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DETALHES CONSTRUTIVOS DO PAQUÍMETRO DENDROLÓGICO PARA MEDIÇÃO DE PLANTAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS Tatiana R. Santana 1 ; Alex C. Barbosa 1 ; Rafael G. Nascimento 2 ; Anderson N. Vasco 3 ; Daniel O. Ribeiro 4 ; Evandro A. Tupinambá 5 ; Edson D. Tavares 5 ; Luis C. Nogueira 5 1 Estagiários da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudantes de Engenharia Florestal da UFS, 2 Estagiário da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudante de Ciências Biológicas da UFS, 3 Estagiário da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudante de Eng. Agronômica da UFS, 4 Estagiário da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudante de Eng. Agronômica da UESC, 5 Pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Contato: [email protected]. RESUMO Os paquímetros são instrumentos precisos usados para medição de diâmetros, geralmente de objetos com pequeno tamanho. A medição de diâmetros com réguas ou trenas é possível, mas com precisão inferior e possibilidade de erros de paralaxe. Para troncos de árvores, há a opção de medir a circunferência à altura do peito (CAP), utilizando-se trenas, que não se adequam para medição do diâmetro à altura do peito (DAP). Neste trabalho, são apresentados os aspectos construtivos de um paquímetro de grande porte para medição do diâmetro de árvores de porte pequeno ou médio, tipicamente encontradas na área da Reserva Ambiental do Caju, que está inserida no Campo Experimental de Itaporanga, pertencente à Embrapa Tabuleiros Costeiros. O paquímetro foi desenvolvido após as primeiras avaliações do DAP de espécies arbóreas da Reserva Ambiental e das áreas de Sistemas Agroflorestais (SAF), atendendo a uma demanda naturalmente percebida no decorrer dos trabalhos de medição. Intitulado de “Paquímetro Dendrológico”, o protótipo foi construído com materiais simples e de baixo custo, facilmente encontrados no comércio local. Esse primeiro protótipo tem capacidade de medição de diâmetros até 48 cm. O instrumento foi testado com sucesso em diversas árvores, sendo leve e de fácil manuseio. Pode ser reproduzido facilmente, de forma artesanal, em madeira, com as alterações necessárias para cada caso, incluindo aumento de tamanho para medição de diâmetros maiores. Há potencial para ser fabricada uma versão em metal leve, com auxílio de serralheiros, ou uma versão mais industrializada, que poderá facilitar a sua disponibilização e o seu uso em outros locais com estudos similares. Palavras-Chave: Agrofloresta, Crescimento de Plantas, Dendrologia, Instrumento de Medição. 1. INTRODUÇÃO Para Amaral et al. (1998), informações como a localização, identificação e avaliação das árvores são importantes para dar suporte ao planejamento da sua exploração comercial. São anotadas informações como nome e número da árvore, coordenadas de localização, altura da árvore, diâmetro à altura do peito (DAP), qualidade do tronco, qualidade da copa, presença de cipós, dentre outras. A medição do diâmetro da árvore deve ser feita a uma altura de 1,30 m do solo, tomando-se alguns cuidados: (a) não incluir sapopemas, cipós, etc. como parte do diâmetro das árvores; (b) manter o instrumento de medição na posição horizontal (em nível); (c) no caso de troncos irregulares, fazer duas medidas e tirar a média. Para Soares e Tomé (2002), as principais causas de erro na medição do DAP são decorrentes de deficiências na suta (especialmente se não formar um ângulo reto entre o braço móvel e a régua graduada) e de erros de operação da suta (principalmente devido a uma inclinação da suta em relação ao eixo da árvore, colocação da suta a uma altura incorreta e excessiva pressão do braço móvel contra a árvore). De acordo com Sohn (2006), o paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. O cursor ajusta-se à régua com livre movimentação e um mínimo de folga, permitindo uma leitura rápida e sem erros de paralaxe. Neste trabalho, são apresentados os detalhes construtivos de um de paquímetro, a partir de materiais simples e de baixo custo, de fácil obtenção no comércio local, para medição do diâmetro de tronco de árvores de porte pequeno a médio em áreas de preservação da Reserva Ambiental do Caju e em áreas de SAF do Campo Experimental de Itaporanga, pertencente à Embrapa Tabuleiros Costeiros. 2. METODOLOGIA O paquímetro foi desenvolvido após os primeiros trabalhos de campo das atividades de medição das espécies arbóreas, atendendo a uma demanda naturalmente percebida pelos membros da equipe

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Page 1: DETALHES CONSTRUTIVOS DO PAQUÍMETRO … · fixo, sobre a qual desliza um cursor. O cursor ajusta-se à régua com livre movimentação e um mínimo de folga, permitindo uma leitura

DETALHES CONSTRUTIVOS DO PAQUÍMETRO DENDROLÓGICO PARA MEDIÇÃO DE PLANTAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Tatiana R. Santana1; Alex C. Barbosa1; Rafael G. Nascimento2; Anderson N. Vasco3; Daniel O.

