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Presidente Prudente - SP, 24-26 de julho de 2017
IV Simpósio Brasileiro de Geomática – SBG2017
II Jornadas Lusófonas - Ciências e Tecnologias de Informação Geográfica - CTIG2017 p. 077-083
A. P. Antunes; M. C. Castro; R. V. Sarot; L. S. Delazari ISSN 1981-6251
DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS RELACIONADOS À AVALIAÇÃO
DA USABILIDADE DE INTERFACES DE MAPAS COLABORATIVOS
AMANDA PEREIRA ANTUNES
MÔNICA CRISTINA DE CASTRO
RHAÍSSA VIANA SAROT
LUCIENE STAMATO DELAZARI
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas - PPGCG
Departamento de Geomática, Curitiba - PR
{amanda.p.antunes, castro.monicac, rhaissa89, luciene.delazari}@gmail.com
RESUMO - A usabilidade de uma interface deve ser considerada no desenvolvimento de sistemas de
informação geográfica e sites de mapeamento, uma vez que a primeira experiência do usuário é
determinante para sua satisfação e, portanto, para reutilização da ferramenta. Apesar do número de
usuários de sistemas de mapeamento colaborativo crescer a cada ano, há poucas pesquisas voltadas para a
análise da usabilidade dos sistemas. Deste modo, existe necessidade de pesquisas que abordem o
desenvolvimento de interfaces e sistemas de mapeamento colaborativo com foco nos usuários, pois tais
interfaces não podem ser desenvolvidas e avaliadas do modo tradicional do projeto cartográfico. Este
trabalho tem como objetivo apresentar os elementos que devem ser considerados na avaliação das
interfaces web de mapeamento colaborativo com base na usabilidade do sistema pelo usuário. Os
elementos de avaliação citados foram determinados com base em pesquisas anteriores relacionadas à
avaliação de interfaces e sistemas, e recursos de interatividade e identificação de potenciais problemas de
usabilidade nas interfaces colaborativas.
Palavras chave: Mapas colaborativos, VGI, Usabilidade de interfaces e sistemas.
ABSTRACT - The user’s first experience with an interface is decisive to his/her satisfaction and, thus,
for the system to be used again. Because of these aspects, the interface usability must be considered as a
step of the system development, whether it is a geographical information system or a mapping site. Even
though the number of users of collaborative mapping systems continues to grow, there are few researches
about this specific system usability. Therefore, there is a need for research that approaches the interface
and collaborative mapping development focusing on the users. The traditional cartographic design does
not include the development and evaluation of these interfaces. Our current goal is to present the aspects
that must be considered in the evaluation and development of collaborative mapping interfaces based on
the system usability. For this, a survey was made considering usability evaluation researches, interactive
resources and identification of possible usability problems of interfaces.
Key words: Collaborative mapping, VGI, Interfaces and systems usability.
1 INTRODUÇÃO
O mapeamento colaborativo, também conhecido
como sistema de informação geográfica voluntária (VGI –
Voluntered Geographic Information), consiste em um
sistema computacional de mapeamento no qual o usuário
pode visualizar, organizar e disseminar informações
geográficas de modo voluntário e gratuito, e estas podem
ser utilizadas por outros usuários (TULLOCH, 2008).
Goodchild (2007) definiu o termo VGI como um
fenômeno específico da web, no qual o conteúdo é
produzido pelo usuário para a criação de informações
geográficas. Um sistema VGI deve permitir a criação, a
edição e a coleta de dados geográficos. Wikimapia e
OpenStreetMap são mencionados como referências de
sistemas de mapeamento colaborativo e estes sites
habilitam os usuários a criar um conjunto de informações
geográficas mundial (GOODCHILD, 2007). Devido à
quantidade e diversidade de usuários e ao modo de
visualização dos dados surgem problemas relacionados à
usabilidade nestes sistemas (NIVALA et al, 2008). Deste
modo, durante o desenvolvimento destes é necessário
considerar a interação humano-computador do sistema
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para que os requisitos e as necessidades dos usuários
sejam alcançados (PICANÇO & DELAZARI, 2016).
