados que apresentam baixos teores de Ca2+ e/ou 25% de saturação por alumí-nio (m) são passíveis de aplicação. A re-comendação da quantidade de gesso a ser aplicada deverá ser feita pelos técnicos responsáveis pela propriedade. De ma-neira geral, recomenda-se de 25 a 30% da necessidade de calcário e a aplicação deve ser feita em conjunto com a calagem, pelo menos 2 meses antes das primeiras águas.

Um exemplo dos benefícios trazidos pela gessagem foi observado na fazen-da Varginha, de propriedade do senhor Alaelson José da Silva, em Ubari, distrito de Ubá. O produtor decidiu pelo uso de gesso agrícola em uma área recentemen-te aberta para o cultivo de milho sila-gem, onde anteriormente se tinha a cana de açúcar como cultura. Este talhão, que possui as mesmas características topo-gráficas e climáticas que na outra área, recebeu a mesma adubação, foi plantado um híbrido mais rústico do que o híbri-do utilizado na outra área, e feita uma aplicação de 600 Kg/ha de gesso agríco-la. No entanto, esta nova área teve uma produtividade de 60 ton/ha, na qual pro-duziu 10 ton/ha a mais do que a área fre-quentemente cultivada, acarretando em uma relação custo-benefício de R$1,22 na área com a aplicação de gesso, contra uma relação custo-benefício de R$0,98 onde não se usou o gesso. Então, pode-mos afirmar que houve um incremento de produtividade, resultante da aplicação de gesso agrícola, diluindo os custos de produção, além de que certamente fez com que a planta tolerasse mais o verani-co pronunciado que ocorreu nesta safra.

Enfim, a gessagem é uma técnica que atua favorecendo a formação das raízes, diminuindo os estresses hídricos das plantas, bem como aumentando a pro-dutividade agrícola e contribuindo sig-nificativamente para a sustentabilidade do agronegócio.

Influência da Irrigação em Propriedades Leiteiras

O início da irrigação foi por volta de 1900. Era caracterizado por pequenos aspersores em áreas impróprias de maior declividade, não sendo possível serem irrigadas por gravidade. Foi possível ao longo tempo a modernização do sistema de irrigação. Hoje contamos com diferen-tes tipos adaptados aos diferentes relevos.

Atualmente a otimização do uso do solo é foco principal da pecuária sendo neces-sária a implantação de técnicas a fim de aumentar a produtividade e potencializar as áreas planas da propriedade. Para isso, os produtores estão investindo no siste-ma de irrigação.

A técnica consiste no fornecimento ar-tificial de água ao solo em quantidades adequadas, proporcionando umidade suficiente para um bom desenvolvimento da cultura para suprir a falta de chuvas. Para a realização da técnica é necessário fatores como disponibilidade de água, fertilidade do solo, energia e mão-de--obra.

Nosso clima é caracterizado por inver-nos secos com pouca chuva e curto pe-ríodo de luminosidade, desfavorecendo o crescimento de culturas como a do milho,

uma das principais utilizadas na atividade leiteira. A prática do plantio milho para silagem antecipado e da safrinha é cada vez mais necessária para complementar o volumoso disponível por todo o ano em muitas propriedades. Porém, a época do plantio é caracterizada por apresentar luminosidade e temperatura adequada, porém, deficiente em água. Dessa forma, a irrigação possibilita corrigir essa defici-ência e assim permitir a utilização da área o ano todo, aumentando a quantidade de volumoso disponível e também fornecer ao produtor a opção de utilizar culturas de inverno, como o azevém e aveia.

Além desses ganhos, o produtor não estará sujeito aos efeitos da sazonalidade, como verificado nesses últimos anos. Da-dos meteorológicos mostram que a preci-pitação da safra 2013/2014 em nossa re-gião, foi 39% a menos do que a realizada neste mesmo período na safra 2011/2012. Isto mostra que durante esse ano agrícola houve uma grande restrição hídrica, pre-

judicando muitas lavouras. Nota-se que os produtores que utilizaram essa tecno-logia não sofreram com os danos causa-dos pelo veranico prolongado.

Acreditando nesse sistema, o produtor Paulo Frederico, proprietário da Fazen-da Casa Nova localizada em Araponga--MG, utiliza a irrigação em três de suas nove áreas de milho, um sistema de ir-rigação por aspersão convencional e já observou os efeitos positivos, principal-mente nessa última safra 2013/2014. O sistema de irrigação, aliado com a boa fertilidade, proporcionou ao produtor obter uma média de 63 toneladas/ha de matéria natural, no plantio antecipado de milho realizado no mês de agosto. Na safra de 2013/2014 a produção mé-dia entre os produtores do PDPL-RV foi de 44,9 toneladas/ha de matéria natural, ou seja, produção superior à média dos produtores. Além disso, o sistema de irrigação permitiu ao produtor plantar a safrinha dois dias após a colheita da

safra, e o resultado foi satisfatório, com produtividade média de 59 toneladas/ha de matéria natural, também superior á produtividade média da safra 12/13.

