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DETERMINAC ¸ ˜ AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC ¸ ˜ AO E AN ´ ALISE DE M ´ ETODOS PR ´ ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza Luz Projeto de Gradua¸c˜ ao apresentado ao Curso de Engenharia Eletrˆonica e de Computa¸c˜ ao da Escola Polit´ ecnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necess´ arios`aobten¸c˜aodot´ ıtulo de Engenheiro. Orientador: Ricardo Rhomberg Martins Rio de Janeiro Junho de 2016

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Page 1: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

DETERMINACAO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARACAO E

ANALISE DE METODOS PRATICOS VARIADOS

Gabriel Bastos Barboza Luz

Projeto de Graduacao apresentado ao Curso

de Engenharia Eletronica e de Computacao

da Escola Politecnica, Universidade Federal

do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos

necessarios a obtencao do tıtulo de Engenheiro.

Orientador: Ricardo Rhomberg Martins

Rio de Janeiro

Junho de 2016

Page 2: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza
Page 3: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Luz, Gabriel Bastos Barboza

Determinacao da Defasagem entre Sinais: Comparacao

e Analise de Metodos Praticos Variados/Gabriel Bastos

Barboza Luz. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politecnica,

2016.

XIII, 53 p.: il.; 29, 7cm.

Orientador: Ricardo Rhomberg Martins

Projeto de Graduacao – UFRJ/ Escola Politecnica/

Curso de Engenharia Eletronica e de Computacao, 2016.

Referencias Bibliograficas: p. 31 – 31.

1. Defasagem entre Sinais. 2. Processamento de Sinais.

3. DOA. I. Martins, Ricardo Rhomberg. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politecnica, Curso de

Engenharia Eletronica e de Computacao. III. Tıtulo.

iii

Page 4: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Dedico este trabalho a minha

bisavo, Maria da Silva Bastos, e

ao meu avo, Geraldo Candido

Barboza, in memoriam, alem do

meu Deus. Como e bom saber

que posso encontra-los todos os

dias em meu coracao.

iv

Page 5: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Agradecimentos

A Deus, meu melhor amigo e a pessoa mais importante na minha vida. Obrigado

pelas portas que o Senhor abriu ao longo da minha caminhada, mas principalmente

pelas que estavam fechadas e me fizeram permanecer no Seu caminho! “Assim como

os ceus sao mais altos do que a terra, tambem os meus caminhos sao mais altos do

que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.”

Isaıas 55:9

Aos meus pais, David de Rezende Luz e Elaine Bastos Barboza Luz, por tudo que

me deram ou deixaram de me dar para o meu bem, mas principalmente, por tudo

que voces foram, sao e sempre serao para mim. Nao conseguir imaginar maneiras

suficientes para agradecer ou nao encontrar palavras que me permitam expressar

com toda exatidao o que sinto por voces me faz entender plenamente o significado

do amor. E por isso que so me resta dizer: eu amo voces!

A minha irma, Raquel Bastos Barboza Luz, meu exemplo de pessoa dedicada,

persistente e carinhosa, atributos estes que muito me sao proveitosos ha mais de

duas decadas. Mesmo voando cada vez mais alto, saiba que estarei te esperando em

suas aterrisagens.

A minha avo, Elina Bastos Barboza, e a minha tia, Gislaine Bastos Barboza,

que alem de contribuirem financeiramente com muito mais do que precisava, me

conduziram na realizacao deste sonho atraves de seus conselhos. Menino era, porem

amadureci; gracas a voces, hoje homem me tornei.

A minha avo Ana de Rezende Luz e demais tios, Geraldo, Daniel e Delmo, pelas

suas oracoes e prontidao em ajudar-me, ainda que ocupados. Sem duvidas, a minha

famılia e a melhor de todas!

A minha noiva, Bruna Camargo Marins, por estar sempre perto, mesmo quando

ausente. Obrigado pelo incentivo, compreensao e ajuda, despertando em mim o

desejo de melhorar a cada dia. Este e mais um degrau que subimos.

Ao meu orientador, professor Ricardo Rhomberg Martins, por sua dedicacao e

prontidao mesmo em finais de semana, feriados e festas de fim de ano. Obrigado

pela confianca e compreensao neste comeco de um novo ciclo na minha vida.

Aos meus amigos da graduacao, das “viagens” diarias para a UFRJ e do SOL-

TEC, alem dos professores que tive ao longo do curso. Obrigado pela formacao

v

Page 6: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

academica, polıtica, social e cultural que voces me proporcionaram. Este percurso

seria muito mais arduo sem voces.

Aos tantos outros que me ajudaram nesta trajetoria e cujo espaco nao seria

suficiente para agradecer a todos. Muito obrigado!

vi

Page 7: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Resumo do Projeto de Graduacao apresentado a Escola Politecnica/UFRJ como

parte dos requisitos necessarios para a obtencao do grau de Engenheiro Eletronico

e de Computacao.

Determinacao da Defasagem entre Sinais: Comparacao e Analise de Metodos

Praticos Variados

Gabriel Bastos Barboza Luz

Junho/2016

Orientador: Ricardo Rhomberg Martins

Curso: Engenharia Eletronica e de Computacao

Este Projeto Final apresenta uma analise de diversos algoritmos que podem ser uti-

lizados no calculo da defasagem entre 2 ou mais sinais na vida real de forma pratica,

comparando vantagens e desvantagens entre eles. Antes de entrar na parte mais

importante do trabalho, apresenta-se uma analise fısica dos fenomenos envolvidos

com o objetivo de conseguir um melhor entendimento daquilo que posteriormente

sera tratado de um ponto de vista matematico.

Palavras-chave: Defasagem entre Sinais, Processamento de Sinais, DOA.

vii

Page 8: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment

of the requirements for the degree of Engineer.

SIGNALS DELAY DETERMINATION: COMPARISON AND ANALYSIS OF

MISCELLANEOUS METHODS

Gabriel Bastos Barboza Luz

June/2016

Advisor: Ricardo Rhomberg Martins

Course: Electronic Engineering

This Final Project presents an analysis of many algorithms that may be used to

determine the delay between 2 or more signals in real life, comparing advantages

and disadvantages between them. Before introducing the most important subject,

this study presents a physical analysis of the phenomena involved in order to get a

better understanding of that will be treated from a mathematics viewpoint.

Keywords: Signals Delay, Signals Processing, DOA.

viii

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Sumario

Lista de Figuras xi

Lista de Tabelas xiii

1 Introducao 1

1.1 Tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.2 Delimitacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.3 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.4 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1.6 Descricao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2 Fundamentacao Teorica 7

2.1 Compreensao fısica do assunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2.2 Compreensao fısica utilizando ondas sonoras . . . . . . . . . . . . . . 11

3 Metodo 1: Analise no Tempo 13

3.1 Implementacao no arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

3.2 Implementacao no matlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

4 Metodo 2: Media do Produto 17

4.1 Implementacao no arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

4.2 Implementacao no matlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

5 Metodo 3: Deslocamento e Produto Escalar 19

6 Metodo 4: Transformada de Fourier 22

7 Comparacao dos Metodos Utilizados 25

8 Conclusoes 30

Referencias Bibliograficas 31

ix

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A Codigos 32

A.1 Amostragem dos Sinais - Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

A.2 1a Amostragem: dados1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

A.3 2a Amostragem: dados2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

A.4 Analise no Tempo - Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

A.5 Analise no Tempo - Matlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

A.6 Media do Produto - Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

A.7 Media do Produto - Matlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

A.8 Deslocamento e Produto Escalar - Matlab . . . . . . . . . . . . . . . 49

A.9 Transformada de Fourier - Matlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

x

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Lista de Figuras

1.1 Som da igreja Metodista Central de Cabo Frio. Mesmo em um am-

biente pequeno, a empresa responsavel pelos equipamentos sonoros

(2 caixas FZ 108 HPA com funcao delay acoplada) se preocupou em

aplicar um atraso na caixa mais afastada do palco para garantir que

os sons chegassem simultaneamente ao fundo da igreja (uma vez que

o sinal eletrico de entrada se propaga numa velocidade muito maior

do que o som no ar, caso as caixas estivessem suficientemente afasta-

das, um receptor ao fundo da sala ouviria o mesmo som duas vezes).

