dezembro 2012 boletim de informaÇÃo paroquial ... · do jornal foi extraordinário, ... mos ler...

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL DEZEMBRO 2012 ANO XXIV - Nº 254 Preço avulso: 0,50 € PUBLICAÇÃO MENSAL http://www.paroquiadamaia.net [email protected] EDITORIAL O nosso Jornal - S. MIGUEL DA MAIA - inicia um novo ano, o xxivº, da sua publicação, em Dia e Festa de Nossa Senhora da Conceição. Tinha sido nomeado para a Maia, onde celebrei pela primeira vez, no dia 28 de Outubro de 1989, e nesse mesmo dia, Deus deu-me a graça de me aperceber, em dois momentos desse dia, de que poderia contar com Ele que me enviava e com Sua Mãe a quem eu já recorria, desde muito menino, e que, a partir desse dia, a certeza da Sua presença eu mais iria descobrir. Tive a certeza nesse mesmo sábado ao entrar sozinho na Igreja, no fim da manhã, enquanto algo se estava a passar, na rua adjacente, e na celebração das 18h, celebração vespertina da Imaculada Conceição. Tudo, em todos os pormenores, tenho presente na minha alma. Dou graças destes 23 anos de Pároco na Maia. pois não teria sido possível caminhar tanto sem Eles e de muitos cristãos que se tornaram companheiros de jornada desde a primeira hora. Nesse dia tive a certeza de que uma publicação seria muito importante para formar e informar e que isso não bastaria mas seria um meio para o fazer. O primeiro número não passou pela tipografia, pois não tinha dinheiro nenhum nem quem ajudasse, mas era fotocopiado, em folhas A3, utilizando a Fotocopiadora do Seminário onde eu estava e continuei até Agosto de 1990. Com humildade, digo-o com verdade, embora haja quem diga que o não sou, mas os de recta intenção partilham comigo, que este tempo todo da publicação do Jornal foi extraordinário, muito se fez e estes anos dão esperança de continuar a servir a Igreja, a Diocese e a Paróquia. Mesmo com outros meios on line, nada é melhor do que um texto escrito que faz sempre pensar, repensar, guardar e ter à mão podendo até sublinhar, após a leitura. Admito que haja quem não leia, mas soletre os títulos. Sai a público em dia muito especial e renovo o pedido de Bênção a Nossa Senhora, Padroeira e Rainha de Portugal para continuar a missão assumida. PDJ A Equipa do Jornal - S. Miguel da Maia- a toda a Paróquia, aos Leitores e Amigos de perto e de longe, às Ex.mas Autoridades da Freguesia e do Concelho, ao Senhor Bispo D. Manuel Clemente e Bispos Auxiliares, aos Arquitectos do Lar de Nazaré e à Empresa construtora, deseja UM SANTO NATAL E UM ANO NOVO BOM.

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL DEZEMBRO 2012ANO XXIV - Nº 254 Preço avulso: 0,50 €

PUBLICAÇÃO MENSAL

http://www.paroquiadamaia.net [email protected]

EDITORIALO nosso Jornal - S. MIGUEL DA MAIA - inicia um

novo ano, o xxivº, da sua publicação, em Dia e Festa de Nossa Senhora da Conceição.

Tinha sido nomeado para a Maia, onde celebrei pela primeira vez, no dia 28 de Outubro de 1989, e nesse mesmo dia,

Deus deu-me a graça de me aperceber, em dois momentos desse dia, de que poderia contar com Ele que me enviava e com Sua Mãe a quem eu já recorria, desde muito menino, e que, a partir desse dia, a certeza da Sua presença eu mais iria descobrir.

Tive a certeza nesse mesmo sábado ao entrar sozinho na Igreja, no fim da manhã, enquanto algo se estava a passar, na rua adjacente, e na celebração das 18h, celebração vespertina da Imaculada Conceição.

Tudo, em todos os pormenores, tenho presente na minha alma.

Dou graças destes 23 anos de Pároco na Maia. pois não teria sido possível caminhar tanto sem Eles e de muitos cristãos que se tornaram companheiros de jornada desde a primeira hora.

Nesse dia tive a certeza de que uma publicação seria muito importante para formar e informar e que isso não bastaria mas seria um meio para o fazer. O primeiro número não passou pela tipografia, pois não tinha dinheiro nenhum nem quem ajudasse, mas era fotocopiado, em folhas A3, utilizando a Fotocopiadora do Seminário onde eu estava e continuei até Agosto de 1990.

Com humildade, digo-o com verdade, embora haja quem diga que o não sou, mas os de recta intenção partilham comigo, que este tempo todo da publicação do Jornal foi extraordinário, muito se fez e estes anos dão esperança de continuar a servir a Igreja, a Diocese e a Paróquia.

Mesmo com outros meios on line, nada é melhor do que um texto escrito que faz sempre pensar, repensar, guardar e ter à mão podendo até sublinhar, após a leitura. Admito que haja quem não leia, mas soletre os títulos.

Sai a público em dia muito especial e renovo o pedido de Bênção a Nossa Senhora, Padroeira e Rainha de Portugal para continuar a missão assumida.

PDJ

A Equipa do Jornal - S. Miguel da Maia- a toda a Paróquia, aos Leitores e Amigos de perto e de longe, às Ex.mas Autoridades da Freguesia e do Concelho, ao Senhor Bispo D. Manuel Clemente e Bispos Auxiliares, aos Arquitectos do Lar de Nazaré e à Empresa construtora, desejaUM SANTO NATAL E UM ANO NOVO BOM.

CONSULTANDO A HISTÓRIA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2

Na fl. 47 (verso) do “Livro de Actas da Junta de Paróquia da Freguesia de S. Miguel de Barreiros: 1896 – 1902”, pode-mos ler mais uma ata de reunião da junta de paróquia. Nela se dá conta da necessidade de “vários objectos e algumas alfaias para uso da igreja”. Surgem depois particularizadas as compras a realizar, autorizadas por unanimidade: “Pri-meiro- Dez opas de nobreza com cordões de retroz e ouro e borlas de ouro fino sendo seis carmezins e quatro brancas a dez mil reis cada uma (…) Segundo- Concertar

S. MIGUEL DA MAIA Proprietário e Editor

Paróquia da MaiaDirector

eChefe de Redacção

P. Domingos Jorge

Colaboradores Ana Maria Ramos

Ângelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos GomesConceição Dores de CastroHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJosé Carlos Teixeira José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de CastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

CorrespondentesVários (eventuais)

Col. na Composição João Aido José Tomé

Tiragem 1500 exemplares

NOTÍCIAS DA COMUNIDADE PAROQUIAL

Todos nós que estamos envolvidos na missão de anunciar a Boa Nova, tivemos nestes dois primeiros meses do Ano da Fé, diversas oportunidades e temo-nos disponibilizado para apoiar aqueles que desejem encontrar um novo caminho para a sua vivência da Fé em Jesus Cristo. A disponibilidade de alguns, para estar presente, não tem sido a ideal, mesmo entre aqueles que participamos mais diretamente no sector da Evangelização. Estamos confiantes que a participação de cada um novo elemento, pai, catecúmeno ou simplesmente alguém interessado em ouvir a mensagem, é em si uma vitória. Ouvimos a notícia que mais alguém que se disponibilizou para partilhar esta redescoberta da nossa fé? Ótimo, fazemos votos para que esta participação vá crescendo e perseveremos todos.

A vigararia organizou dois encontros de preparação das jornadas vicariais da fé (marcadas para 09 e 10 de Fevereiro de 2013), embora ficasse com a impressão que não teremos chamado muitos rostos para além de todos os que já participam em cada paróquia. Na catequese organizamos um encontro de pais e outro de catequistas, o segundo mais participado do que o primeiro, apesar de o universo ser muito superior entre os pais e encarregados de educação (EE). Recordamo-nos de que a pedido de alguns pais mudamos o dia previsto para estes encontros das segundas para as sextas feiras, pena é que no primeiro dia não encontrássemos aqueles que pediram a alteração de forma a poderem estar presentes. Fazemos votos que possam estar no próximo dia. Todas as terceiras sextas

feiras de cada mês repetir-se-ão estes encontros e no dia 14 de Dezembro ocorrerá o segundo encontro.

Se aos catequistas se exige que trabalhem e preparem a catequese dos nossos catequizandos e supletivamente cada encontro, aos pais e EE só se solicita e agradece a disponibilidade de participarem. Será que pedimos muito… ou há algum receio de estar disponível para ouvir a mensagem de Jesus? Jesus pediu-nos a todos os cristãos iniciados que anunciássemos o Evangelho.

Como é que podemos dar exemplo aos nossos filhos da importância que atribuímos à nossa Fé? Se não for possível, meditemos neste Advento sobre as razões porque a Estrela da Fé não me tem guiado e deixemos o conforto de casa, pelo menos, uma vez por mês. “Recebestes de graça, dai de graça”, Mt 10, 8

José Dias Cardoso

as imagens de Sam Sebastião e do padroeiro Sam Miguel e pintar, importancia onze mil e seiscentos. Mais quatro tocheiros concerto, pintura e douramento a oito mil reis cada um (…) Terceiro- Duas bandeiras com armas Portu-guezas bordadas (…) dez mil reis. Quarto- Dez colchões para alojamento da força militar a oito centos trinta e cinco cada um (…); importancia total dos respectivos laudos cento sessenta e trez mil seis centos e vinte reis”

Maria Artur

A disponibilidade de cada um no Ano da Fé

JANEIRAS/2012DIA, 19 - (quarta): Rua Augusto Simões (Sul), Nortcoop, Praça do Lavrador e Caleiras: concentração: Casa Vicente.DIA 20 - (quinta):Ruas Augusto Simões (Norte), Augusto Martins e 5 de Outubro.Concentração: Caixa Geral de Depósitos.DIA 21 - (sexta): Av. D. Manuel I, Ruas D. João IV e São Miguel.Concentração: Centro Comercial Plaza.DIA 22 -(sábado) : Av. Santos Leite, Ruas Francisco Martins e Oliveira Braga.Concentração: Igreja.de Nossa Senhora da Maia.D1A 23 - (domingo): Zona do Chantre. Concentração: Forum JovemDIA 26 - (quarta): Rua Dr. Carlos Felgueiras e Novo Rumo. Concentração: Café Turista.DIA 27- (quinta) : Ruas dos Azeiteiros, do Sol, Cavada e Ferradores. Concentração: Centro Comercial Plaza.DIA 28- (sexta) : Zonas dâ Pinta e Brandinhães. Concentração: Cruzamento da Pinta/Raposeira.DIA 29 - (SÁBADO): Ruas Padre José Pinheiro Duarte, da Igreja, Estação e Souto. Concentração: Quinta das Andorinhas.DÍA 30 - (DOMINGO): Zonas do Outeiro e de Godim. Concentrado: Quinta das Andorinhas.

