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PL 2012 diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Mulheres Março - mês das 25 de Março 2013 | nº 78 Págs. 3 e 4 Leia o Apesar da direção do Sindipetro Bahia ter decidido pela rejeição ao indicativo do CD da FUP - que orientou pela aceitação da proposta da Petrobrás - nas assembleias encerradas na sexta (22) a base decidiu aprovar com 74.16% o que foi orientado pelo Conselho Deliberativo da Federação e assinar o acordo da PL 2012. Ainda na sexta (22), o acordo da PL foi assinado pelo Sindipetro Bahia, no Rio. O acordo garante aos trabalhadores se apropriarem de 5,20% do lucro líquido da Petrobrás, rompendo com a limitação imposta anteriormente de que a PL não poderia ultrapassar a barreira dos 4,5% do lucro. A pressão da categoria fez a empresa aumentar em 14,8% o montante da PL, garantindo, assim, o mesmo tratamento que foi dado aos dividendos dos acionistas. RESULTADO FINAL Dos 1.285 votos apurados, 953 aprovaram a proposta da Petrobrás\Subsidiárias, enquanto 285 rejeitaram e 47 se abstiveram. Quanto ao pagamento da PL em parcela única, votaram 1.180 trabalhadores, sendo 789 pela quitação em parcela única, 366 Além da mobilização nas unidades da Petrobrás, a FUP e o Sindipetro Bahia já mantiveram encontros com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, com o presidente do INSS, Lindolfo Arruda, o Secretário Executivo do Ministério, Carlos Gabas e o procurador geral do INSS, Stefanuto, cobrando o restabelecimento do convênio. Somente com luta, mobilização e pressão política haverá o retorno do convênio. Sem ele todos perdem. Participe. Com 74,16 % dos votos, Bahia também aprova proposta O trabalho profissional e transparente da assessoria jurídica do Sindipetro Bahia mostra resultados: dos 362 trabalhadores beneficiados nas mais diversas ações trabalhistas, 300 já foram ao Setor Financeiro da entidade e receberam os créditos liberados; faltam comparecer 62. Confira tabela completa com todos os processos na página 2 aprovaram o adiantamento e 25 se abstiveram. A base aprovou ainda os demais indicativos: dos 1.041 votos, 826 foram a favor, 146 contra e 69 se abstiveram. Sobre a negociação para o regramento das PLRs futuras, leia mais no Primeira Mão. Pág. 2 300 trabalhadores já receberam créditos das ações judiciais PROPOSTAS >> Indicativo do CD da FUP (proposta da Petrobrás) Forma de Pagamento DIA BASE HORA A favor Rejeição Abstenção Único Adiantamento Abstenção TERÇA, 12/03 RLAM (Turma II) 15h 14 55 3 - - - QUARTA, 13/03 COFIP 7h 95 11 0 75 14 0 UP TANCREDO NEVES 7h 18 0 1 9 12 0 UO BA - CANDEIAS 7h/9h 43 1 0 7 38 0 PBIO 7h 8 5 2 11 6 0 RLAM (Turma IV) 15h 38 6 1 48 0 3 TEMADRE (Turma IV) 15h 10 2 2 11 1 3 QUINTA, 14/03 MIRANGA 7h 19 2 2 14 6 2 ARAÇÁS 7h 33 2 3 8 27 0 SEXTA, 15/03 SANTIAGO 7h 24 4 2 20 13 1 RLAM (Turma I) 15h 25 22 3 56 0 3 TEMADRE (Turma I) 15h 10 2 2 11 1 3 SEGUNDA, 18/03 TAQUIPE 7h 72 8 5 35 51 0 UO BA – BURACICA 7h 18 16 0 23 15 0 EDIBA 12h 128 49 0 89 68 0 TERÇA, 19/03 RLAM (Adm e Turma V) 7h 165 45 6 167 24 5 FBM 7h 10 29 2 28 12 0 RLAM (Turma III) 15h 30 4 2 36 0 0 TEMADRE (Turma III) 15h 14 2 0 10 4 1 QUARTA, 20/03 FAFEN 7h 76 1 2 55 33 0 QUINTA, 21/03 TEMADRE(Adm e T. II) 7h 50 8 6 39 22 3 SEXTA, 22/03 TERMINAL ARATU 7h 28 2 1 16 11 0 ESTAÇÃO SÃO ROQUE 12h 25 9 2 21 8 1 TOTAL 953 285 47 789 366 25 Encarte CONVÊNIO PETROBRÁS/INSS Esse direito é nosso. Participe do protesto dia 28, quinta-feira a partir das 7h no conjunto Pituba

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Page 1: diá JORNAL logo - Sindipetro BAQUARTA, 20/03 FAFEN 7h 76 1 2 55 33 0 QUINTA, 21/03 TEMADRE(Adm e T. II) 7h 50 8 6 39 22 3 SEXTA, 22/03 TERMINAL ARATU 7h 28 2 1 16 11 0 ESTAÇÃO SÃO

PL 2012

diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

MulheresMarço - mês das

25 de Março 2013 | nº 78

Págs. 3 e 4

Leia o

Apesar da direção do Sindipetro Bahia ter decidido pela rejeição ao indicativo do CD da FUP - que orientou pela aceitação da proposta da Petrobrás - nas assembleias encerradas na sexta (22) a base decidiu aprovar com 74.16% o que foi orientado pelo Conselho Deliberativo da Federação e assinar o acordo da PL 2012. Ainda na sexta (22), o acordo da PL foi assinado pelo Sindipetro Bahia, no Rio.