Fonte: http://goo.gl/arbPfv . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

1.2 Defasagem numa conversa entre 2 pessoas em um mesmo comodo

ao vivo e utilizando aparelhos analogicos: “as conversas” ocorrem

simultaneamente, ou seja, nao ha atraso significativo (considerando,

e claro, que as 2 pessoas estejam proximas o suficiente para se es-

cutarem e para as ondas sonoras nao demorarem mais tempo via-

jando no ar do que o sinal analogico na linha de transmissao). Fonte:

http://www.wirelessnotes.org/digital-cellular-latency.html . . . . . . . 3

1.3 Defasagem numa conversa entre 2 pessoas em um mesmo comodo ao

vivo e utilizando aparelhos digitais (incluindo os de tecnologia VoIP):

a percepcao e de que o ouvinte escuta a mesma frase 2 vezes, com

um pequeno atraso do lado do aparelho (os valores de latencia apre-

sentados na imagem, ainda que nao experimentais, podem ser con-

siderados verossımeis). Fonte: http://www.wirelessnotes.org/digital-

cellular-latency.html . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.4 Defasagem numa conversa em grupo entre pessoas que estejam em

um mesmo comodo ao vivo e utilizando aparelhos digitais (incluindo

os de tecnologia VoIP): a percepcao de atraso na escuta atraves dos

aparelhos e ainda maior devido ao delay acumulado. Um caos! Fonte:

http://www.wirelessnotes.org/digital-cellular-latency.html . . . . . . . 4

1.5 Exemplo de um sistema que corrige a defasagem dos sinais capturados

para maximizar seu desempenho. Fonte: http://goo.gl/MmkY8S . . . 5

xi

Page 12: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

2.1 Como o proprio nome ja sugere, o conceito por tras das antenas adap-

tativas e que elas sejam capazes de se adaptar de forma inteligente

(como tambem sugere o outro nome) ao ambiente em que atuam para

garantir nao so o melhor funcionamento possıvel do sistema no qual

estao inseridas, mas tambem dos que estao em seu entorno ao focali-

zar sua irradiacao num menor numero de direcoes, diminuindo assim o

numero de sinais interferidos. Fonte: http://www.embedded.com/design/connectivity/4006442/How-

to-create-beam-forming-smart-antennas-using-FPGAS . . . . . . . . . 8

2.2 Nos sistemas de antenas adaptativas, a filtragem dos sinais indeseja-

dos e implementada atraves de pesos que forcam a interferencia des-

trutiva entre eles. Tais pesos sao calculados dinamicamente de acordo

com a direcao de interesse. Fonte: http://www.intechopen.com/books/advances-

in-satellitecommunications/new-antenna-array-architectures-for-satellite-

communications . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2.3 Representacao das ondas geradas por uma serie de gotas que caem

na superfıcie da agua a intervalos regulares de tempo. . . . . . . . . . 9

2.4 Gotas simultaneas caindo com a mesma frequencia. . . . . . . . . . . 10

2.5 “Diagrama de Irradiacao” das gotas que caem em fase. . . . . . . . . 11

2.6 Ondas geradas por duas gotas caindo fora de fase. Em “a”, a gota da

esquerda esta atrasada; o oposto acontece em “b”. . . . . . . . . . . . 11

2.7 Caixa de som da Paroquia Porciuncula de Sant’Ana em Niteroi. O

sistema de line array e projetado de forma a utilizar interferencias

construtivas para diminuir a perda da pressao sonora ao longo do

ambiente sonorizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

3.1 Dois microfones distanciados de λ/2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3.2 As senoides defasadas do arquivo dados1 . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3.3 As senoides defasadas do arquivo dados2 . . . . . . . . . . . . . . . . 15

5.1 Representacao grafica do produto escalar entre os vetores de dados1. . 20

5.2 Representacao grafica do produto escalar entre os vetores de dados2. . 21

6.1 Transformada de Fourier dos sinais em dados1. E interessante notar

que ambos os sinais apresentam suas componentes exatamente na

mesma frequencia, proximo a 1 kHz, e que a defasagem pode ser

facilmente notada pelo fato do sinal1 ter fase praticamente nula . . . 23

6.2 Transformada de Fourier dos sinais em dados2 . . . . . . . . . . . . . 24

xii

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Lista de Tabelas

7.1 Defasagem em graus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

7.2 Observacao 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

7.3 Observacao 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

xiii

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Capıtulo 1

Introducao

1.1 Tema

O tema do trabalho consiste na comparacao de metodos praticos variados para se

determinar a defasagem entre dois sinais, buscando expor os meios necessarios para

a utilizacao de cada um, suas vantagens e desvantagens, alem de propor combinacoes

entre si e a consequente composicao de novos metodos com este fim.

1.2 Delimitacao

Os objetos de estudo sao sinais de baixa frequencia adequados aos A/D de que se

dispoe. Eles simulam sinais que teriam sido modulados, transmitidos e demodulados

como acontece nos sistemas que utilizam antenas.

1.3 Justificativa

No dia-a-dia nos deparamos constantemente com situacoes em que dois ou mais

sinais viajam com fases diferentes entre si, o que exige um tratamento adequado

para se manter o perfeito funcionamento do sistema no qual estao inseridos. Em

audio, um mesmo som emitido a partir de transmissores diferentes pode chegar em

diferentes instantes de tempo num mesmo receptor, dando a impressao da existencia

1

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de eco caso esta defasagem nao seja compensada.

Figura 1.1: Som da igreja Metodista Central de Cabo Frio. Mesmo em um am-

biente pequeno, a empresa responsavel pelos equipamentos sonoros (2 caixas FZ

108 HPA com funcao delay acoplada) se preocupou em aplicar um atraso na caixa

mais afastada do palco para garantir que os sons chegassem simultaneamente ao

fundo da igreja (uma vez que o sinal eletrico de entrada se propaga numa veloci-

dade muito maior do que o som no ar, caso as caixas estivessem suficientemente

afastadas, um receptor ao fundo da sala ouviria o mesmo som duas vezes). Fonte:

http://goo.gl/arbPfv

Na telefonia, o atraso de sinais pode levar a uma conversa extremamente confusa

em que o ouvinte nao consegue distinguir com clareza quando ha uma pausa no

discurso ou a falha e proveniente da rede, levando-o a atropelar quem estava falando.

2

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Figura 1.2: Defasagem numa conversa entre 2 pessoas em um mesmo comodo ao

vivo e utilizando aparelhos analogicos: “as conversas” ocorrem simultaneamente, ou

seja, nao ha atraso significativo (considerando, e claro, que as 2 pessoas estejam

proximas o suficiente para se escutarem e para as ondas sonoras nao demorarem

mais tempo viajando no ar do que o sinal analogico na linha de transmissao). Fonte:

http://www.wirelessnotes.org/digital-cellular-latency.html

Figura 1.3: Defasagem numa conversa entre 2 pessoas em um mesmo comodo ao vivo

e utilizando aparelhos digitais (incluindo os de tecnologia VoIP): a percepcao e de que

o ouvinte escuta a mesma frase 2 vezes, com um pequeno atraso do lado do aparelho

(os valores de latencia apresentados na imagem, ainda que nao experimentais, podem

ser considerados verossımeis). Fonte: http://www.wirelessnotes.org/digital-cellular-

latency.html

3

Page 17: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Figura 1.4: Defasagem numa conversa em grupo entre pessoas que estejam em um

mesmo comodo ao vivo e utilizando aparelhos digitais (incluindo os de tecnologia

VoIP): a percepcao de atraso na escuta atraves dos aparelhos e ainda maior devido ao

delay acumulado. Um caos! Fonte: http://www.wirelessnotes.org/digital-cellular-

latency.html

Em radares, sinais defasados e sem o tratamento adequado deixam de representar

a realidade do que esta sendo monitorado e colocam em risco a seguranca dos que se

utilizam destes: avioes e submarinos podem nao ter tempo habil para desviar de um

obstaculo ou as forcas armadas de um paıs podem deixar de reconhecer a invasao de

inimigos em seu territorio, por exemplo. Fato e que, independente da sua finalidade,

qualquer sistema precisa considerar o atraso dos sinais ao longo do seu percurso e

processamento a fim de garantir o correto funcionamento para o qual foi projetado.

