dezembro 2013 boletim de informaÇÃo paroquial · temais: eis aqui vos trago boa nova de grande...

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL DEZEMBRO 2013 ANO XXV - Nº 265 Preço avulso: 0,50 € PUBLICAÇÃO MENSAL http://www.paroquiadamaia.net [email protected] O S. Miguel da Maia inicia, com este número, o seu vigésimo quinto aniversário de publicação. O seu começo foi, no dia 8 de Dezembro de 1989, Tinha sido nomeado para a Paróquia da Maia, onde celebrei a Eucaristia, às 18h00, do dia 28 de Outubro de 1989, era um Sábado. Nesse dia, fui ao Paço e, no meu carro trouxe o Sr. D. Júlio, Arcebispo-Bispo da nossa Diocese, que vinha benzer a primeira pedra da Igreja nova, mais tarde chamada Igreja de Nossa Senhora da Maia. Foi um dia que vivi em pleno, pois tive tempo de ver o que se passava, de pensar e de me animar para a tarefa ingente que o Senhor Jesus me entregava. Frente ao ajulejo de Nossa Senhora do Carmo, disse para comigo: "Estou bem acompanhado... Sei que vai ser grande e difícil o trabalho, mas com Maria Nossa Senhora, não devo temer..." Animei-me. Comecei a missão. Vi que seria bom, que iniciasse um pequeno jornal que pudesse formar e informar todas as pessoas de boa vontade. Ele seria voz, espelhando o querer e o agir da comunidade. Todos têm de ser informados para que possam colaborar. Recebi uma pedra ( a 1ª) da Nova Igreja e, a partir desse momento, pôr ombros a esta tarefa ingente. Senti as dificuldades, pois vi que poucos estavam em sintonia com o levar a cabo a construção da Igreja Nova...Tenho bem presente tudo. Olhando para trás, vejo que o meu primeiro encontro com Nossa Senhora, frente aos ajulejos de Nossa Senhora do Carmo da frontaria da Igreja, hoje Santuário., foi marcante. Poderia aqui recordar a oração:" Nunca se ouviu dizer que alguém tenha recorrido à Sua protecção fosse desamparado..." Isto está concretizado na bela e grande Igreja de Nossa Senhora da Maia. Ao longo de 24 anos, o S. Miguel. apareceu em todos os segundos domingos de cada mês. Nele se espelha muito da nossa comunidade que tenta ser feliz na fé, PDJ NOSSA SENHORA DA MAIA,GUIAI-NOS EDITORIAL Igreja construida no Campo dos Pastores - Belém " Havia naquela mesma região pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam e a glória do Senhor brilhou as redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: "Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo:Glária a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem". (Lc 1,8-14) Para todos um Natal com Jesus e um BomAno Novo.

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Page 1: DEZEMBRO 2013 BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL · temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de de Davi,

BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL DEZEMBRO 2013ANO XXV - Nº 265 Preço avulso: 0,50 €

PUBLICAÇÃO MENSAL

http://www.paroquiadamaia.net [email protected]

O S. Miguel da Maia inicia, com este número, o seu vigésimo quinto aniversário de publicação.

O seu começo foi, no dia 8 de Dezembro de 1989,Tinha sido nomeado para a Paróquia da Maia, onde

celebrei a Eucaristia, às 18h00, do dia 28 de Outubro de 1989, era um Sábado. Nesse dia, fui ao Paço e, no meu carro trouxe o Sr. D. Júlio, Arcebispo-Bispo da nossa Diocese, que vinha benzer a primeira pedra da Igreja nova, mais tarde chamada Igreja de Nossa Senhora da Maia.

Foi um dia que vivi em pleno, pois tive tempo de ver o que se passava, de pensar e de me animar para a tarefa ingente que o Senhor Jesus me entregava. Frente ao ajulejo de Nossa Senhora do Carmo, disse para comigo: "Estou bem acompanhado... Sei que vai ser grande e difícil o trabalho, mas com Maria Nossa Senhora, não devo temer..." Animei-me. Comecei a missão.

Vi que seria bom, que iniciasse um pequeno jornal que pudesse formar e informar todas as pessoas de boa vontade. Ele seria voz, espelhando o querer e o agir da comunidade. Todos têm de ser informados para que possam colaborar. Recebi uma pedra ( a 1ª) da Nova Igreja e, a partir desse momento, pôr ombros a esta tarefa ingente. Senti as dificuldades, pois vi que poucos estavam em sintonia com o levar a cabo a construção da Igreja Nova...Tenho bem presente tudo. Olhando para trás, vejo que o meu primeiro encontro com Nossa Senhora, frente aos ajulejos de Nossa Senhora do Carmo da frontaria da Igreja, hoje Santuário., foi marcante. Poderia aqui recordar a oração:" Nunca se ouviu dizer que alguém tenha recorrido à Sua protecção fosse desamparado..." Isto está concretizado na bela e grande Igreja de Nossa Senhora da Maia.

Ao longo de 24 anos, o S. Miguel. apareceu em todos os segundos domingos de cada mês. Nele se espelha muito da nossa comunidade que tenta ser feliz na fé,

PDJ NOSSA SENHORA DA MAIA,GUIAI-NOS

EDITORIAL

Igreja construida no Campo dos Pastores - Belém

" Havia naquela mesma região pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam e a glória do Senhor brilhou as redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: "Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo:Glária a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem". (Lc 1,8-14)

Para todos um Natal com Jesus e um Bom Ano Novo.

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CONSULTANDO A HISTÓRIA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2

S. MIGUEL DA MAIA Proprietário e Editor

Paróquia da Maia

Director e

Chefe de RedacçãoP. Domingos Jorge

Colaboradores Ana Maria Ramos

Ângelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos CostaConceição Dores de CastroHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJosé Carlos Teixeira José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de CastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

CorrespondentesVários (eventuais)

ComposiçãoJosé Tomé

Tiragem - 1500 exemplares

Maria Artur

Prosseguindo a transcrição das Memórias Paroquiasis de 1758 relativas a S. Miguel de Barreiros, passamos agora às respostas às questões 13 a 16, a saber:

13. Se tem algumas ermidas, e de que santos, e se estão dentro ou fora do lugar, e a quem pertencem.

14. Se acode a elas romagem, sempre, ou em alguns dias do ano, e quais são estes.

15. Quais são os frutos da terra que os moradores recolhem com maior abundância.

16. Se tem juiz ordinário, etc., câmara, ou se está sujeita ao governo das justiças de outra terra, e qual é esta.

Observando o documento original, disponibilizado pelo Arquivo Nacional Torre do Tombo em http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=4239195, lemos as seguintes respostas:

“13 Tem quatro ermidas, hua da Senhora da Saúde que he do Povo, outra de Santa Catarina na quinta de António Luís Rangel capitão mor de Leça, outra de Nossa Senhora da Assumpção na quinta de D. Antonio de Gouvêa; outra de Nossa Senhora do Desterro na quinta do Padre Jozé Barboza, nas quaes não há concurso algum de gente.

14 Não tem as ditas capellas nem a Igreja romagem algua de concurso.

15 A maior parte dos fructos é milhão, e dos mais rende pouco.16 Pertence esta freguezia ao couto de Leça, que tem Juiz ordinario do civel e

Orphãos, e está sojeita ao corregedor da comarca e camera da cidade do Porto.”

NOTÍCIAS DA COMUNIDADE PAROQUIAL

ITINERÁRIO DAS JANEIRAS/2013 Horário: das 20h30 ás 22h30

DIA, 19 - (quinta): - Rua Augusto Simões (Sul), praceta Nortcoop, praça do Lavrador e Caleiras. (Concentração: Casa Vicente). DIA 20 - (sexta): - Ruas Augusto Simões (Norte), 5 de Outubro, S. Romão e Av. Santos Leite (Sul). (Concentração: C. G. de Depósitos.DIA 21 - (sábado): - Av. D. Manuel I, Ruas D. João IV e São Miguel. (Concentração: Plaza. DIA 22 - (domingo): Zona do Chantre. Concentração: Forum Jovem. DIA 23 - (segunda): R. Augusto Martins, Av. e Ruas Santos Leite, Francisco da Silva e Oliveira Braga. (Concentração: Junto Entrada para o Parque Nª. Sª. da Maia).

APELO: Estamos todos convidados a caminhar, a tocar e a cantar as Janeiras, em norm do Menino Deus nascido. Traga consigo a boa vontade, a voz e os instrumentos que tiver.