Por não obterem informações técni-cas ou por medo do alto custo muitos produtores deixam de utilizar. Porém, em média, o custo de implantação é de R$8.000,00 a 13.000,00 por hecta-re, podendo variar de acordo com o tamanho da área implantada e o tipo de sistema de irrigação. Os mais utili-zados são os por aspersão convencional e pivô central para áreas maiores. Este valor, apesar de ser alto, proporciona uma melhor quantidade de volumoso o ano todo, não sendo necessário a com-pra extra, além desse valor ser diluído nos próximos anos. Em relação à mão de obra, necessita de um funcionário para a realização das trocas de canos e aspersores.

Um exemplo é o produtor Paulo Fre-derico, que obteve um custo de produ-ção de R$44,26/tonelada. Em média, este ano na região, o valor de compra da silagem de milho está em R$120,00/to-nelada, ou seja, uma diferença de 272%, quase 3 vezes o valor do seu custo de produção.

Portanto, a utilização do sistema de irrigação associado ao um bom manejo da cultura, oferece ao produtor seguran-ça na colheita das duas safras contra as adversidades climáticas, especialmente em períodos secos e longos, a um custo que será diluído durante a vida útil do sistema de irrigação, garantindo dessa maneira a alimentação dos animais em quantidade e qualidade.

Fonte: PDPL-PCEPL

Camila de PaulaEstudante de Zootecnia

Frederico Teodoro de AlcantaraEstudante de Medicina Veterinária

José TeotônioEstudante de Zootecnia

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Nos sistemas agropecuários bra-sileiros, a utilização de pastagens é tida como principal fonte de ali-mento para os animais. As pasta-gens tropicais, devido às variações climáticas, possuem produção desuniforme ao longo do ano, de-monstrando no inverno baixa pro-dução de forragem. Neste sentido, o diferimento de pastagens entra como uma alternativa prática e de baixo custo.

O pastejo diferido, ou protelado, consiste em selecionar determina-das áreas e excluí-las do pastejo, geralmente no fim do período das águas, com o objetivo de acumular forragem para o período de seca.

Dentre as estratégias de manejo que melhoram a produção animal em pastagens diferidas, destacam-

Diferimento de pastagem. O que é e como fazer?Júlio Montezano RossiEstudante de Agronomia

Tainara Santiago MoreiraEstudante de Zootecnia

Lucas Diogo FontesEstudante de Zootecnia

-se a escolha da espécie forrageira, altura do pasto no início do dife-rimento, adubação nitrogenada, duração do diferimento, subdivi-são da área (diferimento parcial ou escalonado), suplementação do pasto e categoria animal. As gramíneas indicadas devem apre-sentar porte baixo e possuir bom potencial de produção de forragem durante o outono. Gramíneas do gênero Brachiaria (B. decumbens, B. brizantha cv. Marandu) e Cy-nodon (capins-estrela, coastcross e tifton) são boas opções. O controle da altura do pasto é realizado com o pastejo intenso, imediatamente antes do início do diferimento. A adubação nitrogenada neste siste-ma permite iniciar o diferimento mais tardiamente, pelo fato de se ter maior taxa de crescimento da gramínea. Com isso se obtém se-melhantes produções de forragem ao comparar com o diferimento iniciado mais cedo sem adubação (Figura 1).

O tempo que a pastagem fica-rá diferida é um dos aspectos de manejo de maior efeito sobre as características do pasto e, conse-quentemente, sobre a produção do animal. Períodos de diferimento

Qualidade do leite

A contagem de células somá-ticas é uma grande ferramenta para o monitoramento dos casos de mastite nas propriedades lei-teiras, tornando-se fundamental na tomada de decisões. Para mo-nitorar os casos de mastite temos vários métodos desde o Califor-nia Mastitis Test – CMT até a Contagem de Células Somáticas Individual – CCS Individual.

Fatores como idade da vaca, es-tação do ano, estresse e o estádio de lactação exercem influência sobre a contagem de células so-máticas. As variações de CCS também estão associadas ao au-mento dos dias em lactação de vacas livres de infecções na glân-dula mamária, principalmente no final da lactação: Aumento da descamação natural do epitélio da glândula mamária – AUMEN-TO DA CCS.

Interferência dos dias em lactação sobre a CCS do tanqueBruno MachadoEstudante de Zootecnia

DEL (dias) CCS média (x1000 céls.) Grupo 1 100-150 dias 320Grupo 2 151-200 dias 440Grupo 3 201-250 dias 591Grupo 4 > 250 dias 705

Tabela 1: Divisão dos grupos avaliados de acordo com os dias em lactação (DEL) e contagem de células somáticas (CCS) de cada grupo.

Utilizando o banco de dados das fazendas integrantes do PDPL & PCEPL, foram feitas avaliações em grupo de acordo com os dias em lactação e a contagem de células somáticas (Tabela 1), onde obser-vamos que à medida que ocorre aumento no DEL, também ocorre aumento na CCS (Gráfico 1).

