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www.cmjornal.pt ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº13 841 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE AGRICULTURA VAI CONTINUAR A CRIAR POSTOS DE TRABALHO ESTÃO ABERTAS AS CANDIDATURAS AO PRÉMIO NACIONAL DE AGRICULTURA PUB DEZ POR CENTO DA TERRA JÁ É REGADIO CÁTIA BARBOSA

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Page 1: DEZ PORCENTO DATERRA JÁÉREGADIOcofinaeventos.pt/premioagricultura/wp-content/uploads/sites/2/2017/... · são do regadio de Alqueva em mais 47 mil hectares, prevendo para a realização

www.cmjornal.pt

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº13 841 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

AGRICULTURAVAI CONTINUAR ACRIAR POSTOS DETRABALHO

ESTÃO ABERTAS ASCANDIDATURAS AOPRÉMIO NACIONALDE AGRICULTURA

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DEZPOR CENTO

DA TERRAJÁ É REGADIO

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02 I ESPECIAL

?????? ??????CERIMÓNIA PRÉMIO NACIONAL DE AGRICULTURA

REGULAMENTO

Candidaturasdecorrematéoutubro

SECUNDINO CUNHA

Jáestáemcurso asextaedi-ção do Prémio Nacional deAgricultura,cujascandida-

turas terão de ser apresentadasde formaeletrónica, através dositewww.premioagricultura.ptem data a anunciar este mês eaté ao dia31 de outubro.

Organizado pelo Correio�da�Manhã, pelo Jornalde Negóciose pelo banco BPI, o prémio con-taumavez mais como patrocí-nio do Ministério daAgricultu-rae comacolaboração daPwC.

AsessãodeaberturatevelugaremBeja,naOvibeja,eapróximaconferência está já agendadapara meados do mês de junho eocorrerá na Feira Nacional deAgriculturadeSantarém.

No ano passado foram batidostodososrecordesdeparticipan-tes, com 1320 candidaturas,contra as 1017 do ano anterior.Recorde-se que, na primeiraediçãodesteprémio,em2012,ojúrianalisou60candidaturas.

Este ano o processo de candi-daturaseráaindamaissimples.n

Painel da primeira conferência da 6ª edição do Prémio Nacional de Agricultura

Soluções completas de produtos e serviços

Apoio ao investimento e à inovação

Banco Oficial da Ovibeja e da Feira Nacional de Agricultura

O BANCO PARAA AGRICULTURA.

O BPI é o parceiro das empresas agrícolas e agro-industriais, com soluções que promovem a inovação, a competitividade e a afirmação internacional do sector.

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DIGITAL rFormato da candidatura é eletrónicoSIMPLES rProcesso está cada vez mais simples

OVIBEJA. ALENTEJO RECEBE PRIMEIRA FEIRA AGRÍCOLA DO ANO

SUCESSO.MAIS DE 30MIL PESSOASVISITARAMA EDIÇÃODESTE ANODA OVIBEJA,QUE TEVECOMO TEMACENTRAL AINTERNACIO-NALIZAÇÃO.A FEIRA JÁCONTA COM34 EDIÇÕES.

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QUINTA-FEIRA11 MAIO 2017 ESPECIAL I 03

SECUNDINO CUNHA

De visitaaPortugal, o anti-go comissário europeudaAgriculturae ex-primei-

ro-ministro da Roménia, Da-cian Ciolos, marcou presençana conferência de arranquedesta edição do Prémio Nacio-nal de Agricultura e alertoupara a necessidade de se redu-zir rapidamente a burocracia anível da política agrícola co-mum (PAC).

“Temos agora na políticaagrícola comum instrumentosque permitem apoiar, de umaforma específica e focada, osprodutos, os setores e as re-giões, no âmbito da agricultu-rae do desenvolvimento rural,mas considero que aindatemosmuito trabalho afazer, no sen-tido de reduzir a burocracia ede simplificar os mecanismosda PAC”, disse Dacian Ciolos.

