despesa pública - aula7

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Despesa Pública Conceito Classificação Estágios Prof. Esp. Antonio Fernando Lima da Silva

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Page 1: Despesa Pública  - aula7

Despesa PúblicaConceitoClassificaçãoEstágios

Prof. Esp. Antonio Fernando Lima da Silva

Page 2: Despesa Pública  - aula7

Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).

As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extra-orçamentárias.

As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos: utilidade (atender a um número significativo de pessoas) legitimidade (deve atender uma necessidade pública real) discussão pública (deve ser discutida e aprovada pelo Poder Legislativo e pelo

Tribunal de Contas) possibilidade contributiva (possibilidade da população atender à carga tributária

decorrente da despesa) oportunidade hierarquia de gastos deve ser estipulada em lei

Divide-se, no Brasil, em despesa orçamentária e despesa extra-orçamentária.

Conceito

Page 3: Despesa Pública  - aula7

A despesa pode ser classificada nos seguintes aspectos:

quanto à natureza; quanto à competência político-

institucional; quanto à afetação patrimonial; quanto à regularidade.

Classificação

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Segundo a natureza, a despesa pode ser dividida em:

Orçamentária – é a aplicação de recursos públicos na realização dos gastos necessários à manutenção e expansão dos serviços públicos. Trata-se de despesas que integram o orçamento, ou seja, derivam da lei orçamentária ou dos créditos adicionais e, por isso, sofrem rigorosa disciplina nos arts. 12 e 13 da Lei Federal nº 4.320/64 e alterações posteriores editadas pelo órgão central do orçamento.

Exemplo: Despesas Correntes - Pessoal e Encargos Sociais; - Juros e Encargos da Dívida; - Outras Despesas Correntes.

Despesas de Capital - Investimentos; - Inversões Financeiras; - Amortização da Dívida;

Classificação - quanto à natureza

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Extra-orçamentária – constitui uma saída financeira decorrente da devolução dos recursos recebidos anteriormente a título de ingresso extraorçamentário.

Na realidade, é mais bem denominada de dispêndio extraorçamentário.

É uma despesa que não consta da lei do orçamento e compreende as diversas saídas de numerário decorrentes de devolução de cauções, pagamentos de Restos a Pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita, bem como de quaisquer valores que se revistam de características de simples transitoriedade, recebidos anteriormente e que, na oportunidade, constituíram receitas extraorçamentárias.

Classificação - quanto à natureza

Page 6: Despesa Pública  - aula7

Quanto a esse aspecto, a despesa é assim classificada:

federal – quando de responsabilidade da União, que a realiza para atendimento de seus serviços e encargos por força da Constituição, das leis e dos contratos;

estadual – quando de responsabilidade dos Estados;

municipal – quando de responsabilidade dos Municípios.

Classificação - Quanto à competência político-institucional

Page 7: Despesa Pública  - aula7

Quanto à regularidade, a despesa pode ser desdobrada em:

Ordinárias – são despesas constantes, ou seja, que são gastas na manutenção dos serviços públicos. São despesas que se repetem

em todos os exercícios.

Exemplo: pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e encargos etc.

Extraordinárias – são despesas esporádicas provocadas por circunstâncias de caráter excepcional e que, por isso, nem todos os anos aparecem nos orçamentos.

Exemplo: despesas extraordinárias decorrentes de guerras, enchentes etc.

Classificação - Quanto à regularidade

Page 8: Despesa Pública  - aula7

De acordo com a Lei 4.320/64: A Lei nº 4.320/64, em seu art. 12, dispõe

que a despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:

Despesas Correntes - Despesas de Custeio - Transferências Correntes Despesas de Capital - Investimentos - Inversões Financeiras - Transferências de Capital

Classificação - Quanto à Categoria econômica

Page 9: Despesa Pública  - aula7

Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Representam encargos que não produzem acréscimos no patrimônio, respondendo assim, pela manutenção das atividades de cada órgão/atividade.

Excluindo-se as aquisições de materiais para formação de estoques, todos os demais dispêndios correntes provocam a diminuição patrimonial (Despesa Efetiva).

- Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

- Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.

Despesa Corrente

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Consideram-se subvenções, para os efeitos desta Lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I- subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

Despesa Corrente

Page 11: Despesa Pública  - aula7

classificam-se nesta categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, resultando no acréscimo do patrimônio do órgão ou entidade que a realiza, aumentando, dessa forma, sua riqueza patrimonial.À exceção das transferências de recursos financeiros repassados a outras instituições, para realizarem Despesas de Capital, os gastos desta natureza constituem fatos permutativos nos elementos patrimoniais (Despesa por Mutações).

- Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas

que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Despesa de Capital

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Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:

I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Despesa de Capital

Page 13: Despesa Pública  - aula7

Quanto à afetação patrimonial, as despesas são divididas em:

Despesas efetivas – conjunto de despesas que contribuem para o decréscimo do patrimônio líquido do Estado. As despesas efetivas são, pois, aquelas cuja responsabilidade de pagamento o Estado obrigatoriamente assume, fixando dotações orçamentárias anuais, tais como:

despesas com pessoal e encargos sociais; juros e encargos da dívida; outras despesas correntes.

Despesas por mutações patrimoniais – são as despesas oriundas de mutações que em nada diminuem o patrimônio líquido, constituindo simples saídas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. Assim, temos:

investimentos; inversões financeiras; amortização da dívida;

Quanto à afetação patrimonial

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Obs.: Geralmente, as despesas correntes são consideradas despesas efetivas e as despesas de capital são consideradas despesas por mutação patrimonial.

Logo,

DESPESAS CORRENTES = DESPESAS EFETIVAS

DESPESAS DE CAPITAL = DESPESAS POR MUTAÇÃO PATRIMONIAL

o Exceção: Aquisição de Material de Consumo para Estoque – é uma despesa corrente, classificada como “Outras Despesas Correntes”,

o porém não é uma despesa efetiva, visto que neste caso ocorre um fato permutativo, isto é, recebe-se o material, CONTABILIZANDO A DÉBITO NO SISTEMA PATRIMONIAL, mas em contrapartida contabiliza-se a saída de numerário (CAIXA ou BANCOS) para quitação da compra ou o reconhecimento da OBRIGAÇÃO (FORNECEDORES), NO SISTEMA FINANCEIRO.

Obs.: Nesse caso, efetuam-se lançamentos nos Sistemas Orçamentário, Financeiro e Patrimonial.

Quanto à afetação patrimonial

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Obs. 2 : A compra de material para consumo imediato é classificada como despesa corrente (custeio) e despesa efetiva

* Exceção: Transferências de Capital – é uma despesa de capital, porém não é considerada uma despesa por mutação patrimonial, visto que ocorre a saída de um numerário transferido para outro ente, com o propósito de aplicação, por parte deste outro ente, em despesas de capital. Credita-se a conta Bancos, por exemplo, pela saída de numerário e debita-se a conta de Despesa de Capital Realizada (Conta de Resultado). Assim, não ocasiona um fato permutativo, pois o patrimônio é diminuído por um valor (creditado na conta Bancos) sem a contrapartida de um débito em conta patrimonial, que aumente um outro ativo ou diminua um passivo.

È válido ressaltar que as exceções aqui apresentadas são bastante cobradas em provas de concursos públicos.

Quanto à afetação patrimonial