O aumento nos dias em lactação pode ser influenciado pelo mane-jo reprodutivo da propriedade. Casos de retenção de placenta, metrites, falhas na observação de cio e deficiências em conforto e nutrição, levam ao aumento do período de serviço e consequen-temente do intervalo de partos, podendo acarretar em aumento dos dias em lactação. Como a maioria dos nossos rebanhos é composta por animais cruzados com grau de sangue maior que 7/8 HZ, observamos que estes apresentam boa persistência de lactação e com isto o período de lactação se estende. Com um ma-nejo reprodutivo bem feito e con-trolado, pode-se alcançar DEL

As 10 maiores produções de ABRIL

Nº Produtor Município Produção do mês

1 Antônio Maria Cajuri 117760

2 Marco Túlio Kfuri Araújo Oratórios 63756

3 José Afonso Frederico Coimbra 56072

4 Hermann Muller Visc. Rio Branco 50671

5 Paulo Frederico Araponga 39394

6 Juninho Cabral Dores do Turvo 37650

7 Paulo Cupertino Coimbra 35091

8 Rafaela Araújo de Castro Guaraciaba 32995

9 Cristiano José Lana Piranga 31816

10 Ozanan Moreira Ubá 24739

As 10 maiores produtividades de ABRIL Nº Produtor Município Produtividade por Produtividade vaca em lactação por vaca total 1 Antônio Maria Cajuri 25,3 21,2 2 Ozanan Moreira Ubá 24,3 20,6 3 ÁureodeAlcântaraFerreira Guaraciaba 23,6 19,8 4 José Afonso Frederico Coimbra 22,3 18,5 5 Rafaela Araújo de Castro Guaraciaba 20,4 17,2 6 Davi C. F. de Carvalho Senador Firmino 20,5 15,1 7 Cleber Luís de O.Magalhães Divinésia 15,9 14,1 8 Marco Túlio Kfuri Araújo Oratórios 18,0 14,0 9 Rogério Barbosa Teixeiras 19,1 13,9 10 Paulo Cupertino Coimbra 16,0 13,9

médio mais baixo, o que acarreta em menor CCS, maior produção e melhor qualidade do leite.

De acordo com estas avaliações, devemos fazer monitoramento rigoroso dos casos de mastite e das datas corretas de secagem dos animais. O monitoramento dos casos permite que seja feito o tratamento mais adequado e eficiente para cada animal, em cada propriedade. Quanto mais cedo for diagnosticado novo caso de mastite, mais rápido será fei-to o tratamento e menores serão os gastos com medicamentos e mão de obra. O aumento da CCS no tanque, que foi nosso alvo de estudo, é um reflexo direto do aumento do número de quartos infectados no rebanho, o que re-sulta em perdas na produção de leite.

Buscando produzir de maneira eficiente e com sustentabilidade, o produtor deve sempre ter em mãos o controle zootécnico atua-lizado, proporcionar conforto aos animais para que possam mani-

festar seu máximo potencial pro-dutivo, preconizar manutenção e limpeza dos equipamentos, e as-

sim produzir leite com baixa con-tagem de células somáticas, com qualidade e competitividade.

longos caracterizam baixo valor nutritivo da forragem devido ao aumento de folhas secas, talos se-cos e verdes além do tombamento das plantas. Por outro lado, perío-dos de diferimentos curtos resul-tam em baixa produção de forra-gem, que pode ser insuficiente para alimentação dos animais, porém apresenta melhores características qualitativas.

De modo geral, recomenda-se o diferimento da pastagem no perío-do de janeiro a abril e sua utilização entre junho e setembro.

O diferimento pode ser escalo-nado, realizando-o em momen-tos e áreas diferentes no final do período chuvoso para utilizar o pasto também em períodos di-ferentes na seca. Recomenda-se a suplementação do pasto dife-rido para melhorar a conversão alimentar dos animais. Como exemplo, pode-se ofertar um su-plemento que seja capaz de man-ter ou até mesmo elevar o ganho de peso dos animais nos meses de utilização da pastagem diferida. O último ponto, mas não menos importante, é a escolha da cate-goria, os animais mais indica-dos para o pastejo protelado são

aqueles de menor produtividade, tais como vacas de final da lacta-ção ou vacas secas.

Para comprovar que o sistema tem sido utilizado por produtores de leite, temos como exemplo a Fazenda Boa Vista assistida pelo PDPL-RV e PCEPL, do produtor Sr. Antônio Moreira Vieira, loca-lizada em Presidente Bernardes. A propriedade realiza semi-con-finamento e para isto fechou uma área de aproximadamente 2 ha de

B. decumbens e espera o mês de julho para iniciar o pastejo, utili-zando novilhas e vacas secas.

Amigo produtor, lembre-se que para seu sistema funcionar bem e lhe gerar lucros, você deve co-meçar a planejar cedo sua oferta de alimento para o período da seca e para o período das águas, atentando-se para os preços de insumos (adubos, sementes, etc) para que seu gado e nem você se-jam pegos de surpresa.

100-150 dias 151-200 dias 201-250 diasGrupos

> 250 dias

800700600500400300200100

0Cont

. Cél

ulas

Som

ática

s (CC

S)

CCS x DEL

CCS

Fonte - FONSECA, D.M.; SANTOS, M.E.R./ 2009 : Diferimento de pastagens: estratégias e ações de manejo.