O homem que liderou a últi-ma negociação da PAC afirmaque a agricultura portuguesaestá no bom caminho e lem-brou que a criação de valoracrescentado nos produtos

agrícolas é fundamental. “Ve-rifico a evolução de Portugalem termos de produtividade eo sucesso da irrigação aqui noAlentejo, que permite melho-rar a produtividade e a quali-dade dos vossos produtos, e seido forte potencial que Portu-

gal tem em termos de valoracrescentado nos produtosagrícolas e agroalimentares.Considero que esta é uma ala-vanca fundamental”, realçou.

Para Dacian Ciolos, os paísesdevem concentrar-se nas ne-gociações que agoracomeçam,de modo a que a PAC continuea ser “um instrumento de jus-tiça e desenvolvimento”.n

OBJETIVO COMUNICAÇÃO

Governopretendeequilibraraté2020abalançaalimentar

“BurocraciadaPACaindaéumgraveproblema”

SECUNDINO CUNHA

Na conferência de arran-que da sexta edição doPrémio Nacional de

Agricultura, o ministro LuísCapoulas Santos reafirmou oobjetivo central do Governo:equilibrar abalançaalimentaremvalor até 2020.

“Sabemos que a meta é am-biciosa, mas é nela que esta-mos focados. Para atingirmoso equilíbrio da balança ali-mentar em valor, ou seja, ex-portar tanto como o que im-

ções rondaram os 1200 mi-lhões de euros e a meta traça-da para dentro de três anosestá nos dois mil milhões.

Produtos como o tomate ouaPera-Rocha têm um peso de-cisivo, mas novos frutos co-meçamamarcar posição nes-

tamatéria, comvalores de ex-portação a rondar os cem mi-lhões de euros. Só a framboe-sa vale, para os mercados ex-ternos, 80 milhões de euros. Ea tendência, dizem os espe-cialistas, é de crescimento.n

AMBIÇÃOr Dentro deapenas trêsanos, o Governopretende atingiro equilíbrio dabalançaalimentarDIPLOMACIAr No último anoo Governo abriu28 mercadospara 80 novosprodutos e estáa negociara abertura demais 55 novosmercados paraum total de199 produtos

ALERTA r Antigo comissário europeuda Agricultura, Dacian Ciolos, disse queé imperativo simplificar mecanismos da PACLOUVOR r Este responsável considerou quea agricultura portuguesa está no bom caminho

Ministro Luís Capoulas Santos esteve na primeira conferência de arranque do Prémio Nacional de Agricultura

Dacian Ciolos,antigo comissário Europeu da Agricultura, esteve presente na conferência

FRAMBOESA, RAINHADOSFRUTOSVERMELHOS, VALE80M €EM EXPORTAÇÕES

EXPORTAÇÃODEFRUTASELEGUMESATINGIU EM 20161,2MILMILHÕESDEEUROS

BALANÇAALIMENTARAPRESENTAUM DÉFICEDE2,8MILMILHÕESDEEUROS

ABERTOSNUM ANO28NOVOSMERCADOSPARAMAISDE80PRODUTOS

NEGOCIAÇÕESEM CURSOPARAABRIR55MERCADOSE199NOVOSPRODUTOS

IMPORTAÇÕESNAÁREAALIMENTARATINGEM DEZMILMILHÕESDEEUROS

EX-COMISSÁRIODIZQUEAAGRICULTURANACIONALVIVEMOMENTOPOSITIVO

BUROCRACIAÉOGRANDEPROBLEMADAPOLÍTICAAGRÍCOLACOMUM

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portamos, temos, no essen-cial, de produzir mais e de ex-portar mais”, explicou o mi-nistro da Agricultura.

E Capoulas Santos realçouque o Governo já está a fazer asua parte, trabalhando naabertura de novos mercadosde exportação e na aceitaçãoem países estrangeiros de no-vos produtos nacionais.

“Abrimos, no último ano, 28novos mercados para 80 no-vos produtos e estamos a ne-gociar a abertura de 55 novosmercados para199 produtos”,sublinhou o ministro.

Entre o que compra e o quevende, na área alimentar,Portugal tem um défice decerca de 2,8 mil milhões deeuros. Os últimos dadosapontavam, “grosso modo”,para exportações na ordemdos 7,2 milmilhões e importa-ções a rondar os dez mil mi-lhões de euros.

