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AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DETERMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE HEXACLOROCICLOHEXANO "HCH" NO SORO SANGÜÍNEO DE TRABALHADORES EXPOSTOS NO ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE NA DÉCADA DE 80 ELAINE CRISTINA DAMASCENO LOIOLA Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear-Materiais. Orientador: Dr. José Oscar Willian Vega Bustillos São Paulo 2007

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AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DETERMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE

HEXACLOROCICLOHEXANO "HCH" NO SORO SANGÜÍNEO

DE TRABALHADORES EXPOSTOS NO ARQUIVO

HISTÓRICO DE JOINVILLE NA DÉCADA DE 80

ELAINE CRISTINA DAMASCENO LOIOLA

Dissertação apresentada como parte dos requisi tos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear-Mater ia is .

Or ientador: Dr. José Oscar Will ian Vega Busti l los

São Paulo 2007

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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E N U C L E A R E S

A U T A R Q U I A ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE S Ã O P A U L O

Determinação de resíduos de Hexaclorociclohexano "HCH"

no soro sangüíneo de trabalhadores expostos no Arquivo

Histórico de Joinville na década de 80.

Dissertação apresentada como parte dos requisi tos para ob tenção do Grau de Mest re e m Ciências na Área de Tecnolog ia Nuclear - Mater iais.

Orientador:

Dr. J o s é Oscar Wi l l iam V e g a Bustillos

São Paulo 2007

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ipen

INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E N U C L E A R E S

A U T A R Q U I A ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE S Ã O P A U L O

Determinação de resíduos de Hexaclorociclohexano "HCH

no soro sangüíneo de trabalhadores expostos no Arquivo

Histórico de Joinville na década de 8Q

Elaine Cristina Damasceno Loiola

Dissertação apresentada como parte dos requisitos para ob tenção do Grau de Mestre em Ciências na Á rea de Tecnologia Nuclear - Mater iais.

Orientador:

Dr. José Oscar Wi l l iam V e g a Busti l los

São Paulo 2007

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Dedico esse t rabalho a D E U S e a todos os meus Anjos da Guarda, e m especial

João Damasceno Loiola, meu Pai, que tanto m e apoia e a Lúcia Joana Loiola,

minha mãe, que tanto se dedicou à minha vitória, aos meus i rmãos Leni, João

Nilson e Crist iano que sempre est iveram ao meu lado, às minhas cr ianças que são

fonte da minha alegria Lucas, Felipe, Tamires, Tiago, Natalia e A n a Carol ina.

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AGRADECIMENTOS

A o m e u or ientador Dr. Oscar Vega Bustil los pela amizade, dedicação e

aprend izagem.

À Heloísa H. B. To ledo pelo aprendizado, companheir ismo, paciência e amizade.

A o Instituto Adol fo Lutz de São Paulo onde realizei meu estagio e permaneci

durante 4 anos e à todos os profissionais da Seção de Pest ic ida Residual e m

especial ao Reinaldo Amaur i Jr. Pela amizade sincera e pela contr ibuição nas

extrações das amostras.

A o Instituto de Pesquisas Energét icas e Nucleares - IPEN.

A o Instituto Oceanográf ico - USP.

A o meu Pai João Damasceno Loiola que batalhou para que os meus estudos nunca

fossem interrompidos.

À minha Mãe Lúcia Joana Loiola que com tanto amor se tornou a Melhor Mãe do

Mundo.

À minha famíl ia Leni, Ni l ton, Lucas, Felipe, T iago, João Ni lson, Juci , Tamires,

Natal ia, Crist iano, Renata e Ana Carol ina que sempre f icaram ao m e u lado.

À SFDK pelo incentivo na reta f inal e disponibi l idade de tempo.

À PhD. Maria Luiza Passanezi Araujo Gomez, pela dedicação de revisar todo o meu

t rabalho e pela amizade.

À todos que convivi no decorrer da minha aprendizagem.

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" S o m o s tudo aquilo que acredi tamos ser"

(Autor Desconhecido)

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Determinação de resíduos de Hexaclorociclohexano "HCH"

no soro sangüíneo de trabalhadores expostos no Arquivo

Histórico de Joinville na década de 80.

Elaine Cristina Damasceno Loiola

RESUMO

O Hexaclorocic lohexano (HCH) é um inseticida do grupo dos organoclorados,

composto por uma mistura de isômeros formados durante a síntese química, através

de sucessivas adições de cloro ao benzeno. Estes isômeros podem contaminar não

só o meio ambiente como também a população que tenha contato direto ou indireto

com os resíduos. Nas décadas de 70 e 80, foi util izado um produto comercial

composto pelo ativo HCH comercial izado como "Hexabel®" no controle de insetos

xi lófagos no Acervo Histórico de Joinville em Santa Catarina. A apl icação do

inseticida foi real izada pelos próprios funcionários do Arquivo Histórico, e houve

intensa manipulação dos documentos tratados durante uma mudança do prédio o

presente t rabalho teve como objetivo validar uma metodologia de determinação de

resíduos do HCH e seus isômeros e m soro sangüíneo, e anal isar o grau de

exposição dos funcionários e ex-funcionários do Arquivo Histórico de Joinvil le ao

produto.

Foram real izados exames sorológicos e m todos os funcionár ios e ex -

funcionár ios do local e t ambém na população que sabidamente nunca t iveram

contato com o ativo, denominada população controle. As anál ises fo ram real izadas

após a val idação do método mult iresíduos que obtém todos os ativos e m uma única

ext ração e t em detecção por Cromatograf ia a gás com detector de captura (GC-

ECD) de elétrons. Os resultados comprovaram comprovaram a ef iciência do

método, através de dados e m conformidade com os critérios do ensaio. Os

resultados obt idos no estudo da população mostraram que a quant idade de HCH no

soro sangüíneo de funcionár ios, ex-funcionários e da população controle estão

abaixo do limite de quant i f icação de 0,04^g dl_"1 para Alfa HCH e G a m a HCH

"Lindana" e 0,08^ig dl_"1 para Beta e Delta HCH.

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Determination of hexachlorcyciohexane residues on blood plasma of exposed employees of the Historical Archieve of

Joinville on 80's decade Elaine Cristina Damasceno Loiola

ABSTRACT

Hexachlorcyciohexane (HCH) is an organochloride insecticide formed by a

mixture of chemical isomers produced during its chemical synthesis, obtained after

successive inserts of chlorine atoms on benzene molecule. These isomers may

contaminate both the environment and the people who had direct or indirect contact with

the HCH residues. On 70's and 80's, its was used a commercial product which

contained HCH on its formula and was commercial ized as Hexabel®. The product was

used to control the xylophage insect population on the Historical Archieve of Joinville, at

Santa Catarina, Brazil. The own employees did the insecticide application and there was

an intensive manipulation of the treated material during a building change.

The objective of this work was to validate a methodology to quantify the HCH

residues and its isomers on blood plasma and analyze the employee's exposure extent

to the chemical.

It was done serological investigation on employees, former-employees and on

non-exposed people, which was classif ied as the control population. The analyses were

done after the methodology validation. The method was capable to obtain all isomers on

a unique extraction and the detection and quantification were done by gas

chromatography with electron-capture detector (GC-ECD). The results obtained showed

that the proposed method is accurate, and that the amount of HCH residues on blood

plasma of all individuals analyzed was lower than the quantification limits established to

the method, which were 0,04 jag dl_"1 for the alpha- and gamma- HCH (lindana) and 0,08

lag dt_"1 for the beta- and delta- HCH.

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SUMÁRIO

1. I N T R O D U Ç Ã O 14

1.1 Arquivo Histórico de Joinvi l le/Santa Catarina 15

1.2 Xi lófagos 16

1.3 Hexacloroc ic lohexano 17

2. OBJET IVO 18

2.1 Objet ivo Geral 18

2.2 Objet ivo Especi f ico 18

3. REVISÃO DA L ITERATURA 19

3.1 Efeitos sobre a saúde humana e m exposições ocupacionais ao HCH 19

3.2 Efeitos sobre a saúde humana na exposição ambiental 21

3.3 Agrotóx icos 23

3.3.1 Def inição 23

3.3.2 Registro e aval iação ambiental de agrotóxicos 26

3.3.3 Uti l ização 27

3.3.4 Grupos Químicos 27

3.3.5 Toxic idade 31

3.4 Anal ise Cromatográf ica 34

4 . MATERIA IS E M É T O D O S 38

4.1 Matriz es tudada 38

4.2 At ivo es tudado 38

4.3 Principio do método analít ico 44

4.4 Equipamentos, materiais e solventes uti l izados 44

4.4.1 Equ ipamentos 4 4

4.4.2 Materiais, Vidrar ias e outros 44

4.4.3 Solventes e Reagentes 4 4

4.5 Preparação das Soluções 45

4.5.1 Preparação das soluções de estoque "solução mãe". 45

4.5.2 Preparação das Curvas de Cal ibrações 45

4.6 Preparação das Amost ras 55

4 .7 Extração dos at ivos na amostra 57

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4.8 Fort i f icações dos at ivos na amostra 62

4.9 Anal ise Instrumental 62

4.10 Val idação das adaptações ao método 63

4.11 Critérios de ensaio de conformidade 63

4.11.1 Curva de Cal ibração 64

4.11.2 Especi f ic idade/Selet iv idade 64

4.11.3 Precisão de Medição 64

4.11.4 Exat idão/Recuperação 64

4.11.5 Limite de Detecção (LOD) e Limite de Quant i f icação (LOQ) 64

4.11.6 Repet ibi l idade 65

4.11.7 Incerteza de med ição 65

5 RESULTADOS 66

5.1 Dados de Val idação 66

5.1.1 Curva de Cal ibração - Linear idade 66

5.1.2 Especi f ic idade/Selet iv idade 73

5.1.3 Precisão de Medição/ Exat idão/ Recuperação 73

5.2 Resultados nas amost ras Grupo 1 e Grupo 2 82

6 D ISCUSSÃO DOS R E S U L T A D O S 84

7 C O N C L U S Ã O 88

8 BIBLIOGRAFIA 90

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Lista de Tabela

Tabela 1 Efeitos da exposição aos agrotóxicos. 20

Tabe la 2 Toxic idade e persistência ambiental de alguns agrotóxicos

(em escala de 1 a 5 ) . . 31

Tabe la 3 Comparação das características entre fonte radioativas de

Hidrogênio ( 3 H) e Níquel ( 6 3 Ni) . 35

Tabe la 4 Limite de Detecção (LOD) 64

Tabe la 5 Limite de Quant i f icação (LOQ) 64

Tabe la 6 Faixa de trabalho, equação da curva e coeficiente de correlação 65

Tabe la 7 Eficiência da recuperação Al fa HCH 73

Tabe la 8 Dados Globais Al fa HCH 73

Tabe la 9 Eficiência da recuperação Beta HCH 74

Tabe la 10 Dados Globais Beta HCH 74

Tabe la 11 Eficiência da recuperação Delta HCH 75

Tabe la 12 Dados Globais Delta HCH 75

Tabe la 13 Eficiência da recuperação Gama HCH 76

Tabe la 14 Dados Globais Gama HCH 76

Tabela 15 Resul tados - Grupo 1 "Grupo Exposto" 79

Tabe la 16 Resul tados - Grupo 2 "Grupo não Exposto" 80

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Lista de Figura

Figura 1 Formula estrutural do Alfa HCH 38

Figura 2 Cromatograma do Al fa HCH 38

Figura 3 Formula estrutural do Beta HCH 39

Figura 4 Cromatograma do Beta HCH 39

Figura 5 Formula estrutural do Delta HCH 4 0

Figura 6 Cromatograma do Delta HCH 40

Figura 7 Formula estrutural do Gama HCH - Lindaria 41

Figura 8 Cromatograma do G a m a HCH - L inadana 41

Figura 9 Cromatograma da Curva 1- Solução "B" Al fa HCH + Beta HCH

Concent ração 10pg jaL"1 Al fa HCH e 20 pg jaL"1 Beta HCH 48

Figura 10 Cromatograma da Curva 1 - Solução "B" Al fa HCH + Beta HCH

Concent ração 50pg nL" 1 Al fa HCH e 100 pg jaL"1 Beta HCH 49

Figura 11 Cromatograma da Curva 1- Solução "B" Al fa HCH + Beta HCH

Concent ração 100pg ^L" 1 Al fa HCH e 200 pg ^L " 1 Beta HCH 50

Figura 12 Cromatograma da Curva 2- Solução "A" Delta HCH + G a m a HCH

Concent ração 10pg ^L " 1 Gama HCH Lindana e 20 pg ^L " 1 Delta HCH 51

Figura 13 Cromatograma da Curva 2- Solução "A" Delta HCH + G a m a HCH

Concent ração 50pg ^L" 1 Gama HCH Lindana e 100 pg jaL"1 Delta HCH 52

Figura 14: Cromatograma da Curva 2- Solução "A" Delta HCH + G a m a HCH

Concent ração 100pg u.L"1 Gama HCH Lindana e 200 pg yL" 1 Delta HCH 53

Figura 15: F luxograma para analise de resíduos de HCH e seus isômeros e m soro

sangüíneo 55

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Figura 16 Cromatograma da Recuperação Al fa HCH + Beta HCH - 1 L O Q 57

Figura 17 Cromatograma da Recuperação Alfa HCH + Beta HCH - 10LOQ 58

Figura 18 Cromatograma da Recuperação Gama HCH + Delta HCH - 1 L O Q 59

Figura 19 Cromatograma da Recuperação Gama HCH + Delta HCH - 10LOQ 60

Figura 20 Curva de Cal ibração - Linearidade Al fa HCH 66

Figura 21 Curva de Cal ibração - Linearidade Beta HCH 66

Figura 22 Curva de Cal ibração - Linearidade Delta HCH 66

Figura 23 Curva de Cal ibração - Linearidade Gama HCH 67

Figura 24 Cromatograma Al fa 0,1 pg j i L ' 1 e Beta 0,2pg ^L" 1 . 67

Figura 25 Cromatograma Al fa 0,2pg j iL" 1 e Beta 0,4pg uL~1. 67

Figura 26 Cromatograma Al fa 1,0pg jaL"1 e Beta 2,0pg u,L"1. 68

Figura 27 Cromatograma Al fa 2,0pg ^ i L 1 e Beta 4,0pg nL~1. 68

Figura 28 Cromatograma Al fa 10,0pg |xL"1 e Beta 20,0pg ^L" 1 . 68

Figura 29 Cromatograma Al fa 20,0pg |aL"1 e Beta 40,0pg u.L"1. 69

Figura 30 Cromatograma Al fa 50,0pg pL" 1 e Beta 100,0pg \iL'\ 69

Figura 31 Cromatograma Al fa 100,0pg n L 1 e Beta 200,0pg [iL1. 69

Figura 32 Cromatograma Lindana 0,1 pg jaL"1 e Delta 0,2pg uL~1. 70

Figura 33 Cromatograma Lindana 0,2pg jo.L"1 e Delta 0,4pg uL~1. 70

Figura 34 Cromatograma Lindana 1pg jaL"1 e Delta 2pg j iL" 1 . 70

Figura 35 Cromatograma Lindana 2pg jxL"1 e Delta 4pg \iL'\ 71

Figura 36 Cromatograma Lindana 10pg |iL" 1 e Delta 20pg j iL" 1 . 71

Figura 37 Cromatograma Lindana 20pg ( i L 1 e Delta 40pg j^L" 1 . 71

Figura 38 Cromatograma Lindana 50pg j iL" 1 e Delta 100pg JJL 1 . 72

Figura 39 Cromatograma Lindana 100pg fiL" 1 e Delta 200pg ^L " 1 . 72

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1 . INTRODUÇÃO

O primeiro passo para desenvolver esse estudo foi t raduzir na aparentemente

prosaica def inição semânt ica do que se pretende avaliar: os expostos, os

intoxicados ou ambos.