4

Page 18: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

Figura 1.5: Exemplo de um sistema que corrige a defasagem dos sinais capturados

para maximizar seu desempenho. Fonte: http://goo.gl/MmkY8S

1.4 Objetivos

O objetivo geral e, entao, aprofundar o conhecimento relativo ao processamento

de sinais defasados atraves das ferramentas adequadas para cada caso. Desta forma,

tem-se como objetivos especıficos: (1) comparar metodos de aplicacao pratica para se

determinar a defasagem entre dois sinais; (2) propor combinacoes entre eles para que,

de forma sistematica, sejam capazes de responder aos diferentes cenarios possıveis,

e; (3) propor novos metodos de maior eficiencia que sejam capazes de abranger os

cenarios nao alcancados pelos escopos dos estudos anteriores.

1.5 Metodologia

Um gerador de sinais sera responsavel por gerar os sinais defasados em 2 cenarios

distintos e um arduino sera utilizado para amostra-los. Em algumas situacoes os si-

nais serao processados pelo proprio microcontrolador, enquanto nas demais os dados

serao encaminhados aos softwares Matlab e Microsoft Excel, onde o processamento

sera realizado offline.

5

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1.6 Descricao

No capıtulo 2 sera apresentada toda a fundamentacao teorica necessaria para

embasar a aplicacao proposta neste trabalho. Os capıtulos 3, 4, 5 e 6 apresentarao

de forma detalhada 4 metodos praticos diferentes para se obter a defasagem entre

2 ou mais sinais, a teoria por tras de cada metodo e de que forma os mesmos

podem ser implementados. O capıtulo 7 trara a consolidacao dos resultados obtidos,

sendo seguido pela conclusao do estudo no capıtulo 8, onde novas perspectivas serao

apresentadas para projetos futuros.

6

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Capıtulo 2

Fundamentacao Teorica

Um dos temas de estudo de maior interesse na atualidade no campo das teleco-

municacoes, as antenas adaptativas sao elementos extremamente eficientes que vem

sendo utilizadas em sistemas de telefonia movel, radares e avioes nao tripulados.

Este tipo de sistema e sempre composto por um conjunto de antenas tambem cha-

madas de inteligentes (em ingles, a literatura utiliza os termos “Adaptive Antenna”

e “Smart Antenna”, sendo este mais abrangente).

7

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Figura 2.1: Como o proprio nome ja sugere, o conceito por tras das ante-

nas adaptativas e que elas sejam capazes de se adaptar de forma inteligente

(como tambem sugere o outro nome) ao ambiente em que atuam para garan-

tir nao so o melhor funcionamento possıvel do sistema no qual estao inseri-

das, mas tambem dos que estao em seu entorno ao focalizar sua irradiacao

num menor numero de direcoes, diminuindo assim o numero de sinais interfe-

ridos. Fonte: http://www.embedded.com/design/connectivity/4006442/How-to-

create-beam-forming-smart-antennas-using-FPGAS

Determinada a direcao de interesse para a transmissao ou para a recepcao, as

antenas adaptativas utilizam-se da defasagem dos sinais por meio de interferencias

construtivas e destrutivas para executar o direcionamento desejado.

8

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Figura 2.2: Nos sistemas de antenas adaptativas, a filtragem dos sinais indesejados e

implementada atraves de pesos que forcam a interferencia destrutiva entre eles. Tais

pesos sao calculados dinamicamente de acordo com a direcao de interesse. Fonte:

http://www.intechopen.com/books/advances-in-satellitecommunications/new-

antenna-array-architectures-for-satellite-communications

2.1 Compreensao fısica do assunto

Figura 2.3: Representacao das ondas geradas por uma serie de gotas que caem na

superfıcie da agua a intervalos regulares de tempo.

Comecemos imaginando uma cuba d’agua na qual caem duas series de gotas a

espacos iguais de tempo (mesma frequencia) e simultaneas (em fase).

As ondas originadas em cada ponto em que caem as gotas se propagarao com

9

Page 23: Determinação da Defasagem entre Sinais: Comparação e ... · DETERMINAC˘AO DA DEFASAGEM ENTRE SINAIS: COMPARAC˘~ AO E~ ANALISE DE M ETODOS PR ATICOS VARIADOS Gabriel Bastos Barboza

velocidades iguais, uma vez que esta depende apenas do meio de propagacao que e

o mesmo para as duas: a agua. Elas levarao sempre tempos iguais para chegarem

a qualquer ponto da mediana que passa pelo ponto central da reta que une os dois

pontos em que caem as gotas, como se pode ver na figura 2.4:

Figura 2.4: Gotas simultaneas caindo com a mesma frequencia.

Na direcao da mediana as duas chegarao sempre em fase e, portanto, somando-

se. Quando houver uma crista de uma, havera uma crista da outra. Quando houver

um vale de uma, havera um vale da outra. Logo, nesta direcao elas se somam e a

amplitude resultante das duas sera o dobro da amplitude de cada uma isolada.

Na medida em que nos afastamos desta direcao particular, a simultaneidade

diminui e, em consequencia, a interferencia construtiva entre ambas, acarretando

menores amplitudes na resultante. Fazendo uso de uma representacao atraves de

um diagrama de irradiacao, poderıamos resumir na figura 2.5 o que foi dito.

10

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Figura 2.5: “Diagrama de Irradiacao” das gotas que caem em fase.

Se, no entanto, uma das gotas cair um pouco atrasada em relacao a outra, a

primeira onda caminhara mais ate atingir um ponto em que esteja em fase com a que

foi formada posteriormente, simplesmente porque saiu antes. Consequentemente, o

diagrama de irradiacao “da uma inclinada”, como exemplificado na figura 2.6.

Figura 2.6: Ondas geradas por duas gotas caindo fora de fase. Em “a”, a gota da

esquerda esta atrasada; o oposto acontece em “b”.

2.2 Compreensao fısica utilizando ondas sonoras

As ondas que se propagam num meio lıquido como a agua sao transversais, isto

e, as partıculas do meio se movimentam numa direcao e a propagacao da onda se da

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numa direcao perpendicular aquela. Ja as ondas sonoras sao de pressao (grandeza

escalar) e longitudinais, isto e, o movimento das partıculas e da energia (onda) se

dao na mesma direcao.

No entanto, grandezas tais como velocidade de propagacao, frequencia e com-

primento de onda sao validas para ambas apesar de nao serem visıveis no caso das

ondas sonoras. A interferencia entre duas ondas que se propagam no mesmo meio

tambem se da de igual maneira: em algumas regioes ela pode ser construtiva e em

outras destrutiva, dependendo do tempo de propagacao da onda desde a fonte ate

o ponto considerado, ou seja, da defasagem entre as ondas neste ponto, dando ori-

gem a uma serie de equipamentos que usam este fenomeno para reforcar o sinal em

direcoes de especial interesse. Um deles pode ser visto abaixo:

Figura 2.7: Caixa de som da Paroquia Porciuncula de Sant’Ana em Niteroi. O

sistema de line array e projetado de forma a utilizar interferencias construtivas para

diminuir a perda da pressao sonora ao longo do ambiente sonorizado.

