dez mandamentos - lição 5 - não tomarás o nome do senhor em vão - subsídios

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LIÇÃO 5 – NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO (Ex 20.7; Mt 5.33-37; 23.16-19) SUBSÍDIOS PARA OS PROFESSORES DA EBD-ADEJA ESBOÇO INTRODUÇÃO 1. Qual é o foco central da lição? A honestidade e a santidade do cristão: a natureza humana inclina-se para a mentira, mas a desonestidade não pode se tornar um estilo de vida. “O relacionamento de todas as pessoas deve ser honesto e cada um deve falar a verdade”. Deus se faz presente nos relacionamentos pessoais. (INTEGRAÇÃO; IV.1, p. 59, BEACON) BEACON Deus odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é. A pessoa que procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de Cristo, quebra este terceiro mandamento. I – O NOME 1. Qual era a importância do nome entre os Judeus? O nome entre os judeus indicava o caráter e a índole do indivíduo, nomes eram mudados após uma experiência pessoal com Deus. (I.1)

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Lições Bíblicas

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Page 1: Dez Mandamentos - Lição 5 - Não Tomarás o Nome Do Senhor Em Vão - Subsídios

LIÇÃO 5 – NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO (Ex 20.7; Mt

5.33-37; 23.16-19)

SUBSÍDIOS PARA OS PROFESSORES DA EBD-ADEJA

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

1. Qual é o foco central da lição? A honestidade e a santidade do cristão: a

natureza humana inclina-se para a mentira, mas a desonestidade não pode se

tornar um estilo de vida. “O relacionamento de todas as pessoas deve ser honesto e

cada um deve falar a verdade”. Deus se faz presente nos relacionamentos pessoais.

(INTEGRAÇÃO; IV.1, p. 59, BEACON)

BEACON

Deus odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir

um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é. A pessoa que procura disfarçar

uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de Cristo, quebra este

terceiro mandamento.

I – O NOME

1. Qual era a importância do nome entre os Judeus? O nome entre os judeus

indicava o caráter e a índole do indivíduo, nomes eram mudados após uma

experiência pessoal com Deus. (I.1)

2. “O nome de Deus representa o próprio Deus, é inerente à sua natureza e revela

suas obras e atributos”. “O nome de Deus está ligado à sua soberania e glória”.

CHARLES PFEIFFER

O Deus auto-revelado se apresenta pelo nome. (...) Os termos e os nomes de Deus

mostrados na Bíblia Sagrada - genéricos, próprios e pessoais - na verdade fornecem uma

dramática apresentação do Criador, Preservador, Redentor e Juiz da vida.

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3. A santidade do nome de Deus. “Deus é santo e exige santidade de seu povo”.

(INTRODUÇÃO; I.1; p. 50, 59, 60, ROY ZUCK, JOYNER, SOARES)

ROY ZUCK

O terceiro mandamento. Este mandamento conecta o nome do Senhor — uma extensão

do seu ser — com o próprio Senhor. O “abuso” do nome divino (v. 7) e equivalente a

sacrilégio, pois no antigo Oriente Próximo e em Israel os nomes não só descreviam os

atributos, caráter e destino dos indivíduos nomeados, mas, às vezes, era sinônimo da

pessoa. Isto é verdade com referência a Deus, segundo atesta a totalidade do testemunho

bíblico (Ex 23.20,21; 1 Rs 8.33; SI 54.3; 86.9; 118.26; 148.5; Fp 2.9,10; etc.). Abusar

do nome divino ou usá-lo sem propósito (lassam) ou de maneira imprópria é tentar

manipular Deus para fins e propósitos humanos. E um esforço arrogante do vassalo

obter vantagem para si, prostituindo esse nome e Pessoa santos, desta forma invertendo

o papel para o qual ele foi posto em comunhão do concerto.

JOYNER

SANTO

"Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos,

porque eu sou santo" (Lv 11.44). Fomos chamados para ser diferentes, porque o Senhor

é diferente. Deus se revela como "santo" (hb. qadosh), e o aspecto essencial de qadosh

é a separação daquilo que é mundano, profano ou corriqueiro, e a separação (ou

dedicação) para seus propósitos. (...) Tendo em vista que Deus é diferente de qualquer

outro ser, todos os que lhe estão submissos devem também estar separados - no coração,

nas intenções, na devoção e no caráter - para Ele, que é verdadeiramente santo (Ex

15.11).

Deus, por sua própria natureza, está separado do pecado e da humanidade pecaminosa.