O acordo garante aos trabalhadores se apropriarem de 5,20% do lucro líquido da Petrobrás, rompendo com a limitação imposta anteriormente de que a PL não poderia ultrapassar a barreira dos 4,5% do lucro. A pressão da categoria fez a empresa aumentar em 14,8% o montante da PL, garantindo, assim, o mesmo tratamento que foi dado aos dividendos dos acionistas.

RESULTADO FINAL

Dos 1.285 votos apurados, 953 aprovaram a proposta da Petrobrás\Subsidiárias, enquanto 285 rejeitaram e 47 se abstiveram.Quanto ao pagamento da PL em parcela única, votaram 1.180 trabalhadores, sendo 789 pela quitação em parcela única, 366

Além da mobilização nas unidades da Petrobrás, a FUP e o Sindipetro Bahia já mantiveram encontros com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, com o presidente do INSS, Lindolfo Arruda, o Secretário Executivo do Ministério, Carlos Gabas e o procurador geral do INSS, Stefanuto, cobrando o restabelecimento do convênio.

Somente com luta, mobilização e pressão política haverá o retorno do convênio. Sem ele todos perdem. Participe.

Com 74,16% dos votos, Bahiatambém aprova proposta

O trabalho profissional e transparente da assessoria jurídica do Sindipetro Bahia mostra resultados: dos 362 trabalhadores beneficiados nas mais diversas ações trabalhistas, 300 já foram ao Setor Financeiro da entidade e receberam os créditos liberados; faltam comparecer 62. Confira tabela completa com todos os processos na página 2

aprovaram o adiantamento e 25 se abstiveram. A base aprovou ainda os demais indicativos: dos 1.041 votos, 826 foram a favor, 146

contra e 69 se abstiveram.Sobre a negociação para o regramento das PLRs futuras,leia mais no Primeira Mão.

Pág. 2

300 trabalhadoresjá receberam créditosdas ações judiciais

PROPOSTAS >>Indicativo do CD da

FUP (proposta da Petrobrás)

Forma de Pagamento

DIA BASE HORA

A fav

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Rejei

ção

Abste

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Único

Adian

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Abste

nção

TERÇA, 12/03 RLAM (Turma II) 15h 14 55 3 - - -

QUARTA, 13/03

COFIP 7h 95 11 0 75 14 0UP TANCREDO NEVES 7h 18 0 1 9 12 0UO BA - CANDEIAS 7h/9h 43 1 0 7 38 0PBIO 7h 8 5 2 11 6 0RLAM (Turma IV) 15h 38 6 1 48 0 3TEMADRE (Turma IV) 15h 10 2 2 11 1 3

QUINTA, 14/03MIRANGA 7h 19 2 2 14 6 2ARAÇÁS 7h 33 2 3 8 27 0

SEXTA, 15/03SANTIAGO 7h 24 4 2 20 13 1RLAM (Turma I) 15h 25 22 3 56 0 3TEMADRE (Turma I) 15h 10 2 2 11 1 3

SEGUNDA, 18/03TAQUIPE 7h 72 8 5 35 51 0UO BA – BURACICA 7h 18 16 0 23 15 0EDIBA 12h 128 49 0 89 68 0

TERÇA, 19/03

RLAM (Adm e Turma V) 7h 165 45 6 167 24 5FBM 7h 10 29 2 28 12 0RLAM (Turma III) 15h 30 4 2 36 0 0TEMADRE (Turma III) 15h 14 2 0 10 4 1

QUARTA, 20/03 FAFEN 7h 76 1 2 55 33 0QUINTA, 21/03 TEMADRE(Adm e T. II) 7h 50 8 6 39 22 3

SEXTA, 22/03TERMINAL ARATU 7h 28 2 1 16 11 0ESTAÇÃO SÃO ROQUE 12h 25 9 2 21 8 1

TOTAL 953 285 47 789 366 25

Encarte

CONVÊNIO PETROBRÁS/INSS

Esse direito é nosso. Participedo protesto dia 28, quinta-feira a partir das 7h no conjunto Pituba

