dia da artilharia

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Centro de Comunicação Social do Exército | Brasília, DF | sexta-feira | 10 de junho de 2016 Especial

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Centro de Comunicação Social do Exército | Brasília, DF | sexta-feira | 10 de junho de 2016 Especial

A Artilharia do Exército Brasileiro tem por missão apoiar pelo fogo as Unidades que compõem a Força, destruindo ou neutralizando alvos que ameacem o êxito de qualquer operação. Responsabiliza-se por garantir a proteção dos escalões de manobra por meio de suas três grandes vertentes: a Artilharia de Campanha, a Antiaérea e a de Defesa do Litoral. O sistema Artilharia de Campanha é formado por subsistemas necessários à busca de alvos e aos procedimentos pertinentes aos efeitos desejados sobre eles. A Linha de Fogo (tubo, foguetes ou mísseis), a Observação, a Direção e Coordenação, a Topografia, a Meteorologia, as Comunicações, a Logística e a Busca de Alvos são os subsistemas que, atuando em total sinergia, promovem o apoio de fogo cerrado, contínuo e eficaz para a função de combate, manobra e movimento. A Artilharia Antiaérea realiza defesas de áreas e pontos sensíveis na zona de combate ou no interior do território nacional, bem como a defesa de tropas contra vetores aeroespaciais hostis, impedindo ou dificultando seus ataques. Os seguintes sistemas constituem sua estrutura: de Controle e Alerta, de Armas (tubos e mísseis), de Apoio Logístico e de Comunicações. Dessa forma, a sincronização de seus sistemas garante a manutenção do poder de combate e a liberdade de ação em um teatro de operações. A Defesa do Litoral consiste no apoio de fogo às operações navais e à defesa da costa brasileira, principalmente, contra o desembarque anfíbio. Sua origem remonta às invasões holandesas e francesas, passando pela proteção à família real na Baía de Guanabara e pela 2ª Guerra Mundial, na qual teve um grande papel dissociador frente à ameaça nazista no Atlântico Sul, até chegar aos dias atuais. Esse importante sistema encontra-se em transformação desde a extinção das últimas Unidades de Artilharia de Costa, em 2004, buscando soluções para uma defesa eficiente da costa. Nas batalhas, a Artilharia, desde o seu surgimento, sempre se destacou. Teve sua origem com o lançamento de projéteis por catapultas, onagros e balistas, a fim de atingir tropas e fortificações. A pólvora foi o ponto de inflexão para a história da Arma, acarretando amplas inovações para o seu emprego. Novos armamentos, como bombardas, colubrinas, obuses, morteiros, foguetes e mísseis, passaram a ser empregados nos confrontos, e a importância da Arma imortalizou-se nas palavras de Napoleão Bonaparte: “é com a Artilharia que a Guerra é feita!” A Artilharia sempre proveu o apoio de fogo indispensável às tropas terrestres. Sua presença nos combates modernos tem influenciado sobremaneira o desenrolar de conflitos, como ficou comprovado na Guerra das Malvinas, do Golfo, do Afeganistão, do Iraque, da Ucrânia, de Mali e do Congo. Cabe ressaltar o avanço da técnica de tiro e do material, que permite localizar o inimigo e neutralizá-lo em um tempo cada vez menor. O dia da Artilharia é comemorado em 10 de junho, em homenagem à data natalícia de seu Patrono, o Marechal Emílio Luís Mallet, Barão de Itapevi. Ele nasceu em 1801, na cidade de Dunquerque, na França, e chegou ainda jovem

ao Brasil. Pouco depois, recebeu o convite de D. Pedro I para ingressar nas fileiras do Exército Nacional. Militar exemplar, dedicou-se de corpo e alma ao serviço da Pátria que o acolheu e consagrou sua vida integralmente à Nação. Sagrou-se herói invicto em inúmeras campanhas, como a Guerra da Cisplatina; a Revolução Farroupilha; as Guerras contra Oribe e Rosas, e contra Aguirre; e, por fim, a Guerra da Tríplice Aliança, em que, sob seu comando, a Artilharia brasileira fez tombar os mais ousados e destemidos inimigos. Contra as tropas de Solano López, à frente do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, teve participação crucial na vitória de nossas tropas no Passo da Pátria, em Estero Bellaco e em Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul. Nesse cenário, Mallet determinou a construção de um fosso para proteção de suas peças, o que se constituiu eficiente obstáculo para o avanço da tropa inimiga. Esse fato passou para a história nas frases do comandante da Artilharia brasileira: “Eles que venham... Por aqui não passam!”. No Processo de Transformação do Exército, a Artilharia encontra-se diretamente engajada nos projetos estratégicos Defesa Antiaérea e ASTROS 2020. Participa, ainda, do Projeto Estratégico do Exército SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), com a criação e a estruturação do Subsistema Busca de Alvos, graças à aquisição de radares e sistemas aéreos remotamente pilotados (SARP). Esse subsistema, em particular, prestará o apoio contínuo à segurança de nossas fronteiras e possibilitará o cumprimento das missões específicas da Arma, caracterizando, assim, seu emprego dual. A Artilharia do Exército alcançará a Era do Conhecimento com a aquisição do moderno obuseiro M109 A5 + BR, que mobiliará o 3° e o 5º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado. O novo equipamento está sendo adquirido por meio do Projeto de Obtenção da Capacidade Operacional Plena.Integrantes da Arma de Artilharia, parabéns! Saibam que a dedicação de todos os artilheiros à Força e ao Brasil é reconhecida e valorizada. A preocupação do Exército em incrementar seus meios de apoio de fogo e em superar os crescentes desafios tecnológicos dos tempos modernos demonstra a importância da Artilharia no campo de batalha. Ágil, flexível e precisa, mantém o seu papel, como no passado, inquestionável e fundamental. A Arma dos fogos largos, densos e profundos continua sendo relevante fator na decisão do combate. Inspirem-se nos feitos do seu insigne Patrono e persistam no fiel cumprimento da missão.

“É com fogo que se ganham as batalhas; logo, aumente sua Artilharia!”Frederico, o Grande