(...) Posto que Deus é íntegro e reto, nossa consagração envolve tanto a separação do

pecado quanto a obediência a Ele.

A santidade é o caráter e a atividade de Deus, conforme revelada no título Yahweh

meqaddesh, "o SENHOR que vos santifica" (Lv 20.8). A santidade de Deus não deve

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tornar-se mero assunto de meditação, mas um convite (1 Pe 1.15) para que participemos

de sua justiça e o adoremos juntamente com as multidões.

ESEQUIAS SOARES

Santidade. Deus é absolutamente santo; sua santidade é infinita e inigualável; Ele é

santo em si mesmo, em sua essência e em sua natureza. No entanto, está escrito: “Santos

sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Esta passagem, citada no

Novo Testamento (I Pe LI6), enfatiza que o Senhor exige santidade de seu povo porque

Ele é santo.

Vemos, pois, que a santidade está em Deus e deve estar em seus seguidores. Isso explica

uma dúbia classificação, apesar de haver uma abissal e incomparável diferença entre a

santidade de Deus e a do ser humano.

O termo “santo” — hb. qadosh e gr. hagios — significa “separação” ou “brilho”,

“brilhante”; é especificamente divino. A etimologia de qadosh é ainda incerta; parece

ser uma combinação que indica “queimar no fogo”, numa referência à oferta queimada,

porém a ideia básica é de “separar, retirar do uso comum”. Esse é o pensamento do

Antigo Testamento: “para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o

limpo” (Lv 10.10). (...)

A santidade de Deus é singular por causa de sua majestade infinita e também em virtude

de Ele ser totalmente distinto e separado, em pureza, de suas criaturas. Essa santidade é

a plenitude gloriosa da excelência moral do Todo-Poderoso, que nEle existe e que nEle

originou-se; não deriva de ninguém: “Não há santo como é o Senhor” (I Sm 2.2). Toda

a adoração deve ser nesse espírito de santidade. Nenhum atributo divino é tão

solenizado nas Escrituras como esse. (...)

A santidade de Deus é o princípio da sua própria atividade. (...)

4. Os nomes genéricos de Deus: El (Nm 23.8, p. 50), Eloah – 57x, 41 só no livro de

Jó, no diálogo com os amigos (Dt 32.15), Elohim – 2.600x (Gn 1.1, p. 51, 52 –

quantidade de vezes que aparece, relação com a trindade); El-Elyon (Gn 14.19,20,

p. 53). A septuaginta traduz todos esses nomes por theos. São considerados

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genéricos pois além de nomear pessoalmente o único Deus verdadeiro, também

serve como apelativos para os falsos deuses. (I.2, p. 50, JOYNER, PFEIFFER)

JOYNER

Em nossa cultura, os pais usualmente escolhem nomes para seus filhos, tendo por base a

estética ou a eufonia. Nos tempos bíblicos, porém, dar nomes era uma ocasião de

considerável relevância. O nome era uma expressão do caráter, natureza ou futuro do

indivíduo (ou pelo menos, uma declaração do que se esperava de quem o recebeu). Nas

Escrituras, Deus demonstrou que o seu nome não era mera etiqueta para distingui-lo das

demais deidades das culturas em derredor. Pelo contrário: cada nome que Ele usa e

aceita revela alguma faceta do seu caráter, natureza, vontade ou autoridade.

Pelo fato de o nome representar a Pessoa e a presença de Deus, "invocar o nome do

Senhor" veio a ser um meio de entrar em íntima comunhão com Deus. (...) [O povo de

Israel deveria] manter um relacionamento puro com o seu nome, como estabelecido por

Deus, pois isto trazia consigo a providência e a salvação.

NOMES DO ANTIGO TESTAMENTO

A palavra original para a deidade que se achava em todos os idiomas semíticos era 'El,

que possivelmente tenha se derivado de um termo que significava poder ou

preeminência. Entretanto, é incerta a origem exata da palavra. Posto que era usada por

várias religiões e culturas diferentes, em comum, pode ser classificada como um termo

genérico para "Deus" ou "deus" (o que depende do contexto, pois as Escrituras

hebraicas não fazem distinção entre letras maiúsculas ou minúsculas).

Para Israel, havia um só Deus verdadeiro; logo, o emprego do nome genérico por outras

religiões era vão e vazio, pois Israel tinha de crer em 'El 'Elohe Yisra'el: "Deus, o Deus

de Israel" (ou, possivelmente: "Poderoso é o Deus de Israel") - Gênesis 33.20. (...)