O contributo decisivo para oaumento das exportaçõesdeve ser da responsabilidadeda hortofruticultura, já que,no ano passado, as exporta-

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04 I ESPECIAL QUINTA-FEIRA11 MAIO 2017

SECUNDINO CUNHA

Aágua da barragem do Al-queva pode, afinal, che-gar a cerca de 200 mil

hectares de terra, mais vintepor cento do que os 170 mil jácontratualizados.

A concessão da Empresa deDesenvolvimento e Infra-Es-truturas do Alqueva (EDIA)rondaos600milhõesdemetroscúbicos de água e o sistema foiprojetado para um consumoanualdeseismilmetroscúbicospor hectare. Feitas as contas,chega-se aos 120 mil hectaresde que sempre se falou.

Acontece que, ao fimde cercadeduasdécadasdeexperiência,os técnicos concluíram que ogasto por hectare não é de seismil metros cúbicos, mas depoucomaisdetrêsmil,peloquea área de rega poderia crescersubstancialmente.Foramreali-zados estudos, apresentadascandidaturas e atingiu-se umanova área de regadio próximados 50 milhectares.

Efoinessepressupostoque,hácerca de um mês, foi aprovadaemConselho de Ministros aex-pansão da área de regadio doAlquevaemmais 47 milhecta-res, devendo atingir dentro depoucosanosumtotalde170mil.

Mas atendendo ao que é ne-cessário para regar, em média,um hectare, a área pode alar-gar-se ainda por mais cerca de30 mil hectares, chegando en-tão aos 200 mil.

“Isso poderá, de facto, acon-tecer em poucos anos. São os120 miliniciais, que jáestão emfuncionamento, mais os quase50 mil agora aprovados peloGoverno e uns 30 mil hectaresvizinhos,asistematizarembre-ve”, disse José Pedro Salema,presidente da EDIA, um dosparticipantes naprimeiracon-ferênciadasextaediçãodoPré-mio Nacionalde Agricultura.

Criada há 21 anos, a EDIA éresponsávelpelamaior áreaderegadio do País, que transfor-mou significativamente a pai-sagemdestazonainteriordare-gião alentejana.

JoséPedroSalemanãosabeatéonde pode crescer o Alqueva,masconsideraque200milhec-taresserá,muitoprovavelmen-te, o limite deste enorme siste-made regadio.

“Até aíestou em crer que po-deremos ir assegurando quali-dade e fiabilidade, mas mais doque os 200 mil hectares já será,emmeuentender,pedirdemaisa um sistema que foi projetadopara 120 mil hectares, ou seja,pouco mais de metade”, afir-mouo presidente daEDIA.n

CERIMÓNIA PRÉMIO NACIONAL DE AGRICULTURA

EMPREENDIMENTO

ÁGUA rEm vez dos projetados seis mil metroscúbicos de água por hectare, o gasto efetivo é depouco mais de metade, ficando abaixo dos 3500SISTEMA rCriada há 21 anos, a EDIA, empresagestora do Alqueva, é responsável pelo maiorsistema de rega existente em Portugal

APROVADAEXPANSÃODAÁREADEREGADIOEM MAIS47MILHECTARES

REGADIODEALQUEVAPODEPASSARDE120PARAOS200MILHECTARES

PAISAGEM DOALENTEJOÉCADAVEZMENOSAMARELAEMAISVERDE

EMPREENDIMENTO QUETEM SIDO POLO DEINOVAÇÃO TECNOLÓGICA

u A central elétrica é das mais modernas e produtivas do Mundo, mas a grande inovação tem ocorrido a ní-vel do regadio. A última no-vidade consiste na coloca-ção, na albufeira, de painéis fotovoltaicos flutuantes, de maneira a que a produção de energia a partir da luz solar não ocupe terreno que é ne-cessário para a agricultura.n

UMA HISTÓRIA QUECONTA COM QUASECINQUENTA ANOS

u A celebração, em 1968, do convénio luso-espanhol para utilização dos rios interna-cionais foi, na verdade, o pri-meiro passo para a constru-ção da barragem do Alqueva. O projeto foi aprovado em 1975, as obras começaram em 1976, mas foram inter-rompidas logo a seguir. Só foram retomadas vinte anos depois, em 1996.n