Page 2: diá JORNAL logo - Sindipetro BAQUARTA, 20/03 FAFEN 7h 76 1 2 55 33 0 QUINTA, 21/03 TEMADRE(Adm e T. II) 7h 50 8 6 39 22 3 SEXTA, 22/03 TERMINAL ARATU 7h 28 2 1 16 11 0 ESTAÇÃO SÃO

25 de Março 2013 | nº 78 diálogoJ O R N A L

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Boletim Informativodos Trabalhadores

do Sistema Petrobrás

E X P E D I E N T E Ladeira da Independência, nº16A, Nazaré, SSA/BA,CEP 40040-340 – Tel.: 71-3034-9313E-mail: [email protected] Site: www.sindipetroba.org.br

Diretor de Imprensa: Leonardo UrpiaTextos e Edição: Alberto Sobral e Carol de AthaydeEditoração: Márcio Klaudat Tiragem: 5.000 exemplares – Gráfica: Mundo Plano

Ações judiciais: Sindicatojá pagou a 300 trabalhadoresTransparência e ética sempre foram e continuam a ser os princípios basilares da gestão do Sindipetro Bahia - desde a sua criação - e, justamente por isso, publicamos nesta edição a tabela com o número de todos os processos e o balanço dos créditos dos trabalhadores do Sistema Petrobrás substituídos pelo Sindipetro Bahia na justiça trabalhista.

Dos processos que tiveram seus créditos liberados pela justiça, até o momento, num total de 362 trabalhadores, 300 já compareceram ao Setor Financeiro do Sindicato para receber os valores devidos; faltam ainda comparecer 62 trabalhadores. O Sindipetro Bahia já fez várias tentativas para localizar as pessoas que restam, mas as dificuldades para se chegar a todas elas tem sido grandes.

Ao longo do tempo, a direção tentou fazer contato com as pessoas que ainda não compareceram à entidade para receber os cheques, sem obter sucesso completo.

Desta forma, além da divulgação dessa tabela, o Sindicato estará notificando estes trabalhadores, através de cartas registradas, com aviso de recebimento\AR.

IMPORTANTE: todo trabalhador deve verificar na tabela se o seu nome está incluído em alguns desses processos. Se o companheiro (a) fizer parte de algum deles e ainda não tenha recebido o crédito, basta procurar o Setor Financeiro do Sindicato, com documento de identificação com foto e comprovante de identificação da sua matrícula na Petrobrás ou na Transpetro.

PRESTAçãO DE CONTAS

Se ainda houver dúvidas em relação a esses processos, favor acessar a pagina eletrônica do sindicato: www.sindipetroba.org.br, clicar no sítio “acompanhamento de processos” ou, então, acessar diretamente através do endereço www.sindipetroba.org.br/processos_ba.

Juiz bloqueia créditos de processoA assessoria jurídica do Sindipetro Bahia, como já demonstrado, atua com profissionalismo e responsabilidade. Desde 2004 ajuizou mais de 100 ações em benefício de mais de dois mil trabalhadores do Sistema Petrobrás, com foco horas extras da troca de turno – dezembro 98 a junho 2002; dentre estas ações destacamos o processo 0021600-80.2004.5.05.0161. Ele reúne mais de 200 trabalhadores e tramita na comarca de Santo Amaro.

O juiz do processo já homologou os cálculos apresentados pelo sindicato e ordenou a Petrobrás a pagar a conta, mas como a empresa não cumpre o que foi determinado de forma voluntária, o magistrado bloqueou o crédito. Quem quiser consultar o processo pode acessar www.trt5.jus.br.

Para visualiza5r o processo, basta colocar o número 0021600-80.2004.5.05.0161 RT no link consulta processual.

Leia mais emwww.sindipetroba.org.br

NÚMERO DETRABALHADORES

JÁ RE

CEBE

U

FALT

A REC

EBER

NÚMERO DO PROCESSO RECLAMAçãO UNIDADE COMARCA

0022600-18.2004.5.05.0161 RT P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 20 0

000228-25.2004.5.05.0161 P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 7 8

01935-71.2006.5.05.0029 P. DE TURNO COMPART. SALVADOR 18 0

053100-96.2004.5.05.0022 P. DE TURNO COMPART. SALVADOR 17 3

036500-58.2004.5.05.0132 P. DE TURNO FAFEN CAMAÇARI 14 2

00529.2004.009.05.00.5 RT P. DE TURNO COMPART. SALVADOR 18 0

0053200.51.2004.5.05.0022 P. DE TURNO COMPART. SALVADOR 17 2

0053500.13.2004.5.05.0022 P. DE TURNO COMPART. SALVADOR 16 4

0019100.41.2004.5.05.0161 RT P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 20 0

0018600.72.2004.5.05.0161 RT P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 20 0

0018700.38.2005.5.05.0121 RT P. DE TURNO UO-BA CANDEIAS 10 0

0053000.2004.5.05.0022-RT P. DE TURNO COMPART. SALVADOR 16 4

0186600-24.2005.5.05.0121 RT P. DE TURNO UO-BA CANDEIAS 2 10

00104100-90.2004.5.05.0134 RT P. DE TURNO FAFEN CAMAÇARI 0 5

0000223-33.2010.5.05.0132 RT INTERVALO FAFEN CAMAÇARI 0 10

0021500-28.2004.5.05.0161 P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 18 1