Os métodos tradicionais de produção de mapas,
projeto de sistemas de visualização e manipulação de
dados geográficos não podem ser aplicados para sistemas
de mapeamento colaborativo, devido ao avanço da
tecnologia e as mudanças na teoria da comunicação
cartográfica (NIVALA et al, 2008). Assim, tem-se a
necessidade de pesquisas voltadas a usabilidade de mapas
visualizados na tela de computador (on-screenmaps).
Há estudos relacionados a elementos de design e à
qualidade da comunicação cartográfica de mapas
turísticos disponíveis na internet (HARROWER et al,
1997). Também há pesquisas a respeito de animação em
mapas e ferramentas de interação (MACEACHREN et al,
1998), sobre capacidade de aprendizagem, memória e
satisfação do usuário com ferramentas específicas de
geovisualização (ANDRIENKO et al, 2002) e a respeito
de problemas de usabilidade de sites de mapeamento
como Google Maps e MapQuest (NIVALA et al, 2008).
Assim, é necessário o estabelecimento de
elementos que apresentem os principais aspectos a serem
empregados na análise de interfaces e usabilidade dos
sistemas voltados ao mapeamento colaborativo e formas
de avaliação. Deste modo, pode-se aprimorar o sistema
com base na experiência do usuário.
2 SISTEMAS DE MAPEAMENTO
COLABORATIVO
Um sistema de mapeamento colaborativo é
definido como uma base de dados de mapas digitais, na
qual o usuário pode inserir, editar e disseminar
informação geográfica de modo voluntário e gratuito. É
um termo derivado do conceito crowdsourcing, no qual o
usuário consome e cria conteúdo em um ambiente
colaborativo (GOODCHILD, 2007). Tais sistemas são
semelhantes em abrangência geográfica (global) e
ferramentas.
3 FATORES ERGONÔMICOS PARA AVALIAÇÃO
DOS SISTEMAS
Os critérios e métodos para avaliação dos sistemas,
considerados nesta pesquisa são baseados nos parâmetros
empregados em 10 artigos, listados do Quadro 1. A
seleção destes artigos foi feita com base na análise do
objetivo da pesquisa, formas de avaliação, quantidade de
participantes testados, resultados encontrados e
similaridade de temas, como análises de interfaces e
usabilidade orientadas para cartografia.
Artigo Autor
Influência dos aspectos das
interfaces na comunicação dos
mapas interativos e a
proposição de diretrizes para o
design dessas interfaces
Mazieiro (2007)
Avaliação da Usabilidade de
interfaces de sistemas VGI na
tarefa de inserção de feições
Picanço &
Delazari, (2016)
Overcoming challenges in
developing more usable
pedestrian navigation systems
Delikostidis &
Elzakker (2015)
Arquitetura da informação
aplicada aos websites de
instituições arquivísticas: a
usabilidade e a cartografia da
internet dentro da convergência
de informações
Augusto (2014)
Análise da usabilidade em
interfaces para SIG: fatores que
afetam o desempenho
Mendonça &
Delazari (2012)
Methods of usability evaluation
of web-based geographic
information systems
Komarkova et al
(2011)
Avaliação de mapas na web:
questões relativas à interface e à
interatividade
Falat & Delazari
(2010)
Usability Evaluation of Web
Mapping Sites
Nivala, Brewster
e Sarjakoski
(2008)
Usability evaluation of
topographic maps in mobile
devices
Nivala et al
(2003)
Avaliação ergonômica de
interfaces da SciELO –
Scientific Eletronic Library
Online
Oliveira (2001)
Quadro 1 - Lista de artigos selecionados
Assim como em Mendonça & Delazari (2012),
também foram utilizados aspectos encontrados na
literatura a respeito da análise de dados geográficos e de
critérios heurísticos relacionados à ergonomia e
usabilidade relativos à carga de trabalho.
As heurísticas de usabilidade propostas por
Nielsen (1994) adotadas nesta pesquisa são as heurísticas
referentes à visibilidade do estado do sistema, ao design
estético e minimalista da interface, a liberdade e controle
do usuário, a flexibilidade e eficiência de uso, a
prevenção de erros, e a consistência e padrões do sistema.
Tais elementos são empregados para medir o nível de
satisfação do usuário e a eficácia da interface.
As heurísticas podem ser avaliadas através de
fatores ergonômicos, que constituem um conjunto de
qualidades que as interfaces humano-computador devem
apresentar. De acordo com Cybis et al. (2010) podem ser
classificados em:
Condução: a interface deve conduzir o usuário na
interação com o sistema, através de conselhos orientações
e informações.