FOTOS ANÓNIO DIMAS

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QUINTA-FEIRA11 MAIO 2017 ESPECIAL I 05

ALQUEVA É O MAIORLAGO ARTIFICIAL DAUNIÃO EUROPEIA

u A albufeira do Alqueva atinge, à cota máxima, os 250 quilómetros quadrados, o que faz dela o maior lago artificial da União Europeia. E no continente europeu, só há lagos artificiais maiores na Rússia e na Ucrânia. A profundidade máxima é de 152 metros e a capacidade é de quatro mil milhões de metros cúbicos de água.n

ÁGUACHEGARÁA200MILHECTARES

50 MILHÕES PARAEXTENSÃO DO REGADIOEM 47 MIL HECTARES

u O Governo aprovou há menos de um mês a exten-são do regadio de Alqueva em mais 47 mil hectares, prevendo para a realização da empreitada um investi-mento na ordem dos 50 mi-lhões de euros. Quanto a prazos, dependerão em grande parte da adesão dos agricultores e da aprovação de novos projetos.n

DISCURSODIRETO

“ALQUEVAFOI GRANDEREVOLUÇÃO”u– Ao fim de 21 anos, quebalanço faz deste projeto?– Considero que, contasfeitas, só podemos falar deum balanço altamente po-sitivo. O Alqueva foi, naverdade, uma grande revo-lução para o Alentejo e, háque dizê-lo, para o País.Este projeto, não tenho dú-vidas, alavancou a agricul-tura em Portugal.–O Alentejo ganhou valorcom o Alqueva?– Imenso. Basta ver que umhectare de regadio vale, emmédia, dez vezes mais doque um hectare de sequei-ro. Mas a maior riqueza é aimensa diversidade de cul-turas que a água possibilita.–Quais são os melhoresexemplos a esse nível?– Há duas décadas ninguémimaginava que tivéssemosesta pujança a nível doolival, mas hoje há no Al-queva amêndoa, melão,abóbora e até plantas me-dicinais, como a papoilaou a canábis.n

José Pedro SalemaPresidente da EDIA,gestora do Alqueva

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DUARTE FERNANDES PINTO

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06 I ESPECIAL QUINTA-FEIRA11 MAIO 2017

CERIMÓNIA PRÉMIO NACIONAL DE AGRICULTURA

FARMCLOUD

OsegredoestánaboautilizaçãodainformaçãoINOVAÇÃO rCriada em 2014, a empre-sa apresenta uma solução que permiteaproveitar todos os sistemas instalados

Percebendo que aposse de toda a in-formação permite

que as explorações agrí-colassejammaisbemge-ridas e se tornam maisrentáveis, Miguel Matosdesenvolveuumsistemaque permite colocar nanuvem, em tempo real,toda a informação pro-duzidapeloscontrolado-res de umaexploração.

“Nós não instalamoscontroladores. Opta-mos por aproveitar to-do s o s me c anis mo sexistentes nas explora-ções, aos quais ligamosum equipamento quepermite recolher toda ainformação, enviando-a em tempo real para anuvem e, dessa forma,permitindo à gestão fi-car na posse de todaessa informação e to-mar as necessárias de-cisões no tempo certo”,afirmou Miguel Matos

na conferência de Bejado Prémio Nacional deAgricultura.

A FarmCloud tem ape-nas três anos de ativida-de, mas conta já comuma vasta carteira declientes e comumaassi-nalável implantação noPaís. É que MiguelMatosjáestánoterreno,naáreadasnovastecnologias,háduas décadas. A área de

trabalho desta empresaestende-se a todo o tipode explorações agrícolas.Começou na pecuária,ajudando à otimizaçãodo processo de produ-ção, mas logo avançoupara outras áreas deprodução, como o olival,recolhendo informaçõessobre a rega ou o clima,por exemplo.n

Ao fim de vinte anosa produzir azeitena região da An-

daluzia e sem possibili-dades de crescimentonaquela região de Espa-nha, Brígido Chambrateve conhecimento doprojeto de Alqueva e re-solveuvisitar o Alentejo.