HORÁRIO: DAS 20H30 ÁS 22H30APELO: Estamos todos convidados a caminhar, a tocar e a cantar as Janeiras, em nom<edo Menino Deus nascido.Traga consigo a voz e os instrumentos que tiver, nem que sejam os testos das panelas.

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3

BAPTIZADOSMês de Novembro 4 - Lara Filipa Mendes de Oliveira Tiago Gomes Simões10 - Luís Santiago Vieira Leitão MATRIMÓNIOS 11 - Luís André Pereira Campos Leitão e Cátia Isabel Moreira Alves Vieira24 - José Alberto Sá Couto da Costa Leite e Sandra Isabel Casimiro dos Santos da Costa Leite ÓBITOS 2 - José Vítor da Silva Pereira (42 anos) 5 - Mª de Fátima Teixeira Alves Calheiros Dias( 53 anos) 6 - Ilda de Araújo Silva (95 anos) 8 - Eufémia Maria Assis Barros Mota ( 83 anos)11- Armando Amadeu da Silva Vieira (53 anos)26- Ana Oliveira Maia (81 anos)27 -Mª Inês d'Abreu Martins da Costa Burmester(85anos)

MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

Feira de S. Martinho

Semana dos SemináriosRealizou-se de 11 a 18 de novembro a Semana

dos Seminários, na qual tivemos presentes de modo especial os candidatos ao sacerdócio e as instituições em que são formados.

Convidamos toda a paróquia a dar-lhe continuidade e, neste Ano da Fé, fazer de cada semana uma semana dos seminários.

Cada um de nós tem de ser seminário, procurando ter sempre presente que todos temos uma vocação, um chamamento de Deus a um projeto pessoal e único de realização da vontade do Pai, chamamento que importa escutar e ao qual temos de responder.

As nossas famílias têm de ser seminários, espaços onde a semente da vocação de cada pessoa germina, se desenvolve e dá fruto.

Temos de ser seminários, não só dos que connosco vivem mas para todos aqueles que connosco contactam, ajudando a que cada cristão identifique a sua vocação e a viva com alegria e perseverança.

E temos de ser também seminários de vocações sacerdotais, pela oração, pelo testemunho, pelo apreço e amizade para com os sacerdotes, pela forma como acolhemos e apoiamos os que mostram vontade de servir a Igreja como sacerdotes.

Por intermédio de Maria, Senhora do Sim a Deus, peçamos ao Pai por todas as vocações, e em especial peçamos pelos que exercem e pelos que se preparam para a missão sacerdotal, rezando durante todo este ano a ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS que foi publicada no número anterior deste jornal.

Coincidindo com o início da Semana dos Seminários, a paróquia promoveu a feira de S.Martinho, a favor da conclusão do Lar de Nazaré. Lá tivemos a nossa banca, que anunciou a Semana. Nos contactos pessoais, fomos falando também de vocação.

As possibilidades de contacto, de trabalho conjunto, de interajuda, entre os “feirantes” e com os visitantes, são acima de tudo experiências de construção da vida comunitária e de transformação da paróquia numa comunidade de comunidades.

Através desta atividade comum, vamo-nos conhecendo melhor, vamo-nos aceitando mais, vamos sintonizando ideias e atitudes, vamos criando confiança e percebendo que somos companheiros de caminho.

Se outro fruto não tivessem estas feiras, esta comunhão que vamos alicerçando já seria razão suficiente para continuar a promovê-las!

Adoração VocacionalOs Missionários Combonianos continuam a promover

uma hora de adoração vocacional, todas as quintas-feiras às 21 horas.

É certo e sabido que só pedindo insistentemente ao Pai teremos a “prenda” de muitas e santas vocações, não só ao sacerdócio e vida consagrada mas também a vocação comum de todos os cristãos, o chamamento a uma vida em caminho de santidade exercendo uma missão no mundo.

Sendo assim, por que razão vai tão pouca gente? Será que não acreditamos na força da oração? Ou não sabemos fazer como Maria, irmã de Lázaro, que “escolheu a melhor parte”?

Equipa Paroquial Vocacional

O mês de Dezembro, e particularmente, a altura do Natal, é a época do ano em que sentimos um apelo mais forte

para a solidariedade. A solidariedade está cada vez mais na “ordem do dia” e se, por um lado, vemos cada vez mais pessoas com vontade de ajudar, também percebemos que é um gesto cada vez mais difícil de praticar. As dificuldades económicas vão batendo à porta de todos, e sabemos que, todos os meses quando recebemos os alimentos e donativos, não estamos a recolher o supérfluo mas algo que já é dado, em muitos casos, com sacrifício.

Há, inclusivamente, várias pessoas que gostariam de colaborar e que, não têm mesmo possibilidades de o fazer.

É precisamente a pensar nesta

SER VOLUNTÁRIO

Carlos Costa

situação que a Conferência Vicentina pretende lançar à comunidade um novo desafio. O dinheiro e os alimentos não são a única forma de ajudar. Cada um de nós tem dons diferentes, formação, experiência e conhecimento em áreas diferentes. Porque não partilhar aquilo que sabemos fazer em prol dos mais desfavorecidos?

Nós acompanhamos pessoas que precisam de um picheleiro porque a casa de banho não funciona, um eletricista porque têm problemas elétricos em casa, um advogado porque precisam de ajuda para lutar pela pensão dos filhos, um psicólogo que os apoie na depressão, alguém com conhecimentos sobre as melhores oportunidades de casas baratas para alugar, experiência na área da energia e saiba como ajudar a reduzir as faturas da eletricidade e gás, talhantes, merceeiros, lavradores que estejam dispostos a oferecer

ou vender ao melhor preço os seus produtos, etc...

cada um, naquilo que sabe fazer, pode ser muito útil, mesmo sem bens materiais para dar.

A partir deste mês, nas campanhas de recolha de alimentos, teremos disponíveis umas fichas de inscrição para quem quiser colaborar. Lá poderão indicar-nos o que sabem fazer e de que forma poderiam colaborar.

A arte e o tempo de cada um pode ser tão ou mais útil que a ajuda material.

Aceitem o desafio. Temos a certeza que será uma experiência enriquecedora não só para quem é ajudado, mas também para quem ajuda.

A Conferência Vicentina deseja a toda a comunidade, e de uma forma muito especial às famílias que apoia e aos seus Benfeitores, um Santo Natal.

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4

Manuel Machado

Maria Teresa e Maria Fernanda

CENTRO SOCIALTal como os nossos idosos, vivi tempos muito difíceis, incomparáveis aos actuais,

durante e após a última Grande Guerra Mundial. Daí que sinta ter alguma autoridade para dar alguns conselhos sobre esta matéria à gente mais nova.

Nestes dias difíceis que atravessamos vemos o desânimo, a incapacidade de remar contra a maré, o desalento de tantos dos nossos irmãos que, pelas mais diversas razões e muitas delas válidas, sentem a frustração de uma vida sem sentido.

Este erro tem, por vezes, fundamento na rotina em que vivem Não há objectivos a longo prazo, não se dão passos a caminho de novos horizontes, não há coragem de enfrentar as adversidades, de correr riscos, de partir para alternativas.

O mundo de hoje está permanentemente a mudar tanto a nível económico como social e daí que teremos de encarar sempre uma segunda alternativa em qualquer projecto

Há cerca de cinco meses um casal, ainda jovem, cujo nome não revelo para respeitar a sua privacidade, veio ter comigo muito desiludido, frustrado mesmo com o evoluir da sua situação financeira, porque estavam desempregados. Interroguei-o sobre o que haviam feito para melhorar alguma coisa, e a resposta foi pronta: «Estamos inscritos no Centro de Emprego».

Eu disse-lhes: Inventem alguma coisa. Vão à fabrica de gelados, peçam-lhes uma mala térmica e vão para a praia vender gelados à consignação.

Há poucos dias o Jaime veio ter comigo e, muito animado, disse-me: «Sabe que valeu pena!...E a minha reacção foi esta: Deus sempre compensou os audazes, e, acabada a época

balnear, arranje um carro próprio e vá para a rua vender castanhas assadas. E não fiquem de braços cruzados à espera que as coisa aconteçam. Há muitos modos de ganhar a vida com dignidade, desde que queiram e a saúde o permita. E quanta falta de mão de obra sentem os lavradores que, se não vos puderem pagar em numerário, pelo menos garantem-vos os produtos que cultivam.

Mas se esta mentalidade traz graves consequências materialmente falando, ela é ainda mais premente na formação moral e espiritual.

Aproveitemos o tempo disponível e tenhamos a ousadia de ler mais, de consultar fontes, de aprofundar os conhecimentos bíblicos, de participar mais na liturgia e de viver mais intensamente o mandamento do amor, na ajuda aos que precisam de nós. Ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar, nem tão rico que não precise da ajuda de alguém.

Peçamos ao Senhor que infunda em nós uma perspectiva optimista. Que não nos deixe cair na tentação do desânimo e vele por nós para sermos capazes de vencer a rotina e ir mais longe. Prometamos ao Senhor que estamos com Ele, sintonizados com a Sua palavra. É tão bom entrarmos no silêncio de uma Igreja e partilhar com o Senhor as nossas dificuldades, pedir-Lhe luz para as resolver. Não desanimemos porque temos um amigo que nos ouve e nos dá coragem.

O NATAL E A FÉ

Quanta incerteza no ar!...Em alguns lares há miséria,Estão sem cor nossos jardins…As árvores estão sem folhas,Os jovens estão inquietos,Não há rosas nem jasmins…

A austeridade aperta,O desemprego aumenta,Há desalento e pobreza…Tantas crianças sem pão!Vidas vazias, sem rumo!Tanta dor, tanta tristeza…

Aproxima-se o NatalEm pleno Ano da Fé.Haja Fé e Esperança!Esperança que o amanhãNos irá fazer sorrir.Fé no amor de Deus:E os jardins irão florir…

Que o Natal seja de paz,De união na família,De Fé no Menino Deus,De Esperança no Senhor!Dêmos às nossas crianças,Aos mais velhos, aos amigosA nossa boa amizade,Doces sorrisos de amor.

