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Mercadores

Despacho Aduaneiro de Importação

Coletânea (Normas Vigentes) Versão 2.09 - Maio de 2016

Atualizada até: Instrução Normativa RFB nº 1.601, de 14 de dezembro de 2015

Paulo Werneck

mercadores.blogspot.com www.mercadores.com.br

Page 2: Despacho Aduaneiro de Importação - · PDF fileDespacho Aduaneiro de Importação 2 EXPLICAÇÃO Este trabalho destina-se a tornar mais fácil o conhecimento e o cumprimento da legislação

Despacho Aduaneiro de Importação

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EXPLICAÇÃO

Este trabalho destina-se a tornar mais fácil o conhecimento e o cumprimento da legislação.

Em princípio apresenta as normas referentes ao assunto em tela, publicadas a partir de 1994, bem como as anteriores que ainda estejam em vigor, anotadas quanto a revogações e alterações determinadas por normas posteriores. Nas coletâneas históricas poderão ser apresentadas normas mais antigas, mesmo revogadas, com base no critério de acessibilidade.

As normas referentes ao desembaraço aduaneiro de bens destinados ao Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof) deverão ser consultadas na consolidação referente a esse regime.

Infelizmente a atualização sistemática só está sendo feita com relação às instruções normativas; as demais normas poderão estar revogadas ou desatualizadas!

Os textos foram obtidos principalmente em sítios oficiais na Internet, tais como os da Receita Federal, Presidência da República e Senado Federal, sem cotejo com o Diário Oficial da União.

Esta consolidação é fruto do trabalho do autor, não podendo ser considerado, em hipótese alguma, posição oficial da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Críticas, sugestões e demais contribuições poderão ser encaminhadas para o endereço eletrônico "mercadores=ymail.com".

É autorizada a reprodução sem finalidade comercial, desde que citada a fonte.

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Despacho Aduaneiro de Importação

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SUMÁRIO

INSTRUÇÕES NORMATIVAS ..................................................................................................... 7

Instrução Normativa SRF nº 48, de 13 de outubro de 1978 ............................................ 7

Baixa escala de depreciação para fins de cobrança do imposto de importação....... 7

Instrução Normativa SRF nº 120, de 17 de novembro de 1980 ...................................... 7

Estabelece normas para efetivação do benefício previsto no artigo 13 do Decreto-Lei nº 491/69, com a redação dada pelo artigo 9º do Decreto-Lei nº 1.428/75. ...... 7

Instrução Normativa SRF nº 95, de 27 de setembro de 1984 .......................................... 8

Dispõe sobre o tratamento fiscal nos casos de diferença de quantidade de mercadoria importada a granel. ............................................................................... 8

Instrução Normativa SRF nº 18, de 4 de março de 1985 ................................................ 9

Relaciona substâncias e produtos entorpecentes e psicotrópicos de uso proibido no Brasil (Anexo I) e substâncias entorpecentes e psicotrópicas de uso permitido (Anexo II) ................................................................................................................ 9

Instrução Normativa SRF nº 17, de 16 de janeiro de 1986 ........................................... 10

Estabelece procedimentos para a regularização fiscal dos sobressalentes adquiridos, no exterior, para uso de embarcações operadas por empresas armadoras nacionais, nos casos que específica...................................................... 10

Instrução Normativa SRF nº 126, de 11 de dezembro de 1989..................................... 11

Esclarece que não configura infração ao artigo 526, inciso IX do RA, a divergência quanto à origem e ao nome do fabricante da mercadoria, em relação ao indicado na guia de importação, nas situações que menciona. ......................... 11

Instrução Normativa DpRF nº 89, de 15 de julho de 1992 ........................................... 12

Estabelece formalidades para regularização fiscal de bens estrangeiros decorrentes de Decisão Judicial. ............................................................................................... 12

aduaneiro................................................................................................................ 13

Instrução Normativa SRF nº 1, de 3 de janeiro de 1995 ............................................... 13

Dispõe sobre o local de entrada de veículos importados, no País, e revoga a Instrução Normativa SRF nº 63, de 17 de agosto de 1994. ................................... 13

Instrução Normativa SRF nº 29, de 10 de maio de 1996 .............................................. 13

Estabelece procedimento simplificado para o despacho aduaneiro de medicamentos destinados a pessoas físicas, nas condições que especifica. .......... 13

Instrução Normativa SRF nº 83, de 30 de dezembro de 1996 ....................................... 15

Dispõe sobre a entrada em operação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), segmento importação. ........................................................................ 15

Instrução Normativa SRF nº 84, de 30 de dezembro de 1996 ....................................... 16

Estabelece procedimentos especiais para o despacho aduaneiro de importação nas situações que especifica. ........................................................................................ 16

Instrução Normativa SRF nº 74, de 29 de setembro de 1997 ........................................ 18

Disciplina o despacho aduaneiro de importação de material de emprego militar. 18

Instrução Normativa SRF nº 69, de 21 de julho de 1998 .............................................. 19

Estabelece procedimentos a serem observados no controle dos incentivos fiscais previstos nas Leis nºs 8.010, 8.032, de 1990, e 8.248, de 1991, relativos a bens destinados à pesquisa científica e tecnológica e a programa de ensino. ................ 19

Instrução Normativa SRF nº 75, de 24 de julho de 1998 .............................................. 20

Dispõe sobre a seleção manual de mercadorias para controle do valor aduaneiro no curso do despacho de importação ..................................................................... 21

Instrução Normativa SRF nº 88, de 29 de julho de 1998 .............................................. 23

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Despacho Aduaneiro de Importação

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Dispõe sobre o estorno de débito em conta-corrente bancária, efetuado de conformidade com a Instrução Normativa SRF nº 98, de 1997, e o cancelamento de DARF, na hipótese em que não ocorre registro da Declaração de Importação (DI), e dá outras providências. ............................................................................... 23

Instrução Normativa SRF nº 92, de 3 de agosto de 1998 .............................................. 25

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de componente aeronáutico, nas condições que especifica......................................................................................................... 25

Instrução Normativa SRF nº 121, de 15 de outubro de 1998 ........................................ 26

Dispõe sobre o cancelamento de direito de uso de softwares ................................ 26

Instrução Normativa SRF nº 69, de 16 de junho de 1999 ............................................. 27

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de mercadorias consideradas abandonadas por decurso de prazo em recinto alfandegado e sujeitas à pena de perdimento........... 27

Instrução Normativa SRF nº 155, de 22 de dezembro de 1999..................................... 29

Dispõe sobre a utilização de declaração simplificada na importação e na exportação. ............................................................................................................. 29

Instrução Normativa SRF nº 7, de 20 de janeiro de 2000 ............................................. 54

Divulga a lista dos acordos em vigor, firmados pelo Governo Brasileiro, com exigência de certificado de origem na importação de mercadorias. ...................... 54

Instrução Normativa SRF nº 57, de 31 de maio de 2001 .............................................. 56

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens importados para serem utilizados em serviços médicos de caráter humanitário. .............................................................. 56

Instrução Normativa SRF nº 116, de 31 de dezembro de 2001..................................... 57

Estabelece procedimentos para o despacho aduaneiro de importação de gás natural por meio de duto. ................................................................................................... 57

Instrução Normativa SRF nº 149, de 27 de março de 2002 .......................................... 59

Dispõe sobre os procedimentos de controle e verificação da origem de mercadorias importadas de Estado-Parte do Mercado Comum do Sul. ................ 59

Instrução Normativa SRF nº 210, de 30 de setembro de 2002 ...................................... 65

Disciplina a restituição e a compensação de quantias recolhidas ao Tesouro Nacional a título de tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, a restituição de outras receitas da União arrecadadas mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais e o ressarcimento e a compensação de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados. ................ 65

Instrução Normativa SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002 ........................................ 67

Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas por conta e ordem de terceiros...................................... 67

Instrução Normativa SRF nº 227, de 21 de outubro de 2002 ........................................ 68

Dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro de admissão temporária a bens destinados ao Exercício Militar Conjunto das Nações Integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Pernambuco. .............................................. 68

Instrução Normativa SRF nº 369, de 28 de novembro de 2003 .................................... 69

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de exportação sem exigência de saída do produto do território nacional, nas situações que especifica. ................................ 69

Instrução Normativa SRF nº 371, de 19 de dezembro de 2003..................................... 72

Dispõe sobre a regulamentação dos procedimentos de verificação e controle relativos ao Sistema de Certificação do Processo de Kimberley. .......................... 72

Instrução Normativa SRF nº 428, de 18 de junho de 2004 ........................................... 73

Aprova nova modalidade de acesso ao módulo Importação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). ........................................................................ 73

Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006 ......................................... 74

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Dispõe sobre a utilização de declaração simplificada na importação e na exportação. ............................................................................................................. 74

Instrução Normativa SRF nº 634, de 24 de março de 2006 ........................................ 103

Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas para revenda a encomendante predeterminado. .......... 103

Instrução Normativa SRF nº 645, de 18 de abril de 2006 ........................................... 105

Disciplina o tratamento de mercadorias importadas e exportadas que cumpriram a Política Tarifaria Comum (PTC) do Mercosul. ................................................... 105

Instrução Normativa SRF nº 646, de 18 de abril de 2006 ........................................... 108

Disciplina o tratamento de mercadorias importadas e exportadas que cumpriram o Regime de Origem Mercosul (ROM). ................................................................. 108

Instrução Normativa SRF nº 649, de 28 de abril de 2006 ........................................... 111

Estabelece procedimentos para o despacho aduaneiro de importação e de exportação de energia elétrica. ............................................................................ 111

Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006 ........................................ 113

Disciplina o despacho aduaneiro de importação. ................................................ 114

Instrução Normativa RFB nº 799, de 26 de dezembro de 2007 .................................. 155

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica. ....................................................................................... 155

Instrução Normativa RFB nº 882, de 22 de outubro de 2008 ..................................... 157

Dispõe sobre a suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a receita bruta da venda no mercado interno ou da importação de óleo combustível destinado à navegação de cabotagem e de apoio portuário e marítimo.157

Instrução Normativa RFB nº 885, de 6 de novembro de 2008 .................................... 161

Dispõe sobre o certificado de origem do Mercado Comum do Sul (Mercosul) nas transações comerciais em moeda local no âmbito do Mercosul. ......................... 161

Instrução Normativa RFB nº 1.138, de 24 de março de 2011 ..................................... 162

Dispõe sobre a utilização de formulário de declaração simplificada de importação, no caso em que especifica.................................................................................... 162

Instrução Normativa RFB nº 1.158, de 24 de maio de 2011 ....................................... 162

Altera a Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006, que disciplina o despacho aduaneiro de importação. .................................................................. 162

Instrução Normativa RFB nº 1.169, de 29 de junho de 2011 ...................................... 163

Estabelece procedimentos especiais de controle, na importação ou na exportação de bens e mercadorias, diante de suspeita de irregularidade punível com a pena de perdimento. .......................................................................................................... 163

Instrução Normativa RFB nº 1.173, de 22 de julho de 2011 ....................................... 168

Dispõe sobre a habilitação dos Eventos a se realizarem nos meses de julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações Fifa 2013 e a Copa do Mundo Fifa 2014, e das pessoas físicas e jurídicas a eles relacionadas para efeito de fruição dos benefícios de que trata a Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010................................................................................................................. 168

Instrução Normativa RFB nº 1.269, de 16 de maio de 2012 ....................................... 170

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens procedentes do exterior destinados à utilização na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). ............................................................................................................. 170

Instrução Normativa RFB nº 1.282, de 16 de julho de 2012 ....................................... 177

Dispõe sobre a descarga direta e o despacho aduaneiro de importação de mercadoria transportada a granel. ........................................................................ 177

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Despacho Aduaneiro de Importação

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Instrução Normativa RFB nº 1.293, de 21 de setembro de 2012 ................................ 180

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens procedentes do exterior destinados à utilização na Copa das Confederações Fifa 2013 e na Copa do Mundo Fifa 2014, de que trata a Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010. .................................. 180

Instrução Normativa RFB nº 1.318, de 15 de janeiro de 2013 .................................... 190

Dispõe sobre a utilização de formulário de declaração simplificada de importação, no caso em que especifica.................................................................................... 190

Instrução Normativa RFB nº 1.381, de 31 de julho de 2013 ....................................... 190

Dispõe sobre procedimentos simplificados para o despacho aduaneiro de importação e exportação de petróleo bruto, gás natural, seus derivados e biocombustíveis, nos casos em que especifica. ................................................... 190

Instrução Normativa RFB nº 1.401, de 9 de outubro de 2013 .................................... 195

Dispõe sobre o cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação. Revoga a Instrução Normativa SRF nº 572, de 22 de novembro de 2005. .................................................................................................................... 195

Instrução Normativa RFB nº 1.432, de 26 de dezembro de 2013 ............................... 196

Dispõe sobre o registro especial a que estão sujeitos os produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, estabelecimentos comerciais atacadistas e importadores de bebidas alcoólicas, e sobre o selo de controle a que estão sujeitos esses produtos, e dá outras providências. ...................................... 196

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Despacho Aduaneiro de Importação

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INSTRUÇÕES NORMATIVAS

Instrução Normativa SRF nº 48, de 13 de outubro de 1978

Publicada em 18 de outubro de 1978.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Baixa escala de depreciação para fins de cobrança do imposto de importação.

O Secretário da Receita Federal, no uso da competência que lhe foi atribuída pelo item IV da Portaria do Sr. Ministro da Fazenda nº 223, de 21 de junho de 76, resolve:

1 A base de cálculo do Imposto de Importação incidente sobre máquinas, equipamentos, veículos, aparelhos e instrumentos, bem como partes, peças, acessórios e componentes, de fabricação nacional, que retornarem ao País, após terem sido utilizados na execução de obras contratadas no exterior, conforme o disposto na alínea “o”, do § 1º do Artigo 2º do Decreto-Lei nº 1.418, de 3 de setembro de 1975, será o valor residual de que trata o item 2.

2 O valor residual dos materiais referidos no item anterior é o que resultar da aplicação dos coeficientes da tabela do item 3 ao valor FOB em cruzeiros constante da Guia de Exportação respectiva.

3 O valor residual é função do tempo decorrido da data do desembaraço aduaneiro para exportação, conforme a seguinte escala:

mais de 12 até 24 meses 0,75 mais de 24 até 36 meses 0,50 mais de 36 até 48 meses 0,25 mais de 48 até 60 meses 0,10

acima de 60 meses 0,00

3.1 Constituem exceção as carcaças de pneumáticos, classificados na posição 40.11.01.03 da NBM, que sofreram desgaste total (carecas), cujo coeficiente será 0,05, independente do tempo decorrido da data do desembaraço para exportação.

4 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação e se aplicará às exportações já processadas anteriormente com fulcro no Decreto-Lei nº 1.418/75.

Instrução Normativa SRF nº 120, de 17 de novembro de 1980

Publicada em 20 de novembro de 1980.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Estabelece normas para efetivação do benefício previsto no artigo 13 do Decreto-Lei nº 491/69,

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Despacho Aduaneiro de Importação

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com a redação dada pelo artigo 9º do Decreto-Lei nº 1.428/75.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e visando a simplificação de procedimentos na área aduaneira, em consonância com o Plano Nacional de Desburocratização, resolve:

1 No despacho aduaneiro de equipamento importado com o benefício tributário previsto no artigo 13 do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969, com a redação dada pelo artigo 9º do Decreto-Lei nº 1.428, de 2 de dezembro de 1975, deverá ser efetuado o pagamento dos tributos no valor correspondente ao percentual não alcançado pelo benefício.

2 Para fruição do benefício correspondente ao percentual atribuído, a DI será instruída também com cópia autêntica da RES/BEFIEX, concessiva do benefício, e do despacho homologatório proferido pelo Ministro da Indústria e Comércio.

2.1 Na hipótese de despacho parcial dos bens, anotar-se-á a baixa correspondente na via original da Resolução, com indicação do número da DI respectiva, devolvendo-se a via original ao interessado, de imediato.

3 Deverá ser lavrado e firmado no campo 24 da DI termo de responsabilidade, sem fiança, em que o beneficiário se comprometa a pagar o valor correspondente à parte dos tributos objeto do benefício, acrescido dos encargos legais, se inadimplido o compromisso de exportação assumido perante a BEFIEX.

4 Ultimado o desembaraço do equipamento, a repartição aduaneira remeterá, no prazo de 5 (cinco) dias, cópia da DI à BEFIEX e à DRF ou IRF de jurisdição do estabelecimento importador.

5 À vista de comunicação da BEFIEX sobre eventual inadimplemento do compromisso de exportação assumido, a repartição de jurisdição do estabelecimento importador providenciará, no prazo de 5 (cinco) dias, a cobrança do débito com os acréscimos de juros de mora e correção monetária devidos a partir da data do registro da DI, na forma da legislação em vigor.

