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por Kizito Sikuka A HISTÓRIA de sucesso da África Austral em converter-se de uma região deficitária de alimentos para uma zona excedentária de produção de cereais, ilustra a forma como as políticas agrícolas são fundamentais para o aumento da produção e para a melhoria da segurança alimentar na região. Desde a adopção de vários compromissos agrícolas, tais como a Declaração de Dar-es- Salaam sobre Agricultura e Segurança Alimentar, em 2004, a maioria dos Estados Membros da SADC tem registado boas colheitas a cada ano. Um relatório recente sobre o estado de vulnerabilidade à insegurança alimentar e a pobreza na SADC reconhece que, além de "as chuvas geralmente boas" vários Países estão implementando diferentes tipos de programas para aumentar a produtividade. Essas estratégias incluem maiores investir na melhoria de insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, bem como programas de subsídios direccionados aos agricultores que resultam no acesso a insumos e meios agrícolas com taxas mais baratas. Países como o Malawi, Zâmbia e Zimbabwe, que têm vigorosamente implementado programas de subsídios, tem visto a sua produção a aumentarem progressivamente. Por exemplo, a produção de milho na época agrícola 2007/08 triplicou, passando de cerca de 1,2 milhões de toneladas para 3,4 milhões de toneladas no Malawi. Este extraordinário aumento na produção tem ajudado a consolidar o orçamento do País que passou a poupar anualmente mais de 120 milhões dólares norte-americanos que eram usados na importação de alimentos. Alguns Estados Membros da SADC também alocam, pelo menos, 10 por cento dos seus orçamentos nacionais à agricultura e desenvolvimento rural para melhorar a segurança alimentar na região. Esta intervenção está em conformidade com a declaração da União Africana que apela para que se faça um investimento adequado para a agricultura. Esforços têm sido intensificados para melhorar infra-estruturas como estradas e ferrovias para promover o movimento de excedente de alimentos para áreas deficitárias de forma mais eficiente e mais barata. continua na página 2... POLÍTICA 3 ECONOMIA 4 INFRASTRUCTURA 5 TURISMO 6 ENERGIA 7 SUMÁRIO DA POLÍTICA 8-9 ENERGIA 10 MUDANÇAS CLIMÁTICAS 11 GÉNERO 12 CHINA-ÁFRICA 13 ELEIÇÕES 14 EVENTOS 15 HISTÓRIA HOJE 16 SADC HOJE Vol. 13 No 3 Abril 2011 Determinação para a segurança alimentar

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Page 1: Determinação para a segurança alimentar - sardc.net · insumos e meios agrícolas com taxas mais baratas. Países como o Malawi, Zâmbia e Zimbabwe, que têm ... os excedentes

por Kizito Sikuka

A HISTÓRIA de sucesso daÁfrica Austral em converter-sede uma região deficitária dealimentos para uma zonaexcedentária de produção decereais, ilustra a forma comoas políticas agrícolas sãofundamentais para o aumentoda produção e para a melhoriada segurança alimentar naregião.

Desde a adopção de várioscompromissos agrícolas, taiscomo a Declaração de Dar-es-Salaam sobre Agricultura eSegurança Alimentar, em 2004, amaioria dos Estados Membrosda SADC tem registado boascolheitas a cada ano.

Um relatório recente sobre oestado de vulnerabilidade àinsegurança alimentar e apobreza na SADC reconheceque, além de "as chuvasgeralmente boas" vários Paísesestão implementando diferentes

tipos de programas paraaumentar a produtividade.

Essas estratégias incluemmaiores investir na melhoriade insumos agrícolas, comosementes e fertilizantes, bemcomo programas de subsídiosdireccionados aos agricultoresque resultam no acesso ainsumos e meios agrícolas comtaxas mais baratas.

Países como o Malawi,Zâmbia e Zimbabwe, que têmvigorosamente implementadoprogramas de subsídios, temvisto a sua produção aaumentarem progressivamente.

Por exemplo, a produção demilho na época agrícola 2007/08triplicou, passando de cerca de 1,2milhões de toneladas para 3,4milhões de toneladas no Malawi.Este extraordinário aumento naprodução tem ajudado aconsolidar o orçamento do Paísque passou a poupar anualmente

mais de 120 milhões dólaresnorte-americanos que eramusados na importação dealimentos.

Alguns Estados Membros daSADC também alocam, pelomenos, 10 por cento dos seusorçamentos nac ionais àagricultura e desenvolvimentorural para melhorar a segurançaalimentar na região.

Esta intervenção está emconformidade com a declaraçãoda União Africana que apelapara que se faça uminvestimento adequado para aagricultura.

E s f o r ç o s t ê m s i d ointensificados para melhorarinfra-estruturas como estradas eferrovias para promover omovimento de excedente dealimentos para áreas deficitáriasde forma mais eficiente e maisbarata.

continua na página 2...

POLÍTICA 3

ECONOMIA 4

INFRASTRUCTURA 5

TURISMO 6

ENERGIA 7

SUMÁRIO DA POLÍTICA 8-9

ENERGIA 10

MUDANÇAS CLIMÁTICAS 11

GÉNERO 12

CHINA-ÁFRICA 13

ELEIÇÕES 14

EVENTOS 15

HISTÓRIA HOJE 16

SADC HOJE Vol. 13 No 3 Abril 2011

Determinação para a segurança alimentar

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Países, bem como em toda a regiãoda SADC.

Para a época 2010/11, osexcedentes de cereais na SADCestão estimados em 2,3 milhões detoneladas, e vários Estados-Membros esperam obter uma boacolheita.

A África do Sul estima que teráum excedente de milho de cercade 6.000.000 toneladas, o quepode ser exportado para Paísesvizinhos que precisarem deimportação adicional.

No entanto, apesar do registo deexcedente de cereais na região, onúmero de pessoas que necessitamde assistência alimentar e nãoalimentar na SADC continua a seruma característica normal, devido avários factores.Esses factores incluem os elevadospreços dos combustíveis, insumosagrícolas e alimentares, bem como abaixa renda, os baixos preços dealgumas das colheitas e surtos dedoenças animais.

A SADC está a trabalhar nosentido de resolver alguns destesdesafios através da bonificação deprogramas de importação, bemcomo melhoraria dos preços paraprodutos de rendimento.

Para lidar com as secas, osEstados membros da SADC têmintensificado os esforços parainvestir na irrigação, uma vez que adependência excessiva daagricultura de sequeiro tem tidoimpacto na produção agrícola.

Por isso, é importante que ocaminho a seguir seja a promoçãode centros de produção sustentávelde alimentos, promoção detecnologias de irrigação adequada e

de boa gestão e uso eficiente doslimitados recursos hídricos.

Assim, o desenvolvimento deinfra-estrutura regional da águatorna-se importante, pois não só vaigarantir a segurança da água parairrigação, mas também seriamusados para outras demandas,incluindo a produção de energia,meio ambiente, mitigação decheias, abastecimento doméstico deágua e saneamento.

O potencial para irrigar a terrana região da SADC é grande umavez que região está extremamentedotada de cursos de água, como asBacias do Congo, Limpopo eZambeze.

Para aumentar a produção,alguns Países da SADC iniciaramreformas agrárias uma vez que aterra é um dos mais importantesfactores primários de produçãopara a maioria dos Estados-Membros

A terra é o factor mais limitativopara o alcance da segurançaalimentar sustentável a nívelnacional e familiar.

Daí que a garantia do acesso àterra e à segurança da sua posseconstituem as condições essenciaispara permitir que os produtoresinvistam na terra, melhorem aprodutividade das suas fazendas emelhorem a sua subsistência.

A Cimeira Extraordinária sobreAgricultura e Segurança Alimentar,realizada em Da-es -Salaam em2004, concordou que os Estados-Membros devem acelerar asiniciativas de política de reformaagrária.

No entanto, o progresso temsido lento em alguns Países devido

A grande dimensão da região eas diversas variações agro-ecológicas e climáticas garantemum bom potencial de produção emalgumas partes da região duranteum determinado ano, daí anecessidade de se movimentar oexcedente da produção para áreasque requerem alimentos adicionais.

O comércio transfronteiriçotem desempenhado um papelfundamental neste contexto,permitindo que a região seja auto-suficiente em alimentos.

Outra intervenção importanteque tem sido empregada pelaSADC para evitar a insegurançaalimentar na região tem sidoa criação de unidades dearmazenagem agrícola, tais comosilos.

Os silos têm ajudado os Paísesmembros à armazenarem as suascolheitas e excedentes de cereaispara uso em épocas pobres. Umestudo recente da Organização dasNações Unidas para Alimentação eAgricultura (FAO) estima que amaioria dos países da ÁfricaAustral perde até 40 por cento dasua produção após a colheita porcausa de instalações inadequadasde armazenamento.

Para melhorar a segurançaalimentar na região, a SADC temincentivado os Países a continuara produzir outros cereaistradicionais como o soja e cevada,bem como culturas não cerealíferascomo mandioca e banana.

Esta mudança do milho que éclaramente uma cultura vulnerávela seca ajudou a África Austral aevitar a fome devido a secapersistente que tem sido agravadapela crise financeira global e pelosefeitos das mudanças climáticas.

Segundo um relatório da SADCsobre o estado de segurançaalimentar, registou-se um aumentode 32 por cento na produção decereais, entre 2005 e 2009. (Vejatabela).

No período em análise, o maioraumento foi registado emBotswana (embora não seja umgrande produtor de cereais naSADC), ilustrando assim a formacomo todos os Países estãotrabalhando para aumentar aprodução e melhorar a segurançaalimentar nos seus respectivos

2 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

continuação da página 1...

Determinação para a segurança alimentar

Produção de cereais na região da SADC, entre 1996 e 2010

à falta de recursos financeirossuficientes para a compra deterrenos a preços de mercado,que são frequentemente muitoelevados.

O Conselho de Ministros daSADC aprovou em 2010 a criaçãodo Centro de Coordenação dePesquisa e DesenvolvimentoAgrícola da África Austral(CCARDESA) para coordenar apesquisa agropecuária, geração detecnologias e divulgação deinformações de pesquisa.

A criação de uma organizaçãosub-regional para este efeito é parteda implementação do ProgramaMultilateral de ProdutividadeAgrícola da SADC (MAPP), cujoobjectivo é promover a produção ea produtividade agrícola, com afinalidade de reduzir a insegurançaalimentar na região.

A agricultura é a espinha dorsalda maioria das economias daÁfrica Austral e a SADCidentificou este sector como umaprioridade para odesenvolvimento.

A Declaração de Dar-es-Salaamsobre Agricultura e SegurançaAlimentar, que tem sido objecto derevisão, identifica uma série deáreas prioritárias em que a ÁfricaAustral deve centrar-se a curtoprazo (2004-2006) e a médio e longoprazo (2004-2010) para alcançar asegurança alimentar na região.