Por def inição: Expostos são todos aqueles que têm ou t iveram contato com

determinado substância. Considerando que os agrotóxicos fo ram as substâncias

antropogênicas mais ut i l izadas na história da humanidade, sendo possível hoje

encontra - las em regiões tão inusitadas como a do Árt ico e Antár t ica, toda a

população do planeta estar ia nessa condição. Intoxicados, são aque les que t iveram

contato com determinada substância e deste contato desenvolveram a lgum t ipo de

mani festação clínica. (Peres, F. 2003).

A partir destas def in ições pode-se iniciar as anál ises de soro sangüíneos dos

t rabalhadores e ex - t rabalhadores do Arquivo Histórico de Joinvi l le expostos ao

Hexaclorocic lohexano, ut i l izado em documentos e livros para contro le de insetos

x i lófagos.

No homem, esses compostos podem ser identif icados no sangue, no p lasma,

no soro, no tecido ad iposo e no leite. No Brasi l , o uso geral desse pest ic ida foi

proib ido em 1985, f icando o mesmo restrito apenas a campanhas de saúde públ ica

(Portar ia do Ministér io da Agricul tura n° 329 de 2.9.1985).

A toxic idade selet iva dos pesticidas contra o organismo a que se pretende

combater é a s i tuação ideal desejável para sua uti l ização; entretanto, essas

substâncias podem provocar alguma toxicidade em seres humanos. Portanto, não

se deve considerar um pesticida completamente seguro. Essas substâncias

necessi tam ser ut i l izadas de forma adequada, de maneira que não venha causar

maiores r iscos para a saúde humana. (Nunes, F. P. 2002).

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1.1 A R Q U I V O HISTÓRICO DE JOINVILLE/ SANTA CATARINA

O Arquivo Histór ico de Joinvi l le, como é conhecido por seus freqüentadores,

foi cr iado pela Lei Munic ipa l n. 1.182 de 2 0 de março de 1972 e "é uma unidade

subord inada à Fundação Cultural de Joinvi l le, que tem por f inal idade recolher,

guardar, conservar, restaurar e preservar a documentação produzida por

inst i tuições governamenta is de âmbito munic ipal , bem como, os documentos

pr ivados de interesse públ ico, sob sua guarda, garant indo acesso público às

informações neles cont idas, com o objet ivo de apoiar as instâncias dos poderes

públ icos munic ipais nas suas decisões polí t ico-administrat ivas, o c idadão na defesa

de seus direi tos e de incent ivar a pesquisa re lac ionada com o desenvolvimento

regional" .

De 1972 até 1986 o Arqu ivo func ionou em uma das salas da Biblioteca

Públ ica Munic ipal "Rol f Col in" , local izada na Praça Lauro Müller. A inauguração do

atual prédio, f ruto de um convên io f i rmado entre a Prefeitura Munic ipal de Joinvil le e

o Governo da A lemanha , real izou-se em 18/07/1986. Nestes 30 anos passou por

di ferentes momentos, es tando sempre presente no auxíl io aos pesquisadores que

se ded icam a constru i r histór ias sobre Joinvi l le e região. Hoje, através da

exper iência acumulada durante o transcorrer dos anos, mantém a responsabi l idade

de recuperar e d ivu lgar informações, tornando-se uma instituição dinâmica no

desenvolv imento de seu potencia l científ ico, educat ivo e cultural junto à sociedade.

Nas décadas de 1970 e 1980 o "Hexabel®" - hexaclorocic lohexano, um

inset icida do grupo dos organoclorados, foi ut i l izado no Acervo Histórico de Joinvil le

no combate a insetos x i lófagos. Neste per íodo o acervo local izava-se no prédio

ant igo e a ap l icação fo i e fe tuada por um funcionár io do próprio Arquivo Histórico,

d i retamente nos l ivros e nos lotes dos documentos avulsos. Em 1986 ocorreu a

mudança para o préd io atual e todo o material foi manipulado exaust ivamente para

real izar uma nova l is tagem da documentação, sendo que a manipulação provocou

uma possível migração do inseticida para o ambiente, o que foi comprovado por

anál ises real izadas e m l ivros. Com essa ev idência, surgiu a suspeita de que uma

possível intoxicação nos funcionár ios poder ia ter ocorr ido. Este episódio foi o

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pr imeiro alerta para a per iculosidade do produto, mas nenhuma medida de

segurança foi real izada e os funcionários cont inuaram expondo-se ao longo de

mui tos anos, sem qualquer controle da exposição ocupacional (Barotto, A. M 2003) .

Em 2003, por iniciativa do Centro de Informações Toxicológicas de Santa

Catar ina - SIT/SC e o Departamento de Saúde Públ ica - SPB/UFSC fo ram iniciados

estudos para veri f icar o grau de exposição dos funcionários e ex - func ionár ios ao

produto, sendo o soro sanguíneo encaminhado ao Laboratór io de Aná l ise de

Resíduos de Pest ic idas do Instituto Adol fo Lutz para detecção do pest ic ida.

1.2 Xi lófagos

A madeira está sujeita à degradação por organismos que de la se al imentam.

No lenho estão presentes muitas substâncias nutrit ivas, como açúcares,

carboidratos, gomas, resinas e amidos, que const i tuem a base a l imentar de uma

inf in idade de organismos, dentre os quais, fungos, bactérias, insetos, moluscos e

crustáceos. Estes organismos que degradam a madeira são conhec idos por

x i ló fagos (do grego xy lon, madeira e fagus, comer).

Os fungos atacam em geral a madeira que apresenta um teor de umidade

favorável ao seu desenvolv imento. O t ipo de ataque é classif icado de acordo com o

fungo que se instala na madeira.

Dos insetos que atacam a madeira serrada, os besouros e os cupins estão

dentre os que causam piores danos. Traças, vespas, mariposas e outros em menor

esca la de importância também deposi tam seus ovos em peças de madei ra ou

ut i l izam-na como fonte de al imento.

Em relação aos besouros (ordem Coleoptera), existe uma g rande var iedade

que a taca a madeira e causa prejuízos relevantes {cerambycidae, scolytidae,

platypodidae, bostrychideae, lyctidae e anobidae, entre outras). Os ovos podem ser

depos i tados no lenho das árvores ou na madeira já cortada. Apesar de a lguns

serem mui to pequenos (os escol i t ídeos e os plat ipodídeos não u l t rapassam 1 mm de

compr imento) promovem ataques devastadores na madeira: estão associados

natura lmente a fungos, dos quais, em alguns casos, se a l imentam. Os cupins que

atacam a madeira a l imentam-se fundamentalmente de celulose. São classi f icados

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dentro da ordem Isoptera. Estão, em geral, associados a microrganismos

simbiót icos que promovem a degradação enzimática da celulose presente no

x i lema. A estrutura social destes insetos é altamente organizada e complexa, com a

co lonia div id indo-se em várias castas hierárquicas.

1.3 Hexaclorociclohexano

1,2,3,4,5,6-hexaclorociclohexano (HCH) de fórmula química CshUCU é urna

substância química produzida industr ialmente, conhecida com o nome de BHC

(hexacloreto de benzeno). De acordo com as regras da IUPAC, a designação

"hexacloreto de benzeno" é incorreta. Apesar disso, a denominação BHC é a inda

largamente ut i l izada, pr incipalmente no âmbito da agricultura, adotado, inclusive,

pela Organização de Agr icul tura e Al imentação (FAO), enquanto a organização

Mundia l da Saúde (OMS), uti l iza corretamente a denominação HCH. O HCH existe

em oi to formas químicas chamadas isómeros. Uma das formas, o isómero gama (ô),

t ambém conhecido como lindano e lindana, é uma substância cristal ina branca, que

pode evaporar-se no ar como um vapor incolor, sem odor ou com um leve odor

própr io (acredi ta-se que o odor se deva a impurezas, pr incipalmente o

heptaclorocic lohexano). No seu grau técnico, o HCH consti tuía-se, de uma mistura

de isómeros e outras impurezas, com destaque para os isómeros a (65-70%), p (7-

10%), Ô (14-15%) e outros (5%), considerados como subprodutos ou " impurezas" do

lindano ou isómero gama. Atualmente, em função das exigências de qual idade, o

lindano deve ter pelo menos 9 9 % de HCH (Wor ld Health Organizat ion,1991).

O HCH foi s intet izado pela primeira vez por Michael Faraday em 1825 e

quatro de seus estéreoisômeros foram demonstrados por Van der Linden em 1912.

Em 1825, o HCH foi ut i l izado na primeira Guerra Mundial como arma química

na forma de gás tóxico para f ins bél icos (entre muitos outros gases de guerra). As

propr iedades inset ic idas foram descobertas em 1942, e a partir de 1949, o HCH

passou a ser largamente produzido e uti l izado com f inal idades econômicas, na

agr icul tura, como inset icida de largo espectro em culturas de frutas e vegetais; e m

si los, tendo sido também uti l izado para f ins não-agrícolas, quer como droga para

t ratamentos tópicos contra ectoparasi tos do ser humano e de animais (na forma

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l íquida, em loções, cremes, xampu, pós, e t c ) , quer em campanhas de Saúde

Públ ica, no combate ao vetor da malária e, entre nós, também dos t r iatomídeos

vetores da doença de Chagas (Van Ert & Sull ivan Jr., 1992).

O lindano foi produzido e comercial izado em várias formas de apresentação e

formulações. A mais importante tem sido na forma de pós molháveis (até 9 0 % de

HCH); concentrações emulsif icáveis (até 2 0 % de HCH); so luções e m água ou em

solventes orgânicos (até 5 0 % de HCH); grânulos (3 -4% de HCH); iscas; aerossóis e

formulações especia is para uso tópico, em medicina humana e veter inár ia.

Outrossim, muito se uti l izou na forma de preparações para fumigação em ambientes

fechados, em concentrações de HCH prat icamente puras (Wor ld Heal th

Organizat ion, 1991).

Na maioria dos países, o HCH deixou de ser produzido a part ir do f inal da

década de 70, tendo deixado de ser uti l izado nesses países a part ir de 1983 a 1985

(Van Ert & Sul l ivan Jr., 1992; Agency For Toxic Substances A n d Disease Registry,

1989; 1990).

No Brasi l , os praguicidas organoclorados de alta pers is tência foram

proibidos para uso agrícola, em 1985, permanecendo seu uso para f ins de combate

a vetores t ransmissores de doenças infecciosas (Brasil , 1985).

O Hexaclorocic lohexano era sintet izado por meio de ad ições sucess ivas de

cloro ao benzeno, gerando os isômeros a, B, a, e y HCH em di ferentes percentuais

estequiométr icos. O isômero y - HCH, de maior ação inseticida, era s intet izado com

um percentual de 14 a 15% da mistura técnica.

Os isômeros do HCH podem contaminar não só o meio ambiente como

também a população que tenha contato direto ou indireto com os resíduos. Os

HCHs são apoiares, têm baixa solubi l idade em água e alta estab i l idade no meio

ambiente, o que dif iculta a degradação dos mesmos. De acordo com a Secretar ia

Nacional de Vigi lância Sanitária, o HCH é classif icado como Classe I, ex t remamente

tóxico. Segundo o Centro Internacional de Investigação sobre Câncer, o HCH é

"possivelmente carcinogênico a humanos" ( International Agency for Research um

Câncer, 1987). A contaminação humana pode ocorrer de forma aguda ou crônica,

por meio das vias dérmica, respiratória e alimentar. Os isômeros do HCH são

al tamente l ipofí l icos e persistentes, sendo armazenados nos tec idos gordurosos.

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Assim, mesmo sendo absorv idos em pequenas quant idades, se a exposição é

pro longada (crônica), efeitos adversos à saúde podem ser observados, como por

exemplo, danos ao sistema nervoso central (Wor ld Health Organizat ion, 1991 ,

1992).

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2. OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

0 objet ivo deste t rabalho foi de analisar o soro sangüíneo dos funcionár ios ex

- funcionár ios do Arquivo Histórico de Joinvil le Santa Catar ina e um grupo controle

de pessoas sabidamente não expostas ao produto estudado. Val idar as adaptações

da metodologia analí t ica USEPA N.C. 27711 ut i l izadas na Seção de Resíduos de

Pesticidas do Instituto Adol fo Lutz.

2.2 Objet ivos Específ icos

1) Identif icar a melhor técnica de anal ise do hexacloroc ic lohexano e seus

isômeros.

2) Uti l izar um método mult iresíduos onde uma única extração é fei ta para

todos os at ivos estudados sem que haja perda de nenhum deles.

3) Veri f icar o comportamento de cada isômeros no momento de

armazenamento, extração e injeção no equipamento, ass im como as melhores

condições cromatográf icas.

4) Otimizar a rampa cromatográf ica da melhor manei ra para que todos os

at ivos e luam totalmente distintos e na mesma corr ida, da co luna cromatográf ica.

5) Real izar a val idação da metodologia analí t ica.

6) Anal isar os soros sangüíneo dos funcionár ios e ex- funcionár ios do Arquivo

Histórico de Joinvi l le e também da população controle, não exposta ao HCH.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Efeitos sobre a saúde humana em exposições ocupacionais ao HCH

Nas si tuações de exposição direta a vapores de HCH, como em ambientes de

t rabalho fechados, ou após apl icações de HCH em paredes, plantas, animais, l ivros

e outros tanto o gama HCH também conhecido como ' l indana' ou ' l indano' bem

como os isômeros do HCH, alfa, beta e delta, podem causar irr i tação das v ias

respiratór ias altas (nariz e garganta); irritação pulmonar; a l terações cardíacas;

a l terações sangüíneas (anemia); efeitos sobre a pele ( irr i tação e prur ido) e

convulsões (Agency For Tox ic Substances And Disease Registry, 1989; 1990).

A observação desses efeitos tem sido feita em trabalhadores que inalaram

grandes quant idades, na fabr icação ou em apl icações, de HCH na agr icul tura e em

domicí l ios, como também em circunstâncias acidentais. Nessas c i rcunstâncias,

re lat ivamente raras, pode ocorrer a morte. A lguns estudos de tox ic idade aguda e

de curta duração na espécie humana indicam que uma dose aprox imada de 1,0

mg/kg de peso corporal não produz intoxicação. No entanto, com uma dose de 15-

17 mg/kg de peso corporal , observam-se sintomas de intoxicação grave (Agency For

Toxic Substances A n d Disease Registry, 1989; 1990; Wor ld Heal th Organizat ion,

1991a; 1991b; 1991c;1991d).

Sobre os efei tos da exposição ocupacional ao l indano, o documento do

Programa Internacional de Segurança das Substâncias Químicas ( IPCS) conclui em

suas 208 páginas da revisão feita em 1991 , nos seguintes termos:

"apesar do uso generalizado do HCH, durante mais de 40 anos, há notificação de

apenas poucos casos de intoxicação de natureza ocupacional. Nos trabalhadores

expostos durante longos períodos, na fabricação ou na aplicação de lindano, o único

sintoma observado foi uma maior atividade das enzimas hepáticas metabolizadoras

de fármacos. Não há provas de relação, sugeridas em outras publicações, entre a

exposição ao lindano e o aparecimento de anomalias hematológicas" (Wor ld Heal th

Organizat ion, 1991 d).

Por sua vez, sobre os efeitos da exposição ocupacional ao alfa- e beta-

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hexaclorociclohexanos o documento do IPCS, produzido em 1 9 9 1 , conclu i suas 170

páginas com um resumo de três l inhas, onde se ut i l izam as segu in tes palavras:

"Se observam as precauções recomendadas para reduzir ao mínimo a exposição

das pessoas que trabalham na fabricação do Lindano, o alfa- e beta-HCH não

significarão risco para a saúde dos trabalhadores" (Wor ld Heal th Organizat ion,

1991c).

Estudos real izados no Brasil, com grupos ocupac iona lmente expostos ao

HCH, mostraram que nas exposições ocupacionais de médio e longo prazo, em

concentrações insuficientes para causar quadros agudos de i rr i tação respiratória,

dérmica ou gástr ica, podem, de fato, ocorrer alterações da função hepática,

aval iadas pela e levação das transaminases (TGP e TGO) , pela fos fa tase alcal ina e

pela albumina, com elevações mais acentuadas nos indivíduos com mais e levada

exposição, demonstrando assim uma relação dose-resposta importante para esse

t ipo de dano (Carvalho, etal, 1989).