Instrução Normativa SRF nº 95, de 27 de setembro de 1984

Publicada em 28 de setembro de 1984.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre o tratamento fiscal nos casos de diferença de quantidade de mercadoria importada a granel.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e considerando:

a ser freqüente a importação de mercadoria transportada a granel por um mesmo navio, destinada a dois ou mais importadores e com descarga em mais de um porto;

b que, na distribuição dos lotes, nem sempre é possível a rigorosa observância das quantidades nos documentos de importação;

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Despacho Aduaneiro de Importação

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c que, em razão da natureza da mercadoria e das condições de transporte, verificam-se quebras inevitáveis; e

d o princípio que se infere do artigo 25 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966,

resolve:

1 As multas, de qualquer natureza, previstas na legislação de regência, imponíveis por falta ou acréscimo de mercadorias importadas só serão aplicada, no caso de importação a granel feita por mais de um importador, para um mesmo ou mais de um porto de descarga, depois de feita a apuração global de toda a quantidade descarregada pelo navio, no País.

2 Não será exigível do transportador o pagamento de tributos em razão de falta de mercadoria importada a granel, que se comporte dentro dos seguintes percentuais

a 0,5% (meio por cento), no caso de granel líquido ou gasoso;

b 1% (um por cento), no caso de granel sólido.

3 Os Coordenadores do Sistema de Tributação e do Sistema de Fiscalização estabelecerão, em ato conjunto, as normas complementares que forem necessários para apuração das quantidades efetivamente descarregadas.

Francisco Neves Dornelles

Instrução Normativa SRF nº 18, de 4 de março de 1985

Publicada em 5 de março de 1985.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Relaciona substâncias e produtos entorpecentes e psicotrópicos de uso proibido no Brasil (Anexo I) e substâncias entorpecentes e psicotrópicas de uso permitido (Anexo II)

O Secretário da Receita Federal, em exercício, no uso de suas atribuições e considerando o disposto nas Portarias nº 3, de 31 de maio de 1984, e nº 7, de 27 de setembro de 1984, da Divisão nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos (DIMED) do Ministério da Saúde, resolve:

I As substâncias e produtos entorpecentes e psicotrópicos relacionados no Anexo I a esta Instrução Normativa são de uso proibido no Brasil.

II As importações e exportações de substâncias entorpecentes e psicotrópicos, relacionados no anexo II a esta Instrução Normativa, somente serão desembaraçadas com a autorização da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos (DIMED).

III A entrada de substâncias entorpecentes e psicotrópicos, relacionadas no Anexo II, só será permitida pelas inspetorias da Secretaria da Receita Federal no Porto do Rio de Janeiro e no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

Luiz Romero Patury Accioly

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Despacho Aduaneiro de Importação

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Instrução Normativa SRF nº 17, de 16 de janeiro de 1986

Publicada em 20 de janeiro de 1986.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Estabelece procedimentos para a regularização fiscal dos sobressalentes adquiridos, no exterior, para uso de embarcações operadas por empresas armadoras nacionais, nos casos que específica.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições, e considerando a freqüente necessidade que têm as empresas armadoras nacionais de adquirirem, no exterior, sobressalentes para utilização nos serviços de manutenção de suas embarcações, quando estas se encontram fora das águas territoriais brasileiras; considerando, ainda, que o Artigo 40 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, permite a permanência desses materiais a bordo dos veículos, desde que regularmente incluídos em listas de sobressalentes, resolve:

1 Os sobressalentes adquiridos, no exterior, pelas embarcações operadas por armadores nacionais, quando fora das águas territoriais brasileiras, observado, no que couber, o disposto no artigo 40 do Regulamento Aduaneiro, deverão ser de logo incluídos nas listas correspondentes, das referidas embarcações.

1.1 No porto de escala ou de destino, onde for mais conveniente, para a empresa, proceder ao despacho para consumo dos materiais assim adquiridos, deverá ser apresentada relação destes à fiscalização aduaneira, quando da formalização da entrada da embarcação.

1.2 A relação deverá ser feita em, no mínimo, duas (2) vias, uma das quais ficará com a fiscalização, devendo a outra, visada e datada por esta, instruir o despacho aduaneiro dos supraditos materiais.

1.3 Ocorrendo escalas antes da entrada da embarcação no porto escolhido para a providência de que trata o subitem 1.1 anterior, uma via adicional da relação será entregue à fiscalização aduaneira, por ocasião da formalização da entrada da embarcação em cada um dos portos intermediários.

2 Fica estabelecido o prazo de trinta (30) dias, contados da formalização da entrada da embarcação no porto mencionado no subitem 1.1 deste Ato, para que a empresa armadora proceda ao despacho para consumo dos materiais por ela adquiridos, os quais deverão permanecer a bordo da embarcação.

2.1 A verificação dos materiais, para efeito do despacho aduaneiro, poderá ser feita, previamente ao registro da declaração de importação, quando do recebimento da relação mencionada no acima referido subitem 1.1, no ato de formalização da entrada da embarcação.

3 Reputam-se em situação regular os materiais que foram incluídos em listas de sobressalentes apresentadas à autoridade aduaneira, quando da formalização da sua entrada, pelas embarcações já aportadas no País até a data da publicação deste Ato.

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Despacho Aduaneiro de Importação

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4 Poderia ainda ser regularizada a situação fiscal dos materiais não incluídos nas listas sobressalentes, atendidas cumulativamente as seguintes condições

a apresentação, à autoridade aduaneira do porto de matrícula da embarcação, de inventário dos referidos materiais, no prazo de sessenta (60) dias da publicação deste Ato;

b registro da declaração de importação correspondente aos mesmos materiais, em até dez (10) dias contados da apresentação do inventário mencionado na alínea "a" anterior.

5 Nos casos de que tratam os itens 2 e 4 desta Instrução Normativa, deverá constar, expressamente, do quadro 14, item 37, da declaração de importação correspondente, que a importação foi efetuada sem cobertura cambial.

6 O descumprimento das disposições desta Instrução Normativa implicará a imposição da pena de perdimento prevista no artigo 105, X, do Decreto-Lei nº 37/66 (artigo 514, X, do Regulamento Aduaneiro).

7 As disposições desta Instrução Normativa não se aplicam aos materiais acaso transportados pela embarcação, quando destinados à utilização noutra embarcação, ainda que a operadora pela mesma empresa armadora.

7.1 Na hipótese deste item, tais materiais deverão:

a ser objeto de conhecimento e constar do manifesto de carga;

b ser descarregados e entregues à administração do porto de destino, em cujos armazéns ficarão sob custódia aduaneira, até a ultimação do seu despacho para consumo.

Luiz Patury Accioly

Instrução Normativa SRF nº 126, de 11 de dezembro de 1989

Publicada em 12 de dezembro de 1989.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Esclarece que não configura infração ao artigo 526, inciso IX do RA, a divergência quanto à origem e ao nome do fabricante da mercadoria, em relação ao indicado na guia de importação, nas situações que menciona.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no § 7º, inciso III, do artigo 169 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, com a redação dada pela Lei nº 6.562, de 18 de setembro de 1978, declara:

Não configura infração, para efeito do disposto no artigo 526, inciso IX, do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, a divergência quanto à origem e ao nome do fabricante da mercadoria, em relação ao indicado na Guia de Importação, quando se tratar de partes, peças, componentes ou acessórios:

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I que acompanhem, como sobressalente, máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos ou veículos, em cuja fabricação ou montagem tenham sido utilizados partes, peças, componentes ou acessórios de origem diversa;

II que, não obstante produzidos por terceiros, sejam adquiridos diretamente de fabricante ou montador de máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos ou veículos, já importados, para fins de manutenção, assistência técnica ou reposição.

Instrução Normativa DpRF nº 89, de 15 de julho de 1992

Publicada em 16 de julho de 1992.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Estabelece formalidades para regularização fiscal de bens estrangeiros decorrentes de Decisão Judicial.

O Diretor do Departamento da Receita Federal, no uso de suas atribuições, com fundamento nos artigos 19, 116, 142, 143 e 144 do Código Tributário Nacional e nos artigos 1º e 2º do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, resolve:

Art. 1º Em cumprimento de decisão judicial relativa à regularização fiscal de bens estrangeiros, ingressados no País, será observado o disposto neste ato.

Art. 2º O lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar o fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e propor a aplicação da penalidade cabível, reportar-se-á à data da efetiva entrada do bem no território nacional, aplicando-se-lhe a taxa de câmbio e as alíquotas então vigentes.

§ 1º Na ausência de elementos indicativos da data da efetiva entrada do bem no território nacional, será considerada aquela da primeira evidência da sua presença no País.

§ 2ª Os tributos, atualizados monetariamente, serão acrescidos de multas e juros de mora da multa por falta de guia de importação.

Art. 3º A apuração da base de cálculo será procedida nos termos do Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do GATT, promulgado pelo Decreto nº 92.930, de 16 de julho de 1986, a partir de documentação e informações apresentadas pelo interessado, observando-se que:

I a valorização pelo artigo 1º do Acordo basear-se-á em documentação comprobatória da operação de compra e venda realizada no mercado externo;

II na hipótese de inaplicabilidade do método do valor de transação, dever-se-á tentar a aplicação seqüencial dos demais métodos previstos no Acordo;

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III no contexto da aplicação do artigo 7º do Acordo, poderá ser utilizada como base de cálculo, quando couber, o valor do bem apurado em avaliação judicial.

Art. 4º A formalização da regularização fiscal do bem será instrumentada por declaração de importação, apresentada pelo interessado, após o cumprimento da decisão de que trata este ato pela autoridade fiscal competente.

Art. 5º Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data da sua publicação.

aduaneiro.

Instrução Normativa SRF nº 1, de 3 de janeiro de 1995

Publicada em 6 de janeiro de 1995.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre o local de entrada de veículos importados, no País, e revoga a Instrução Normativa SRF nº 63, de 17 de agosto de 1994.

O Secretário da Receita Federal, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 140, inciso III, do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MEFP nº 606, de 3 de setembro de 1992, combinado com as disposições da Portaria MF nº 678, de 22 de outubro de 1992 e tendo em vista o disposto no artigo 250 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, com nova redação dada pelo Decreto nº 636, de 28 de agosto de 1992, resolve:

Art. 1º A entrada de veículos importados no território aduaneiro poderá ser efetuada em qualquer porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado do País.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revoga-se a Instrução Normativa nº 63, de 17 de agosto de 1994.

Alterações anotadas.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 29, de 10 de maio de 1996

Publicada em 14 de maio de 1996.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000. Alterada pela Instrução Normativa SRF nº 51, de 8 de maio de 2001.

Estabelece procedimento simplificado para o despacho aduaneiro de medicamentos destinados a pessoas físicas, nas condições que especifica.

O Secretário da Receita Federal, no uso das atribuições previstas nos artigos 420 e 452 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, resolve:

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Art. 1º O despacho aduaneiro de importação de medicamentos adquiridos no exterior, sob encomenda de pessoa física residente no Pais, e transportados, a título gratuito, por empresa que opere em serviço de transporte aéreo regular, será processado de forma simplificada, com base em declaração conforme modelo anexo, e obedecerá ao disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 2º O procedimento de despacho aduaneiro previsto nesta Instrução Normativa somente poderá ser adotado por empresa de transporte aéreo regular devidamente autorizada pela autoridade aduaneira local.

§ único No requerimento de autorização, a interessada deverá declarar expressamente que:

I os serviços por ela prestados aos destinatários das encomendas são gratuitos;

II assume o compromisso de observar rigorosamente as normas e procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa.

Art. 3º A declaração de que trata o artigo 1º, apresentada, em duas vias, por funcionário de empresa autorizada, deve ser utilizada exclusivamente para o despacho aduaneiro de medicamentos importados sob prescrição médica, observado o limite de valor total de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, para cada destinatário.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 51, de 8 de maio de 2001.

Redação original: A declaração de que trata o artigo 1º, apresentada, em duas vias, por funcionário de empresa autorizada, deve ser utilizada exclusivamente para o despacho aduaneiro de medicamentos importados sob prescrição medica, observado o limite de valor total de US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, para cada destinatário.

Art. 4º Para o transporte das encomendas, a empresa autorizada deve identificar cada volume com etiqueta própria contendo número de ordem, nome da empresa, número e origem do vôo, data do embarque e a expressão "Medicamentos destinados a pessoas físicas.

§ único Os volumes identificados na forma deste artigo devem ser apresentados a autoridade aduaneira, no local previamente indicado, imediatamente após a chegada da aeronave.

Art. 5º A declaração a que se refere o artigo 1º será instruída com:

I os originais das receitas medicas visadas pela autoridade competente do Ministério da Saúde;

II as faturas ou notas de compra dos medicamentos;

III as autorizações dos destinatários para o despacho aduaneiro.

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Art. 6º Aos medicamentos submetidos a despacho aduaneiro na forma deste Ato será aplicado o regime de tributação simplificada, regulamentado pela Portaria MF nº 156, de 24 de junho de 1999.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 51, de 8 de maio de 2001.

Redação original: Aos medicamentos submetidos a despacho aduaneiro na forma deste Ato será aplicado o regime de tributação simplificada, regulamentado pela Portaria nº 316, de 28 de dezembro de 1995.

Art. 7º Os medicamentos importados nos termos Desta Instrução Normativa não podem destinar-se à revenda.

Art. 8º A autorização concedida a empresa transportadora terá caráter precário e poderá ser suspensa ou cancelada pela autoridade aduaneira local, sem prejuízo das demais penalidades previstas na legislação em vigor, sempre que ficar constatado ter a mesma descumprido as normas estabelecidas neste Ato.

§ 1º Aplica-se a suspensão da autorização, pelo prazo de trinta dias, a empresa que, após ter sido advertida pela autoridade aduaneira, reincidir no descumprimento das normas estabelecidas.

§ 2º Será cancelada a autorização de empresa para a qual tenha sido aplicada a suspensão, nos termos do parágrafo anterior, e reincidir na falta.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 83, de 30 de dezembro de 1996

Publicada em 31 de dezembro de 1996.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre a entrada em operação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), segmento importação.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no artigo 1º da Portaria Interministerial MF/MICT nº 291, de 12 de dezembro de 1996, resolve:

Art. 1º O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) (segmento importação) entrará em operação no dia 1º de janeiro de 1997.

Art. 2º O Siscomex funcionará ininterruptamente, inclusive nos sábados, domingos e feriados, exceto no horário destinado às atividades de manutenção do sistema.

§ único As atividades de manutenção do sistema serão realizadas diariamente, entre zero e duas horas (horário de Brasília).

Art. 3º A Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA) e a Coordenação-Geral de Tecnologia e de Sistemas de Informação (COTEC), no âmbito de suas

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respectivas competências, adotarão as providências cabíveis visando tornar indisponíveis, para os usuários do Siscomex, as informações protegidas por sigilo fiscal.

Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 84, de 30 de dezembro de 1996

Publicada em 31 de dezembro de 1996.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Estabelece procedimentos especiais para o despacho aduaneiro de importação nas situações que especifica.

O Secretário da Receita Federal, no uso das suas atribuições e tendo em vista o disposto no artigo 420 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, e no parágrafo único do artigo 8º do Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, resolve:

Art. 1º Nos casos em que não seja possível o acesso ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas, o despacho aduaneiro de importação será realizado em conformidade com os procedimentos especiais estabelecidos nesta Instrução Normativa.

Art. 2º Compete ao chefe da Unidade da SRF de despacho da mercadoria, no âmbito de sua jurisdição, reconhecer a impossibilidade de acesso ao Siscomex e autorizar a adoção dos procedimentos especiais de que trata esta Instrução Normativa.

Art. 3º O despacho aduaneiro de mercadoria cujo registro da respectiva declaração de importação já tenha sido efetivado no Siscomex terá prosseguimento mediante procedimento manual, conforme a fase em que se encontre, tendo por base o extrato da declaração registrada ou a cópia dessa declaração extraída do equipamento do importador, e por ele apresentados, em duas vias, à Unidade da SRF de despacho da mercadoria.

§ 1º Nos casos em que a interrupção do acesso ao Siscomex tenha ocorrido após ter sido efetivada a recepção dos documentos que instruam a declaração, as providências para a continuidade do despacho aduaneiro serão adotadas de ofício.

§ 2º A distribuição da declaração para o exame documental e verificação da mercadoria será feita por funcionário fiscal designado pelo chefe da Unidade da SRF de despacho.

§ 3º Os funcionários responsáveis pela recepção dos documentos entregues pelo importador, bem como pela realização do exame documental e verificação da mercadoria, devem utilizar o verso da primeira via do extrato ou cópia da declaração para fazer as anotações relativas às divergências constatadas e as exigências a serem cumpridas pelo importador.

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Art. 4º Quando a impossibilidade de acesso ao Siscomex não estiver restrita a Unidade da SRF de despacho o importador poderá dar início ao despacho aduaneiro da mercadoria por meio da apresentação de declaração preliminar formulada mediante utilização do modulo Orientador e apresentada em duas vias, sendo a primeira via destinada à Unidade da SRF de despacho e a segunda via ao importador.