12

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Capıtulo 3

Metodo 1: Analise no Tempo

Neste capıtulo apresentaremos os dois primeiros algoritmos que calculam a de-

fasagem entre dois sinais. Eles foram implementados em programas para arduino

e Matlab com dados obtidos de dois microfones distanciados de λ/2 (para efeitos

de programacao; fisicamente, basta que a distancia entre eles nao seja desprezıvel

em relacao ao comprimento de onda). Consequentemente, o tempo que uma onda

sonora, cuja velocidade no ar e 340 m/s, leva para ir de um microfone ao outro e

T/2 conforme aparece na figura 3.1.

Figura 3.1: Dois microfones distanciados de λ/2.

Os graficos das figuras abaixo foram feitos atraves do software Microsoft Ex-

cel utilizando-se dos dados gerados pela amostragem definida no apendice A.1, cu-

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jos resultados serao chamados daqui pra frente de dados1 (apendice A.2) e dados2

(apendice A.3).

Figura 3.2: As senoides defasadas do arquivo dados1

Pode-se ver no grafico da direita (zoom da imagem a esquerda) que, em termos

de pontos do eixo x, o perıodo da senoide vale (25 - 4) = 21. De forma analoga, a

defasagem entre as senoides vale (8 - 4) = 4.

Se quisermos exprimir esta defasagem em graus, sera necessario fazer a seguinte

regra de 3:

4

21=

∆1

360→ ∆1 = 68, 57 ◦ (3.1)

Em radianos terıamos:

4

21=

∆1

2π→ ∆1 = 1, 2rad (3.2)

E interessante notar que esta e uma defasagem entre os sinais no tempo, ou seja,

e o valor do cateto adjacente a θ do triangulo da figura 3.1.

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Figura 3.3: As senoides defasadas do arquivo dados2

Utilizando o mesmo raciocınio, conclui-se agora que a defasagem entre os sinais

vale:

∆2 =2

21∗ 360 = 34, 28 ◦ (3.3)

3.1 Implementacao no arduino

O programa anexado ao apendice A.4 implementa no arduino exatamente o

mesmo raciocınio anterior.

Resultados obtidos pelo arduino para os sinais contidos em dados1:

f = 1012, 15 Hz e ∆1 = 61, 21 ◦ (3.4)

Resultados obtidos pelo arduino para os sinais contidos em dados2:

f = 1008, 06 Hz e ∆2 = 26, 13 ◦ (3.5)

3.2 Implementacao no matlab

O codigo no apendice A.5 tambem replica a analise no tempo “via grafico”, desta

vez no software Matlab.

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Resultados obtidos pelo Matlab para os sinais contidos em dados1:

f = 1010, 8 Hz e ∆1 = 52, 04 ◦ (3.6)

Resultados obtidos pelo Matlab para os sinais contidos em dados2:

f = 1009, 4 Hz e ∆2 = 21, 80 ◦ (3.7)

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Capıtulo 4

Metodo 2: Media do Produto

Observando a figura 3.2 do capıtulo anterior, notamos que podemos representar

os sinais por:

Sinal1 = A+ A′cos(ωt) e Sinal2 = B +B′cos(ωt+ ∆), (4.1)

onde ∆ equivale a defasagem entre os sinais. O produto dos dois e dado por:

Prod = [A+ A′cos(ωt)][B +B′cos(ωt+ ∆)]

= AB + AB′cos(ωt+ ∆) + A′Bcos(ωt) + A′B′cos(ωt)cos(ωt+ ∆)

(4.2)

O valor medio deste produto nos permite reduzir esta relacao para:

E[Prod] = E[AB] +��

������

���:0

E[AB′cos(ωt+ ∆)] +��

������

�:0E[A′Bcos(ωt)] + E[A′B′cos(ωt)cos(ωt+ ∆)]

= AB + A′B′E[����

����: 0

cos(2ωt+ ∆) + cos(∆)

2]

= AB +1

2A′B′cos∆

(4.3)

De posse dos sinais amostrados, podemos expressar numericamente a media de

cada um e do produto entre eles, alem de suas amplitudes, reduzindo o calculo da

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defasagem a simples substituicao de valores em:

∆ = acos[2

A′B′(E[Prod]− AB)] (4.4)

4.1 Implementacao no arduino

O script apresentado no apendice A.6 calcula a defasagem entre os sinais usando

a expressao acima. Os resultados obtidos foram:

dados1:

∆1 = 57, 70 ◦ (4.5)

dados2:

∆2 = 20, 48 ◦ (4.6)

4.2 Implementacao no matlab

Um algoritmo semelhante foi implementado no Matlab e pode ser visto no

apendice A.7.

Resultados obtidos para os sinais contidos em dados1:

f = 1010, 8 Hz e ∆1 = 58, 71 ◦ (4.7)

Resultados obtidos para os sinais contidos em dados2:

f = 1009, 4 Hz e ∆2 = 20, 62 ◦ (4.8)

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Capıtulo 5

Metodo 3: Deslocamento e

Produto Escalar

Como sabemos, o produto escalar entre dois vetores pode-se escrever como:

x1x2 = |x1||x2|cos∆, (5.1)

cujo valor sera maximo quando ambos estiverem em fase e mınimo quando esti-

verem em contra-fase.

Considerando as amostragens dos sinais feitas ao longo do tempo como vetores,

pode-se pensar em deslocar x2 em relacao a x1 calculando o produto escalar entre

ambos em cada posicao ate que se encontrem seus mınimos e maximos.

O numero de deslocamentos unitarios necessario para se chegar a um maximo sera

a defasagem, em numero de amostras, entre os sinais. O numero de deslocamentos

entre um maximo e um mınimo sera meio perıodo do sinal em questao. Resumindo:

180 ◦=

ndeslocamentos(origem, prod escalar maximo)

ndeslocamentos(prod escalar maximo, prod escalar mınimo)(5.2)

O programa encontrado no apendice A.8 permite fazer estes calculos. O grafico

e os resultados obtidos a partir dele foram:

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Figura 5.1: Representacao grafica do produto escalar entre os vetores de dados1.

pontomax = 13 e pontomin = 56

∆1 = 0, 95 rad = 54, 42 ◦

O grafico apresenta varios picos e vales porque os vetores contem varios perıodos

dos sinais, acarretando varios momentos de alinhamento e desalinhamento entre os

mesmos. A defasagem entre eles e de 13 (n ◦ de deslocamentos necessarios para

encontrar o 1 ◦ alinhamento) divididos por 86 (dobro do n ◦ de deslocamentos entre

um pico e um vale, que por si so representaria apenas meio perıodo).

13

86(em n ◦ de amostras) =

54, 42

360(em graus) =

0, 3π

2π(em radianos) (5.3)

Quando usamos o arquivo dados2 como entrada, descobrimos que a defasagem

em n ◦ de amostras entre os sinais e de6

88, equivalente a 24,55 ◦ ou 0,43 radianos.

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Figura 5.2: Representacao grafica do produto escalar entre os vetores de dados2.

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Capıtulo 6

Metodo 4: Transformada de

Fourier

Ao fazer a transformada de Fourier de um sinal, obtemos a representacao do

mesmo no domınio da frequencia em modulo e fase:

F (f(t)) = |F (f(t))| ∠F (f(t)) (6.1)

Desta forma, podemos calcular a defasagem entre 2 sinais ao descobrir a fase

associada a maior componente de cada sinal e realizar uma simples subtracao. A

vantagem deste metodo e a diminuicao do prejuızo causado por ruıdos inerentes dos

meios de propagacao, uma vez que suas frequencias podem ser eliminadas atraves de

filtros de acordo com a proposta do sistema ao qual esta inserido (sistemas de audio,

por exemplo, podem desconsiderar as componentes na faixa do ultrassom atraves de

um filtro passa baixa).