Medidas a curto prazo incluema disponibilidade e acesso aosprincipais insumos agrícolaspara os agricultores, constituídopor variedades de sementesmelhoradas, fertilizantes, agro-químicos, serviço de preparo eimplementos agrícolas.

A médio prazo e longo prazo, oslíderes da África Australconcordaram em cumprir a metada União Africana de destinar pelomenos 10 por cento dos seusorçamentos nacionais à agriculturae desenvolvimento rural.

Um relatório recente elaboradopelos Ministros da Agricultura eSegurança Alimentar da SADCrefere que a implementação dadeclaração tem contribuídosignificativamente para asegurança alimentar na região ealguns Países tem tido boascolheitas nos últimos anos. rFonte: Estado de vulnerabilidade à insegurança alimentar e a pobreza na SADC

Milho Soja/Cevada Trigo Arroz Tendência 2005-2009 Média

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lada

s Mét

ricas

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Membro da SADC e estaorganização continua a gastaros seus recursos para ajudar aspessoas de Madagáscar naresolução da situação queprevalece actualmente no seuPaís", afirmou Geingob.

Ele disse que o Conselhoinstruiu o Secretariado paracontinuar a pressionar oMadagáscar e reportar aosministros na sua próximareunião em Agosto.

O Conselho de Ministros foicriado pelo artigo 11 do Tratadoda SADC para supervisionar ofuncionamento edesenvolvimento da SADC,monitorar a implementaçãodas suas políticas e a execuçãode seus programas.

As suas atribuições incluemaconselhamento a Cimeirasobre questões de políticageral, funcionamento eficaze h a r m o n i z a d o edesenvolvimento da SADC,aprovando as políticas,estratégias e programas detrabalho, bem como coordenare supervisionar as operaçõesdas instituições subordinadasda SADC.

O Conselho reúne-seordinariamente duas vezespor ano, primeiro por volta deFevereiro / Março para avaliara implementação das suasdecisões anteriores, incluindoas despesas financeiras dasinstituições da SADC, bemcomo aprovar o orçamentodas mesmas instituições parao ano fiscal seguinte, quecomeça anualmente a 01 deAbril.

O Conselho reúne-senovamente em Agosto parapreparar a Cimeira anualOrdinária de Chefes de Estadoe de Governo da SADC,incluindo deliberar sobrequestões estratégicas daintegração regional. r

O CONSELHO de Ministrosda SADC aprovou umafórmula revista para adistribuição anual dascontribuições dos EstadosMembros que entra em vigor a1 de Abril de 2011.

O Presidente do Conselhode Ministros da SADC, oDr. Hage Geingob, disse quea fórmula revista foid e s e n v o l v i d a e mreconhecimento de aumentossignificativos no crescimentoeconómico dos Estados-Membros, medida peloaumento do Produto InternoBruto (PIB).

"A nova fórmula baseia adistribuição das contribuiçõesdos estados membros na médiaanual do PIB dos últimos cinco,e não três anos, a fim desuavizar as variações no PIB, emantém o limite de 20 porcento de base, excepto paraos Estados-Membros compopulação de 500 .000habitantes ou menos", disseGeingob que é Ministro doComércio e Indústria daNamíbia.

Desde Abril de 2003, ascontribuições orçamentais dosEstados Membros da SADCtomavam em conta o nívelrelativo do PIB, que é vistocomo uma base mais justa esustentável.

O Conselho aprovouum orçamento de 83,5 milhõesdólares norte-americanospara 2011/12 destinado paraas instituições da SADC,que é 10 por cento superiorao montante estabelecidopara o ano financeirode 2010/11 que é de 76,3milhões dólares. Esteorçamento visa facilitar ai m p l e m e n t a ç ã o d eintervenções em programasaprovados e serv içoscorporativos.

Para este orçamento, osEstados-Membros devemfornecer 26 milhões de dólaresreferentes as suas contribuiçõesanuais.

Eles também deverãocontribuir com mais 3,4milhões de dólares e ainda 2milhões para o pagamentodos encargos da sede daS A D C e P r o j e c t o stransfronteiriços de HIV eSIDA, respectivamente.

Após a abertura da sede daSADC em Novembro de 2010pelos Chefes de Estado e deGoverno, os Estados-Membrostêm assumido uma obrigaçãofinanceira adicional em baserecorrente para os próximos 15anos.

O s p a r c e i r o s d edesenvolvimento deverãocontribuir com 51,5 milhõesdólares para o orçamentoaprovado para o ano fiscal de2011/12, ou 72,36 por cento daquantidade solicitada para oexercício seguinte.

Todos os Estados-Membros,com excepção de Madagáscartêm as suas quotas anuaisactualizadas na SADC.temcontribuições pendentes paraos anos 2009/10 e 2010/11.

"O Secretariado da SADCcontinua a pressionar oMadagáscar sobre o assuntoporque , embora es te jasuspenso até o seu retorno ànormalidade constitucional, oMadagáscar ainda é um Estado

Papel da Conferência Consultiva vaiser revisto

CONSELHO DE Ministrosda SADC mandatou a Tróikapara analisar "o papele as modal idades defuncionamento da ConferênciaConsultiva", na sequência dosdesafios que levaram aoadiamento da conferência queestava agendada para oLesotho em 2010.

Em Agosto de 2010, oConselho tinha aprovado que aConferência Consultiva daSADC e os seus Parceiros deCooperação Internacional (PCI)deveria ser realizada emMaseru, em Outubro do anopassado sob o tema " CriseFinanceira e Económica Global:Impactos e Lições para aintegração económica regionalda SADC."

No entanto, os PIC, atravésda delegação da UniãoEuropeia, em Gaborone,

solicitaram um adiamento daconferência de Outubro de 2010para uma data a ser acordadaem 2011.

"Tendo em consideraçãotodos os desafios que levaramao adiamento da ConferênciaConsultiva mandatamos aTroika - Altos Funcionários edo Secretariado – parareverem o papel e a sm o d a l i d a d e s d ef u n c i o n a m e n t o d aConferência Consultiva nocontexto da Declaração deWindhoek e apresentar umrelatório com recomendaçõespara a consideração peloConselho em Agosto de 2011,a fim de determinar o caminhoa seguir", disse o Presidentedo Conselho de Ministros,Hage Geingob, no final dareunião do Conselho naNamíbia em Março. r

P O L Í T I C A

Conselho de Ministros aprova orçamentoContribuições dos Membros baseadas no PIB

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 3

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4 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

ÁFRICA AUSTRAL continua afazer uma recuperação gradualdesde a crise financeira globalque afectou grande parte domundo desde 2008.

As previsões económicasfeitas pela maioria dos EstadosMembros da SADC revelam quea economia regional deverá,mais uma vez experimentar umcrescimento em 2011, uma vezque alguns sectores importantescomo a agricultura, mineraçãoe manufacturas começarama recuperar da recessãoeconómica.

Por exemplo, Angola prevêque a sua economia cresça 7,6por cento este ano. O Ministrodas Finanças, Carlos AlbertoLopes, apontou o elevadopreço do petróleo no mercadointernacional como um dosprincipais contribuintes para ocrescimento económico.

Angola produz cerca de 1,9milhões de barris de petróleopor dia, e no ano passadosuperou a Nigéria como maiorprodutor de petróleo docontinente.

O Botswana prevê umcrescimento económico de cercade 6,8 por cento em 2011 e de 7,1por cento no ano seguinte.

O Ministro das Finanças,Kenneth Matambo, disse que arecuperação do sector demineração e uma perspectivade crescimento estável no restoda economia faz com que aperspectiva económica doBotswana seja boa.

"As vendas de diamantes em2010 eram 33 por centosuperiores que em 2009. Nósesperamos melhorar as vendasde diamantes em 2011 e além,com a recuperação do mercadode diamantes para os níveis dapré-recessão em 2013 ", disse ele.

Ele foi, porém, rápidos emapontar que o crescimento daeconomia do Botswana, amédio e longo prazo, ainda estámuito dependente do sector demineração, e instou o País aprosseguir os seus esforços dediversificação para outrossectores.

Os dados disponíveismostram que todos os Países

que diversificaram para outrossectores não foram duramenteafectados pela crise financeiramundial, e os estados Membrosda SADC beneficiariam maiscaso alargassem a sua baseeconómica para assegurar asustentabilidade a longo prazo.

Outro País da SADC, queprevê um aumento docrescimento económico em2011 é o Malawí com uma metafixada em 6,2 por cento.

No ano passado, o aumentofoi de 7,2 por cento e Ministro

das Finanças, Ken Kandodo,disse que a ligeira quedadeveu-se à desaceleração daindústria manufactureira e detelecomunicações.

As boas colheitas e ocrescimento consecutivo nosector manufactureiro têmajudado a impulsionar aeconomia do Malawi nosúltimos anos.

As Maurícias tambémesperam um crescimentoeconómico de mais de 4 porcento em 2011. O País dependefortemente da indústria têxtil,turismo e das exportações deaçúcar, embora também tenhaum f lorescente centrofinanceiro e diversificação paraoutros sectores, comotecnologia da informação.

Essa diversificação temajudado a amortecer o impactodo turismo uma vez que estefoi um dos sectores maisatingidos pela crise económica.O turismo gera cerca de 10 porcento do PIB das Maurícias.

Moçambique tem a previsãode um crescimento de

E C O N O M I A

Economia da SADC vai crescer em 2011crescimento de 7,2 por centoeste ano, com o Primeiro-Ministro, Aires Ali, a indicarque o crescimento seráimpulsionado por um melhordesempenho da agricultura.

Ele disse que o Paíspretende incrementar cerca de2,4 bilhões dólares norte-americanos das exportações,um aumento de 15 por cento.

A maior economia da SADC,a África do Sul, fez uma previsãode crescimento económico de 3,4por cento este ano.

A República Unida daTanzânia, disse que a suaeconomia cresceria 7,2 porcento este ano, contra os 7,0 porcento estimados em 2010.

Um último relatório doBureau Nacional de Estatísticasaponta enormes melhorias nostransportes, construção e nosector das comunicações comoos principais contribuintes paraeste aumento.

O transporte e o desempenhoimpressionante de comunicaçãosão vistos como um dos factoresdo aumento no volumede mercadorias manuseadas,especialmente nos postos defronteira, como o porto de Dar-es-Salaam.

A Zâmbia e o Zimbabwe sãoos outros dois Países da SADC,que prevêem um crescimentoeconómico em 2011.

A Zâmbia espera umcrescimento de cerca de 6,5 porcento impulsionado pelasubida nos preços do cobre emelhorias na agricultura.

Ministro de Mineração,Maxwell Mwale, espera que a

produção de cobre suba para850.000 toneladas este ano,contra as cerca de 750.000toneladas do ano passado,devido à expansão de algumasdas minas.