§ 1º Para o registro da declaração preliminar o importador deverá apresentar:

I Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), comprovante do pagamento dos tributos devidos ou, no caso de mercadoria importada com suspensão de impostos, a correspondente garantia, nos termos da legislação especifica;

II cópia da licença de Importação registrada no Siscomex, no caso de operação de importação sujeita a licenciamento não automático;

III os demais documentos exigidos para o processamento do despacho aduaneiro da mercadoria.

§ 2º Não será efetivado o registro de declaração preliminar relativa a mercadoria não comprovadamente chegada em recinto alfandegado jurisdicionado à Unidade da SRF de despacho.

Art. 5º A declaração preliminar referida no artigo anterior, após o seu registro, subsiste para os efeitos previstos no artigo 87 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985.

§ único O registro da declaração será efetivado com a atribuição de número e data.

Art. 6º A mercadoria submetida a despacho na forma dos artigos 3º e 4º não será entregue ao importador:

I sem a apresentação da autorização emitida pelo órgão competente, quando estiver sujeita a controle específico;

II sem o pagamento do crédito tributário apurado na conferência aduaneira e não pago previamente ao registro da declaração, com os acréscimos e penalidades cabíveis.

Art. 7º Até o dia seguinte ao do restabelecimento do acesso ao Siscomex, o importador deverá providenciar o registro da declaração de importação no sistema ou a regularização da declaração já registrada, conforme o caso.

§ único O importador que deixar de cumprir, por razões não justificadas, a obrigação prevista neste artigo, será obrigatoriamente selecionado para o canal vermelho de conferência aduaneira, bem como não poderá utilizar-se da faculdade prevista no artigo 4º, pelo prazo de trinta dias.

Art. 8º No prazo máximo de dois dias úteis após restabelecido o acesso ao Siscomex, deverão ser adotadas, relativamente aos despachos realizados nos termos desta Instrução Normativa, as seguintes providências, ainda não efetivadas, por funcionário fiscal para esse fim designado pelo chefe da Unidade da SRF de despacho da mercadoria:

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I verificação da correspondência entre os dados da declaração preliminar ou do extrato ou cópia da declaração apresentada pelo importador e aqueles da declaração registrada no Siscomex;

II recepção, no Siscomex, dos documentos apresentados pelo importador por ocasião do despacho aduaneiro da mercadoria;

III formulação das exigências que se fizerem necessárias, para ciência e cumprimento pelo importador;

IV desembaraço aduaneiro da mercadoria, no Siscomex, após o atendimento das exigências formuladas;

V emissão do Comprovante de Importação, para entrega ao importador.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor no dia 1º de janeiro de 1997.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 74, de 29 de setembro de 1997

Publicada em 23 de outubro de 1997.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Disciplina o despacho aduaneiro de importação de material de emprego militar.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe é conferida pelo artigo 420 do Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1.995, e tendo em vista o disposto na Lei nº 4.731, de 14 de julho de 1965, resolve:

Art. 1º O despacho aduaneiro de importação de material de emprego militar terá por base declaração formulada pelo órgão importador, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), observado o disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 2º A declaração de importação de material de emprego militar será formulada, exclusivamente, nas importações promovidas por organização militar indicada pela autoridade competente do respectivo Ministério, para esse fim designada por seu titular, e habilitada pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro.

Art. 3º O importador habilitado nos termos do artigo anterior deverá informar, na declaração de importação, tratar-se de despacho aduaneiro de material de emprego militar, mediante a indicação do código de enquadramento legal correspondente, conforme tabela no Siscomex.

Art. 4º Deverão ser formuladas declarações distintas para material de "uso sigiloso" e de "uso não sigiloso", assim classificados por autoridade competente da respectiva Força Armada, especialmente designada pelo seu titular.

Par. único Tratando-se de material de uso sigiloso poderá ser utilizado, para identificação da mercadoria, o código do nível de subitem da respectiva posição tarifária (oito dígitos) correspondente a "outros", seguido da expressão "material de uso sigiloso", no campo destinado à descrição detalhada da mercadoria, dispensada a indicação da Nomenclatura de Valor e Estatística (NVE).

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Art. 5º O registro da declaração caracteriza o início do despacho aduaneiro e poderá ser efetivado antes da chegada da mercadoria importada na unidade de despacho da Secretaria da Receita Federal.

Art. 6º A declaração de que trata este Ato será instruída exclusivamente com a via original do conhecimento de carga ou documento equivalente.

Par. único A fatura comercial será mantida sob a guarda do importador, à disposição da fiscalização aduaneira, pelo prazo de cinco anos, contado da data do desembaraço.

Art. 7º A declaração de importação referente a despacho aduaneiro de material de uso sigiloso, formulada nos termos desta Instrução Normativa, será direcionada para o canal verde de conferência aduaneira.

Art. 8º As mercadorias não classificadas como material de emprego militar, importada pela organização militar, serão submetidas a despacho aduaneiro segundo os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa nº 69, de 10 de dezembro de 1996.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de novembro de 1997.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 69, de 21 de julho de 1998

Publicada em 24 de julho de 1998.

Alterada pela Instrução Normativa SRF nº 133, de 16 de novembro de 1999. Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Estabelece procedimentos a serem observados no controle dos incentivos fiscais previstos nas Leis nºs 8.010, 8.032, de 1990, e 8.248, de 1991, relativos a bens destinados à pesquisa científica e tecnológica e a programa de ensino.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições, e tendo em vista a Decisão nº 363, de 17 de junho de 1998, do Tribunal de Contas da União, resolve:

Art. 1º As unidades da Secretaria da Receita Federal deverão observar, por ocasião do despacho aduaneiro de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, importados por entidades beneficiárias das isenções previstas na Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990, as normas legais e regulamentares que determinam a exigência de licenciamento não automático (LI), e as que prevêem a apresentação, além de outros exigidos pela legislação aduaneira, dos seguintes documentos:

I certidão negativa de débitos referente às contribuições previdenciárias;

II certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);

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III certidão de quitação de tributos e contribuições federais administrados pela Secretaria da Receita Federal.

Art. 2º O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deverá remeter, mensalmente, à Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA), da Secretaria da Receita Federal, nos termos do artigo 2º, § 2º, alínea "a", da Lei nº 8.010, de 1990, relação das entidades importadoras.

§ 1º A relação referida no caput deste artigo poderá ser remetida por meio eletrônico.

§ 2º A COANA providenciará, no prazo de trinta dias, contado do recebimento da relação de que trata este artigo, o cotejamento das informações prestadas pelo CNPq, com as importações efetivamente realizadas pelas entidades beneficiárias, de acordo com os registros constantes da base de dados do Sistema Integrado do Comércio Exterior (Siscomex).

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 133, de 16 de novembro de 1999.

Redação original: O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), deverá remeter, mensalmente, à Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA), da Secretaria da Receita Federal, nos termos do artigo 2º, § 2º, alínea a, da Lei nº 8.010, de 1990, relação das entidades importadoras, bem assim das mercadorias autorizadas, valores e quantidades.

Par. único Recebidas as relações mencionadas no caput deste artigo, a COANA providenciará, no prazo de trinta dias, o cotejamento das importações autorizadas pelo CNPq com as efetivamente realizadas pelas entidades beneficiárias das isenções previstas na Lei nº 8.010, de 1990.

Art. 3º As ocorrências verificadas nas entidades fiscalizadas, relativas à aplicação indevida dos incentivos fiscais previstos na Lei nº 8.010, de 1990, nos artigos 2º, inciso I, alínea e, e 3º, inciso I, da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e no artigo 8º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, deverão ser comunicadas ao CNPq pela COANA ou pela Coordenação-Geral do Sistema de Fiscalização (COFIS), conforme o caso, para adoção das medidas cabíveis.

Art. 4º A COANA desenvolverá programa especial de fiscalização conjunta com o CNPq nas entidades a que se refere o item 8.4 da Decisão nº 363/98-TCU, nominadas nos itens 2 a 44 das folhas 143 e 144 do Processo TCU nº 019.702/95-7, que apresentaram indícios de aplicação indevida dos incentivos previstos na Lei nº 8.010, de 1990, devendo a execução do referido programa iniciar-se no prazo de trinta dias, contado da data de publicação desta Instrução Normativa.

Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 75, de 24 de julho de 1998

Publicada em 28 de julho de 1998.

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Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre a seleção manual de mercadorias para controle do valor aduaneiro no curso do despacho de importação

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no artigo 1º da Portaria nº 28, de 16 de fevereiro de 1998, do Ministro da Fazenda, resolve:

Art. 1º As mercadorias objeto de declaração de importação selecionada para os canais amarelo ou vermelho de conferência aduaneira poderão ser submetidas ao controle do valor aduaneiro no curso do despacho de importação, de acordo com o estabelecido nesta Instrução Normativa SRF.

§ 1º O procedimento de controle referido neste artigo poderá ser adotado quando se tratar de importações que apresentem indícios de fraude no valor aduaneiro declarado, considerando os preços usualmente praticados em importações de mercadorias idênticas ou similares.

§ 2º A seleção para o controle do valor aduaneiro, na hipótese de que trata este artigo, será realizada mediante procedimento manual, a critério do titular da Unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria.

Art. 2º O importador será cientificado sobre:

I as adições da declaração cujas mercadorias tenham sido selecionadas para o controle do correspondente valor aduaneiro, de acordo com o estabelecido nesta Instrução Normativa;

II o valor da garantia a ser prestada para fins de desembaraço das mercadorias antes da conclusão do controle do valor aduaneiro, quando o valor declarado for inferior àquele usualmente praticado em importações idênticas ou similares; e

III a obrigatoriedade de apresentação da Declaração de Valor Aduaneiro (DVA), conforme modelo instituído pela Instrução Normativa SRF nº 16, de 16 de fevereiro de 1988, e dos documentos justificativos do valor aduaneiro declarado.

§ 1º O valor da garantia referida no inciso II deste artigo será estabelecido pelo titular da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro, tomando por base o valor unitário médio de mercadorias idênticas ou similares importadas.

§ 2º A apresentação dos documentos de que trata o inciso III deste artigo deve ocorrer no prazo de oito dias, contado da data da ciência, prorrogável por igual período, à vista de pedido justificado.

Art. 3º O desembaraço aduaneiro das mercadorias selecionadas para o controle do valor aduaneiro nos termos desta Instrução Normativa somente será realizado após a apresentação da DVA e da prestação da correspondente garantia, exigidas de acordo com o artigo anterior, sem prejuízo do estabelecido nos artigo 23, 42, 43 e 44 da Instrução Normativa SRF nº 16, de 16 de fevereiro de 1988.

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§ 1º O desembaraço aduaneiro será procedido pelo servidor para o qual a declaração de importação for distribuída nas etapas de exame documental ou de verificação física, de conformidade com o canal de conferência aduaneira a ela atribuído no SISCOMEX.

§ 2º Quando o desembaraço aduaneiro for realizado antes da conclusão do controle do valor aduaneiro, o importador deverá ser cientificado de que permanece sob procedimento fiscal, para os efeitos do inciso I do artigo 7º do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972.

Art. 4º O exame do valor aduaneiro de mercadoria selecionada para controle nos termos desta Instrução Normativa será realizado de conformidade com os procedimentos estabelecidos para o exame conclusivo nos artigo 30 a 40 da Instrução Normativa SRF nº 16, de 16 de fevereiro de 1988.

Art. 5º Quando, na concessão do regime de trânsito aduaneiro, forem verificados indícios de fraude relativamente ao valor declarado, nos termos do § 1º do artigo 1º desta Instrução Normativa, a Unidade que conceder esse regime deverá expedir imediata comunicação à Unidade de destino do trânsito, recomendando que esta examine o valor aduaneiro declarado no correspondente despacho de importação, de conformidade com o estabelecido neste ato.

Art. 6º No caso de os indícios de fraude de que trata esta Instrução Normativa serem verificados após o registro do desembaraço automático da mercadoria, pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), em decorrência de a correspondente declaração de importação ter sido selecionada para o canal verde de conferência, a Unidade que tomar conhecimento do fato deverá adotar as providências necessárias para o início do procedimento de revisão aduaneira, em caráter prioritário.

Art. 7º O procedimento de seleção manual de mercadorias para o controle do valor aduaneiro, estabelecido nesta Instrução Normativa, não se aplica a mercadorias classificadas em posição ou item tarifário cujo controle do valor aduaneiro já tenha sido objeto de tratamento no Siscomex, de acordo com comunicação interna expedida pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro.

Art. 8º A Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro estabelecerá os procedimentos específicos que devam ser adotados pelas Unidades da SRF na execução do controle do valor aduaneiro declarado, bem como as informações que devam ser a ela remetidas periodicamente, para fins de acompanhamento e avaliação dessa atividade.

Art. 9º O § 3º do artigo 6º da Instrução Normativa SRF nº 69, de 10 de dezembro de 1996, introduzido pelo artigo 54 da Instrução Normativa SRF nº 16, de 16 de fevereiro de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação:

Alterações anotadas.

Art. 10 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de agosto de 1998 até 31 de dezembro de 1999.

Art. 11 Fica revogado o artigo 6º da Instrução Normativa SRF nº 40, de 13 de abril de 1998.

Alterações anotadas.

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Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 88, de 29 de julho de 1998

Publicada em 4 de agosto de 1998.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000. Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 965, de 14 de agosto de 2009

Dispõe sobre o estorno de débito em conta-corrente bancária, efetuado de conformidade com a Instrução Normativa SRF nº 98, de 1997, e o cancelamento de DARF, na hipótese em que não ocorre registro da Declaração de Importação (DI), e dá outras providências.

O Secretário da Receita Federal, no uso da competência prevista na Portaria MF nº 371, de 29 de julho de 1985, resolve:

Art. 1º A agência bancária arrecadadora que receber pedido de cancelamento de débito, por meio do Siscomex, deve promover o respectivo estorno na conta-corrente bancária, debitada conforme a Instrução Normativa SRF nº 98, de 29 de dezembro de 1997, na mesma data da solicitação do cancelamento do débito.

§ 1º O cancelamento será solicitado, automaticamente, pelo próprio Siscomex, na mesma data em que houver sido solicitada a realização do débito.

§ 2º Quando se tratar de solicitação de débito efetuada após às vinte e três horas, o pedido de cancelamento, pelo Siscomex, deverá ser efetuado até às três horas do dia seguinte.

§ 3º Na hipótese de que trata o parágrafo anterior, a agência bancária arrecadadora deverá efetuar o estorno na conta-corrente bancária com a mesma data da realização do débito.

Art. 2º Será aplicada multa de cinco mil reais, por dia de atraso, à agência arrecadadora que não promover o estorno nas datas referidas no artigo anterior.

Par. único A multa de que trata este artigo será limitada ao maior valor entre a importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e o valor do débito estornado com atraso.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 965, de 14 de agosto de 2009.

Art. 3º Acrescentar, ao artigo 5º da Instrução Normativa SRF nº 48, de 18 de outubro de 1995, os seguintes incisos:

IV Declaração do agente arrecadador, no caso de pedido, por ele formulado, de cancelamento de DARF gerado por meio de débito automático em conta corrente, sem o correspondente registro da Declaração de Importação, contendo os seguintes dados, transmitidos pelo Siscomex no ato da solicitação do referido débito (hipótese prevista no inciso VI do artigo 6º):

a número do protocolo de transmissão;

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b códigos do banco e da agência debitada;

c número da conta-corrente debitada;

d código da Unidade Local de despacho.

V Cópia do documento considerado, indevidamente, como DARF, na prestação de contas da arrecadação (hipótese prevista no inciso VII do artigo 6º).

A norma afetada dispõe sobre pedidos de cancelamento, retificação de erros e comprovação de pagamentos efetuados por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), e dá outras providências.

Art. 4º Acrescentar, ao artigo 6º da Instrução Normativa SRF nº 48, de 18 de outubro de 1995, os incisos VI e VII e o § 5º, com a seguinte redação:

VI quando houver débito automático em conta-corrente, por meio do Siscomex, sem que tenha sido efetuado o correspondente registro da Declaração de Importação (DI);

VII prestação de contas, indevida, de outros documentos de arrecadação como sendo DARF.

§ 5º Na hipótese do inciso VI deste artigo, o cancelamento fica condicionado à confirmação da não efetivação do registro da DI, pelo titular da unidade da Receita Federal, consignada na declaração de que trata o inciso IV do artigo 5º.

A norma afetada dispõe sobre pedidos de cancelamento, retificação de erros e comprovação de pagamentos efetuados por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), e dá outras providências.

Art. 5º Acrescentar parágrafo único ao artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 34, de 2 de abril de 1998, com a seguinte redação:

Alterações anotadas.

