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Desvendando a Loteria 2014

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Inovar é preciso!

Por não saber que era impossível alguém foi lá e fez!

“Jean Cocteau”

Por volta de 1998, alguém com o nome de usuário napster, revelou para os participantes

de uma sala de bate-papo na internet que trabalhava em um software para resolver um

problema. O software permitiria que as pessoas mergulhassem nos discos rígidos das outras e

compartilhassem seus arquivos de música MP3.

No bate-papo, as pessoas zombaram. Compartilhar? Por que alguém faria isso? Mas Sean

Parker, um aspirante a empresário, gostou da ideia. Parker sugeriu que eles colaborassem e

ele se encontrou com napster, ou Shawn Fanning, pela primeira vez em pessoa. Fanning era

um ano mais moço, um rapaz sério de Massachusetts que raspou a cabeça por causa do cabelo

crespo, ou nappy,que lhe valera o apelido.

O termo Napster passou é claro, para o software que Fanning estava codificando.

Trabalhando em um PC emprestado no escritório de seu tio em Massachusetts, ele dormia em

um armário de utensílios, para conduzir sessões de programação que duravam dias. Fanning

teve o produto pronto na primavera de 1999. Enquanto isso, Parker havia conseguido U$ 50

mil com investidores e a dupla se mudou para a Califórnia. Amigos do bate-papo foram

contratados como funcionários e o Napster foi lançado em maio de 1999. Em outubro tinha 4

milhões de canções em circulação. Em março de 2000 a comunidade Napster tinha mais de 20

milhões de membros.

Se aceitarmos que a teoria evolucionista pode ser aplicada a sistemas, é inevitável que

venha a surgir um dia , um sistema mais evoluído que o Google e o Facebook. Talvez, um

sistema que desafie sua capacidade cognitiva e ao mesmo tempo lhe dê oportunidade de

riquezas? Em tempos de crise, é uma hipótese conveniente!

“John Hacker”

Os poucos sortudos que puderem se envolver no trabalho criativo de

qualquer espécie serão a verdadeira elite da humanidade, pois farão mais do

que servir a uma máquina.

Isaac Asimov

E eu sinceramente imploro que o que eu fiz possa ser lido com paciência e o meu

trabalho num assunto tão difícil possa ser examinado, não tanto com vista á censura como

para corrigir os seus defeitos.

"Sir Isaac Newton”


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Ideias levam a humanidade adiante!

É mais frequente que a confiança seja gerada pela ignorância do que pelo

conhecimento: são os que conhecem pouco, e não os que conhecem muito, os que afirmam

tão positivamente que este ou aquele problema nunca será solucionado pela ciência.

“Charles Darwin”

A história evolutiva da humanidade esta repleta de façanhas extraordinárias, e muitas

vezes seus avanços ocorrem em saltos e não gradativamente como se espera . Surgem

indivíduos não só capazes de ver, como de fazer o futuro. A única máquina capaz de avançar

no tempo, ainda é a mente humana.

A diversidade de pensamentos é o principal motor da evolução, por isso, talvez seja

desnecessário muitas vezes uma excessiva atenção ao aspecto formal da exposição e da

defesa de ideias, de certa forma, podando a pluralidade de pensamentos.

No início do século XX, um simples funcionário do departamento de patentes na Suíça

publicou uma série de artigos que transformaria a forma das pessoas enxergarem o mundo.

Sua teoria, de início ridicularizada, foi resultado de experimentos mentais revelados pelo seu

próprio autor e assim, em 1913, há exatos 100 anos, Albert Einstein com sua Teoria da

Relatividade Geral demonstrou que não é um diploma, nem cargo ou a autoridade máxima no

assunto que faz a humanidade saltar; e sim, a perseverança e audácia de indivíduos

aparentemente comuns em engendrar e expor novas ideias.

Suponha o seguinte experimento sobre um determinado gás: Imagine um grande número

de moléculas minúsculas, movendo-se por conta própria, colidindo sem cessar umas com as

outras e ricocheteando elasticamente. Lembre-se, em meados do século XIX, a noção de

átomos ainda não estava muito enraizada na mente dos homens da ciência. De fato, hoje essa

ainda é a visão que prevalece entre as pessoas de um modo geral, salvo para uns poucos

especialistas, que possa haver uma alternativa senão que se trata apenas um evento caótico.

