determinação das geopressões
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geopressões (gradiente de pressão de poros, gradiente de fratura, gradiente de colapso, gradiente de sobrecarga)TRANSCRIPT
Determinao das Geopresses
Para a determinao das geopresses foi feita a simulao de dados de densidade das formaes, levando em considerao o QPG apresentado anteriormente, como mostrado na tabela 4.1.Tabela 4.1: Dados da profundidade e densidades atravessadas pelo poo.DescrioProfundidade Total (m)Intervalos de profundidade D (m)Densidade (lb/gal)Densidade (g/cm)
LDA976976,008,451,01
Sedimentos101034,00161,92
110090,00182,16
1200100,00182,16
1300100,00182,16
1400100,00202,40
143030,00202,40
150070,0018,52,22
1600100,0018,52,22
1700100,0018,52,22
1800100,0018,52,22
1900100,0018,52,22
2000100,0018,52,22
206060,00172,04
215090,00192,28
2250100,00192,28
2350100,00192,28
2450100,00192,28
2550100,00192,28
2650100,0018,52,22
267020,0018,52,22
270030,00192,28
275050,0018,52,22
2850100,00212,52
2950100,00212,52
300050,00212,52
Com as densidades determinadas, pode-se calcular a tenso de sobrecarga para cada profundidade atravs de uma variao da equao 2.3, onde mostrado a seguir:bi D)(4.1)
Com o valor da tenso de sobrecarga em cada camada, possvel calcular o somatrio dessas tenses atravs da equao 2.3, como mostrado na tabela 4.2.Ainda na tabela 4.2 pode-se observar a estimativa do gradiente de sobrecarga, calculado atravs da equao 2.1.
Tabela 4.2: Valores das tenses de sobrecarga, somatrio das tenses e gradiente de sobrecarga calculados.DescrioProfundidade Total (m)Densidade (g/cm)Intervalos de profundidade D (m)Tenso de Sobrecarga (psi)Somatrios das Tenses (psi)Gradiente de Sobrecarga (lb/gal)
LDA9761,01976,001405,261405,268,45
Sedimentos10101,9234,0092,691497,968,70
11002,1690,00276,041773,999,46
12002,16100,00306,712080,7010,18
13002,16100,00306,712387,4010,78
14002,40100,00340,792728,1911,44
14302,4030,00102,242830,4311,62
15002,2270,00220,663051,0811,94
16002,22100,00315,233366,3112,35
17002,22100,00315,233681,5412,71
18002,22100,00315,233996,7613,03
19002,22100,00315,234311,9913,32
20002,22100,00315,234627,2113,58
20602,0460,00173,804801,0213,68
21502,2890,00291,375092,3913,90
22502,28100,00323,755416,1314,13
23502,28100,00323,755739,8814,33
24502,28100,00323,756063,6214,52
25502,28100,00323,756387,3714,70
26502,22100,00315,236702,6014,84
26702,2220,0063,056765,6414,87
27002,2830,0097,126862,7714,92
27502,2250,00157,617020,3814,98
28502,52100,00357,827378,2015,19
29502,52100,00357,827736,0315,39
30002,5250,00178,917914,9415,48
Com os valores calculados foi possvel plotar os grficos de presso de sobrecarga (figura 4.2) e gradiente de sobrecarga (figura 4.3).
Figura 4.2: Presso de Sobrecarga.
Figura 4.3: Gradiente de Sobrecarga.O gradiente de presso de poros foi simulado levando em considerao que o poo atravessa zonas de presso normal e anormalmente alta (tabela 4.3). Os resultados podem ser observados na figura 4.4.Para a estimativa do gradiente de fratura, usou-se a equao 2.12 assumindo K igual 0,5 (correlao entre as tenses efetivas horizontal mnima e vertical). Uma vez que para se calcular o gradiente de fratura precisa-se apenas dos gradientes de sobrecarga e presso de poros, os clculos foram executados e o resultado mostrado na tabela 4.3. Pode-se observar graficamente os valores do gradiente de fratura na figura 4.5
Tabela 4.3: Estimativa dos Gradientes de Sobrecarga, Poros e Fratura para o poo 1-TCC-1-SE.DescrioProfundidade Totaldensidade (g/cm)D (m)Tenso de sobrecarga (psi)soma (psi)Gradiente de Sobrecarga (lb/gal)Gradiente de Presso de Poros (lb/gal)Gradiente de fratura (lb/gal)
LDA9761,01976,001405,261405,268,45
Sedimentos10101,9234,0092,691497,968,708,68,65
11002,1690,00276,041773,999,468,69,03
12002,16100,00306,712080,7010,188,69,39
13002,16100,00306,712387,4010,788,79,74
14002,40100,00340,792728,1911,448,710,07
14302,4030,00102,242830,4311,628,710,16
15002,2270,00220,663051,0811,948,710,32
16002,22100,00315,233366,3112,358,710,52
17002,22100,00315,233681,5412,718,610,65
18002,22100,00315,233996,7613,038,610,82
19002,22100,00315,234311,9913,328,811,06
20002,22100,00315,234627,2113,588,811,19
20602,0460,00173,804801,0213,68911,34
21502,2890,00291,375092,3913,90911,45
22502,28100,00323,755416,1314,13911,56
23502,28100,00323,755739,8814,339,111,72
24502,28100,00323,756063,6214,529,211,86
25502,28100,00323,756387,3714,709,312,00
26502,22100,00315,236702,6014,849,512,17
26702,2220,0063,056765,6414,879,512,19
27002,2830,0097,126862,7714,921012,46
27502,2250,00157,617020,3814,9810,312,64
28502,52100,00357,827378,2015,1910,412,80
29502,52100,00357,827736,0315,3910,512,94
30002,5250,00178,917914,9415,481113,24
Figura 4.4: Gradiente de Presso de Poros.