0020100-76.2004.5.05.0161 RT P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 18 2

0021400-73.2004.5.05.0161 RT P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 20 0

0082100-78.2005.5.05.0161-RT INTERVALO RLAM SANTO AMARO 9 11

0163700-72.2009.5.05.0132 INTERVALO FAFEN CAMAÇARI 10 0

0019300-48.2004.5.05.0161 P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 20 0

0019000-86.2004.5.05.0161 P. DE TURNO RLAM SANTO AMARO 10 0

22 PROCESSOS 300 RECEBERAM 62 FALTAM RECEBER

Leônidas: com o cheque na mão e satisfeito com o trabalho desenvolvido pelo Sindipetro Bahia

Tabela dos processose balanço dos créditos

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Page 3: diá JORNAL logo - Sindipetro BAQUARTA, 20/03 FAFEN 7h 76 1 2 55 33 0 QUINTA, 21/03 TEMADRE(Adm e T. II) 7h 50 8 6 39 22 3 SEXTA, 22/03 TERMINAL ARATU 7h 28 2 1 16 11 0 ESTAÇÃO SÃO

nº 78 | 25 de Março 2013diálogoJ O R N A L

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FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESEEdição 1081 22 a 28/03/2013

Edição 1081 22 a 28/03/2013

Mais uma vez, petroleiros e trabalhadores do campo estarão lado a lado, reafir-mando a unidade da classe trabalhadora em um dos principais fóruns de deli-beração da categoria. A IV Plenária Nacional da FUP será realizada entre os dias 23 e 26 de maio, no Centro de Capacitação Paulo Frei-re, em Caruaru, região do semi-árido pernambucano. Cerca de 200 petroleiros de todo o país deverão partici-par do evento, que pela se-gunda vez terá como palco um assentamento do MST.

IV Plenafup será entre 23 e 26 de maio, em assentamento do MST, em Caruaru (PE)

Nesta sexta-feira, 22, a FUP voltou a dis-cutir com a Petrobrás regras e critérios para provisionamento e distribuição das PLRs fu-turas. Para pressionar a empresa a avançar no processo de negociação, os trabalhado-res realizaram mobilizações em diversas bases da FUP, conforme indicativo aprovado nas assembléias que aprovaram o acordo para quitação da PLR 2012. Houve atraso no expediente de diversas unidades, opera-ções padrão, além de atos e setoriais para envolver os trabalhadores nesse importante debate. A categoria continua em estado de greve em todo o país, conforme também foi aprovado nas assembleias.

Nessa primeira rodada de negociação com a Petrobrás, foi retomada a discussão sobre os indicadores propostos pela FUP e pela empresa. A FUP reiterou que enquanto não

Em estado de greve, petroleiros retomam negociação do regramento da PLR

houver intervenção efetiva dos trabalhadores na gestão de SMS, os indicadores relativos a segurança não devem ser considerados na negociação. A direção da FUP e sua asses-soria do Dieese irão avaliar os indicadores apresentados pela empresa.

A próxima reunião será no dia 03 de abril, quando serão tratados critérios para defini-ção do montante das PLRs futuras. Em se-guida, serão discutidas regras para a forma de distribuição. O prazo final para conclusão da negociação é dia 10 de maio. Portanto, é necessário que a categoria permaneça mo-bilizada, acompanhando, passo a passo, a evolução da negociação.

Negociação se arrasta desde 2009A FUP iniciou em 2009 um longo pro-

cesso de negociação com a Petrobrás

para definir os indicadores e metodolo-gia para regramento das PLRs futuras, tomando como base uma proposta cons-truída em conjunto com o Dieese em 2008 e que foi nacionalmente aprovada pela categoria em assembléias. A nego-ciação se arrastou até os primeiros me-ses de 2010, mas somente em dezembro de 2011, a Petrobrás apresentou uma contraproposta, que não contemplou as reivindicações dos trabalhadores e foi rejeitada em assembleias no início do ano passado. Após sucessivas cobran-ças da FUP e pressão dos trabalhado-res na campanha para quitação da PLR 2012, a empresa concordou em retomar a negociação do regramento, estabele-cendo prazo até 10 de maio para fecha-mento da discussão.

feitos no Assentamento Normandia, local que transformou-se em um dos principais símbolos da luta pela terra em Pernam-bucano. O Centro de Capacitação Paulo Freire fica na antiga casa grande, que era

a sede da fazenda até 1997, antes de sua desapropria-ção. O local funciona como uma escola de formação política, onde são realizados cursos e eventos da coorde-nação estadual do MST.