No entanto, um homem ousou ir contra o senso comum, suas ideias excederam e muito as de

seus contemporâneos, e esta mente formidável, acabou por descobrir leis estatísticas

precisas; E que logo, percebeu que as propriedades desse gás poderiam ser preditas e

compreendidas. A curva em forma de sino, que descreve as velocidades das moléculas num

gás, é agora chamada distribuição de Maxwell-Boltzmann. James Clerk Maxwell foi o homem à

frente de seu tempo, capaz de enxergar ordem diante do caos.

Em 1900, o eminente matemático alemão David Hilbert propôs ao mundo acadêmico

uma série de problemas ainda em aberto em diversos campos da matemática. Os 23


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problemas de Hilbert, como assim ficaram conhecidos, e entre eles a famosa Hipótese de

Riemann, desafiaram os matemáticos por anos. Hilbert foi um matemático excepcionalmente

abrangente e talentoso. Era comum pôr em ordem caprichosamente cada área da matemática

por que passava. De fato, David Hilbert apresentou um novo conjunto de axiomas para a

geometria, muito maior que o sistema original de Euclides, sistematizando os

desenvolvimentos realizados até o século XIX e apresentando o sistema com superior rigor

formal.

Dois desenvolvimentos tecnológicos notáveis e revolucionários ocorreram na primeira

metade do século XX. Primeiro, durante a Segunda Grande Guerra havia um grande problema

matemático em questão, a máquina Enigma, utilizada pelos alemães, cifrava códigos com até

158 bilhões de combinações possíveis. Nesta época, ainda não havia computadores, a não ser

na cabeça de um brilhante matemático britânico, Alan Turing, foi o homem que inventou o

futuro, e não viveu para vê-lo! O criptoanalista obcecado pela natureza do pensamento

humano, convenceu os políticos que era possível romper o código. Percebendo padrões e

contando com a sua intuição extraordinária, Turing buscou fraquezas na máquina Enigma. Os

Nazistas acreditavam que seria impossível a quebra do código. Alan, pensava diferente e mais

tarde junto com seus colegas do projeto ULTRA desenvolveram o computador Colossus que

tornou o impossível mais que possível! A matemática foi responsável direta por várias vitórias

aliadas.

Outro acontecimento digno de registro durante a Segunda Guerra Mundial foi a

necessidade do governo americano em criar uma nova arma; reuniu os melhores físicos e

engenheiros para criar algo que esse mundo jamais havia visto. Baseado em uma ideia ou

hipótese, empregaram mais de 200 mil pessoas, criaram novas cidades, investiram mais de 2

bilhões de dólares em pesquisa, inteligência e infraestrutura. Eles trabalharam durante 28

meses sem saber se tudo aquilo funcionaria mas com a certeza que se funcionasse o mundo

jamais seria o mesmo. Enfim, todos os participantes do Projeto Manhatahn ao final de seus

esforços criaram um novo mundo, nascia a era Atômica!

E se de alguma forma pudéssemos sistematizar de forma rigorosa as loterias? Seria possível

criar leis específicas que regem o comportamento aparentemente caótico dos resultados?

Seria possível quebrar o código das loterias? Seria possível construir um sistema cuja precisão

poderia mudar para o sempre o destino do mundo?

Em nossa época, o apostador comum não é muito diferente dos contemporâneos de

Maxwell e enxergam a loteria como um evento aleatório, assim como o choque entre

moléculas num recipiente qualquer. Duzentos e cinquenta anos se passaram desde então, e

quase ninguém ousa discordar de algo aparentemente tão verdadeiro. As maiores mentes

matemáticas de nosso tempo pouco contribuíram para esclarecer os leigos sobre as reais

possibilidades de um sistema lotérico, e a passividade silenciosa dos institutos de matemática

parecem concordar plenamente com o dogma secular aceito, um evento de pura

sorte!Portanto, hoje podemos dizer que a loteria apresenta-se em um cenário não muito

diferente da experiência molecular de Maxwell, e o mesmo olhar cético das pessoas.