Nos t rabalhadores com exposição mais e levada, (Carva lho, et al, 1989)

constataram, também, alterações hematológicas, des tacando-se uma leucoci tose

com neutrofi l ia e l infocitopenia.

O estudo real izado com trabalhadores da Super in tendênc ia de Contro le das

Endemias (SUCEN), em São Paulo, "cronicamente expostos" ao H C H e DDT, levou

o médico Francisco Gonçalves a concluir, em sua Disser tação de Mest rado, que:

"há desinformação dos riscos de exposição ocupacional aos inseticidas e falta de

fornecimento e uso de equipamento de proteção no trabalho. Em relação à

exposição aos inseticidas, não foi encontrado um quadro clínico específico de

intoxicação, o mesmo observado no exame neurológico e eletroencefalográfico.

Também não foram observadas diferenças significativas nos exames hematológicos

e bioquímicos de sangue. Os teores de DDTe BHC foram maiores no grupo exposto

em relação ao controle. O exame citogenético revelou aumento da freqüência de

certos tipos de aberrações cromossômicas estruturais, no grupo exposto em relação

ao controle. Concluímos ser necessária a implantação de um Programa de Saúde

do Trabalhador, com longo tempo de seguimento clínico e laboratorial, para os

trabalhadores expostos ocupacionalmente a inseticidas" (Gonçalves, 1991).

Nas exposições ocupacionais ( inalatórias), tanto a Agênc ia de Adminis t ração

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da Saúde e Segurança Ocupacional (OSHA), como o Instituto Nacional de Saúde e

Segurança Ocupac iona l (NIOSH), e a Conferência Amer icana dos Higienistas

Industr iais Governamenta is (ACGIH), dos Estados Unidos, f ixaram em 0,5 m g / m 3 de

ar, respect ivamente o Limite de Exposição Permit ido (PEL), o Limite de Exposição

Recomendado por Razões de Saúde (REL) e o Limite de Tolerância (TLV) do

hexaclorociclohexano, sempre para oito horas de exposição diária, 4 0 horas

semanais .

3.2 Efeitos sobre a saúde humana na exposição ambientai

A l i teratura científ ica traz a lgumas centenas de trabalhos cientí f icos

exper imentais , real izados in vivo e in vitro, a lguns escassos informes de casos

c l ín icos de intoxicações agudas, e a inda mais escassos estudos epidemiológicos

capazes de construir um relativo consenso sobre os efeitos, de médio e longo

prazos, da exposição "ambiental" ao hexaclorociclohexano. Quando o faz, aborda

expos ições acumuladas no correr do tempo, pr incipalmente de "fontes de base"

{background contamination), geralmente representadas pela ingestão de resíduos

c lorados em al imentos de or igem animal .

No caso part icular de interesse deste documento, isto é, de exposições

ambienta is em fontes f ixas, por poluição do solo, água e, eventualmente, a l imentos

de or igem vegetal ou animal or iundos de área poluída - especi f icamente as

cond ições descr i tas no "caso Cidade dos Meninos" (Oliveira, 1994; Ol iveira,

Br i lhante, Morei ra & Miranda, 1995; Bastos, 1999) - não se encontra similar na

l i teratura científ ica internacional e nacional .

No Brasi l , as condições mais parecidas, embora com outra molécula c lorada

- o hexaclorobenzeno (HCB) - ocorr idas na Baixada Santista, a inda não permit i ram

formar um consenso mais sól ido sobre os eventuais efeitos adversos sobre a saúde

humana em expostos ambientalmente, isto é, não ocupacionalmente, const i tu indo-

se os t raba lhos de Santos Fi lho e colaboradores (1993) e de Silva, Barretto, Lemes

& Kussumi (1997), nos únicos informes publ icados, mas inteiramente vol tados à

aval iação bio lógica da exposição, e não à pesquisa de efeitos adversos sobre a

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saúde. O t rabalho de Augusto e Freitas (1995) constitui exceção, mas aborda tão-

somente efeitos da exposição ocupacional em t rabalhadores da indústr ia química

responsável pela polu ição ambiental , localizada em Cubatão - SP, polu ição que se

estendeu a outras áreas da Baixada Santista, graças à depos ição indevida de

resíduos clorados, em múlt iplos sites, atualmente próximos a morad ias de pessoas.

Com esta breve introdução e visão panorâmica do estado atual do

conhecimento em matér ia de efeitos adversos sobre a saúde humana, decorrentes

da exposição de médio e longo prazos ao HCH (e provavelmente também ao DDT e

outros resíduos clorados), tentaremos resumir, a seguir, os pr inc ipais ângulos em

que esta matér ia tem sido abordada na l i teratura científ ica, e que, portanto,

merecer iam ser mais aprofundados e seguidos no espír i to do "pr incípio da

precaução" (Augusto & Freitas, 1998) e com estratégias da "vigi lância da saúde".

Na Tabela 1, apresenta-se um sumário dos principais efei tos agudos e crônicos

causados pela exposição aos principais agrotóxicos d isponíveis, de acordo com a

praga que contro lam e o grupo químico ao qual per tencem.

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Tabela 1 : Efeitos da exposição aos agrotóxicos. Classif icação quanto à praga que controla, Classi f icação quanto ao grupo químico, Sintomas de intoxicação aguda e Sintomas de intoxicação crônica

Classif icação Classif icação Sintomas de Sintomas de quanto à quanto ao grupo intoxicação aguda intoxicação praga que químico crônica

controla

Inset ic idas Organofosforados - Fraqueza; - Efeitos e Carbamatos - Cól icas; neurotóxicos

abdominais; retardados; - Vômitos; - Al terações - Espasmos cromossomiais; musculares; - Dermatites de - Convulsões. contato.

Inseticidas Organoclorados - Náuseas; - Lesões hepát icas; - Vômitos; - Arri tmias - Contrações cardíacas; musculares - Lesões renais; involuntários. - Neuropatías

periféricas.

Inseticidas Piretróides - Irritação das - Alergias; sintét icos conjuntivas; - Asma brônquica;

- Espirros; - Irritações nas - Excitação; mucosas; - Convulsões. - Hipersensi l idade.

Fungic idas Dit iocarbamatos - Tonteiras; - Alergias - Vômitos; respiratórias; - Tremores - Dermatites; musculares; - Doenças de - Dor de cabeça. Parkinson;

- Cánceres.

Herbic idas Dini trofenóis e - Dif iculdade - Cánceres (PCP-Pentaclorofenol respiratória; formação de

- Hipertermia; dioxinas); - Convulsões. - Cloroacnes.

Herbic idas Dipir idi los - Sangramento - Lesões hepát icas; nasal; - Dermatites de - Fraqueza; contato; - Desmaios; - Fibrose pulmonar.

- Conjuntivite.

Fonte: W H O , 1990.

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3.3 Agrotóxicos

3.3.1 Definição

Agrotóxico, defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta,

veneno, essas são a lgumas das inúmeras denominações re lac ionadas a um grupo

de substâncias químicas uti l izadas no controle de pragas (animais e vegeta is) e

doenças de plantas (Fundacentro, 1998). São uti l izados nas f lorestas nat ivas e

p lantações, nos ambientes hídricos, urbanos e industriais e, em larga escala, na

agr icul tura e nas pastagens para a pecuária, sendo também empregados nas

campanhas sanitár ias para o combate a vetores de doenças. T ã o extensa quanto a

lista de efeitos nocivos dos agrotóxicos à saúde humana é a d iscussão sobre a

nomenclatura correta dessa gama de produtos, a qual , de acordo com os interesses

de grupos envolvidos, pode dar- lhes conotações muitas vezes opostas ao sent ido

real (Peres, F. et a l . 2003).

Segundo a Norma Regulamentar Rural n° 5 (NRR 5) acompanhada da Lei

Federal n 7.802, de 11 de ju lho de 1989, atualmente regu lamentada pelo Decreto

4.074, de 4 de janeiro de 2002.: Entende-se por agrotóxicos as substâncias, ou

misturas de substâncias, de natureza química quando destinadas a prevenir, destruir

ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer forma de agentes patogênicos ou de

vida animal ou vegetal, que seja nociva às plantas e animais úteis, seus produtos e

subprodutos e ao homem.

Segundo o grupo de pós - graduação em Agroeco log ia da Univers idade

Federal Rural do Rio de Janeiro, em reportagem publ icada no jorna l informat ivo do

Conse lho Regional de Química, da Terceira Região: O termo defensivo agrícola

carrega uma conotação errônea de que as plantas são completamente vulneráveis a

pragas e doenças, e esconde os efeitos negativos à saúde humana e ao meio

ambiente. O termo agrotóxico é mais ético, honesto e esclarecedor, tanto para os

agricultores como para os consumidores. (Informativo CRQ III, 1997).

Na l iteratura internacional, o grupo de substâncias/ produtos químicos aqui

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def in idos como agrotóx ico recebe a denominação de pesticidas (pesticide). O termo

"agroquímico" - o mais próximo de agrotóxico encontrado em literatura de l íngua

inglesa {agrochemicals) e, em menor escala, também na língua portuguesa -

eng loba um número maior de produtos, como fert i l izantes e adubos inorgânicos.

Portanto, não representa o real sent ido do termo agrotóxico, que indica não apenas

a sua f ina l idade de uso, mas também o caráter prejudicial destas substâncias,

v isual izado no radical "tóxico" (Peres, F. et a l . 2003).

No campo, esses insumos são amplamente conhecidos por "veneno"ou

" remédio" pelos t rabalhadores rurais. Remédio tem or igem no discurso de

vendedores e técn icos l igados à indústr ias, que t ratavam os agrotóxicos por

" remédios de plantas", quando da implantação deles no mercado brasileiro, por

vol ta da década de 60. Já o termo "Veneno" der iva da exper iência concreta do

t rabalhador rural , que, desde o início da ut i l ização dos agrotóxicos no meio rural

vem observando, a lém de seus efeitos previstos - matar pragas - , também seus

efei tos nocivos a saúde humana e animal por exemplo, morte de peixes, roedores,

an imais domést icos, intoxicação dos t rabalhadores e pessoas expostas (Peres, F. et

a l . 2003) .

Segundo a Food and Agr icul ture Organizat ion (FAO), Programa da

Organ ização das Nações Unidas (ONU) responsável pelas áreas de agricultura e

a l imentação, os agrotóx icos são def inidos como: qualquer substâncias, ou misturas

de substâncias, usadas para prevenir, destruir ou controlar qualquer praga -

incluindo vetores de doenças humanas e animais, espécies indesejadas de plantas

ou animais, causadoras de danos durante (ou interferindo) a produção,

processamento, estocagem, transporte ou distribuição de alimentos, produtos

agrícolas, madeiras e derivados, ou que deva ser administrada para o controle de

insetos, aracnídeos e outras pestes que acometem os corpos de animais de criação.

(FAO, 2003) .

De acordo com a Lei Federal n° 7.802, em seu Art igo 2, Inciso 1, que trata

sobre esse grupo de substâncias/ agentes no país: Agrotóxicos e afins são os

produtos e os componentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados

ao uso no setor de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos

agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de

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outros ecossistemas e também em ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja

finalidade seja alterar a composição da flora e da fauna, a fim de preservá-la da

ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como substâncias e

produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores

do crescimento.

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3.3.2 Registro e avaliação ambiental de agrotóxico

A aprovação do registro de um agrotóxico signif ica o reconhec imento e a

garant ia de que o produto, quando uti l izado da maneira recomendada, esteja dentro

dos l imites de segurança aceitos para a saúde e o ambiente.

Para a obtenção do registro no Brasil, até 1989, os agrotóx icos eram

submet idos apenas às aval iações toxicológicas e de ef icácia agronômica . Após a

regulamentação da Lei n° 7.802, de 11 de ju lho de 1989, pelo Decreto n° 98.816, de

11 de janeiro de 1990, passaram a ser exigidas também a aval iação e a

classi f icação do potencial de periculosidade ambiental .

A legislação atual, compete ao Ministério da Agr icul tura e Abastec imento

real izar a aval iação da eficácia agronômica, ao Ministér io da Saúde executar a

aval iação e classi f icação toxicológica e ao Ministério do Meio Ambien te , por meio do

Instituto Brasi leiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováve is ( Ibama),

aval iar e classif icar o potencial de periculosidade ambiental . Os órgãos estaduais e

do Distrito Federal , dentro de sua área de competência, devem real izar o contro le e

a f iscal ização da comercial ização e uso desses produtos na sua jur isd ição.

A legislação brasi leira prevê a proibição de registro de agrotóx icos e,

conforme o estabelecido no Art igo n° 3, Inciso 6 o , essa proib ição pode ocorrer nas

seguintes si tuações:

a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para a desat ivação de

seus componentes;

b) para os quais não haja antídoto ou tratamento ef icaz no país;

c) que revelem características teratogênicas, carc inogên icas ou

mutagênicas;

d) que provoquem distúrbios hormonais e danos ao apare lho reprodutor;

e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de

laboratório, com animais, tenham podido demostrar; e

f) cujas característ icas causem danos ao meio ambiente.

Outra at iv idade importante no controle dos agrotóxicos desenvo lv idas pelo

Ibama é a ver i f icação dos teores de impurezas tóxicas (dioxinas, n i t rossaminas,

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DDT e seus isómeros e outros) e da compos ição qual i -quant i tat iva dos produtos. A

veri f icação dos teores de impurezas tóxicas é real izada por meio da aval iação das

anál ises do teor de impurezas, das in formações sobre p rodução/ importação

prestadas pelas empresas registrantes e de ações de f isca l ização (Peres, F. et al.

2003).

3.3.3 Util ização

Desde a década de 50, quando se in ic iou a chamada "revolução verde",

foram observadas profundas mudanças no processo t radic ional do trabalho

agrícola, bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde humana. Novas

tecnologias, muitas delas baseadas no uso extensivo de agentes químicos, foram

disponibi l izadas para o controle de doenças, aumento da produt iv idade e proteção

contra insetos e outras pragas (Peres, F. et a l . 2003) .

Na década de 70 a comercial ização dos pest ic idas organoc lorados foi proibida

na maioria dos países devido a sua longa pers is tência no ambien te e no Brasil, seu

uso foi l imitado pela Portaria 329 de 02/09/85 Ministér io da Agr icu l tura, permit indo

sua uti l ização somente no controle a formigas (Aldr in) e e m campanhas de saúde

públ ica (DDT e HCH). As formas de expos ição da popu lação aos agrotóxicos

podem ser acidental, ocupacional , pelo contato com utensí l ios domést icos uti l izados

para pulverização e com embalagens de descar te de produtos químicos e, pela

água, al imentos e o ar contaminados.

3.3.4 Grupos Químicos

Os agrotóxicos pertencem a di ferentes grupos químicos sendo que entre eles

os mais estudados foram os:

- Organofosforados;

- Carbamatos;

- Piretróides; e

- Organoclorados (OPAS, 2000)

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O R G A N O F O S F O R A D O S

São compostos orgânicos der ivados do ácido fosfórico, do ác ido t iosfórico ou

do ác ido dit iofosfórico são eles: parat ion, malat ion, d iaz inon, et ion, forato,

monocrotofós, metamidofós e outros. De acordo com a sua estrutura química,

esses agrotóxicos podem ser classif icados em: fosforados, t iofosforados, f lúor e

c ianofosforados (Nunes 2002).

São inibidores das col inesterases e são absorvidos pela pele, por ingestão ou

por inalação. Sua ação se dá pela inibição de enz imas col inesterases,

espec ia lmente a acet i lcol inesterase, levando a um acúmulo de acet i lcol ina nas

s inapses nervosas, desencadeando uma série de efeitos parassimpat icomimét icos.