Os recursos para realiza-ção da IV Plenafup serão investidos na estruturação e ampliação do Centro Pau-lo Freire. Já estão sendo feitas obras de ampliação do refeitório e de reforma dos banheiros e alojamen-tos. Também será cons-truído um biodigestor para tratamento e reaproveita-

Em 2009, a I Plenafup foi realizada na Escola Latino Americana de Agroecolo-gia, no Assentamento do Contestado, no Paraná.

Esse ano, os debates da plenária serão

mento do esgoto para geração de gás de cozinha. A Plenária da FUP ainda viabi-lizará a construção e implantação de um sistema de energia solar, que abastecerá de forma sustentável o prédio.

Mais uma terceirizada desrespeitando os direitos trabalhistas e tentando dar calote no trabalhador. Infelizmente, isto está virando regra na Petrobrás. Desta vez o problema acontece na Vipserv, que presta serviços de limpeza na Usina de Biodiesel de Candeias-PBIO.

Há três meses os trabalhadores não recebem salários, as férias não estão sendo pagas e nem o FGTS depositado. O plano de saúde não funciona e apesar de estar garantido no ACT, a empresa não fornece café da manhã e cesta básica. O ponto eletrônico está sendo registrado na máquina de outra empresa, e quem trabalha sábado e domingo não consegue registrar ponto.

Apesar de tudo isto os empregados continuam trabalhando porque a PBIO está fornecendo transporte, alimentação e material de limpeza. Para tentar resolver estas irregularidades o Sindipetro Bahia, representado pelos diretores Antônio Marcos e Valter Paixão, e pelo representante sindical, Eliu Evangelista, se reuniu com a direção da PBIO, que diante do impasse resolveu reter todos os repasses que a Vipserv receberia.

O Sindipetro Bahia procurou o Sindilimp para que seja encaminhada com urgência ação judicial, o mais rápido possível, para liberação dos direitos trabalhistas dos funcionários. Os trabalhadores, que tinham realizado paralisação de 24 horas, retornaram ao trabalho e estão sendo contratados pela CS Serviços.

Estamos de olho.

SETOR PRIVADO

O Sindipetro se reuniu com o gerente da empresa, na subsede de Catu, para tratar das reivindicações dos trabalhadores, entre elas um

veículo para transportar as pessoas que moram em São Sebastião do Passé. Atualmente, cerca de 17 trabalhadores são obrigados a ficar esperando carona nos pontos, correndo todo tipo de riscos.No encontro, a gerência assumiu compromisso de providenciar um carro o mais breve possível para atender

a essa reivindicação. Outro ponto tratado na reunião e que vem gerando insegurança no ambiente de trabalho é real situação da terceirizada, para a qual o sindicato solicitou esclarecimentos. A direção do Sindipetro Bahia acompanha essa negociação e permanece na luta para garantir os direitos dos trabalhadores.

VIPSERV

Terceirizada dá calote; sindicato garante emprego dos trabalhadores

LUPATECH

Exigência épor transporte

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25 de Março 2013 | nº 78 diálogoJ O R N A L

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Trabalhadores aceitamproposta da empresa

FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE

Insatisfação geral na ProduçãoOs trabalhadores da Produção, na Fafen, estão indignados com as atitudes do novo gerente. No lugar de cumprir o seu papel de gestor, ele optou por humilhar e oprimir os funcionários. De forma truculenta e arrogante ele tem sido visto de sala em sala revistando os ambientes e até mesmo os operadores. O tal gerente, que inclusive é mal educado (nunca cumprimenta ninguém) pensa que o Brasil ainda está sob o regime da ditadura militar.

O Sindipetro Bahia, além de repudiar esta atitude, já está tomando providências para dar fim a esta prática abusiva.

Os diretores Sergio Neri (Sindipetro-Ba) e Ubiraney (FUP) se reuniram com o GG, expuseram a indignação dos trabalhadores e cobraram providências contra este gerente.

Os trabalhadores da Fafen fizeram a sua parte levando a unidade a um patamar de confiabilidade que garantiu o negócio, retirando a condição de moribunda para uma unidade estável e cumpridora de sua missão no abastecimento de insumos para a agricultura e pecuária, além de matérias primas para o pólo de Camaçari.

Portanto, os trabalhadores merecem respeito.

Os trabalhadores da Conterp decidiram aceitar a última contraproposta da empresa. As assembleias foram realizadas, na última segunda (18) e terça (19)

pela manhã, respectivamente, em Catu, na subsede do Sindipetro Bahia e em Alagoinhas, e no embarque do trabalhadores, em frente da garagem da antiga

empresa Catuense.A assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho será feita em breve.