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Um Grande Problema - Loterias

Uma grande descoberta envolve a solução de um grande problema, mas há uma

semente de descoberta na solução de qualquer problema. Seu problema pode ser modesto;

porém, se ele desafiar sua curiosidade e fizer funcionar sua capacidade inventiva, e caso você

o resolva sozinho, então você poderá experimentar a tensão e o prazer do triunfo da

descoberta.

"George Polya"

A História das Loterias

Moisés dividiu a Terra entre os israelitas em lotes, desde então a loteria tem feito parte

da humanidade, pelo menos de acordo com a bíblia.

A menção sobre a realização de alguma forma de loteria vem dos povos egípcios, hebreus,

hindus e chineses. A primeira loteria federal que se tem notícia foi promovida na Holanda no

ano de 1291, mas foi na Espanha em 1763 que as loterias começaram de fato a ter o formato

que conhecemos hoje. A Espanha foi o primeiro país a promover as apostas com o objetivo

social de arrecadar fundos, visando à realização de obras e infraestrutura. O modelo

administrativo utilizado pela Espanha para promover as loterias gerou resultado financeiro

positivo para o governo. A partir de 1763 outros países passaram a utilizar os mesmos

métodos dos espanhóis, dando início a criação de várias modalidades de loterias.

No Brasil, a primeira loteria que se tem notícia foi realizada na cidade de Ouro Preto em

Minas Gerais, no ano de 1784. A finalidade da loteria naquela ocasião, a exemplo dos

espanhóis, tinha por objetivo arrecadar fundos.

As loterias passaram a ser uma grande fonte de geração de receita e o Governo não

demorou a se apoderar dessa máquina de fazer dinheiro. A partir de 1961 a concessão para as

empresas particulares foram canceladas e a comercialização oficial das loterias passou a ser

disponibilizada somente pela Caixa Econômica Federal, instituição pertencente ao Governo.

A melhor maneira de prever o futuro, é criá-lo!

Peter Drucker


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O Legado de David Hilbert

David Hilbert em sua famosa palestra no Congresso Internacional de Matemática de 1900

em Paris, já colocava a axiomatização da probabilidade como uma necessidade. Sua palestra

foi o incentivo necessário para o desenvolvimento da matemática moderna , em particular

para a axiomatização das teorias de probabilísticas. Mas será que os matemáticos fizeram o

bastante?

Muitos dos avanços da humanidade, devem-se ao ato de se fazer as perguntas certas, e

então, buscar as respostas através da experimentação, e quem sabe forçar a natureza a revelar

seus segredos.

Os 23 Problemas das Loterias

1. Um jogo aleatório é melhor que 10 jogos sequenciais?

2. Um jogo aleatório é melhor que 10 jogos com semelhanças?

3. Quanto mais jogos maiores são as chances ?

4. A teoria das probabilidades é completa para explicar a loteria?

5. A imprecisão é um mal necessário?

6. É possível prever os números com exatidão?

7. A Teoria das Probabilidades é mal interpretada pela humanidade?

8. Heráclito estava certo? “ Nada acontece duas vezes do mesmo jeito”

9. É possível utilizar alguma estratégia de modo contínuo que nos leve a convergir para o

resultado?

10. É preciso saber a fundo Teoria das Probabilidades para fazer um jogo ótimo?

11. Existem números mais prováveis?

12. Existem jogos impossíveis?

13. Existem pontos cegos na loteria?

14. Devo compartilhar jogos?

15. Por que um indivíduo com apenas um único jogo ganha, enquanto que outro com 100

jogos nem uma quadra consegue?

16. É possível reinventar a loteria?

17. É possível criar um algoritmo para construir jogos lotéricos tão simples quanto o Crivo de

Eratóstenes é para números primos?

18. Para melhorar suas chances em 20 vezes só existe um caminho? Apostar 20 jogos?


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19. Seria possível 10 pessoas ganharem simultaneamente com diferentes estratégias?

20. Estaria a humanidade sofrendo uma ilusão coletiva?

21. O sistema lotérico mundial possui vulnerabilidades?

22. É possível hackear o sistema lotérico?

23. Deus seria um grande matemático?

O que há de errado em admitir que não sabemos alguma coisa? Ganhar na loteria seria

apenas um ato divino? Reconheça que tal fato não poderia ser tratado como um feliz acidente,

mas como algo, que clama por uma explicação lógica.