Agrupamento/ Distinção por formato ou localização:
itens devem ser apresentados de maneira organizada,
podendo ser separados por formatos ou organizados
espacialmente, indicando assim suas similaridades ou
diferenças.
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Homogeneidade: refere-se à forma na qual as escolhas
no projeto da interface são conservadas idênticas em
contextos idênticos.
Presteza: diz respeito ás informações que permitem ao
usuário identificar o estado ou contexto no qual ele se
encontra, bem como as ferramentas de ajuda e seu modo
de acesso.
Compatibilidade: diz respeito ao grau de similaridade
entre diferentes sistemas que são executados em um
mesmo ambiente operacional.
Denominação: o significado dos códigos e denominações
diz respeito à adequação entre o objeto ou a informação
apresentada, ou pedida, e sua referência na interface.
Legibilidade: facilidade de leitura.
Controle Explícito: refere-se à ligação explícita que deve
existir entre uma ação do usuário e um processamento do
sistema.
Controle de usuário: os usuários devem estar no controle
dos acontecimentos.
Carga de trabalho: diz respeito a todos os elementos da
interface que têm um papel importante na redução da
carga cognitiva e perceptiva do usuário e no aumento da
eficiência do diálogo.
Brevidade: está relacionado com uma interface concisa e
que requer ações mínimas.
Feedback: as respostas do computador devem ser
fornecidas, de forma rápida, com um tempo de resposta
apropriado e consistente para cada tipo de transação.
4 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SISTEMA
COM BASE NOS USUÁRIOS
De acordo com Falat & Delazari (2010), diversas
técnicas e métodos podem ser empregados para a
avaliação de sistemas. Estes podem, ainda, ser
combinados e/ou adaptados para a avaliação apropriada
de um sistema. Portanto, propõem-se uma metodologia
de avaliação em grupos distintos por experiência, através
de análises qualitativas e quantitativas combinadas, com
base na usabilidade do sistema pelo usuário.
Os resultados obtidos através de avaliações
variam conforme o nível de experiência do usuário com a
utilização do sistema e sua experiência relacionada à
cartografia. Quanto menor o nível de experiência do
usuário em relação a esses quesitos, mais claro e intuitivo
deve ser o projeto da interface do sistema. Segundo Sarot
(2015), a amostra de usuários testados deve incluir desde
usuários sem experiência na área e usuários que não
apresentam familiaridade com a utilização de SIG (não
especialistas), até usuários com experiência prévia na
utilização sistemas (especialistas ou profissionais).
Deste modo, para execução das tarefas planejadas
para a pesquisa propõe-se que a amostra de indivíduos
testados apresente, no mínimo, dois tipos distintos de
participantes. O nível de experiência do usuário com SIG
deve ser considerado como restrição principal na
distinção dos grupos testados. Com base nos resultados
dos artigos selecionados tem-se que a quantidade da
amostra deve ter, no mínimo, 50 indivíduos para testar os
sistemas envolvidos.
A avaliação do desempenho dos usuários deve ser
realizada individualmente em ambiente controlado
(laboratório), o que minimiza possíveis distrações ou
interferências no resultado final advinda de outros
usuários. Os testes realizados podem ser registrados
através da gravação da tela e áudio. As pesquisas de
Pugliesi & Decanini (2009), Ullah et al. (2016),
Mendonça & Delazari (2012), foram realizadas em
ambiente controlado e utilizaram gravações. Dessa forma
é possível avaliar os problemas encontrados e mensurar o
tempo gasto com as tarefas realizadas. O registro do áudio
permite a verificação da veracidade das observações
anotadas pelo entrevistador acerca das dificuldades
descritas pelo usuário enquanto este executa a tarefa
(think-aloud), técnica empregada nas pesquisas de
Rautenbach et al. (2016), Ullah et al. (2016), Nivala et al.
(2003). Com base nestas informações pode-se realizar
uma análise qualitativa, como em Popelka et al. (2016).