Estes produtos não são acumulat ivos no organismo humano, sendo faci lmente

degradados e excretados. A el iminação ocorre pr incipalmente pe la ur ina.

CARBAMATOS

São compostos der ivados do ácido carbâmico sendo os mais comuns: aldicarb,

carbari l e carbofuran.

Os carbamatos, especia lmente quando em formulações sól idas, são pouco

absorv idos pelo organismo humano. A absorção dérmica do carbar i l não é

cons iderada importante no aparecimento dos efeitos tóxicos e m indivíduos

empregados na produção industrial, entretanto a presença de produto

b iot ransformado na ur ina indica a absorção do composto e m t rabalhadores

expostos.

Di ferentemente dos organofosforados, os carbamatos são inibidores

reversíveis das col inesterases, porém as intoxicações podem ser igualmente

graves.

P IRETRÓIDES

Inseticidas Piretróides são compostos sintét icos que apresentam estruturas

semelhantes à piretr ina, substância existente nas f lores do Chrysanthemum

(Pyrethrum) cinerar iaefol ium. Alguns desses compostos são: aletr ina, resmetr ina,

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decametr ina, cipermetr ina e fenpropanato. A alta at iv idade inset ic ida dos

piretróides possibil i ta seu emprego em pequenas dosagens, que assoc iada à sua

selet iv idade, tem permit ido o aparecimento de novos produtos de or igem sintética,

inclusive mais estáveis à luz e menos voláteis que os de or igem natural , propic iando

sua grande difusão como domissanitár ios ou para uso na agropecuár ia . São

faci lmente absorvidos pelo trato digestivo, pela v ia respiratór ia e pela v ia cutânea.

Sendo pouco tóxicos do ponto de vista agudo, são entretanto, irr i tantes para os

o lhos e mucosas, e pr incipalmente hipersensibi l izantes, causando tanto alergias de

pele como asma brônquica. Seu uso abusivo nos ambientes domést icos vem

causando incremento dos casos de alergia, tanto em cr ianças como e m adul tos. Em

doses muito altas podem determinar neuropatías, por agir na ba inha de miel ina,

desorganizando-a, a lém de promover ruptura de axônios.

Descobertos a partir de estudos de síntese que procuravam modif icar a

estrutura química das piretr inas naturais. Seu interesse de es tudo se baseou na

maior capacidade letal para os insetos, propr iedades f ís icas e químicas muitos

superiores, maior estabi l idade à luz e calor e menor volat i l idade.

Foram introduzidos no mercado em 1976, e a inda que se jam mais caros por

unidade de peso em relação aos outros pest ic idas, os pi retró ides têm s ido bastante

empregados na área da Saúde e na Agricultura. Isto ocorre dev ido à al ta ef iciência,

sendo necessárias menores quant idades de ingrediente at ivo nas formulações,

resul tando em menor contaminação nas apl icações. Com isso, vêm tomando

rapidamente o lugar dos organofosforados. Outra van tagem é que eles admi tem a

sinergia, ou seja, a potencial ização pela adição de um sinergista, dando lugar a um

aumento da eficácia. Geralmente seguros para mamíferos, a lgumas substâncias

tem alto "knockdown", com alta mortal idade.

Os piretróides sintét icos têm boa estabi l idade a i r radiação luz e temperatura

ambiente. Degradam-se por hidról ise e ox idação, sendo caracter izados também

pela rápida degradação por microrganismos do ambiente, não se registrando

acumulação de resíduos ou esta alcança níveis não detectáveis. São os compostos

de mais rápida ação na interferência da t ransmissão de impulsos nervosos. Podem

possuir efeito repelente, espantando os insetos ao invés de el iminá- los. A tuam no

sistema nervoso central e periférico, interagindo com os canais de sódio, tanto nos

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cont inuaram sendo usadas nos países em desenvolv imento embora t ivesse sido

al tamente ef icaz no controle de doenças transmit idas por vetores.

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3.3.5 Toxicidade

O Hexaclorociclohexano foi produzido no mundo para uso como inseticida

para controlar gafanhotos, pestes do a lgodão e do arroz, larvas de elaterídeo e

outras pestes do solo. O l indano tem sido usado para a proteção de sementes, para

o t ratamento de aves e animais de granja e para o contro le de insetos domésticos.

Também é usado na escabiose e como pedicul ic ida, gera lmente em loções, cremes

e xampus.

O HCH - alfa, beta e gama são isômeros mais importantes em termo de

impacto ambiental . A estabi l idade e l ipofí l ia re lat ivamente alta do HCH e o seu

padrão de uso global resultaram em contaminação ambienta l signif icat iva por esse

hidrocarboneto clorado. Uma vez introduzido no meio ambiente, o HCH pode

persistir por muitos anos. O isômero beta é mais pers istente do que os outros

(ATSDR 1990). O gama-HCH é a forma mais conhec ida mundia lmente, e foi isolada

das demais em 1912, com 9 9 % de pureza sendo a mais usada, por apresentar as

seguintes vantagens:

• Não tem odor desagradável possibi l i tando o uso como domos sanitár io

• Não altera o gosto e o odor das plantas e f rutos quando neles pulver izados

• Tem ação f i totóxica mais baixa

• Possuí menos efeito acumulat ivo no so lo

• É menos prejudicial as bactérias e outros microorganismos

O HCH é bem absorvido pelo t rato gastro intest inal , pulmões e pele. É

t ransportado quase que totalmente l igado a proteínas plasmát icas e todos os

isômeros são preferencialmente estocados no tec ido ad iposo, mas também em

outros órgãos como f ígado e glândulas adrenais . O seu metabol ismo é hepático e

sua excreção se dá pela urina, fezes e leite.

Os diferentes isômeros de HCH acar re tam ações farmacológicas opostas.

O isômero gama é est imulante do Sis tema Nervoso Central (SNC), causando

violentas convulsões epi lepti formes, enquanto os isômeros - alfa, beta e delta são

pr incipalmente depressores do SNC, podendo levar a f lac idez muscular, prostração

e di f iculdade de marcha.

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A toxic idade aguda dos isômeros do HCH ver i f icada em ratos fo i em ordem

decrescente: gama > alfa > delta > beta, e na tox ic idade crôn ica, obedeceu a

ordem: beta > alfa > gama > delta (Smith, A.G. , 1991).

A ingestão humana de compostos de HCH ocorre pr inc ipa lmente at ravés do

consumo de al imentos ou exposição ocupacional . A natureza gera lmente menos

di fundida dos isômeros alfa e gama em comparação ao beta é dev ido à e l iminação

mais rápida desses isômeros do corpo. Ass im como mui tos organoc lorados

persistentes, os níveis de HCH no corpo tendem a aumentar com a idade (ASTDR,

1990) devido ao seu acumulo.

Os isômeros de hexaclorociclohexano já fo ram detectados no ar, nas águas

de superfícies e subterrânea, em solo e sedimentos, em plantas, e m pássaros,

peixes e mamíferos. Em humanos, o l indano se concentra pr inc ipa lmente no tecido

adiposo. Foi relatado que o l indano e outros compostos o rganoc lo rados podem ser

transfer idos pela rota solo - minhoca - pássaro/ mamífero, causando assim,

intoxicação secundár ia. (Smith 1991)

O l indano, isômero - gama do hexaclorocic lohexano, é tóx ico para animais,

humanos e espécies aquáticas. A intoxicação animal aguda l indano causa aumento

da f reqüência respiratória, inquietação com um aumento na f reqüênc ia urinária,

espasmos musculares intermitentes do corpo inteiro, sa l ivação, ranger de dentes e

o conseqüente sangramento na boca, movimentos para t rás com a perda do

equi l íbr io e giro do corpo, retração da cabeça, convulsões, resp i ração ofegante,

dentes cerrados, e colapso e morte normalmente no prazo de um dia (Smi th 1991).

Efeitos crônicos na saúde podem ocorrer momentos após a expos ição ao

l indano e podem durar meses ou anos. O l indano causa câncer de f ígado, pulmão,

g lândulas endócr inas e outros t ipos em animais (Smith 1991). A superexpos ição

pode causar dano hepático. Os efeitos tóxico crônicos podem também incluir

expectat iva de vida reduzida, problemas reprodut ivos, redução da fer t i l idade, e

mudanças na aparência ou no comportamento .

As ações di ferenciadas dos isômeros do hexac loroc ic lohexano podem

produzir efeitos var iados em diferentes regiões dos s is temas nervosos e em

diferentes espécies de animais.

O hexaclorocic lohexano pode ser introduzido no meio amb ien te a partir de

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descargas industriais, apl icações de inset ic idas ou der ramamentos , e pode causar

danos signif icativos. Os efeitos tóxico agudos podem incluir a morte de animais,

pássaros, ou peixes, e a morte ou d iminu ição da taxa de cresc imento de plantas

(Smith 1991). A carga de inseticida em água de superf íc ie gera lmente não at inge

concentrações agudamente tóxicas à fauna aquát ica. No entanto tem alta

toxicidade crônica para a vida aquát ica. Os efei tos das baixas concentrações de

inseticidas com freqüência aparecem apenas após per íodos de exposição

relat ivamente longos. A exposição crônica a inset ic idas, como o l indano, podem

apresentar riscos para macroinvertebrados de água doce, mesmo em concentração

muito baixas. Os efeitos da baixa concent ração podem depender da espécie e da

substância e, portanto, não é possível prevê - los a part ir de dados de toxicidade de

concentração mais elevadas. (Toledo,H.B., 2002) .

Na Tabela 2 apresenta o grau de tox ic idade e de pers is tência (var iando em

uma escala de 1 a 5) nos principais grupos de an imais at ingidos pela contaminação

ambiental por agrotóxicos, exceto a espéc ie humana

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Tabela 2: Tox ic idade e persistência ambiental de alguns agrotóx icos (em escala de

1 a 5)..

Agrotóxico Mamíferos Peixes Aves Insetos Persistência

no Ambiente

Permetr ina

Piretróides

2 4 2 5 2

DDT

(Organoclo

rados)

3 4 2 2 5

L indana

(organoclo

rados)

3 3 2 4 4

Et i l -

parat ion

(Organofos

forados)

5 2 5 5 2

Malat ion

(Organofos

forados)

2 2 1 4 1

Carbar i l

(Carbama

tos)

2 1 1 4 1

Metoprene

(Regulador

cresci men

to)

1 1 1 2 2

Bacilus 1 1 1 1 1

thuringenis

(Microbial)

Fonte: W H O , 1990.

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3.4 Analise Cromatográf ica

Dentre os modernos métodos de anál ise química, a cromatograf ia ocupa, sem

dúvida, um lugar de merecido destaque no que concerne à separação, identif icação

e quant i f icação de espécies químicas.

Cromatograf ia é um método f ís ico-químico de separação, no qual os

componentes a serem separados são dist r ibuídos entre duas fases: uma fase fixa

de grande área superf icial denominada fase estacionár ia, e a outra um f luido que

percola através dela sendo, por isto, denominada fase móvel . (Ciola,1985).

3.4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS M É T O D O S C R O M A T O G R Á F I C O S

Os critérios para a c lassi f icação dos di ferentes métodos cromatográf icos

var iam de acordo com o enfoque de cada autor, sendo os mais comuns: quanto ao

mecanismo da separação, quanto à técnica empregada e e m relação ao t ipo de fase

uti l izada.

3.4.2 PARÂMETROS

Teor ia básica da cromatograf ia gasosa, com ênfase em parâmetros como:

Área do Pico, Tempo de Retenção e Posição do Pico. Os quais podem ser

considerados, do ponto de vista prát ico, os fatores que governam o sucesso da

separação cromatográf ica.

3.4.3 GÁS DE ARRASTE

A função do gás de arraste é levar as molécu las da amostra a ser separada

do ponto de injeção até o detector, passando pela co luna onde a separação irá

ocorrer. Idealmente, deve apresentar as seguin tes característ icas:

a) não interagir com a fase estac ionár ia nem com a amostra;

b) ter baixo custo;

c) ser adequado ao detector em uso.

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3.4.4 INJETOR

A escolha apropr iada das condições de injeção, tais como o vo lume da

amostra, temperatura do injetor e t ipo de injeção dependem, em larga escala, do

estado físico da amostra.

3.4.5 COLUNA

A coluna é considerada como o "o coração do s is tema cromatográf ico" , uma

vez que nela que a separação irá ocorrer. A escolha da co luna apropr iada para

uma dada separação é de suma importância e, muitas vezes, difíci l .

3.4.6 DETECTOR

A função do detector em um sistema cromatográf ico é acusar a presença e

medir a quant idade de componentes no ef luente da coluna.

Dentre as diversas característ icas desejáveis para um b o m detector, as

principais são: sensibi l idade elevada, baixo nível de ruído, resposta, ampla fa ixa de

l inear idade e quant idade mínima detectada.

3.4.7 DETECÇÃO POR CAPTURA DE ELÉTRONS - ECD

O detector por captura eletrônica tem seu func ionamento baseado na captura

de elétrons pela amostra, elétrons estes gerados pela ion ização do gás de arraste

por uma fonte radioativa.

Á medida em que o gás de arraste (geralmente ni t rogênio) f luí at ravés do

detector, uma lâmina contendo a fonte radioativa (H ou Ni) ioniza as moléculas do

gás e forma elétrons lentos. Os elétrons são atraídos para o ânodo, o qua l encontra-

se com + 90 volts em relação ao cátodo. Como conseqüênc ia , este f luxo de elétrons

irá gerar uma corrente constante também conhecida como corrente padrão. Uma

molécula contendo grupos que apresentam af in idade por e lét rons sendo eluída da

coluna junto com o gás de arraste, ao passar pelo detector irá capturar os elétrons

l ivres produzidos na ionização do gás de arraste. Como conseqüênc ia , isto irá

diminuir a corrente e ocasionar o aparecimento de um pico negat ivo (na prát ica

observa-se picos posit ivos regulares, uma vez que a po lar idade do registrador é

invertida).

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Através de uma cal ibração apropr iada pode-se determinar a concentração da

amostra presente, com base na queda da corrente.

A fonte radioativa uti l izada na ionização deve ser escolh ida adequadamente.

Apesar de existir uma larga gama de radio isótopos passíveis de uso, apenas o trítio

(mais antigo) ou Ni são ut i l izados em apare lhos comerc ia is . Como o Ni pode ser

aquecido até cerca de 3 5 0 ° C, a possib i l idade de descontaminação do detector (das

sujeiras não radioativas) é maior.

Por outro lado, a energia da part ícula beta emit ida pe lo ^ N i é quase quatro

vezes mais energética, e sua meia v ida é 10 vezes superior, o que aumenta o risco

do operador em caso de contaminação do s is tema com o material radioat ivo

(geralmente uti l iza-se 8m Ci de 6 3 N i , uma at iv idade considerável ) .

A lgumas característ icas importantes dos dois isótopos, as quais devem ser

ponderadas pelo usuár io no momento da esco lha do detector, estão apresentadas

na Tabela 1.

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Tabela 3 : Comparação das característ icas entre fonte radioat ivas de

Hidrogênio ( 3 H) e Níquel ( 6 3 Ni) .

Característica 3 H 6 3 N i

Meia-Vida 12,5 anos 125 anos

T ipo de decaimento 0 " B

Energia de partícula 18kev 67kev

At iv idade específ ica 9.800 Ci/g 5Ci/g

Estado físico (CNTP) gás Sól ido

Limite de tempertura para uso 2 2 0 ° C 3 5 0 ° C

no ECD

Radiotoxidez Al ta Moderada

DESCRICÀO DO DETECTOR

Os elétrons coletados após a ionização do gás de arraste pela fonte

radioat iva, ao serem capturados pela amostra irão gerar um sinal elétr ico. Este sinal

é enviado a um eletrômetro que o amplif ica e remete ao registrador para desenhar o

cromatograma.

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4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Matriz Estudada

No ser humano, os organoclorados podem ser ident i f icados no sangue, no

soro, no plasma, no tecido adiposo e no leite. No Brasi l , o uso geral desse pesticida

foi proibido em 1985, f icando o mesmo restr i to apenas a campanhas de saúde

públ ica (Portaria do Ministér io da Agr icul tura n° 329 de 2.9.1985).