DIA 26 - (quinta): - Rua Dr. Carlos Felgueiras e Novo Rumo. (Conc. Café Turista. DIA 27 - (sexta) : R. dos Azeiteiros, do Sol, Cavada e Ferradores. Conc.: Centro Plaza. DIA 28- (sábado) : Zonas da Pinta, Brandinhães e Pilrão. Conc.: Cruzamento da Pinta/Raposeira. DIA 29 - (domingo) : Ruas Padre José Pinheiro Duarte, da Igreja, Estação e Souto. Concentração: Quinta das Andorinhas. DIA 30 - (segunda): Zonas do Outeiro e de Godim. Concentração: Quinta das Andorinhas

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MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Equipa Paroquial Vocacional

BAPTIZADOSMês de Novembro

03 - Diana Barreiro Caetano - Dinis Manuel Pinto Soares30 - Margarida Coelho Soares

MATRIMÓNIOS23 - Roberto Maher Chau e Sandra Isabel Machado Fernandes Lopes

ÓBITOS 13 - Maria Alberto Silva Teixeira Sousa (61 anos)20 -Natalina da Conceição Araújo Barros (90 anos)

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

No seu número de Outubro, a revista missionária “Além-mar”, dos Missionários Combonianos, apresenta um artigo com este título a despertar curiosidade. Refere-se a um momento especial num seminário do norte da Índia: os seminaristas alinhados numa longa fila, cada qual com a sua bicicleta nova, recebem a bênção do reitor. As bicicletas são para se deslocarem, cada domingo, até às comunidades cristãs que não têm padre para celebrar a Eucaristia e que eles animam, celebrando a Palavra. Vão dois a dois, como os 72 discípulos, anunciar o Evangelho e transmitir a alegria cristã.

Procurando refletir sobre esta notícia:Em cada circunstância, em cada tempo

A benção das bicicletas

e lugar, a Igreja tem de ser criativa e encontrar a melhor forma de levar Deus a quem O procura. Não se trata de ficar na igreja e de estar disponível, trata-se de sair da zona de conforto, como diz o Papa Francisco, e ir onde for preciso, anunciando o Evangelho onde for necessário e usando os meios possíveis.

Por certo que o testemunho destes jovens, aparecendo cada semana na aldeia, é mais interpelativo para os seus habitantes do que muitas pregações sábias.

Por certo que as deslocações que fazem em cada domingo são mais educativas para estes seminaristas do que muitas aulas bem estruturadas no seminário.

Nestas experiências vividas de missão, de serviço, perceberão, quer os seminaristas quer as comunidades que eles visitam, a essência do ministério sacerdotal: ser portador de Deus, proclamar a Palavra, ser irmão entre os irmãos. E certamente a alegria com que vão e com que são acolhidos é motivação acrescida para perseverar e ir cada vez mais longe na evangelização e na comunhão.

Esta história das bicicletas nasceu da falta de padre para a celebração eucarística. Sem negar o papel fundamental do sacerdote, que preside à comunhão na comunidade, importa que esta não fique passiva quando o padre não está disponível ou “descarregue” no padre a responsabilidade de tudo fazer e animar. Estes cristãos da Índia não baixaram os braços nem se demitiram do seu papel.

Não podemos esquecer que a marca dos cristãos está em evangelizar e viver em comunhão! Cabe-nos a todos sair de nós e ir ao encontro. Toca então a “dar ao pedal” para vivermos no dia-a-dia este dinamismo essencial da nossa fé!

Oração pelas Vocações Sacerdotais É verdade que a Semana dos seminários já lá vai! Mas também é verdade que rezar pelas vocações sacerdotais é

uma necessidade permanente na Igreja, já indicada pelo próprio Jesus: “Pedi ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe”.

Convidamos a comunidade paroquial a continuar a rezar a oração que foi distribuída ou a que publicámos no número anterior do jornal. Deus não se aborrece de ouvir os nossos pedidos!

Na condição de vicentinos, sentimos a necessidade de dar testemunho da nossa fé cristã, mais por actos do que por palavras.

Vemos nos nossos irmãos mais infelizes, o Cristo sofredor.Ao contactarmos os mais desfavorecidos vemos que a caridade é inseparável da justiça mas nem

sempre existe a justiça neste mundo e temos de ser nós a dar pessoalmente a partilha do nosso tempo, os nossos pouco recursos, a nossa presença, o nosso diálogo com o desejo de tudo poder fazer par levarmos um pouco de alívio.

Somos impotentes perante tantas dificuldades, especialmente as de cunho material. E, além de tudo, em muitos casos há ausência total de ambiente religioso no seio das famílias.Mas não podemos jamais perder a esperança de que a situação vai melhorar.

A esperança é uma das virtudes mais importantes, pois suaviza os corações dos fiéis que acreditam na salvação em Jesus. A esperança é a chave da nossa alegria.

Ser positivo e optimista, num mundo egoísta e consumista ao excesso, pode fazer a diferença no momento da nossa visita domiciliária.Os vicentinos têm de ser os arautos da fé e da esperança, sugerindo às nossas famílias que olhem para a frente,

encontrando alternativas para vencer os sofrimentos desta sociedade tão desigual que vivemos, na qual, poucos têm muito e muitos têm tão pouco.

Como diz o Papa Francisco, "reconsiderar a solidariedade significa restituir-lhe a sua merecida cidadania social, mesmo que isto não agrade ao mundo económico"

Não tenhamos medo, pois o medo como tal é paralisante. Estamos no Advento e isto significa que o Natal está à porta.

Mas... se para uns Natal é festa e há mesas ricamente engalanadas,Noutras onde a miséria abunda e cresta,Essas, jazem a um canto abandonadas!Que noite de Natal triste e funesta!Se há dor aqui, além há gargalhadas...Só terá fim o mal que nos molesta

TESTEMUNHO DO ANO DA FÉ

Quando todos se unirem de mãos dadas!Todos somos irmãos, ricos e pobres,Porém esquece o mundo essas leis nobres,Convencionando um mundo desigual!Como seria mais feliz nesta tristeza;Se pudesse sentar à minha mesaTantos pobres p'ra quem não há Natal

Maria José Pires

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CENTRO SOCIALO nosso Centro Social, ainda provisoriamente instalado no complexo

social da Igreja de Nossa Senhora da Maia até que acabe de ser mobilado o Lar de Nazaré, viveu mais um "magusto de São Martinho" ao ritmo da música, do refrão e das estrofes que seguem aos que ainda há pouco fortam homenagiados e a que todos se associaram.

São Martínho, São Martinho, São Martinho, São Martinho com castanhas, sumo e vinho.

LIVRO A LIVRO

Manuel Machado

Maria Fernanda e Maria Teresa

ETERNA INFÂNCIA

É o renovar da infância,Da criança que há em nós…É o renovar da luz,É o renascer da vida,É a nossa alma em festa…É Natal! Nasceu Jesus

Ao recordar minha infância,Lembro cantares ao Menino,O calor, na noite fria,Do ambiente de amor,Das reuniões em famíliaQue meu coração sentia…

Tantos Natais de saudade!...As conversas à lareira,O presépio com cheiro a musgo,A alegria do presentinhoQue de manhã encontravaDentro do sapatinho.

Mas os maiores presentesTodo o ano os recebia:A presença de meus pais,Seu amor, seu carinho,Suas conversas, sem pressas,Atentos ao meu caminho.

Que este Natal sejaDe amor, sem contrapartidas,Sem pais nem filhos ausentes…Seu amor, sua presença,Seu calor, na noite fria, Serão os melhores presentes.

Ana Maria Ramos

Este livro pode constituir um marco para iniciarmos o novo Ano Litúrgico. Domingo a domingo do Tempo de Advento, do Tempo de Natal, do Tempo da Quaresma, do Tempo Pascal e do Tempo Comum, aqui encontramos textos debruçados sobre os Evangelhos propostos pelo ciclo deste Ano A, percorridos na companhia de Mateus, o cobrador de impostos que se deixou fascinar e conquistar pelo Mestre de Nazaré. É assim um convite que nos é dirigido – que nos deixemos tocar pela Palavra que seduz e que dá Esperança!

Para saborearmos a força e a beleza dessa Palavra é necessário um ambiente de atenção capaz de escutar o que Deus nos sussurra no seu silêncio. E a partir daqui, está lançado o desafio a alargarmos as medidas do nosso coração às dimensões do Amor Divino e a transformarmo-nos em sementes de Evangelho.

SEMENTES de EVANGELHO

Ora viva a dona OLINDA Aqui vai fazer a prova, Então viva o São Martinho A ver se fica mais nova. Ora viva a dona ARMANDA Requintada nos odores, Não sabendo donde vêm Ai enche o Centro de flores.

Convido dona MABÍLIA A dar comigo um saltinho, Mesmo que para o fazer Beba três copos de vinho.

Convido dona OTELINDA A valer-se da importância, Ao viver o São Martinho Também se ganha elegância. Nossa amiga dona ANTÍLIA Com todo o nosso carinho, Num filho que foi pró Céu Há festa de São Martinho

Viva a dona BRILHANTINA Que brilhe p'ra todos nós, P'ra cantar ao São Martinho Brilhe também pela voz.

Para a dona LILIANA São Martinho já lhe deu, A tarefa dos idosos Que hão-de levá-la pró Céu.

Ora viva a minha GLÓRIA Mas vê se tens juizinho, Não bebas aqui demais E culpar o São Martinho.

Ora viva a dona EMÍLIA Segura na nossa lista, De cavaquinho na mão Não há festa que resista.

Cuidado, P. DOMINGOS Por aquilo que já vi, Não deixe que São Martinho Jamais nos tire daqui.

Amigo PIRES FERNANDES Foi com castanhas e vinho, Que veio o acordeão P'ra animar o São Martinho.

Convido dona CAMILA A correr e a saltar, Quem foi tão feliz na vida Não pode agora parar.

Dona MARIA JOSÉ Beba muito bem e coma, Tenho para si um prémio Por ser a mais refilona

Amigo Dr. DONATO Vele pelo nosso bem, Hoje beber um copinho Ai não faz mal a ninguém

Dona MARIA JOSÉ Gosto da sua alegria, Velhinhas só são aquelas Que perdem toda a fo lia.