Ana Maria Ramos

Um livrinho simples mas de agradável leitura para este ano da FÉ.Para cada mês um tema, para cada dia uma frase que procuram interpelar-nos e desafiar-nos a viver

uma relação mais íntima com Deus.Pensamentos e citações para meditar sobre a Fé, encontramos aqui. Eis alguns exemplos.De João XXIII: Alimentai a vossa Fé; sem ela a vossa vida é como um dia sem sol, um universo sem luz. Nem só fé nem só obras mas a associação perfeita de uma e das outras. É aqui que se mede a estatura

do cristão perfeito.De Teilhard de Chardin: Para quem tem fé tudo se ilumina. Até a morte.De Paulo VI: Senhor, eu creio; eu quero acreditar em Ti. Ó Senhor, faz que a minha fé seja plena, sem

reservas, e que ela penetre no meu pensamento, no meu modo de julgar as coisas divinas e as coisas humanas.

E a cada um de nós cabe perguntar-se:- O que é para mim ter Fé? – O que faço para aprofundar a Fé?- Como manifesto que sou uma pessoa de Fé autêntica?

LIVRO A LIVRO365 dias de Fé

CÔNGRUA É um dever de todo o cristão (de cada

família), que aqui vive, colaborar para a honesta sustentação do seu Pároco. Ele não tem outra ocupação ou emprego.

Ninguém vai pelas portas lembrar ou pedir como se de esmola se tratasse... Há famílias que fazem por se esquecer, apesar de viverem aqui desde sempre ou há já algumas dezenas de anos.

Pode entregar a sua "côngrua" os Cartórios Paroquiais ou Casa Paroquial.

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 5

EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

Contactos:917373873 - 229482390 966427043 - 229416209 916746491 - 965450809 229448287 - 917630347 229486634 - 969037943 962384918

A Equipa de Pastoral Familiar está a preparar a Festa da Sagrada Família, dia em que as famílias da Maia terão algum sinal na celebração.

O Tempo de Natal é um tempo extraordinário de vivência familiar. A Equipa vai estar atenta para isso motivar.

Neste Ano da Fé, a Equipa vai tentar reflectir, aprofundar e testemunhar a fé. A Família é a instituição querida por Deus, mas é muito combatida (silenciosamente) pela sociedade que propõe outros modelos que não elevam mas degradam. Que Jesus abençoe as nossas famílias .

A todas as famílias da Maia a Equipa Paroquial da Pastoral Familiar deseja um Santo Natal.

www.paroquiadamaia.net - [email protected]

Porquê o Ano da Fé? Para além de ser importante comemorar os cinquenta anos do início do Concílio Vaticano II, os vinte anos do novo catecismo da Igreja, o Santo Padre Bento XVI deseja reavivar a vontade de Nova Evangelização que o Papa João Paulo II trouxe à reflexão e à vida da Igreja.

Para mim é óbvio que se sente a necessidade de cada um revitalizar a sua Fé. A Fé é um dom de Deus que nos é presenteado através da Fonte de Água Viva no nosso Batismo. Contudo, o Sacramento mais belo é como um botão de rosa que necessita de condições especiais para ‘desabrochar’.

Na verdade tudo que precisamos para fortalecer a nossa Fé se encontra na Palavra de Deus. Portanto começemos por dedicar mais tempo à leitura e meditação da mesma. Se assim fizermos, sentiremos a necessidade de pôr em prática os ensinamentos que adquirimos através da reflexão e interiorização das Sagradas Escrituras.

Sinto que o Ano da Fé fez nascer no meu íntimo o firme propósito de louvar o meu Deus e Senhor ainda mais vezes ao longo de cada dia! Quero, em cada dia deste Ano caminhar como Peregrina na Fé! Quero ter consciência de que a Fé brilha e a luz que emana dessa mesma Fé chegue a cada pessoa que faça parte de cada dia da minha vida.

A Fé é amor que por sua vez é partilha. Portanto quanto mais e melhor conhecermos os ensinamentos de Jesus Cristo, mais vontade teremos de os transmitir aos nossos irmãos. Deste modo, à medida que formos evangelizando, veremos os botões de rosa a abrir… e as rosas em todo o seu esplendor com o seu perfume magnífico que é como o ‘incenso’ usado para louvar o nosso Deus!

A Fé é um dom precioso! Fé significa crer, acreditar, amar, louvar… . Dom precioso sugere que pelo seu valor inestimável deva ser bem cuidado e guardado. Quando pensamos em cuidar e guardar pensamos indiscutivelmente na intimidade do nosso coração. Contudo, embora a primeira vontade seja essa, a segunda vontade que provem da meditação, deva ser de partilhar com alegria esse dom magnifico que irá revestido de Luz e do amor que subtraiu do nosso coração de carne. Que bom seria que se desta

E. P.P.FMaria Luísa e José Carlos TeixeiraJorge LopesLídia MendesDavid BarbosaMaria Elizabete eJorge RealP. Domingos Jorge

forma e com esta Luz aqueles que procuram a Fé fossem iluminados! Que a Luz Divina, operada pelo Espírito Santo Ilumine os que vivem nas trevas.

Costuma dizer-se que a Fé move montanhas. Sim eu acredito que assim seja A Fé leva-nos a transpor barreiras: físicas, psicológicas, intelectuais, e tantas outras. Como? Para mim o motivo é Deus todo Poderoso que opera em nós através da nossa Fé. Ter Fé é sentir Deus Pai , é vê-LO nas suas obras – na Natureza, na beleza, mas sobretudo naqueles que mais necessitam de nós.

ANO DA FÉ Reflexão dum elemento do Grupo Bíblico GRÃO DE MOSTARDA

OraçãoTu és Todo Poderoso ó Meu Senhor Aumenta a minha Fé!Creio em Ti meu SenhorAumenta a Fé dos que te procuram!Creio em Ti ó Meu JesusAcorda os que não te conhecem!Creio em Ti ó Divino Espírito SantoConcede o dom da Fé aos que Te negam!Creio em Vós ó Santíssima TrindadeCreio em Ti ó Mãe Celestial Amén

Augusta Melo

"O tempo do advento, como início do ano litúrgico, é o momento da preparação para a celebração do grande mistério divino que é o Natal do Senhor Jesus Cristo. É o tempo da espera, o tempo de “preparar o caminho do Senhor”. Essa “preparação” nos faz vivenciar uma dupla expectativa, a saber, uma que nos põe em evidência a necessidade de “vigiar e orar”, a fim de que estejamos prontos para a chegada do Senhor que virá no fim dos tempos, mas também, nos evidencia a expectativa do povo de Deus da antiga Aliança, que ardentemente punha-se no aguardo do “Emmanuel”, o “Messias”, o “Deus conosco”...

Vivenciar o tempo do Advento significa acolher e reconhecer o Senhor, que continuamente vem ficar conosco e segui-Lo como aquele em quem está a fonte da vida, da felicidade, do progresso, da ciência, Aquele em cuja luz contemplamos a luz (cf. Sl 35,10). "Agência Zenit"

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6

SE JESUS BATER Á MINHA PORTA

Escrevo no primeiro dia do Advento. Lembrada disso, deixei-me pensar no que isso pode ou deve

significar para mim até à chegada do Natal. Não sei porquê, mas pensei como se o primeiro Natal fosse acontecer agora, fosse uma realidade presente. Eu julgo que conforme acontece comigo, também acon-tecerá com as outras pessoas na forma como vivemos e sentimos os factos que fundamentam a nossa fé, relatados no Evangelho de tempos passados e não com atualidade dos dias de hoje, do nosso dia-a-dia.

Então poderá acontecer que se viva o Natal como uma “ recordação” impossível de o ver e sentir a acontecer hoje.

Mas, como já disse, não sei porquê… talvez porque foi ao fechar a porta à saída de casa, logo de manhã cedo, que me veio ao pensamento a imagem de que neste Natal, a Virgem Maria e S. José caminhavam na nossa cidade, de porta em porta, a pedir alojamento, até que bateram na minha. . .

Que vejo eu? Como reajo às solicitações, da que seria a Mãe de Jesus e de S. José? Partindo do principio que já sabia quem eles eram e do que necessitavam: Ai, meu Deus!... Claro que largava tudo, não pensava em mais nada e acolhe-los-ia como nunca teria acolhido ninguém na minha vida. Cuidaria de arranjar tudo o

melhor possível, mais bonito e confortável, pois sabia que estava a ajudar a preparar a vinda de Jesus, estaria a colaborar no Nascimento do Salvador do Mundo.

Mas se pensar, que também eu, não sabia, como os que há 2012 anos não sabiam, quem era aquele casal que ninguém conhecia de lado nenhum, e que batia ás portas a necessitar de ajuda, de um tecto, porque a mulher estava grávida… Será que eu lhes franqueava a minha casa com toda a boa vontade para tudo o que iria ser necessário?

Já estou a sentir que neste Advento me vou inter-rogar de forma mais séria do que em muitos outros anos.

Foi Jesus que já me quis fazer reflectir, porque me tem no coração Dele. Jesus tem a cada um no Seu coração. Ele nasceu por todos nós para amar a todos e a cada um. E no Seu Amor só deseja que o nosso coração se torne semelhante ao Dele, para que também no nosso coração os outros sejam sempre acolhidos com amor.

O meu Advento só será preparação para o Natal na medida em que eu abra cada vez mais o meu cora-ção para acolher todos aqueles que a vida, pelos mais inesperados meios ou caminhos, faz chegar até mim, não só á porta da minha casa, mas principalmente á porta do meu coração que é aquela, que na verdade, muitas vezes, é a mais difícil de ser aberta.

Se assim for capaz de proceder, sei que a minha alegria e felicidade no Natal será plena, pois terei a porta do meu coração aberta a Jesus, para renovada por dentro O acolher em mim.

M. Luísa C. M. Teixeira

Adorna a tua casacom modéstia e a humildade,torna-a resplandecentecom a luz da justiça,enfeita-acom o ouro das boas obrase, em lugar de paredes e mosaicos,ornamenta-acom a fé e a grandeza de ânimo;e, por cima de tudo,coroando todo o edifício,coloca a tua oração.Assim prepararás para o Senhoruma digna morada,e terás um esplêndido palácio realpara O receber,e poderás tê-Lo contigo na tua alma,transformada, pela graça,em imagem e templo da Sua presença.