O programa em Matlab do apendice A.9 implementa esta transformada para

cada sinal amostrado, cujos graficos resultantes podem ser vistos abaixo:

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Figura 6.1: Transformada de Fourier dos sinais em dados1. E interessante notar que

ambos os sinais apresentam suas componentes exatamente na mesma frequencia,

proximo a 1 kHz, e que a defasagem pode ser facilmente notada pelo fato do sinal1

ter fase praticamente nula

Plotados os graficos, o programa ainda calcula os picos dos modulos das trans-

formadas dos sinais e subtrai as fases associadas a estes modulos, apresentando a

defasagem procurada.

Resultados obtidos para os sinais contidos em dados1:

f = 1065 Hz e ∆1 = 51, 51 ◦ (6.2)

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Figura 6.2: Transformada de Fourier dos sinais em dados2

Resultados obtidos para os sinais contidos em dados2:

f = 1065 Hz e ∆2 = 24, 38 ◦ (6.3)

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Capıtulo 7

Comparacao dos Metodos

Utilizados

Apresentam-se a seguir

a) Um resumo dos resultados obtidos com os varios algoritmos utilizados no

Excel, no Arduino e no Matlab para a defasagem dos sinais representados pelos

arquivos dados1 e dados2.

b) Comentarios acerca da precisao e da confianca nestes resultados.

Tabela 7.1: Defasagem em graus

AmostrasMetodo Analise no Tempo Media do Produto Desloc. e Prod. Escalar Fourier

Visual Arduino Matlab Arduino Matlab Matlab MatlabDados1 68,57 ◦ 61,21 ◦ 52,04 ◦ 57,70 ◦ 58,71 ◦ 54,42 ◦ 51,51 ◦

Dados2 34,28 ◦ 26,13 ◦ 21,80 ◦ 20,48 ◦ 20,62 ◦ 24,55 ◦ 24,38 ◦

Observacao 1 2 3 4 5 6 7

Obs 1: como dito anteriormente, o metodo visual oferece certa seguranca pelo

fato de que seus resultados foram obtidos atraves de observacoes diretas dos graficos,

sem problemas decorrentes de programacao e/ou interpretacao. Em termos de pre-

cisao, no entanto, comeca-se a perceber a importancia do numero de amostras to-

madas por perıodo. Seriam mesmo aqueles os melhores valores para representar os

picos das senoides? Certamente uma frequencia de amostragem maior melhoraria a

precisao dos resultados.

Obs 2: o programa do arduino calcula o perıodo da senoide na linha:

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periodo = tempo do pico um [2] - tempo do pico um [1];

e a defasagem entre os sinais na linha:

Diferenca de tempos = abs(tempo do pico dois [1] - tempo do pico um [1]);

Consultando-se os arquivos de dados usados neste trabalho, obtem-se os seguintes

valores para estas grandezas e as respectivas frequencias:

Tabela 7.2: Observacao 2

AmostrasVariaveis pico um [2] pico um [1] pico dois [1] Perıodo (µs) Freq. (Hz)

Dados1 15777688 15776696 15776864 992 1008,06Dados2 11668208 11667216 11667288 992 1008,06

E interessante notar que as amostras correspondentes a estes valores sao exa-

tamente as mesmas do metodo visual, com o que se verifica entao que nao houve

erros de programacao. Pode-se pensar que foi conseguida uma precisao melhor, no

entanto ela e apenas aparente, baseada em valores que, por serem expressos em

microsegundos, tem um grande numero de algarismos pouco significativos. Conti-

nuamos a merce da frequencia de amostragem, onde os resultados certamente seriam

mais precisos se ela fosse maior. Em termos de confianca nestes resultados, podemos

notar que ha uma diferenca consideravel em relacao aos anteriores:

Arduino x Visual

dados1:61, 21− 68, 57

68, 57= 10, 73%

dados2:26, 13− 34, 28

34, 28= 23, 77%

(7.1)

Obs 3: uma tabela semelhante a anterior, desta vez com os valores lidos dos

arquivos dados1 e dados2 pelo Matlab, nos leva aos seguintes resultados:

Tabela 7.3: Observacao 3

AmostrasVariaveis pico um [2] pico um [1] pico dois [1] Perıodo (µs) Freq. (Hz)

Dados1 15777688 15776696 15776864 992 1008,06Dados2 11668208 11667216 11667288 992 1008,06

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Apesar das entradas serem identicas a tabela 7.2 processada pelo Arduino, vimos

que os calculos das defasagens com o Matlab nao convergiu nos mesmos resultados.

Como o programa nesta 2a ferramenta calcula o perıodo e a defasagem dos sinais

atraves de medias, pode-se pensar que seu resultado e mais preciso pois ele evita,

de certa forma, a questao da baixa frequencia de amostragem. Os resultados obser-

vados na respectiva coluna da tabela 7.1 sao ainda mais discrepantes dos do metodo

visual, porem mais confiaveis, e por isso servirao de referencia para as proximas

comparacoes:

Matlab x Visual

dados1:52, 04− 68, 57

68, 57= 24, 11%

dados2:21, 80− 34, 28

34, 28= 36, 41%

(7.2)

Matlab x Arduino

dados1:52, 04− 61, 21

61, 21= 14, 98%

dados2:21, 80− 26, 13

26, 13= 16, 57%

(7.3)

Obs 4 e 5: o calculo da defasagem utilizando as medias dos sinais, conforme

visto no capıtulo 4, teoricamente tornaria a analise independente dos instantes de

amostragem. No entanto, este metodo pode implicar em erros se as medias nao

forem calculadas sobre um numero inteiro de ciclos das senoides, o que nos traria

de volta a questao dos instantes das amostragens para se determinar os ciclos.

Pelos calculos realizados durante os nossos testes, vemos este metodo conver-

gir seus resultados em valores proximos aos obtidos pelo Matlab com a Analise no

Tempo que, conforme dito anteriormente, servira de referencia pela maior confiabi-

lidade:

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Arduino x Analise no Tempo

dados1:57, 70− 52, 04

52, 04= 10, 88%

dados2:20, 48− 21, 80

21, 80= 6, 06%

(7.4)

Matlab x Analise no Tempo

dados1:58, 71− 52, 04

52, 04= 12, 82%

dados2:20, 62− 21, 80

21, 80= 5, 41%

(7.5)

A comparacao dos resultados obtidos pelas 2 ferramentas tambem comprovam

uma maior eficacia da Media do Produto:

Arduino x Matlab

dados1:58, 71− 57, 70

57, 70= 1, 75%

dados2:20, 62− 20, 48

20, 48= 0, 68%

(7.6)

Obs 6 e 7: tendo em vista que a Media do Produto se mostrou menos discrepante

do que a Analise no Tempo, podemos toma-la por referencia para comparar os 2

ultimos metodos que so foram implementados no Matlab.

Deslocamento e Produto Escalar x Media do Produto

dados1:54, 42− 58, 71

58, 71= 7, 31%

dados2:24, 55− 20, 62

20, 62= 19, 06%

(7.7)

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Fourier x Media do Produto

dados1:51, 51− 58, 71

58, 71= 12, 26%

dados2:24, 38− 20, 62

20, 62= 18, 23%

(7.8)

Apesar da Transformada de Fourier apresentar uma discrepancia nao desprezıvel

em relacao a Media do Produto, ela traz uma caracterıstica interessante que deve

ser considerada de acordo com o sistema ao qual se propoe o calculo da defasagem

entre sinais: o isolamento dos ruıdos no calculo da defasagem!