À dona MARIA ROSA Fez-lhe bem fazer a prova, Desde que veio p' ra cá Nota-se que 'stá mais nova.

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EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 917630347 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 916746491 - 965450809 962384918

Começou o ano pastoral. A Equipa já começou a reflectir sobre a acção que teráde realizar.Porque se aproxima o dia da Festa da Sagrada Família, já está a preprar a celebração desse dia

e nas várias Celebrações da Eucaristia. Será anunciado a seu tempo.Dado que o Sínodo da Igreja se vai realizar em 1914 e depois em 1915, e diz respeito à família,

a Equipa vai estar em sintonia com a doutrina que vai sair e procurará traduzir no concreto o que for recevbendo e reflectindo.

É importante preparar os noivos para a celebração do sacramento do Matrimónio e continuar a apoiá-los. A família é fundamental para toda a pessoa.

www.paroquiadamaia.net; [email protected] - Navegue

E. P.P.FMaria Luísa e José Carlos Teixeira;Jorge Lopes; Lídia Mendes; David Barbosa; Maria Elizabete e Jorge Real; P. Domingos Jorge

Homilia do Santo Padre: Os idosos são o tesouro da sociedade

O Papa Francisco recorda o valor da velhice e nos convida a cuidar dos nossos avós

ROMA, 19 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Um povo que não respeita os seus avós é um povo sem memória e, portanto, sem futuro. Foi em torno desta ideia que o papa Francisco desenrolou a homilia da missa desta manhã na Casa Santa Marta. O papa comentou a passagem bíblica do ancião Lázaro, do livro dos Macabeus, que escolheu o martírio por coerência com a fé em Deus e para dar um testemunho de retidão aos jovens.

O santo padre explicou que "aquele homem não teve dúvidas na hora de escolher entre a apostasia e a fidelidade", descartando "a atitude de fingir, de fingir piedade, de fingir religiosidade...". Em vez de cuidar de si mesmo, ele pensou nos jovens, no legado que o seu ato de valentia deixaria para eles, destacou o papa.

"A coerência desse homem, a coerência da sua fé, mas também a responsabilidade de deixar uma herança nobre, uma herança verdadeira. Nós vivemos numa época em que os idosos não contam. É feio dizer isso, mas eles são descartados mesmo, não são? Porque incomodam. São os idosos que nos trazem a história, que nos trazem a doutrina, que nos trazem a fé e que nos dão a fé como herança. São eles, como o bom vinho envelhecido, que têm aquela força interior capaz de nos dar uma herança nobre".

Francisco recordou neste ponto uma história que ouviu na infância, cuja protagonista era uma família: "papai, mamãe, os filhos", além do avô, que, quando tomava a sopa na mesa, "se lambuzava e sujava o rosto". Incomodado, o pai explicou aos filhos por que o avô se comportava assim e comprou outra mesa para deixá-lo separado. Esse mesmo pai chegou em casa, dias depois, e viu um dos filhos brincando com a mãe. "O que você está fazendo?”, perguntou o pai ao filho. "Uma mesa", respondeu o menino. "E para quê?". "Para você, papai, para quando você for velho como o vovô".

Francisco afirmou que essa história lhe fez muito bem durante a vida toda. "Os avós são um tesouro. Na Carta aos Hebreus, o capítulo 12 nos diz: 'Lembrai-vos daqueles que

vos dirigiam, porque eles vos anunciaram a Palavra de Deus: considerai como terminou a sua vida e imitai a sua fé'. A memória dos nossos antepassados nos leva à imitação da fé. A velhice, muitas vezes, é um pouco ‘feia’ mesmo, não é? Por causa das fragilidades e doenças que vêm com ela, mas a sabedoria dos nossos avós é a herança que nós temos que receber. Um povo que não cuida dos avós, um povo que não respeita os avós, não tem futuro, porque não tem memória, perdeu a memória".

Francisco acrescentou ainda que "nos fará bem pensar em tantos idosos e idosas, em tantos que estão nos asilos, e também em tantos outros que... É feia essa palavra, mas vamos dizê-la: que são abandonados pelos seus. Eles são o tesouro da nossa sociedade".

"Vamos rezar pelos nossos avôs, pelas nossas avós, que tantas vezes tiveram um papel heroico na transmissão da fé em tempos de perseguição. Quando o papai e a mamãe não estavam em casa e tinham ideias estranhas, que a política daquele tempo ensinava, foram os avós que transmitiram a fé. Quarto mandamento: é o único que promete alguma coisa em troca. É o mandamento da piedade. Ser piedosos com os nossos antepassados. Peçamos hoje a graça aos velhos santos, Simeão, Ana, Policarpo e Lázaro, a tantos anciãos santos: peçamos a graça de cuidar, de escutar e de venerar os nossos antepassados, os nossos avós".

“Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”Este é o tema do 47º Dia Mundial para a Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2014, o primeiro do

Papa Francisco. De acordo com um comunicado do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, o Pontífice escolheu a fraternidade

como tema já que “desde o início do seu ministério como Bispo de Roma, destacou a importância de superar a ‘cultura do descartável” e de promover a ‘cultura do encontro’, para caminhar rumo à realização de um mundo mais justo e pacífico”.

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O MENINO Neste Advento ao desejar preparar a vinda de Je-

sus, dei comigo a querer saber mais:Qual será o valor que a Bíblia atribui ao “ meni-

no” e que sentido simbólico tem na Bíblia a expressão “”ser como menino”? São vários os termos relacio-nados com “menino” na Bíblia, sobretudo criança e pequenino; mas todos têm o mesmo significado fun-damental: símbolo da inocência, ou um caminho para a idade adulta; e símbolo de servo que se coloca – por obrigação ou por vocação – ao serviço dos outros.

Todos os que têm alguma cultura cristã sabem que o nosso Deus se fez criança no Menino Jesus de Belém, teve especial apreço por todos os que são meninos em idade ou na condição social e tornou-se servo de todos. Certamente por isso, o NATAL – Festa do Me-nino por excelência – é visto como a festa das crianças e são especialmente lembrados os mais “ pequenos “: pobres, famintos, deslocados, doentes, oprimidos, aban-donados….

Quanto ao símbolo da inocência original temos que, a ideia de infância está intimamente ligada com a ideia de inocência. A infância é, também, sinónimo de estado paradisíaco. Esta vida paradisíaca tem o seu ponto de referência fundamental no seio materno. Aí o ser humano goza, não só da protecção, mas de to-dos os bens de que necessita, sem ter necessidade de fazer qualquer trabalho. Ser menino como símbolo de inocência, é também não distinguir bem as coisas, não saber quais são as boas ou as más.

Menino, por outro lado é o que caminha para a idade adulta; um homem ou uma mulher em evolução psicológica e física, um não adulto, um ser a caminho da perfeição, considerada na idade adulta. Foi por causa desta maneira de julgar o menino que ele pouca impor-tância merecia nas sociedades antigas. Era visto sem direitos nesse tempo. Menino é pois aquele que ainda não cresceu o suficiente para ser adulto, em qualquer dimensão da existência humana, física ou espiritual-mente.

Os Evangelhos falam muitas vezes de Jesus como Menino, mas também falam muitas vezes, de outros meninos. O termo menino é frequentemente símbolo de simplicidade e de todas as virtudes positivas em ordem a entrar no Reino de Deus. Não podemos es-quecer portanto, que “ menino” não significa necessa-riamente uma pessoa de tenra idade. Pode significar alguém que não é ainda “ adulto”, grande, na condição social ou noutro qualquer aspecto da vida. Portanto, um pobre, um ignorante, uma pessoa de condição so-cial inferior pode ser chamado “ pequenino,” menino.

È certamente neste sentido que Jesus diz: Deixai as criancinhas e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu (MT 19,14; MC 10,13-16)

Para os povos antigos não ter filhos era conside-rado uma desgraça e ter muitos filhos era uma bên-ção de Deus. Mas o primeiro menino (varão) a nascer, isto é o primogénito era o mais considerado. Porque as primeiras coisas eram consideradas as melhores e, portanto as que se deviam oferecer a Deus. E como Deus é o Deus da vida a Ele se devem dar as coisas que participam mais da vida de cada um. Então nós não podemos esquecer que Jesus é o filho Primogénito de Deus no sentido que é o melhor Dom que Deus podia ter feito á humanidade no dia de Natal. E, se Jesus é o filho primogénito, isto é a melhor prenda que Deus nos deu, talvez venha daí o costume de oferecer pren-das aos familiares e amigos sobretudo no tempo de Natal.

Mas será que actualmente, as nossas prendas têm alguma coisa a ver com a PRENDA que Deus nos deu no Seu Filho Primogénito?

Sim, as nossas prendas corresponderão à PRENDA QUE RECEBEMOS DE DEUS, se a Festa de Natal, Fes-ta de Deus – Amor que se fez MENINO-SERVO por nós, for assumida, por cada cristão na sua condição batismal de menino-servo em favor dos mais pobres como fez Jesus, pois bem sabemos que, a nova maneira de ser e de viver que Jesus veio ensinar consiste em

ser simples e aberto a Deus e aos no-vos valores do Reino anunciados por Ele. Estes valores só podem ser aceites por quem tiver um coração aberto e simples como o de um menino.