Questionários foram utilizados como forma de
avaliação nas pesquisas de Falat & Delazari (2010),
Popelka et al. (2016), Mendonça & Delazari (2012),
Nivala et al. (2008), a fim de avaliar o sistema de forma
quantitativa. Este método permite analisar determinados
elementos por meio da mensuração do tamanho de área
utilizada na interface (porcentagem), do número total de
ações que o usuário pode executar para se obter um
mesmo resultado, tempo de execução, êxito nas tarefas o
número total de ferramentas aparentes no sistema. Os
questionários podem ter ainda a opção de um ―campo em
aberto‖ para possíveis considerações adicionais do
usuário a respeito da interface avaliada.
A forma de mensuração dos elementos pode ser
realizada através da definição de uma nota, variando de
zero (difícil utilização) até dez (fácil utilização), que está
diretamente relacionada à facilidade em se trabalhar com
o sistema ou o uso de uma ferramenta específica. Com o
auxílio de uma escala diferencial semântica, utilizada em
Ullah et al. (2016), pode-se medir o nível de satisfação do
usuário na utilização de um determinado sistema ou
ferramenta. Propõe-se que os usuários avaliem de maneira
qualitativa os itens considerando o grau de aceitação no
uso de cada ferramenta empregada nas tarefas.
A eficácia da interface é avaliada com base no
cumprimento da tarefa, a eficiência considera o tempo
gasto na execução das tarefas, a aceitabilidade e a carga
de trabalho do usuário em relação à interface testada são
determinas por meio do questionário aplicado após a
realização de cada tarefa (MENDONÇA & DELAZARI
2012).
A análise dos resultados deve considerar a
experiência do usuário com os sistemas avaliados (usuário
especialista e não especialista). Essa distinção permite a
avaliação dos casos extremos de usuários que utilizam a
interface web.
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5 FATORES CONSIDERADOS NAS ANÁLISES
Para orientar as análises necessárias no processo
de avaliação são apresentados abaixo quadros que
relacionam fatores ergonômicos de condução,
agrupamento, distinção por formato, e distinção por
localização, considerados por Cybis et al. (2010), na
otimização de interfaces, junto com determinadas tarefas
executadas pelo usuário. Ao utilizarem as ferramentas
necessárias para realização de cada tarefa, os usuários de
cada grupo estabelecem uma nota que indica o fator de
satisfação em relação a cada elemento analisado na tabela.
O grupo I corresponde aos participantes especialistas, o
grupo II aos participantes não especialistas.
Na pesquisa as Tarefas são citadas como alguns
procedimentos utilizados para avaliação de sistemas de
mapeamento colaborativo em conjunto com os elementos
que devem ser verificados na determinação da usabilidade
do sistema. Assim, nos quadros são apresentados os
procedimentos diretamente relacionados à procura por
atributos no sistema descritos na Tarefa 1, o cálculo de
rotas entre pontos na Tarefa 2, a inserção de objetos, ou
seja, a criação de feições na Tarefa 3, e a determinação
de operações de cálculos geométricos nas feições na
Tarefa 4.
O Quadro 2 descreve elementos para análise da
interface padrão dos sistemas, ou seja, nenhuma tarefa
específica é executada pelo usuário. A nota estabelecida
pelos dois grupos de usuários determina se a porcentagem
de área utilizada por cada interface aproveita o máximo
de espaço possível para o mapa atender as necessidades
do usuário.
Elementos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Tamanho do
mapa
Nota (0-10) Nota (0-10)
Valor total da porcentagem da
área ocupada na tela (%)
Tamanho de
botões
Nota (0-10) Nota (0-10)
Valor total da área ocupada pelo
ícone (cm2)
Área ocupada
pela barra de
ferramentas na
tela
Nota (0-10) Nota (0-10)
Valor total da porcentagem da
área ocupada na tela (%)
Área ocupada
pela barra de
ferramentas na
tela (início das
tarefas)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Valor total da porcentagem da
área ocupada pela tela (%)
Área ocupada
pelo TOC +
informações
sobre o mapa
Nota (0-10) Nota (0-10)
Valor total da porcentagem da
área ocupada pela tela (%)
Quadro 2 – Otimização e tamanho da área reservada para
o mapa.
Com a execução das Tarefas, os fatores
relacionados à carga de trabalho e densidade de
informações definem o número de barras de ferramentas
ativas no início da execução da tarefa que não apresentam
relação com a atividade que se encontra em
desenvolvimento. A função das ferramentas (utilidade)
deve considerar a forma de organização e o agrupamento
que será adotado no sistema, pois os fatores ergonômicos
relacionados à compatibilidade, significado dos símbolos
ou siglas e denominações, condução, e a legibilidade
alteram diretamente a usabilidade do sistema (CYBIS et
al. 2010).