Ribeiro4; Evandro A. Tupinambá5; Edson D. Tavares5; Luis C. Nogueira5 1Estagiários da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudantes de Engenharia Florestal da UFS, 2

Estagiário da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudante de Ciências Biológicas da UFS, 3 Estagiário da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Estudante de Eng. Agronômica da UFS, 4 Estagiário da Embrapa

Tabuleiros Costeiros, Estudante de Eng. Agronômica da UESC, 5 Pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Contato: [email protected].

RESUMO Os paquímetros são instrumentos precisos usados para medição de diâmetros, geralmente de objetos com pequeno tamanho. A medição de diâmetros com réguas ou trenas é possível, mas com precisão inferior e possibilidade de erros de paralaxe. Para troncos de árvores, há a opção de medir a circunferência à altura do peito (CAP), utilizando-se trenas, que não se adequam para medição do diâmetro à altura do peito (DAP). Neste trabalho, são apresentados os aspectos construtivos de um paquímetro de grande porte para medição do diâmetro de árvores de porte pequeno ou médio, tipicamente encontradas na área da Reserva Ambiental do Caju, que está inserida no Campo Experimental de Itaporanga, pertencente à Embrapa Tabuleiros Costeiros. O paquímetro foi desenvolvido após as primeiras avaliações do DAP de espécies arbóreas da Reserva Ambiental e das áreas de Sistemas Agroflorestais (SAF), atendendo a uma demanda naturalmente percebida no decorrer dos trabalhos de medição. Intitulado de “Paquímetro Dendrológico”, o protótipo foi construído com materiais simples e de baixo custo, facilmente encontrados no comércio local. Esse primeiro protótipo tem capacidade de medição de diâmetros até 48 cm. O instrumento foi testado com sucesso em diversas árvores, sendo leve e de fácil manuseio. Pode ser reproduzido facilmente, de forma artesanal, em madeira, com as alterações necessárias para cada caso, incluindo aumento de tamanho para medição de diâmetros maiores. Há potencial para ser fabricada uma versão em metal leve, com auxílio de serralheiros, ou uma versão mais industrializada, que poderá facilitar a sua disponibilização e o seu uso em outros locais com estudos similares. Palavras-Chave: Agrofloresta, Crescimento de Plantas, Dendrologia, Instrumento de Medição. 1. INTRODUÇÃO Para Amaral et al. (1998), informações como a localização, identificação e avaliação das árvores são importantes para dar suporte ao planejamento da sua exploração comercial. São anotadas informações como nome e número da árvore, coordenadas de localização, altura da árvore, diâmetro à altura do peito (DAP), qualidade do tronco, qualidade da copa, presença de cipós, dentre outras. A medição do diâmetro da árvore deve ser feita a uma altura de 1,30 m do solo, tomando-se alguns cuidados: (a) não incluir sapopemas, cipós, etc. como parte do diâmetro das árvores; (b) manter o instrumento de medição na posição horizontal (em nível); (c) no caso de troncos irregulares, fazer duas medidas e tirar a média. Para Soares e Tomé (2002), as principais causas de erro na medição do DAP são decorrentes de deficiências na suta (especialmente se não formar um ângulo reto entre o braço móvel e a régua graduada) e de erros de operação da suta (principalmente devido a uma inclinação da suta em relação ao eixo da árvore, colocação da suta a uma altura incorreta e excessiva pressão do braço móvel contra a árvore). De acordo com Sohn (2006), o paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. O cursor ajusta-se à régua com livre movimentação e um mínimo de folga, permitindo uma leitura rápida e sem erros de paralaxe. Neste trabalho, são apresentados os detalhes construtivos de um de paquímetro, a partir de materiais simples e de baixo custo, de fácil obtenção no comércio local, para medição do diâmetro de tronco de árvores de porte pequeno a médio em áreas de preservação da Reserva Ambiental do Caju e em áreas de SAF do Campo Experimental de Itaporanga, pertencente à Embrapa Tabuleiros Costeiros. 2. METODOLOGIA O paquímetro foi desenvolvido após os primeiros trabalhos de campo das atividades de medição das espécies arbóreas, atendendo a uma demanda naturalmente percebida pelos membros da equipe