Neste t rabalho anal isamos o soro sangüíneo de 56 funcionár ios e ex -

funcionár ios classi f icados como grupo 1 e outro grupo composto de 112 pessoas

não exposto ao produto estudado classi f icado como grupo 2 em uma proporção de

1:2.

O soro sangüíneo das amostras fo ram coletados no local e encaminhado

imediatamente ao laboratório - Seção de adi t ivos e Pest ic idas Residuais do

Instituto Adol fo Lutz, São Paulo/SP para anal ise.

As amostras chegaram em tubos dev idamente ident i f icados e lacrados

resfr iadas e com gelo reciclado em uma caixa de isopor.

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4.2 Ativo Estudado

Nas f iguras de 1 a 8 estão sendo apresentadas as formulas química,

estrutural e seus respectivos cromatogramas em destaque o tempo de retenção

Cl F i g u r a 1 : Formula Estrutural Al fa HCH.

Fórmula Molecular CsHeCIs e peso molecular 290,80 g mol " 1

TCDTAj^AR2005\C1000002XTT

5 Hz

25C00

20C00

15C00

10000

5000

1 1 1 , A 10 20 30 40 mim

F i g u r a 2: Cromatograma Alfa HCH, tempo de retenção 17.085 minutos.

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Cl/ , Cl

Cl

46

Cl

F igura 3: Formula Estrutural Beta HCH.

Formula Molecular CeHeCU e peso molecular 290 ,80 g mol " 1

5 Hz"

25000 -

20000

15000

10000

5000

10 20 30 40 min

F igura 4: Cromatograma Beta HCH tempo de re tenção 17.813 minutos.

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Cl ciA A ^ c i

ci F i g u r a 5: Formula Estrutural Delta HCH.

Formula Molecular CeHeCU e peso molecular 290,80 g mol " 1

F i g u r a 6: Cromatograma Delta HCH tempo de retenção 18.579 minutos.

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F i g u r a 7: Formula Estrutural Gama HCH - L indana.

Formula Molecular CeHsCle e peso molecular 290 ,80 g mol " 1

15000

A 1 li 1 i. t [ ! , i _ -i r——P H - * 1 i * 11

10 j ^—i_i

' 2'0 1 30 40 min

F i g u r a 8: Cromatograma Gama HCH - L indana tempo de retenção 17.827 minutos.

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4.3 P r i n c i p i o d o método analítico

Resíduos de Hexaclorociclohexano ( isômeros alfa, beta, del ta e gama) são

extraídos com hexano após a homogeneização do soro sangüíneo resfr iado. Após

concentração do extrato, é injetado no cromatógrafo á gás com detector de captura

de elétrons GC-ECQ.

4.4 E q u i p a m e n t o s , m a t e r i a i s e s o l v e n t e s u t i l i z a d o s

4.4.1 E q u i p a m e n t o s

a) Cromatógrafo á gás com Detector de Captura de Elétrons, marca Agi lent

modelo 6890

b) Injetor automático Agilent,

c) Software ChemStat ion,

d) Balança Analí t ica, marca Sartorius,

e) Balança Semi Analít ica,

f) Agi tador de tubos,

g) Lavadora ultrasónica,

h) Purif icador de água com filtro Mil l i-Q, marca Mi l l ipore

i) Concentrador com fluxo de gás.

4.4.2 V i d r a r i a e o u t r o s mater ia is

a) Tubos de vidro com tampa esmeri lhada graduado de 15mL

b) Proveta graduada de 50mL,

c) Balão volumétr ico de 10mL,

d) Pipetas volumétr icas e graduadas de diversos vo lumes,

e) Frasco de vidro para injetor automático de 2mL,

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e) Solução Sl-A: 1000pg. u l " 1 de A L F A

Transferir 100uL da solução A L F A para um ba lão volumétr ico de 10,0 mL.

4.4.3 S o l v e n t e s e R e a g e n t e s

a) Água purif icada,

b) Acetona grau resíduos ou similar,

c) Hexano grau resíduos,

d) Isooctano grau resíduos.

4.5 Preparação d a s Soluções

4.5.1 Preparação d a s Soluções d e E s t o q u e "So lução Mãe".

a) Solução ALFA: 100,0ug.mL" 1 de a HCH

Pesar 0,0100g de a HCH (Padrão Primário) e d issolver em isooctano.

Transferir para balão volumétr ico de 100mL comple tando o vo lume com isooctano.

b) Solução BETA: lOO.Oug.mL - 1 de p HCH

Pesar 0,0100g de p HCH (Padrão Pr imário) e d issolver em isooctano.

Transferir para balão volumétr ico de 100mL comple tando o vo lume com isooctano.

c) Solução DELTA: 100,0ug.mL" 1 de a HCH

Pesar 0,0100g de o HCH (Padrão Primário) e d issolver em isooctano.

Transferir para balão volumétr ico de 10OmL comple tando o vo lume com isooctano.

d) Solução G A M A "LINDANO": 100,0ug.mL- 1 de y H C H

Pesar 0,0100g de L indano (Padrão Primário) e d issolver em isooctano.

Transferir para balão volumétr ico de 10OmL comple tando o vo lume com isooctano.

4.5.2 Preparação d a s Soluções I n t e r m e d i a r i a " S I " .

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Completar o vo lume com hexano.

f) So lução Sl -B: "lOOOpg. uL" 1 de BETA

Transfer i r 100uL da solução BETA para um ba lão vo lumétr ico de 10,0 m L

Completar o vo lume com hexano.

g) Solução Sl -C: 1000pg. uL" 1 de DELTA

Transfer ir 100uL da solução DELTA para um ba lão vo lumétr ico de 10,0 mL.

Completar o vo lume com hexano.

h) Solução S l -D: 1000pg. u.L"1 de LINDANA

Transfer i r 100uL da solução GAMA "LINDANA" para um ba lão volumétr ico de

10,0 mL. Completar o vo lume com hexano.

4.5.2 Preparação d a s soluções para obtenção d a s C u r v a s d e Cal ibrações.

Curva 1 - Solução B) Al fa HCH + Beta HCH

a) Solução (B): 100 + 200 pg uL" 1 de Alfa + Beta

Transfer i r 100uL da SI-A + 200 uL da S l -B para um balão volumétr ico e

completar o vo lume para 10mL com hexano.

b) Solução (B): 50 + 100 pg uL" 1 de Alfa + Beta

Transfer i r 5mL da Solução (B): 100 + 200 pg uL" 1 de Al fa + Beta para um

balão volumétr ico e completar o volume para 10mL com hexano.

c) Solução (B): 2 0 + 40 pg uL" 1 de Alfa + Beta

Transfer i r 20uL da SI-A + 20 uL da Sl-B para um ba lão volumétr ico e

completar o vo lume para 10mL com hexano.

d) Solução (B): 10 + 20 pg uL" 1 de Alfa + Beta

Transfer ir 1mL da Solução (B): 100 + 200 pg uL" 1 de A l fa + Beta para um

balão volumétr ico e completar o volume para 10mL com hexano.

e) Solução (B): 2 + 4 pg uL" 1 de Alfa + Beta

Transfer ir 1 mL da Solução (B) 20 + 40 pg |¿L"1 de A l fa + Beta para um balão

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volumétr ico e completar o vo lume para 10mL com hexano.

f) Solução (B): 1 + 2 pg uL" 1 de Al fa + Beta

Transfer ir 1mL da Solução (B) 10 + 2 0 pg p.L"1 de Alfa + Beta para um balão

volumétr ico e completar o vo lume para 10ml_ com hexano.

g) Solução (B): 0,2 + 0,4 pg uL" 1 de Al fa + Beta

Transferir 1 mL da Solução (B) 2 + 4 pg i iL" 1 de Al fa + Beta para um balão

volumétr ico e completar o vo lume para 10ml_ com hexano.

h) Solução (B): 0,1 + 0,2 pg u T 1 de Al fa + Beta

Transferir 1ml_ da Solução (B) 1 + 2 pg JJ.L"1 de Al fa + Beta para um balão

volumétr ico e completar o vo lume para 10mL com hexano.

Curva 2 - Solução (A) L indana + Delta HCH

i) Solução (A): 100 + 200 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

Transfer ir 100uL da Sl -D + 200 uL da Sl-C para um balão volumétr ico e

completar o volume para 10mL com hexano.

j) Solução (A): 50 + 100 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

Transferir 5mL da Solução (A): 100 + 2 0 0 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

para um balão volumétr ico e completar o vo lume para 10mL com hexano.

k) Solução (A): 20 + 4 0 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

Transferir 20uL da Sl -D + 2 0 uL da Sl-C para um balão volumétrico e

completar o vo lume para 10mL com hexano.

I) Solução (A): 10 + 2 0 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

Transferir 1mL da Solução (A): 100 + 200 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

para um balão volumétr ico e completar o vo lume para 10mL com hexano.

m) Solução (A): 2 + 4 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH

Transferir 1mL da Solução (A) 20 + 4 0 pg uL" 1 de L indana + Delta HCH para

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53

um balão volumétr ico e completar o vo lume para 10mL com hexano.

n) So lução (A): 1 + 2 pg |al_~1 de Lindana + Delta HCH

Transfer i r 1mL da Solução (A) 10 + 20 pg ^L " 1 de Lindana + Delta HCH para

um balão volumétr ico e completar o volume para 10mL com hexano.

o) Solução (A): 0 f 2 + 0,4 pg |aL"1 de L indana + Delta HCH

Transfer ir 1mL da Solução (A) 2 + 4 pg p.L"1 de L indana + Delta HCH para

um balão volumétr ico e completar o vo lume para 10mL com hexano.

p) Solução (A): 0,1 + 0,2 pg ^L " 1 de L indana + Delta HCH

Transfer i r 1 mL da Solução (A) 1 + 2 pg nL" 1 de Lindana + Delta HCH para

um balão volumétr ico e completar o volume para 10mL com hexano.

Nas f iguras 9 ate 14 são apresentados a lguns dos cromatogramas das curvas de cal ibração.

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54

Alfa HCH = 1 0 pg/uL Beta HCH, Aldrin, Dieldrin = 20 pg/uL Endrin, op'DDE = 4 0 pg/uL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

30/07/05 06:27:33 Pad. Sol.B Cristina Loiola

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M '27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USSP.M 06/08/05 12:22:14 by IRANI (modified after loading)

ECD1 A, (AGOS2005\C1000047.D) 5 Hz 4500

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

I u X

«y .-S coca

w O Q

! J

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

23 23 1

2 /il

10 20 30 40

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal 06/08/05 12:22:10 0 . 2000 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime [min]

Type Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.857 W 3894.35791 1.41127e-3 1.09920 Alfa HCH 17.486 VP 1831.14343 1.26519e-2 4.63349 Beta HCH 20.437 BP 7403.87256 1.84807e-3 2.73657 Aldrin 22.853 VB 8865.91211 5.40302e-3 9.58054 op'DDE 24.778 VB 5962.16895 3.38840e-3 4.04044 Dieldrin 27.203 BB 3405.65674 1.40603e-2 9.57692 Endrin

Totals : 31.66716

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 9: Cromatograma da Curva 1 - Solução "B" Al fa HCH + Beta HCH

Concentração 10pg u.L~1 A l fa HCH e 20 pg u.L"1 Beta HCH

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55

Alfa HCH = 5 0 pg/uL Beta HCH, Aldrin, Dieldrin = 100 pg/uL Endrin, op'DDE = 200 pg/uL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

30/07/05 12:31:50 Pad. Sol.B Cristina Loiola

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USSP.M 06/08/05 12:11:42 by IRANI (modified after loading)

E C D 1 A", (AGOS2005\C1000054:DJ

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

5 Hz 9000

8 0 0 0 -

7000

6000

5000

4 0 0 0

3000

2000

1000

X u X

^cX

ay

Q a

_* . J u

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

25 25 2

2 ixl

o 10 20 30 40 m ¡n

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal 06/08/05 12:11:00 0.2000 1.0000

Signal 1 : ECD1 A,

RetTime [min]

Type Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dLj

Grp Name

16.856 VB S 17.479 MF 20.436 PB S 22.849 W 24.774 W 27.201 BB

1.98890e4 1.34948e-3 5.36798 Alfa HCH 7958.95898 1.27504e-2 20.29593 Beta HCH 3.49367e4 1.66520e-3 11.63527 Aldrin 3.58791e4 5.42355e-3 38.91834 op'DDE 2.54652e4 3.3573.0e-3 17.09887 Dieldrin 1.42804e4 1.41350e-2 40.37075 Endrin

Totals : 133.68714

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 10: Cromatograma da Curva 1 - So lução "B" A l fa H C H + Beta HCH

Concentração 50pg uL~1 A l fa HCH e 100 pg uL ' 1 Beta HCH

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Alfa HCH = 100 pg/uL Beta HCH, Aldrin, Dieldrin = 200 pg/uL Endrin, op'DDE = 400 pg/uL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

30/07/05 15:08:23 Pad. Sol.B Cristina Loiola

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M "27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USSP.M 05/08/05 13:51:03 by IRANI (modified after loading)

ECD1 Ar(AGOS2005\C1000057:D) 5 Hz 9000

8000

7000

6000-

5000

4000

3000 {

2000 j

1000 !

Q

4 2

JLJ.

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

26 26 2

2 fil

10 20 30 40

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal Friday, 5 5e August 5e 2005 13:50:5i 0.2000 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime [min]

Type Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.870 VB S 17.477 W T 20.460 PB S 22.855 VB S 24.782 VB S 27.203 W

8.36646e4 1.54086e4 1.18671e5 7.47481e4 7.76671e4 2.83772e4

1.27630e-3 1.29886e-2 1.70951e-3 5 .41685e-3 3.07248e-3 1.43226e-2

21.35630 40.02738 40.57372 80.97984 47.72616 81.28696

Alfa HCH Beta HCH Aldrin op 1 DDE Dieldrin Endrin

Totals : 311.95037

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 1 1 : Cromatograma da Curva 1 - Solução "B" Alfa HCH + Beta H C H

Concent ração 100pg uL" 1 Al fa HCH e 200 pg uL" 1 Beta HCH

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HCB, Lindana = 10 pg/uL Delta HCH, pp'DDE = 20 pg/uL pp'DDT, op'DDT = 4 0 pg/uL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

29/07/05 00:56:27 Pad. Sol.A Cristina Loiola

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USP.M 05/08/05 10:19:49 by IRANI (modified after loading)

E C D 1 A, (AGOS2005 \C1000013:D)

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

5 Hz 1800

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

CD a S c . <-> - • a

s5S

Q Q

o Q

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

5 5 1

2 /il

- -A ^ A l í í K . - . , . A.J iLui w-JL 10 2b 30 40 min

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal Friday, 5 5e August 5e 2005 10:19:44 0.2000 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime [min]

Type Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.941 W 17.577 W 18.290 BV 24.399 W 26.668 VB 28.590 BB

Totals :

3991.02539 3512.16504 2706.07642

2.83828e-3 2.60223e-3 6.97714e-3

6407.46875 3.34769e-3 5636.79980 7.38913e-3 3320.93408 8.82201e-3

2 . 1. 3 . 4 .