O Ministro das Finançasdo Zimbabwe, Tendai Biti,anunciou ao apresentar oorçamento de 2011 que aeconomia nacional do Paísdeverá crescer 9,3 por centoeste ano

A economia cresceu em2009, pela primeira vez em uma

década, em cerca de 4,7 porcento. Em 2010, o aumentodeveria ser de 8,1 por cento.

Biti citou o aumento daprodução nos sectores demineração e manufactura, oaumento da produção agrícola,principalmente o cultivocomercial de tabaco, bem comoo registo dos elevados preços doouro no mercado internacionalcomo os principais contribuintespara este aumento.

No entanto, analistasdisseram que as sançõeseconómicas impostas aoZimbabwe pelos estadosUnidos e pela Uniãoeuropeia têm contribuídos igni f i ca t ivamente pararetardar o programa nacionalde recuperação económica.

Com base nas projecçõeseconómicas dos Países daSADC, a região está saindo dacrise financeira global e a suamissão agora é garantir queessa recuperação seja mantidacaso pretenda alcançar odesenvolvimento sustentávelna região. sardc.net r

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 5

A I N I C I AT I VA d edesenvolvimento de infra-estruturas do Corredor Norte-Sul a ser implementada peloCOMESA, EAC e SADC estáregistar progressos.

No âmbito desta iniciativa,as t rês comunidadeseconómicas regionais, vãoreabilitar infra-estruturasessenciais, tais como linhasférreas e postos fronteiriços naÁfrica Oriental e Austral.

Mais de 1,2 biliões dólaresnorte-americanos foram

mobilizados inicialmente paraimplementar o Projecto doCorredor Norte-Sul. Os planosincluem a construção de maisde 8.000 km de estradas,reabilitação de 600 km de linhasférreas e modernização do portode Dar-es-Salaam, na RepúblicaUnida da Tanzânia - um dosmaiores e mais movimentadosportos em África.

Numa reunião realizada naZâmbia, no ano passado, oschefes das agências dedesenvolvimento rodoviário oudepartamentos de estradas doCOMESA, EAC e SADCidentificaram 19 projectosprioritários de estrada queforam submetidos ao Grupo deTrabalho Tripartido para seremfinanciadas pela conta doFundo Tripartido.

Os fundos necessáriospermitiriam manter em bomestado toda a rede rodoviáriaem toda a sua extensão entreDar-es-Salaam e Durban, e emseguida, seriam suficientespara manter a estrada nessacondição até 2030.

Os custos iniciais (primeiroano) de manutenção e dereabilitação são estimados emcerca de 1,25 bilião de dólares,uma vez que precisam de serfeitos significativos trabalhosde recuperação e manutençãoem atraso.

No entanto, uma vez que oatraso inicial está a ser atacado,os cus tos anuais demanutenção reduziramsignificativamente para ospróximos 20 anos.

No segundo ano, os custosde manutenção de toda a rede(excluindo as estradas daÁfrica do Sul) estão estimadosem cerca de 75 milhões dólaresnorte-americanos.

Como a manutençãoperiódica adicional precisa serfeita, os custos sobem de talmaneira que, os custos demanutenção no sexto ano serãode cerca de 600 milhões dedólares, caindo para cerca de450 milhões no sétimo ano.

Foi também feito progressono sentido de lançar o conceitode posto fronteiriço deparagem única que visa reduzira quantidade de tempo gastopelas pessoas e motoristas decamiões e o desalfandegamentode mercadorias nos postos defronteira na região.

A luz do regime de postofronteiriço de paragem única,os passageiros são sujeitos aapenas a uma inspecção no Paísde entrada em contraste com a

situação actual em que osviajantes têm de serinspeccionados em ambos oslados da fronteira.

O posto fronteiriço deparagem única em Chirundu,entre a Zâmbia e o Zimbabwe,foi formalmente inauguradoem Dezembro de 2009 comouma referência para aintegração regional entre osEstados Membros da SADC.

Chirundu foi um dos postosfronteiriços seleccionados paraa fase piloto da iniciativa deposto fronteiriço de paragemúnica que visa facilitar ocomércio e livre circulação debens e serviços entre acomunidade regional de 15membros.

U m d o s p r i n c i p a i sc o n s t r a n g i m e n t o s a odesenvolvimento económico,alívio da pobreza e criação deemprego nas três regiões é oalto custo de negócios foradas fronteiras. O custo dotransporte está directamenteligado ao custo dasmercadorias ao consumidorfinal.

Estima-se que o custo médioque um camião de transporteespera para completar asformalidades alfandegárias numposto de fronteira na região daSADC, COMESA e EAC estáentre 400 e 500 dólares norteamericanos por dia. Algunscamiões levam até cinco diaspara sair de uma fronteira,

I N F R A S T R U C T U R A

Corredor Norte-Sul vai impulsionar o comércio na África oriental e austral

Ponte Samora Machel reabre para onegócio

o que aumenta os custos finaisdos transportadores e dosimportadores.

A o u t r a g r a n d epreocupação para o grupotripartido SADC-COMESA-EAC é a reabilitação das infra-estruturas de transporte quetem sido tradicionalmentefeita de forma isolada, o quesignifica que não existe umacoordenação de projectos paramelhorar a rede viária.

O conceito de corredorNorte-Sul visa suprir estadeficiência por ter um númerode projectos que estão inter-relacionados e que tratam deinfra-estruturas ferroviárias erodoviárias, reduzindo otempo necessário paraa t r a v e s s a r o s p o s t o sfronteiriços, infra-estruturaportuária e, mais tarde,energia e infra-estrutura deTecnologias de Informação eComunicação. r

A REABILITAÇÃO da ponteSamora Machel sobre o rioZambeze, na cidade ocidentalde Tete, em Moçambique, foifeita para que esta ponte duremais 30 anos, afirmou o vice-Ministro das Obras Públicas,Francisco Pereira, na cerimó-nia de reabertura a 30 deJaneiro.

A ponte é parte da estradaprincipal entre o Zimbabwe eMalawi, e foi fechado em 2008

para reformas. No entanto,devido à sua importância paraa economia regional, algumascondições foram postas emprática para garantir que aponte não fosse totalmentefechada para o tráfego.

O custo total para areparação é estimado em cercade 23 milhões de dólares norte-americanos. Em média, cercade 800 caminhões utilizam aponte diariamente. AIM r

A ÁFRICA do Sul vai gastarmais de 800 biliões de Randsao longo dos próximos trêsanos em novas centraiseléctricas, redes de estradas,represas e condutas deabastecimento de água,instalações portuárias eferroviárias, escolas, hospitaise prédios do governo, afirmouo Ministro das Finanças,Pravin Gordhan.

Os projectos prioritáriosincluem a estação de energiaMedupi que tem capacidadepara produzir cerca de 4.700megawatts de electricidade.Outros projectos são o gasodutomulti-produto Transnet, que vaigarantir o fornecimento decombustível no interior eum regime de melhoria daa u t o - e s t r a d a , q u e j ádiminuiu significativamente ocongestionamento nas estradasde Gauteng. BuaNews r

África do Sul vaigastar 800 biliões deRands em infra-estrutura

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6 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

T U R I S M O

A ÁFRICA Austral tem umenorme potencial turísticocompleto que precisa de umforte investimento em infra-estruturas essenciais, comoestradas, para promover acirculação das pessoas e bensna região.

O Director de Infra-estruturas e Serviços da SADC,Remi Makumbe, disse numrecente Fórum de Promoção deInvestimentos e Turismo daSADC, em Bruxelas, que épossível ter infra-estruturasperfeitas caso haja mudança deparadigma no financiamentodas infra-estruturas e serviçosturísticos.

A "promoção de pacotesturísticos regionais, com basena comercialização conjunta daSADC como um destino único"é também crucial paraimpulsionar as chegadas àregião, disse Makumbe.

"É imperativo que noscomprometamos plenamenteno desenvolvimento de infra-estruturas que permitam

desbloquear as oportunidadesem diferentes estânciasexót icas" , d i sse e le ,acrescentando que "isto irá,sem dúvidas, melhorar a nossacompetitividade tendo emconta que a corrida global paraos turistas continua a ser umarealidade."

Essa mudança poderiaser alcançada através doestabelecimento de fortesparcerias público privadas(PPPs), que são críticas para odesenvolvimento sustentáveluma vez que elas promovemuma situação de vencedorescolectivos tanto para o interessepúblico e como para o parceiroprivado.

Makumbe disse queenquanto infra-estruturasfísicas, tais como estradas"facilitam um confortávelacesso e transparente para asnossas estâncias turísticas", hátambém necessidade da SADCintensificar os seus esforçospara melhorar os aspectosrelacionados com a questão dos

vistos, imigração e facilitaçãotransfronteiriça. "

A SADC identificou umasérie de projectos de facilitaçãopara impulsionar as chegadas.No entanto, vários desafiosdificultam o processo deimplementação.

Estas iniciativas incluemplanos para o lançamento deum visto único na SADC(Univisa) que permite que osturistas de fora da regiãoobtenham somente um vistopara visitarem todos os Paísesda SADC.

Cinco Estados-Membrosestão liderando o processode execução - Botswana,Moçambique , Namíbia ,Swazilândia e Zimbabwe.

Outras iniciativas são oinvestimento em infra-estruturas turísticas, comespecial ênfase sobre as Áreas deConservação Transfronteiriça(ACTFs), promovidas ao abrigoda iniciativa “África AustralIlimitada” que foi o projectoâncora da estratégia de turismopara Copa do Mundo de Futebolrealizada em 2010 na África doSul.

O Programa de Promoçãode Investimentos da SADC2010, que foi lançado pelacimeira da SADC em 2009, éoutro projecto, bem como aimplementação de projectos deeficiência transfronteiriça e acriação de postos de fronteira esem descontinuidades atravésdo conceito de PostoFronteiriço de Paragem única(OSBP).

Makumbe pediu maiscooperação entre a SADC e aUnião Europeia uma vez que aZona Euro "continua a ser aprincipal fonte de mercado parao turismo na SADC. Apelamosaos nossos parceiros europeus aconsiderar que confiram um"estatuto de destino preferido'para a nossa região".

A região da SADCcontinuará a se concentrar nacomercialização da África

Austral como um destino únicodo turismo “a medida quebuscamos maximizar as nossasoportunidades com base nacolectividade como umaregião", disse Mukumbe.

"Nós continuamos ademonstrar os nossos produtost u r í s t i c o s , q u e s ã ocaracterizados por produtosexc lus ivos , esp lendorinigualável e uma calorosarecepção com impressõesduradouras. A nossaexpectativa é que o turismopossa mudar o ritmo e o cursodas economias dos 15 Países daSADC, e que o turismo se torneo epicentro do ressurgimentodo nosso crescimentoeconómico, guiado pela nossavisão comum, valores, destinoe um futuro compartilhado."

O turismo é um factor naeconomia da maioria dosPaíses da SADC, e a região estádotada de inúmeras atracções.