O Quadro 3 relaciona a quantidade de ferramentas
visíveis ao usuário disponíveis ao iniciar a interface e ao
iniciar a tarefa. A nota estabelecida pelos dois grupos de
usuários determina o número mínimo necessário de
ferramentas visíveis para que as necessidades do usuário
sejam atendidas, com base nos elementos descritos. O
possível aumento no número de ferramentas ativas pode
causar a sensação de confusão mental no usuário, pois
este necessita de maior tempo para compreender a
funcionalidade dos itens.
Conforme Augusto (2014 apud (DIAS, 2007)), a
densidade informacional encontrada em um SIG dificulta
a localização de elementos de orientação espacial e não
espacial relevantes para o usuário.
Elementos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Número de
barras de
ferramentas
ativas ao se
iniciar o
programa
(padrão)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de ferramentas
ativas
Número de
barras de
ferramentas
ativas ao se
iniciar a tarefa
(padrão)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de ferramentas
ativas
Quadro 3 – Quantidade de barras de ferramentas.
O Quadro 4 se refere à quantidade de barras de
ferramentas ativas que não apresentam relação com o
desenvolvimento das tarefas propostas e o número de
vezes que elas foram utilizadas sem necessidade pelo
usuário (número de cliques). O valor determina o número
mínimo de ferramentas visíveis para que as tarefas sejam
realizadas com sucesso, considerando os elementos
necessários em cada caso. Os resultados obtidos têm
relação direta com o desempenho do usuário na realização
de cada tarefa.
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Elementos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Número total de
barras de
ferramentas sem
relação com a
tarefa 1 (padrão)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total
de cliques
Número total
de cliques
Número total de ferramentas
ativas
Número de
barras de
ferramentas sem
relação com a
tarefa 2 (padrão)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total
de cliques
Número total
de cliques
Número total de ferramentas
ativas
Número de
barras de
ferramentas sem
relação com a
tarefa 3 (padrão)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total
de cliques
Número total
de cliques
Número total de ferramentas
ativas
Número de
barras de
ferramentas sem
relação com a
tarefa 4 (padrão)
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total
de cliques
Número total
de cliques
Número total de ferramentas
ativas
Quadro 4 – Quantidade de barras de ferramentas ativas
que não tem relação com a atividade proposta.
O Quadro 5 apresenta as categorias disponíveis no
website diretamente relacionadas com os objetivos de
cada ferramenta (agrupamento das ferramentas). A nota
estabelecida pelos dois grupos de usuários determina o
nível de coerência adotado nos critérios de agrupamento
para as diferentes ferramentas de um SIG. O
estabelecimento de um número máximo de agrupamentos
aumenta o espaço disponível para a área do mapa na tela e
simplifica a realização das ações dos usuários no sistema.
Elementos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Número total de
categorias
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de ferramentas
agrupadas na categoria 1
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de ferramentas
agrupadas na categoria n
Quadro 5 – Agrupamento de ferramentas.
A indicação de finalização de tarefas/ações
realizadas, ou se estas estão em andamento, considera os
fatores ergonômicos de condução e feedback. O Quadro 6
determina o nível de retorno que o usuário obteve da
interface após a realização de cada tarefa. A nota dos
grupos de usuários pretende estabelecer a porcentagem de
feedback mínima relacionada as quatro tarefas básicas de
orientação e navegação espacial para que a interface
forneça ―segurança‖ ao usuário conforme ele desenvolve
as tarefas. A determinação da porcentagem para cada
tarefa se baseou no número mínimo de ações que o
usuário deve realizar para que a tarefa seja cumprida com
êxito, e no número de vezes que a interface retornava um
feedback ao usuário, cada vez que ele executava uma
ação.
Elementos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Retorno da ação
ao usuário —
Tarefa 1
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de vezes que o
usuário recebeu um feedback na
execução da tarefa
Retorno da ação
ao usuário —
Tarefa 2
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de vezes que o
usuário recebeu um feedback na
execução da tarefa
Retorno da ação
ao usuário —
Tarefa 3
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de vezes que o
usuário recebeu um feedback na
execução da tarefa
Retorno da ação
ao usuário —
Tarefa 4
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número total de vezes que o
usuário recebeu um feedback na
execução da tarefa
Quadro 6 – Feedback de ações das tarefas.