(S. João Crisóstomo)

SE QUERES DEUS NA TUA MORADA...

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7

SÉ CATEDRAL DO PORTO - Domingo 4 de NovembroHomilia do Se nhor Bispo D. Manuel Clemente

ANO DA FÉ, PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃOContinuação do número anterior

2. No Evangelho há pouco ouvido, tudo isto se esclarecia em poucos versículos: “Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu: «O primeiro é este: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. O segundo é este: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há nenhum mandamento maior que estes».

Jesus atalhava assim as discussões da altura sobre a primazia deste ou daquele preceito. Em duas alíneas tudo resumiu no amor a Deus e no amor ao próximo. E o que assim ensinava, assim mesmo cumpria, numa vida repassada de amor ao Pai e aos irmãos. Cada página evangélica nos mostra como isto foi. Cada vida autenticamente cristã manifesta como continua a ser, pelo Espírito que era seu e nos move agora.

O Ano da Fé tem esta finalidade maior: simplificar-nos no essencial cristão, para vivermos em Páscoa, contínua “passagem” para o Pai e para os outros, naquele amor que nunca acabará. E isto se há de dizer e comunicar, na medida exata da vivência concreta que lhe dermos: “vida cristã” se poderá chamar então.

Mas reparemos ainda que tudo aconteceu porque “naquele tempo aproximou-se de Jesus um escriba”. A nova evangelização

a que somos chamados visa para já isso mesmo: que nos aproximemos de Cristo e proporcionemos aos outros que o façam também. Seremos, mais precisamente - como crentes, famílias e comunidades – criativos mediadores de encontros com Cristo, nas atuais circunstâncias, tão desencontradas por vezes. Começando por verificar se realmente o somos, preparemo-nos e disponhamo-nos para o sermos mais e melhor. Essa é também uma “obra da fé”, que nos fará contagiar os outros com o amor de e a Cristo e com o modo pascal de levarmos a nossa existência, dia a dia e mais e mais.

3. Como sabeis, participei em Roma na última assembleia do Sínodo dos Bispos, subordinada ao tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Mais de duas centenas e meia de bispos de todo o mundo, além de outros participantes e convidados, e com a presidência e participação frequente do próprio Papa Bento XVI, todos partilhámos as respetivas situações e perspetivas eclesiais, sobre este momentoso assunto. Aprovámos com grande unanimidade e aplauso a Mensagem sinodal que porventura já conheceis, pois ela traduz muito bem o essencial do que se refletiu e mais pormenorizadamente se entregou ao Santo Padre nas proposições finais.

A Mensagem entrevê na generalidade das situações eclesiais, culturais e sociais contemporâneas uma indesmentível sede de Deus, que a nós cabe corresponder, prolongando a atitude de Cristo no diálogo com aquela mulher samaritana que vinha simplesmente buscar água. Daquele poço, elevou-a Ele a uma maior Fonte, donde jorra água viva para a vida eterna, que finalmente nos sacia. Fonte e água viva de que ela depois se fez também anunciadora junto dos seus conterrâneos. Luminosamente, estão neste episódio (cf. Jo 4) todos os passos duma evangelização completa, a retomar na inegável “novidade” das atuais circunstâncias.

Apelo vivamente a que leiais, pessoal e comunitariamente, a Mensagem sinodal, pois ela tem forma e fundo mais que suficientes para vos situar em “nova evangelização” das realidades eclesiais, culturais e sociais que vos estão mais próximas. Todos precisamos de nos rever e relançar, à luz daquela brilhante “hora sexta” em que o referido trecho evangélico se continua a desenrolar.

Muito do que no Sínodo se disse refere-se à evangelização em geral e aos seus tópicos de sempre: a Palavra de Deus corretamente proclamada e profundamente acolhida, bem como o reforço catequético, sempre nela inspirado; a iniciação cristã e a verdadeira conversão mental e moral; a vida sacramental, com especial incidência na Eucaristia e na sua cuidada celebração, bem como na Reconciliação, administrada com mais prioridade e disponibilidade por parte dos seus ministros; a atenção aos pobres, primeiros no cuidado de Jesus e portanto primeiros na atenção dos seus discípulos; a família, igreja doméstica e primeira experiência da vida comunitária, indispensável para o acesso à vida divina; a comunidade cristã, nas suas várias e convergentes concretizações, imprescindível sempre para a experiência pascal e o seu progresso em nós; a real aprendizagem da oração cristã, como exercício permanente da filiação divina e motivação mais profunda da caridade universal; as virtualidades da religiosidade popular, desde que realmente se converta em piedade sem equívocos; a presença cristã no mundo, setor a setor, oferecendo a sociedades por vezes tão esgotadas e prisioneiras das suas contradições a autêntica liberdade dos filhos de Deus; a irradiação missionária, ligando agora e em recíproco exercício os indispensáveis dinamismos da missão ad gentes à necessidade de evangelizar de novo muitas realidades bem próximas… De tudo isto e ainda mais se falou nas três semanas em que decorreu o Sínodo, como podereis ler na Mensagem e melhor percebereis depois, quando o Santo Padre publicar a habitual exortação apostólica pós-sinodal.

( Cont. numero seguinte)

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8

A simplicidade e o Advento

João Bessa

“A porta do nosso coração só pode ser aberta por dentro. Nós somos quem tem a chave, Deus é o que bate à nossa porta e nos convida a deixá-Lo entrar para iluminar a nossa vida.”

Ao ler a edição de Outubro da revista missionária “Audácia”, deparei-me com este excerto que me beliscou a atenção e me obrigou a relê-lo, com o intuito de tentar aprofundar o seu sentido. Não porque seja um excerto extraordinário. Não por se tratar de uma verdade nunca antes descoberta, pensada ou proferida. Nem por outro qualquer motivo que a torne excecionalmente diferenciadora. Aliás, bem pelo contrário. Provavelmente ela até é bastante simples. E, por vezes, o verdadeiro segredo na compreensão das coisas estará precisamente na sua simplicidade. Mas então agora fica a questão: será esta simplicidade fácil de encontrar/compreender? Como quase tudo na vida, depende. Depende das circunstâncias, depende do enquadramento. Depende da personalidade. E, como referido implicitamente no início, depende também do coração.

Em início do Tempo de Advento, vale a pena pensar nisto. Este tempo litúrgico pode ser considerado como o equivalente, no calendário civil, à típica “passagem de ano”, que festejamos sempre, ano após ano, a 31 de Dezembro. E na qual, com ou sem a tradição das uvas passas, renovamos e estabelecemos sempre muitos desejos e objetivos para o ano seguinte. Assim sendo, este novo ano litúrgico no qual entramos (Ano C) no I Domingo do Advento, deve ser

também um tempo de renovação, de reflexão, de caminho, de procura. A palavra Advento deriva de uma outra em latim “Adventus”, que significa chegada. E, portanto, este deve ser um tempo para todos nós prepararmos essa chegada. Não a chegada do Pai Natal, carregado de futilidades no seu trenó. Mas de Jesus, o nosso Salvador, aquele que deve ser a nossa maior razão de existir. Para que, como diz um cântico que dou por mim muitas vezes a murmurar, sejamos capazes de O deixar entrar na nossa própria casa e nos deixemos tocar pela Sua graça.

Porém, encontrar Jesus ou, melhor ainda, permitir que Jesus nos encontre, é algo que nem sempre nos parece simples. A receita para esse encontro não se vende nem se fabrica, não é algo palpável. Mas que tem de partir do interior de cada um, da edificação segura, conjunta e plena das suas principais velas do Advento: a Paz, a Fé, o Amor e a Esperança. Pois, com Deus no coração, a nossa caminhada torna-se mais simples, mais luminosa, mais completa. Mas encontrar esta simplicidade é que nem sempre nos parece fácil. Talvez porque “a simplicidade representa o último degrau da sabedoria.”

Por fim, uma última palavra para este Boletim, que celebra este mês 20 anos de existência, tendo sido curiosamente “inaugurado” no mesmo dia em que passei a integrar a grande família de Deus. Que o Espírito Santo fortaleça todos os seus colaboradores e leitores, para que continuem a contribuir, da mesma forma dedicada, para a valorização e o contínuo desenvolvimento do mesmo.

Comemoramos no ano Escutista que agora iniciamos, os 90 anos do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português. Corria o ano de 1922 quando o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e o Dr. Avelino Gonçalves , mantiveram em Roma os primeiros contactos com o Movimento. Em Braga, a 27 de maio de 1923, nasceu o Corpo de Scouts Católicos Portugueses que em Novembro de 1934 passaria a Corpo Nacional De Escutas.

Desde essa data,o livro da história do CNE tem sido escrito com as marcas deixadas em cada um dos Escuteiros que neste Movimento crescem, aprendem, partilham e vivem o ideal de Baden-Powell.

No Movimento Escutista entra-se criança, cresce-se feliz e sai-se adulto cheio de força para enfrentar os desafios que a vida nos coloca pela frente.

Os Conhecimentos, as Competências e as Atitudes adquiridas e vividas no progresso e crescimento dos nossos Escuteiros, fazem com que a procura pelo Escutismo seja cada vez maior.

Temos notado um crescendo de interesse por parte dos pais que pretendem que os seus filhos cresçam numa orientação para atitudes adequadas à vida saudável, feliz, solidária e participativa na sociedade. Nos Lobitos (6-10 anos) e nos Exploradores (11-14 anos), temos já o número máximo de elementos em cada secção e ainda uma lista de espera que nos deixa uma certa angústia por não podermos dar resposta ao pedido de inscrição no nosso Agrupamento.

Acções como a da participação nas Campanhas do Banco Alimentar, que decorreu a 1 e 2 de Dezembro, entusiasmam os nossos Escuteiros que participam de forma voluntária, honrando a divisa: “Alerta para Servir”.

“Deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos” e ”contribuir para a felicidade dos outros”, sempre à luz do Evangelho de Cristo, é o que nos move!

Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos um Santo e Feliz Natal!