Art. 6º O processo referente a débito realizado por meio do Siscomex, antes da publicação desta Instrução Normativa, sem que tenha sido efetuado o correspondente registro da DI, será formalizado e tramitará, até a sua conclusão, observando-se os procedimentos da Instrução Normativa SRF nº 34, de 2 de abril de 1998, exceto no que se refere ao encaminhamento à Coordenação-Geral de Tecnologia e de Sistemas de Informação (COTEC) referido em seu artigo 5º.

Art. 7º Considerar-se-á cumprida a determinação contida na Circular Ministerial nº 10, de 1934, pela verificação e anotação, nos sistemas de controle de pagamentos da SRF, da efetivação da restituição ou compensação.

Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Ficam revogados o inciso "b" do § 1º do artigo 2º e o artigo 5º, todos da Instrução Normativa SRF nº 34, de 2 de abril de 1998.

Alterações anotadas.

Everardo Maciel

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Instrução Normativa SRF nº 92, de 3 de agosto de 1998

Publicada em 4 de agosto de 1998.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de componente aeronáutico, nas condições que especifica.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e da competência que lhe foi delegada pela Portaria MF nº 371, de 29 de julho de 1985, resolve:

Art. 1º O despacho aduaneiro de importação de componente aeronáutico destinado à reposição de outro anteriormente importado que, após o desembaraço aduaneiro, se tenha revelado imprestável à sua finalidade será realizado de acordo com o disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 2º O despacho a que se refere o artigo anterior aplica-se ao componente importado por empresas aéreas de transporte de carga ou de passageiro, nacionais ou estrangeiras, estabelecidas no País e será realizado sem registro no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), com base na Declaração Simplificada de Importação.

Art. 3º O despacho aduaneiro do componente subordina-se ao cumprimento das seguintes condições:

I que a importação ocorra dentro do prazo de garantia do componente imprestável ou, na inexistência desta, no prazo de cento e oitenta dias, contado da data do seu desembaraço aduaneiro;

II comprovação da imprestabilidade do componente importado, mediante declaração do importador, acompanhada de laudo técnico, firmado por profissional regularmente habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura;

III que o componente destinado à reposição seja idêntico ao componente imprestável e em igual quantidade e valor.

Art. 4º O componente imprestável deverá ser devolvido ao exterior, ou destruído sob controle aduaneiro, previamente ou após o despacho aduaneiro do componente destinado à reposição.

§ 1º Na hipótese de devolução ou destruição a posteriori, o importador deverá adotar qualquer dessas providências no prazo de trinta dias, contado da data do desembaraço do componente importado.

§ 2º A obrigação referida no parágrafo anterior deverá ser constituída em termo de responsabilidade, firmado pelo importador por ocasião do despacho aduaneiro do componente importado, e o seu inadimplemento ensejará a aplicação da multa prevista no artigo 526, inciso IX, do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, sem prejuízo do cumprimento das medidas necessárias à nacionalização e ao despacho para consumo do componente destinado à reposição, observado, quanto ao termo de

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responsabilidade, o disposto na Instrução Normativa SRF nº 84, de 27 de julho de 1998.

Art. 5º A devolução do componente imprestável far-se-á mediante despacho de exportação com processamento sumário.

Art. 6º A reposição disciplinada nos artigos anteriores não se confunde com a troca de componente importado:

I realizada na vigência dos prazos referidos no inciso I do artigo 3º, por outro não idêntico, ou que seja de valor ou em quantidade diferente;

II realizada após o vencimento dos prazos mencionados no inciso I do artigo 3º, em qualquer condição.

§ 1º Na ocorrência das situações previstas neste artigo, são exigíveis os tributos incidentes na importação do componente substituto, sem prejuízo da aplicação das normas de valoração aduaneira para efeito da apuração da base de cálculo correspondente, inclusive nas operações que incluam troca de mercadoria.

§ 2º Nas hipóteses deste artigo, os despachos aduaneiros de exportação e importação dos componentes submetidos à troca deverão ser vinculados, sem benefício de ordem, e realizados com base em declarações registradas no Siscomex.

§ 3º Os despachos aduaneiros de componente aeronáutico, nas condições previstas neste artigo, serão realizados sem prejuízo das normas de natureza cambial e de controle administrativo.

Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 121, de 15 de outubro de 1998

Publicada em 16 de outubro de 1998.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre o cancelamento de direito de uso de softwares

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no artigo 190, inciso III, da Portaria MF nº 227, de 3 de setembro de 1998, resolve:

Art. 1º Os direitos de uso dos softwares destinados à emulação de terminais e conexão, incluídos no pacote relativo ao Perfil Importador do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), distribuídos a partir da data de entrada em vigor desta Instrução Normativa serão cancelados sempre que deixarem de ser utilizados por período superior a 90 dias.

Art. 2º Ficam cancelados os direitos de uso dos softwares referidos no artigo anterior distribuídos e não utilizados no período de 1º de abril a 30 de setembro de 1998.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

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Instrução Normativa SRF nº 69, de 16 de junho de 1999

Publicada em 18 de junho de 1999.

Alterada pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999. Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de mercadorias consideradas abandonadas por decurso de prazo em recinto alfandegado e sujeitas à pena de perdimento.

O Secretário da Receita Federal, no uso das suas atribuições, e tendo em vista o disposto nos artigos 18, 19 e 20 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, combinado com o artigo 4º do Decreto-Lei nº 1.042, de 21 de outubro de 1969, e com o artigo 6º do Decreto-Lei nº 2.120, de 14 de maio de 1984, resolve:

Art. 1º O procedimento para a aplicação da pena de perdimento decorrente das infrações a que se referem os incisos II e III do artigo 23 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, de mercadorias que permaneçam em recintos alfandegados será iniciado, imediatamente ao decurso dos seguintes prazos:

I noventa dias após a descarga, sem que tenha sido iniciado o seu despacho aduaneiro;

II sessenta dias da data da interrupção do despacho aduaneiro, por ação ou omissão do importador ou seu representante;

III sessenta dias da data da notificação do proprietário da mercadoria proveniente de naufrágio e outros acidentes;

IV quarenta e cinco dias após esgotar-se o prazo fixado para permanência em recinto alfandegado de zona secundária;

V quarenta e cinco dias sem que o viajante inicie o respectivo despacho aduaneiro de mercadoria não conceituada como bagagem.

Art. 2º O importador, antes de aplicada a pena de perdimento, poderá iniciar ou retomar o respectivo despacho aduaneiro, mediante o cumprimento das formalidades exigidas e o pagamento dos tributos incidentes na importação, acrescidos dos juros e da multa de mora, e das despesas decorrentes da permanência da mercadoria no recinto alfandegado.

§ 1º Os juros e a multa de mora de que trata este artigo são devidos mesmo nos casos em que não tenha sido lavrado o auto de infração relativo ao perdimento.

§ 2º O procedimento de que trata este artigo será autorizado em despacho fundamentado da autoridade competente para aplicar a pena de perdimento que, no mesmo despacho, tornará insubsistente o respectivo auto de infração.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999.

§ 3º A autorização de que trata o parágrafo anterior não será efetivada se ficar constatado intuito doloso na inobservância do prazo.

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Art. 3º Para efeito de cálculo dos tributos devidos, e dos juros e da multa de mora, considera-se ocorrido o fato gerador:

I na data em que se configure o abandono da mercadoria pelo decurso do prazo de permanência em recinto alfandegado, nas hipóteses referidas nos incisos I, III e IV do artigo 1º; e

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999.

II na data de registro da declaração de importação de mercadoria despachada para consumo, nas hipóteses dos incisos II e IV do artigo 1º.

Art. 4º A pena de perdimento, aplicada nas hipóteses a que se refere o artigo 1º, poderá ser convertida, a requerimento do importador, antes de ocorrida a destinação, em multa equivalente:

I ao valor dos tributos devidos, na hipótese prevista no inciso V, sem prejuízo de aplicação da multa tipificada na alínea "c", do inciso II, do artigo 521 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985; e

II ao valor aduaneiro da mercadoria, nas demais hipóteses.

§ 1º Considera-se ocorrida a destinação da mercadoria a partir da assinatura do correspondente Ato Declaratório ou Termo de Destruição, conforme o caso.

§ 2º O chefe da unidade de despacho deverá, no respectivo processo, declarar convertida a pena de perdimento em multa e autorizar o início ou a retomada do despacho aduaneiro.

Art. 5º Após a ciência do deferimento do pleito, o importador deverá providenciar o início ou a retomada do despacho no prazo de trinta dias, assim como cumprir as exigências de que tratam os artigos 2º ou 4º, conforme o caso.

Art. 6º Serão aceitas as solicitações de reconhecimento de imunidade, isenção ou redução tributárias e de tratamento preferencial decorrente de acordo internacional firmado pelo Brasil, bem como a indicação de destaque ex, desde que, na data de ocorrência do fato gerador do imposto de que tratam os incisos I e II do artigo 3º, estejam atendidos os requisitos previstos na legislação específica.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999.

\Par. único O disposto neste artigo aplica-se também nas hipóteses da suspensão do pagamento de tributos e de admissão de mercadorias em regimes aduaneiros especiais ou atípicos.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999.

Art. 7º A entrega da mercadoria ao importador fica condicionada à comprovação do cumprimento das exigências de que trata o artigo 5º e ao atendimento das normas de controle específicas a cargo de outros órgãos.

§ 1º O despacho aduaneiro de importação terá por base Declaração de Importação formulada pelo importador.

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§ 2º As declarações de importação relativas a mercadorias que se encontrem nas situações tipificadas nos incisos I, III e IV do artigo 1º serão formuladas no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA), enquanto não for implementada função específica no sistema.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999.

Art. 8º Fica assegurada, a critério do interessado, a continuidade dos processos administrativos iniciados antes de 29 de dezembro de 1998, data de vigência da Medida Provisória nº 1.778, de 1998, convertida na Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, tendo por base os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa nº 18, de 19 de março de 1980, alterada pela Instrução Normativa nº 23, de 8 de abril de 1981.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 109, de 2 de setembro de 1999.

Art. 9º Ficam revogados a Instrução Normativa SRF nº 18, de 19 de março de 1980 e o inciso III, da Instrução Normativa SRF nº 23, de 8 de abril de 1981.

Alterações anotadas.

A Instrução Normativa SRF nº 23/1981 encontra-se na coletânea "Bagagem".

Art. 10 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 155, de 22 de dezembro de 1999

Publicada em 22 de dezembro de 1999.

Retificada em 29 de dezembro de 1999 e 6 de janeiro de 2000. Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000. Alterada pelas Instruções Normativas SRF nº 125, de 25 de janeiro de 2002, nº 240, de 6 de novembro de 2002 e nº 427, de 15 de junho de 2004.

Dispõe sobre a utilização de declaração simplificada na importação e na exportação.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições e considerando o disposto nos artigos 418, § 1º, 420 e 440 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, resolve:

Art. 1º Os despachos aduaneiros de importação e de exportação, nas situações estabelecidas nesta Instrução Normativa, poderão ser processados com base em declaração simplificada.

DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO

Art. 2º A Declaração Simplificada de Importação (DSI) será formulada pelo importador ou seu representante em microcomputador conectado ao Sistema Integrado de

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Comércio Exterior (Siscomex), mediante a prestação das informações constantes do Anexo I.

Par. único Excluem-se do procedimento estabelecido neste artigo as importações de que tratam os artigos 4º e 5º, que serão submetidas a despacho aduaneiro mediante a utilização de formulário próprio.

Art. 3º A DSI apresentada de conformidade com o estabelecido no caput do artigo anterior será utilizada no despacho aduaneiro de bens:

I importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e freqüência que não caracterize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

II importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

III recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por:

a órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou

b instituição de assistência social;

IV submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas no artigo 5º da Instrução Normativa nº 150, de 20 de dezembro de 1999;

V reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do regime de exportação temporária; e

VI que retornem ao País em virtude de:

a não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação;

b defeito técnico, para reparo ou substituição;

c alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou

d guerra ou calamidade pública.

VII contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

VIII contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintes situações:

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a a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o inciso IV deste artigo;

b reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo; ou

c a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou

d destinados a revenda;

IX integrantes de bagagem desacompanhada;

X importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; e

XI industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

XII Importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, com os benefícios do Decreto-lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 242, de 6 de novembro de 2002.

XIII importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou freqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

Art. 4º Serão utilizados os modelos de formulários Declaração Simplificada de Importação (DSI), Folha Suplementar e Demonstrativo de Cálculo dos Tributos constantes, respectivamente, dos Anexos II a IV a esta Instrução Normativa, instruída com os documentos próprios para cada caso, quando se tratar do despacho aduaneiro de:

I amostras sem valor comercial;

II livros, documentos, folhetos, periódicos, catálogos, manuais e publicações semelhantes, inclusive gravados em meio magnético, importados sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, desde que não estejam sujeitos ao pagamento de impostos;

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III outros bens importados por pessoa física sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, de valor não superior a US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, quando não estiverem sujeitos ao pagamentos de impostos;

IV bens importados ou industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física;

V veículos de viajantes residentes no exterior, que ingressem no território nacional por via terrestre e por seus próprios meios, a serem submetidos ao regime especial de admissão temporária;

VI bens importados por missão diplomática, repartição consular de carreira e de caráter permanente, representação de organismo internacional de que o Brasil faça parte ou delegação acreditada junto ao Governo Brasileiro, bem assim por seus respectivos integrantes, funcionários, peritos ou técnicos;

VII órgãos e tecidos humanos para transplante;

VIII animais de vida doméstica, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial; e

IX importações previstas no artigo 3º, quando não for possível o acesso ao Siscomex, em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas.

X doações referidas no inciso III, alínea "a", do artigo 3º, e bens importados sob o regime de admissão temporária, para prestação de ajuda humanitária em decorrência de decretação de estado de emergência ou de calamidade pública.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 125, de 25 de janeiro de 2002.

§ 1º Na hipótese do inciso V:

I será firmado Termo de Responsabilidade para garantia dos tributos suspensos;

II o prazo de vigência do regime será fixado de conformidade com aquele estabelecido pela autoridade migratória para a permanência do viajante no País; e

III a saída do veículo do País será informada, pela unidade da SRF que realize o controle, àquela que concedeu o regime, para fins de baixa do Termo de Responsabilidade firmado.

§ 2º A impossibilidade de acesso ao Siscomex a que se refere o inciso IX deste artigo será reconhecida pelo titular da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, no âmbito de sua jurisdição.

Art. 5º No caso de bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o

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equivalente em outra moeda, submetidos ao Regime de Tributação Simplificada (RTS), o despacho aduaneiro será processado mediante o pagamento do imposto de importação incidente, lançado pela autoridade aduaneira por meio da Nota de Tributação Simplificada (NTS), instituída pela Instrução Normativa nº 101, de 11 de novembro de 1991, sem qualquer outra formalidade aduaneira.

Pagamento dos Impostos

Art. 6º O pagamento dos impostos incidentes na importação será efetuado previamente ao registro da DSI, por débito automático em conta corrente bancária em agência habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais.

§ 1º O débito será efetuado pelo banco, na conta indicada pelo declarante, por meio do Siscomex.

§ 2º O pagamento será efetuado mediante a utilização de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), quando se tratar:

I de importação realizada por pessoa física quando se tratar de declaração transmitida por servidor da Secretaria da Receita Federal (SRF) lotado na Unidade onde for processado o despacho aduaneiro;

II das hipóteses referidas nos incisos IV e VII do artigo 4º;

III de crédito tributário lançado pela autoridade fiscal no curso do despacho de importação ou em procedimento de revisão aduaneira; ou

IV de crédito tributário decorrente de denúncia espontânea, após o desembaraço aduaneiro da mercadoria.

Registro da Declaração

Art. 7º A DSI será registrada por solicitação do importador ou seu representante, mediante a sua numeração automática única, seqüencial e nacional, reiniciada a cada ano, pelo Siscomex.

§ 1º Será admitido o registro de DSI por solicitação:

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

I da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), quando se tratar das importações a que se referem os incisos VII e XIII do artigo 3º; ou

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

II de empresa de transporte internacional expresso, quando se tratar das importações referidas nos incisos VIII e XIII do artigo 3º.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

§ 2º Quando se tratar de importação eventual efetuada por pessoa física, a DSI poderá ser transmitida para registro por servidor da Secretaria da Receita Federal (SRF) lotado na Unidade onde será processado o despacho aduaneiro, mediante função própria do Siscomex.

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§ 3º No caso de que trata o parágrafo anterior, a Unidade Local da SRF colocará à disposição do importador o equipamento necessário à formulação da DSI.

Art. 8º O registro da DSI somente será efetivado:

I se verificada a regularidade cadastral do importador;

II após o licenciamento da operação de importação, conforme estabelecido pelos órgãos competentes;

III após a chegada da carga;

IV após o recolhimento dos impostos e outros direitos incidentes sobre a importação, se for o caso;

V se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro.

§ 1º Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o fornecimento com erro, bem como aquela que decorra do descumprimento de limite ou condição estabelecida nesta Instrução Normativa.