Jesus define-se a si mesmo, também, como servo de Deus, mas também nos define e manifesta o que nós cristãos, te-mos de ser: servos ao serviço dos outros.

Esforcemo-nos, pois, por viver o Na-tal que se aproxima, numa sincera sim-plicidade de menino-servo. Só assim o Menino Deus permanecerá no nosso co-ração e, seremos a prenda de gratidão e amor que o próprio Deus merece de nós.

Maria Luisa C. M. Teixeira

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Realizou-se, no dia 10 de Novembro a Feira de S. Martinho a favor do Lar de Nazaré, Obra da Paróquia que terá várias valências Pastorais.

Está o Lar quase pronto para ser licenciado. Há necessidade da fiscalização aprovar. Tudo é visto para ser aprovado. Tudo foi licenciado e agora esperamos a aprovação. Não se está parado . Entretanto, pensa-se na mobília.

Esperamos em breve dizer que as portas estão franqueadas.Visitei Nazaré, há bem poucos dias. Visitei o LAR da Sagrada Família de

Nazaré e falai-lhe deste nosso Lar que tem de espelhar santidade e harmonia para que todos cresçam como Jesus, "em idade, sabedoria e em graça, diante de Deus e dos homens" Dêmos as mãos.

S. FEIRA DE S. MARTINHO EM IMAGENS - 10 de Novembro de 2013

Feira de S. MartinhoApuro que reverte para o Lar de Nazaré

Gracinde e Ascenção.......................................................200,00Grupo de Jovens...............................................................218,00Celeste................................................................................120,00Madalena Caetano............................................................163,00Tasca do Adro....................................................................132,60Equipa da pastoral Vocacional........................................420,50Victória...............................................................................187,24Padeiras..............................................................................405,79Beatriz e Lélé....................................................................400,00Amigos do lar....................................................................400,00Mª Luisa/José Carlos........................................................425,91 + .........................................................0,39TOTAL............................................................3073,43PARABÉNS E OBRIGADO a todose todas que estiverram com as suas bancas, aos que compraram e visitaram a Feira. Há gente que se diz muito preocupada e generosa, mas nunca aparecem, mesmo que seja só para ver. Será que a Paróquia não lhe diz respeito?

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O "nosso" "espacinho"! Neste mês, venho “inaugurar” um espaço neste Boletim

dedicado ao Grupo de Acólitos da nossa Paróquia. Este “nosso” “espacinho”, criado com o consentimento do Padre Domingos, tem como pressuposto principal ir dando a conhecer à Comunidade um bocadinho melhor o Grupo e as nossas actividades. Assim, e de forma rotativa, vários elementos terão a oportunidade dese expressarem neste espaço.

Nesta primeira edição, farei uma breve contextualização sobre esta Equipa Pastoral, os seus objectivos principais e algumas das dinâmicas implementadas. Levando em consideração a sua missão principal, a de auxiliar quem celebra as Eucaristias, o mesmo sempre existiu. Porém, em meados do ano civil transato, e com a proximidade do início do Ano da Fé, sentiu-se a necessidade de o reorganizar. Desta forma, a 09/Agosto/2012, 76% dos elementos ativos à data reuniram-se pela primeira vez, tendo sido estabelecidos três objetivos primordiais: Organização, Crescimento e Exemplo.“A organização é um dos principais pilares que permitem sustentar um Grupo, de forma harmoniosa, permitindo estabelecer índices mais elevados de confiança e motivação no desempenho do seu serviço”. Paralelamente a esta organização, a progressão deve ser contínua, “não só na qualidade do serviço que se deseja prestar, mas também numa melhor compreensão” deste Ministério. Por fim, considero igualmente importante a consciencialização de todos “para a importância do exemplo que demonstramos”, uma vez que esta motivação de servir Jesus deve ir para alémda celebração da Eucaristia, e acompanhar-nos diariamente. Porque “sempre que fizeste isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.” (Mt 25,40).

Inicialmente com 17 membros, a Equipa tem vindo a crescer também em número, possuindo atualmente 24 elementos, estando mais 2 prestes a integrá-la.Com o início do Ano da Fé, na celebração do 20º aniversário da dedicação da nossa Igreja, os primeiros acólitos deste Grupo realizaram, a 14/Outubro/2012, o seu compromisso solene. Numa Eucaristia presididada pelo Bispo D. João

Miranda, comprometeram-se com o seu “SIM” a cumprir com interesse e diligência este Ministério Litúrgico, tendo sido cada um impostocom uma Cruz ao pescoço. Também duranteo Ano Pastoral transato, participámos pela primeira vez na Peregrinação Nacional de Acólitos, a01/Maio, em Fátima. Por fim, destaque ainda para um encontro conjunto com os Acólitos da Paróquia de Gemunde no passado dia 13/Julho, com o tema “Caraterísticas de um bom Acólito”. Neste Ano Pastoral temos previstaa repetição destas duas últimas iniciativas, assim como mais algumas novidades, que oportunamente serão partilhadas. Uma delas é precisamente a criação deste espaço neste Boletim!

Paralelamente a estas atividades, têm sido realizados outros encontros, de periodicidade trimestral, para que os laços se possam ir fortalecendo entre todos,possibilitando simultaneamente a aprendizagemde um pouco mais.E assim, de forma breve, vai caminhando esta Equipa. Apesar de nem sempre tudo se desenrolar consoante as melhores expectativas, penso, humildemente, que o balanço destes 16 mesesé positivo. Por conseguinte, desejamos continuar a crescer, abençoadospor Nossa Senhora da Maia e incentivados pelo gosto que demonstramos no serviço que prestamos. Não podia ainda deixar de agradecer aos que nos têm apoiado e acompanhado, desde o Padre Domingos e Diácono Pereira até aos nossos pais e demais conhecidos.

A terminar, e em nome do Grupo de Acólitos da Maia, neste tempo de Advento, aproveitamos para desejar a toda a Comunidade os votos de... uma boa preparação para a chegada do menino Jesus! Que ela nos faça revitalizar e renovar as nossas esperanças.

João Bessa

FUI PEREGRINOTive um convite para ir à Terra Santa. Aceitei a

oportunidade que me foi oferecida. No passado dia 28 já fui ficar em Jerusalém. Já não foi a primeira vez que visiteu Jerusalém, mas fi-lo como se duma primeira vez se tratasse. Não fui turista, Fui peregrino. Percorri os Caminhos de Jesus e os de Maria, Nossa Senhora.

Nos lugares Santos visitados fui envolvido pelo mistério e a emoção, muitas vezes, aflorou ao olhar e coração.

As fotos ajudam a recordar quem já lá esteve e motiva a todos para uma ida. As pagelas e Nossa Senhora do Bom Despacho e da Maia foram colocadas em todos os Lugares Santos e dadas aos que comigo foram e aos religiosas e religiosas que cuidam das Igrejas. Cont. pág. 10

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“A Missionário é um misto de dores e alegrias, de preocupações e esperanças, de padecimentos e confortos: trabalha-se com as mãos e com a cabeça, viaja-se a pé e em pirogas; estuda-se, sua-se, sofre-se, goza-se; eis aquilo que a Providência quer de nós”.)

Estamos na vigília do 10º aniversário da canonização de São Daniel Comboni, o pai dos Africanos e fundador dos Missionários Combonianos. D’ele, a Igreja herdou um carisma e espiritualidade que lhe permitem partilhar no presente uma outra dimensão de vida e vocação carateri-zados por uma paixão muito especial pelos mais pobres e abandonados.

Trata-se de uma data que nos recorda a graça da santi-dade Comboniana vivida em primeiro lugar por Comboni e depois por tantos missionários Combonianos, Combonianas, Seculares, Leigos e Leigas que seguiram as suas pegadas e vivem hoje a missão como lugar onde se realiza o desejo de Deus que quer que todos sejamos santos como Ele é Santo.

Creio que seja também uma boa ocasião para agrade-cer o dom da santidade de Comboni, que nestes anos foi conquistando muitas pessoas que descobrem nele um mo-

delo e uma inspiração para viver a espiritualidade e a beleza da vocação missionária.

Para a Família Comboniana que faz do seu carisma a opção da sua vida é um momento muito especial para ques-tionarem a Igreja até que ponto a sua santidade se transfor-mou num itinerário pessoal de santidade e como é que a sua santidade se pode transformou as nossas vidas, fazendo de cada um de nós autênticos homens e mulheres de Deus, consagrados inteiramente à missão.

Certamente é um momento de gratidão porque somos testemunhas e podemos afirmar com simplicidade que Com-boni continua a ser hoje não só um grande missionário que inspira e atrai muitas pessoas comprometidas com a missão, mas também um itinerário experimentado de santidade que pode levar ao encontro com o Senhor através da consagra-ção pessoal ao serviço do anúncio do evangelho.

Por outro lado, para a Família Comboniana, que se reco-nhecemos herdeira do seu carisma e seguidora da sua obra missionária, esta celebração torna-se uma “oportunidade” a não poder para se questionarem sobre como têm vivido o dom da santidade de Comboni no seu serviço missioná-rio, na sua experiência de vida comunitária, no testemunho de vida, na radicalidade e na clareza das suas opções.