Mais uma vitória dos trabalhadores, que juntamente com o Sindipetro Bahia realizaram mobilizações e pressionaram para o avanço nas negociações.

O Sindipetro fechou mais um convênio que irá beneficiar a categoria petroleira. Desta vez na área de saúde. Os associados podem se matricular no INSSJ - Instituto Supletivo de Saúde São Judas Tadeu\Escola de Enfermagem, que fica na Rua Junqueira Freire, 133 –Nazaré\Tel: 3322-0317 / Ramal 204. O desconto é de 20% em todos os cursos, mas para se ter o benefício é preciso antes solicitar carta na secretaria do Sindipetro.

Edição 1081 – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.brAv. Rio Branco,133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21)3852-5002 [email protected] Edição: Alessandra Murteira - MTb 16763

Texto: Alessandra Murteira - Projeto gráfico e diagramação: Claudio Camillo - MTb 20478 Diretoria responsável por esta edição: Anselmo, Caetano, Chicão, Daniel, Dary, Divanilton, Hoffman, Leopoldino, Chico Zé, Moraes, Paulo Cesar, Silva, Simão, Ubiraney, Zé Maria,

Entre os dias 26 e 30 e março, a cidade de Tunís (capital da Tu-nísia), será o cenário do Fórum

Social Mundial 2013, encontro tradicio-nalmente realizado no fim do mês de janeiro, em Porto Alegre, quando os movimentos sociais fazem um contra-ponto ao Fórum Econômico Mundial, que acontece na mesma época, em Davos.

Neste ano, o FSM 2013 ocorre num momento em que o Norte da África ne-cessita de apoio mundial e solidarieda-de internacional, já que os movimentos sociais da Tunísia, um dos primeiros pa-íses a protagonizar a primavera árabe, continuam lutando por um governo ver-dadeiramente democrático e laico.

O evento terá a participação de 2.500 organizações, sendo 700 da Tunísia. A proposta do fórum é que sejam realiza-das 1.475 atividades autogestionadas, assim como nos encontros anteriores. Do Brasil, já são mais de 150 inscrições de movimentos sociais, sindicatos, cen-

FUP e MOVA Brasil participam do FSM na Tunísia

A ANP divulgou no último dia 12 o edi-tal e o modelo de contrato da 11ª Ro-dada, prevista para os dias 14 e 15

de maio, onde serão leiloados 289 blocos de petróleo: 123 em terra e 166 em mar, distribuídos em 11 bacias sedimentares nas regiões Norte e Nordeste do país e também no Espírito Santo. Boa parte das áreas exploratórias que serão licitadas está na margem equatorial do Brasil, que, se-gundo a própria ANP, é “uma das fronteiras mais promissoras em petróleo e gás, fa-zendo parte do chamado Golden Triangle, composto por Golfo do México, costa oci-dental da África e litoral brasileiro, regiões de características geológicas similares”.

A FUP considera a retomada dos leilões de petróleo um grande retrocesso para o país. Com muita luta, os movimentos sociais conseguiram impedir nos últimos quatro anos que esse estratégico recurso energé-tico continuasse a ser entregue às multina-cionais. O último leilão de petróleo realizado pela ANP foi em dezembro de 2008, apesar

Não ao retrocesso e aos leilões de concessão!

trais sindicais e organizações sociais variadas. Mais uma vez, os petroleiros será representados no FSM pela FUP e pelos articuladores sociais do Pro-jeto MOVA-Brasil, uma parceria entre

a Federação, a Petrobrás e o Instituto Paulo Freire, que há 10 anos vem alfa-betizando jovens, adultos e idosos, em 10 estados do Brasil, com um método de desenvolvimento ativo da cidadania.

No dia 28, entre as atividades auto-gestionadas do fórum, será realizada a mesa de diálogo “Mova Brasil e a Edu-cação em Direitos Humanos”, que será orientada por três temáticas: “educação em direitos humanos e a relação de gê-nero, educação em direitos na constru-ção da justiça socioambiental e educa-ção como direito humano e participação social.”

O Fórum Social Mundial, além de um encontro de organizações e movi-mentos sociais, também é um espaço para todos que lutam por justiça social debaterem e proporem novas ideias para a melhoria da condição de vida no mundo, o fortalecimento da democra-cia e da igualdade, a solidariedade, a justiça, a paz, o meio ambiente e os bens comuns.

das diversas denúncias e de toda a resistên-cia da FUP e movimentos sociais. No ano anterior, Eike Batista já havia lançado-se como magnata do petróleo, ao adquirir na 9ª Rodada blocos estratégicos, inclusive no pré-sal, que foram arrematados com a ajuda de ex-executivos da Petrobrás que o empre-sário havia recém contratado.