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(Nascimento et al., 2006). Devido à sua finalidade, foi denominado “paquímetro dendrológico”. O propósito foi obter um instrumento leve e prático de ser transportado e usado em campo. Com ferramentas simples de carpintaria e alguns materiais acessíveis e de baixo custo, foi possível montar um instrumento bastante resistente e útil. As peças de madeira foram apenas três, usadas para fazer o suporte na forma de “L”, com as dimensões de 75 cm na parte mais longa e 25 cm na parte mais curta (Figura 1A). As peças metálicas foram também três: corrediça tipo telescópica de 45 cm (usada em gavetas de móveis) (Figura 1B, cantoneira metálica de 22 cm (do tipo usado em prateleiras) e barra de alumínio de 2 cm x 25 cm (do tipo usado em esquadrias) (Figura 1C).

(A) (B) (C)

Figura 1 – Principais materiais usados para montagem do “paquímetro dendrológico”: (A) peças de madeira e ferramentas simples de carpintaria, (B) corrediça tipo telescópica e cantoneira metálica e (C) barra de alumínio. (Fotos: Luis Carlos Nogueira).

Para ajuste da “posição zero” do cursor (Figura 2A), calculou-se o espaço necessário a ser deixado livre para fixação das peças curtas de madeira (25 cm) que servirão de “encosto fixo” e “bico fixo” do paquímetro. Decidiu-se fixar duas peças de madeira (Figura 2B), em vez de apenas uma, para dar maior firmeza na união em “L”, formando um angulo reto (90°). Para o preparo da escala graduada do “paquímetro dendrológico”, utilizou-se uma régua de madeira, do tipo escolar, medindo 1,0 m de comprimento. Foi feito um corte para eliminar a sobra de madeira antes do “ponto zero” da régua (Figura 2C) e outro para ajuste aos 75 cm da peça longa de madeira que suporta o cursor do paquímetro.

(A) (B) (C)

Figura 2 – Preparo e montagem das peças metálicas e de madeira: (A) definição do “ponto zero” do cursor, (B) marcação e furação das peças e (C) preparo da escala graduada com corte na “posição zero”. (Fotos: Luis Carlos Nogueira).

3 - RESULTADOS E REFLEXÃO Na Figura 3, são mostrados aspectos do paquímetro dendrológico pronto para medições em troncos de árvores de até 48 cm, com precisão de 0,1 cm (1,0 mm). Na posição fechado, o cursor fica travado, aproveitando esse dispositivo de travamento já presente na corrediça selecionada. A corrediça telescópia foi escolhida devido a algumas características úteis ao paquímetro: (1) possui três segmentos internos um ao outro, deslizantes, que permitem a estensão de curso, imitando o cursor do paquímetro convencional, (2) as hastes deslizantes são “prisioneiras” uma à outra, evitando que as peças se desmontem quando não estiverem no seu uso original, e (3) resistentes (aço galvanizado).

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(A) (B) (C)

Figura 3 – Aspectos do “paquímetro dendrológico” montado: (A) comparação de aparência e tamanho com um paquímetro convencional, (B) medição de um tronco de pau-brasil (13,2 cm) e (C) medição de um tronco de tamarindo (com 38,4 cm). (Fotos: Luis Carlos Nogueira).