26553 82789 . 77614 .29004

8 .33021 5 . 85946

HCB Lindana Delta HCH pp'DDE op'DDT pp'DDT

26 .34927

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 12: Cromatograma da Curva 2 - So lução "A" Del ta H C H + G a m a HCH

Concentração 10pg u.L~1 Gama HCH L indana e 2 0 pg u L 1 Del ta H C H

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HCB, Lindana = 50 pg/uL Delta HCH, pp'DDE = 100 pg/uL pp'DDT, op'DDT = 200 pg/uL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

29/07/05.06:08:45 Pad. Sol.A Cristina Loiola

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USP.M 05/08/05 10:03:23 by IRANI (modified after loading)

ECD1 Ar(AGOS2005\CT000019;D)

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

5 Hz 9000

8000

7000

6000

5000

4000

3000

2000

1000

u a a

1 *r> to . »

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

7 7 1

2 fil

ill 10 20 40

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal 1: ECD1 A,

RetTime Type Area [min] [5 Hz*s]

Signal 05/08/05 10:03:18 0.2000 1.0000

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.936 MF 17.575 MF 18.283 BV 24.394 W 26.669 MF 28.587 MF

Totals :

1.70703e4 1.72466e4 1.32751e4 2.91256e4 2.64223e4 2.04276e4

2.85047e-3 2.56672e-3 6.91404e-3 3.35701e-3 7.40758e-3 8.61638e-3

9.73170 8.85344

18.35697 19.55501 39.14503 35 . 20247

130 .84462

HCB Lindana Delta HCH pp 1 DDE op'DDT pp'DDT

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 13: Cromatograma da Curva 2 - Solução "A" Delta HCH + Gama HCH

Concent ração 50pg uL" 1 Gama HCH Lindana e 100 pg uL" 1 Delta HCH

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59

HCB, Lindana = 100 pg/uL Delta HCH, pp'DDE = 200 pg/uL pp'DDT, op'DDT = 400 pg/uL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

"ECD1 A,~(AGOS2005VCT0000227D)

29/07/05 08:44:36 Pad. Sol.A Cristina Loiola

C:\HPCHEM\2\METH0DS\S0R0.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METH0DS\USP.M 05/08/05 09:52:10 by IRANI (modified after loading)

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

5 Hz

10000 J

8000

6000 -I

4000

2000

caa

_s .11... Jl-..

8 8 1

2 \i\

10 20 30 40

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal 05/08/05 09:49:52 0 .2000 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime [min]

Type Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.935 MF 17.574 MF 18.280 MF 24.392 MF 26.666 MF 28.585

Totals

FM

3.50526e4 3.94247e4

91542e4 95073e4 36344e4 69071e4

2 . 2 . 6 . 3 . 7 .

85285e-3 53648e-3 86008e-3 36093e-3 45791e-3

8.52749e-3

20.00000 20 . 00000 40 . 00000 40.00000 80 . 00000 80.00000

280.00000

HCB Lindana Delta HCH pp'DDE op•DDT pp'DDT

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F igura 14: Cromatograma da Curva 2 - Solução "A" Delta HCH + Gama HCH

Concentração 100pg uL" 1 Gama HCH Lindana e 200 pg uL~1 Delta HCH

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60

4.6 Preparação d a s A m o s t r a s

As amostras de soro sangüíneo foram env iadas em tubos lacradas,

congeladas e devidamente identif icadas ao chegarem ao laboratór io o material foi

co locado em sacos de polieti leno, contendo et iquetas dev idamente preenchidas,

que após retirada da amostra para anál ise foi acond ic ionados em estantes

dev idamente identi f icada dentro do freezer, temperatura de - 2 0 ° C.

4.7 Extração d o s a t i v o s na a m o s t r a

a) Pipetar 1 ml_ da amostra de soro sangüíneo e transfer ir para um tubo de vidro

de 15 ml_.

b) Para a recuperação fortif icar a amostra branco neste momento.

c) Adic ionar 5mL de hexano.

d) Agi tar por 1 min em agitador de tubos com ve loc idade de 5000 r.p.m seguido

de 10min em ultrasônica na potência máxima.

e) Transfer ir a fase orgânica para outro tubo de v idro com tampa esmeri lhada

graduado de 1 5 m L

f) Extrair novamente, adicionar mais 5ml_ de hexano na amostra de soro

sangüíneo.

g) Transfer ir a fase orgânica para o tubo que já contem 5ml_ da primeira

extração (item "e").

h) Concentrar em concentrador automát ico com f luxo de ni t rogênio o extrato a

fase orgânica - hexanica até 2 m L

i) Transfer ir os 2 m L ( l impando as paredes do tubo de v idro de 15ml_), para

f rasco de vidro do injetor automático.

h) Injetar 2,0| iL em GC-ECD ut i l izando os parâmetros nas condições de

operação descr i tos no item 4.9.

Na f igura 15 é apresentado o f luxograma ut i l izado para anál ise de resíduos de

HCH.

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61

1 mL de Amostra

Add 5ml_ de Hexano

Agitar por 1 min em agitador de tubos

5000 r.p.m.

10 min em Ultrasónica

Transferir a fase orgânica Para tubo graduado de 15 mL

Repetir a extração com 5mL de hexano

Concentrar a fase orgânica

Injetar 2¡JL em GC-ECD

F i g u r a 15: F luxograma para anal ise de resíduos de HCH e seus isómeros em soro

sangüíneo

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62

4.8 Fortificação d o a t i vo na a m o s t r a

Com f inal idade de val idação e acompanhamen to do ensaio, foi fort i f ica em

quintupl icata as amostras branco com o padrão anal í t ico dos at ivos estudados, em

dois níveis de concentração: 0,04 ug dL" 1 e 0,40 ug dl_" 1 para ALFA HCH e

LINDANA e 0,08ug dL" 1 e 0,80ug d l . " 1 para BETA e DELTA de acordo com:

a) Nível de 0,04 ug d L 1 para A L F A e L INDANA e 0,08 ug dL" 1 para BETA e

DELTA

Adic ionar 40uL e 80uL das respect ivas so luções S l -A em 1,0mL da amostra

branco em tubo de 15 mL para obtenção da concent ração f inal de 0,04 jug dL" 1 e

0,08 |ag dL" 1. Proceder conforme método de extração.

b) Nível de 0,4 ug d L 1 para A L F A e L INDANA e 0,8 ug d L 1 para BETA e

DELTA

Adic ionar 400uL e 800uL das respect ivas so luções S l -A em 1,0mL da amostra

branco em tubo de 15 mL para obtenção da concent ração f inal de 0,4 ug dL" 1 e 0,8

ug dL" 1 . Proceder conforme método de extração.

Nas f iguras 16 a 19 são apresentadas os c romatogramas obt idos no estudo de

recuperação do HCH.

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Alfa HCH =. O,04 ug/dL Beta HCH, Aldrin, Dieldrin = 0,08 ug/dL Endrin, op 1 DDE = 0,12 ug/dL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

30/07/05 20:21:34 Ree. llq-b (E) Cristina Loiola

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USSP.M 06/08/05 12:50:18 by IRANI (modified after loading)

ECD1 Ar(AGOS2005\C10D0063:D)

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

31 31 1

2 ¡J.1

5 Hz 900

800

700

600

500

400

300

200

Q Q

S x

%è . g

10 20 30 ^ ' 40

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal Saturday, 6 6e August 6e 2005 12:49:0Í 0 .2000 1.0000

Signal 1 : ECD1 A,

RetTime Type Area Amt/Area Amount Grp Name [min]

Type [5 Hz*s] [ug/dL]

16.854 MM 1

58.57215 2.50526e-3 2 .93477e- 2 Alfa HCH

17.483 W 70.62469 1.26377e-2 1 .78507e-1 Beta HCH 20.435 W 147.61528 2.83803e-3 8 .37874e-2 Aldrin 22.850 PB 214.78360 5.39570e-3 2 .31781e-1 op ' DDE 24.777 BB 119.33024 3.82031e-3 9 .11758e-2 Dieldrin 27.208 BV 94 . 64943 1.40387e-2 2 .65751e- 1 Endrin

Totals 8 .80350e- 1

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report

F i g u r a 16: Cromatograma da Recuperaçâo Al fa H C H + Beta HCH - 1 L O Q

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64

Alfa HCH = 0,4 ug/dL Beta HCH, Aldrin, Dieldrin Endrin, op'DDE = 1,2 ug/dL

0,8 ug/dL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

~ECDTAnÄGOS2005\CT000064:Dr

30/07/05 21:13:46 Rec. lOlq-b (A) Cristina Loiola

C:\HPCHEM\2\METHODS\SORO.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USSP.M 06/08/05 12:50:18 by IRANI (modified after loading)

5 Hz 900

800

700

600

500

400

300

200

x K ex ,ac

Vi TI «03

a P

J>> J l r . J r J _ J f _

Seq.

Inj

Line Vial Inj

Volume

32 32 1

2 ixl

10 20 30 40 _mu3

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal Saturday, 6 6e August 6e 2005 12:49:08 0.2000 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime [min]

Type Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.856 W 699.55005 2.50526e-3 3.50511e-l. Alfa HCH 17.484 W 415.76041 1.26377e-2 1.05085 Beta HCH 20.437 W 1263.85840 2.83803e-3 7.17375e-l Aldrin 22.852 BB 1677.83875 5.39570e-3 1.81062 op'DDE 24.777 PB 1056.07532 3.82031e-3 8.06908e-l Dieldrin 27.204 VB 620.13116 1.40387e-2 1.74117 Endrin

Totals : 6.47744

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 17: Cromatograma da Recuperaçâo Alfa HCH + Beta HCH - 10LOQ

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65

HCB, Lindana = 0,04 ug/dL Delta HCH, pp'DDE = 0 , 0 8 ug/dL pp'DDT, op'DDT = 0,12 ug/dL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

29/07/05 11:20:2? Ree. llq-a (A) Cristina Loiola

C:\HPCHEM\2\METH0DS\S0R0.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USP.M 05/08/05 13:25:33 by IRANI (modified after loading)

ECD1 A,~(AGOS2005\CT000025.D)

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

5 Hz 900

800

700 -i 600 j 500 À

400 i

300 ;

200 r 0

Q Q

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

9 9 1

2 Lil

7&

Iß >' ̂ ^ j ^ ^ Q p J Vi u _ .

10 20 30 40 joui

External Standard Report

Sorted By Calib. Data Modified Multiplier Dilution

Signal Friday, 5 5e August 5e 2005 12:10:40 0.2000 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime Type [min]

Area [5 Hz*s]

Amt/Area Amount [ug/dL]

Grp Name

16.935 MM 17.573 W 18.278 24 .390 26 .663 28.570

Totals :

MM MM MM MM

81.77119 2.83782e-3 4.64104e-2 81.29852 2.60221e-3 4.23112e-2 58.37590 6.97707e-3 8.14585e-2

504.78226 3.34735e-3 3.37936e-l 92.47312 7.38861e-3 1.36650e-l 86.43648 8.82289e-3 1.52524e-l

7.97290e-l

HCB Lindana Delta HCH pp'DDE op'DDT pp 1 DDT

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F igura 18: Cromatograma da Recuperaçâo G a m a H C H + Del ta H C H - 1 L 0 Q

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66

HCB, Lindana = 0,4 ug/dL Delta HCH, pp 1 DDE = 0,8 ug/dL pp'DDT, op'DDT = 1 , 2 ug/dL

Injection Date Sample Name Acq. Operator

29/07/05 17:25:33 Ree. 101q-a (C) Cristina Loiola

Acq. Method Last changed Analysis Method Last changed

C:\HPCHEM\2\METH0DS\S0R0.M 27/07/05 16:20:58 by Cris C:\HPCHEM\2\METHODS\USP.M 05/08/05 12:44:38 by IRANI (modified after loading)

ECD1A, "(AGOS2005\C1000032X1) 5 Hz ; 900 ;

800 :

700 :

600 ;

500 -i

400 J 300 ;

200 i-

cn.SU 2. |3 A

es o

Seq. Line Vial Inj

Inj Volume

n 4 ' °

..A

16 16 1

2 /il

10 20 30 40

External Standard Report

Sorted By Signal Calib. Data Modified : Friday, 5 5e August 5e 2005 12:10:40 Multiplier 0.2000 Dilution 1.0000

Signal 1: ECD1 A,

RetTime Type Area Amt/Area Amount Grp Name [min] [5 Hz*s] I

[ug/dL] 1

16.939 W 1 722 .42999

_ 2.83782e-3 1

4.10026e-l HCB 17.578 MM 672.54633 2.60221e-3 3.50021e-l Lindana 18 .284 MM 282.64880 6.97707e-3 3 . 94412e-l Delta HCH 24.400 MM 1524.96057 3.34735e-3 1.02091 pp'DDE 26.675 VB 1104.25720 7.38861e-3 1. 63179 op'DDT 28.5 92 MM 847.14032 8.82289e-3 1.49484 pp 1 DDT

Totals : 5.30200

Results obtained with enhanced integrator!

*** End of Report ***

F i g u r a 19: Cromatograma da Recuperaçâo Gama HCH + Del ta HCH - 10LOQ

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67

4.9 Análise I n s t r u m e n t a l

A s seguintes condições foram usadas com sucesso durante o

desenvolv imento deste método analít ico

Instrumento

Detecção

Coluna

Gás de Arraste

Fluxo de gás de Arraste

Modo de injeção

Rampa

Vo lume injetado

Tempo Total de Corr ida

Tempo de Retenção

Al fa

Tempo de Retenção

Beta

Tempo de Retenção

Delta Tempo de Retenção

Gama "Lindana"

Nome do Método

4.10 Val idação d a s adaptações a o método

O uso de uma determinada metodologia anal í t ica deve ser sempre precedido

da ver i f icação de sua apl icabi l idade ao propósi to específ ico. A aval iação da

metodologia proposta permite verif icar essa apl icabi l idade. A ut i l ização de métodos

val idados em um, ou mais laboratórios, d i ferentes daque le que real izará as

anál ises, deve ser precedida por uma ava l iação da conformidade ou val idação

desse método.

Condições que determinam a val idade de um método var iam em função das

Cromatógrafo á Gás

Captura de Elétrons

HP-5

Nitrogênio ultra puro

0,900mL / min

"splintless"

1 min (60°C) - 1 0 ° C /min (200°) 10min - 20°C /min -

5min.

2uL

Aprox imadamente 4 0 minutos

Aprox imadamente 16,8 minutos

Aprox imadamente 17,4 minutos

Aprox imadamente 18,2 minutos

Aprox imadamente 17,5 minutos

SORO.M

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68

cond ições operacionais do laboratório, bem como, das práticas ut i l izadas pelos

prof iss ionais envolvidos. Mudanças substanciais nas condições em que as anál ises

são fei tas (materiais ou humanas) deveriam determinar a necess idade de uma

reval idação do método.

A val idação da metodologia de anál ise de resíduos de agrotóxicos, tem como

fundamento verif icar a adequação dos procedimentos propostos o u estabelec idos

para a combinação específ ica ingrediente ativo-matriz, dentro de determinados

parâmetros operacionais do laboratório executante. Durante o processo de

val idação, os parâmetros do método são estabelecidos. Por parâmetros do método

entende-se: exat idão, precisão, limite de detecção (LOD), l imite de quant i f icação

(LOQ), especi f ic idade, l inearidade, faixa e robustez.

Neste contexto, ND (nada detectado) signif ica qualquer nível de resíduos

aba ixo do limite de detecção. O limite inferior de val idação é o l imite de

quant i f icação (LOQ), e o limite superior de val idação é o maior no qual se

conduz i ram recuperações dentro dos padrões de conformidade.

4.11 Critérios d e e n s a i o s de c o n f o r m i d a d e

4.11.1 C u r v a de cal ibração (L inear idade)

Injetar no equipamento, no mínimo 5 soluções-padrão de di ferentes

concentrações, para se obter a curva de l inearidade. A ordem de injeção das

so luções-padrão deve ser crescente e deve ser injetado no mínimo 3 vezes. Plotar

as áreas dos picos do padrão, contra as suas conhecidas concentrações, para a

const rução da curva de l inearidade. Uma curva de regressão acei tável deve

apresentar um coef ic iente de correlação (R 2 ) maior ou igual a 0,99. A so lução-

padrão de menor concentração da curva de cal ibração deve ser maior ou igual a

metade do limite de quanti f icação. A solução-padrão de maior concent ração da

curva de cal ibração deve ser 10 vezes maior que a concentração da amostra no

l imite de quant i f icação.