A forma plural, 'elohim, acha-se quase 3.000 vezes no Antigo Testamento, e pelo

menos 2.300 dessas referências falam do Deus de Israel (Gn 1.1; SI 68.1). O termo

'elohim, no entanto, tinha uma gama suficientemente ampla de significados, podendo

referir-se também aos ídolos (Ex 34.17), aos juízes (Êx 22.8), aos anjos (SI 8.5) ou aos

deuses de outras nações (Is 36.18; Jr 5.7). A forma plural, ao ser aplicada ao Deus de

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Israel, pode ser entendida como a maneira de significar que a plenitude da deidade acha-

se dentro do único Deus verdadeiro, com todos os atributos, virtudes e poderes.

O sinônimo de 'Elohim é sua forma singular, Eloah, que também é usualmente traduzida

por "Deus". Um exame dos trechos bíblicos onde o nome ocorre, sugere que este

assume um significado adicional: reflete a capacidade de Deus em proteger ou destruir

(o que depende do contexto específico). E usado em paralelo com "rocha" - refúgio (Dt

32.15; SI 18.31; Is 44.8). Os que se refugiam nEle descobrem que 'Eloah é um escudo

de proteção (Pv 30.5), mas um terror para os pecadores: "Ouvi, pois, isto, vós que vos

esqueceis de Deus ['Eloah]; para que vos não faça em pedaços, sem haver quem vos

livre" (SI 50.22; ver também 114.7; 139.19). Esse nome, portanto, é um consolo para os

que se humilham e nEle buscam refúgio, mas castiga os que praticam a iniqüidade. (...)

Outras aposições ajudam a revelar o caráter de Deus. Sua natureza exaltada é

demonstrada em 'El 'Elyon, "Deus Altíssimo" (Gn 14.22; Nm 24.16; Dt 32.8).22 A

natureza eterna de Deus é representada por 'El 'Olam, "perpétuo" ou "eterno"; quando

Abraão se estabeleceu em Berseba, "invocou lá o nome do SENHOR, Deus eterno" (Gn

21.33; cf. SI 90.2). Todos os que vivem sob o domínio do pecado e que precisam da

libertação, invocam 'Elohim yish'enu, "Deus nosso Salvador" (1 Cr 16.35; SI 65.5;

68.19; 79.9).

CHARLES PFEIFFER

1. O termo genérico. Deus (Elohim). O livro de Genesis imediatamente atribui a criação

do universo e do homem a Elohim, (um nome genérico para divindade, cujo equivalente

e theos em grego, Deus em latim, e Deus também em português). (...)

5. Os nomes específicos de Deus: Shadday (Gn 17.1; Ex 6.3); Adonay, 450x, 310 em

conexão com o tetragrama, “é um nome divino e expressa a soberania de Deus no

Universo” (Is 6.1, p. 54); YHWH, “é o imutável, o que causa todas as coisas, é

autoexistente, aquele que é, que era e o que há de vir, o eterno” (I.3, p. 55,

PFEIFFER)

CHARLES PFEIFFER

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2. Nomes próprios. El Elyon, El Shaddai, Yahweh. A reviravolta notável na teologia

bíblica é a de que o Deus vivo é progressivamente conhecido por meio dos

acontecimentos históricos reais, nos quais Ele revela tanto a si mesmo quanto os seus

objetivos. Com isso, os termos genéricos para divindade ganham um conteúdo mais

específico, tornam-se nomes próprios e, sucessivamente, abrem caminho para

designações posteriores que refletem mais plenamente a natureza de Deus, que é

progressivamente revelada. A palavra El, termo mais comum para divindade, nas

línguas semitas (mas que não é a palavra usual no Antigo Testamento), vem

frequentemente associada a um substantivo ou a um adjetivo (cf. ’el ‘elyon, “Deus

Altíssimo”, ou ’el shaddai, “Deus Todo-Poderoso"). Como consequência, tornou-se um

nome próprio de Deus. El Shaddai tomou-se o nome patriarcal característico para

Divindade, como consequência do concerto divino com Abraão. Enquanto Elohim

representa Deus especialmente na função do Criador, Formador e Preservador do

homem e do mundo, El Shaddai se concentra nos limites divinos dos processos naturais

para os propósitos da sua graça. O nascimento de Isaque, o filho prometido, na ausência

de qualquer possibilidade natural, mostra Deus como materializando de forma

onipotente o seu objetivo de graça em uma criação finita e pecadora, decaída. Na LXX e