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Capıtulo 8

Conclusoes

Pode-se entao perguntar: ha, portanto, algum metodo perfeito? A resposta e:

NAO! Na engenharia busca-se sempre o melhor modelo para a aplicacao desejada

levando-se em consideracao sua eficiencia, custos, pre-requisitos, etc. Solucao al-

guma JAMAIS sera perfeita para todos casos de uso. Gracas a esta realidade, o

processamento analogico ainda persiste em um mundo cada vez mais digital. Ainda

que sua importancia e, consquentemente, sua utilizacao diminua com o tempo, ainda

e possıvel encontrar aplicacoes em que este se faz necessario. E se algum dia esta

realidade deixar de existir, ainda assim os metodos abordados neste estudo podem

ser aproveitados para fins didaticos.

Como continuacao do assunto, e possıvel estender o atual trabalho a deter-

minacao da direcao de chegada de um sinal (DOA - Direction of Arrival), conforme

indicado pela figura 3.1.

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Referencias Bibliograficas

[1] GROSS, F. “Smart Antennas for Wireless Communications”. pp. 145–163, New

York, McGraw-Hill Professi, 2005.

[2] MARTINS, R. R. “Antenas e Processamento de Sinais”. p. 280, Rio de Janeiro,

UFRJ, 2013.

[3] MCROBERTS, M. “Arduino Basico”. Sao Paulo, Novatec Editora, 2011.

[4] MUHAMED, R. Direction of Arrival Estimation using Antenna Arrays. M.Sc.

thesis, Virginia Polithecnic Institute and State Univsersity, Blacksburg,

Virginia, USA, 1996.

[5] DA SILVA, B. F. Determinacao da Direcao de Chegada (DOA) de um Sinal

Sonoro usando o microcontrolador Arduino. Monografia, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

[6] FERREIRA, J. L. R. “Antenas Inteligentes”, 2008. Disponıvel em: <http:

//www.gta.ufrj.br/grad/08_1/antena/index.html>.

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Apendice A

Codigos

A.1 Amostragem dos Sinais - Arduino

#include <Average.h>

#include <math.h>

#include <LiquidCrystal.h>

const unsigned char PS_16 = (1<<ADPS2);

const unsigned char PS_128 = (1 << ADPS2) | (1 << ADPS1) | (1 <<

ADPS0); // ADPS2 , ADPS1 e ADPS0 em 1

float time1 [81];

float time2 [81];

LiquidCrystal lcd(9, 8, 5, 4, 3, 2);

int analogPin1 = 1; // 1a. entrada analogica

int analogPin2 = 2; // 2a. entrada analogica

int i;

void setup()

{

Serial.begin (9600); // Define a velocidade da comunicac~ao

serial

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pinMode(1, INPUT); pinMode(2, INPUT); // Configura os pinos 1 e

2 como entradas

// set up the ADC

ADCSRA &= ~PS_128; // Remove bits set by Arduino library

ADCSRA |= PS_16; //Set our own prescaler to 64

lcd.begin(16, 2);

lcd.setCursor (0,0);

lcd.print ("Direcao chegada");

ADCSRA |= PS_16;

}

void loop()

{

int sinal_original_um [81];

int sinal_original_dois [81];

i = 1;

while (i<=80) {

sinal_original_um[i] = analogRead(analogPin1);

time1[i] = micros ();

sinal_original_dois[i] = analogRead(analogPin2);

time2[i] = micros ();

Serial.print (i);

Serial.print (";");

Serial.print (sinal_original_um[i]);

Serial.print (";");

Serial.print (time1[i]);

Serial.print (";");

Serial.print (sinal_original_dois[i]);

Serial.print (";");

Serial.println (time2[i]);

i++;

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}

delay (1000);

}

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A.2 1a Amostragem: dados1

Sinais analogicos amostrados: X Hz, amplitude de Y e Z ◦ de defasagem

Amostra Sinal 1 Tempo 1 Sinal 2 Tempo 2

1 325 15776532 689 15776552

2 435 15776576 759 15776600

3 546 15776624 806 15776648

4 657 15776672 824 15776696

5 752 15776720 819 15776740

6 822 15776764 780 15776796

7 871 15776820 721 15776840

8 878 15776864 643 15776888

9 850 15776912 551 15776936

10 797 15776960 460 15776984

11 711 15777008 369 15777028

12 609 15777052 295 15777076

13 497 15777100 234 15777124

14 385 15777148 201 15777172

15 284 15777196 191 15777216

16 199 15777240 210 15777264

17 137 15777288 254 15777312

18 111 15777336 324 15777360

19 117 15777384 408 15777404

20 152 15777428 497 15777452

21 222 15777476 591 15777500

22 312 15777524 676 15777548

23 419 15777572 748 15777592

24 531 15777616 799 15777640

25 639 15777664 827 15777688

26 737 15777712 824 15777736

35

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Amostra Sinal 1 Tempo 1 Sinal 2 Tempo 2

27 815 15777760 792 15777780

28 862 15777804 739 15777828

29 878 15777852 667 15777876

30 863 15777900 579 15777924

31 815 15777948 487 15777968

32 736 15777992 393 15778016

33 639 15778040 313 15778064

34 529 15778088 247 15778112

35 415 15778136 206 15778156

36 309 15778180 191 15778204

37 220 15778228 202 15778252

38 153 15778276 242 15778300

39 118 15778324 304 15778344

40 111 15778368 382 15778392

41 141 15778416 472 15778440

42 198 15778464 565 15778488

43 284 15778512 656 15778532

44 387 15778556 728 15778580

45 501 15778604 788 15778628

46 612 15778652 819 15778676

47 712 15778700 828 15778720

48 796 15778744 806 15778768

49 853 15778792 756 15778820

50 877 15778844 679 15778868

51 867 15778892 595 15778916

52 823 15778940 499 15778964

53 751 15778988 408 15779008

36

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Amostra Sinal 1 Tempo 1 Sinal 2 Tempo 2

54 654 15779032 324 15779056

55 547 15779080 257 15779104

56 433 15779128 211 15779152

57 326 15779176 192 15779196

58 231 15779220 199 15779244

59 160 15779268 235 15779292

60 120 15779316 291 15779340

61 112 15779364 368 15779384

62 135 15779408 459 15779432

63 189 15779456 551 15779480

64 271 15779504 643 15779528

65 371 15779552 719 15779572

66 483 15779596 779 15779620

67 595 15779644 816 15779668

68 699 15779692 827 15779716

69 785 15779740 808 15779760

70 847 15779784 766 15779808

71 878 15779832 689 15779860

72 871 15779884 609 15779908

73 831 15779932 516 15779956

74 764 15779980 423 15780004

75 669 15780028 338 15780048

76 563 15780072 263 15780096

77 451 15780120 216 15780144

78 342 15780168 192 15780192

79 244 15780216 196 15780236

80 171 15780260 228 15780284

37

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A.3 2a Amostragem: dados2

Sinais analogicos amostrados: X Hz, amplitude de Y e Z ◦ de defasagem

Amostra Sinal 1 Tempo 1 Sinal 2 Tempo 2

1 337 11666960 538 11666980

2 446 11667004 611 11667028

3 559 11667052 679 11667076

4 668 11667100 731 11667124

5 760 11667148 763 11667168

6 827 11667192 773 11667216

7 870 11667240 761 11667264

8 876 11667288 728 11667312

9 852 11667336 672 11667356

10 795 11667380 607 11667404

11 713 11667428 532 11667452

12 595 11667480 441 11667504

13 483 11667528 371 11667552

14 373 11667576 311 11667600

15 271 11667624 268 11667644

16 190 11667668 249 11667692

17 135 11667716 247 11667740

18 112 11667764 270 11667788

19 121 11667812 315 11667832

20 159 11667856 376 11667880

21 230 11667904 448 11667928

22 323 11667952 526 11667976

23 431 11668000 604 11668020

24 543 11668044 670 11668068

25 652 11668092 723 11668116

26 747 11668140 760 11668164

38

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Amostra Sinal 1 Tempo 1 Sinal 2 Tempo 2