AGRUPAMERNTO 95 DO CNE

Somos por uma Juventude melhor,Palmira Santos

AGENDA - Dezembro Dia 7 - Vigília de ADVENTO- 21h30 - Igreja de NªSª da Maia - ESCUTEIROS

Dia 8 - FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO- 10H00 - Bênção da Carrinha do CSPMaia -LAR DE NAZARÉ

- 21H30 - Pequenos Cantores da Maia , 21h30 - Igreja de NªSª da Maia

Dia 15 - Caia Paroquial de Natal - 20h30 (C+S da Maia)

Dia 19 - Confissões - 21h00 - Igreja de NªSª da Maia

Dia 22 - Ceia de Natal (Sós), 20h30 - Solar das TÍlias

Dia 24 -MISSA DO NASCIMENTO DE JESUS (Missa do Galo)- 24h00 - Igreja de NªSª da Maia

Dia 30 - Festa da Sagrada Família ( Equipa de Pastoral Familiar)

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Eis o grande desafio a redescobrir a fé na Igreja. Podemos olhar para o Ano da Fé com duas atitudes: com indiferença ou como uma oportunidade única para reorientarmos a nossa vida para Deus e, assim, despertamos para o amor. Temos diante de nós um convite a voltarmo-nos para Jesus Cristo, procurando aprender d’Ele e da Sua vida a encontrá-Lo nos Sacramentos, especialmente da Eucaristia.

Nos Atos dos Apóstolos, aprendemos que, pela vida e testemunho de Jesus, Deus abriu definitivamente, para cada um de nós a porta da fé. Sim, Deus abriu a porta da fé a cada um de nós e nos convida a percorrer o seu limiar num profundo relacionamento com Ele e com o próximo.

Durante todo este ano nós, Católicos, somos convidados a estudar e refletir sobre os documentos do Vaticano II e do Catecismo. Com este empenho, podemos aprofundar o conhecimento da nossa fé, sobretudo o nosso relacionamento com Deus, Fonte de Vida. O Papa Bento XVI disse: “A PORTA DA FÉ que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma.”

Nós estamos diante de um verdadeiro apelo a uma conversão autêntica e renovada ao Senhor, único Salvador do mundo; diante de um convite a renovar o compromisso que assumimos no dia do nosso Batismo: viver o nosso quotidiano numa dimensão de fé, esperança e amor.

NOVA EVANGELIZAÇÃOA tarefa de anunciar o Evangelho

hoje é verdadeiramente apaixonante, mas também muito complexa e exigente. Só quem acredita na força do amor à maneira de Jesus é capaz de assumir este compromisso da fé e confiança. Os padrões de entendimento da vida que nos são dados pela nossa sociedade de hoje são cada vez mais distintos daqueles que nos são oferecidos pela Palavra de Deus. Contudo, isto não significa que o Espírito Santo não esteja a trabalhar no coração de cada ser humano e em todos os lugares, em todos os povos.

O verdadeiro desafio diante de nós é responder aos apelos do Espírito: identificar as sementes de bondade que nos convidam a conhecer a Cristo, pessoalmente e em comunidade. Assim seremos certamente capazes de tocar os corações daqueles que encontramos e vivem connosco para a plenitude da vida.

Na nossa sociedade onde o Cristianismo parece estar cada vez mais ausente da vida social e a fé mais relegada para a esfera privada, o acesso aos valores religiosos torna-se mais difícil, especialmente para os pobres e para os jovens. É certo que há dificuldades internas e dificuldades externas à nossa Igreja que teimam em enfraquecer o dinamismo missionário da Igreja.

Com isto queremos dizer que, se temos a coragem de ser honestos, devemos admitir que a palavra “Evangelização” não aparece com destaque nem com frequência nos nossos lábios. A maioria de nós, nasceu na Igreja e, por isto mesmo, nunca experimentou uma verdadeira e radical conversão como aconteceu com S. Paulo, Francisco de Assis, S. Daniel Comboni…. É a nós de despertarmos para a fé, de tomarmos

a sério o nosso Batismo.

EVANGELIZARA evangelização é uma palavra e

uma realidade à qual o próprio Jesus continua a chamar e desafiar cada um de nós, Seus amigos e discípulos, a fazer esta experiencia na sua própria vida. Tu e eu somos chamados a evangelizar. O verdadeiro sentido da nossa vida de fé só pode surgir deste compromisso pessoal, livre e radical. Como disseram os nossos Bispos na Carta sobre a missão, para um Rosto Missionário da Igreja em Portugal: “O que me anima mais a proclamar a urgência da evangelização missionária é que ela constitui o primeiro serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira, no mundo de hoje, que, apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e da sua própria existência.”

P. José Francisco Seminário dos Combonianos - Maia

O ANO DA FÉ

A Igreja, em toda a sua universalidade, está já a viver aquele que é designado como o ano da Fé. O que não significa que todos os outros anos, aqueles que são passado e os que hão-de vir, o não sejam igualmente.

Este nosso ano da Fé, será sobretudo, se assim soubermos vivê-lo, um tempo privilegiado para crescermos em espírito e sabedoria.

Tenho ouvido, não raras vezes, falar de uma Fé infantil e confesso que por vezes isso me confunde um pouco.

Parte da minha vida profissional é trabalhar com crianças, facto que me tem proporcionado um contacto muito directo com a sua forma de discernir

e ler o Mundo.

Noto que as crianças, por natureza, confiam e acreditam naqueles a quem amam ou têm amizade, sem impor condições ou reservas mentais. E essa confiança é independente das circunstâncias ou dos seus interesses. As crianças não confiam em função das concessões que os adultos fazem ou não. Elas confiam e aderem totalmente a quem lhes dá a segurança de se sentirem amadas e queridas.

Por outro lado, a minha experiência, tem-me revelado que a vontade de saber, de descobrir e aprofundar conhecimentos sobre a vida e o Mundo,

O ano da Fé

Continua na Pág. 14

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 10

Vivemos, na Liturgia, o tempo do Advento, que na sua génese significa “entrada solene”.

É tempo de preparação, espera, vigília. Tempo para re-pensar a nossa vida cristã e ganhar novo entusiasmo no nosso caminhar. Cristo vai nascer de novo em nós. É um tempo de uma grande densidade interior, que nos ajuda so-bremaneira a encetarmos uma preparação cuidada e inten-sa, de modo a estarmos prontos e receptivos para receber, de novo, Cristo no seu nascimento.

Vamos preparar e comemorar, com fé, a vinda de Cristo. Que este Advento, no Ano da Fé, se torne, para nós, cami-nho para nos encontrarmos mais perto de Cristo que vai nascer.

O Natal é uma festa nuclear no Cristianismo: Cristo nasceu, fez-se homem, habitou entre nós. É uma festa de todos para todos.

Cristo vai nascer em nós, somos a “cabana”, o presépio onde, cada ano, se realiza este acontecimento.

Somos chamados a preparar esta nova vinda de Cristo. Todos os anos Ele vem, mas para nós cristãos, é como se fosse sempre a primeira vez. Somos, “gostosamente” apa-nhados, de um modo especial, pelo nascimento de Cristo todos os anos. As rotinas não entram aqui, não nos influen-ciam, porque a vinda de Cristo, o seu nascimento é sempre novo, sempre em primeiro lugar no entusiasmo com que o recebemos e celebramos.

Cristo nasceu, “Christus natus est nobis, venite adore-mus” cantamos. Cristo nasceu, vinde adorá-lo.

Todos os anos, com o seu nascimento, Cristo toma con-ta de nós, da nossa vida, dos nossos passos.

A nós, compete prepararmo-nos , o melhor que puder-mos, para a sua vinda.

Durante o tempo do Advento, preparação para o nasci-mento de Cristo, a liturgia incentiva-nos nessa tarefa: “Vin-de, senhor Jesus”, “preparai os caminhos do senhor”, “Sabei que o nosso Deus, há-de nascer. Está perto de nós o Sal-vador”, “Maranatha, vem senhor Jesus” são frases que ou-vimos muitas vezes na liturgia dos Domingos do Advento. Vamos pensar mais profundamente no que essa mensagem significa para os cristãos.

Assim estaremos prontos e preparados para o receber e Cristo encontrará em nós, um “presépio” mais bem pre-parado e mais acolhedor.

Estivemos em Fátima, no último fim de semana, no En-conto nacional das Equipas de Nossa senhora. Segundo informação oficial, estiveram presentes, entre seiscentos e cinquenta e setecentos casais. Foram dois dias completa-mente cheios, alegres e entusiasmantes. Nem a chuva nem o frio perturbaram o entusiasmo que se viveu nesses dias.

Na celebração da Eucaristia cantou-se o Hino do XI Encontro Internacional de Brasília 2012. Muito bonito e com mensagens fortes que se podem desenvolver neste Ano da Fé, que estamos a viver. O Refrão do Hino é muito sugestivo: “Ousar o Evangelho, é ir além do programado! Ousar o Evangelho, é acolher o inesperado!” A primeira estrofe também é muito sugestiva: “É de cristo testemunho um casal que saiba amar. Ama em casa e nos caminhos, ama aquele que encontrar. Pois o amor sempre revela outro amor muito maior”.

Proclamemos pela vida: “Nosso Deus é o Deus amor!” Mário Oliveira

Os dados dos Censos 2011 divulgados pelo INE apontam para a existência de 400 mil estrangeiros a residir em Portugal o que representa um crescimento de 70% desde 2001, sendo a proveniência na sua maioria do Brasil, Cabo Verde e Ucrânia. A China destaca-se por ter sido em conjunto com a Roménia, o país que apresentou a maior taxa de crescimento.

A justificar este fluxo de emigrantes em Portugal poderá estar o facto de sermos considerados como um país com boas condições de acesso ao mercado de trabalho, tendo Portugal sido classificado, neste aspeto, em primeiro lugar, num estudo internacional designado por MIPEX, divulgado em 2011.

Normalmente este fenómeno é originado não por uma opção ou gosto pessoal mas pela necessidade de encontrar melhores condições de vida, já para não falar dos casos em que fogem à guerra ou às perseguições. É, em todo o caso, um ato forçado, em que a pessoa se vê coagida a emigrar e que por isso, apesar de ser teoricamente uma opção livre, traz consigo sacrificios, problemas e consequências difíceis de prever.

A integração dos emigrantes nas comunidades para onde se deslocam é naturalmente um desafio, havendo necessidade de superar diferenças culturais ou preconceitos existentes. Mas é aqui que a Igreja pode fazer a diferença, ao acreditar na sua unidade, na sua universalidade e na missão que recebeu de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos, sendo a pessoa humana o primeiro caminho que a Igreja deve percorrer na sua realização. Nós,

Carlos Teles

O N A T A L E S T Á A C H E G A R

enquanto povo de Deus, temos como lei o mandamento novo, de amar como o próprio Cristo nos amou e como missão a de sermos o sal da terra e a luz do mundo, as mais fortes sementes de unidade e esperança, tão necessárias para as comunidades emigrantes.