§ 2º Considera-se chegada a carga que já tenha sido informada, no Siscomex, pelo depositário, ou aquela que esteja em situação que permita a vinculação da declaração ao conhecimento de carga correspondente, no Sistema de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (MANTRA).

Art. 9º A DSI de que trata o artigo 4º será registrada pela Unidade Local da SRF onde será processado o despacho aduaneiro, mediante aposição de número, composto pelo código da Unidade seguido do número seqüencial de identificação do documento, e data.

Par. único O registro somente será efetuado:

I após a manifestação favorável da autoridade competente pelo controle específico a que esteja sujeita a mercadoria, se for o caso, efetuada no campo próprio da declaração ou em documento específico por ela emitido;

II mediante a requisição do Ministério das Relações Exteriores, formulada na própria declaração, quando se tratar de importação realizada por missão diplomática ou semelhante.

Art. 10 O registro da DSI caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação.

Instrução da Declaração

Art. 11 A DSI será instruída com os seguintes documentos:

I via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

II via original da fatura comercial, quando for o caso;

III DARF que comprove o recolhimento dos impostos, quando for o caso;

IV Nota Fiscal de saída, quando for o caso; e

V outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.

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Art. 12 Os documentos referidos no artigo anterior serão mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação, devendo ser apresentados à fiscalização aduaneira quando solicitados.

Par. único Na hipótese do artigo 9º, os documentos exigidos devem instruir a DSI apresentada para registro.

Seleção para Conferência Aduaneira

Art. 13 Os bens submetidos a despacho aduaneiro com base em DSI poderão ser desembaraçados:

I sem conferência aduaneira, hipótese em que ficam dispensados o exame documental, a verificação física e o exame do valor aduaneiro; ou

II com conferência aduaneira, hipótese em que a mercadoria somente será desembaraçada e entregue ao importador após a realização do exame documental e da verificação física e, se for o caso, do exame do valor aduaneiro.

Art. 14 A seleção para conferência aduaneira referida no artigo anterior será efetuada de conformidade com os critérios estabelecidos pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA) e pelo titular da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro.

§ 1º No caso de DSI registrada no Siscomex, a seleção será realizada por intermédio do sistema.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o importador entregará na Unidade da SRF que jurisdiciona o local onde se encontre a mercadoria a ser submetida a despacho aduaneiro, a DSI impressa, instruída com os respectivos documentos.

Conferência Aduaneira

Art. 15 A conferência aduaneira de mercadoria objeto de DSI selecionada nos termos do artigo 14 deverá ser concluída no prazo máximo de um dia útil, contado do dia seguinte ao da entrega da declaração e dos documentos que a instruem, salvo quando a conclusão depender de providência a ser cumprida pelo importador.

Art. 16 A verificação da mercadoria será realizada na presença do importador ou de seu representante.

Art. 17 O importador prestará à fiscalização aduaneira as informações e a assistência necessárias à identificação da mercadoria e, quando for o caso, ao exame do valor aduaneiro.

Desembaraço Aduaneiro

Art. 18 A entrega da mercadoria ao importador somente será realizada após o respectivo desembaraço aduaneiro.

Par. único O titular da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá autorizar a entrega da mercadoria ao importador antes de totalmente realizada a conferência aduaneira, em situações justificadas, tendo em vista a natureza da mercadoria ou as circunstâncias específicas da operação de importação.

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Art. 19 O desembaraço da mercadoria cuja DSI tenha sido selecionada para conferência aduaneira será realizado:

I automaticamente, após o registro da conclusão dessa conferência, no sistema, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal (AFRF) responsável; ou

II mediante consignação no campo próprio da declaração, na hipótese da utilização do formulário de que trata o artigo 4º.

Par. único A mercadoria cuja DSI, registrada no Siscomex, tenha sido dispensada de conferência aduaneira será desembaraçada mediante procedimento automático do sistema.

Art. 20 A mercadoria objeto de exigência fiscal de qualquer natureza, formulada no curso do despacho aduaneiro, somente será desembaraçada após o respectivo cumprimento ou, quando for o caso, mediante a apresentação de garantia, nos termos de legislação específica.

Art. 21 A mercadoria sujeita a controle sanitário, ambiental ou de segurança, constatado no curso do despacho aduaneiro em decorrência de declaração inexata, somente será desembaraçada após a autorização do órgão competente.

Par. único Quando se tratar de declaração registrada no Siscomex, a manifestação do órgão será realizada no sistema.

Art. 22 A entrega da mercadoria ao importador, pelo depositário, somente será feita após confirmado o seu desembaraço aduaneiro no MANTRA, nas unidades onde esteja implantado esse sistema.

Par. único Nas Unidades da SRF onde ainda não esteja implantado o MANTRA, a entrega da mercadoria ao importador será feita mediante a apresentação do Comprovante de Importação emitido pelo Siscomex ou da respectiva via da DSI.

Art. 23 Após o desembaraço aduaneiro, os documentos instrutivos da DSI registrada no Siscomex serão devolvidos ao importador, que deverá mantê-los em seu poder pelo prazo previsto na legislação.

Formalização de Exigências

Art. 24 A exigência para cumprimento de formalidades legais ou regulamentares, que não implique constituição de crédito tributário, bem como a ciência do importador, serão formalizadas no Siscomex, quando se tratar de DSI registrada no sistema ou no campo próprio do formulário da DSI, na hipótese de aplicação do artigo 4º.

Par. único Sem prejuízo do disposto neste artigo, a exigência do crédito tributário decorrente de infração à legislação vigente, da qual resulte falta ou insuficiência de recolhimento dos impostos incidentes ou imposição de penalidade, será formalizada em notificação de lançamento ou auto de infração.

Art. 25 Cientificado o importador da exigência, inicia-se a contagem do prazo a que se refere o § 1º do artigo 461 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, para caracterização do abandono da mercadoria submetida a despacho aduaneiro.

Retificação da Declaração

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Art. 26 A alteração ou inclusão de informações prestadas na declaração, decorrentes de incorreções constatadas no curso do despacho de importação ou em procedimento de revisão aduaneira, serão formalizadas no Siscomex pelo AFRF responsável, quando se tratar de DSI registrada no sistema, ou no verso do formulário da DSI, na hipótese de aplicação do artigo 4º.

Cancelamento da Declaração

Art. 27 À vista de requerimento fundamentado do importador, o titular da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá autorizar o cancelamento de declaração já registrada, quando:

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

I ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no País, inclusive nos casos de duplicidade de registro;

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

II for autorizada a devolução da mercadoria ao exterior, antes do desembaraço aduaneiro;

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

III a importação não atender aos requisitos exigidos ou não se enquadrar nas hipóteses previstas para a utilização de DSI, e não for possível a retificação da declaração;

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

IV ficar comprovado erro de expedição; ou

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

V a declaração for registrada com erro relativamente:

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

a ao número de inscrição do importador no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), exceto quando se tratar de erro de identificação de estabelecimentos da mesma empresa; ou

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

b ao recinto alfandegado onde se encontre a mercadoria. Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

§ 1º O cancelamento da declaração, nos termos deste artigo, não exime o importador da responsabilidade por eventuais delitos ou infrações, constatados pela fiscalização, inclusive posteriormente a sua efetivação.

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§ 2º O cancelamento da declaração será feito por meio de função própria do Siscomex, quando for o caso.

Comprovante de Importação

Art. 28 O Comprovante de Importação será emitido pelo Siscomex, após a efetivação do desembaraço da mercadoria no sistema.

DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE EXPORTAÇÃO

[...]

TABELA SIMPLIFICADA DE PRODUTOS

Art. 50 A Tabela Simplificada de Designação e de Codificação de Produtos (TSP), constante do Anexo VIII a esta Instrução Normativa, poderá ser utilizada na formulação de DSI para o despacho aduaneiro:

I de bens submetidos ao Regime de Tributação Simplificada (RTS);

II de bagagem desacompanhada, sujeita ao pagamento de tributos;

III de bens objeto de imunidade;

IV de bens substituídos em decorrência de garantia;

V de admissão temporária de bens:

a de caráter cultural;

b destinados a espetáculos, exposições e outros eventos artísticos;

c destinados a competições ou exibições desportivas;

d destinados à prestação, por técnico estrangeiro, de assistência técnica a bens importados, em virtude de garantia;

e destinados à assistência e salvamento em situações de calamidade ou de acidentes de que decorram dano ou ameaça de dano à coletividade ou ao meio ambiente;

f destinados ao exercício temporário de atividade profissional de não residente;

g destinados ao uso do imigrante, enquanto não obtido o visto permanente; e

h destinados ao uso de viajante não residente, desde que integrantes de sua bagagem.

Par. único As eventuais atualizações da TSP, bem como das hipóteses de sua utilização serão divulgadas por meio de Ato Declaratório da COANA.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 51 O despacho aduaneiro de urnas funerárias será processado em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo após a descarga ou antes do embarque, com base no respectivo conhecimento de carga ou documento equivalente e cópia do atestado de óbito.

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Par. único O desembaraço aduaneiro da urna somente será efetuado após manifestação da autoridade sanitária competente.

Art. 52 A COANA poderá autorizar, por meio de Ato Declaratório, a utilização dos formulários de que tratam os artigos 4º e 31, em casos justificados e não previstos nesta Instrução Normativa.

Art. 53 As declarações de que tratam os artigos 4º e 31 devem ser apresentadas em três vias, sendo a 1ª via destinada à Unidade Local da SRF, a 2ª via, ao interessado e a 3ª via, ao depositário.

§ 1º A matriz dos formulários para elaboração das declarações estará disponível, para cópia, nas Divisões de Tecnologia e Sistemas de Informação (DITEC), das Superintendências Regionais, ou na página da SRF na Internet.

§ 2º As empresas interessadas ficam autorizadas a imprimir e comercializar os formulários de que trata este artigo.

§ 3º Os formulários destinados a comercialização deverão conter, no rodapé, o nome e o número de inscrição no CNPJ da empresa responsável pela impressão.

Art. 54 A COANA orientará sobre os procedimentos que deverão ser adotados nas situações descritas nesta Instrução Normativa para as quais ainda não tenha sido implantada função específica no Siscomex.

Art. 55 O artigo 65 da Instrução Normativa nº 28, de 27 de abril de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:

Alterações anotadas.

Art. 56 Ficam revogadas as Instruções Normativas nº 124, de 14 de outubro de 1999 e nº 128, de 8 de novembro de 1999.

Alterações anotadas.

Art. 57 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Anexos

Anexo I - Declaração Simplificada de Importação (DSI)

Anexo II - Formulário Declaração Simplificada de Importação (DSI)

Anexo II - Folha Suplementar (DSI)

Anexo IV - Formulário Demonstrativo de Cálculo dos Tributos (DSI)

Anexo V - Declaração Simplificada de Exportação (DSE)

Anexo VI - Formulário Declaração Simplificada de Exportação (DSE)

Anexo VII - Folha Suplementar (DSE)

Anexo VIII - Tabela Simplificada de Designação e de Codificação de Produtos (TSP)

Regras gerais para a classificação de produtos na TSP

Regra 1: Os produtos devem ser obrigatoriamente classificados por códigos de quatro dígitos.

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Regra 2: Caso um produto possa classificar-se em mais de um código na Tabela, tal produto deve ser classificado no código mais específico. Havendo códigos igualmente específicos, o produto classificar-se-á no código situado em último lugar na ordem numérica.

Capítulo 1 - Animais vivos, exceto para consumo humano; material de multiplicação animal

01.10 Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos

01.20 Eqüinos, asininos e muares

01.30 Suínos

01.40 Caninos e felinos

01.5 Aves

01.51 Aves domésticas

01.52 Aves silvestres

01.6 Peixes, crustáceos e moluscos

01.61 Peixes ornamentais de água doce ou salgada

01.62 Outros peixes, crustáceos e moluscos aquáticos, de água doce ou salgada, para cultivo

01.69 Outros peixes, crustáceos e moluscos, exceto para consumo humano

01.7 Insetos

01.71 Abelhas

01.72 Bicho-da-seda

01.79 Outros insetos

01.80 Outros animais vivos, exceto para consumo humano

01.9 Material de multiplicação animal

01.91 Sêmen de animais

01.92 Embriões de animais

01.93 Ovos de bicho-da-seda

01.94 Ovos férteis de aves domésticas

01.95 Ovos férteis de aves silvestres

01.96 Ovos de outros animais domésticos para incubação

01.97 Ovos de outros animais silvestres para incubação

01.99 Outros materiais de multiplicação animal

Capítulo 2 - Outros animais e produtos de origem animal, exceto alimentos especiais do Capítulo 4

02.1 Carnes, miudezas e produtos a base de carnes, para consumo humano

02.11 Carnes frescas, refrigeradas ou congeladas, de qualquer espécie animal

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02.12 Miudezas, tripas, estômagos, glândulas frescas, refrigeradas ou congeladas, de qualquer espécie

02.13 Produtos a base de carnes de qualquer espécie animal, frescos, refrigerados, congelados, embutidos, salgados, curados, cozidos, esterilizados pelo calor ou irradiados

02.19 Outras carnes, miudezas e produtos a base de carnes, para consumo humano

02.20 Peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, mamíferos aquáticos, répteis e quelônios, vivos, para consumo humano

02.30 Produtos a base de peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, mamíferos aquáticos, répteis e quelônios, para consumo humano

02.40 Gordura ou óleo, para consumo humano

02.5 Leite e laticínios

02.51 Leite e produtos fluidos à base de leite pasteurizado, esterilizado, UHT, de origem animal, com ou sem adições

02.52 Leite e produtos à base de leite, desidratados, de origem animal, com ou sem adições

02.53 Produtos lácteos fermentados ou acidificados (por exemplo, iogurtes, bebidas lácteas, queijos)

02.59 Outros produtos lácteos (por exemplo, queijos processados, lactose, caseína e caseinatos; proteína concentrada ou isolada, de leite ou de soro de leite; produtos gordurosos; minerais lácteos; sobremesas lácteas)

2.6 Produtos de origem animal não comestíveis

2.61 Peles de animais, frescas, salgadas, secas, tratadas pela cal, "picladas" ou conservadas de outro modo, mas não curtidas, nem pergaminhadas, nem preparadas de outro modo, mesmo depiladas ou divididas.

02.62 Partes de animais silvestres, incluindo troféus de caça

02.69 Outros produtos de origem animal, não comestíveis

02.90 Outros animais e produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos por outros códigos deste Capítulo

Capítulo 3 - Vegetais e produtos de origem vegetal, exceto alimentos especiais do Capítulo 4 e bebidas do Capítulo 5

03.1 Vegetais e produtos de origem vegetal destinados ao consumo humano

03.11 "In natura"

03.12 Semi processados

03.13 Processados e apresentados em embalagem hermeticamente fechada

03.19 Outros vegetais e produtos de origem vegetal destinados ao consumo humano

03.2 Vegetais e produtos de origem vegetal destinados à indústria

03.21 "In natura"

03.22 Semi processados

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03.29 Outros vegetais e produtos de origem vegetal destinados à indústria

03.30 Vegetais e produtos de origem vegetal destinados à propagação, exceto plantas ornamentais e aquáticas

03.4 Plantas ornamentais, exceto plantas aquáticas

03.41 Plantas ornamentais destinadas à propagação

03.42 Plantas ornamentais destinadas ao comércio

03.49 Outras plantas ornamentais

03.50 Plantas aquáticas

03.6 Tabaco e seus derivados

03.61 Tabaco não manufaturado

03.62 Charutos, cigarrilhas e cigarros

03.63 Fumo para cachimbo

03.69 Outros derivados do tabaco

03.70 Vegetais e produtos de origem vegetal com propriedades alucinógenas

03.8 Vegetais e produtos de origem vegetal geneticamente modificados (transgênicos)

03.81 Vegetais e produtos de origem vegetal geneticamente modificados (transgênicos) destinados à propagação

03.82 Vegetais e produtos de origem vegetal geneticamente modificados (transgênicos) destinados ao consumo ou à indústria

03.90 Outros vegetais e produtos de origem vegetal

Capítulo 4 - Alimentos especiais; sal de mesa

04.10 Alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas e sódio)

04.2 Alimentos para ingestão controlada de nutrientes

04.21 Alimentos para controle de peso

04.22 Alimentos para praticantes de atividade física

04.23 Alimentos para dietas para nutrição enteral

04.24 Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares

04.3 Alimentos para grupos populacionais específicos

04.31 Fórmulas e alimentos infantis, inclusive leites especiais

04.32 Alimentos para gestantes e nutrizes

04.33 Alimentos para idosos

04.40 Concentrados de proteínas

04.50 Suplementos vitamínicos e minerais

04.60 Alimentos com informação nutricional complementar (por exemplo, leve ou light, baixo ou low, alto teor ou high, livre ou free )

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04.70 Peptonas e seus derivados, dextrina e gelatinas, destinadas à indústria alimentícia