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69

4.11.2 E s p e c i f i c i d a d e / S e l e t i v i d a d e

Os métodos devem ser capazes de determinar os anal i tos na presença da

matriz. Teste real izado com a amostra branco não deve apresentar interferentes na

região cromatográf ica, mas se estes aparecerem os va lores quando comparados

com padrões do anal i to que se está estudando devem ser menor ou igual a 3 0 % do

LOQ.

4.11.3 Precisão d e Medição

A precisão é determinada com base nos exper imentos de recuperação em

cada nível estudado.

4.11.4 Exat idão/Recuperação

A exatidão é determinada com base nos exper imentos de recuperação em

todos os níveis estudados. O nível superior de for t i f icação deve ser maior ou igual

ao maior resíduo nas amostras tratadas do estudo. Conduzir , no mín imo, 5 (cinco)

recuperações neste nível. O intervalo de acei tabi l idade para os va lores individuais

de recuperação é de 70-120%.

4.11.5. L i m i t e d e Detecção ( L O D ) / L i m i t e d e Quant i f icação ( L O Q )

O LOD é determinado nas condições especí f icas da amost ra e m estudo.

Calcular-se o LOD estatíst ico como 3 vezes o desv io-padrão das concent rações

recuperadas no cálculo do LOQ estatístico. Se o LOD do equ ipamento for maior

que o LOD estatístico prevalecerá o valor maior. A menor quan t idade detectada

pode ser no mínimo 1/4 LOQ. O LOQ proposto é conf i rmado at ravés de exper imentos

de recuperação na matriz de interesse. Conduzir 5 recuperações no L O Q proposto

e calcular a quant idade recuperada em cada determinação e m micrograma por

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70

deci l i t ros (ug dL" 1), a média ( x ) e o desvio-padrão (DP) das quant idades

recuperadas. Calcular o LOQ estatístico, def inido como 10 vezes o valor do desvio

padrão "DESVPAD" das concentrações recuperados no 1LOQ. O LOQ proposto é

cons iderado aceitável quando for maior ou igual ao LOQ estatístico. Caso a

cond ição ac ima não seja at ingida, conduzir mais recuperações, recalcular o desv io-

padrão e reapl icar o critério. Al terar o método ou o LOQ proposto, se pela segunda

vez o cri tério não for at ingido. As regras gerais estão descri tas nas tabelas 4 e 5.

T a b e l a 4 : Limite de Detecção (LOD)

Se Então

LOD estatíst ico > LOD instrumental LODmétodo = LODestatíst ico

LOD estatíst ico < LOD instrumental LODmétodo = LODinstrumental

T a b e l a 5: Limite de Quant i f icação(LOQ)

Se Então

LOQ estatíst ico < LOQ proposto Método Qual i f icado

4.11.6. R e p e t i b i l i d a d e

O coef ic iente de var iação porcentual (CV%) em relação à média de

concent ração para cada nível de fort i f icação estudado deve ser menor ou igual a

15%.

4.11.7 Incer teza d e medição

Para o propósi to de determinação da incerteza de medição de um

determinado método analít ico, ut i l iza-se os concei tos de exat idão e precisão

descr i to ac ima.

No caso de anál ise de resíduos, a certeza associada aos instrumentos

(metrológica), é muito menor que aquela associada ao processo analí t ico por ser,

de forma que, a est imat iva da incerteza de medição, é mais bem descr i ta pela

incerteza no processo.

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71

A expressão da incerteza de medição é dada pelo intervalo de conf iança da

média das recuperações.

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72

5. R E S U L T A D O S E DISCUSSÕES

5.1 D a d o s d a Val idação

Para a val idação deste método no limite de quant i f icação proposto os ensaios

de conformidade conduzidos de acordo com os critérios descr i tos no i tem anterior

resul taram nos dados abaixo:

5.1.1 C u r v a d e calibração (L inear idade )

A curva de cal ibração foi preparada através de três injeções cromatográf icas

para cada concentração das soluções-padrão Curva 1 - Solução (B) "a" ao "h " - 8

pontos e Curva 2 - Solução (A) " i " ao "p" - 8 pontos.

Após cálculo das áreas dos picos obtidos, uma curva foi t raçada

corre lac ionando área versus concentração e a anál ise de regressão foi usada para

determinar a equação da curva.

T a b e l a 6: Faixa de trabalho, equação da curva e coef ic iente de corre lação.

HCH Faixa

pg nL~1 Equação da Curva

Coef ic iente de corre lação

a 0,1 -100 Y=389,89 X + 64,54 0,9995

P 0,1 -100 Y=90,947 X + 48,73 0,9996

a 0,2 -200 Y = 1 4 5 , 7 2 X - 3 5 , 5 3 0,9999

Y 0,2 -200 Y=393,63 X - 93,53 0,9998

Uma representação gráf ica da curva de cal ibração é mostrada nas f iguras 2 0 , 2 1 , 22

e 2 3 .

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F i g u r a 20: Curva de Cal ibração/ Linearidade Al fa HCH.

5.000,000 -,

4.000,000

„ 3.000,000

2.000,000

1.000,000

0,000

Alfa HCH

4 6 8

concentração pg/uL

y = 389,89x + 64,541 R2 = 0,9995

10 12

F i g u r a 2 1 : Curva de Cal ibração/ Linear idade Beta H C H .

4.000,000

3.000,000

2.000,000

1.000,000

0,000

Beta HCH

10 15 20 25 30

concentração pg/uL

•• 90.947X + 48,727 R 2 = 0,9996

35 40 45

F i g u r a 22: Curva de Cal ibração/ Linear idade Delta H C H .

35.000,000 30.000,000 -25.000,000 20.000,000

Ë 15.000,000 10.000,000 5.000,000 -

0,000 -5.000,000 0

Delta HCH :145,72x-35,53 R? = 0,9999

50 100 150

concentração pg/uL

200 250

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74

F i g u r a 23: Curva de Cal ibração/ L inear idade Gama HCH - L indana.

50.000,000

40.000,000

30.000,000

I 20.000,000

10.000,000

0,000

-10.000,000 ®

Gama HCH

20

y = 393,63x - 93,529 R2 = 0,9998

40 60 80

concentração pg/uL

100 120

Seguem os cromatogramas da curva de cal ibração uma injeção de cada ponto.

Al fa e Beta

"_CDrA7~CAGDS2005NCTO00037X»r

5 Hz ]

4 5 0 ¡

i

4 0 0 - i

3 5 0

3 0 0

2 5 0

2 0 0 •!— 0

-i V

X

X

•sx <x

o o

2*?

- l \

1 0 2 0 3 0

F i g u r a 24: Cromatograma Alfa 0,1 pg uL" 1 e Beta 0,2pg uL~1.

4 0

ECDT A7TAGOS2D05\CTDDQD40TDr 5 Hz

4 5 0

4 0 0

3 5 0

3 0 0

2 5 0

2 0 0

y;

i k

X

x,x w Q O

•* —

J_J_JL

1 0 2 0 3 0 40

F i g u r a 25: Cromatograma Alfa 0,2pg uL" 1 e Beta 0,4pg uL"

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75

^ C D rA7TÄGOS2005\CfD00043Xir 5Hz 900

800

700

600

500

400

300

200 K A

X o <x

Q a

J L X

10 20 30 40

F i g u r a 26: Cromatograma Alfa 1,0pg uL" 1 e Beta 2,0pg uLT1.

~ECm"Ä, lAT3D52OT5\CTOOÜÜ46X)r 5 Hz 1800 1600-1400 1200 1000 800 600-400 200

10

s u

XX

3

20

Q O

30

F igura 27: Cromatograma Alfa 2,0pg uL" 1 e Beta 4 ,0pg uL"

40

" ECDrA71AGOS2005\CtDD0D48Xfr 5 Hz 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

J L 10

X o X

& rs

u Q Q

L J u L u 20 1 5 " 40

F i g u r a 28: Cromatograma Alfa 10,0pg uL" 1 e Beta 20 ,0pg uL" 1 .

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ECD1 A, TAGOS2005\CT000a52X>r

10

X o x ë <x

, C J •r>X

Q Q

20 15" F i g u r a 29: Cromatograma Alfa 20,0pg uL" 1 e Beta 40,0pg uL -1

~ECDTA, (AGOS2005\C1000055.D) SE U X

10 40

F i g u r a 30: Cromatograma Alfa 50,0pg uL" 1 e Beta 100,0pg uL" 1 .

F igura 3 1 : Cromatograma Al fa 100,0pg uL" 1 e Beta 200,0pg ul_~1.

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77

ECD1 ArfAGOS2005\CTOöüD3:D7 5 H z l 380 360 A

F igura 32: Cromatograma Lindana 0,1 pg uL~1 e Delta 0,2pg uL" 1 .

ECDrAríAGOS200WC™D005XÍ7

F igura 33: Cromatograma Lindana 0,2pg uL" 1 e Delta 0,4pg uL" 1 .

ECDrArCAGOS2005\C1000007.D) 5 H z ^

700 J

600

500

400

300

200 / i • \ — y - " — f ~

•J s 1 I o

ÜJ Q Q Q

Q Q Q

1̂"

^ OO

I I

10 20 30 40

F i g u r a 34: Cromatograma Lindana 1pg uL" 1 e Delta 2pg uL" 1 .

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~ECDTA71AT3OS2003\CTÖ00011 .DT 5 Hz" 900

800

700-

600

500

400

300

200 i.V..

misx X-Sx

— >~ -Q

m a a

Q a

Q

10 20 30 40

F i g u r a 35: Cromatograma Lindana 2pg uL" 1 e Delta 4pg uL" 1 .

~ECm7V7(AGOS2005\CT0000T5X>)"

600 H 400

200 . I i V . ^ ,

— ' X

0 7 o "

w Q Q a a

20 30 40

F i g u r a 36: Cromatograma Lindana 10pg uL" 1 e Delta 20pg uL -1

ECDTA, (ÄGOS2005\CT0000"fB:Dr 5 Hz 4500

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

2— •

ü

c c

I L

H a a H Q Q

10 20 30 40

F i g u r a 37: Cromatograma Lindana 20pg uL" 1 e Delta 40pg uL" 1

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79

ECDTA, (AGOSZÜObVCI UOÜÜZITDT

10

• cd

<*t-Q MD— ,

20

a a

g 3 n . a

30 40

F i g u r a 38: Cromatograma Lindana 50pg uL" 1 e Delta 100pg uL" 1 .

ECD1 A, (AGOS2005\CTO000?ri3y 5 Hz

10000

8000

6000

4000

2000

F i g u r a 39: Cromatograma Lindana 100pg uL" 1 e Delta 200pg uL~1.

4.11.2. E s p e c i f i c i d a d e / S e l e t i v i d a d e

Não foram detectados picos interferentes nas amostras branco que

pudessem ser atr ibuídos ao Hexaclorocic lohexano acima do limite de detecção do

método nas amostras de soro sangüíneo.

4.11.3. Precisão d e Medição/ Exat idão/ Recuperação

Os l imites infer iores e super iores das recuperações nos níveis de fort i f icação

estudados estão apresentados nas tabelas 7, 9, 11 e 13.

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80

T a b e l a 7: Eficiência da recuperação para Al fa HCH

V.A. V.R. D.P. C.V.

u g d l . ' 1

% x % u g d l . ' 1 ug dL" 1 % %

0,04 0,030 76

0,04 0,037, 93

0,04 0,029 72 78 8,7 11,2

0,04 0,029 74

0,04 0,029 73

0,40 0,350 88

0,40 0,340, 85

0,40 0,340 85 91 7,6 8,4

0,40 0,390 98

0,40 0,403 101

V.A. Valor adicionado LOQ proposto

V.R. Valor recuperado

% Valor em porcentagem do ativo recuperado,

x % média de recuperação

D.P. Desvio Padrão

C.V. Coeficiente de variação

T a b e l a 8: Resul tados Globais para Alfa HCH

Média Global das Recuperações % 8 5 %

CV Global das Recuperações % 9,8%

Limite de Detecção (LOD)

De acordo com o critério estabelecido temos:

LOD estatíst ico = 3X DESVPAD

LOD estatíst ico = 3 X 0,003ug dL" 1

LOD instrumental = 0,001 ug dL" 1

LOD estatíst ico = 0,009ug dL" 1

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Temos que: 0,001 ug dL" 1 < 0,009ug dL" 1

Critério a ser adotado: qual i f icar o LOD para o maior valor encontrado.

Então:LOD = 0,009 ug dL" 1

Limite de Quant i f icação (LOQ)

De acordo com o cri tério estabelecido temos que:

LOQ estatíst ico = 10X DESVPAD

LOQ estatíst ico = 10 X 0,003ug dL" 1

LOQ p r o p o s t o = 0 ,04ug dL" 1

LOQ estatíst ico = 0 ,03ug dL" 1

Temos que: 0 ,03ug dL" 1 < 0,04 ug dL" 1

Critério a ser adotado: qual i f icar o LOQ para o maior valor encontrado.

LOQ = 0,04 ug dL" 1

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82

T a b e l a 9: Ef iciência da recuperação para Beta HCH

V.A .

u g dL" 1

V.R.

ug dL" 1

% X % D.P.

%

C.V.

%

0,08 0,096 119

0,08 0 ,097, 120

0,08 0,096 119 119 0,4 0,34

0,08 0,096 119

0,08 0,096 119

0,80 0,76 95

0,80 0,78 98

0,80 0,77 96 99 6,4 6,5

0,80 0,88 110

0,80 0,76 95

V.A. Valor adicionado LOQ proposto

V.R. Valor recuperado

% Valor em porcentagem do ativo recuperado,

x % média de recuperação

D.P. Desvio Padrão

C.V. Coeficiente de variação

T a b e l a i 0 : Resul tados Globais para Beta HCH

Média Global das Recuperações % 109

CV Global das Recuperações % 3,4

Limite de Detecção (LOD)

De acordo com o cri tério estabelecido temos:

LOD estatístico = 3X DESVPAD

LOD estatíst ico = 3 X 0,0004ug d L 1

LOD instrumental = 0,001 ug dL" 1

L O D estatístico = 0 ,0012ug d L 1

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Temos que: 0,001 ug dL" 1 < 0,0012ug dL" 1

Critér io a ser adotado: quali f icar o LOD para o maior valor encontrado.

Então:LOD = 0,0012 ug dL" 1

Limite de Quant i f icação (LOQ)

De acordo com o critério estabelecido temos que:

LOQ estatíst ico = 10X DESVPAD

LOQ estatíst ico = 10 X 0,0004ug dL" 1

LOQ p r o p 0 s t o = 0,08ug dL" 1

LOQ estatíst ico = 0,004ug dL" 1

Temos que: 0,04ug dL" 1 < 0,08 ug dL" 1

Critério a ser adotado: qual i f icar o LOQ para o maior valor encontrado.

LOQ = 0,08 ug dL" 1

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84

T a b e l a 11 : Eficiência da recuperação para Del ta HCH

V.A. V.R. D.P. C.V. % X %

u g d L - 1 u g dL" 1 % %

0,08 0,081 101

0,08 0,076 , 95

0,08 0,083 104 101 6,7 6,6

0,08 0,076 95

0,08 0,089 111

0,80 0,637 80

0,80 0,694 87

0,80 0,651 81 81 3,9 4,8

0,80 0,645 81

0,80 0,604 76

V.A. Valor adicionado LOQ proposto

V.R. Valor recuperado

% Valor em porcentagem do ativo recuperado,

x % média de recuperação

D.P. Desvio Padrão

C.V. Coeficiente de variação

T a b e l a i 2 : Resul tados Globais para Delta H C H

Média Global das Recuperações % 91

CV Global das Recuperações % 5,7

Limite de Detecção (LOD)

De acordo com o critério estabelecido temos:

LOD estatístico = 3X DESVPAD

LOD estatístico = 3 X 0,005ug dL" 1

LOD instrumental = 0,01 ug dL" 1

LOD estatístico = 0,015ug dL" 1

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T e m o s que: 0,01 ug dL" 1 < 0,015ug dL" 1

Cri tér io a ser adotado: qual i f icar o LOD para o maior valor encont rado.