O Papa Francisco recordou-nos a todos, não há muito tempo, que os pastores devem estar impregnados do cheiro das ovelhas. Seria coisa boa, nesta ocasião de festa, que não só os pastores, mas até todos os Cristãos da nossa Vigara-ria se perguntarem se, nas suas vidas, sentem o perfume da santidade de S. Daniel Comboni. Será que, como discípulos de Jesus, sentimos o impulso missionário dos Combonianos que vivem na nossa Igreja? Será que os Missionários Com-bonianos nos ajudam a centrarmos os nossos interesses na missão? Quanto e de que modo o testemunho de vida dos Missionários Combonianos na nossa Vigararia nos ajudam e motivam a transformar a nossa vida e melhorar o nosso empenho missionário?

A SANTIDADE DE COMBONI DESAFIO À NOSSA SANTIDADE

P. Enrique Sánchez G. Mccj

No fim de semana de 9 e 10 de novembro, mais de 800 pessoas juntaram-se no Centro de Congressos de Lisboa, para pensar Escutismo e o Corpo Nacional de Escutas. No ano em que se assinalam os 90 anos do maior movimento juvenil em Portugal, o CNE quis refletir sobre a Associação não só com os seus

membros, mas também com personalidades de renome da área da Educação, da Sociedade e da Igreja. Depois de uma profunda reestruturação do programa educativo e das alterações no sistema de formação de adultos, este congresso refletiu sobre o que foi feito até aqui e quais os passos a dar no futuro do Corpo Nacional de Escutas. A par da vertente científica do congresso, que contou com a intervenção do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa na conferência de abertura, foi possível conhecer um pouco mais da história da Associação com uma pequena mostra do espólio do Museu, uma coleção

de filatelia e breves apresentações das 20 regiões (que correspondem às 20 dioceses). Um dos momentos mais altos desta festa dos 90 anos foi a

celebração da eucaristia pelo patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente que recordou a importância do Escutismo: “ Quem passa pelo Escutismo ganha esta maneira de estar com os outros, para os outros.”

As conclusões resultantes do Congresso, os textos dos oradores presentes, bem como as comunicações submetidas previamente sobre os três principais temas vão ser reunidas na publicação “Escutismo: educar para a vida no século XXI”. O Corpo Nacional de Escutas tem cerca de 1032 agrupamentos em todo o país e mais de 72 mil elementos.

Mais de 800 participantes no Congresso“Escutismo: educar para a Vida no Século XXI”

Teresa Oliveira SantosChefe Clã – Agrupamento 95 Maia

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SER O QUE SOMOS

Mário Oliveira

Há pessas que não estão contentes com ser o que são. Talvez por influência dos meios de comunicação social, sobretudo a Televisão, há gente que gostaria de ser outro que não ele próprio: mais bonito, mais rico, mais importante, mais conhecido, mais apreciado... Mas na realidade somos o que somos e não adianta querer imitar os outros, nem os tiques de pessoas da comunicação social, nem querer ser outra pessoa, com outras qualidades. É preciso, sobretudo, melhorar o que somos... e assim construiremos verdadeiramente a nossa vida e seremos mais felizes, certamente.

O homem vai evoluindo ao longo da vida, com trabalho, empenho, tenacidade, ambição valorizando as suas características genéticas: inteligência, tendências, feitio, maneira de ser e de estar.

Há muita gente com o desejo secreto de ser como... um artista, um político, um cantor, uma pessoa importante da “moda”... e se calhar, esquece-se de si mesmo e nem saberá verdadeiramente quem é na realidade, que qualidades tem e até onde poderia chegar se se preocupasse mais consigo próprio, e não perdesse tempo e energia a tentar imitar os tiques sociais e a maneira de ser das pessoas “importantes”. Somos todos diferentes, é verdade. Cada qual com as suas qualidades, feitios, cultura, tendências.. Desde o princípio da história até ao final dos séculos não haverá, de certeza, nenhum outro Mário Oliveira. Haverá, certamente, um número indefinido de pessoas melhores do que eu, mas eu fui feito “único” (como todos os outros homens) e não “fabricado” em série, conforme um molde determinado. E aqui volta a velha frase de Ortega y Gasset: “yo soy yo y mi circunstancia”. Não há nem haverá nunca duas pessoas

totalmente iguais. Tens que ser como o Francisco! Aquilo sim, é que é um

rapaz! Simpático, trabalhador, amoroso, sempre disponível!... E aqui volta a velha frase do P. Américo: “Cada um é cada qual, e deve ser tratado consoante!” Não somos cópias de ninguém e, naturalmente, não devemos copiar ninguém, mas empenhar-nos em melhorar em cada dia, sem nunca nos darmos por satisfeitos, ambicionar sempre, ser cada vez melhores: valorizar as nossas qualidades, diluir, na medida do possível, os nossos defeitos e fraquezas, que podemos ter, e que nos empurram para os insucessos e fracassos.

Há que ter e cultivar, a nosso respeito, um pensamento e uma atitude positiva, que, na prática, se resume a uma aceitação pessoal para não ficar fechado no negativismo, virando-se sobre si mesmo a lamentar “águas passadas”. Do passado, temos que valorizar, sempre e apenas, os bons momentos vividos, o que de melhor fizemos e nos fez crescer e ser o que somos. A nossa história nunca se apaga, e é sempre uma referência e um estímulo, para continuarmos o nosso caminho e, até, nos superarmos no que de bom já realizamos e nos engrandeceu. Temos que caminhar sempre e não sermos como os “mecos” das estradas... parados a ver passar os carros e a vida... É preciso ter uma atitude positiva perante a vida, um olhar saudável para o passado, e um olhar atento e pronto para enfrentar o futuro, rasgar horizontes, sem ficar centrados nos falhanços que, ainda que existam, não são tudo na vida, mas apenas e só, uma parte da realidade.

Aristóteles dizia que “a felicidade está em dançar bem e não no fim da dança”. O que importa é manter-se na luta, e entrar na dança da vida.

FUI PEREGRINO cont. pag. 8

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Os noticiários de todo o mundo evidenciaram um quase unanimismo em torno da figura de Nelson Mandela. E não faltam razões para isso, pois foi quem mais encarnou a luta contra o iníquo regime do “apartheid”. Importa, por isso nesta hora em que se admira a coragem deste homem singular, lembrar também a realidade que motivou a sua luta. E importa lembrar para que não caia na vala comum do esquecimento, pois isso equivaleria a absolver um dos maiores crimes cometidos contra a humanidade no século XX.

O “apartheid”, que na linguagem oficial do regime era designado por “desenvolvimento separado” é o resultado de uma visão distorcida da realidade baseada no fanatismo religioso praticado pelos “boers” (que em holandês significa “agricultor”). Estes descendentes de holandeses, flamengos, franceses e alemães, eram essencialmente huguenotes que fugiram para a região do Cabo para escapar às perseguições religiosas na Europa, no conturbado período que se seguiu à Reforma e à Contra Reforma, foram criando um espírito de grupo muito forte, que lhe permitiu adaptar-se a um contexto hostil e lutar pela sua sobrevivência. Daí o ser considerada a “Tribo Branca” de África. A pouco e pouco foram dominando os centros do poder económico e político, mesmo depois de a Inglaterra

ter ocupado efectivamente aquele território e transformado a África do Sul numa sua colónia, que se tornou politicamente autónoma, com a designação de União Sul Africana, ainda que sob a tutela da Inglaterra, em 1910 e totalmente independente em 1931. Foi precisamente para escaparem às leis britânicas que largos milhares de boers iniciam em 1806 o Great Treck (Grande Viagem) rumo ao norte e leste do Cabo, onde fundam o que viriam a ser os Estado do Transval e o Estado Livre de Orange e onde travam duas guerras com a à época toda poderosa Inglaterra, saindo vencedores da primeira (1880-81) e finalmente derrotados na segunda (1899-1902).

Em resultado das eleições de 1948, ganhas pelo Partido Nacional, que representava os princípios da cultura bóer, são formalmente aprovadas leis que classificam as pessoas em função da sua raça, estando os brancos no topo da pirâmide e os negros, que representavam cerca de 90% da população, no fim da escala. Estes não podem adquirir terras foras dos bantustões ou reservas que o governo lhes destinou, não podem frequentar os mesmos lugares dos brancos, não podem casar-se com pessoas de cor diferente, etc..

Foi a luta contra este regime iníquo que durou mais de quatro décadas, até 1990 e às primeiras eleições livres de 1994 que elegeram Nelson Mandela como o primeiro Presidente negro da África do Sul, que motivou a vida deste herói do nosso tempo, que foi condenado a prisão perpétua em 1963, pelo seu activismo político no âmbito do Congresso Nacional Africano (a organização que defendia o poder para os negros) por naquela altura defender

a luta armada para derrubar o regime, luta essa em que esteve pessoalmente envolvido.