Os leilões de concessão realizados pela ANP já privatizaram cerca de 280 blocos de petróleo em nove rodadas de licitações realizadas desde 1999. Em 2006, a 8ª Ro-dada foi suspensa pela justiça e cancelada recentemente pela presidenta Dilma. Se-gundo a ANP, mais de 75 empresas priva-das foram beneficiadas pelos leilões, meta-de delas são multinacionais que atuam no Brasil, terceirizando totalmente a explora-ção e produção de petróleo, precarizando as condições de trabalho e expondo traba-lhadores, comunidades e o meio ambiente a riscos constantes.

Em outubro do ano passado, após o go-verno anunciar a retomada dos leilões de

petróleo, a FUP voltou novamente às ruas, em um ato nacional em frente à sede da ANP, no Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 800 manifestantes, entre sindicatos, militantes e movimentos sociais. Desde então, a Federação tem intensificado a luta para fazer andar no Senado Federal o Projeto de Lei 531/2009, construído em conjunto com os movimentos sociais, que defende o restabelecimento do monopólio estatal através de uma Petrobrás 100% pública.

“A retomada dos leilões de petróleo, além de um retrocesso profundo, é um atentado à soberania energética do país. Corremos o risco de uma grande desnacionalização do setor, pois, devido à atual situação fi-nanceira da Petrobrás, a estatal provavel-mente terá dificuldades em aportar grandes volumes de recursos para arrematar novos blocos de petróleo e gás nos leilões”, res-salta o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, convocando os trabalhadores a estarem alertas e mobilizados.

FAFEN

CONTERP

CONVêNIO/SAÚDE

Page 5: diá JORNAL logo - Sindipetro BAQUARTA, 20/03 FAFEN 7h 76 1 2 55 33 0 QUINTA, 21/03 TEMADRE(Adm e T. II) 7h 50 8 6 39 22 3 SEXTA, 22/03 TERMINAL ARATU 7h 28 2 1 16 11 0 ESTAÇÃO SÃO

É pelo trabalhoque a mulhervem diminuindoa distância quea separava dohomem, somenteo trabalho poderágarantir-lhe umaindependênciaconcreta.

Simone de Beauvoir

Maysa Moreira é uma prova de que as mulheres conquista cada vez mais espaço, inclusive aqueles que antes eram tipicamente masculinos. Maysa é bióloga, técnica em meio ambiente e trabalha em sondas. Na Bahia, só existem duas mulheres que atuam nesta área. Boa Leitura.

Diálogo - Como é para uma mulher exercer a função de técnica de fluído, trabalhar em sondas, que são locais de trabalho historicamente masculinos?

Maysa Moreira - Não é fácil. É como se você estivesse invadindo o ambiente dos homens, mas com o passar do tempo vamos nos ambientando e mostrando que viemos para compor a equipe e conseguimos viver harmoniosamente. Costumo dizer que a Petrobrás aconteceu na minha vida em um momento de muito preconceito no mercado de trabalho em relação as mulheres. Entrei na Petrobrás para trabalhar como TQP no campo de Buracica, eu e minhas colegas. Fomos umas das primeiras mulheres a trabalhar na área técnica nos campos de produção. Sofremos muito preconceito na época. Vencemos. Tenho 25 anos de empresa, dois filhos que cresceram vendo a mãe sair as 05h30 da manhã para trabalhar e voltar às 18h, mas nunca deixei de ir as festas escolares e levá-los para passear.

E n t r e v i s t a

adaptação com as quantidades de produtos usados para compor o fluido. É tudo em grande quantidade e aprender a conviver com o alto risco da operação de perfuração de um poço de petróleo. A facilidade é que, embora seja um ambiente com 99% de homens, fui bem aceita e contei muito com a colaboração dos meus colegas TQPs, em especial Jailton Barata e Agnaldo, que me treinaram e ainda vêm contribuindo com o meu aprendizado com as pessoas e tecnicamente.

Diálogo - Há machismo e preconceito no ambiente de trabalho?

Maysa Moreira - Homens e mulheres: uma eterna guerra dos sexos de forma muito saudável.

Diálogo - Como você vê hoje o papel da mulher no mundo do trabalho, podemos dizer que não há mais barreiras para a mulher?

Maysa Moreira - Já ocupamos o nosso espaço tecnicamente. Somos capazes de realizar diversas tarefas neste mundo competitivo, mas as barreiras existem de forma disfarçada.

Não é fácil. É como se você estivesse invadindo o ambiente dos homens, mas com o passar do tempo vamos nos ambientando e mostrando que viemos para compor a equipe e conseguimos viver harmoniosamente.

Palestra“A ConstruçãoSocial do GêneroMasculino eFeminino” comMarilane Teixeira(economista eespecialista emrelações detrabalho)

Dia 27/03/2013(quarta), às 10h,no Auditório daUP-BA. Participe.

Diálogo - Por que você se interessou por este campo de trabalho?