Então:LOD = 0,015 ug dL" 1

Limite de Quant i f icação (LOQ)

De acordo com o cri tério estabelecido temos que:

LOQ estatíst ico = 10X DESVPAD

LOQ estatíst ico = 10 X 0,005ug dL" 1

LOQ p r o p O S t o = 0,08ug dL" 1

LOQ estatíst ico = 0,05ug dL" 1

T e m o s que: 0,05ug dL" 1 < 0,08 ug dL" 1

Critér io a ser adotado: qual i f icar o LOQ para o maior valor encontrado.

LOQ = 0,08 ug dL" 1

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86

T a b e l a 13: Eficiência da recuperação para Gama H C H - L indana

V.A.

u g d l - " 1

V.R.

ug dL" 1

% D.P. C.V.

x % % %

0,04 0,042 105

0,04 0 , 0 4 2 , 105

0,04 0,039 98 106 5,7 5,4

0,04 0,044 110

0,04 0,045 113

0,40 0,321 80

0,40 0,350 88

0,40 0,387 97 86 7,8 9,1

0,40 0,348 87

0,40 0,307 77

V.A. Valor adicionado LOQ proposto

V.R. Valor recuperado

% Valor em porcentagem do ativo recuperado,

x % média de recuperação

D.P. Desvio Padrão

C.V. Coeficiente de variação

T a b e l a 14: Resultados Globais para Gama H C H - L INDANA

Média Global das Recuperações % 96

CV Global das Recuperações % 7,3

Limite de Detecção (LOD)

De acordo com o critério estabelecido temos:

LOD estatístico = 3X DESVPAD

LOD estatístico = 3 X 0,002ug dL" 1

LOD instrumental = 0,001 U Q d L - 1

LOD estatístico = 0,006ug d L - 1

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Temos que: 0,001 ug dL" 1 < 0,002ug dL" 1

Critério a ser adotado: qualif icar o LOD para o maior valor encont rado.

Então:LOD = 0,002 ug dL" 1

Limite de Quanti f icação (LOQ)

De acordo com o critério estabelecido temos que:

LOQ estatístico = 10X DESVPAD

LOQ estatístico = 10 X 0,002ug d L - 1

LOQ p r o p 0 s t o = 0,04ug dL" 1

LOQ estatístico = 0,02ug d L 1

Temos que: 0,02ug dL" 1 < 0,04 ug dL" 1

Critério a ser adotado: quali f icar o LOQ para o maior valor encont rado.

LOQ = 0,04 ug dL" 1

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88

5.2 R e s u l t a d o s G r u p o 1 e G r u p o 2.

A população de estudo foi composta por 56 pessoas que t rabalharam ou

t rabalham no Arquivo Histór ico de Joinvi l le, es tando expostas ao HCH no seu

ambiente de trabalho.

Tabe la 15: Grupo 1 - "Grupo Exposto"

Faixa Quant idade Sexo Va lor encontrada ug dl_'

Etária de pessoas

M. F. a a Y

19-29anos 25 11 14 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

30-40anos 17 01 16 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

41-50anos 06 03 03 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

51-60anos 06 03 03 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

>60anos 02 02 00 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

Total 56 20 36 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

M Masculino

F Feminino

O grupo não exposto foi fo rmado por uma amostra probabi l íst ica dos

funcionár ios públ icos munic ipais, empare lhados por fa ixa etár ia e sexo. A relação

entre não expostos e expostos foi de 2 : 1 .

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89

T a b e l a 16: Grupo 2 - "Grupo não exposto"

Faixa Quant idade Sexo Va lor encont rada ug dl_

Etária de pessoas

M. F. a R> a y

19-29anos 50 26 24 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

30-40anos 34 03 31 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

41-50anos 12 06 06 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

51-60anos 12 06 06 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

>60anos 04 04 00 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

Total 112 45 67 <0,04 <0,08 <0,08 <0,04

M Masculino

F Feminino

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90

5.3 DISCUSSÃO DOS R E S U L T A D O S

O HCH - alfa, beta e gama são isômeros mais importantes em termo de

impacto ambiental e saúde humana. A estabi l idade e lipofíl ia relat ivamente alta do

HCH e o seu padrão de uso global resul taram em contaminação ambiental

signif icat iva por esse h idrocarboneto c lorado.

Uma vez introduzido no ambiente, o HCH pode persist ir por muitos anos. O

isômero beta é mais persistente do que os outros. O gama-HCH é a forma mais

conhecida mundia lmente por ser mais tóxico.

O HCH é bem absorv ido pelo trato gastrointest inal , pulmões e pele. É

t ransportado quase que tota lmente l igado a proteínas plasmáticas e todos os

isômeros são preferencia lmente estocados no tecido adiposo, mas também em

outros órgãos como f ígado e g lândulas adrenais. O seu metabol ismo é hepático e

sua excreção se dá pela ur ina, fezes e leite.

Os diferentes isômeros de HCH acarretam ações farmacológicas opostas. O

isômero gama é est imulante do Sistema Nervoso Central (SNC), causando violentas

convulsões epi lept i formes, enquanto os isômeros - alfa, beta e delta são

pr incipalmente depressores do SNC, podendo levar a f lacidez muscular, prostração

e di f iculdade de marcha.

A toxicidade aguda dos isômeros do HCH se dá pela ordem decrescente:

gama > alfa > del ta > beta e na tox ic idade crônica, obedece a ordem: beta > alfa >

gama > delta.„

Foram anal isados os quatro isômeros do HCH e nenhum deles foi detectado,

no soro sangüíneo. O isômero Beta é o mais persistente no organismo, mas não

foram encontrados resul tados posi t ivos de sua presença no l imite de quanti f icação

de 0,04ug dL" 1 para Al fa HCH e L indano e 0,08ug d L - 1 para Beta e Delta HCH.

A anál ise tanto da l i teratura cientí f ica nacional e internacional, atual izadas

até o início de 2 0 0 1 , permi te formular as seguintes conclusões e recomendações

(dir igidas ao Ministério da Saúde):

1 - As substâncias químicas organocloradas e especif icamente o

hexaclorocic lohexano (HCH), em seus isômeros alfa-, beta-, gama- (l indana) e no

seu "grau técnico", ocupam lugar de destaque nas preocupações do mundo inteiro

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91

(como no Brasil), quer pela sua persistência no meio ambiente, quer pela sua

biopersistência nos seres vivos, e pr incipalmente, por seu potencia l impacto para a

saúde das populações.

2 - Com efeito, tem sido demonstrada a p resença de resíduos organoclorados,

incluindo especif icamente o HCH, em meios b io lóg icos (sangue, gordura do leite

materno, tecido adiposo, etc.) em prat icamente 1 0 0 % das pessoas, em qualquer

parte da Terra.

3 - De um modo geral , observa-se, pr inc ipalmente e m a lguns países europeus e

norteamericanos, uma tendência de progress iva redução dos níveis de

organoclorados - incluindo especi f icamente o HCH - no organ ismo humano,

medida pela concentração destes resíduos nos meios b io lóg icos (sangue, gordura

do leite materno, tecido adiposo e outros).

4 - Essa tendência, de progressivo decl ín io da concent ração de resíduos

organoclorados no organismo humano, esta assoc iada às pro ib ições de fabr icação

e uso agrícola dos praguicidas organoc lorados, in ic iada nos anos 70, e

progressivamente estendida ao mundo.

5 - No Brasil, os t rabalhos científ icos d isponíveis - a inda que numerosos e de boa

qual idade, não são suficientes para del inear de modo adequado uma tendência

temporal de médio e longo prazo, dada a fa l ta de s is temat ização de estudos

populacionais amostralmente representat ivos e h is tor icamente anal isados. Os

estudos disponíveis geralmente são geograf icamente local izados, e abordam, em

sua maioria, grupos populacionais especí f icos, com ênfase e m exposições

ocupacionais e exposições no entorno de áreas poluídas, ou em condições não-

estrapoláveis.

6 - Por outro lado, no caso do Brasil, embora a pro ib ição do uso agrícola dos

praguicidas clorados já v igore há mais de 15 anos , o quadro tem característ icas

mais complexas, tendo em vista o uso extensivo que se fez de praguic idas clorados,

para o combate de vetores de doenças infecciosas, em especia l a malária e a

doença de Chagas.

7 - Sobre os efeitos da exposição ambiental a substânc ias químicas organocloradas

- nominalmente o HCH - sobre a saúde humana, a l i teratura cientí f ica compulsada

mostrou que eles devem ser anal isados e interpretados segundo a natureza da

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92

exposição (ocupacional , terapêut ica, ambienta l ) , a v ia de penetração no organismo

(respiratória, digestiva, dérmica), o tempo de expos ição, a dose absorv ida, e outras

variáveis, tendo sido ident i f icada a ocorrênc ia de confusões concei tuais e de

f reqüentes erros de interpretação.

8 - Do mesmo modo, observou-se uma grande var iabi l idade de achados em estudos

experimentais real izados em animais, de dist intas espécies, idades e condições, e

grande di ferença entre esses achados e o que ocor re no organ ismo humano, em

condições reais.

9 - Corr igidas estas distorções, permanecem no cent ro das preocupações de saúde

humana, os efeitos de médio e longo prazo, em especia l os eventuais efeitos sobre

o desenvolv imento fetal , os efeitos hormonais (organoclorados como desautores

hormonais), e as neoplas ias mal ignas.

10 - No caso das neoplas ias mal ignas, até o momento os achados posit ivos

resumem-se a espécies animais a l imentadas com grandes quant idades de HCH,

não exist indo ev idências idôneas, de natureza epidemiológica, que conf i rmem a

carc inogencidade no ser humano. Contudo, por ana log ia com o que ocorre com

outras substâncias químicas tóxicas, a s ina l ização exper imental não pode ser

abandonada, pr incipalmente à luz do Pr incípio da Precaução e no contexto da

Vigi lância de Saúde.

11 - Estas observações apl icam-se espec ia lmente para o câncer de mama e,

secundar iamente, para o câncer de f ígado, ent re outras local izações e t ipo de

tumores mal ignos.

12 - Recomenda-se ao Ministér io da Saúde uma discussão mais profundada, no

curto e médio prazos, sobre questões como:

• Fortalecimento e desenvolv imento de Centros de Registro de Câncer, integrados

aos Sistemas de Vig i lância, de Morb idade e de Morta l idade, com destaque para

a introdução de informações de interesse ocupac iona l e ambienta l .

• Desenvolv imento ou fomento de es tudos na d i reção da const i tu ição de bancos

de dados sobre resíduos organoc lorados em tec ido adiposo, obt ido por biopsia

intracirúrgica e em autópsias.

• Desenvolv imento ou fomento de estudos na d i reção da const i tu ição de bancos

de dados sobre resíduos organoc lorados em gordura de leite materno.

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93

Ainda que tenham um espectro nacional abrangente, as recomendações

constantes no item anterior dever iam ser pr ior i tar iamente implementadas no Estado

do Rio de Janeiro, iniciando-se pela região Metropol i tana do Rio de Janeiro

("Grande Rio"), tendo em vista o interesse do Ministér io da Saúde em ampliar o

conhecimento do problema dos organoclorados em Duque de Caxias, em função do

"caso Cidade dos Meninos", Rio de Janeiro, onde uma ant iga fábr ica desses

compostos foi abandonada há quarenta anos, ameaçando seus 1,700 habitantes,

Para remediar a área pesadamente contaminada (área foco) , um tratamento com

óxido de cálcio foi real izado. Anál ises de solo co letadas superf ic ia lmente na área

tratada, anos após o tratamento, mostraram a inda al tas concent rações residuais de

HCHs. Níveis de concentração tão alto quanto 6 .200mg/Kg e 7.320mg/Kg foram

encontrados para os isómeros a- e B-HCH. Para os isómeros y- e õ-HCH, as

concentrações observadas foram super iores a 140mg/Kg e 530mg/Kg,

respect ivamente. Estes resultados mostraram que o t ratamento com óxido de cálcio

não foi ef iciente para a descontaminação do solo desta área.

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6. C O N C L U S Õ E S

As principais conclusões deste t rabalho foram:

1) Os resul tados encontrados na val idação do método indicam exatidões

suficientes para a f ina l idade do estudo. O método é cons iderado adequado para as

anál ises em soro sangüíneo e está dentro dos critérios de conformidade definidos

através dos procedimentos operacionais do laboratór io e das normas legais em

vigor no país. No total foram anal isadas 168 (cento e sessenta e oito) amostras de

soro sangüíneo, sendo 56 de funcionár ios e ex-funcionár ios do Arquivo Histórico de

Joinvi l le Santa Catar ina e 112 da popu lação controle.

2) Todas as amostras de soro sangüíneo obt iveram resultados abaixo do

limite de quant i f icação de 0,04ug dL" 1 para Al fa HCH e L indano e 0,08ug dL" 1 para

Beta e Delta HCH.

3) Embora o t rabalho tenha s ido fei to e m dois grupos de fort i f icações, onde o

pr imeiro consta de A l fa e Beta HCH e o segundo Delta HCH e Lindano, é possível

estabelecer o método mult i residuos para os quatros isômeros.

4) O HCH é bastante estável , não acarretando problemas de degradação no

manuseio dos padrões, e amostras fort i f icadas até o momento da injeção.

5) Como visto nos cromatogramas houve a inclusão de 16 organoclorados na

val idação, porém os mesmos não foram ident i f icados em nenhuma das amostras

anal isadas. A rampa cromatográf ica foi estabelec ida com aproximadamente 40

minutos, sendo possível a ident i f icação de 16 organoc lorados persistente são eles:

HCB Hexaclorobenzeno, HCH Hexacloroc ic lohexano - A L F A - BETA - DELTA e

LINDANA, Aldr in, Dieldr in, Endr in, Hepatclor, Heptaclor Epóxido, Mirex, DDT (op ' e

pp ' ) , DDE (op ' e pp ' ) e DDD (op 'e pp ' ) . Houve a separação em dois grupos pelo

motivo do tempo de retenção estar bem próximo como foi o caso do Alfa e Beta,

Delta e Lindana para faci l i tar a v isual ização, porém a ident i f icação pode ser feita

por uma única corr ida e quando houver a necess idade a confirmação em

Cromatograf ia a Gás acop lada a espectrometr ia de massas (GC-MS).

6) Os dados apresentados na va l idação estão de acordo com os critérios de

ensaio estabelecidos para pest ic idas no Brasi l .

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95

7) O resultado negativo dos at ivos es tudados não indicam que não houve a

contaminação, mas que a quant idade de Hexac loroc ic lohexano no soro sangüíneo

dos funcionários e ex - funcionários do Arqu ivo Histór ico de Joinvi l le atualmente, é

menor que o limite de quanti f icação de 0 ,04ug d l / 1 para A l fa HCH e Gama HCH

"Lindana" e 0,08ug dL" 1 para Beta e Delta H C H . O caso de possível contaminação

ocorreu há 20 anos, e embora estudos de estab i l idade da molécula mostrem que,

no organismo humano e meio ambiente pode haver pers is tência por mais de 20

anos, esta estabi l idade depende de d iversos fatores como al imentação, obesidade,

at ividades esport ivas entre outros.

Desta forma, são necessár ios es tudos mais de ta lhados aval iando a presença

dos isômeros do HCH nas células ad iposas da popu lação exposta, uma vez que o

HCH é lipofílico e poderia estar b ioacumulado nestes tec idos.

PERSPECTIVAS

O caso de possível contaminação ocor reu há 2 0 anos, e embora estudos de

estabi l idade da molécula mostrem que, no organ ismo humano e meio ambiente

pode haver persistência por mais de 2 0 anos, esta estabi l idade depende de

diversos fatores como al imentação, obes idade, a t iv idades espor t ivas entre outros.

Desta forma, são necessár ios estudos mais deta lhados para aval iar a

presença dos isômeros do HCH nas célu las ad iposas da popu lação exposta, uma

vez que o HCH é l ipofíl ico e poderia estar b ioacumulado nestes tecidos.

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