Se em termos de missão fica claro o que se espera de nós, já em termos de ação a situação não é tão evidente. Ao existirem na Igreja diversos carismas, as opções podem variar, o que se traduz numa riqueza e numa capacidade de chegar à comunidade extraordinárias, independente dos meios escolhidos, porque a unidade no Espírito Santo existe e os objetivos são comuns.

Ao nível da ação poderiamos pensar ou repensar o acolhimento daqueles que se dirigem de novo à Igreja, em especial a quem o faz através da Eucaristia. Quantos serão os que se aproximam da comunidade local através da Eucaristia, independentemente de estarem ou não afastados da Igreja? A Eucaristia é o local de encontro de todos os cristãos na unidade de uma família reunida à volta de Mesa do Altar, onde não existe seleção de raça ou condição social, onde as portas se encontram abertas para quem quiser entrar.

A universalidade e a unidade da Igreja é isto mesmo: unidos numa só fé a um só Deus independentemente do lugar, raça ou cultura. São estas algumas das características que nos permitem fazer a diferença em situações como as da emigração, para melhor, para o bem da humanidade e da dignidade do homem e da mulher, seguindo o mestre Jesus Cristo com Maria e em comunhão com o Papa.

Acolher os emigrantes

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UMA CATALUNHA INDEPENDENTE? Arlindo Cunha

A Catalunha, actualmente com

7,5 milhões de habitantes, é uma Região de Espanha bem conhecida no mundo, que dispõe de um estatuto autonómico próximo do das nossas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Com as suas origens na Idade Média, na interface entre o Império Carolíngio e o sul Sarraceno-Hispânico, a Catalunha tem uma identidade muito própria, de que é expressão o catalão – uma língua distinta, com raízes no latim e tons que fazem lembrar uma forte influência do francês e do castelhano. É, além disso, uma das mais ricas regiões da Europa e de Espanha, com um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 185.000 milhões de euros, equivalente a 20% do PIB deste país e ligeiramente superior ao de Portugal.

O actual estatuto autonómico da Catalunha no contexto do Estado Espanhol reflecte precisamente essa sua história de autogoverno, integrado em diferentes poderes centrais, desde o Carolíngio, ao de Aragão e de Aragão-Castela. Este percurso teve, porém, altos e baixos, tendo a sua autonomia sido renovada no curso da Segunda Republica Espanhola dos anos 30 do século passado, interrompida pelos governos do General Franco na ressaca da sua vitória na guerra da civil (1936-39), e novamente restaurada nos anos setenta, após a construção do novo regime democrático do pós-franquismo que instaurou no país um regime muito próximo do estado federal.

Nesta nova era autonómica, o governo catalão tem sido liderado pelas forças políticas do centro e centro direita, que no seu conjunto formam a CyU – Convergência e União, constituída por dois partidos: a Convergência Democrática (de cariz liberal) e a União Democrática (democrata-cristã), da Catalunha.

A seguir ao carismático Jordi Pujol, após uma breve interrupção de um governo da esquerda, voltou ao poder a CyU, desta vez liderada por Artur Maas.

Com as dificuldades da crise, e com o governo catalão a ter de aplicar também fortes medidas de austeridade, vieram novamente ao de cima os sentimentos independentistas. Verdade seja dita, estes sempre existiram. Mas apenas numa faixa muito restrita do eleitorado, já que a maioria esmagadora sempre foi autonomista. Ou seja, defensora de um governo autónomo, mas integrada no Estado Espanhol. O que fez mudar o prato da balança foi a passagem para o campo independentista da CyU, ou mais precisamente o da sua componente liberal - a Convergência Democrática.

Esta nova vaga independentista resulta de um conflito entre o governo central de Madrid e o Governo Catalão, em que este reivindicava um tratamento fiscal diferenciado por ser um grande contribuinte para o orçamento espanhol. Face à intransigência de Madrid, as forças independentistas organizaram uma megamanifestação que juntou em Barcelona cerca de um milhão e meio de pessoas.

Embalado por esta dinâmica, e apesar de o seu governo só terminar em 2014, Artur Maas demitiu-se, forçando novas eleições, na base de um programa eleitoral que tinha como tema central a organização de um referendo à independência em caso de vitória das forças pró-independentistas.

A resposta popular foi a de uma pesada derrota da CyU, mas com a manutenção de uma maioria de forças políticas pró-referendo, devido ao crescimento de outras forças independentistas de esquerda que compensaram a quebra da CyU.

Não é seguro concluir que, apesar da existência de uma maioria favorável ao referendo, este se vá realizar, até porque a coligação vencedora – a CyU - está a deparar com dificuldades de formar governo, tarefa sem dúvida prioritária face ao referendo. Mas mesmo que este seja realizado e ganhe, é ilegal, visto já ter sido recusado pelo Parlamento

Espanhol – a única instituição que o podia autorizar. Sendo realizado apenas por decisão do Parlamento Catalão e, consequentemente, ilegal face à Constituição Espanhola, o Tribunal Constitucional não terá outra alternativa que não seja rejeitar o resultado, por mais pró-independentista que seja.

Para além do debate da independência da Catalunha, há uma questão de fundo que se deve colocar: estaremos em tempos de novos nacionalismos? Como seria a Espanha sem a Catalunha e, possivelmente a seguir sem o País Basco, sem a Galiza, ou sem as Canárias? E como seria a seguir o Reino Unido sem a Escócia - onde a questão independentista também está na ordem do dia? A França sem a Córsega ou a Itália sem a Sardenha ou a Sicilia? E se depois os 18 Estado da Alemanha, também com governos autónomos estaduais, decidissem tornar-se independentes? E a Madeira e os Açores?

Estamos, obviamente no domínio da ficção, diriam alguns. Esperemos que sim, pois a história já nos deu soberbas provas de que nacionalismos e guerra são expressões diferentes para exprimir a mesma realidade. E numa Europa que conheceu no século XX duas das mais sangrentas guerras de que há memória, tal questão não poderá deixar de ser levada a sério. Apesar das imperfeições de que ainda sofre, a União Europeia tem sido o garante da paz no Velho Continente desde há mais de 60 anos. Ora, a U.E. deixou bem claro recentemente pelo seu porta-voz que não aceitará no seu seio como Estado Membro territórios que tenham optado por se tornar independentes de outros Estados Membros.

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Apesar da minha idade, e digo “apesar”, não por ser “cota”, e respeito quem é mais velho do que eu, mas já não sou criança, adolescente ou jovem. E, quem é mais velho do que eu trans-porta a sabedoria dos anos já vividos… Transporta alegrias, esperanças, dores, sofrimentos, e todas estas vivências contri-buíram para a sua sabedoria. Mas, voltando à minha questão temporal, não tenho idade para algumas infantilidades que vou fazendo. De vez em quando, divirto-me com pequenas coisas que só os miúdos fazem. Desta vez lembrei-me de elaborar estatísticas “caseiras” que, de “científico” pouco têm. Tentei contar, os bonecos a que chamam “pai natal”, que aparecem pendurados nos telhados, nas janelas, nas varandas e sei lá onde mais. Certo é que a recolha de dados não ficou por aqui. Tentei contar também estandartes do Menino Jesus. Alguns, simples panos vermelhos com o lindo Menino lá no meio. Outros, mais elaborados, com desejos de “Feliz Natal” e a anunciar que “Je-sus Nasceu”. Ainda outros, com algumas variações de azul, com o presépio. É caso para dizer que há o Menino Jesus “oficial” e há as imitações vindas do oriente sem serem os Reis Magos…

Nas minhas saídas, maiores ou mais pequenas, lá ia eu, de nariz no ar, a fazer as minhas contagens, as minhas “operações estatísticas”. Distraía-me com isto que até perdia um pouco o

sentido daquilo que ia fazer. Apreciava o material sujeito a es-tatística mediante vários parâmetros por mim listados: o local em que estavam pendurados; se eram novos ou de anos ante-riores; a posição em que eram colocados; o tipo de habitação em que se localizavam. Até imaginava, a nossa mente é assim, o tipo de família que habitaria o lar, alvo da minha observação; quem, da família, o teria colocado e porquê; que significado te-ria, para essa mesma família, o que ali estava pendurado.

Não pertenço ao INE, Instituto Nacional de Estatística, que “tem como missão produzir e divulgar informação estatística oficial de qualidade, promovendo a coordenação, o desenvolvi-mento e a divulgação da atividade estatística nacional”, confor-me o sítio oficial. Não tenho pretensões de apresentar estudo científico com padrões estabelecidos que sejam garante dos resultados aqui apresentados. Contudo, chego à conclusão, que não pretende ser brilhante nem impositiva, de que esta estatís-tica é fiável mas desanimadora, pois que a informação produ-zida apresenta um grande número de bonecos pendurados e muito poucos estandartes esticados nas varandas.

Neste jogo de “pendura-pendura” no telhado, na varanda, na chaminé, ou noutro sítio possível ou imaginável, o pai natal sai a vencer..

Pai Natal – 1; Menino Jesus – 0!

Conceição Dores de Castro

Advento NovoNo dia da publicaçaõ do Bip estaremos a viver o 2º

domingo do Advento ,tempo de reflexão e preparação da vinda do Salvador. Devemos enfatizar a importância de este não dever ser mais um Advento, mas sim um Advento novo. Não deixemos esta época tão especial, tão propicia á mudança, passar despercebida. É fundamental que o Cristão sinta estas semanas como uma nova etapa da sua vida, um tempo de mudança, de despojo, de libertação do homem velho. Só após esta profunda transformação, estaremos preparados para a partilha, para rasgos de solidariedade, para a caridade. Para o amor pelos que nos rodeiam, pelos que fazem parte do nosso universo diário, pelos que interagem connosco nos caminhos da vida, na lufa lufa do dia a dia e pelos que não conhecemos, mas sabemos nossos irmãos.Tem de ser nossa obrigação ir ao encontro dos que estão carenciados e sofrem na alma e no corpo o desespero do desemprego, a falta de bens materiais, que qualquer cidadão necessita e a que justamente tem direito, para se sentir pessoa .