“Fiquei impressiona-do. Era, a bem dizer,uma terra virgem, ondeestava tudo por fazer, oque me despertou uminteresse extraordiná-rio”, disse o empresáriona conferência de Beja.

Começou por fazer as-sessoria agrícola e, em2001, já com a certeza deque, além de terra, ha-veriaágua, avançoucoma plantação do primei-ro olival. E nunca maisparou.

“Descobrimos umapaisagem inexplorada egrande recetividade aoinvestimento. Verificá-

mos até que os portu-gueses acreditavamme-nos do que nós”, afir-mou Brígido, acrescen-tando que, daí para cá,“foram tantos os espa-nhóis que se instalaramaqui, que se tornaramuma espécie de praga[risos]”.

Hoje, o Grupo Cham-bra tem vinte mil hecta-res de olival e já explora

dois mil hectares deamêndoa. Além de terampliado o Lagar do So-brado, que já recebe 45mil toneladas de azeito-na por ano.

Considerando que,“por haver terra e água,a agricultura no Alente-jo não tem limites”, ogestor diz que “o cresci-mento é inevitável”.n

AConsulai iniciou asua atividade emmarço de 2001,

quando um grupo de li-c e nc iado s r e s o lve uavançar com um projetode base tecnológica.

Pedro Santos, o líder doprojeto, é licenciado emEngenhariaAgronómica,peloquefoiquaselógicaaescolhadossetoresagro-alimentar,agrícola eflo-restal como base funda-mentalde trabalho.

Respondendo às ne-cessidades dos clientes(no início do século asnovas tecnologias come-çavamadar os primeirospassos na agricultura), aConsulai empenhou-seempromover asuacom-petitividade nos merca-dos, em melhorar a qua-lidade dos seus produtose emaumentar os resul-tados económicos.

A formação, a inova-ção, a credibilidade e o

rigor foram as travesmestras daação dos téc-nicos da Consulai, esta-belecendo sempre pon-tescomasuniversidades.

“A inovação é funda-mental e foi essa capaci-dade de inovação de-monstrada pelos em-presários e pelas em-presas que permitiu fa-zer da agricultura aqui-

lo que ela hoje é”, disseo gestor.

Pedro Santos entendeque o Alqueva “é umaregião de futuro e emquevale a pena acreditar”.Lembrando o cresci-mento que esta zona co-nheceu desde a criaçãodo regadio, Pedro Santosconsideraque “os inves-timentos e o desenvolvi-mento não vão parar”.n

GESTÃOAPARTIRDETODAAINFORMAÇÃOÉOOBJETIVO

Miguel Matos é fundador e diretor-geral da FarmCloud

GRUPO CHAMBRA

ComterraeáguatudoseconseguenaagriculturaREGADIO rGestor afirma que graçasà água da barragem de Alqueva, noAlentejo a agricultura não tem limites

CHAMBRAEXPLORA20MILHADEOLIVALE2MILDEAMÊNDOA

Brígido Chambra é diretor-geral do Grupo Chambra

CONSULAI

AmaiorconsultoradaagriculturaportuguesaFORMAÇÃO rObjetivo é dotarempresasde ferramentas que potenciemaqualidade e melhores resultados

INVESTIMENTOVAICONTINUARACRESCERNOALQUEVA

Pedro Santos é diretor-geral da consultora Consulai

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QUINTA-FEIRA11 MAIO 2017 ESPECIAL I 07

BPI consideraoPrémioNacionaldeAgriculturaumaapostaestratégica

João FolquePatrício, dire-tor-coordena-dor do BPI, foium dos partici-pantes do pri-meiro painel dedebate da edi-ção deste anodo Prémio Na-cional de Agri-cultura, quedecorreu naOvibeja, e refe-riu que a inicia-tiva é apostaestratégica.

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DEBATErCrescimento daagriculturaé dado adquirido paraparticipantes da1ª conferênciado Prémio Nacionalde Agricultura

AgriculturavaicontinuaracriarpostosdetrabalhoSECUNDINO CUNHA

Moderado pela jornalistada CMTVAndreiaVale,o primeiro debate da

edição deste ano do Prémio Na-cional de Agricultura, que de-correu em plena Ovibeja, tevecomo tema o Alentejo e o cres-cimento proporcionado peloempreendimento do Alqueva.