27 819 11668188 775 11668208

28 865 11668232 767 11668256

29 877 11668280 734 11668304

30 859 11668328 682 11668352

31 804 11668376 619 11668396

32 726 11668420 541 11668444

33 628 11668468 465 11668492

34 516 11668516 390 11668540

35 403 11668564 325 11668584

36 300 11668608 278 11668632

37 211 11668656 249 11668680

38 147 11668704 246 11668728

39 115 11668752 262 11668772

40 115 11668796 300 11668820

41 144 11668844 358 11668868

42 207 11668892 427 11668916

43 295 11668940 504 11668960

44 400 11668984 582 11669008

45 513 11669032 652 11669056

46 622 11669080 711 11669104

47 721 11669128 752 11669148

48 803 11669172 771 11669196

49 856 11669220 770 11669244

50 877 11669268 743 11669292

51 868 11669316 697 11669336

52 822 11669360 638 11669384

53 750 11669408 562 11669432

39

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Amostra Sinal 1 Tempo 1 Sinal 2 Tempo 2

54 655 11669456 486 11669480

55 547 11669508 403 11669532

56 419 11669556 337 11669580

57 314 11669604 285 11669624

58 224 11669648 252 11669672

59 153 11669696 244 11669720

60 117 11669744 258 11669768

61 112 11669792 295 11669812

62 139 11669836 349 11669860

63 196 11669884 414 11669908

64 280 11669932 492 11669956

65 384 11669980 571 11670000

66 496 11670024 643 11670048

67 606 11670072 703 11670096

68 708 11670120 748 11670144

69 792 11670168 769 11670188

70 849 11670212 771 11670236

71 877 11670260 751 11670284

72 871 11670308 705 11670332

73 831 11670356 649 11670376

74 764 11670400 575 11670424

75 671 11670448 499 11670472

76 566 11670496 419 11670520

77 453 11670544 352 11670564

78 340 11670588 295 11670612

79 248 11670636 263 11670660

80 172 11670684 243 11670708

40

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A.4 Analise no Tempo - Arduino

float Direcao_de_chegada_rad;

float Diferenca_de_tempos;

float floatDiferenca_entre_os_sinais_rad;

float floatDirecao_de_chegada_via_prod_rad;

float frequencia;

float npi = 3.14;

float tempo_do_pico_um [10];

float tempo_do_pico_dois [10];

int periodo;

int Pico_sinal_um [10];

int Pico_sinal_dois [10];

unsigned long ulongAmplitude_sinal_um = 0;

unsigned long ulongAmplitude_sinal_dois= 0;

unsigned long ulongMedia_prod = 0;

unsigned long ulongMedia_sinal_um = 0;

unsigned long ulongMedia_sinal_dois = 0;

unsigned long ulongSoma_sinal_um , ulongSoma_sinal_dois ,

ulongSoma_prod;

void loop()

{

int contador_de_picos_um =0;

int contador_de_picos_dois =0;

unsigned long produto_sinal_um_e_dois [81];

// Obtenc~ao dos picos de ambos os sinais

i=2;

while (i<=60) {

if (sinal_original_um[i-1] <= sinal_original_um[i] &&

sinal_original_um[i] > sinal_original_um[i+1])

{

41

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contador_de_picos_um ++;

Pico_sinal_um[contador_de_picos_um] = sinal_original_um[i];

tempo_do_pico_um [contador_de_picos_um] = time1[i];

}

if (sinal_original_dois[i-1] <= sinal_original_dois[i] &&

sinal_original_dois[i] > sinal_original_dois[i+1])

{

contador_de_picos_dois ++;

Pico_sinal_dois[contador_de_picos_dois] =

sinal_original_dois[i];

tempo_do_pico_dois [contador_de_picos_dois] = time2[i];

}

i++;

}

// Calculo do perıodo e da frequencia do sinal um

periodo = tempo_do_pico_um [2] - tempo_do_pico_um [1];

frequencia = 1000000.0/ periodo; //O perıodo esta em

microsegundos

Serial.print ("Frequencia = ");

Serial.print (frequencia);

Serial.println (" Hz");

// Calculo da defasagem entre os sinais

Diferenca_de_tempos = abs(tempo_do_pico_dois [1] -

tempo_do_pico_um [1]);

Serial.print ("Defasagem relativa via grafico = ");

Serial.print (360* Diferenca_de_tempos/periodo);

Serial.println (" graus");

}

42

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A.5 Analise no Tempo - Matlab

arquivo = fopen(’Dados1_para_1000Hz.txt’);

[A] = fscanf(arquivo ,’%d %d %f %d %f’,[5, inf]);

fclose(arquivo);

A=A’;

%Carregando os dados do arquivo em variaveis

i=1;

while i<length(A)

sinal1(i) = A(i,2); % Vetor com os valores das amostras na

entrada A0

t1(i)= A(i,3);% Vetor com os instantes das amostras na

entrada A0

sinal2(i) = A(i,4); % Vetor com os valores das amostras na

entrada A1

t2(i)= A(i,5);% Vetor com os instantes das amostras na

entrada A1

i=i+1;

end

%Determinando os pontos no tempo onde ha maximo em cada senoide

j=1;

for i=2:( length(sinal1) -1)

if (sinal1(i-1) <=sinal1(i))&&( sinal1(i)>sinal1(i+1))

t_MAX_sinal1(j) = t1(i);

j=j+1;

end

end

j=1;

for i=2:( length(sinal2) -1)

if (sinal2(i-1) <=sinal2(i))&&( sinal2(i)>sinal2(i+1))

t_MAX_sinal2(j) = t2(i);

j=j+1;

end

43

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end

% Tendo os instantes dos maximos de cada senoide , determina -se

seu periodo

periodo =0;

for i=2:( length(t_MAX_sinal1))

periodo=periodo+t_MAX_sinal1(i)-t_MAX_sinal1(i-1);

end

periodo=periodo *0.000001/(i-1); %Passa o tempo que estava em

microsegundos para segundos e calcula a media do perıodo

frequencia = 1/ periodo;

%Determinando a fase e diferenca de tempo dos dois sinais

if(length(t_MAX_sinal1)>=length(t_MAX_sinal2))

limite=length(t_MAX_sinal2);

else

limite=length(t_MAX_sinal1);

end

fase =0;

for i=1: limite

fase=fase+abs(t_MAX_sinal2(i)-t_MAX_sinal1(i));

end

fase=fase/limite; %A fase tambem e calculada pela sua media e

esta em microsegundos

diferencaTempo=fase *0.000001;

defasagemGraus_analiseTempo = 360* diferencaTempo/periodo

44

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A.6 Media do Produto - Arduino

// Calculo da soma do sinal um , dois e do produto entre eles

ulongSoma_prod = 0;

ulongSoma_sinal_um = 0;

ulongSoma_sinal_dois = 0;

i = 1;

while (i <= 80) {

ulongSoma_sinal_um = ulongSoma_sinal_um + (long)

sinal_original_um[i];

ulongSoma_sinal_dois = ulongSoma_sinal_dois + (long)

sinal_original_dois[i];

produto_sinal_um_e_dois[i] = (long)sinal_original_um[i]*( long

)sinal_original_dois[i];

ulongSoma_prod = ulongSoma_prod + produto_sinal_um_e_dois[i];

i++;

}

// Calculo das medias

ulongMedia_prod = ulongSoma_prod /80;

ulongMedia_sinal_um = ulongSoma_sinal_um /80;

ulongMedia_sinal_dois = ulongSoma_sinal_dois /80;