Estas incluem o VictoriaFalls entre a Zâmbia e oZimbabwe, o deserto doNamibe, na Namíbia, o MonteKilimanjaro, na Tanzânia eCape Town, na África doSul, locais históricos, taiscomo Great Zimbabwe e Ilhade Moçambique, as praiascosteiras, parques e reserva decaça cheias de vida selvagem,dramática paisagem, e da ricacultura tradicional de toda aregião.

O Fórum de Promoção deInvestimentos e Turismo naSADC, realizado em meados deFevereiro, foi organizado emnome dos Estados-Membrospelo Secretariado da SADCcom o apoio do Grupo deEmbaixadores da SADC, naBélgica.

Outros parceiros forama União Europeia, ACP / UEe PROCINVEST. Partesinteressadas relevantes, taiscomo a Organização Regionaldo Turismo da ÁfricaAustral (RETOSA) tambémparticionaram no fórum. r

Fórum de Promoção de Investimentos e Turismo na SADCPotencial turístico completo precisa de promoção conjunta einfra-estrutura de desenvolvimento

A ORGANIZAÇÃO Regionaldo Turismo da África Austral(RETOSA) diz que a região estátrabalhando para melhorar aimagem de cada País de formaa melhorar o fluxo do turismona SADC.

O Director Executivo,Francis Mfune, fez estaafirmação em Harare duranteum encontro de cortesia com aVice-Presidente do Zimbabwe,Joice Mujuru,.

Ele disse que algunsEstados-membros foramconfrontados com os desafiosda imagem que estãoimpedindo o crescimento doturismo, apesar das atracçõesturísticas naturais e da ricacultura que oferecem.

Ele disse que os Paísesmembros devem melhorar a sua

imagem através da participaçãoem carnavais regionais einternacionais e exposições deturismo, tais como o realizadonas Seychelles.

O Carnaval das Seychellesfoi realizado de 4-5 de Março eatraiu numerosos Países daregião. r

SADC na construção da imagem turística

Festejos do Carnaval nas Seychelles

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 7

O RECÉM-LANÇADOs i s tema de negoc iaçãocompetitiva de energia regionalno sentido de impulsionar ointercâmbio de energia eléctricaem toda a região está a registarprogressos graduais, com maiscomércio entre os países-membros.

O Grupo de Empresas deElectricidade da ÁfricaAustral (SAPP), que coordenao planeamento, produção,transmissão e comercializaçãode energia eléctrica em nomedas empresas dos Estados naregião da SADC, afirmou queum trabalho significativo foiefectuado desde que foi abertoo Dia do Mercado Antecipado(DAM) para negociação aovivo a 15 de Dezembro de2009.

A venda total de 367.704Megawatt por hora (MWh) e acompra de 156.787 MWhforam feitas na plataforma denegociação do DAM a partirde Janeiro. (Veja tabela)

O SAPP afirmou que 41.519MWh foram obtidos naplataforma de negociação doDAM. No entanto, somente26.040 MWh foramnegociados, o que representaaproximadamente 1 por centoda quota de mercado.

"Um total de 15.479 MWhforam obtidos, mas nãopodiam ser negociados devidoa limitações de transmissão.Isso representa 37,3 por centodo que foi combinado ", disseo SAPP.

O SAPP referiu que asr e c e i t a s e r a m b o a sacrescentando que no seio domercado foram conseguidosmais de 60 por cento do tempopara uma média de cerca de 20horas num dia.

Em alguns dias, o mercadocruzado operou 24 horas e opreço médio foi de 14cêntimos por cada hora do Kw(14 USc/KWh).

As negociações dos preçossão definidas pelo vendedor eadministradas pelo SAPP. O

inconsistência participaçãodos membros e balanceamentodas prioridades nacionais. r

A ÁFRICA Austral esperaimplementar seis projectos deenergia que irão acrescentarcerca de 1,250 Megawatts(MW) de electricidade para aregião em 2011.

A energia virá da África doSul, que pretende produzirum total de 530 MW e oZimbabwe, 300 MW. Angolavai contribuir com 150 MW, aRepública Democrática doCongo, com 80 MW, enquantoo Botswana vai acrescentarcerca de 120 MW e a Namíbiacerca de 20 MW.

No entanto, cerca de 1,110MW de energia nova seráadicionada à rede regionaluma vez que Angola aindanão está ligada à rede que égerida pelo Grupo deEmpresas de Electricidade daÁfrica Austral.

Em 2010, o SAPPacrescentou cerca de 1,110MW de electricidade. No anode 2009, o SAPP acrescentouum total de 2,187 MW, contrauma meta prevista de 2,400MW.

As empresas dos Estados-membros identificaram uma

resto do comércio é feito porcontratos bilaterais de longoprazo com taxas fixas.

Os preços também sãodefinidos com base nademanda e oferta entre osserviços públicos nos Paísesonde o SAPP opera.

O SAPP refere que aparticipação das empresasmembro subiu para oitocontra os anteriores cinco deSetembro de 2010 e seis dasempresas estão activas numabase diária. Espera-se quemais empresas integrem ogrupo brevemente.

No entanto, vários desafiostêm sido observados nocomércio de DAM. Estes

incluem diferenças de preçosentre compradores ev e n d e d o r e s , b a i x a e

E N E R G I A

Sumário das propostas submetidas até 31 de Janeiro de 2011

Reabilitação e novos projectos

Sistema regional de comercialização de energia está activo

SAPP espera produzir 1,250 MW em 2011série de projectos prioritáriospara implementação nospróximos anos para resolvera situação de crise deenergia na região. (Veja tabela)

Por exemplo, entre 2011 e2015, o SAPP esperaimplementar projectos queacrescentarão cerca de 16, 870MW de electricidade para arede regional, permitindo quea região satisfaça a oferta e aprocura.

A região da SADC temsofrido escassez de energiaque datam de 2006, devidoa uma combinação defactores, incluindo adiminuição da capacidade deprodução de excedente contrao aumento da procura.

A escassez actual ocorreapesar do enorme potencialde produção que existe naregião desde hídrica, eólica,gás e energia solar. r

Fonte: SAPP

Fonte: SAPP

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8 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

Sumário da Política de Energia No. 5, Abril 2011

Segurança energética e a procura da auto-suficiência1.0 IntroduçãoÁFRICA AUSTRAL delineou há mais de duas décadas a suaestratégia de política energética em diversos documentos como oProtocolo da SADC sobre a energia (1996), a estratégia deCooperação e Política de energia da SADC (1996) e o Plano deActividades de energia da SADC (2000).

Apesar de agora estar desactualizado e já em análise, o quadropolítico pelo menos incentiva uma abordagem regional para odesenvolvimento do sector da energia. No entanto, estaabordagem até agora não tem sido apoiada por acções concretasno terreno, os Estados-Membros optam frequentemente por aquiloque pode parecer opções mais fáceis de curto prazo em função daescassez actual, opções que na realidade são insuficientes paralidar com as necessidades de energia da região a longo prazo.

2.0 Contexto ActualO Grupo de empresas de electricidade da África Austral (SAPP)informou no início de 1999 que a demanda por energia na SADCestava a aumentar mais rápido que a capacidade de produção. estegrupo alertou que a região enfrentaria escassez a partir de 2007,salvo se uma acção imediata fosse desencadeada para investir emnovas capacidades de produção.

O Conselho do SAPP condenou a falta de grandesinvestimentos no sector de energia da África Austral nos últimos20-30 anos.

A média regional de crescimento das necessidades de energiaeléctrica é actualmente estimada em cerca de cinco por cento porano contra o baixo índice de projectos destinados a impulsionar aprodução de energia. Isso resultou na carência de energia namaioria dos Países da SADC.

Como medida paliativa, o SAPP tem promovido o uso dagestão de políticas da procura (DSM) que em certa medida,conseguiram imobilizar a demanda total na região. Por exemplo, ocrescimento da demanda de pico foi inferior a um por cento em2008 em relação a 2007.

Com base na previsão de carga actual, exceptuando-sequaisquer medidas DSM, a região da SADC está preparada paracontinuar com o défice de produção até 2014, esperando-se que asituação comece a melhorar, caso sejam implementadosatempadamente os projectos de produção já previstos.

Para além das medidas DSM, a SADC também tem procuradofazer investimentos em desenvolvimento de infra-estrutura deenergia a longo dos últimos anos.

A maioria dos projectos de energia leva muito tempo,especialmente os grandes projectos regionais que podem levar atésete anos a partir da data do início da construção da central até aaltura em que os consumidores começam a ligar as luzes nas suascasas.

3.0 Os Desafios e OportunidadesO longo período que se levou antes que significativos investimentosfossem canalizados para projectos de energia de relevância regionale do padrão de início de projectos identificados até ao momento,sugere que existem inúmeros desafios que precisam de umaabordagem regional para o desenvolvimento de energia.

Evidentemente, o maior desafio é o enigma interesse nacionalversus regional. Isto pode se manifestar como resultado de muitosfactores. A escassez de energia pode facilmente ser uma batataquente, especialmente em épocas de eleição. Assim como apressão dos consumidores é feita em casa, a tendência é muitasvezes a introspectiva, apostando-se em projectos menores, que sãomenos complexos e têm um tempo de duração mais curto. Masserá que isso é sempre a melhor opção?

Numa proposta de Plano do Grupo das Empresas deElectricidade com base em diferentes cenários e um horizonte deplaneamento que se estende até 2020, o SAPP destacou osbenefícios decorrentes da realização de projectos em conjuntocomo uma região em vez de Estados-Membros individualmente.

Esse caminho não só resultaria numa melhor coordenação eoptimização, mas pouparia cerca de 48 biliões no horizonte deplaneamento.

O segundo desafio é a falta políticas adequadas e aincompatibilidade de prioridades entre os Estados-Membrosenvolvidos. A implementação de projectos identificados tem sidolenta na medida em que alguns se tornaram moribundos devido auma série de obstáculos políticos.Por exemplo, a interligação Malawi, Moçambique, que foi umprojecto prioritário por muitos anos e que já tinha umfinanciamento assegurado do Banco Mundial acabou ficando semfinanciamento em 2010 devido a uma incompatibilidade deprioridades por parte dos dois Países envolvidos.

O Projecto Westcor de 3.500 Megawatt (MW) de energia que foiiniciado por cinco países - Angola, Botswana, RDC, Namíbia e

Nota: A ZESA tinha suspendido a procura, caso contrário o seu pico seria de 2000MW

Fonte: SAPP

Procura de electricidade na SADC

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 9

diferentes instrumentos reguladores e que não existe umaentidade regional na África Austral que possa assinar acordosfinanceiros em nome dos Estados-Membros envolvidos emqualquer projecto regional.