Não estamos cometendo um erro crasso ou qualquer heresia ao propor perguntas

profundas. Se temos uma ideia da resposta, podemos tentar explicar. Uma tentativa mesmo

incompleta proporciona nova confiança e encorajamento. Poderíamos ficar tentados a

explicar tudo que pensamos em alguns rabiscos matemáticos, provavelmente, em uma única

folha de papel. Mas é preferível envolvê-lo no problema, fazê-lo pensar nas possibilidades e

quem sabe apaixonar-se pela árdua tarefa . O caos lotérico é um frutífero desafio intelectual.

E se sentir desafiado é o melhor meio para que o intelecto humano possa vir a formular novas

respostas.

Um mau plano é melhor do que não ter nenhum plano.

Frank Marshall

De início, eu estava tentado a construir uma solução para resolver um problema

aparentemente simples. De certa forma, eu estava meio a par do mundo das loterias; e acabei

por deparar-me com uma enorme gama de objeções que fazem jus a teoria do caos, o

problema cresceu como uma bola de neve. Mas, naturalmente, ao mesmo tempo, despertou

em mim um fascínio quase esotérico, que me impulsionava em busca obsessiva de respostas.

Queria descrever o que eu fiz em poucas páginas, no entanto, posso dar quando muito uma

“vaga ideia” indicando um caminho a ser explorado. É possível que em algum universo

paralelo eu tenha sido um grande escritor ao ponto de entretê-lo durante toda uma obra

literária. Descrever ideias matemáticas para um leigo é diferente de fazê-lo para um

especialista do assunto.

No Brasil, milhões de reais são esquecidos nos cofres públicos por ganhadores que

provavelmente não corrigiram seus jogos. Portanto, não estavam cientes que havia ganho

algo.

Para resolver esta pequena distração que onerava somente o apostador, tive a ideia de

criar um serviço gratuito na internet. Seria possível armazenar, compartilhar e corrigir jogos;

as pessoas poderiam receber o resultado via email. Depois de algum tempo, elaborei algo

mais avançado, e fiz, digamos um “pequeno upgrade" de pensamento; e passei a pensar em

um tipo de aplicativo mobile com a funcionalidade de importar e exportar jogos via web,

Bluetooth e SMS. Do aplicativo mobile, baixado na internet, obteria algum lucro. É verdade que

há muitas outras tentativas no mesmo sentido na internet, mas esses aplicativos quase sempre


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se revelaram pouco práticos. E o pior, pecam por métodos obscuros ou sem uma lógica

plausível , o que é essencial para construir, no mínimo, um aprendizado gradativo.

Mesmo antes de criar o sistema web e os aplicativos mobile, parece evidente que tudo

aquilo serviria apenas para os apostadores que repetem seguidamente o mesmo jogo. Isso,

deveria representar de 2 a 5% dos milhões de apostadores. O que poderia me render alguns

milhares de reais. Porém, eu me sentia desconfortável com os outros 95% restantes.

Em geral, as pessoas quando apostam, o fazem de forma aleatória, e eu fiquei intrigado,

com o porquê deste hábito: Data de nascimento, data de casamento, placa do carro e etc. São

o máximo de organização que submetemos nossas apostas independente do grau de estudo,

da nacionalidade, do sexo ou da idade do apostador. É irônico admitir a ideia de que, apesar

do constante avanço tecnológico e a evolução de ensino, com novas teorias, novas técnicas e

novas descobertas capazes de prever o movimento de um planeta distante nos próximos 100

anos e mapear nosso código genético; esta mesma tecnologia seja incapaz de nos ajudar , de

tal forma, que ainda apostamos em loterias como há 60 anos atrás, quando os computadores

não passavam de enormes geringonças dentro de alguma sala do departamento de pesquisa

de algumas universidades.

Finalmente, ciente do problema e das soluções paliativas não aceitáveis, algo parece

bastante claro. O primeiro que impuser ordem na bagunça, poderá ganhar o mercado mundial.

Para Gauss (1777-1855) - o universo numérico representava o maior dos desafios:

encontrar estruturas e ordem onde os demais só enxergavam o caos. Este sem dúvida é o

cerne do nosso problema.