A cantoneira metálica pode ser encontrada em diversos tamanhos. O tamanho 22 cm foi escolhido apenas por coincidir o espaçamento dos furos com aqueles da corrediça, de forma a facilitar a montagem, sem precisar fazer novas perfurações. A barra de alumínio é vendida por metro linear e em várias larguras e espessuras. A barra escolhida tem 2 cm de largura e 3 mm de espessura, podendo ser substituída por outra mais espessa se precisar suportar maiores esforços, apesar de normalmente ser preciso apenas tangenciar levemente o tronco da árvore e indicar a posição de leitura na escala graduada. Comparando com o paquímetro convencional, essa barra irá fazer a função de “encosto móvel” ou “bico móvel”. A furação deve ser feita a critério do montador, podendo-se seguir o mesmo diâmetro e espaçamento dos furos da cantoneira, o que agiliza a montagem. Uma outra característica prática que foi adicionada ao protótipo refere-se ao “cabo” para segurar com a mão e fazer deslizar o cursor, puxando-o da posição travada para encostar no tronco da árvore (posição de leitura) e, posteriormente, deslizando-o de volta para travar. Esse “cabo” do cursor foi proporcionado pelo tipo de cantoneira escolhida, que possui uma escora (peça em diagonal), que garante a manutenção do ângulo de 90° da peça. 4. RELAÇÃO DO TRABALHO COM A SUSTENTABILIDADE Acompanhar o desenvolvimento das plantas em áreas de SAF é importante para o entendimento da dinâmica de sucessão e da interação entre espécies nesse complexo sistema. A utilização de instrumentos simples e práticos facilitam a realização periódica de avaliações. Com o uso de fichas de campo apropriadas e algum treinamento adequado, os produtores e seus familiares poderão participar cada vez mais ativamente de todas as etapas de formação e exploração dos sistemas agroflorestais, incluindo as importantes tarefas relacionadas a estudos e pesquisas. Certamente que, em adição à sua experiência de campo, os treinamentos e o contato cada vez mais direto com resultados de pesquisa, os produtores e seus familiares estarão mais participativos no processo e contribuirão com “feedback” de ainda maior importância para melhorar o conhecimento sobre esses sistemas produtivos. 5. CONCLUSÕES E LIÇÕES APRENDIDAS O instrumento foi denominado “paquímetro dendrológico” e foi testado com sucesso em diversas árvores, até o diâmetro de 48 cm, com precisão de 0,1 cm. O protótipo foi construído com materiais simples e baratos, facilmente encontrados no comércio. Possui tamanho e peso que facilitam o seu manuseio no campo. A posição da escala permite fácil visualização e leitura de diâmetros à altura do peito (DAP). O ajuste dos bicos do paquímetro ao redor do tronco da árvore é bastante fácil devido ao eficiente sistema de deslizamento proporcionado pela corrediça. Caso seja necessário fazer medições de troncos maiores que 48 cm de diâmetro, basta substituir a corrediça por uma outra de comprimento maior (60 cm, por exemplo, mantendo a mesma estrutura de madeira, e parafusar na nova corrediça a cantoneira com a barra de alumínio que forma o bico móvel (cursor). Com o seu uso frequente nos trabalhos de campo, serão verificados os ajustes e melhorias necessárias em termos de tamanho, peso, manejo, etc. Há potencial para ser fabricada uma versão em metal leve, com auxílio de serralheiros, ou uma versão mais industrializada, que poderá facilitar a sua disponibilização e o seu uso em outros locais com estudos similares. 6. AGRADECIMENTOS Aos trabalhadores rurais Salvador Narciso dos Santos, Edinilson dos Santos (Dinho) e Júlio dos Santos Tavares, que prestam serviço no Campo Experimental de Itaporanga, da Embrapa Tabuleiros

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Costeiros, onde está inserida a Reserva Ambiental do Caju, pela ajuda dedicada e participação eficiente nas diversas atividades de campo. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, P.H.C.; VERÍSSIMO, J.A.O.; BARRETO, P.G.; VIDAL, E.J.S. Floresta para sempre: um manual para produção de madeira na Amazônia. Belém: Imazon, 1998. 130p. NASCIMENTO, R.G.; NOGUEIRA, L.C.; TUPINAMBÁ, E.A.; CURADO, F.F.; TAVARES, E.D.; SIQUEIRA, E.R.; RANGEL, M.S.A. Paquímetro dendrológico para estudos de identificação de espécies arbóreas na reserva do caju. In: XVI Encontro de Iniciação Científica da UFS. Resumos. Aracaju: 2006. CD-ROM. SOARES, P.; TOMÉ, M. Protocolo para instalação e medição de parcelas permanentes nas áreas de demonstração da Associação Florestal do Vale do Sousa. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa/GIMRF, 2002. 7p. (Grupo de Inventariação e Modelação de Recursos Florestais. Relatório Técnico, 3). SOHN, R.S.T.M. Paquímetro. Disponível em http://msohn.sites.uol.com.br/paquimet.htm. Acesso em 27 out. 2006.