Maysa Moreira - Desde que entrei na Petrobrás trabalho no campo e sempre desejei trabalhar na sonda. Quando surgiu a oportunidade não hesitei e aqui estou há dois anos e meio aproximadamente, realizada, e não me vejo fazendo outra coisa que não seja TQP especializada em fluidos de perfuração de petróleo.

Diálogo - Aponte as facilidades e dificuldades no desempenho de suas tarefas rotineiras.

Maysa Moreira - É um novo universo para o TQP de bancada, a maior dificuldade foi a

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A responsabilidade da mulher na sociedade é enorme, além das atribuições que ela tem na família e no trabalho. Convidada do Sindipetro Bahia, Lú Varjão contribui neste espaço com sua experiência histórica à frente da CNQ. Boa leitura.

Diálogo - Temos hoje, pela primeira vez na história, uma mulher à frente da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ/CUT). O que representa isto?

Lú Varjão - É evidente que ter uma mulher a frente da Confederação Nacional do Ramo Químico depois de 20 anos de existência tem um significado especial, pois, de certa forma é o reconhecimento do trabalho realizado por todas as mulheres que passaram pelas direções da CNQ e que muito contribuíram na construção desta importante ferramenta de luta, e, enquanto mulher tenho a obrigação de acertar, não posso desperdiçar esta chance, que foi construída com muito suor e luta por todas as companheiras.

É também um grande desafio, já que, em alguma medida representa a quebra de paradigmas, exigindo outro olhar, outro enfoque, para com o ramo químico e para com as entidades filiadas.

Vale lembrar que estamos num momento impar da conjuntura nacional, temos uma mulher na

E n t r e v i s t a

presidência da república, uma mulher a frente da Petrobrás, e somando se a isto a deliberação da nossa central de implantar a paridade de representação nas suas instancias.

Diálogo - Podemos dizer que a mulher já conquistou seu espaço no mundo sindical? Há tranquilidade e incentivo para que as mulheres participem das diretorias dos sindicatos, federações e confederações?

Lú Varjão - A participação ativa das mulheres nos espaços sindicais contrasta com a sua pouca presença em posições de direção. Para uma mulher ascender a um cargo de direção precisa romper barreiras, preconceitos, e sua legitimidade

é permanentemente questionada é avaliada por requisitos que normalmente não são exigidos dos homens.

Assim, as práticas sindicais acabam por reproduzir as formas da divisão sexual do trabalho, e salvo raríssimas exceções colocando as mulheres em atividades secundárias, investindo pouco em formação política e em sua trajetória como liderança. Da mesma forma que as mulheres não ocupam postos de chefia ou não exercem posição considerada “de responsabilidade” nos locais de trabalho, também no sindicalismo elas não estão presentes nas instâncias de decisão. Outro aspecto que dificulta a participação das mulheres se refere às responsabilidades pelas tarefas domésticas, na maioria das vezes não são compartilhadas pelos seus companheiros e maridos.

No entanto, essa realidade nunca foi considerada “natural” pelas mulheres e foi assim que algumas correntes do movimento sindical, em sintonia com a luta das mulheres, sensíveis ao problema da reprodução das desigualdades de gênero

A participação ativa das mulheres nos espaços sindicais contrasta com a sua pouca presença em posições de direção. Para uma mulher ascender a um cargo de direção precisa romper barreiras e preconceitos

existentes, iniciaram já no inicio da década de 1990 um amplo movimento em defesa das cotas de mulheres nas direções; depois de vários anos de debate, na 6ª Plenária Nacional da CUT, foi aprovada a cota mínima de 30% de mulheres nas direções da CUT e suas instâncias orgânicas, como forma de reduzir o descompasso entre a participação das mulheres nas atividades sindicais e nas direções sindicais.

O 11º Congresso Nacional da CUT aprovou a paridade entre homens e mulheres na composição de sua direção. Essa é uma vitória histórica das mulheres CUTistas. Na sua opinião, quais são os desafios que as mulheres devem enfrentar para fazer valer esta paridade?

Lú Varjão - O 11º Congresso Nacional da CUT realizado em 2012 aprovou a paridade de representação entre homens e mulheres nas direções da CUT e estruturas orgânicas, a ser aplicado no Congresso em 2015. Em nosso entendimento, a aprovação da paridade é uma medida importante para reverter o quadro de desigualdade presente nas organizações sindicais, uma vez que contribui para impulsionar o debate da igualdade também dentro dos sindicatos e demais entidades filiadas.

Entretanto, se não estiver acompanhada de outras ações não será suficiente para reverter o quadro de desigualdade presente nas organizações sindicais. A paridade para apresentar resultados concretos precisa ser aplicada desde os sindicatos, entretanto, o que se verifica é que a grande maioria dos sindicatos não aplica, dificultando ainda mais a construção de quadros dirigentes para ocupar posições de direção nacional, seja nas Federações, Confederações ou na Central Sindical.