Um caso ilustrativo é a linha de transmissão Zimbabwe,Zâmbia, Botswana, Namíbia (ZiZaBoNa) que liga os quatro Países.Enquanto o SAPP está actualmente a desempenhar funções degestão e coordenação, a responsabilidade de angariar recursosfinanceiros foi deixada para os quatro Governos. O sucesso doprojecto está, portanto, à mercê da capacidade de cada Estado-Membro de angariar os recursos necessários.

4,0 Conclusões e Recomendações

4.1 ConclusõesEm geral, a busca por segurança energética regional na SADCsempre envolveu um delicado equilíbrio entre os interessesnacionais e regionais. No meio de uma escassez aguda, os Estados-Membros têm vindo a tomar o caminho soberano de tentaralcançar a auto-suficiência nacional, ao invés de depender dofornecimento de outro País.

A atracção é geralmente o menor período de gestação deprojectos nacionais em relação a grandes instalações energéticasregionais, que muitas vezes incluem vários Países, e envolvemnegociações complexas entre os Países beneficiários e compotenciais financiadores.

No entanto, esta abordagem é apenas motivada por interessesparoquiais que vão contra o espírito da integração regional e,portanto, não no interesse de longo prazo da região.

4.2 Recomendações• O Secretariado da SADC deve ser mais pró-activo e estar emcondições para desempenhar um papel mais de catalisador emediador regional na implementação de projectos de energia porforma eliminar os estrangulamentos políticos, bem como antecipar elidar com esses obstáculos antes de se tornarem demasiado graves;• O Secretariado da SADC e as instituições regionais como oSAPP e a RERA devem ter mandato para fazer cumprir com oscompromissos regionais, incluindo sanções por incumprimento;• Os Estados-Membros devem acelerar as reformas no sector deenergia incluindo a adopção de regulamentos comuns pararesponder às preocupações sobre a segurança da infra-estruturade transporte e tornar mais fácil a execução contratual do comérciotransfronteiriço; e• Tal como acontece com todos os esforços regionais, projectos deenergia precisam de um suporte político regional para enfrentarcom êxito os obstáculos políticos.

Este sumário da política de energia é publicado pelo Centro de Documentação e Pesquisa para África Austral (SARDC), com o apoio doMinistério dos Negócios Estrangeiros da Noruega, através da sua Embaixada em Maputo, Moçambique, como parte do ProjectoComunicando Energia na África Austral. O sumário da política de energia e outra informação relacionada está disponível na BibliotecaVirtual para África Austral www.sardc.net Conhecimento para o Desenvolvimento.

África do Sul - para extrair energia a partir de Inga na RDC,acabou ficando repleto de muitos obstáculos legais e políticos, atéque acabou por ser arquivado em 2010.

Um terceiro desafio para projectos de energia regional estárelacionado à preocupação com a segurança do contrato esegurança na transmissão, ou seja, a partir da fonte de energia oudas infra-estruturas em terceiros Países. Pagar energia de um paísvizinho é uma coisa, obter energia quando ela necessária pode seroutra coisa uma vez que ela está sujeita a vários outros factores.

Países com electricidade deficiente geralmente não têmcontrolo sobre as infra-estruturas de transmissão para outrosEstados-Membros, mas através dos quais passam as suas própriasimportações. Por exemplo, a África do Sul não pode controlar oque acontece ao longo da rede regional, quando importaelectricidade da RDC, embora seja pressuposto de que esta seja aresponsabilidade do SAPP.

As recentes orientações desenvolvidas pela AssociaçãoRegional de Reguladores de Electricidade (RERA) e aprovadaspelos Ministros de Energia em Angola em 2010, oferecem umaoportunidade viável para atenuar a comercialização de energiatransfronteiriça na região. Embora o SAPP até agora tem tratadode modo satisfatório os desequilíbrios quando eles surgem, osEstados-Membros têm de implementar as orientações da RERA,caso se pretenda que a maioria das preocupações de transmissãoseja abordada de forma holística.

O quarto desafio é o quadro de acordos de fornecimento nummercado que é dominado pela ESKOM. Um acordo defornecimento garante que um comprador possa efectuar a compraantecipada de energia eléctrica produzida pela empresafornecedora ou utilitário. Muitas vezes os fornecedores no sectorde energia usam os acordos para garantir que seus investimentosem centrais de energia sejam garantidos com sustentabilidade. Osacordos de fornecimento são uma necessidade para garantirfinanciamentos externos.

Um caso ilustrativo é a central de Mmamabula, no Botswana.Originalmente concebida para ser uma iniciativa regional quepoderia adicionar 1.200 MW de energia à rede do SAPP, através daconstrução de uma central a carvão perto da fronteira com a Áfricado Sul, o projecto acabou assumindo um foco bastante nacional.Devido às complexidades associadas com os acordos defornecimento e por falta de energia eléctrica em casa, o Botswanabaixou a dimensão do projecto para produzir apenas 300 MW parao mercado doméstico.

Um dos últimos desafios que impedem uma abordagemregional para projectos de energia tem a ver com os obstáculoslegais em matéria de financiamento dos projectos. Isto em partetem a ver com o facto de que diferentes Estados-Membros terem

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10 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

MOÇAMBIQUE PRETENDEatrair 4 biliões de dólares norte-americanos em InvestimentoEstrangeiro Directo (IED) esteano, representando o dobro doano passado, segundo o Centrode Promoção de Investimentos(CPI).

O Director-Geral do CPI,Lourenço Sambo, disse que asua instituição vai promover aspotencialidades de energia doPaís e o sector de mineração,bem como agricultura e infra-estrutura, para os investidoresestrangeiros da Índia, China eEuropa.

"A nossa meta principal éconseguir mais de 4 biliõesde dólares de investimentosestrangeiros directos em 2011,

acima dos 2 biliões de dólares noano passado quando a crisefinanceira global varreu omundo, resultando na tendênciade queda dos investimentos."

Sambo disse que umadelegação governamentalchefiada pelo Primeiro-Ministro, Aires Ali, vai visitar aÍndia este ano para buscarinvestidores.

"Nós não vamos fazer umdiscurso político lá, mas vamosconvidar as empresas indianaspara virem ao nosso País einvestirem na nossa energia,mineração e agricultura, ondetemos potencial, e também paramelhorar os nossos corredoresde comércio, como portos eferrovias", disse ele. r

Energia uma meta fundamental nosnovos IED em Moçambique

E N E R G I A

A ÁFRICA Austral como oresto do mundo estálentamente a apostar emenergia renovável uma vez quea necessidade de fontes deenergia limpa e alternativa estáa ganhar impulso.

Este é também umreconhecimento de que oscombustíveis fósseis e outrasformas de energia como ocarvão não vão durar parasempre, daí a necessidade de sepreparar para o futuro.

De acordo com um estudorecente feito pelo Grupo deEmpresas de Electricidade daÁfrica Austral (SAPP), a regiãoda SADC continuará a precisarde mais energia no futuro paraas suas necessidades dedesenvolvimento.

A s e m p r e s a s d eelectricidade dos Estado-Membro, através do SAPP,identificaram uma série deprojectos prioritários paraimplementação nos próximosanos com vista a resolver asituação energética na região.

A maioria destes projectosestá direccionada para fontesde energia renováveis, comohidráulica, solar e eólica - quesão menos poluentes para omeio ambiente em comparaçãocom as outras formas, comocarvão térmico.

Esses projectos incluem ahidroeléctrica de MphandaNkuwa, em Moçambique, ahidrelétrica de Itezhi Tezhi, naZâmbia, e o projecto de gás deKudu, na Namíbia.

Outros projectos são oprojecto de energia de Medupi/ Kusile , na África do Sul, e oprojecto hidroeléctrico de Inga,na República Democrática doCongo.

O projecto Inga tem opotencial para produzir cercade 40.000 Megawatts (MW) deelectricidade, o suficiente paraatender as necessidades actuaisde energia para toda a regiãoda SADC.

A central hidroeléctricade Mphanda Nkuwa temcapacidade de adicionar cercade 1.500 MW de energia novana rede eléctrica regional.

A lguns destes projectossão candidatos para ofinanciamento de carbono noâmbito do Mecanismo deDesenvolvimento Limpo (MDL),embora nem todos se tenhamqualificado, devido à naturezacomplexa de candidatura paraeste financiamento.

Com base numa análise feitapela SADC, um total de 19.000MW de projectos de produçãode energia podem serdesenvolvidos no âmbito doMDL na região.

No entanto, segundo osdados disponíveis, a África do

Austral tem beneficiado amenor porção dos cerca de7000 milhões de dólaresnorte-americanos do mercadode MDL anual, quandocomparada com todas asregiões do continente.

A África do Sul representa amaioria dos projectos seguidapela República Unida daTanzânia, RDC, Madagáscar,Maurícias e Moçambique

Alguns dos principaisprojectos de energia renovávelna região da SADC incluem oprojecto de energia eólica naÁfrica do Sul. O País planeia

produzir pelo menos 400 MWde energia eólica através deprodutores independentes deenergia até 2013.

A maioria das centrais estarálocalizada ao longo da costaoeste, que tem potencial paragerar cerca de 10.000 MW deelectricidade. A Eskom, aconcessionária nacional deenergia, considera que arevolução eólica no País tem acapacidade de produzir 10vezes que as estimativasoficiais de energia eólica.

A Namíbia anunciou planospara construir um parqueeólico em Walvis Bay paragerar 300 MW de energiaeléctrica até o final do ano.Na Tanzânia, há planos paraconstruir um parque eólico de50 MW na região central doPaís, enquanto Moçambiquetambém tem planos de investirmais em energia eólica.

No que diz respeito àenergia solar, o Botswanaplaneia construir uma centralde 200 MW solar. A centraltem capacidade para atenderuma parcela significativa dasnecessidades energéticas doPaís. As suas necessidades deconsumo nacional de energiasão de apenas cerca de450MW.

Isto surge depois de umahistória de sucesso noMadagáscar, uma ilha queembarcou num exercício depequena escala solar paraaproveitar e fornecer energia àpopulação rural que não estejaligada à rede eléctrica nacional.

Clínicas e hospitais ruraisforam equipados comtecnologias de energia solarcomo pequenos painéis solarespara produzir a sua própriaelectricidade num processo quelhes permite conservar vacinase outros medicamentos vitais.

Embora os projectos deenergias renováveis estejamainda a ser implementado emlarga escala em outros Paísesda SADC, estão em cursoesforços para explorar formasde aproveitar a energia limpa,em conformidade com asnormas internacionais. r

Energias renováveis: O caminho a percorrer

A energia solar é uma fonte alternativa de energia limpa e renovável.

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 11

M U D A N Ç A S C L I M Á T I C A S

A economia verde é crucial para o desenvolvimento sustentávelpor Neto Nengomasha

OS EFEITOS adversos dasMudanças climáticas nasustentabilidade ambiental ebem-estar humano tem forçadomuitos países a se afastardo "''marrom ou economiatradicional para a" economiaverde''- uma opção viável parao desenvolvimento sustentável.