Nunca saberemos se o mito que se criou à sua volta teria existido se não fossem os 27 anos que passou na prisão, o que, especialmente a partir dos anos oitenta do século passado, mobilizou inúmeros grupos de cidadãos e organizações do mundo inteiro em defesa da sua libertação e do fim do regime do apartheid. Nem saberemos se o sucesso que teve na transição pacífica do apartheid para a democracia pluripartidária e para uma nação plurirracial teria sido igual sem a também enorme coragem e determinação em acabar com o regime do então Presidente Frederick de Klerk – facto que enfureceu a maioria da população branca, sobretudo os grupos mais radicais da cultura boer. Mas sabemos que prestamos hoje homenagem a um homem que foi capaz de perdoar aos seus carcereiros, que conseguiu ultrapassar os recalcamentos dos ódios raciais e que conseguiu congregar as diferentes comunidades divididas por um passado de conflitos étnicos numa nação multicor e num Estado Democrático, onde nenhum ser humana é discriminado pela cor da sua pele. Paz à sua alma.

NELSON MANDELA E A MEMÓRIA DO APARTHEIDArlindo Cunha

AGENDA - Dezembro Dia 14 - Ceia Paroquial de Natal - 20h30 (C+S da Maia)Dia 19 - Confissões - 21h00 - Igreja de NªSª da MaiaDia 24 -MISSA DO NASCIMENTO DE JESUS (Missa do Galo)- 24h00 - Igreja de NªSª da Maia (Presépio ao Vivo).Dia 25 -CELEBRAÇÂO DO NATAL - 09h00 - Santuário; 11h00 e 19h00 - Igreja de NªSª da Maia (Presépio ao Vivo)Dia 29 - Festa da Sagrada Família ( Equipa de Pastoral Familiar)Dia 31 - Missa VespertinaDia 01 de Janeiro - Ano Novo - Celebração da Maternidade de Nossa Senhora e Dia Mundial da Paz.Dia 05 de Janeiro - Festa da Epifanía - 09h00 - Santuário; 11h00 e 19h00 - Igreja de Nª Sª da Maia. Na Missa das 19h00 - (Representação dos Reis Magos)

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Mais uma, mais uma, mais uma Feira do Adro

Conceição Dores de Castro

É assunto repetido? É! Mas não vou falar nem descrever a Feira do Adro que aconteceu a dez de novembro deste ano, a Feira de São Martinho. Não vou falar dos feirantes que, com boa vontade e “carolice”, enchem o adro de coisas boas para venda que outras tantas pessoas com vontade de ajudar e com curiosidade vão comprar. Não vou salientar o tempo que “ameaçou” a realização desta iniciativa ao ar livre. Nem vou descrever o frio que já se fazia sentir e que, para quem ali ficou um dia inteiro, já era com algum esforço que o suportava. Não vou focar o entretenimento com o grupo de concertinas que animou a tarde. E, muito menos é necessário mencionar o objetivo da realização destas feiras, a angariação de fundos para o Centro Social e Paroquial Lar de Nazaré.

A propósito desta feira questionei a minha participação na mesma, uma vez que outros compromissos/situações eram prioritários na minha vida. Pensei uma vez e outra e outra e não arranjava solução senão deixar de participar na feira e na equipa à qual pertenço. Foi tempo ponderado, sentido, sofrido, pensado e repensado. Com pena e tristeza não vislumbrava no meu horizonte senão a “desistência”. E eu não sou de desistir. Mas, a vida “dá-nos voltas e dobra-nos” num abrir e fechar de olhos.

E, a propósito da Feira do Adro, o que aqui se foca hoje é todo um trabalho de equipa e a “logística” que a suporta. Do trabalho de equipa, qual história dos três mosqueteiros, “um por todos e todos por um”, que preenche o imaginário infantil, a EPV – Equipa Paroquial da Pastoral Vocacional, apoiou e incentivou a minha permanência na equipa e a minha

participação na Feira de São Martinho. Inequivocamente, as palavras de apoio e incentivo que recebi de cada um, poucas, simples e sinceras foram mais que suficientes para erguer a cabeça, encher o coração de firmeza e arrepiar caminho conjunto e solidário.

No que à “logística” diz respeito, o apoio que tive da minha própria mãe, que prescindiu do seu domingo, do seu sossego e se furtou à minha companhia e acompanhamento para que eu pudesse estar presente na feira e nos preparativos da mesma foi muito importante. Ainda na fase difícil da sua recuperação, renunciou ao seu repouso e tratamento para que eu pudesse estar ausente. E na minha ausência deixei também para trás e que me serviu de apoio em casa, a Lúcia. Aquela fresca flor primaveril ainda a desabrochar, mas que me serve de apoio moral e físico. É boa companheira, conselheira, “secretária”, enfermeira”…

Num caso da vida como o que aqui relato não há muito para dizer por palavras! Apenas digo: Obrigada, Maria Artur! Obrigada, Ângelo! Obrigada, Gabriela! Obrigada, Zé Manel! Obrigada, Jorge! Obrigada, Sr. P.e Domingos! E, OBRIGADA, Mamã!

E para ti Lúcia, tudo!“Começamos como grupo, agora somos amigos”, não é

Maria Artur?Assim são os bastidores de uma Feira do Adro – risos,

gargalhadas, trabalho suado e repartido, lágrimas, sacrifícios, solidariedade, partilha…

E, por tudo isto, foi mais uma Feira do Adro!

O Ano da Fé terminou

Celebramos a 24 de novembro o encerramento do Ano da Fé. Ano proclamado pelo Papa Emérito Bento XVI e encerrado pelo Papa Francisco. A esse propósito decorreram várias iniciativas. Na paróquia da Maia e vigararia viveram-se jornadas, momentos de oração e meditação, elaboraram-se documentos orientadores, fizeram-se atividades na catequese, houve uma caminhada jovem, lançaram-se propostas de trabalho para dinamização nas paróquias.

Na paróquia da Maia, por iniciativa do Sr. P.e Domingos, rezou-se o Credo, Símbolo dos Apóstolos e o Ato de Fé em todas as Eucaristias dominicais. Deste modo, a interiorização da nossa fé foi mais fácil. Tudo isto se viveu ao longo desse ano que mediou o 11 de outubro de 2012 e o 24 de novembro de 2013. O encerramento do Ano da fé na nossa paróquia celebrou-se no fim de semana de 16 e 17, uma vez que o encerramento na Sé do Porto seria a 24 desse mês. Durante este encerramento, foi distribuído um postal com o logótipo do Ano da Fé e o Símbolo dos Apóstolos, o qual foi rezado na celebração.

Para além das celebrações oficiais, o que fizemos nós para testemunhar a nossa fé? Será que conseguimos, ao longo deste ano, viver a nossa fé da forma pretendida? Agora que o Ano da Fé acabou, reflitamos em como a nossa fé se espelha no nosso dia-a-dia. Será que somos “verdadeiros cristãos”? Será que a nossa fé, depois deste ano, estará apenas em “lume brando” ou será como uma chama viva que ilumina o túnel?

O Ano da Fé terminou. E a nossa fé?“Nesta Fé quero viver e morrer. Senhor, Aumentai a

minha fé.”

ADVENTOIrmãos, estamos no advento, o Natal esta a chegar

preparemos com alegria e confiança a chegada do senhor,

José Carlos Navais

Maria Lúcia

façamos uma conversão total ao seu modo de vida. No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino. Não fiquemos pelas trocas de prendas, postais eletrónicos, desejos de boas festas aos nossos amigos e chegados. Preparemos os nossos corações para a chegada do menino Jesus o nosso Messias. Sim eu sei somos humanos e por isso preceitos humanos, mas isso não invalida dar-mos um pouco do nosso tempo para o Menino que vai nascer nos nossos corações, o Menino Jesus é a razão de festejarmos o natal, dia vinte e quatro de dezembro deixemo-Lo entrar nos nossos corações e cantemos como Zacarias cantou “O SENHOR JÁ ESTA AQUI”, vivamos com alegria e esperança e preparemos o caminho do Senhor. Um santo e feliz natal para todos.

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Os tele-jornais de todo o Mundo abriram, por estes dias, com a notícia, esperada, do falecimento de Nelson Mandela.

E como seria de esperar, sucederam-se as reacções ao facto, oriundas dos mais diversos quadrantes, geográficos, sociais e políticos.

Se é verdade que Mandela foi um líder ímpar, por todas as suas qualidades e ideais, não é menos verdade que o sofrimento, por vezes desumano, a que foi sujeito, poderia de algum modo justificar outras formas de lidar com a Liberdade que só chegou ao fim de 27 anos de um humilhante cativeiro.

Para mim, enquanto Cristão, aquele traço dominante da sua personalidade que mais me tocou, foi sem dúvida, o facto de, no preciso momento em que os seus algozes o libertaram, lhes ter concedido o seu perdão.

Como será fácil de compreender, numa África do Sul, muito marcada por uma violência sem limites, onde o desrespeito pelos Direitos Humanos era a regra, qualquer desejo de vingança, seria como lançar gasolina para uma fogueira, onde os ódios raciais seriam o combustível.

Mas Mandela afastou do seu coração esses ódios e acolheu o perdão.

Foi perdoando aos seus carrascos, foi fazendo exactamente o contrário do que seria expectável, que Madiba abriu o caminho da Paz.

Mais do que qualquer outro facto que ele tenha protagonizado, foi este gesto, profundamente Cristão, que marcou a sua vida, o perdão.