// Calculo das amplitudes dos sinais um e dois

ulongAmplitude_sinal_um = Pico_sinal_um [2] - ulongMedia_sinal_um

;

ulongAmplitude_sinal_dois = Pico_sinal_dois [2] -

ulongMedia_sinal_dois;

// Calculo da defasagem entre os sinais

floatDiferenca_entre_os_sinais_rad = acos(( float)(

ulongMedia_prod - ulongMedia_sinal_um*ulongMedia_sinal_dois)

*2/ ulongAmplitude_sinal_um/ulongAmplitude_sinal_dois);

Serial.print ("Defasagem entre os sinais via produto = ");

45

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Serial.print (180* floatDiferenca_entre_os_sinais_rad/npi);

Serial.println (" graus");

46

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A.7 Media do Produto - Matlab

% Calculo da soma do sinal um, dois e do produto entre eles

soma_sinal1 = 0;

soma_sinal2 = 0;

soma_produtoSinais = 0;

for i=1: length(sinal1)

soma_sinal1 = soma_sinal1 + sinal1(i);

soma_sinal2 = soma_sinal2 + sinal2(i);

produtoSinais(i) = sinal1(i) * sinal2(i);

soma_produtoSinais = soma_produtoSinais + produtoSinais(i);

end

% Calculo das medias

media_sinal1 = soma_sinal1/length(sinal1);

media_sinal2 = soma_sinal2/length(sinal1);

media_produtoSinais = soma_produtoSinais/length(sinal1);

% Calculo das amplitudes dos sinais um e dois

amplitude_sinal1 = 0;

amplitude_sinal2 = 0;

for i=1: length(sinal1)

if (sinal1(i) > amplitude_sinal1)

amplitude_sinal1 = sinal1(i);

end

if (sinal2(i) > amplitude_sinal2)

amplitude_sinal2 = sinal2(i);

end

end

amplitude_sinal1 = amplitude_sinal1 - media_sinal1;

amplitude_sinal2 = amplitude_sinal2 - media_sinal2;

% Calculo da defasagem entre os sinais

47

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defasagemGraus_mediaProduto = acosd (2/ amplitude_sinal1/

amplitude_sinal2 *( media_produtoSinais -media_sinal1*

media_sinal2))

48

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A.8 Deslocamento e Produto Escalar - Matlab

%interpolando os dados

t_interpolado = t1(1):((t1(2)-t1(1))/4):t1(length(t1));

sinal1_interpolado = spline(t1,sinal1 ,t_interpolado);

sinal2_interpolado = spline(t2,sinal2 ,t_interpolado);

%sinal2=transpose(sinal2);

sinal2_interpolado=transpose(sinal2_interpolado);

for i=1: length(sinal1_interpolado)

produtoEscalar(i)=sinal1_interpolado*sinal2_interpolado;

k=sinal1_interpolado (1); %Guarda o primeiro valor de

sinal1

for j=1: length(sinal1_interpolado)-1

sinal1_interpolado(j)=sinal1_interpolado(j+1); %

Desloca o vetor sinal1 de uma posic~ao

end

sinal1_interpolado(length(sinal1_interpolado))=k; %

Substitui o ultimo valor de sinal1 pelo primeiro

end

plot (1: length(sinal1_interpolado), produtoEscalar);

xlabel(’ Indices correspondentes ’);

ylabel(’Maximos e Minimos do Produto Escalar ’);

for i=2:( length(produtoEscalar))

if (produtoEscalar(i-1)<produtoEscalar(i))&&( produtoEscalar(

i)>produtoEscalar(i+1))

break;

end

end

t_MAX_produtoEscalar=i

49

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for i=2:( length(produtoEscalar))

if (produtoEscalar(i-1)>produtoEscalar(i))&&( produtoEscalar(

i)<produtoEscalar(i+1))

break;

end

end

t_MIN_produtoEscalar=i

defasagemRadianos_deslocamentoProduto = t_MAX_produtoEscalar*pi

/( t_MIN_produtoEscalar -t_MAX_produtoEscalar)

defasagemGraus_deslocamentoProduto = t_MAX_produtoEscalar *180/(

t_MIN_produtoEscalar -t_MAX_produtoEscalar)

50

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A.9 Transformada de Fourier - Matlab

% Aumentando a frequencia de amostragem para "melhora -la"

for i = 0: length(sinal1)-1

sinal1_aux (2*i+1) = sinal1(i+1);

t1_aux (2*i+1)= t1(i+1);

sinal2_aux (2*i+1) = sinal2(i+1);

t2_aux (2*i+1)= t2(i+1);

end

for i = 2:2: length(sinal1_aux)-1

sinal1_aux(i) = [sinal1_aux(i-1)+sinal1_aux(i+1) ]/2;

t1_aux(i) = [t1_aux(i-1)+t1_aux(i+1) ]/2;

sinal2_aux(i) = [sinal2_aux(i-1)+sinal2_aux(i+1) ]/2;

t2_aux(i) = [t2_aux(i-1)+t2_aux(i+1) ]/2;

end

sinal1 = sinal1_aux;

t1 = t1_aux;

sinal2 = sinal2_aux;

t2 = t2_aux;

TAmostragem = (t1(2)-t1(1))*1e-6; % tempo entre duas amostras

fAmostragem = 1/ TAmostragem; % frequencia de amostragem

% Calculo da FFT do sinal1

NFFT = 2^ nextpow2(length(sinal1));

FFT_sinal1 = fft(sinal1 ,NFFT)/length(sinal1);

f = fAmostragem /2* linspace (0,1,NFFT /2+1);

% Descobrindo a fase correpondente ao maior modulo da

transformada de sinal1

MaiorModuloAteAgora = 0;

ModuloMaximo = 0;

for i = 5: length(f)

FFT_sinal1_A = abs(FFT_sinal1(i-1));

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FFT_sinal1_B = abs(FFT_sinal1(i));

if (FFT_sinal1_B > FFT_sinal1_A)

MaiorModuloAteAgora = FFT_sinal1_B;

if (MaiorModuloAteAgora >= ModuloMaximo)

ModuloMaximo = MaiorModuloAteAgora;

fase_sinal1 = phase(FFT_sinal1(i));

end

end

end

% Calculo da FFT do sinal2

FFT_sinal2 = fft(sinal2 ,NFFT)/length(sinal2);

MaiorModuloAteAgora = 0;

ModuloMaximo = 0;

for i = 5: length(f)

FFT_sinal2_A = abs(FFT_sinal2(i-1));

FFT_sinal2_B = abs(FFT_sinal2(i));

if (FFT_sinal2_B > FFT_sinal2_A)

MaiorModuloAteAgora = FFT_sinal2_B;

if (MaiorModuloAteAgora >= ModuloMaximo)

ModuloMaximo = MaiorModuloAteAgora;

fase_sinal2 = phase(FFT_sinal2(i));

end

end

end

subplot (2,1,1)

plot(f,2* abs(FFT_sinal1 (1: NFFT /2+1))); hold all;plot(f,2* abs(

FFT_sinal2 (1: NFFT /2+1))); hold all;; hold off;figure(gcf);

legend(’sinal1 ’,’sinal2 ’); grid on; axis ([0 3000 0 1000])

title(’Transformada de Fourier dos sinais 1 e 2 - dados1 ’)

ylabel(’Amplitudes ’)

subplot (2,1,2)

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plot(f,2* phase(FFT_sinal1 (1: NFFT /2+1))); hold all;plot(f,2* phase

(FFT_sinal2 (1: NFFT /2+1))); hold all;; hold off;figure(gcf);

legend(’sinal1 ’,’sinal2 ’); grid on; axis ([0 3000 -8 2]);

xlabel(’Frequencia (Hz)’)

ylabel(’Fases’)

defasagemGraus_FFT = abs(fase_sinal1 - fase_sinal2)*180/ pi

53