O conceito foi descrito pelosambientalistas como umparadigma novo e poderoso noséculo 21 que oferece soluçõescriativas para os múltiplosdesafios globais ligandopessoas, o planeta e aprosperidade.

A economia verde éconsiderada como aquela queresulta no "bem-estar emelhoria da equidade social,reduzindo significativamenteos riscos ambientais e deescassez ecológica".

Segundo a ComissãoEconómica das Nações Unidaspara África (CEA), a economiaverde vem de encontro aocontexto de crises gravesno clima, biodiversidade,alimentos, combustível eágua, e, mais recentemente,as crises financeiras que sãocarac ter izadas por mádistribuição do capital brutoenquanto são exacerbadas porpolíticas existentes e incentivosde mercado.

Um recente relatório daUNEP intitulado "Rumo a umaeconomia Verde", afirma que odesenvolvimento sustentávelsó pode ser alcançado sehouver uma transformaçãoeconómica que promova aeficiência dos recursos deenergia e reduz a degradaçãoambiental.

"É hora de catalisar e inserira transição da economia verdeem todo o mundo desde o nívelinternacional até à comunidadelocal. A economia verde pode -se apresentado em salas dogabinete, salas de reuniões eCâmara Municipal - ofereceruma alternativa viável para o

status quo insustentável",afirmou o Subsecretário-Geraldas Nações Unidas e DirectorExecutivo do ProgramaAmbiental da ONU, AchimSteiner.

A União Africana apoiouinteiramente a adopçãoda economia verde comou m v e í c u l o p a r ao d e s e n v o l v i m e n t osustentável.

"Não é apenasrelevante para os Paísesmais desenvolvidos, mastambém um catalisadorpara o crescimentoe erradicação dapobreza nos Países emdesenvolvimento também",disse Patrick Mwesigye,Director Regional do GabineteIndustrial do Programa dasNações Unidas para o MeioAmbiente (PNUMA).

Falando na abertura daCimeira sobre Economia Verde,realizada em Joanesburgo em2010, o Presidente Sul-Africano, Jacob Zuma, disseque a economia verde exigeestratégias integradas e planosque tenham objectivos deequi l íbr io económico ,ambiental e social com políticasclaras de desenvolvimento equadros institucionais paragarantir o desenvolvimentosustentável.

"A falha do ecossistema vaicomprometer seriamente anossa capacidade de lidar comas nossas prioridades sociais eeconómicas. Os recursosnaturais são bens económicosnacionais, e a nossa economiadepende fortemente da energiae dos recursos minerais,biodiversidade, agricultura,silvicultura, pesca e turismo ",disse ele.

A economia verde está emconsonância com o que foiacordado na 16 ª Conferênciadas Partes (COP 16), realizadano ano passado, em Cancun, noMéxico.

Especialistas em climaconcordaram em criarum Fundo Verde doClima destinado aajudar os Países emdesenvolvimento a seadaptarem aos efeitos dasmudanças climáticas eadaptar as suas economias einfra-estrutura para asmudanças climáticas.A economia verde será um

dos dois temas da conferênciaRio + 20 que será realizada noRio de Janeiro, Brasil, em 2012,no contexto do desenvolvimentosustentável e da erradicação dapobreza. Esta marca 20 anosapós a Cimeira da Terrarealizada no Rio em 1992. r

ÁFRICA DO SUL estabeleceuum comité inter-ministerialpara liderar a preparação paraas futuras negociações sobreas mudanças climáticasmarcadas para Durban nofinal deste ano.

O Ministério das RelaçõesInternacionais e Cooperaçãoserá o responsável dacomissão. OPresidente Sul-Africano, JacobZuma, disse no seu discurso doEstado da Nação que aconferência deve ser usadacomo um ponto de encontropara informar e mobilizarcomunidades em torno dasquestões do meio ambiente.

"Nós estamos gratos pelaconfiança dada a África paraacolher este encontronovamente depois do Quéniater acolhido com êxito em2006."

Zuma disse que a Áfricapoderá tirar proveito daCOP17 para ressaltar osefeitos devastadores dasmudanças climáticas nocontinente, bem como asrespostas que "estamos aimplementar."

África do Sul prepara-se para a COP17As mudanças climáticas tem

efeitos devastadores como oaumento da frequência egravidade das secas einundações, especialmente emÁfrica - o continente é ainda omenor contribuinte de emissõesde gases que causam asmudanças climáticas.

"Vamos avançar com o bomtrabalho realizado pelo Méxicoe trataremos da COP17 numespírito de consulta abrangentee aberta com todas as partes ecom as partes interessadas."

"Isso nos permitirá trabalharno sentido de um resultado queseja abrangente e aceitável paratodas as partes", disse opresidente Sul-Africano. r

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A 55ª COMISSÃO sobre aSituação da Mulher (CSW)esteve recentemente reunida emNova York para examinar aimplementação de vários planosde acção que procurampromover a igualdade de género.

Uma série de resoluções,como a melhoria do acesso àeducação e à integração do HIVe SIDA foram aprovadas nareunião.

Num comunicado divulgadoapós a reunião, a comissão pediuque os governos nacionais etodos os interessados integrem aperspectiva de género nalegislação, políticas e programasem todos os sectores, incluindo aeducação, formação, ciência etecnologia a fim de resolver adesigualdade no acesso eparticipação das mulheres eraparigas na educação.

Foi lançado um apelo para oreforço das capacidades eassegurar que as políticas deeducação científica e oscurrículos sejam relevantes paraas necessidades das mulheres eraparigas.

"As partes interessadasd e v e m i n c o r p o r a rsistematicamente a perspectivade género nas políticasorçamentais em todos os níveispara assegurar que os recursospúblicos na educação,

Estar Infantil, Doreen Sioka,que representou a SADC nareunião, disse que a 55 ª Sessãoda CSW foi crítica uma vez queà prestação de educação eciência são fundamentais paraa emancipação das mulheres.

O tema prioritário para asessão foi "Acesso eParticipação de Mulheres eRapar igas na Educação ,F o r m a ç ã o , C i ê n c i a eTecnologia, incluindo para aPromoção da Igualdade deacesso da Mulher ao plenoemprego e trabalho condigno".

"A SADC reconhece que aciência, tecnologia e inovaçãopode ser uma ferramenta paraacelerar a consecução dasmetas de desenvolvimentoacordadas internacionalmentee de Desenvolvimento doMilénio", disse Sioka,acrescentando que a tecnologia

formação, ciência, tecnologiae investigação beneficiem deigual forma homens emulheres, rapazes e raparigas,e contribuir para oempoderamento das mulherese raparigas", disse a comissão.

A comissão acrescentou quehá a necessidade de garantirque as mulheres e raparigastenham acesso pleno e igual aeducação formal e informalbem como a formaçãoprofissional em todos os níveis,incluindo acesso gratuito eobrigatório ao ensino primário.

África Austral garantiu oseu apoio para o sucesso daimplementação das resoluçõesacordadas afirmando que acooperação entre todas aspartes interessadas vaiproduzir resultados positivos.

A Ministra Namíbiana paraIgualdade de Género e Bem-

A ÁFRICA Austral juntou-se aoresto do mundo na celebraçãodo 100º aniversário do DiaInternacional da Mulher a 08 deMarço.

N u m a m e n s a g e m , oSecretariado da SADC referiuque "2011 é um ano especialporque marca este centenárioimportante e também onascimento da 'ONU Mulher, aentidade da ONU para aigualdade de género e oempoderamento das mulheres".

"São avanços importantesque exigem uma profundareflexão de onde nós estamoscomo uma região e comopretendemos melhorar osn o s s o s e s f o r ç o s n a

i m p l e m e n t a ç ã o d o scompromissos de género edesenvolvimento".

A mensagem refere que aregião continua a elevar osprincípios dos direitoshumanos, igualdade de géneroe o empoderamento dasmulheres, em conformidadecom os vários tratados eprotocolos da SADC, incluindoo Protocolo da SADC sobrea Educação e Formação, jáem vigor, e o Protocolo daSADC sobre Género eDesenvolvimento que deveráser ratificado este ano.

O secretariado disse queé agradável notar que aregião tem feito progressos

significativos em direcção a suameta de alcançar a igualdade degénero na educação.

As taxas de "alfabetização naregião da SADC são maiores doque no resto do continente. Noentanto, as mulheres ainda têmmenores taxas de alfabetizaçãodo que os homens."

"Há necess idade deaumentar as unidades dealfabetização para homens emulheres com abordagensdireccionadas à educação básicade adultos para preencher alacuna de género. Devem sertomadas medidas paraexaminar as políticas de taxasescolares, tornando a educaçãogratuita e obrigatória." r

poderia, por exemplo, facilitara erradicação da pobreza,mudanças c l imát icas , edoenças.

Ela disse que a SADCidentificou a tecnologia eeducação como algumas dasferramentas mais importantespara equipar os seus povos,bem como o desequilíbrio degénero, e que já ratificou oProtocolo da SADC sobre aEducação e Formação.

"Hoje há uma tendênciaacelerada rumo a adopção dosinstrumentos legais visandodesenvolver, classificar ereconhecer a aprendizagemformal em todo o ContinenteAfricano", disse ela.

Sioka disse que a regiãotambém adoptou em Março de2010, a Quadro Legal Regionalda SADC que visa aharmonização do sistema deensino na África Austral.

O continente Africanoobservou que, embora umprogresso significativo temsido feito para promover aigualdade de género, ainda hámais por fazer para garantirque todos os obstáculos àigualdade de género sejamabordados.

O R e p r e s e n t a n t ePermanente de Moçambique naONU, Daniel António, falandoem nome do Grupo Africanodisse: "Nas últimas décadasmuitos progressos foram feitospor África na expansão doacesso à educação básica paraas raparigas."

"No entanto, muito aindaestá por ser feito para tornar aciência e a tecnologia atraentepara as mulheres."

A 55ª sessão da CSWdecorreu de 22 Fevereiro - 4Março. A CSW é o principalórgão global de decisão políticados representantes dos Estadosmembros que se reúnem paraavaliar os progressos emmatéria de igualdade degénero, identificar os desafios,definir padrões globais eformular políticas parapromover a igualdade entre ossexos e o avanço das mulheresno mundo inteiro. r

Comissão sobre a Situação da Mulher

Rumo a igualdade de género

G É N E R O

SADC celebra Dia Internacional da Mulher

12 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 13

Ele disse que o governo chinêsespera que a operação ferroviáriacom menos d ív idas va iimpulsionar a economia regionale beneficiar os dois países.

A China financiou aconstrução da linha ferroviária,a pedido dos líderes daTanzânia e da Zâmbia em 1970,iniciando com os trabalhos em1973 e tendo entregue após aconclusão em 1976.

O governo chinês forneceuum empréstimo sem jurosde 988 milhões de yuanpara completar o projecto,e continuou a fornecerempréstimos e técnicos paraassegurar as suas operações.