Desejo que os Sul Africanos saibam sempre seguir-lhe os passos

O Primeiro Passo para a Paz

Victor Dias

Sim. Moro convosco. Em boa verdade, andei sempre por aqui de pequenino e depois muitos dos meus se vieram fixar nesta terra. Com almas diferentes, mas amigas, Araújo e Barreiros caminhavam como irmãos. Com o tempo, Barreiros cresceu, subiu (que significa a bela torre – Câmara senão ascensão?) e tornou-se

na urbe que muitos e muitos procuram e de que todos gostam.

Lá por baixo, por essa lindas terras e de boa gente do Sado e da Arrábida, sempre me consideravam da Maia. Equívoco ou profecia? – Afinal, profecia. Sim, porque Deus lá tinha escrito o que seria uma novidade para mim. Um dia, sem deixar de ser da minha terra querida, seria mesmo da Maia. Aqui cheguei. Aqui estou. Caminho convosco, numa solidariedade de fraternidade, de comunhão, de disponibilidade, de amizade.

O Senhor Abade foi o primeiro a saber disso e ficou contente. Agora, contentes todos, sob o manto materno da Senhora da Maia que sempre consegue para os seus filhos os melhores despachos da parte de seu Filho, o nosso Jesus.

AGORA, MORO CONVOSCO

PROGRAMA PRELIMINAR DE VIAGEM ( resumido). Poderá em breve procurar o programa completo.

DIA 24/04 (Qui.)- PORTO/LISBOA/ROMAComparência no aeroporto do Porto pelas 14h30, Chegada a Roma pelas 23h00DiA 25/04 (Sex.) - ROMA Pequeno almoço no hotel e início da visita panorâmica da magnifica "Cidade Eterna", destacando-se as Termas de Caracala, o Circo Máximo, o Arco de Constantino, o Coliseu (exterior), os Fôruns Romanos , os Mercados de Trajano, a Praça Veneza e o Monumento a Vitor Emanuel. De tarde visita do Vaticano - Praça e Basílica de S. Pedro . Segue-se a

visita aos Museus do Vaticano e a belíssima Capela Sistina. Regresso ao hotel. Jantar e alojamento. DIA 26/04. [Sab.] - ROMA Pequeno almoço no hotel e saída para visita das restantes 3 basíllcas papais: Basílica de S. Maria Maior, também conhecida por Baslllca de Nossa Senhora das Neves a Basílica de S. João de Latrão, a catedral do Bispo de Roma: o Papa. O seu nome oficial é Arquibasílica do Santíssimo Salvador e de S. João Baptista e Evangelista e é considerada a "mãe" de todas as igrejas do mundo. É uma das quatro basílicas patriarcais. Prosseguimos com a visita Basílica de S. Paulo Fora de Muros, onde se encontra o túmulo de São Paulo debaixo do altar-mor da Basíllca,descoberto no ano de 2002. O túmulo - que já em 390 se acreditava ser de São Paulo - DIA 27/04 (Dom.) - ROMA Pequeno almoço no hotel. Saída para o Vaticano. Dia destinado às cerimônias da Canonização de João Paulo 11 e João XXIII. Almoço livre. Regresso ao hotel em hora a combinar. Jantar e alojamento. DIA 28/04 ROMA Pequeno almoço no hotel. Transporte ao Vaticano, para assistir à Missa de Ação de Graças. Almoço em restaurante local. De tarde passeio pela Roma Barroca, onde poderemos apreciar as fontes e praças mais emblemáticas da cidade - Fontana di Trevi, o Panteão, o mais bem conservado monumento de Roma Antiga, com a sua belíssima cúpula e a Piazza Navona. DiA 29/04 (Ter.) - ROMA I ,JSBOA / PORTO Pequeno almoço no hotel e saída em direcção ao aeroporto de Fiumicino. Formalidades de embarque e partida em voo TAP às llh30 com destino ao Porto, com mudança de avião em Lisboa. Chegada pelas 18h35 ao aeroporto do Porto.

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Paula Isabel

Ano da Fé - Encerramento

Sem trazer nada de novoFiz as minhas observaçõesChamando a atenção do povoDas primeiras oraçõesQue aprendi em criançaEscutadas da voz de meus paisSendo cominho de esperançaNo convívio com os demais…

Transcrevi sem pretensõesDe alterar comportamentosNem provocar alteraçõesNa ordem dos sentimentosMas os meridionais da féTem as mesmas omnipotências.-Este ano seria o pontapéPara alertar as consciências!?

Não é preciso ser sábio Para refletir profundamenteQue o mundo está ao contrário Do que estava antigamentePonhamos os pés no chãoTenhamos como guia a BíbliaE reflitamos quanto de bomÉ a Grandeza da Família!?

Vivamos de novo o NatalDemos ao Presépio mais luzTenhamos como figura centralA imagem do Menino JesusCom o que aprendemos no temploNeste Ano Internacional da FéPonhamos em prática o exemploDa Grande Família de Nazaré.

Um Natal: -Do faz-de-conta

Troquemos recentes hábitosPelos primeiros Natais Onde só havia uma cabanaMaria, José e animais.Esqueçamos as mesas fartasAs prendas e os brinquedosDesprendamo-nos de tudoE perderemos outros medos.Quem recomeçar do nadaE de consciência limpaVerá que na consoada.Não há crise que se sinta!?.Esqueçam tudo o que disseViremos o Natal do avessoPorque a crise não é motivoPara a angústia que conheço. A crise da resseção atualTem deixado muita gente tontaPor isso os nossos hábitos de Natal São de um Natal: -Do faz de conta!E só deixará de o serSe nosso interior exalar luzE se os votos de Boas FestasTiverem!? - Menino Jesus.

As propostas para as sessões de catequese do 3º ano sobre o Advento levam-nos a falar, naturalmente, das figuras do presépio. De todo, será possível ter Natal sem presépio.

Assim, numa das sessões, e na lógica da construção do presépio, falámos de S. José. As crianças sabiam bem que S. José é o pai adotivo de Jesus. Para acrescentar algo mais sobre S. José, tentámos contextualizar um pouco o ambiente social do tempo em que ele e Maria viveram. Explicámos como era particularmente difícil naquela época e, de acordo com a lei vigente, para uma jovem estar de bebé sem estar casada, ainda que estivesse noiva. Explicámos também que S. José, que amava muito Maria, depois de ouvir as palavras do anjo, decidiu receber Maria como sua esposa. S. José era um homem justo. Justo porque queria fazer o bem e viver de acordo com a Palavra de Deus. Amou incondicionalmente Maria e Jesus. Revelou um amor profundo e total entrega ao plano que Deus tinha para Ele. Creio que as crianças perceberam que S. José foi uma pessoa muito especial pela sua coragem em dizer sim a Deus e em aceitar ser o pai de Jesus.

A figura de S. José é inspiradora e ganha dimensão e densidade com todos os pais que, apesar de muitos receios, dúvidas e dificuldades, aceitam uma criança por amor. As famílias são núcleos de amor e segurança. A família de Nazaré é exemplo de como o amor supera constrangimentos, ultrapassa obstáculos e facilita o crescimento. É espaço de aceitação. S. José era um homem justo, bom, trabalhador e honesto. Acarinhou, protegeu, amou e ensinou Jesus. Aceitou e viveu o seu papel de pai na plenitude da sua vida.

Os números conhecidos de casos de famílias que não cumprem ou deixaram de cumprir com as suas funções de amar, cuidar e proteger aumentam de forma galopante, deixando um espaço suficientemente grande e profundo para o indesejável e insuportável desamor. Quem não se sente acolhido e amado não experiencia a sensação de segurança que o respeito produz. Ignora quase por completo, se não por completo, o significado de autoestima. Não compreende que o amor, apesar de ser um bem maior, é gratuito. Convence-se que o tem de comprar como qualquer outro bem. Dispõe-se, por vezes, a comprá-lo a qualquer preço. Não poucas vezes, a um preço demasiado alto. Tão alto que, em pouco tempo, perde o valor.

As famílias precisam de viver considerando que o nosso presente e futuro dependem também da quantidade de felicidade que conseguimos sentir e proporcionar aos outros. A felicidade de que falo é a busca do equilíbrio entre o «eu», o «outro» e o mundo que nos rodeia. O equilíbrio que nos permite entender e descobrir o nosso lugar.

A família que cresce no respeito pelos seus membros, que sabe e reconhece a importância de estar presente e de se manter na retaguarda, como rede de segurança, constrói percursos de bem-querer e lança sementes de vida. O conteúdo do percurso de um individuo ou de uma família é muito variável. Contudo, nem o nosso será só feito de momentos de dor, nem o do outro será só feito de alegria, como queremos a toda a força acreditar, pela lógica quase instituída que as comparações permanentes são medidores de felicidade fiáveis.

O presépio revela-se uma fonte imensa de inspiração para a nossa vida. Vale a pena ter tempo para o admirar.

Feliz Natal!

A LIÇÃO DO PRESÉPIO

Henrique António Carvalho

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ESTÁTUA DO BEATO JOÃO PAULO IIMaria Adelaide.....................................................................................10,00Alguém .................................................................................................10,00 Transporte.....................................................................................12.558,00.