Baseado nas necessidades foi criado algumas metas de projeto, tais como:

Seria possível uma explanação visando extrair alguma espécie de sentido da desordem

natural (Gauss acreditaria firmemente que sim)?

Seria possível sistematizar de forma rigorosa as loterias independente da quantidade

de números? (David Hilbert diria que sim!)

Seria possível criar um algoritmo tão simples, que o mesmo possa ser implementado

manualmente, inclusive independente do grau de instrução do apostador?

(Eratóstenes diria que sim!)

Seria possível criar um algoritmo totalmente intuitivo onde o apostador possa abrir

mão momentaneamente dos cálculos probabilísticos, e por que também não dizer

estatísticos? (Provável sugestão de Einstein!)

Olhando para as indagações acima recordemos das aulas de criptografia, e mais

precisamente do Crivo de Erastóstenes. O Crivo de Erastóstenes é um método simples que nos

permite encontrar todos os números primos até um limite. Este algoritmo foi reproduzido em

quase todos os tratados de matemática conhecidos desde a antiguidade.

Uma vez que seja possível arquitetar uma estrutura matemática coerente que possa

abarcar todos os princípios das loterias, criando assim um método ou algoritmo eficaz. Então,

seria possível descrever todo o processo através de uma única equação? (Einstein talvez

morreria tentando buscar esta equação!) - Parece tudo muito improvável e fantasioso. A


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intuição e a lógica de nosso tempo agora nos falha, porque ambas nos induzem a parar tudo

por aqui!

Analisando com frieza, o sistema lotérico como você já deve ter percebido foi projetado

para arrecadar. Resumindo, a loteria é um sistema muito lucrativo, criado pelo governo de

diversos países, que induz as pessoas a sonharem na pequena chance de ficarem ricos. E ainda,

há aqueles que acreditam que estejam contribuindo com obras sociais de âmbito nacional. O

único problema é que o governo que a promove, não diz como apostar, de forma eficiente. A

parte ruim, contudo, é encontrar profissionais com treinamento científico incapazes de se

levantar contra tal sistema, que de certa forma, lesa a população desinformada. Há aqueles

que afirmam categoricamente existir apenas um caminho para aumentar suas chances na

loteria. O que significa mais jogos!

A verdade atual, é que o governo ganha com a nossa desorganização!

Novamente, abro espaço para algumas perguntas relevantes:

Seria possível, várias pessoas ganharem ao mesmo tempo?

Qual o grau de organização estas pessoas deveria possuir?

O otimista acha este o melhor dos mundos, já o pessimista tem certeza!

" Julius Robert Oppenheimer"

Métodos de Análise e objetivo

Os números governam o mundo!

" Pitágoras "

Entre os 23 problemas das loterias, listados no capítulo anterior, devo escolher um em

especial para ser destrinchado. Um que nos mantenha desafiados até se exaurir todas as suas

possibilidades.

Confesso que o vigésimo terceiro é muito atraente, muitas pessoas dizem ter experiências

divina ou adorariam ter. Mas eu não poderia de forma alguma explorar todas as suas nuances,

além disso, de acordo com Pascal jamais poderíamos explicar Deus através da lógica. Então,

arbitrei que o vigésimo segundo será o tema principal a ser explorado em todo esse livro.

Imagina ir á público com uma ideia tão absurda. Afinal, hackear no contexto atual geralmente

esta relacionado a algo computacional, e utilizar o termo para um sistema que mal entrou na

informatização, não soa nada bem.

No dia 27 de março de 2013, o mundo sofreu o que para muitos, foi o maior ataque hacker

de todos os tempos. Um ataque, DDOS (Distributed Denial of Service), que teve como

consequência, a lentidão de tráfego da internet em quase todo o planeta. Seria possível

submeter o sistema lotérico mundial a tal ataque?


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Tese: O sistema lotérico pode ser hackeado.

Uma tese, nada mais é que uma proposição intelectual que apresenta o resultado de

investigação complexa e aprofundada sobre tema mais ou menos amplo, com abordagem

teórica definida. O tema se caracteriza pela defesa de uma ideia, de um ponto de vista. Ou

então pelo questionamento acerca de um determinado assunto. O autor da tese trabalha com

argumentos, com fatos, com dados, que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento

de suas ideias.