A TAZARA foi construídapara transportar mercadoriasda Zâmbia ao porto daTanzânia em Dar es Salaam,após o encerramento dafronteira da Zâmbia comR o d é s i a a n t e s d aindependência do Zimbabwe.

Esta era uma via essencialde comunicação, construídaem tempo recorde de menosde três anos e financiadopor empréstimos comjuros bonificados, nummomento em que as agênciasde desenvolvimento doNorte se recusaram aparticipar nesta iniciativa.China Daily r

Destaques do Plano deAcção China-África (2010-2012)

BRICS vai promover as relações Sul-Sul

Cooperação Sino-África vai aumentar

O VICE-MINISTRO chinês doComércio, Zhong Shan, assinouum acordo com os seushomólogos da Zâmbia e daRepública Unida da Tanzâniapara amortizar 50 por cento dadívida do empréstimo chinêsusado para construir a ferroviaTanzânia-Zâmbia (TAZARA).

O governo chinês tomou ainiciativa por causa da amizadetradicional entre a China e aÁfrica, afirmou Zhong nacerimónia de assinatura doa c o r d o , e m L u s a k a ,acrescentando que o povochinês quer fazer o seu melhorpara apoiar o desenvolvimentodo povo Africano.

A CHINA continuará a melhoraras relações económicas ecomerciais com a África,aumentando os investimentos naagricultura, finanças, protecçãoambiental e nas áreas que dizemrespeito os meios de subsistência,afirmou o Ministério doComércio da China.

"O governo chinês vaicontinuar a promover asrelações Sino-Africano, aoabrigo dos princípios daigualdade, eficácia, benefíciomútuo e desenvolvimentocomum, sem se importar com asmudanças que ocorrem nomundo", afirmou o porta-voz doMinistério, Yao Jian.

Ele disse que a Chinapromoverá activamente aliberalização do comércioentre a China e os PaísesAfricanos, e vai encorajar asempresas chinesas a investirmais na agricultura emÁfrica, manufactura, finanças,comércio e nos sectores deprotecção ambiental.

A China é o maior parceirocomercial da África e, no anopassado, a África tornou-se noquarto maior destino doinvestimento externo Chinês.

O Comércio China-Áfricatotalizou cerca de 126,9 biliõesdólares norte-americanos em2010, em comparação com 10biliões de dólares de há dez anosatrás. No mesmo ano, os

investimentos chineses emÁfrica foram superiores a 1 biliãode dólares norte-americanos.

A ajuda chinesa para osPaíses Africanos vai focar maisem sectores que dizem respeitoaos meios de subsistência,como a redução da pobreza,agr icu l tura , educação ,

cuidados médicos e águapotável, acrescentou Yao.

A China também irá trabalharcom as Nações Africanas paracriar um ambiente de negóciosmais transparente, justo eprevisível para ambas asempresas chinesas e Africanas.Xinhua r

AS NAÇÕES BRICS estãoempenhadas em cooperar comos Países desenvolvidos, semconfrontação, afirmou o Ministrodos Negócios estrangeiros daChina, Yang jiechi.

"A cooperação entre os PaísesBRICS é aberta e inclusiva. Éuma parte importante dacooperação Sul-Sul e umaimportante ponte para acooperação Norte-Sul ", disseYang uma recente conferênciade imprensa em Beijing.

Ele disse que a Chinaacolherá, nos meados de Abril,uma reunião de líderes doBRICs, que inclui as principaiseconomias emergentes ,nomeadamente Brasil, Rússia,Índia, China e África do Sul,e espera que a reunião possaproduzir resultados positivos.

Yang disse que é muitoimportante reforçar o diálogoentre os líderes, embora o panode fundo histórico e cultural dosdois Países são diferentes.

Ele disse que a China felicitaa África do Sul por aderir aogrupo, e o Presidente JacobZuma aceitou participar nareunião.

A s n a ç õ e s B R I C Sdesempenharam um papelimportante e construtivo na lutacontra a crise financeira globale as mudanças climáticas, etem facilitado a recuperaçãoeconómica.

"Acredito que os PaísesBRICS vão desempenharum grande papel nessasáreas como resultado dareunião" , d i sse Yang."Esperamos que o encontropossa vir a inovar e promovera nossa cooperação paratrazer mais benefícios paranosso povo".

As nações BRICS estão adesenvolver uma cooperaçãoeficaz na protecção do ambiente,negócios e comunicaçãocomercial. r

C H I N A - Á F R I C A

China amortiza metade da dívida da ferrovia TAZARA

CHINA E África reuniram-seem Sharm El Sheikh, noEgipto, em Novembro de2009, na sua IV ConferênciaMinisterial do Fórum deCooperação China-África(FOCAC) e concordaram comum plano de acção para 2010-2012, que incide sobre umasérie de questões, entre elas anecessidade de:• Aprofundar a cooperaçãoChina-África e fixar umexemplo de cooperaçãoSul-Sul;• Fortalecer o intercâmbioentre os partidos políticos emelhorar a partilha deexperiências em matéria degovernação;• Apoiar reformasdestinadas a melhorar aautoridade e a eficácia dasNações Unidas;• Trabalhar em conjunto nocombate às mudançasclimáticas;• Priorizar a agricultura e asegurança alimentar na suacooperação;• Promover a celebração eexecução dos acordosbilaterais de promoção eprotecção dos investimentos,e criar um ambiente salutar,com vista a aumentar oinvestimento mútuo;• Aumentar o investimentoem infra-estrutura;• Promover o comércioentre a China e África;• Aumentar os voos eligações marítimas entre aChina e África;• Compartilhar experiênciasna redução da pobreza;• Reforçar o sector dasaúde;• Aumentar o intercâmbioturístico e cultural; e• Implementar um plano deintercâmbio e pesquisaconjunta China-África parareforçar a cooperação epartilha de experiênciasentre pesquisadores e gruposde reflexão. r

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14 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2011

AS SEYCHELLES terãoeleições presidenciais em Maio,nas quais actual Presidente,James Michel, vai enfrentarquatro outros candidatos.

Segundo uma l i s tadivulgada pela ComissãoEleitoral daquele arquipélagodo Oceano Índico, as eleiçõespresidenciais serão disputadaspelo actual Presidente JamesMichel, pelo principal líder daoposição, Wavel Ramkalawan,do Partido Conselho Nacionaldas Seychelles (SNP), RalphVolcere, do Novo PartidoDemocrático (NDP) e oscandidatos independentesPhilippe Boule e Marston St.Ange.

A comissão fixou os dias 19-21 de Maio como datas para aseleições presidenciais. Segundoa comissão, o dia 21 de Maioserá o "dia principal" para avotação. Devido às distânciasem todo o arquipélago, asoutras ilhas começarão a votarnos dias 19 e 20 de Maio para

completam a lista decandidatos.

As ú l t imas e le i çõespresidenciais nas Seychellesforam realizadas em Julho de2006 em que Michel derrotouRamkalawan e Boule.

O Presidente é eleito pelovoto da maioria absolutaatravés de um sistema de duasvoltas para um mandato decinco anos. r

OS SUL-AFRICANOS vão àsurnas a 18 de Maio para escolheros vereadores do País nasterceiras eleições autárquicasdesde o fim do apartheid em1994.

O Ministro interino doGoverno Cooperativo eAssuntos tradicionais, NathiMthethwa, anunciou a data daseleições em Março.

A Comissão EleitoralIndependente (IEC) realizou orecenseamento eleitoral final a6 de Março e registou 1,5milhão de novos eleitores paraas eleições municipais.

A CEI fixou 18 de Março paraa certificação da lista de eleitores"para ser usado para a eleição,com 25 Março sendo o prazopara todos os partidos políticos ecandidatos independentesnotificarem a Comissão da suaintenção de participar na eleição.

"O calendário eleitoral dáclareza sobre todos os aspectosdo processo eleitoral e das suasactividades principais, bemcomo as datas e os horários emque deverão ter lugar, ocalendário é juridicamentevinculativo e não existemdisposições discricionárias",afirmou o Chefe da ComissãoEleitoral Indepentente, PansyTlakula.

Mais de 160 partidospolíticos haviam se cadastradono IEC para as próximaseleições, com Tlakuka dizendoque a lista definitiva doscandidatos concorrentes serápublicada a 12 de Abril.

A luz dos regulamentos daIEC, um partido político queconcorre em todos os círculoseleitorais deve ter um máximode 9.086 candidatos para aseleições directas e um depósito

de até R633, 000 (cerca de90.000 dólares EUA). Odepósito é reembolsável caso opartido consiga ganhar pelomenos um assento no conselhomunicipal ou se o seucandidato receber pelo menos10 por cento do número totaldos votos obtidos nas urnas.

"Os eleitores que vivem emmunicípios metropolitanosterão dois votos cada um, umpara o candidato da ala deescolha e um para o partido dasua escolha. Nos conselhoslocais, eles vão ter três votos,um para a ala e um para opartido de escolha e um paraum candidato ao conselho dodistrito", acrescentou TlakulaPela primeira vez desde oalvorecer da democracia, em1994, a África do Sul vaiintroduzir este ano votosespeciais para as eleições locais.

O voto especial estáreservado para as mulheresgrávidas e os doentes. Estesserão autorizados a exercer oseu voto um dia antes do dia daeleição, mas terão de seinscrever antes 03 de Maio, afim de se qualificarem para avotação especial.

Tlakula disse a 17 de Maiopara funcionários da IEC quevai efectuar visitas domiciliarespara os eleitores registados quese qualificarem para votosespeciais e que incluemmulheres grávida e aqueles quenão podem caminhar para asua mesa de votação maispróxima, como resultado domau estado de saúde.

Numa outra primeirainovação no seio da SADC, oIEC também apresentou registopor telefone móvel doseleitores. r

E L E I Ç Õ E S

cinco anos. O seu companheiroda corrida será o Vice-Presidente Danny Faure.

Ramkalawan aliou-se aNicholas Preá, o legislador doSNP no círculo de Bel Ombredo Norte Mahe.

Volcere anunciou a suaintenção de disputar aseleições, enquanto a advogadaBoule, baseada em Victoria, e ooperador de turismo, St. Ange,

África do Sul em eleições locais

permitir que o exercício sejaconcluído a tempo e os boletinsde voto entregues de volta àprincipal ilha de Mahé.

A contagem dos votos e oanúncio do resultado final terálugar em Mahé

Michel vai concorrer paraum segundo mandato para oPartido Pep Le (LP) e temgrandes possibilidades de serreeleito para outro mandato de

Presidente James Michel e outros quatro candidatos irão disputar as eleições presidenciais nas Seychelles.