04.80 Sal de mesa (cloreto de sódio)

Capítulo 5 - Bebidas

05.1 Bebidas não alcoólicas

05.11 Sucos

05.12 Vinagres

05.13 Chás, mates e cafés, apresentados na forma líqüida

05.14 Águas potáveis

05.19 Outras bebidas não alcoólicas

05.20 Bebidas alcoólicas

Capítulo 6 - Produtos e preparações químicas

06.10 Produtos químicos utilizados como aditivos alimentares e como coadjuvantes de tecnologia na indústria alimentar

06.20 Produtos químicos utilizados na formulação de produtos veterinários

06.30 Mercúrio metálico

06.40 Produtos químicos radioativos

6.50 Matérias primas, componentes, ingredientes inertes e aditivos usados na formulação de agrotóxicos

06.60 Produtos utilizados na produção de armas, munições, explosivos, agentes de guerra química, minas e em outras finalidades bélicas

06.7 Produtos químicos sujeitos a controle especial

06.71 Acetona, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, anidrido acético, clorofórmio, cloreto de metileno, éter, metil etil cetona, permanganato de potássio, sulfato de sódio e tolueno

06.72 Outros precursores que possam ser utilizados para síntese de substâncias entorpecentes e psicotrópicas

06.73 Produtos químicos utilizados para a produção de medicamentos psicotrópicos, associados ou não

06.74 Produtos químicos utilizados para a produção de medicamentos entorpecentes, associados ou não

06.75 Produtos químicos utilizados para a produção de outros medicamentos, sujeitos a controle especial

06.76 Padrões de referência destinados a testes analíticos, pesquisas e aulas, a base de substâncias sujeitas a controle especial

06.79 Outros produtos e preparações químicas sujeitos a controle especial

06.9 Outros produtos químicos

06.91 Produtos químicos utilizados para produção de antibióticos, antiviróticos, hormônios, antineoplásicos, cardiotônicos, associados ou não

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06.92 Produtos químicos utilizados para produção de vacinas e imunobiológicos, associados ou não

06.93 Produtos químicos utilizados para produção de medicamentos a base de plantas, associados ou não

06.94 Reagentes para diagnóstico "in vitro"

06.95 Meios de cultura, exceto contendo microorganismos

06.99 Outros produtos e preparações químicas não especificados nem compreendidos por outros códigos deste Capítulo

Capítulo 7 - Medicamentos e produtos farmacêuticos; microorganismos

07.1 Medicamentos e vacinas para uso humano, não contendo produtos químicos sujeitos a controle especial

07.11 Vitaminas e sais minerais, mesmo associados a outras substâncias

07.12 Hormônios, antibióticos, antiviróticos, antineoplásicos e cardiotônicos

07.13 Soros, vacinas e imunobiológicos, associados ou não

07.14 Medicamentos a base de plantas, mesmo associados a outras substâncias

07.19 Outros medicamentos e vacinas para uso humano, não contendo produtos químicos sujeitos a controle especial

07.20 Medicamentos e vacinas, para uso veterinário, não contendo substâncias sujeitas a controle especial

07.3 Medicamentos a base de substâncias sujeitas a controle especial, para uso humano e veterinário

07.31 Medicamentos contendo cloreto de metileno, éter, metil etil cetona, permanganato de potássio, sulfato de sódio e tolueno

07.32 Medicamentos a base de substâncias psicotrópicas, associados ou não

07.33 Medicamentos a base de substâncias entorpecentes, associados ou não

07.39 Outros medicamentos a base de produtos químicos sujeitos a controle especial, para uso humano ou veterinário, associados ou não

07.40 Microorganismos

07.50 Água oxigenada

07.60 Artigos contraceptivos e preventivos de doenças sexualmente transmissíveis

07.90 Outros medicamentos e produtos farmacêuticos não especificados nem compreendidos por outros códigos deste Capítulo

Capítulo 8 - Sangue e hemoderivados humanos; órgãos e tecidos humanos

08.10 Sangue e hemocomponentes humanos

08.20 Hemoderivados do sangue humano

08.30 Alíquotas de sangue

08.4 Órgãos e tecidos humanos

08.41 Células de cordão umbilical

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08.42 Medula óssea

08.43 Membrana amniótica

08.90 Outros órgãos e tecidos humanos

Capítulo 9 - Produtos de perfumaria

09.10 Perfumes, extratos e águas de colônia para uso humano

09.20 Sais, óleos e cápsulas para o banho

09.30 Lenços perfumados

09.40 Odoríferos de ambiente

09.90 Outros produtos de perfumaria

Capítulo 10 - Produtos cosméticos ou de toucador, incluídos os repelentes de insetos de uso TÓPICO

10.10 Produtos para maquiagem, cremes, géis, loções, óleos e máscaras, para o rosto, mãos, pernas e corpo, incluindo área dos olhos

10.20 Protetores solar, produtos para bronzear, protetores labiais

10.30 Lenços umedecidos e discos demaquilantes, exceto perfumados

10.40 Talcos e polvilhos, para uso humano

10.50 Tinturas, alisantes, ondulantes, fixadores, tônicos e demais preparações capilares

10.60 Depilatórios

10.70 Produtos para unhas e cutículas

10.80 Repelentes de insetos de uso tópico

10.90 Outros produtos cosméticos ou de toucador

Capítulo 11 - Produtos de higiene corporal, para uso humano

11.10 Sabonetes

11.20 Xampus, condicionadores e produtos para enxágüe capilar

11.30 Dentifrícios, produtos para bochecho e aromatizantes bucais

11.40 Desodorantes

11.50 Produtos para barbear

11.60 Fios e fitas dentais

11.70 Fraldas descartáveis, tampões higiênicos, absorventes higiênicos descartáveis

11.80 Escovas dentais indicadoras e ortodônticas

11.90 Outros produtos de higiene corporal

Capítulo 12 - Saneantes, domissanitários e agrotóxicos

12.10 Águas sanitárias e alvejantes, exceto detergentes alvejantes

12.2 Detergentes

12.21 Detergentes antiferruginosos

12.22 Detergentes desincrustantes ácidos

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12.23 Detergentes desincrustantes alcalinos

12.24 Detergentes alvejantes

12.29 Outros detergentes

12.30 Desinfetantes

12.40 Desodorizante ambiental

12.50 Esterilizantes

12.60 Fungicidas, algicidas, inseticidas, formicidas, herbicidas, moluscidas, nematicidas, acaricidas, raticidas, avicidas, bactericidas, feromônios, repelentes ambientais

12.70 Produtos biológicos para controle de pragas

12.80 Produtos biológicos para controle de odores

12.90 Outros saneantes, domissanitários e agrotóxicos

Capítulo 13 - Madeira, cortiça, e suas obras, exceto móveis; obras de espartaria ou cestaria, exceto móveis

13.00 Madeira, cortiça, e suas obras, exceto móveis; obras de espartaria ou cestaria, exceto móveis

Capítulo 14 - Papel e cartão

14.00 Papel e cartão

Capítulo 15 - Livros, revistas, publicações periódicas, jornais, manuais técnicos e demais Produtos das indústrias gráficas

15.00 Livros, revistas, publicações periódicas, jornais, manuais técnicos e demais produtos das indústrias gráficas

Capítulo 16 - Tecidos, vestuário e seus acessórios

16.1 Tecidos

16.11 Tecidos à prova de bala

16.19 Outros tecidos

16.2 Vestuário e seus acessórios, novos

16.21 Vestuário e seus acessórios de couro

16.22 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de peles de animais silvestres

16.23 Coletes à prova de bala

16.29 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de outros materiais

16.3 Vestuário e seus acessórios, usados, exceto quando recebidos em doação

16.31 Vestuário e seus acessórios de couro

16.32 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de peles de animais silvestres

16.33 Coletes à prova de bala

16.39 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de outros materiais

16.4 Vestuário e seus acessórios, usados, recebidos em doação

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16.41 Vestuário e seus acessórios de couro

16.42 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de peles de animais silvestres

16.43 Coletes à prova de bala

16.49 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de outros materiais

Capítulo 17 - Tapetes e rendas

17.00 Tapetes e rendas

Capítulo 18 - Roupas de cama, mesa ou banho

18.10 Roupas de cama, mesa ou banho, novas

18.20 Roupas de cama, mesa ou banho, usadas, exceto quando recebidas em doação

18.30 Roupas de cama, mesa ou banho, usadas, recebidas em doação

Capítulo 19 - Calçados

19.1 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres

19.11 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres, novos

19.12 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres, usados, exceto quando recebidos em doação

19.13 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres, usados, recebidos em doação

19.9 Outros calçados

19.91 Outros calçados, novos

19.92 Outros calçados, usados, exceto quando recebidos em doação

19.93 Outros calçados, usados, recebidos em doação

Capítulo 20 - Pérolas, pedras preciosas ou semipreciosas, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras; bijuterias

20.00 Pérolas, pedras preciosas ou semipreciosas, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras; bijuterias

Capítulo 21 - Ferramentas de uso doméstico

21.10 Ferramentas manuais, exceto eletromecânicas

21.20 Ferramentas eletromecânicas

21.90 Outras ferramentas de uso doméstico

Capítulo 22 - Ferramentas de uso profissional

22.10 Ferramentas manuais, exceto eletromecânicas

22.20 Ferramentas eletromecânicas

22.90 Outras ferramentas de uso profissional

Capítulo 23 - Bens de capital

23.10 Máquinas e equipamentos projetados para a produção de armas, munições, explosivos e agentes químicos de guerra

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23.20 Equipamentos para recarga de munições e suas matrizes

23.90 Outros bens de capital (máquinas e equipamentos utilizados diretamente na fabricação de outros bens)

Capítulo 24 - Eletrodomésticos, exceto aparelhos de áudio ou de vídeo

24.10 Ventiladores

24.20 Enceradeiras, aspiradores de pó e máquinas de limpeza à vapor

24.30 Fogões e fornos, incluídos os de microondas

24.40 Refrigeradores e freezers

24.50 Máquinas de lavar ou secar roupa

24.60 Máquinas de lavar ou secar louça

24.70 Máquinas de costura

24.80 Aparelhos de ar condicionado

24.90 Outros eletrodomésticos, exceto aparelhos de áudio ou de vídeo

Capítulo 25 - Computadores, impressoras, monitores e outros periféricos

25.1 Computadores

25.11 Computadores portáteis (palmtops e notebooks)

25.12 Computadores pessoais de mesa (desktops), sem impressora e sem monitor

25.13 Computadores pessoais de mesa (desktops), com impressora e sem monitor

25.14 Computadores pessoais de mesa (desktops), sem impressora e com monitor

25.15 Computadores pessoais de mesa (desktops), com impressora e com monitor

25.19 Outros computadores

25.20 Impressoras

25.30 Monitores

25.40 Teclados e mouses

25.50 "Kits" multimídia

25.60 Unidades leitoras ou gravadoras de CD-ROM

25.70 Unidades leitoras ou gravadoras de disquetes

25.90 Outros periféricos, exceto partes do código 90.2

Capítulo 26 - Suportes para gravação de som, vídeo ou dados, não gravados

26.10 Discos de vinil

26.20 Películas cinematográficas

26.30 Fitas cassete

26.40 Fitas de vídeo

26.50 Disquetes

26.60 Compact disks, digital video disks e assemelhados

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26.70 Cartuchos para videogames

26.90 Outros suportes

Capítulo 27 - Suportes para gravação de som, vídeo ou dados, gravados

27.10 Discos de vinil

27.20 Películas cinematográficas

27.30 Fitas cassete

27.40 Fitas de vídeo

27.5 Disquetes

27.51 Disquetes contendo jogos eletrônicos

27.52 Disquetes contendo programas de computador ou dados

27.59 Disquetes com outros conteúdos

27.6 Compact disks, digital video disks e assemelhados

27.61 Contendo apenas música

27.62 Contendo material de áudio e vídeo, exceto jogos eletrônicos

27.63 Contendo jogos eletrônicos

27.64 Contendo dados ou programas para computadores

27.69 Com outros conteúdos

27.70 Cartuchos para videogames

27.90 Outros suportes para gravação de som, vídeo e dados, gravados

Capítulo 28 - Telefones, "faxes", secretárias eletrônicas e fotocopiadoras

28.1 Telefones

28.11 Telefones que operem por fio

28.12 Telefones celulares

28.19 Outros telefones

28.20 "Faxes"

28.30 Secretárias eletrônicas

28.40 Fotocopiadoras

Capítulo 29 - Aparelhos de áudio, exceto aparelhos que também apresentem função de vídeo

29.10 Rádios

29.20 Rádios combinados com relógio e despertador

29.30 Toca-fitas

29.40 Reprodutores de compact disk, reprodutores de digital video disk e assemelhados

29.50 Gravadores

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29.60 Aparelhos que combinam em um só módulo dois ou mais dos seguintes elementos: rádios, toca-fitas, gravadores, reprodutores de compact disk, reprodutores de digital video disk e assemelhados

29.90 Outros reprodutores e gravadores de áudio, inclusive receptores ou transmissores de ondas eletromagnéticas e assemelhados

Capítulo 30 - Aparelhos de vídeo e aparelhos de áudio e vídeo conjugados, exceto aparelhos de videogames ou de informática

30.1 Câmaras e projetores

30.11 Câmaras fotográficas

30.12 Câmaras de vídeo

30.13 Câmaras cinematográficas

30.14 Projetores cinematográficos

30.19 Outras câmaras e projetores

30.20 Televisores

30.30 Videocassetes

30.40 Televisores e videocassetes combinados em um só módulo

30.50 Reprodutores de compact disk, de digital video disk e assemelhados, que apresentem função de áudio e vídeo

30.90 Outros aparelhos de vídeo ou aparelhos de áudio e vídeo conjugados, inclusive receptores ou transmissores de ondas eletromagnéticas e assemelhados

Capítulo 31 - Contêineres especialmente concebidos e equipados para uso em meios de Transporte

31.00 Contêineres especialmente concebidos e equipados para uso em meios de transporte

Capítulo 32 - Veículos, exceto brinquedos

32.1 Veículos rodoviários de passageiros

32.11 Automóveis blindados

32.12 Automóveis equipados com aparelhos e instrumentos médico odonto-hospitalares

32.12 Outros automóveis

32.13 Motocicletas e ciclomotores

32.19 Outros veículos rodoviários de passageiros

32.2 Veículos rodoviários para transporte de mercadorias

32.21 Camionetas blindadas

32.22 Camionetas equipadas com aparelhos e instrumentos médico odonto-hospitalares

32.23 Outras camionetas

32.24 Caminhões blindados

32.25 Caminhões equipados com aparelhos e instrumentos médico odonto-hospitalares

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51

32.26 Outros caminhões

32.29 Outros veículos rodoviários para transporte de mercadorias

32.30 Bicicletas, exceto ergométricas

32.40 Aeronaves

32.50 Embarcações

32.9 Outros veículos

32.91 Outros veículos blindados

32.99 Outros veículos, exceto blindados

Capítulo 33 - Instrumentos e aparelhos de óptica, exceto câmaras e projetores

33.1 Lentes

33.11 Lentes de contato

33.19 Outras lentes

33.20 Armações para óculos

33.3 Óculos

33.31 Óculos de sol

33.32 Óculos para correção visual

33.39 Outros óculos

33.4 Binóculos, lunetas e instrumentos de astronomia

33.41 Lunetas para armas de fogo

33.49 Outros binóculos, lunetas e instrumentos de astronomia

33.50 Microscópios

33.60 Instrumentos ópticos utilizados em laboratórios fotográficos

33.70 Instrumentos ópticos utilizados em cirurgia, odontologia, e laboratórios clínicos

33.80 Equipamentos para visão noturna

33.90 Outros instrumentos e aparelhos de óptica, exceto câmaras e projetores

Capítulo 34 - Instrumentos de orientação, medição e controle

34.10 Bússolas e instrumentos de navegação aérea ou marítima

34.20 Instrumentos de geodésia, topografia, fotogrametria, meteorologia e semelhantes

34.30 Balanças

34.40 Instrumentos de desenho

34.50 Equipamentos projetados para controle de tiro de artilharia, foguetes, mísseis e assemelhados

34.90 Outros instrumentos de orientação, medição e controle

Capítulo 35 - Artigos e aparelhos ortopédicos; instrumentos, aparelhos e artefatos para medicina e odontologia

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35.10 Artigos e aparelhos ortopédicos