A propósito da dinâmica deinvestimento(atualefutura)noAlentejo, os oradores foramunânimes em considerar queexiste nesta região um enorme

futuro e que a agricultura vaicontinuar acriar muitos postosde trabalho.

“O setor vale seis por cento doPIBe14porcentodoemprego”,

afirmou João Folque Patrício,do BPI, considerando que “atendênciaé de crescimento”.

Já Brígido Chambra é da opi-niãodeque“oqueestáporfazer

é talvez mais do que o que estáfeito” e que, “no Alentejo, ocrescimento é inevitável”.

O engenheiro agrónomo Pe-droSantossublinhaaquantida-de e qualidade de massa críticaque está a instalar-se na agri-culturaportuguesae, emparti-cular, no Alentejo, “o futuro sópode trazer crescimento, tantoa nível da produtividade e dosresultados como do emprego”.

Aopinião é partilhadaporMi-guel Matos, que lembra o factode o Governo ter como objetivo

o equilíbrio dabalançaalimen-tar, “o que obriga, necessaria-mente, àcontinuidade dalinhade crescimento da nossa agri-cultura”.

O presidente da EDIA, JoséPedroSalema,consideraque“odinamismo que foi criado, nãoapenas na região do Alqueva,mas umpouco portodo o País, é

condição de crescimento nospróximos anos”, explicandoque “haverá aumento de pro-dução e, ao mesmo tempo, gra-ças à rega e às novas tecnolo-gias, aumento substancial daprodutividade”.

No que concerne ao Alentejo eao empreendimento do Alque-va, José Pedro Salema esperaque, amédio prazo, sejaterrenode regadio cerca de dez porcento da área cultivável doAlentejo (200 mil dos dois mi-lhões de hectares).n

Conferência em Beja, moderada por Andreia Vale, contou com a participação de Brígido Chambra, João Folque Patrício, José Pedro Salema, Miguel Matos e Pedro Santos

PAINEL DE DEBATE

FUTURO

CUSTOSDAREGAPARACEM HECTARESRONDAMOS10MILEUROSPORANO

REGADIOOCUPARÁDEZPORCENTODAÁREACULTIVÁVELDOALENTEJO

u “As primeiras cinco ediçõesdo Prémio Nacionalde Agricul-turarevelamnúmeros impres-sionantes, o que nos fez assumirde imediato o compromisso decontinuarde corpo e almanestaaventura”. As palavras são deJoão Folque Patrício, diretor-–coordenador do BPI, e foramproferidasnaconferênciadeBe-ja,quelançouainiciativa.

O BPI é parceiro de organiza-ção do�Correio�da�Manhã e doJornaldeNegóciosetemcontri-buídodecisivamente,atravésdasua rede comercial, para o su-cessodesteprémioque,emcin-co anos, passoude 60 para1320candidaturas.

“A agricultura é um setor degrande dinamismo e não foiporacasoque,desde2012,asexpor-

taçõesdoagroalimentarcresce-ram 80 por cento. Trata-se, defacto, de um setor com grandepeso na Economia nacional”,afirmou João Folque Patrício,lembrandoqueaagriculturaeasflorestas representam seis porcento do PIB. O diretor do BPIdefiniueste prémio como “umaaposta estratégica” e previu“novosucessoem2017”.n

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O BPI disponibiliza a Linha BPI/FEI Inovação III, no montante de 200 milhões de euros, para financiar empresas inovadoras com menos de 500 colaboradores, com a garantia do Fundo Europeu de Investimento. Esta linha reforça o compromisso do BPI no apoio à inovação e resulta da assinatura de mais um acordo de garantia com o Fundo Europeu de Investimento, ao abrigo do InnovFin SME Guarantee Facility, com o apoio da União Europeia, no âmbito dos instrumentos financeiros do Horizonte 2020 e do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos, criado no âmbito do Planode Investimento para a Europa, com o objectivo de apoiar o financiamento de investimentos produtivos na União Europeia. Desde 2013, as Linhas BPI/FEI Inovação permitiram a concessão de mais de 480 operações de financiamento a empresas inovadoras no montante agregado de cerca de 360 milhões de euros.

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