Figura 4.5: Gradiente de Fratura.Com todos os gradiente estabelecidos, pode-se formar a janela operacional do poo, no qual consiste os gradientes de sobrecarga, poros e fratura (figura 4.6).
Figura 4.6: Janela operacional para o poo.Pode-se ainda aplicar margens de segurana aos gradientes de poros e fratura. O valor adotado para esse projeto foi de +0,5 para a margem de segurana do gradiente de presso de poros e -0,5 para a margem de segurana do gradiente de fratura, como mostrado na figura 4.7.
Figura 4.7: Janela operacional com margens de segurana tanto na limite inferior (gradiente de presso de poros), quanto no limite superior (gradiente de fratura).Assentamento das Sapatas
O critrio do assentamento das sapatas levou em considerao a janela operacional e o QPG. Levando em considerao somente a janela operacional (figura 4.7) e utilizando a metodologia explicitada no subitem 3.3.1 deste trabalho, pde-se fazer o projeto de assentamento de sapatas, como mostrado na figura 4.8. O assentamento levou em considerao as margens de segurana em relao aos gradientes de presso de poros e fratura.
Figura 4.8: Assentamento de sapatas baseado na janela operacional levando em considerao as margens de segurana em relao aos gradientes de presso de poros e fratura.
O projeto de assentamento de sapatas considerando somente a janela operacional pode ser melhor visualizado na figura 4.9.
Figura 4.9: Projeto de assentamento de sapatas considerando somente a janela operacional.
Segundo os dados fornecidos pelo QPG (figura 4.1), como j foi explicado no incio desse captulo, na profundidade de -1300 m at -1430 m h uma formao de calcilutito que poder gerar uma perda de circulao, podendo levar a srios problemas como o kick. Por esse motivo deve-se assentar uma sapata ao final da perfurao dessa formao.Cruzando os dados da janela operacional com os dados do QPG observa-se que o nico ponto em que diferem no assentamento do revestimento de superfcie, onde, segundo o QPG, deve ser assentado logo aps a perfurao da camada de calcilutito, para evitar a perda de circulao. Frente a isso, deixa-se uma observao para o assentamento do revestimento de superfcie (figura 4.10).
Figura 4.10: Assentamento das sapatas dos revestimentos levando em considerao o QPG e a janela operacional.
Roteiro Proposto para o sequencial de perfuraoFase I (36):i. Descer e perfurar com uma coluna com a seguinte composio: BR, STB, 3 DC 6 3/4 , 1 HW 5, at o final da fase.ii. Descer o revestimento condutor de 30 sem cimentar.Fase II (26):i. Descer e perfurar at o final da fase com a seguinte composio: BR, 7 6 3/4, 15 HW 5, DPs.ii. Caso ocorra perda de circulao na zona de calcilutito, interromper a perfurao ao final dessa zona e assentar o revestimento de 20.iii. Caso no ocorra perda de circuralo, prosseguir com a perfurao at a profundidade descrita no proeto.iv. Descer e cimentar at a superfcie o revestimento de 20.Fase III (17 1/2):i. Descer e perfurar at o final da fase com coluna estabilizada, com a seguinte composio: BR, RR, 1 DC 6 3/4, RR, 5 DC 6 3/4, 20 HW 5, DPs.ii. Descer revestimento de 13 3/8 e cimentar at cobrir a sapata do revestimento da fase anterior.Fase IV (12 1/4):i. Descer e perfurar at o final da fase com coluna estabilizada, com a seguinte composio: BR, RR, 1 DC 6 3/4, RR 2 DC 6 3/4, 20 HW 5, DPs.ii. Descer o revestimento combinado de produo de 9 5/8 x 9 7/8 e cimentar at cobrir a sapata da fase anterior.iii. Executar a perfilagem final.