35.20 Aparelhos de massagem alimentados por energia elétrica

35.30 Artigos destinados a pesquisa clínica

35.90 Outros instrumentos, aparelhos e artefatos para medicina e odontologia

Capítulo 36 - Relógios, isqueiros, cachimbos e canetas

36.10 Relógios

36.20 Isqueiros

36.30 Cachimbos

36.40 Canetas

Capítulo 37 - Instrumentos musicais

37.10 Pianos

37.20 Órgãos

37.30 Violões

37.40 Guitarras

37.50 Gaitas

37.60 Flautas

37.90 Outros instrumentos musicais

Capítulo 38 - Armas, munições e outros artefatos bélicos, exceto brinquedos

38.1 Armas

38.12 Espada ou espadim de uso exclusivo das Forças Armadas e Auxiliares

38.19 Outras armas

38.20 Escudo a prova de balas

38.30 Mísseis

38.40 Foguetes

38.50 Minas explosivas e equipamento para detecção e lançamento de minas

38.60 Fogos de artifício e artifícios pirotécnicos

38.70 Pólvora e explosivos

38.80 Munições

38.90 Outros artefatos bélicos

Capítulo 39 - Móveis

39.10 Móveis residenciais

39.20 Móveis para escritórios e outros estabelecimentos não residenciais, exceto mobiliário médico-cirúrgico

39.30 Mobiliário médico-cirúrgico (mesas de operação, camas reguláveis, cadeiras de dentista, e assemelhados)

39.90 Outros móveis

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Capítulo 40 - Aparelhos de iluminação

40.00 Aparelhos de iluminação

Capítulo 41 - Brinquedos

41.10 Brinquedos de rodas (patins, velocípedes e semelhantes, exceto bicicletas)

41.20 Bonecos representando figuras humanas

41.30 Modelos reduzidos, montados ou para serem montados

41.40 Quebra-cabeças e assemelhados

41.50 Aparelhos para vídeogames

41.60 Armas de brinquedo e simulacros de armas

41.70 Foguetes de modelismo

41.90 Outros brinquedos

Capítulo 42 - Aparelhos para videogames e artigos para jogos de salão

42.10 Aparelhos para videogames

42.20 Bilhares, roletas, boliches

42.90 Outros artigos para jogos de salão

Capítulo 43 - Artigos e equipamentos para cultura física, ginástica, atletismo e outros esportes

43.00 Artigos e equipamentos para cultura física, ginástica, atletismo, e outros esportes

Capítulo 44 - Objetos de arte, de coleção e antigüidades

44.10 Quadros, pinturas e desenhos feitos inteiramente à mão

44.20 Gravuras, estampas e litografias originais

44.30 Produções originais de arte estatuária ou de escultura

44.40 Coleções e espécimes para coleções, de zoologia, botânica, mineralogia, anatomia, ou apresentando interesse histórico, arqueológico, paleontológico, etnográfico ou numismático

44.50 Antigüidades com mais de 100 anos

44.90 Outros objetos de arte, de coleção e antigüidades

Capítulo 80 - Produtos não especificados nem compreendidos por outros códigos desta Tabela

80.10 Embalagem para produtos alimentícios

80.90 Outros produtos não especificados nem compreendidos por outros códigos desta Tabela

Capítulo 90 - Partes

90.10 Partes de eletrodomésticos, exceto aparelhos de áudio ou de vídeo

90.2 Partes de computadores, de impressoras, de monitores e de outros periféricos

90.21 Discos rígidos (hard disks), mesmo com um só conjunto cabeça-disco (head disk assembly)

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90.22 Placas mãe (motherboards), placas de memória, placas de vídeo, placas de som, placas de fax/modem e outras placas de circuito impresso com componentes elétricos ou eletrônicos montados

90.23 Cartuchos ou bobinas para impressoras

90.24 Outras partes para impressoras

90.25 Outras partes para monitores

90.29 Outras partes de computadores e de periféricos

90.30 Partes de aparelhos de áudio ou de vídeo, exceto partes de aparelhos de informática

90.4 Partes de veículos

90.41 Partes de veículos rodoviários, exceto blindados

90.42 Partes de veículos blindados

90.43 Partes de bicicletas, exceto ergométricas

90.44 Partes de aeronaves

90.45 Partes de embarcações

90.49 Partes de outros veículos

90.5 Partes de instrumentos de orientação, medição e controle

90.51 Partes de equipamentos projetados para controle de tiro de artilharia, foguetes, mísseis e assemelhados

90.59 Outras partes de instrumentos de orientação, medição e controle

90.60 Partes de artigos e aparelhos ortopédicos, e de instrumentos, aparelhos e artefatos para medicina e odontologia

90.7 Partes de armas, munições e outros artefatos bélicos

90.71 Detonadores e acessórios iniciadores de explosivos

90.72 Silenciadores e reforçadores

90.79 Outras partes de armas, munições e outros artefatos bélicos

90.90 Partes de outros produtos

Instrução Normativa SRF nº 7, de 20 de janeiro de 2000

Publicada em 21 de janeiro de 2000.

Declarada total ou parcialmente em vigor pela Instrução Normativa SRF nº 85, de 18 de agosto de 2000.

Divulga a lista dos acordos em vigor, firmados pelo Governo Brasileiro, com exigência de certificado de origem na importação de mercadorias.

O Secretário da Receita Federal, no uso das suas atribuições, resolve:

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Despacho Aduaneiro de Importação

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Art. 1º Os acordos firmados pelo Governo Brasileiro, em vigor, que prevêem a exigência de certificado de origem na importação de mercadorias, para fins de fruição do tratamento tarifário preferencial, encontram-se relacionados no Anexo Único a esta Instrução Normativa.

Art. 2º Fica revogada a Instrução Normativa nº 65, de 7 de julho de 1998.

Alterações anotadas.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Anexo único - Lista dos Acordos com exigência de Certificado de Origem na Importação de Mercadorias

Título do Acordo Sigla País de Origem Vigência Acordo de Complementação

Econômica nº 2 ACE 2 Uruguai Indeterminada

Acordo de Complementação Econômica nº 14

ACE 14

Argentina Indeterminada

Acordo de Complementação Econômica nº 18 - Mercosul

ACE 18

Argentina, Paraguai e Uruguai

Indeterminada

Acordo de Complementação Econômica nº 39

ACE 39

Venezuela, Peru, Equador e Colômbia

16.08.2001

Acordo de Complementação Econômica nº 35

ACE 35

Chile Indeterminada

Acordo de Complementação Econômica nº 36

ACE 36

Bolívia Indeterminada

Acordo de Alcance Parcial nº 43 AAP 43

Cuba 01.01.2003

Acordo de Alcance Parcial de Cooperação e Intercâmbio de

Bens nas Áreas Cultural, Educacional e Científica

CEC Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México,

Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela

Indeterminada

Acordo de Alcance Parcial para Liberação e Expansão do

Comércio Intra-Regional de Sementes

LECS Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Paraguai,

Peru, Uruguai e Venezuela

Indeterminada

Acordo de Alcance Parcial de Cooperação e Intercâmbio de Bens Utilizados na Defesa e Proteção do Meio-Ambiente

DPMA Argentina e Uruguai Indeterminada

Acordo de Alcance Parcial de Abertura de Mercado

LAM 2

Equador Indeterminada

Acordo de Alcance Regional de Preferência Tarifária Regional

PTR Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela

Indeterminada

Sistema Global de Preferências Comerciais

SGPC Países em Desenvolvimento membros do Grupo dos 77*

Indeterminada

*Angola, Argélia, Argentina, Bangladesh, Benin, Bolívia, Brasil, Camarões, Catar, Chile, Cingapura, Colômbia, Cuba, Egito, Equador, Filipinas, Gana, Guiana, Guiné, Haiti, Índia, Indonésia, Irã (República Islâmica do), Iraque,

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Despacho Aduaneiro de Importação

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Iugoslávia, Jamahiriya Popular Social Árabe da Líbia, Malásia, Marrocos, México, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Peru, República da Coréia, República Popular Democrática da Coréia, República Unida da Tanzânia, Romênia, Sri Lanka, Sudão, Tailândia, Trinidad e Tobago, Tunísia, Uruguai, Venezuela, Vietnam, Zaire e Zimbábue.

Instrução Normativa SRF nº 57, de 31 de maio de 2001

Publicada em 4 de junho de 2001.

Alterada pela Instrução Normativa SRF nº 348, de 1º de Agosto de 2003.

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens importados para serem utilizados em serviços médicos de caráter humanitário.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso XIX do artigo 190 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 227, de 3 de setembro de 1998, e tendo em vista o disposto no artigo 452 e no inciso I do artigo 453 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, resolve:

Art. 1º Na importação de bens, sem cobertura cambial, para serem utilizados em atividades clínicas e cirúrgicas de caráter humanitário, prestadas gratuitamente no País, serão aplicados os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa.

Par. único Os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa serão autorizados, em cada caso, por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) expedido pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA).

Art. 2º A autorização prévia referida no parágrafo único do artigo 1º será outorgada com base em solicitação formulada pelo órgão de saúde da administração pública direta que promover a ação de caráter humanitário.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 348, de 1º de Agosto de 2003.

§ 1º No caso de ação promovida por entidade não-governamental, a autorização prévia referida no caput ficará condicionada à manifestação do órgão de saúde da administração pública direta, atestando o atendimento dos requisitos estabelecidos no artigo 1º e o acompanhamento de sua execução.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 348, de 1º de Agosto de 2003, que renumerou o parágrafo único para primeiro.

§ 2º O promotor da ação de caráter humanitário, devidamente identificado no ADE expedido pela COANA, ficará responsável pelo cumprimento das exigências e formalidades estabelecidas nesta Instrução Normativa.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 348, de 1º de Agosto de 2003.

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Despacho Aduaneiro de Importação

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Art. 3º Aos bens referidos no caput do artigo 1º poderá ser aplicado o regime especial de admissão temporária, com suspensão total dos impostos incidentes na importação.

Art. 4º O despacho aduaneiro, na concessão do regime de admissão temporária, será processado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI), mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 155/99, de 22 de dezembro de 1999.

§ 1º A solicitação de aplicação do regime poderá ser formulada ao titular da unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) onde será procedido o despacho aduaneiro, previamente à chegada dos bens ao País, mediante o registro da respectiva DSI.

§ 2º O regime de admissão temporária será concedido mediante a constituição das obrigações fiscais em termo de responsabilidade, sem a exigência de garantia.

Art. 5º Os bens que forem consumidos no atendimento médico a que se refere o caput do artigo 1º deverão ser despachados para consumo durante a vigência do regime de admissão temporária, mediante o registro de Declaração de Importação (DI) ou de DSI, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

Art. 6º Os bens que não forem despachados para consumo, na forma do artigo anterior, deverão ser reexportados no prazo estabelecido pela autoridade aduaneira por ocasião da concessão do regime.

Par. único O despacho aduaneiro de reexportação será realizado com base em Declaração Simplificada de Exportação (DSE), mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 31 da Instrução Normativa SRF nº 155/99.

Art. 7º O termo de responsabilidade firmado por ocasião da concessão do regime de admissão temporária será baixado à vista da declaração utilizada no despacho para consumo ou de reexportação.

Art. 8º Nos despachos aduaneiros referidos nesta Instrução Normativa será verificado o atendimento de controles específicos a cargo de outros órgãos.

Art. 9º O titular da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro de admissão temporária adotará as providências necessárias para garantir o adequado atendimento ao disposto nesta Instrução Normativa, em caráter prioritário, inclusive no que se refere ao fornecimento dos formulários a serem utilizados.

Art. 10 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 116, de 31 de dezembro de 2001

Publicada em 4 de janeiro de 2002.

Estabelece procedimentos para o despacho aduaneiro de importação de gás natural por meio de duto.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto

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nos artigos 452 e 453 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, resolve:

Art. 1º O despacho aduaneiro de importação de gás natural transportado por duto será processado na unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) que jurisdicione o local de entrada do produto no território nacional, mediante Declaração de Importação (DI) registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

§ 1º Poderá ser registrada uma única DI relativamente à quantidade total de produto ingressado no País, em cada mês.

§ 2º A DI será registrada até o vigésimo dia subseqüente àquele da medição, e deverá ser instruída com o relatório mensal de medição, a fatura comercial e, quando couber, o certificado de origem.

Art. 2º O relatório a que se refere o § 2º do artigo anterior será elaborado pelo importador, no primeiro dia útil subseqüente ao mês calendário em que se realizou a importação, tomando por base os dados coletados nesse mês, na estação de medição.

§ 1º A estação e o processo de medição do gás deverão ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

§ 2º O relatório mensal de medição conterá as quantidades fornecidas na unidade energética, as vazões na unidade de m³/dia e os volumes diário e mensal consolidado do produto importado.

§ 3º A quantificação na unidade energética será expressa em milhões de unidades térmicas britânicas (MMBTU).

§ 4º A autoridade aduaneira poderá determinar auditoria na estação de medição e nos procedimentos de aferição dos dados, sempre que entender necessária.

§ 5º Os documentos e demais elementos necessários à elaboração do relatório mensal de medição do gás importado devem ser mantidos em poder do importador, pelo período de cinco anos, para fins de apresentação à SRF, quando solicitados.

Art. 3º A coleta de amostra para identificação do produto, quando necessária, será realizada pela fiscalização aduaneira ou sob sua supervisão.

Art. 4º O gás natural importado na forma desta Instrução Normativa será entregue ao importador, para distribuição comercial, independentemente de ter sido iniciado o respectivo despacho aduaneiro.

Art. 5º O importador formalizará, na unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro, Termo de Responsabilidade genérico, assumindo o compromisso de cumprir as formalidades necessárias à importação, nos termos desta Instrução Normativa.

Art. 6º Até que o Inmetro promova as certificações a que se refere o § 1º do artigo 2º, o despacho aduaneiro será instruído com o relatório mensal de medição apresentado pelo importador, acompanhado dos comprovantes da quantidade de gás importado.

Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.

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Art. 8º Ficam formalmente revogadas, sem interrupção de sua força normativa, as Instruções Normativas SRF nº 71, de 17 de junho de 1999, e nº 103, de 20 de agosto de 1999.

Alterações anotadas.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 149, de 27 de março de 2002

Publicada em 28 de março de 2002. Retificada em 28 de março de 2002.

Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.184 de 22 de agosto de 2011.

Dispõe sobre os procedimentos de controle e verificação da origem de mercadorias importadas de Estado-Parte do Mercado Comum do Sul.

O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições, tendo em vista o estabelecido no Tratado de Montevidéu de 1980, aprovado pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 66, de 16 de novembro de 1981; no Decreto nº 4.104, de 28 de janeiro de 2002; no Regulamento de Origem das Mercadorias no Mercado Comum do Sul (Mercosul) e demais disposições dos Oitavo, Décimo Quarto, Vigésimo Segundo, Vigésimo Quarto, Vigésimo Sétimo, Trigésimo Segundo, Trigésimo Terceiro, Trigésimo Quinto, Trigésimo Oitavo e Trigésimo Nono Protocolos Adicionais ao Acordo de Complementação Econômica (ACE) nº 18, bem assim o disposto no artigo 11 da Portaria Interministerial MF/MICT/MRE nº 11, de 21 de janeiro de 1997, resolve:

Art. 1º As mercadorias submetidas a despacho aduaneiro de importação com tratamento tarifário preferencial acordado pelos Estados-Partes integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul) estão sujeitas ao controle e à verificação da origem, na forma estabelecida nesta Instrução Normativa.

§ 1º A origem das mercadorias terá como documento probante o Certificado de Origem emitido pelas repartições oficiais ou por outros organismos ou entidades por elas credenciados, de conformidade com o acordado pelos Estados-Partes.

§ 2º O controle a que se refere este artigo consiste no procedimento de verificação dos Certificados de Origem quanto aos aspectos de autenticidade, veracidade e observância das disposições estabelecidas no Regulamento de Origem do Mercosul.

Art. 2º O controle da origem será realizado, pela Secretaria da Receita Federal (SRF), no curso do despacho de importação ou em procedimento de fiscalização após o despacho aduaneiro.

Par. único No curso do despacho aduaneiro, o controle ocorrerá quando a declaração de importação for selecionada para conferência da correspondente mercadoria, inclusive sob os aspectos exclusivamente documentais.

Comprovação da Origem de Mercadorias Importadas

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Art. 3º O importador deverá comprovar a origem da mercadoria mediante apresentação à autoridade aduaneira do Certificado de Origem do Mercosul, modelo padrão, instituído pelo XIV Protocolo Adicional ao ACE nº 18, e modificado pelo XXIV Protocolo Adicional ao ACE nº 18, em sua versão original, em qualquer momento em que seja solicitada, juntamente com os demais documentos instrutivos da respectiva declaração de importação.

Art. 4º Para fins de despacho aduaneiro, o Certificado de Origem terá prazo de validade de cento e oitenta dias, contado da data de sua emissão pela entidade certificadora.

Par. único O prazo de validade de que trata o caput deste artigo será prorrogado, no caso de mercadoria submetida a regime suspensivo de importação que não permita alteração ou modificação nas suas características, pelo tempo em que permaneça nesse regime.

Art. 5º O Certificado de Origem somente será aceito quando estiver completamente preenchido, com exceção dos campos destinados à identificação do consignatário e às observações.

§ 1º O preenchimento do campo destinado à identificação do consignatário será obrigatório somente na hipótese de o importador e o consignatário não serem a mesma pessoa.