Nestes tempos de crise económica e crise de valores, é preciso cada vez mais apelar ao altruísmo, a mais dedicação

aos outros, a melhores exemplos e mais atitudes solidárias. Vamos revestir-nos de roupagens novas ,de sentimentos nobres, capazes de iluminar o nosso espírito, para recebermos o Salvador de coração aberto e alma sedenta. Que se instale em nós o presépio vivo, capaz de a todos convidar á vida em harmonia plena com os outros.

Que o Menino que vai nascer encontre em nós morada permanente e nos ajude a endireitar as veredas, a preparar caminhos de retidão, a tornarmo-nos num contributo valioso para a construção da paz e da justiça. Um contributo para um mundo melhor, onde todos os homens sejam de facto irmãos, onde as desigualdades sejam minoradas, onde todos tenham acesso aos bens essenciais para viver com dignidade humana, social e moral. Lutemos por um mundo onde se estabeleça a harmonia entre todos. Foi esta a mensagem há mais de dois mil anos. Continua mais do que nunca atualizada e apropriada aos tempos de hoje.

Cantemos com os anjos” Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”neste Natal.

Idalina Meireles

A propósito do que foi dito nalguns Meios de Comunicação Social que informam mal... O que pretendem? Não sabem ler e se sabem mentem.: Proclamaram que no Presépio não não havia a vaca e o burro , tecendo considerações indignas.

O que diz o Santo Padre no Livro Jesus de Nazaré - Infância de Jesus.

"... Como se disse, a manjedoura faz pensar nos animais que encontram nela o seu alimento. Aqui, no Evangelho, não se fala de animais; mas a meditação guiada pela fé, lendo o Antigo e o Novo Testamentos correlacionados, não tardou a preencher esta lacuna, reportando-se a Isaías 1,3:"O boi conhece o seu dono, e o jumento o estábulo do seu senhor; mas Israel, meu povo, nada entende"... Continuando: " Portanto,

na singular conexão entre Isaías 1,3;Habacuc 3,2; Êxodo 25, 18-20 e a manjedoura, aparecem os dois animais como representação da humanidade, por si mesma desprovida de compreensão, que, diante do Menino, diante da aparição humilde de DFeus no estábulo, chega ao conhecimento e, na pobreza de tal nascimento, recebe a epifania que agora a todos ensina a ver. Bem depressa a iconografia cristã individuou este motivo. Nenhuma representação do presépio prescindirá do boi e do jumento." (páginas 61 e 62)

LIVRO da INFÂNCIA DE JESUSPapa Bento XVl

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PARABÉNS A TODOS os que trouxeram e estiveram na sua BANCA; aos que vieram, aplaudiram e compraram, a todos os que amam esta Paróquia e aos dois conjuntos musicais (cavaquinhos e concertinas) Os que se ,mantiveram uma vez mais ausentes, um dia vão ter pena... O povo diz: "Que lhes preste"..."Quem dáo aos pobres empresta a Deus" e "O pouco com Deus é muito o muito sem Deus é pouco" Tenho pena de muitos da meu povo. Deus regista.

Raquel e Sofia 97,20Glória Machado 101,70Lúcio Teixeira 166,07Celeste 230,00Grupo de Jovens 255,10Eq. Past. Vocacional 470,30Vitória e Ascensão 237,40Maria José 186,00Beatriz 230,39Madalena Caetano 100,00Sofia Moura 173,,90Mª Luísa/José Carlos 378,301º Ano Catequese 300,00Solar das Tílias 631,65Transporte - 3.529,01

FEIRA DE S. MARTINHO - 11 de Novembro de 2012 - em imagens

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DE ESTRELA EM ESTRELA CHEGAREMOSA experiência do Natal é tão singular quanto cada um de nós o é. Podemos fazer um levanta-

mento das tradições do Natal por regiões geográficas ou por marcos temporais mas, só quando entramos em cada casa ou, ainda melhor, só quando entramos em nós é que nos encontramos no encalço do maravilhoso acontecimento que é o nascimento do Príncipe da Paz.

Ainda assim, é também em comunidade que a experiência do Natal ganha dimensão e significado. Este ano, a dinâmica da catequese para o Advento, inspirada nas ideias do Pe. Amaro Gonçalo, Pe. Artur Dias e Pe. José Manuel Araújo irá, através de estrelas que surgirão, na Igreja, semana a semana, trazer maior brilho a este tempo de espera e interiorização. O desejo maior é que este seja «Um Natal cinco estrelas». Este meu apontamento é uma mera interpretação pessoal, uma simples leitura do significado de cada uma das estrelas, um exercício necessário que me obriga à reflexão.

Na primeira semana, a proposta vai no sentido de realçar a nossa humanidade desafiando-nos à imitação de um santo. Chamados à santidade, frequentemente, abandonamos essa hipótese, pois, num registo mais comum, não nos parece possível fazê-lo. Daí o desafio constante da Igreja aos seus fieis.

Na segunda semana, os profetas ou testemunhas estarão em destaque. Aqueles que anunciam, as «vozes do deserto» continuam a proclamar e a reclamar condutas justas, honestas, responsáveis e a anunciar a alegria de crer no Messias. A travessia do deserto é dura e demorada. Pode, no entanto, ser um tempo de crescimento na Fé.

E este crescimento vai ajudar-nos a viver a terceira semana do Advento, em que a estrela brilhará em nome dos pobres, de forma mais profunda. E, certamente, que reveremos muito do nosso mundo nesta estrela: uma sociedade empobrecida economicamente mas, igualmente empobrecida de valores, de esperança, de Fé. Oportunidade excelente para repensarmos o estado da nossa Fé, para nos interrogarmos sobre o que nos torna mais pobres e o que podemos fazer para inverter a tendência.

A «Estrela do Mar», Maria será a quarta estrela a brilhar, com a intensidade natural que nos anuncia a proximidade do Natal. Com os olhos postos na família de Nazaré, esperamos o Menino. E Ele virá como a estrela mais brilhante. Que bom saber viver e aproveitar esse brilho. Que bom saber viver e aproveitar o calor que emana.

Votos de um «Natal 5 Estrelas»!

“Eu te saúdo Ó Cheia de GraçaBendita és tu entre as mulheresBendito é o fruto do teu ventre.”

“Eis aqui a escrava do SenhorFaça-se em mim a sua vontade.”A seguir houve natal……E, foi Mãe por divindade!

Um Natal poupadinho

Todos vamos ter de fazerUm Natal poupadinhoOnde caiba o amorMaria, José e o MeninoE um abraço fraternoDe fé, esperança e carinho.

As prendas serão simbólicasQuais gestos de cortesiaE o Postal de NatalSerá mensagem de alegriaCom a internet chegaremosAos amigos e à família.

A mesa da consoadaVai ter o essencialVai ser farta. Sem estragarA nossa Festa de NatalE que uma vela acesaSeja Luz Espiritual.

No presépio podemos usarOs objetos, já antigosLembranças da nossa infânciaOrnadas de muitos mimosBoas, para fazer recordarA tradição, aos meninos.

Não vou cortar um pinheiroUso um artificialQue tenho ali guardadoE já foi doutro NatalFaço um pouco de poupançaAté no meio ambiental.

A estrela vai ser pequeninaSua luz será menos densaMas o fogo na lareiraDará calor que compensaE nos jogos tradicionaisGanhará aquele que vença.

Não pouparei nas cantigasNem em preces e oraçõesNem nas mensagens própriasDaquelas ocasiõesSentidas pelo coraçãoInspiradas pelos pulmões.

Mas são grandes meus desejosE votos de Boas FestasDesejando que no próximo anoSejam bem melhores que estasVamos todos fazer um esforçoPara limar as arestas…

…E poder pensar em grandeNa vida como ela éFazendo longa reflexãoNeste Ano Mundial da FéTendo sempre como exemploA Família de Nazaré…

…Brindemos. Haja alegriaPois está a tocar o sinoAnunciando a todosJá nasceu o Deus MeninoSinal grande do amorNeste; Natal Poupadinho.

Henrique Carvalho

Paula Isabel

Ano Mundialda Fé (Meditação!)

O ano da Féencontra nas crianças os seus maiores entusiastas. Confirmei isso mesmo com as minhas filhas e continuo a ter prova disso todos os dias.

Por vezes dou comigo a pensar que se eu conseguisse conjugar estas duas dimensões dessa idade maravilhosa que é a infância, ou seja, crer, ter Fé, independentemente da concretude e realidades da minha vida, na compreensão sensível que parte do coração e acolhe a Fé como o Dom de acreditar sem ver, sem experienciar a transcendência, mas que se funda no amor de Deus. Acrescentando a essa graça, a vontade de crescer, de saber mais e procurar compreender melhor a verdade Divina, como é apanágio da idade da inocência, então, caríssimos amigos, deixem que exprima este desejo íntimo, mas vejo como extraordinário ter uma Fé infantil.

De todo modo, nesta indómita vontade de aprender e conhecer melhor a Palavra de Deus, encontro neste acontecimento que é o ano da Fé, uma possibilidade imensa de ir ao encontro da interpretação da Igreja sobre a verdade da revelação Divina. Interpretação que é, para mim enquanto Católico, a única a que devo obediência e confiança.

Para mim e para a minha família, esposa e filhas, o acolhimento e partilha que a comunidade paroquial nos tem proporcionado, numa comunhão fraterna de vivência da Fé, tem-nos ajudado a fortalecer o amor a Deus e a uma descoberta constante da beleza da sua Palavra.

Na comunidade paroquial, a nossa Igreja local, a comunidade familiar, Igreja doméstica, encontra uma retemperadora coerência e consequente sentido, para uma das mais reconfortantes dimensões da Humanidade do Cristão, a partilha.

Em ambas as comunidades de amor e de partilha, está presente a Fé da infância. Na família, pelos filhos ou pelos netos, na Paróquia, pelas imensas crianças que vão aos bancos da catequese, para nos dar lições de vida e procurar crescer na Fé e em sabedoria.