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o

NIB: 0045 1441 40240799373 19 Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia) ou en-

tregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISEm Novembro recebeu-se

PLANOMAIA

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL LAR DE NAZARÉ

OFERTAS - NovembroTransporte......................................................327.090,41

3202 -Manuel Fernando Ferreira do Vale................................50,00 3203 -Guido ferreira da Silva.....................................................10,003204 -Alguém............................................................................ 20,003205 - Alguém............................................................................10,003206 -Maria Lúcia......................................................................10,003207 - A (C.S.)s..........................................................................25,003208 -A F C M...........................................................................25,003209 -Maria do Céu Varandas................................................100,003210 -Alice / José Costa..........................................................60,003211 - PorJoaquina Barros......................................................15,003212 -O meu Folar -Henrique Carvalho............................ 30,003213 - Dr. Donato Oliva Teles ........................................... 500,003214 - Maria Idalina /José Barros......................................... 30,003215 - Fernando Dias da Silva............................................... 50,003216 - Vitória Nazaré Mendes ..............................................50.003217 - Guido Ferreira da Silva ............................................. 10,00

A Transportar......................................995,00

Novembro - 2º Domingos 512,35; 3º Domingo 748,60; 4º Do-mingo 488,00; Várias 431,49; 1º Domingo de Dezembro- 686,50; 2º Domingo 497,00; Sagrada Família (Cartório) 18,76;Sagrada Família (Macahdo) 25,91; Vários 75,05Maria Eugénia -Arautos 3330- 12,00

OFERTAS -Mobílias do Lar0001 -Adelino e Olinda Santos (Benguela)...................................100.00

D. Maria do Carmo

O LAR DE NAZARÉ

O Lar de Nazaré já está no pensamento e coração de todos, embora a vida, no seu interior ainda estar um pouco parada nas finalidades que se pretende dinamizar. Não vai tardar. Todos sabem que depois de construída a casa ainda fica muito para ser feito: A licença de habitabilidade; a vistoria por algumas entidades... E o nosso Lar para além de tudo isto precisa de ser mobilado: Fogão, louças, cadeiras, mesas, etc...Tendo nós chegado a o fim da construção e sua bênção, não vamos temer por isto que falta.

Sendo verdadeiro Centro de Pastoral, construído sob a responsabilidade da Comissão Fabriqueira (Conselho Económico) vai ser espaço para muito que diz respeito à paróquia er também para a sua actividade social.

Mas o Lar ainda não está pago. Há necessidade de ofertas para liquidarmos os trabalhos feitos.

Estamos em tempo de Natal, tempo de partilha, tempo de comunhão e abertura para a colaboração com tudo o que à comunidade diz respeito..

Não escrevo ao Pai Natal, para que desça pela chaminé e deixe o brinquedo sonhado.

Escrevo a cada um dos leitores e Paroquianos para que partilhem com esta obra, oferecendo "um Folar" para que o Lar comece a ter vida respondendo aos anseios de todos.

Cada um poderá entregar pessoalmente nas secretarias da paróquia, sacristias, Pároco, ... ou por transferância bancária usando o NIB: 0045 1441 40240799373 19, conta na Caixa de Crédito Agrícola da Maia, ou no mesmo balcão.

Sou dos que mais olham o edifício e um dos que mais entram nele.

Para além do olhar vejo-o com o cioração. É uma obra que nãopertence a ninguém em particilar, mas a todos quantos na Paróquia vivem.

Se todos o soubessem ver "com olhos de ver" não ficariam indiferentes ao passar junto dele. É que não se pode ficar indiferente...

CÔNGRUAÉ um dever de todo o cristão (de cada família), que aqui vive, colaborar para a honesta sustentação do seu Pároco. Ele não tem outra ocupação ou emprego. Ninguém vai pelas portas lembrar ou pedir como se de esmola se tratasse... Há famílias que se esquecem....Pode entregar a sua "côngrua" os Cartórios Paroquiais ou Casa Paroquial.A quem já o fez o meu OBRIGADO. Todos os demais pensem que não podem ser alheios a este assunto.

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S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXV Nº 265 2013 Publicação Mensal

PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIADirector: Padre Domingos Jorge

Telef: 229448287 / 229414272 / 229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo na D.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem 1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade... UMA PROVA DE FORÇA A realização de uma prova de

acesso à carreira docente, a realizar por todos aqueles que pretendam ser professores e tenham reunido as indispensáveis qualificações aca-démicas, encontra-se prevista no respectivo estatuto. Mesmo depois das lutas dos professores contra este documento e das negociações entre os sindicatos e o actual ministro do sector logo no começo do seu man-dato, a exigência da prova manteve-se. Tornar-se-ia estranho, por isso, que os

sindicatos contrariassem a sua realização, se fosse destinada aos recém-formados que pretendessem apresentar-se a concursos de colocação de docentes. No entanto, o titular da pasta da educação quis aplicar este crivo a todos os docentes que não estão colocados em lugares de quadro (de nomeação definitiva), mesmo àqueles que já têm uma experiência lectiva de anos e que foram submetidos a avaliações de desempenho recente-mente. Esta atitude só se compreende no quadro duma política que pretende enfrentar as estruturas sindicais e diminuir-lhes a força – que Nuno Crato considerará, com razão ou sem ela, excessiva e demasiado condicionadora da sua acção governativa.

Posta neste pé, a pretensa aplicação da prova de acesso que está prevista no Estatuto da Carreira Docente tornou-se num braço de ferro entre a tutela da educação e os sindicatos dos professores, originando uma situação muito semelhante à que ocorreu no final do passado ano lectivo com a greve aos exames nacionais, decretada pelas forças sindicais e minimizada pelo ministério. Mesmo aqueles que não recusam a existência de um “controlo de qualidade” dirigido a testar a formação inicial fornecida pelas instituições que preparam os futuros professores têm-se manifestado contrários ao nodo como o misnistério da educação agiu, sem levar em conta a experiência profissional de milhares de professores que são contratados ano após ano, nem as avaliações que lhes foram feitas, de acordo com as modalidades legalmente exigidas. Tudo leva a crer que o procedimento adoptado visou afrontar, se não os professores individualmente, pelo menos as estruturas sindicais e, em par-ticular, a FENPROF. Só assim se pode compreender que Nuno Crato tenha aceitado um acordo com os sindicatos filiados na outra central sindical, a UGT, isentando da prova uma parte substancial do universo de professores contratados e recuando naquilo que tinha apresentado como uma decisão definitiva. Negociar com uma estrutura sindical depois de ter anunciado uma decisão e vir corrigi-la a destempo é um comportamento que deixa claro que as motivações são, sobretudo, de natureza política e pouco ou nada têm a ver com preocupações quanto à melhoria da qualidade do ensino.

É, aliás, duvidoso que esta prova contribua adequadamente para que os professores contratados pelo Estado tenham mais qualidade. Se o ministério da educação não está satisfeito com as qualificações dos docentes, deveria intervir na sua formação inicial, alterando os curricula praticados nas instituições que oferecem mestrados em ensino e/ou exercendo a sua capaci-dade de inspecção sobre os corpos docentes, os programas e os métodos de avaliação em vigor em cada uma delas. A criação de uma prova nacional de acesso à profissão poderá eventual-mente corrigir distorções na atribuição de notas e repor alguma igualdade de oportunidades para todos os que se apresentem

pela primeira vez aos concursos para contratação de professo-res. Mas em nenhum caso poderá melhorar a formação inicial recebida. Poderá ter alguma coisa a ver com justiça, mas nada tem a ver com qualidade.

Aqueles que defendem este exame de acesso à profissão docente alegam que há outros grupos profissionais que o têm instituído há muitos anos, sem que seja posta em causa a autonomia das instituições de ensino superior ou a qualidade dos cursos que ministram. Quem quiser exercer a sua activi-dade profissional como médico ou como advogado tem de se sujeitar a uma prova de acesso à respectiva Ordem, sem que tal tenha sido visto até agora como uma humilhação ou uma afronta. Ressalvando que em nenhum caso as ordens profissio-nais quiseram avaliar quem já estivesse a exercer, efectivamente, como médico ou advogado, o argumento permite defender a existência dum mecanismo que permita pôr em pé de igualdade todos os recém-formados que pretendam aceder pela primeira vez à docência. Embora exista uma natureza profissionalizante nos muitos cursos superiores que dão formação “em ensino”, tratar-se-ia de minorar discrepâncias de critérios na atribuição de notas que, como todos sabem, nem sempre representam o mesmo nível de exigência.

Resta, por último, uma perplexidade: não vi anunciado ainda em nenhum lado qual será o efeito dos resultados que venham a ser obtidos pelos candidatos nesta prova. Servirão apenas para excluir aqueles que não obtiverem um resultado positivo, considerando-se para efeitos de concurso apenas as classificações obtidas nos respectivos cursos superiores? Far-se-á uma hierarquização dos candidatos à docência exclusivamente a partir dos resultados da prova, deixando-se de considerar as classificações académicas para efeitos de concurso? Haverá uma ponderação das duas classificações?

Seria importante que se soubesse publicamente se o que o ministério da educação pretende é apenas excluir uns quantos pretendentes à profissão docente, como acusam os sindicatos, ou se há outros objectivos que justifiquem tanto empenho na realização desta prova. E seria fundamental que este anúncio fosse feito antes da data prevista para ela. Tanto mais quanto a razão de ser e a utilidade prática duma medida tão melindrosa como esta passam em grande parte pela resposta que for dada às perguntas acima formuladas.