no Novo Testamento, El Shaddai é traduzido como pantokrator, “O Todo-Poderoso”,

“O Onipotente” (cf. 2 Co 6.18; Ap 1.8; 4.8). Com a evolução da história religiosa

hebraica, os primeiros nomes de Deus passaram para um plano secundário em vista da

autorevelação de Deus que ocorria. Mesmo assim, o nome El Shaddai não substitui

completamente Elohim, uma vez que os hebreus conservam todas as designações de

Divindade, algumas vezes intercambiando-as, conforme as circunstancias possam

sugerir um ou outro. O uso literário de nomes divinos, portanto, não fornece uma

indicação inequívoca do desenvolvimento literário e da autoria dos escritos sagrados. O

nome por excelência para o Deus de Israel e Jeová (Yahweh), encontrado 6.823 vezes

no Antigo Testamento. Por meio da libertação de Israel da escravidão no Egito, de sua

adoção como uma nação, e de sua condução até a Terra Prometida, o Deus Redentor e

especialmente conhecido por esse nome. O Deus auto-revelado se revela de maneira

redentora de uma forma especial (EU SOU O QUE SOU, Ex 3.14). (...) O Deus vivo,

que havia anteriormente se manifestado aos patriarcas como El Shaddai (Ex 6.2ss.), não

era totalmente desconhecido deles como Jeová, sendo esse nome encontrado

frequentemente em Genesis e pronunciado pelo próprio Senhor Deus, e mesmo na

benção de Jacó (que nenhum redator teria alterado!). A partir de Abraão, o nome de

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Jeová aparece periodicamente nos registros sagrados. Mas com o resgate de Israel e com

o estabelecimento da teocracia, Jeová torna-se o nome inconfundível no Antigo

Testamento para o Deus vivo, que não apenas adapta a natureza pecadora a graça, mas

também molda um novo tipo de graça em meio a este curso natural das coisas.

Consequentemente, o nome Jeová (uma reconstrução artificial em português para a

palavra hebraica YHWH, originalmente pronunciada Yahweh ou Yahveh) enfatiza, em

particular, a atividade redentora de Deus. Devido as superstições, os hebreus chegaram

a evitar pronunciar a palavra de quatro letras YHWH, substituindo-a por Adonai. Nos

séculos mais recentes, Jeová tem servido como o equivalente a Yahweh na literatura,

nos hinos e nas traduções da Bíblia em português. A Bíblia de Jerusalém adotou o nome

Yahweh. Sobrepondo uma estrutura de desenvolvimento naturalista sobre a Biblia, a

crítica elevada diz que os múltiplos nomes de Deus, particularmente Elohim e Yahweh,

refletem fontes literárias divergentes. Esta suposição foi, durante muito tempo, um

alicerce da hipótese JEDP, agora desacreditada, que reduz o Pentateuco a fontes

originais conflitantes. A tentativa de explicar o nome composto Yahweh-Elohim por

meio da combinação de documentos provou ser insustentável, e a hipótese JEDP e cada

vez mais reconhecida como um grupo de fontes artificialmente projetadas (em um

contexto preciso, sobre o qual os próprios críticos não entraram em acordo).

JOYNER

Nalgumas passagens bíblicas, shaddai parece transmitir a idéia de alguém que tem o

poder de devastar e destruir. No Salmo 68.14, o Shaddai "espalhou os reis"; ideia

semelhante é apresentada pelo profeta Isaías: "Uivai, porque o dia do SENHOR está

perto; vem do Todo-poderoso [shaddai] como assolação" (Is 13.6). Noutros textos,

porém, a ênfase parece recair em Deus como aquele que é auto-suficiente em tudo: "O

Deus Todo-poderoso ['El Shaddai] me apareceu em Luz, na terra de Canaã, e me

abençoou, e me disse: Eis que te farei frutificar e multiplicar" (Gn 48.3,4; ver também

49.24). Os eruditos usualmente optam por traduzir 'El Shaddai como "Todo-poderoso"

ou "Onipotente", reconhecendo a capacidade de Deus em abençoar ou castigar,

conforme a situação, posto que ambas as características encontram-se incluídas no

caráter e no poder que é peculiar a esse nome.

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6. Jeová, Iavé ou Javé? YHWH é um tetagrama impronunciável entre os judeus

desde o período interbíblico, os judeus pronunciavam Adonay, toda vez que o

tetagrama aparecia no A.T. (II.1, p. 57). Na Idade Média, a partir do século XIV,

as vogais de Adonay foram inseridas no tetagrama formando a palavra foram

inseridas no tetagrama formando a palavra artificial YeHoWaH. Estudiosos

baseados na pronúncia samaritana Iavé, acreditam ser esta a pronúncia do

tetagrama, aportuguesada para Javé (p. 57, SOARES, JOYNER).