Victor Dias

Continuação da Pàg. 9

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IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISMês de Setembro recebeu-se

Novembro - 2º Domingo 580,70 - 796,71; 3º Domingo ( Seminá-rios) 796,30; 4º Domingo 606,17; º Domingo de Dezembro 745,00; Vários 445,06; 1º Domingo de Novembro ; Oratório 3601 ( Emília Gonçalves) 35,50.; Capelinha móvel (Albina) 23,50; Cofre de Nossa Senhora da Maia: Nossa Senhora da Maia 32,70;Santíssi-mo 18,50; S. Miguel 5,90; Obras 10,10

PLANOMAIA

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL LAR DE NAZARÉ

3145 –Elisa Azevedo.................................................................25,003146 –Silvina Loureiro............................................................15,003147 – Margarida Lima............................................................30,003148 – António José Silva Lages.......................................... 200,003149 –G + JM.........................................................................500,003150 – Januário Azev. Silva-MªLurdes Carvalho Barbosa...200,003151 –J. Costa Lima.................................................................30,003152 – Guido Ferreira da Silva.............................................. 10,003153 – António F. Gonçalves ............................................. ..20,003154 – Por Maria Joaquina Barros .......................................15,003155 – Alberto Guimarães Cruz Oliveira e esposa...... 200,00 3156 –Maria Ambrosina Ribeiro Lage ..............................250,003157 –Alguém deixou na CX Correio da Casa Paróquial..55,003158 - Vitória Mendes e marido .......................................150,003159 – Roque de Sousa..........................................................20,003160 – Maria Delfina ............................................................100,003161 – Alguém...........................................................................50,003162 - Donato Oliva Teles .............................................. 1.000.003163 - António Moreira (transf. Bancária)..................... 200,003164 - Alguém ........................................................................ 50,003165- Feira de S. Martinho ..............................................3.528,013166- Sorteio de um secador............................................. 102,003167 - Lúcia Teixeira (Trans. Bancária)............................... 10.003168 - Maria Lucinda Santos Seabra Cabral....................100.003169 - Maria Lúcia ................................................................ 20,003170 - Maria Adelaide .......................................................... 10,003171 - 23ª Perstação Casa Novo Rumo.............................20,003172 - Guido Ferreira da Silva.............................................. 10.003173 - Alguém ......................................................................... 20.003174 - Francisco Manuel Ribeiro (Trnsf.Bancária)..........250,00 A Transportar.......................................................7.190,01

OFERTAS - Novembro

LAR DE NAZARÉCustou o arranque. Muitos temeram. Poucos

acreditavam que seria possível arrancar nestes tempos tão conturbados e de crise, mais de valores do que económica..

Percorreram-se muitos caminhos com o projecto... até a Lisboa, ao respectivo gabinete oficial, o Pároco e membros da Comissão Fabriqueira foram. Todos apoiavam mas, falando em euros, não havia possibilidades para comparticiparem. Que fazer?

O salão existente ameaçava ruína e estava a ser inútil daí o ter que se meter mãos à obra.

O Gabinete de Arquitectura, PLANOMAIA, ofereceu com gratuidade todo o trabalho. A paróquia está grata ao Sr. Luciano Gomes e ao seu filho Arq. Miguel Gomes.Após a aprovação, há que lançar o Concurso e começar.

Pediu-se ajuda à nossa Ex.ma Câmara, à Junta de Freguesia, pois são duas entidades que não podem ser dispensadas do muito que podem dar, e certamente darão, e a todas as pessoas da Paróquia e não só.

Foram surgindo as migalhinhas com as quais o Lar se vai erguendo, causando espanto a muitos, que não apoiando, nada dando, embora vivam desafogadamente, estão a ficar emudecidos e surdos, presos aos seus pergaminhos.

Há quem seja tão pobre que só tenha dinheiro, como me disse um amigo que muitos conhecem. O que é muito verdade.

O LAR não é só obra humana. Nas mãos de Deus, de Nossa Senhora do Bom Despacho e da Maia e do Beato João Paulo II foi colocado. A fé move montanhas, como disse Jesus. Não seria possível doutra maneira. Tudo deveremos fazer, mas tudo deveremos esperar de Deus, como escreveu Santo Agostinho.

Transporte.....................................................199.988,95

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o

NIB: 0045 1441 40240799373 19 Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia) ou

entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS

Jantar de NatalO grupo dos amigos do LAR DE NAZARÉ, confirma o

jantar convívio de Natal com vista a angariar fundos para as obras do mesmo. Este jantar terá lugar no próximo dia 15 de Dezembro, 20h30, nas instalações da Escola E B 2 3 da Maia. Quem desejar participar deve inscrever-se. Todos poderão fazê-lo. Não é para grupo seleccionado, mas para toda a comunidade. Há quem nunca se junte aos outros e só espera que tido façam para no fim lançarem palpites que tem armazenados e nunca se cansam de o fazer. Porque será? Ninguém é ignorante.

O Grupo de Amigos do LAR DE NAZARÉ.

PEREGRINAÇÃO À POLÓNIA30 JULHO a 5 (6) AGOSTO de 2013

especialmente elaborada para aPARÓQUIA DA MAIA. Será acompanhada pelo Rev.mo. Sr.Padre Dr.Domingos Jorge

LUGARES LIMITADOS - INSCRIÇÕES ATÉ 26 ABRIL 2013

30 Jul - Paróquia / Porto / Frankfurt / Varsóvia / Niepokalanow / Czestochowa (Virgem Negra) / Cracóvia Wieliczka (minas de sal) / Lagiewniki (Santuário da Divina Misericórdia - Irmã Faustina) / Zakopane (Igr. NªSª de Fátima) Auschwitz (Campo de Concentração onde morreram P.Kolb e S. (Edith Stein) / Wadovice / Kalwaria Zebrydowska / Nowa Huta / 5(6) Agosto - Cracóvia / Frankfurt / Porto / Paróquia . Em breve terá o programa.

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S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXIV Nº 254 2012 Publicação Mensal

PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIADirector: Padre Domingos Jorge

Chefe de Redacção: Adelino de Lima MartinsTelef: 229448287 / 229414272 / 229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo na D.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem 1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade... FALAR POR ENIGMAS Há situações que nos

deixam perplexos. De entre os muitos casos ocorridos ultimamente, cito a polémica criada pelas declarações do nosso primeiro-ministro na última entrevista que deu à TVI, a propósito do financia-mento da Educação no nosso país. Falava-se na necessidade de poupar na despesa do es-tado e, mais concretamente, no desejo de lhe retirar algo como quatro mil e quinhentos

milhões de euros nos próximos orçamentos. (Não deixa de ser curioso que se discuta já o orçamento do estado para 2014, quando o de 2013 ainda não foi promulgado, mas, enfim, talvez seja uma maneira de evitar que as dezenas de comentadores que enchem os ecrãs e as ondas hertzianas dos nossos meios de comunicação social se foquem no que nos vai acontecer a partir do próximo mês...). Como Passos Coelho reconhece que não existem condições políticas para rever a constituição em vigor, equacionava hipóteses de “cor-tar” nas verbas gastas pelo estado português nos sectores sociais sem lhe violar os preceitos. Afastada a possibilidade de diminuir o financiamento público do sistema nacional de saúde (que deve ser «tendencialmente gratuito»...), sugeria o entrevistado que se utilizasse a maleabilidade oferecida pelo texto constitucional para instituir no domínio da educação «um financiamento mais repartido entre o estado e as famílias».

O tema foi imediatamente apropriado pelos comentaristas de serviço, tanto os partidários como os que se apresentam como independentes. A fórmula usada pelo primeiro-ministro era suficientemente vaga e imprecisa para permitir os exercí-cios de concretização, procurando descodificar o que o seu autor tinha em mente e deixou – voluntariamente? – por dizer, traduzindo-o em medidas concretas que o governo pudesse vir a tomar. Se o estado é obrigado pela constituição actual a garantir o ensino básico universal e gratuito, e se no ensino superior as propinas já existem, restaria o ensino secundário para que as famílias fossem chamadas a pagar uma parte dos custos com a educação, talvez através da instituição de propinas. Durante um dia, o tema foi glosado em diversos tons, até que o ministro da educação veio lembrar que hoje em dia o ensino secundário também é obrigatório, tal como o básico, e que seria, naturalmente, ilógico que fosse pago. O curtíssimo comunicado assinado por Nuno Crato referia, assim, que nunca o governo teria equacionado a possibilidade de introduzir propinas no secundário.

Se não pode deixar de considerar-se absurdo que se exija pagamento pela frequência do ensino obrigatório, fica a perplexidade quanto ao significado do que foi dito pelo primeiro-ministro. Referia-se a um aumento das propinas pagas no ensino superior? Mesmo contrariando um parecer

já emitido pelo Tribunal Constitucional que fixa limites para este pagamento, não se vê como os ganhos obtidos por este meio poderiam contribuir significativamente para o objectivo de poupar os milhares de milhões de euros necessários. Estaria a referir-se ao ensino pré-escolar? Propinas nos infantários públicos? A ser isso, as verbas arrecadadas também seriam insignificantes, dada a reduzida dimensão da rede pública neste nível de ensino. O enigma permanece.

Para ensaiarmos uma interpretação benevolente deste episódio, talvez Passos Coelho não tivesse em mente nada de concreto relativo a economias na área da educação. O que terá pretendido terá sido simplesmente mostrar que o texto constitucional deixa algumas brechas abertas por onde será possível forçar uma diminuição da despesa do estado, sem que seja inevitável promover a sua revisão. Um exemplo escolhido ao acaso, sem pensar em nenhuma medida em concreto, e sem analisar com um mínimo de profundidade a sua viabilidade. Uma escolha que, infelizmente, deu azo a especulações que não terão sido previstas pelo primeiro--ministro e que obrigaram o seu ministro da educação a, pelo menos na aparência, desmenti-lo. Afinal, quando referiu nessa entrevista que tem um problema de comunicação, Passos Coelho não estava a ser irónico!

De todo este episódio, sobra ainda outra perplexidade: que ideia têm os nossos governantes sobre o futuro da edu-cação? Que papel lhe reservam na estratégia de recuperação económica que Portugal tem, forçosamente, de empreender? É apenas uma despesa, onde se pode cortar sem critério, seja aumentando o número de alunos nas turmas e diminuindo os docentes, seja obrigando as famílias a suportar o custo integral da formação escolar dos seus filhos? Com a diminuição dos rendimentos familiares, não custa prever que o abandono escolar, que já é demasiado elevado no nosso país, se iria agravar, atingindo taxas inadmissíveis num país que pretende ser desenvolvido. Será que aqueles que nos governam desejam promover a desqualificação dos portugueses? É uma hipótese absurda, que nos recusamos a admitir.