A quantidade de opções para se chegar a uma
funcionalidade, ou seja, a possibilidade de se executar
uma mesma tarefa através de duas ou mais formas
distintas faz com que o usuário estabeleça mentalmente
um grau de facilidade em se utilizar do sistema. Os
fatores ergonômicos de controle explícito, controle do
usuário, carga de trabalho, brevidade, e ações mínimas
necessárias para obter um resultado influenciam
diretamente a variação do grau de facilidade (CYBIS et
al. 2010).
O Quadro 7 se refere à flexibilidade em se obter o
mesmo resultado em uma única tarefa através de
diferentes ações. O usuário deve executar,
preferencialmente, a tarefa utilizando um número mínimo
de ações. As interfaces apresentam um número mínimo de
ações necessárias para a execução da tarefa e um número
máximo de ações possíveis para que a tarefa seja
realizada com êxito. O resultado estabelecido pelos
grupos deve retornar a interface com menor carga de
trabalho e tempo gasto na realização das tarefas.
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Elementos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Resultado final
igual (não
considera a
execução) —
Tarefa 1
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número mínimo de
possibilidades
Número máximo de
possibilidades
Resultado final
igual (não
considera a
execução) —
Tarefa 2
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número mínimo de
possibilidades
Número máximo de
possibilidades
Resultado final
igual (não
considera a
execução) —
Tarefa 3
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número mínimo de
possibilidades
Número máximo de
possibilidades
Resultado final
igual (não
considera a
execução) —
Tarefa 4
Nota (0-10) Nota (0-10)
Número mínimo de
possibilidades
Número máximo de
possibilidades
Quadro 7 – Flexibilidade na entrada de dados.
O Quadro 8 apresenta o tempo médio gasto na
realização de cada tarefa, baseado no número mínimo de
ações necessárias para o cumprimento da tarefa. A carga
de trabalho do usuário está diretamente relacionada ao
tempo despendido na execução da tarefa.
Quesitos Sistema avaliado
Grupo II Grupo I
Tempo de
execução para
finalização —
Tarefa 1
Nota (0-10) Nota (0-10)
Tempo mínimo
Tempo máximo
Tempo de
execução para
finalização —
Tarefa 2
Nota (0-10) Nota (0-10)
Tempo mínimo
Tempo máximo
Tempo de
execução para
finalização —
Tarefa 3
Nota (0-10) Nota (0-10)
Tempo mínimo
Tempo máximo
Tempo de
execução para
finalização —
Tarefa 4
Nota (0-10) Nota (0-10)
Tempo mínimo
Tempo máximo
Quadro 8 – Tempo médio gasto na execução das tarefas.
As análises finais devem ser realizadas por grupo
de usuários, baseadas na comparação entre os resultados,
e apresentar a diferença entre a preferência desses dois
grupos em relação aos sistemas avaliados.
6 RECOMENDAÇÕES
Tarefas realizadas em sistemas de mapeamento
colaborativo têm como prioridade fornecer parâmetros
para discussão dos aspectos e funcionalidades. Deste
modo, é possível aprimorar as interfaces e, como
consequência, a usabilidade das ferramentas sistemas de
informação geográfica (SIG) voltadas a este tipo de
mapeamento.
Após a união das informações obtidas com o think-
aloud e o questionário de satisfação é possível realizar
uma análise qualitativa dos dados e, assim, compreender
melhor e interpretar determinados comportamentos,
preferências, dificuldades, opiniões e as expectativas dos
usuários ao utilizarem os sistemas. Como resultado destas
avaliações os possíveis itens e pontos que podem ser
melhorados em versões futuras e atualizações podem ser
identificados.
Uma análise quantitativa pode ser feita com as
informações resultantes do questionário geral para apontar
numericamente a visão e preferências dos usuários em
relação aos elementos das interfaces. Com o resultado das
análises qualitativas e quantitativas obtidas, pode-se
ampliar a usabilidade de acordo com as preferências dos
usuários, fazendo distinção entre o grupo especialista e o
não especialista.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Capes e CNPQ pelo apoio
financeiro e concessão de bolsas.
REFERÊNCIAS
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