7. Etimologia de Iavé (II.3, p. 55, 56, 57): vem do verbo hebraico hayah, “ser,

estar” (Ex 3.14), Deus é imutável e existe por si mesmo, ele é autoexistente e

autossuficiente.

II – O JURAMENTO: CONCEITOS

1. O que podemos entender pelo termo “vão”? Iashaw (heb.) (III.1, p. 58,

BEACON, HAMILTON, PFEIFFER): em vão, inutilmente, à toa, algo sem valor,

irreal no aspecto material ou moral. O termo grego equivalente é epimataio, que

significa impensadamente. O verbo hebraico vem da raiz Shaw (chav), “vaidade ou

vacuidade”.

VICTOR HAMILTON

O terceiro mandamento e “Não tomaras o nome do Senhor, teu Deus, em vão". Ao que

tudo indica, a proibição aqui não se limita a blasfêmias e vulgaridades no sentido

moderno. Ademais, o senso comum de que o mandamento proíbe jurar falsamente em

um tribunal e valido, mas não encerra o caso. A palavra hebraica para “vão”, aqui

utilizada, deriva de uma raiz que significa “estar vazio”, no sentido de “não ter

substancia, não ter valor”. Qualquer invocação do nome de Deus ou menção de seu

nome, que seja simplesmente perfunctória, equivale a tomar o nome de Deus em vão.

Em outras palavras, tomar o nome de Deus em vão é usar seu divino nome em relação a

coisas desimportantes, fúteis e insignificantes. Por isso, Elton Trueblood afirma: “A

pior blasfêmia não e o sacrilégio, mas as palavras falsas”.

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PFEIFFER

Outra palavra hebraica para “vaidade” é shaw', que na verdade designa o que não tem

fundamento, isto é, um boato “sem base” (Ex 23.1) ou “coisas vãs” (Sl 41.6). Esta

palavra descreve tragicamente a vida do homem como “vazia” (Jo 7.3; 15.31). Em

muitas passagens, nas versões ASV e RSV em inglês, os termos “falso” ou “falsidade”

são a tradução preferida para shaw’. Dessa forma, esse termo descreve o que os falsos

profetas vem ou falam (Ez 13.6,8,9,23; 21.29; 22.28). Ela também explica o discurso do

homem como “falsidade” (Sl 12.2) e o mundo do homem como “vaidade” (Sl 119,37).

2. O juramento e o perjúrio. (III.2,3, p. 59)

3. Quais são os limites do juramento? A proibição absoluta ou relativa do

juramento. (IV.2,3)

BEACON

Tomar o nome do SENHOR, teu Deus, em vão é “recorrer ao irrealismo, ou seja. servir-

se do nome de Deus para apelar ao que não é expressão do caráter divino”. Tal uso

profano do nome de Deus ocorre no perjúrio, na prática da magia e na invocação dos

mortos. A proibição é contra o falso juramento e também inclui juramentos levianos e a

blasfêmia tão comum em nossos dias. “Este mandamento não obsta o uso do nome de

Deus em juramentos verdadeiros e solenes.”

CONCLUSÃO

1. “A pessoa honesta não tem necessidade de fazer juramento; um simples sim ou

não é suficiente”. (SUBSÍDIO, BEACON)

As letras da direita para esquerda segundo o alfabeto hebraico são:

Hebraico Pronúncia Letra

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יYodh ou Yud "Y"

הHe ou Hêi "H"

וWaw ou Vav "V"

הHe ou Hêi "H"

YHWH

Jeová

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Iavé

BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA de Estudo Defesa da Fé: questões reais, respostas precisas, fé solidificada. Rio

de Janeiro: CPAD, 2010.

BEACON,

DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento: uma exposição teológica e

homilética. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

JOYNER. O Deus único e verdadeiro. In: HORTON, Stanley M. (ed.). Teologia

Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD.

HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 1983.

MERRIL, Eugene H. Uma teologia do Pentateuco. In: ZUCK, Roy B. (ed.). Teologia do

Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

PFEIFFER, Charles. Dicionário Bíblico Wycliffe.

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SOARES, Esequias. Teologia: a doutrina de Deus. In: GILBERTO, Antonio (ed.).

Teologia Sistemática Pentecostal. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.