Está lá no Wikipédia. Não temos que reinventar a roda, tendo ela pronta. Afinal, o que é

fruto do intelecto puro? O nosso propósito, não é descobrir quem escreveu “ O Rei Leão” mas

sim trilharmos um caminho ao objetivo definido. Claro que tentarei dar crédito a todos que me

emprestarem suas palavras.

Agora que temos um objetivo claro e uma meta a ser conquistada, devo alertar a todos,

sobre os perigos inerentes de ideias nada convencionais, que talvez venham a perturbar o seu

convívio em sociedade, o fato é, que nem sempre estas ideias serão de fácil assimilação. Pelo

caminho apresentarei conceitos diversos e estes conceitos podem balançar teorias

matemáticas ditas sólidas e outros, colocaria em cheque até mesmo a sua fé. Todos devem

estar cientes, que a maior arma de destruição em massa, não é um artefato bélico, e sim, a

mente humana.

A investigação dos mistérios da natureza exige um pensamento disciplinado, sistemático e

rigoroso cujos resultados devem ser explicáveis em teoria, submetidos ao exame crítico e se

possível validados por experimento passível de reprodução. Na tarefa de descobrir o

funcionamento de um sistema qualquer, dentro de sua esfera de atuação, precisamos de

critérios claros, métodos de investigação precisos que descartem as ilusões dos sentidos, os

preconceitos, as crenças pessoais, as superstições de todo o tipo, ou seja, precisamos de um

método científico.

O método científico é iniciado com a observação da natureza. Com base na observação e

apoiado pelo pensamento indutivo, e algumas vezes instintivo, formula-se uma hipótese que,

conforme você já deve ter percebido nada mais é, do que uma crença que se desconfia que

seja verdadeira.

A partir daí deve-se testar a hipótese, ou seja, utilizar a hipótese para verificar o fenômeno

que ela explica e, mais importante, utilizar a hipótese para prever novos fenômenos. Para

testar a hipótese será quase sempre necessário um experimento, que num ambiente

controlado possa quantificar o fenômeno. Os filósofos gregos, que há mais de 2500 anos foram

os primeiros a investigar o mundo de maneira racional e sistemática, achavam que a natureza

só poderia ser compreendida pelo uso da razão e do intelecto e por isso desdenhavam a

experiência.

Independentemente do resultado, este experimento só será considerado válido se puder

ser reproduzido por outras pessoas mantendo-se as mesmas condições. Se a hipótese se

confirma uma vez ela pode estar correta. Se a hipótese se confirma um grande número de


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vezes ela deve estar correta. Se a hipótese não se confirma ela deve ser reformulada e

novamente testada.

Quando diversas hipóteses servem para explicar o mesmo fenômeno, ou seja, é possível

explicar, prever e obter os mesmos resultados utilizando hipóteses diferentes. Neste caso a

ciência prefere adotar a hipótese mais simples, onde por mais simples se entende aquela que

usa o menor número de suposições ou que introduza o menor número de entidades novas na

ciência. Afinal, quando se faz o menor número de suposições possíveis, é menos provável que

se descubra mais tarde que uma delas estava errada. Este método é chamado de Navalha de

Ockhan.

Quando uma hipótese já reúne um número considerável de evidências, obtidas por um

grande número de pesquisadores independentes, ela pode ser promovida lei ou ajudar a

compor uma teoria.

Uma teoria científica nos permite compreender uma multidão de fatos, e até sugerir novas

direções, mas não devemos ser enganados por seus sucessos. Muita gente dirá que a teoria é

verdadeira enquanto ela funcionar. O raciocínio indutivo é usado por todos nós diariamente, e

é amplamente usado em ciência. Se tivermos evidências suficientes, a teoria parece fornecer a

base para uma conclusão segura. Mas, e se um único caso não se encaixar? Jogamos a teoria

fora, mesmo com eventuais reformulações?

Loteria Para Engenheiros

Não posso ser vencido, apenas convencido da verdade!

“John Hacker”

Desde o início da humanidade, a chave para a ambição humana tem sido a engenharia.