Seychelles: Eleições presidenciais marcadas para Maio

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 15

E V E N T O S

EVENTOAS DIÁRIOS Abril – Junho 2011

Abril1, Namíbia Reunião de Ministros da Justiça da SADC

Esta reunião vai discutir vários assuntos ligados a legislação naregião. O principal ponto da agenda serão recomendações sobre opapel e funções do Tribunal da SADC.

1, África do Sul PP África Produtores Independentes de Energia (PIE) do Mundo e da África vãobuscar soluções para os produtores de energia, empresas,investidores e governo sobre como aumentar a capacidade deenergia através de PIEs.

14, China Cimeira de Chefes de Estado do BRICSA cimeira deste ano vai assistir a entrada da África do Sul no grupoBRICS dos mercados emergentes, que inclui Brasil, Rússia, Índia eChina.

17-21, Namíbia IV Conferência dos Ministros da Saúde da União Africana A conferência vai decorrer sob o tema "O Impacto das MudançasClimáticas sobre a Saúde e Desenvolvimento em África" e procuraráexplorar as formas para o continente enfrentar os efeitos dasmudanças climáticas sem África.

Por indicar, II Cimeira tripartida COMESA-EAC-SADCÁfrica do Sul Chefes de Estado e de Governo das três comunidades económicas

regionais vão se reunir na sua segunda cimeira para discutir formasde promover uma maior integração entre os Estados-Membros. Odestaque principal da cimeira será a aprovação de um plano deacção para o lançamento do Grande Área de Comércio Livre que vaienglobar 26 Países da África Oriental e Meridional em 2012.

Maio4-6, África do Sul Fórum Económico Mundial para África

Os líderes Africanos e da comunidade empresarial internacional vãose reunir na África do Sul para discutir os desafios e asoportunidades de crescimento em África.

19-20, Etiópia IV Reunião dos Ministros da Justiça / Procuradores-Gerais da UniãoAfricanaA reunião vai deliberar vários assuntos que incluem a transformaçãoda Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana.

26, Botswana Ministros de Energia da SADCOs Ministros da SADC responsáveis pela Energia reúnem-se pararever o programa de planeamento regional de energia paracomplementar o roteiro de recuperação de energia criado paraenfrentar a escassez de energia que a região enfrenta

Maio 30 – Ministros da Educação e Formação da SADC 3 Junho, Namíbia O encontro vai discutir formas de harmonizar o sistema de ensino na

região para garantir que os Estados-Membros sejam capazes decomparar e reconhecer as qualificações.

Junho13-16, Namíbia Reunião Ministerial do Género da SADC

A reunião está prevista para acompanhar o progresso naimplementação de vários planos de acção que visam promover aigualdade de género e o empoderamento das mulheres,nomeadamente os progressos no sentido da ratificação do Protocoloda SADC sobre Género e Desenvolvimento.

13-17, Zâmbia Comité Ministerial do Órgão de Defesa e Segurança da SADCO órgão vai deliberar sobre uma série de questões destinadas apromover a paz e a segurança na região da SADC.

14-16, França Fórum de Energia de ÁfricaEspecialistas em energia irão explorar formas como a África, sendo umdos mercados emergentes no mundo, vai atender à crescente demandapor energia para garantir o desenvolvimento sustentável.

20-23, Cimeira de Investimento em ÁfricaÁfrica do Sul A cimeira vai oferecer oportunidades para o continente procurar

formas de atrair investimentos em vários sectores, como energia,infra-estrutura, mineração e agricultura.

SADC HOJE Vol 13 No 3 Abril 2011

ÁFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião

para os responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House,

Private Bag 0095, Gaborone, BotswanaTel +267 395 1863 Fax +267 397 2848/318 1070E-mail [email protected] Website www.sadc.int

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentaçãoe Pesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone,Botswana, como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimento regional.Os artigos podem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação social eoutras entidades, citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIAL Kizito Sikuka, Joseph Ngwawi, Egline Tauya,

Neto Nengomasha, Phyllis Johnson, Agatha Njanike

CONSELHO EDITORIAL Chefe da Unidade de Comunicação da SADC

Leefa Penehupifo Martin

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é apoiado pelo Ministério Norueguês dos NegóciosEstrangeiros, em apoio ao Grupo Temático dos Parceiros Internacionais de Cooperação noSector de Energia da SADC, que é presidido pela Noruega.

© SADC, SARDC, 2011ÁFRICA AUSTRAL HOJE acolhe as contribuições individuais e de organizaçõesdentro da região da SADC em forma de artigos, fotografias, artigos noticiosos ecomentários, e também artigos relevantes de fora da região. Os editores reservam-seo direito de seleccionar ou rejeitar artigos, e editar para se ajustar ao espaço disponível.O conteúdo não reflecte necessariamente o posicionamento oficial ou opiniões daSADC ou SARDC.

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado em Inglês, Português e Francês, e está disponívelnum formato digital no Portal de Internet www.sardc.net Conhecimento para oDesenvolvimento, ligado a www.sadc.int

COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃO Tonely Ngwenya

FOTOS E ILUSTRAÇÕESP1 Phyllis Johnson, environmentgreen.com, kollewin.com; P1, 2, 8, 9,10 SARDC;

P1, 13 APG; P2 Leonissah Munjoma; P4 The Herald; P5 tripadvisor.com; P6 safarigateway.com; P10 renewableenergy.com, zmescience.com, ecofriend.com;

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4 Abril Dia da Paz e Reconciliação AngolaDias dos Heróis Lesotho

7 Abril Dia da Mulher Moçambique18 Abril Dia da Independência Zimbabwe22 Abril Sexta feira Santa SADC excepto Madagáscar,

Maurícias, Moçambique23 Abril Sábado Santo Zâmbia25 Abril Segunda feira de Pascoa Angola, Botswana, Lesotho,

Malawi, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe

25 Abril Dia da Bandeira Nacional Swazilândia26 Abril Dia da Liberdade África do Sul30 Abril Dia da Juventude RDC

1 Maio Dia do Trabalhador RDC, Lesotho, Moçambique, Namíbia, África do Sul, TanzâniaZimbabwe

Dia do Trabalhador Angola, Botswana, Malawi,Madagáscar, Maurícias, Seychelles, Swazilândia

2 Maio Feriado Publico Toda SADC 4 Maio Dia de Cassinga Namíbia 14 Maio Dia de Kamuzu Malawi 17 Maio Dia da Libertação RDC 25 Maio Dia de África Angola, Lesotho, Namíbia,

ZimbabweDia da Liberdade Zâmbia

1 Junho Dia Internacional da Criança Angola 2 Junho Dia de Ascensão Botswana, Lesotho, Madagáscar,

Namíbia, Swazilândia 5 Junho Dia da Libertação Seychelles 12 Junho Domingo de Pentecostes Madagáscar 13 Junho Segunda feira de Pentecostes Madagáscar 16 Junho Dia da Juventude África do Sul 18 Junho Dia Nacional Seychelles 25 Junho Dia da Independência Moçambique 26 Junho Dia da Independência Madagáscar 29 Junho Dia da Independência Seychelles 30 Junho Dia da Independência RDC

Um futuro comun na comunidade regional

H I S T Ó R I A H O J E

Angola marca o fim da guerraO DIA 04 de Abril marca o nono aniversário do fim oficial da guerracivil em Angola em 2002 e é comemorado como Dia da Paz eReconciliação.

Uma das datas mais importantes no calendário político angolano,este dia marca a assinatura do acordo entre o Governo angolano e aUnião Nacional para a Independência Total de Angola (Unita). Oacordo pós termo a três décadas de guerra civil em Angola.

Angola tornou-se independente de Portugal a 11 de Novembrode 1975 na sequência de uma luta de libertação prolongada levadaa cabo pelo Movimento Popular para a Libertação de Angola(MPLA).

O golpe de Estado desencadeado pelo Movimento Progressivo dasForças Armadas (MFA) em Lisboa no ano anterior acabou com osistema ditatorial em Portugal, que tinha visto os "territóriosultramarinos", como parte integrante do País mais pobre da Europa.

O gatilho para a acção por parte do MFA era a sua frustração ecrescente rejeição das guerras nos territórios ultramarinos, e suaacção marcou o início de um processo de democratização emPortugal e de negociações com as ex-colónias.Após a independência, Angola entrou num período negro de umasangrenta guerra civil entre os três principais grupos políticos -MPLA, Unita e a pequena facção da Frente Nacional de Libertação deAngola (FNLA).

O conflito angolano chamou a atenção dos Estados Unidos e daUnião Soviética, tornando-se um País onde as superpotênciasdecidiram enfrentar uns aos outros através de homens armadosaliados locais.

O MPLA está no Governo em Angola desde a independência,enquanto a Unita, liderada pelo falecido Jonas Savimbi, combatiaferozmente e militarmente contra o governo, com a ajuda doapartheid da África do Sul até o fim do apartheid em 1994 e a mortede Savimbi, em Fevereiro de 2002.

A Unita rapidamente depôs as suas armas e se juntou a política,tornando-se o principal partido da oposição em Angola. O cessar-fogo foi formalizado com um acordo de paz que foi assinado peloGoverno e pela Unita a 4 de Abril de 2002.

O dia 04 de Abril é, portanto, um dia de esperança na reconstruçãodo País e da consolidação do processo de paz entre os partidospolíticos.

Vários eventos culturais e desportivos são realizados em todo oPaís para celebrar este dia.

Na capital, Luanda, existem vários eventos oficiais que envolvema participação do governo e dos políticos.

Nos nove anos de paz, o governo angolano tem sido activo natentativa de cumprir os seus compromissos, nomeadamente areintegração social dos ex-inimigos militares, fornecimento de abrigo,apoio e outra assistência para as pessoas deslocadas internamente eos antigos refugiados.

O governo de Angola desde o fim da guerra civil delineouestratégias diferentes para garantir a recuperação da economia, areconstrução da principal infra-estrutura destruídas pela guerra, aluta contra a pobreza, a consolidação da reconciliação nacional e oaprofundamento da democracia.

Angola é hoje o maior produtor africano de petróleo.

20022002

O DIA da bandeira nacional, 25 de Abril, é feriado na Swazilândia. Abandeira nacional, simbolizando a herança real da Swazilândia e alonga história foi adoptada oficialmente em 1968, aquando daindependência Swazilândia da Grã-Bretanha. A bandeira é compostade três listras horizontais - uma faixa azul na parte superior e inferiorseparadas por uma faixa vermelha debruado de amarelo. Colocadocentralmente sobre a faixa vermelha está um escudo preto e brancotradicional da Suazilândia, com duas lanças e um bastão decoradocom borlas de penas. A cor azul da bandeira representa a paz,enquanto a insígnia simboliza a monarquia, e a cor amarelarepresenta a riqueza mineral do País. O vermelho simboliza asbatalhas do passado. As bandeiras são hasteadas nas Cidades daSwazilândia, a 25 de Abril, e as festas tradicionais incluem desfiles eoutras actividades públicas.

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCAbril – Junho 2011