Um engenheiro resolve problemas, e até mesmo para algo trivial como apostar na loteria ele

não o faz de forma aleatória, ou pelo menos não deveria. Utiliza-se de todo seu conhecimento

sobre sistemas e as leis da natureza para formular mecanismos que o auxiliem em

determinada tarefa. E muitas vezes, é preciso inovar com algo nunca antes pensado; e tantas

outras vezes apenas adaptar soluções já aplicadas em outros problemas.

O nosso propósito inicial será identificar o problema de forma simples, estabelecê-lo com

clareza e descrever possíveis soluções de forma a torná-lo compreensível e passível de

investigação mais acurada por parte de outros especialistas. E quando digo “nosso” me refiro a

você que esta lendo esse livro com intuito de aprender algo, e vai nos ajudar, não só a

construir o sistema como questionar sua aplicação.

O problema inicial em questão trata-se de formular um método matemático consistente

com a teoria das probabilidades capaz de maximizar as chances de êxito, mas ao mesmo

tempo, este método deve ser simples o bastante para ser compreendido por qualquer

indivíduo independente do grau de estudo. Leis estatísticas para representar um gás foram

suficientes para a glória de Maxwell. Entretanto, não serão suficientes, apenas aproximações,

para apostadores exigentes. Uma distribuição estatística coletada num grande intervalo de


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tempo sobre cada dezena provavelmente mostraria que a probabilidade de ocorrência de

qualquer número é igual ao dos demais, com poucas discrepâncias entre um e outro.

Ao tentar sistematizar um problema, o construtor deve lançar mão dos procedimentos que

julgue serem os mais apropriados para obtenção dos resultados visados. Encontrar o método

matemático certo, faz parte do escopo deste problema. Se queremos construir um sistema

bem abrangente, no que diz respeito ao esclarecimento público, não adianta formular algo

com integrais ou derivadas, se o propósito é informar o maior número de pessoas, pois nem

todos compreendem as nuances dessas ferramentas poderosas. Assim, como não faz sentido o

uso de funções polinomiais ou nos aventurarmos pela tese de Louis Bachelier para tentar

descrever fenômenos estocásticos como este. O objetivo aqui, é determinar uma

representação mais completa da loteria: uma teoria que fosse matematicamente

demonstrável, explicável e que pudesse responder à todas as questões levantadas sobre as

qualidades observáveis das loterias. Um algoritmo de baixa tecnologia, partindo do ponto,

que a máquina mais poderosa de cálculo que nós conhecemos, está entre as nossas duas

orelhas, o cérebro humano. Portanto, a ferramenta proposta servirá apenas de auxílio a

enorme capacidade do cérebro em extrair padrões e tomar decisões estratégicas racionais ou

puramente intuitivas.

Tutoriais passo a passo são ótimos para jogadores iniciantes, mas não possuem uma

profundidade necessária para suportar a implantação de aplicações mais complexas; ou para

apoiar apostadores que querem ir além dos cenários básicos. Um pensamento sistemático e

disciplinado deve ter um embasamento matemático consistente neste caso específico. Não é

de se surpreender, que não devo abordar o tema, pensando em detalhar tudo em termos da

teoria das probabilidades e estatística. É evidente, que há possibilidade que o livro venha a

cansar o leitor ao ponto de fazê-lo jogar a toalha antes de alcançar o aprendizado mínimo; e ao

mesmo tempo restringiria a obra a ser uma leitura apenas por acadêmicos, fugindo ao

propósito de esclarecimento geral da população. Probabilidade e estatística serão abordadas

em seu devido tempo.

Existem diversos tipos de loterias espalhadas pelo mundo, mas uma vez que,

desenvolvemos um método plausível que atenda uma, poderemos aplicá-lo aos demais tipos.

Acredito que as ideias gerais possam ser transmitidas sem muita bagagem matemática. Devo

frisar que não me limitarei pela teoria matemática vigente. Se o sistema apresenta resultados

aceitáveis e não há explicação matemática coerente, então que os especialistas busquem

adaptar da melhor forma o que conhecem de sua matemática primitiva.

Não sei como será a 4ª guerra mundial, mas a 3ª será iniciada por um email!

“ John Hacker”


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A probabilidade ao se jogar sem o auxílio do sistema é tão baixa que nem aparece na escala da figura. Serão

construídos 4 sistemas de auxílio ao apostador representados em suas respectivas probabilidades a partir do ponto

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