§ 2º O campo de observações será preenchido quando se fizer necessário apor informações complementares.

Art. 6º A descrição da mercadoria deverá permitir a correta correspondência com os códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), podendo o Certificado de Origem conter, adicionalmente, a sua denominação usual, de modo a identificá-la com a descrição presente na fatura comercial.

Art. 7º Quando a autoridade aduaneira decidir por classificação fiscal distinta do código NCM indicado no Certificado de Origem, será dado curso ao despacho de importação com tratamento tarifário preferencial, desde que se refira ao mesmo produto e não implique modificações no requisito de origem.

Par. único Na hipótese deste artigo, o tratamento tarifário preferencial somente será reconhecido se a Diretriz da Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) que aprovou o Ditame Classificatório emanado do Comitê Técnico de Tarifas, Nomenclatura e Classificação de Mercadorias - CT nº 1 sobre a classificação da mercadoria em questão tiver sido internalizada ou, caso não tenha sido adotada essa providência, seja apresentada pelo importador a decisão sobre classificação fiscal da mercadoria emitida pela autoridade competente da SRF e seu equivalente documento de classificação emitido pela administração aduaneira do Estado-Parte exportador.

Art. 8º No caso de ser constatado erro formal na emissão do Certificado de Origem, o curso do despacho aduaneiro não será interrompido, sem prejuízo da adoção de medidas para sua correção e resguardo dos interesses fiscais, nos termos desta Instrução Normativa.

§ 1º Consideram-se erros formais aqueles relacionados ao preenchimento do formulário, desde que não modifiquem ou afetem a qualificação de origem da mercadoria.

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§ 2º Na hipótese de que trata este artigo, o Auditor-Fiscal da Receita Federal (AFRF) responsável pela conferência conservará o Certificado de Origem apresentado e emitirá nota, formalizada em Termo de Constatação, indicando o motivo pelo qual o documento não foi aceito, bem assim o campo a ser retificado.

§ 3º A autoridade aduaneira dará ciência do Termo de Constatação ao declarante, que estará acompanhada de cópia do Certificado de Origem apresentado, autenticada pelo AFRF.

§ 4º As retificações serão realizadas pela entidade certificante mediante nota de retificação, subscrita por pessoa autorizada a emitir Certificados de Origem.

§ 5º A nota de retificação expedida pela entidade certificante deverá consignar o número e a data do Certificado de Origem a que se refere, os dados observados em sua versão original e a respectiva retificação, devendo ser anexada ao correspondente Termo de Constatação.

§ 6º A nota de retificação deverá ser apresentada à autoridade aduaneira pelo declarante, no prazo de trinta dias, contado da data da ciência do Termo de Constatação que lhe deu ensejo.

§ 7º Na hipótese de a nota de retificação não ser apresentada no prazo e na forma requerida, será dispensado o tratamento tarifário aplicável à mercadoria originária de terceiro país.

Art. 9º Na importação de mercadoria proveniente e originária de outro Estado-Parte do Mercosul na qual intervenha terceiro operador, será exigido, para fins de tratamento preferencial, que seja designado, no Certificado de Origem, a fatura comercial por este emitida - nome, endereço, país, número e data da fatura - ou, em sua ausência, que na fatura comercial que instrui o despacho de importação seja indicado que esta corresponde ao Certificado de Origem que se apresenta, procedendo à correlação de número e data de emissão.

Art. 10 O Certificado de Origem apresentado será desqualificado pela autoridade aduaneira, para fins de reconhecimento do tratamento preferencial, quando ficar comprovado que não acoberta a mercadoria submetida a despacho, por ser originária de terceiro país ou não corresponder à mercadoria identificada na verificação física, conforme os elementos materiais juntados, bem assim quando:

I contiver rasuras, correções, emendas ou campos não preenchidos, com exceção daqueles reservados às observações e à identificação do consignatário;

II tiver sido emitido anteriormente à data da respectiva fatura comercial ou após sessenta dias da sua emissão; ou

III tiver sido firmado por entidade ou funcionário não autorizado.

Par. único Na hipótese de desqualificação do Certificado de Origem, a importação ficará sujeita à aplicação do tratamento tributário estabelecido para mercadoria originária de terceiro país, mediante a constituição do correspondente crédito tributário em Auto de Infração.

Art. 11 Não será aceito o Certificado de Origem apresentado em substituição a outro que já tenha sido apresentado à autoridade aduaneira.

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Art. 12 Nos casos em que seja negado tratamento tarifário preferencial à mercadoria importada com Certificado de Origem do Mercosul, a autoridade aduaneira deverá comunicar a ocorrência à Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (COANA), para fins de aplicação das medidas previstas no Regime de Origem do Mercosul, atribuídas à SRF.

Par. único As informações recebidas pela COANA serão encaminhadas à Repartição Oficial responsável pela emissão do Certificado de Origem do Estado-Parte exportador quando for aplicado tratamento tarifário correspondente a operações extrazona, bem assim nos casos de constatação de diferença entre a classificação registrada no Certificado de Origem e aquela decorrente da verificação física da mercadoria.

Processo Aduaneiro de Investigação de Origem

Art. 13 O processo aduaneiro de investigação de origem é o procedimento mediante o qual a autoridade aduaneira verifica o cumprimento das regras de origem para determinada mercadoria, quando houver suspeitas de irregularidade relacionada à veracidade ou observância das disposições do Regime de Origem do Mercosul, visando apurar ocorrências envolvendo o produtor ou o exportador da mercadoria importada.

Art. 14 Em caso de dúvida fundamentada sobre a autenticidade ou veracidade do Certificado de Origem, o chefe da unidade local da SRF solicitará à COANA a requisição de informações adicionais junto à autoridade competente do Estado-Parte exportador.

Par. único A Coana aguardará resposta ao pedido de informações pelo prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de recebimento da solicitação pela autoridade competente do Estado-Parte exportador.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.184 de 22 de agosto de 2011.

Art. 15 Findo o prazo estabelecido no parágrafo único do artigo anterior, sem que tenha havido resposta ao pedido de informações, ou quando as informações prestadas forem consideradas insuficientes pela COANA, será emitido Ato Declaratório Executivo (ADE) contendo:

I descrição e classificação fiscal da mercadoria objeto de processo aduaneiro de investigação de origem;

II nome e nacionalidade da empresa estrangeira exportadora;

III produtor ou fabricante;

IV entidade certificante; e

V prazo previsto para a conclusão da investigação.

Par. único O prazo para a conclusão da investigação será de até noventa dias e poderá ser prorrogado por igual período.

Art. 16 A emissão do ADE previsto no artigo anterior representará o início do processo aduaneiro de investigação de origem, sujeitando a operação sob investigação, quando couber, e as importações subseqüentes de mercadorias idênticas do mesmo produtor à prestação de garantia nos termos desta Instrução Normativa.

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Art. 17 Durante o processo aduaneiro de investigação de origem, a COANA poderá:

I requerer informações e cópia da documentação em posse da entidade certificadora do Estado-Parte exportador, necessárias à verificação da autenticidade do Certificado de Origem que ampara a mercadoria sob investigação e da veracidade das informações nele contidas;

II enviar questionário escrito ao exportador ou produtor do outro Estado-Parte, relacionado com a mercadoria objeto de investigação;

III solicitar à repartição oficial do Estado-Parte exportador, mediante justificativa, as gestões pertinentes destinadas à realização de visitas de verificação para examinar o processo produtivo e as instalações destinadas à produção da mercadoria em questão, ou

IV adotar outros procedimentos, de conformidade com o acordado entre os Estados-Partes.

Par. único As ações previstas nos incisos I e II deste artigo serão efetivadas por intermédio das autoridades competentes do Estado-Parte exportador.

Art. 18 As informações obtidas no processo de investigação terão caráter confidencial e deverão ser utilizadas, exclusivamente, para elucidar as questões que suscitaram o procedimento.

Art. 19 O processo aduaneiro de investigação de origem será encerrado com a lavratura de relatório conclusivo a respeito do cumprimento ou não das normas de origem.

§ 1º A COANA emitirá ADE com base no relatório conclusivo do processo aduaneiro de investigação de origem.

§ 2º Publicado o ADE que declarar o não cumprimento das normas de origem, as mercadorias idênticas produzidas pelo produtor/exportador investigado receberão o tratamento tributário aplicável às importações de mercadorias de terceiros países.

§ 3º A COANA encaminhará notificação da emissão do ADE ao Ministério das Relações Exteriores para fins de comunicação à CCM.

Art. 20 A investigação será dada por concluída com a desqualificação da origem e conseqüente exclusão do tratamento tarifário preferencial, quando:

I existirem elementos de prova suficientes para formar juízo da qualificação da origem da mercadoria de modo diverso do que consta no Certificado de Origem;

II a informação ou documentação requerida às autoridades competentes do Estado-Parte exportador não for fornecida no prazo estipulado;

III a resposta não contiver elementos suficientes para comprovar a veracidade do Certificado de Origem que ampara a importação da mercadoria sob investigação; ou

IV os produtores ou fabricantes não concordarem com a realização de visita de verificação.

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Art. 21 Na hipótese de haver decisão, proferida pela CCM, determinando a manutenção da qualificação da origem declarada, a COANA revogará o ADE de que trata o § 2º do artigo 19.

Requisitos Especiais para o Desembaraço Aduaneiro

Art. 22 O desembaraço aduaneiro de mercadoria importada de Estado-Parte será condicionado à constituição das obrigações fiscais correspondentes, em termo de responsabilidade vinculado à prestação de garantia, quando:

I houver indício de irregularidade em relação à autenticidade ou veracidade do Certificado de Origem ou de inobservância de outras disposições estabelecidas no Regime de Origem do Mercosul;

II forem constatados erros formais no preenchimento do Certificado de Origem, de que trata o artigo 8º; ou

III houver processo aduaneiro de investigação aberto, mediante ADE, nos termos desta Instrução Normativa.

§ 1º A garantia será prestada sob a forma de depósito em dinheiro, fiança bancária ou de outra pessoa jurídica de direito privado, de reconhecida capacidade econômica, ou seguro em favor da União, em valor correspondente ao total dos tributos que incidiriam caso a mercadoria fosse importada de terceiro país.

§ 2º A exigência de garantia será determinada pelo chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro.

Art. 23 A exigência de garantia prevista no artigo 22 subsistirá pelos prazos necessários à conclusão dos correspondentes processos, limitados a:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.184 de 22 de agosto de 2011.

I 270 (duzentos e setenta) dias, contados da data de sua constituição, no caso do inciso II; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.184 de 22 de agosto de 2011.

II 90 (noventa) dias, contados a partir do início da investigação, sem prejuízo da continuidade da investigação, no caso do inciso III.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.184 de 22 de agosto de 2011.

Art. 24 Não será exigida garantia quando:

I se tratar de importação realizada por órgão ou entidade da administração pública direta, autárquica ou fundacional, da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem assim por missão diplomática, repartição consular ou representação de organismo internacional de que o Brasil seja membro; ou

II o montante dos tributos a serem garantidos for inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais), por declaração.

Art. 25 A garantia apresentada será convertida em renda da União, mediante os procedimentos estabelecidos na legislação específica, sempre que:

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I a correção de erros formais não for realizada no prazo de trinta dias, contado da data da respectiva notificação; ou

II entrar em vigência o ADE que desqualifique a origem da mercadoria importada.

Disposições Finais

Art. 26 As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se também:

I nas operações comerciais realizadas ao amparo do Acordo de Alcance Parcial de Complementação Econômica nº 2, entre o Brasil e o Uruguai, exigindo-se os requisitos de origem estabelecidos nesse Acordo, o respectivo Certificado de Origem e o cumprimento das disposições correspondentes para a aplicação do mencionado regime de origem; e

II no que couber, aos demais regimes de origem preferenciais negociados com países não integrantes do Mercosul, sem prejuízo dos preceitos específicos previstos nos respectivos acordos celebrados.

Art. 27 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 210, de 30 de setembro de 2002

Publicada em 1º de outubro de 2002.

Disciplina a restituição e a compensação de quantias recolhidas ao Tesouro Nacional a título de tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, a restituição de outras receitas da União arrecadadas mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais e o ressarcimento e a compensação de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no artigo 1º da Lei nº 4.155, de 28 de novembro de 1962, no artigo 18 da Lei nº 4.862, de 29 de novembro de 1965, nos artigos 49, parágrafo único, 156, inciso II, 161, 163 e 165 a 170-A, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), no artigo 5º do Decreto-lei nº 1.755, de 31 de dezembro de 1979, no artigo 7º do Decreto-lei nº 2.287, de 23 de julho de 1986, no inciso II do artigo 3º da Lei nº 8.748, de 9 de dezembro de 1993, no artigo 30 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, nos artigos 16 e 39, § 4º, da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, nos artigos 1º e 4º da Lei nº 9.363, de 13 de dezembro de 1996, nos artigos 6º, § 1º, inciso II, 73 e 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos artigos 1º, inciso IX e § 14, e 11, inciso IV, da Lei nº 9.440, de 14 de março de 1997, no artigo 73 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, nos artigos 11 e 15, inciso II, da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, na Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, nos artigos 27 e 90 da Medida Provisória

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nº 2.158, de 24 de agosto de 2001, nos artigos 27 e 28 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, nos artigos 1º a 10 e 49 da Medida Provisória nº 66, de 29 de agosto de 2002, no artigo 6º, inciso VI e parágrafo único, do Decreto nº 2.179, de 18 de março de 1997, no artigo 5º, § 8º, do Decreto nº 3.431, de 24 de abril de 2000, e no item 1 da Portaria MF nº 201, de 16 de novembro de 1989, resolve:

[...]

Restituição Decorrente de Cancelamento ou Retificação de DI

Art. 11 Na hipótese de registro de mais de uma Declaração de Importação (DI) para uma mesma operação comercial, as declarações excedentes poderão ser canceladas pelo titular da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, de ofício ou a requerimento do importador ou de seu representante legal, eleito com poderes específicos.

Par. único O pedido de cancelamento da DI deverá ser formalizado mediante o "Pedido de Cancelamento de Declaração de Importação e Reconhecimento de Direito de Crédito".

Art. 12 Os valores recolhidos a título de tributo ou contribuição administrado pela SRF, por ocasião do registro da DI, que, em virtude do cancelamento da declaração por multiplicidade de registros, tornarem-se indevidos, poderão ser restituídos ao sujeito passivo observado o disposto nesta Instrução Normativa. (retificação publicada no DOU-E de 4.10.2002).

Par. único O disposto no caput também se aplica às hipóteses de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido em virtude de retificação de declaração de importação.

[...]

COMPENSAÇÃO

Compensação Efetuada pelo Sujeito Passivo

Art. 21 O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração da SRF.

[...]

§ 3º Não poderão ser objeto de compensação efetuada pelo sujeito passivo:

[...]

II os tributos e contribuições devidos no registro da DI;

[...]

[...]

Art. 45 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de outubro de 2002.

Art. 46 Ficam formalmente revogadas, sem interrupção de sua força normativa, as Instruções Normativas SRF nº 28, de 22 de março de 1984, nº 96, de 26 de novembro de 1985, nº 22, de 18 de abril de 1996, nº 16, de 26 de fevereiro de 1997, nº 21, de 10 de março de 1997, nº 73, de 15 de setembro de 1997, nº 34, de

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2 de abril de 1998, nº 151, de 21 de dezembro de 1999, nº 41, de 7 de abril de 2000, nº 28, de 13 de março de 2001, o artigo 7º, inciso III e § 2º, da Instrução Normativa SRF nº 93, de 23 de novembro de 2001, e a Instrução Normativa SRF nº 203, de 23 de setembro de 2002.

Everardo Maciel

[...]

Instrução Normativa SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002

Publicada em 22 de outubro de 2002.

A habilitação de pessoa jurídica importadora para operação por conta e ordem de terceiros está condicionada à prévia habilitação da pessoa física responsável pela pessoa jurídica adquirente das mercadorias, nos termos do artigo 14 da Instrução Normativa SRF nº 286, de 15 de janeiro de 2003.

Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas por conta e ordem de terceiros.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, tendo em vista o disposto no inciso I do artigo 80 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e no artigo 29 da Medida Provisória nº 66, de 29 de agosto de 2002, resolve:

Art. 1º O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que opere por conta e ordem de terceiros será exercido conforme o estabelecido nesta Instrução Normativa.

Par. único Entende-se por importador por conta e ordem de terceiro a pessoa jurídica que promover, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato previamente firmado, que poderá compreender, ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial.

Art. 2º A pessoa jurídica que contratar empresa para operar por sua conta e ordem deverá apresentar cópia do contrato firmado entre as partes para a prestação dos serviços, caracterizando a natureza de sua vinculação, à unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF), de fiscalização aduaneira, com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz.

Par. único O registro da Declaração de Importação (DI) pelo contratado ficará condicionado à sua prévia habilitação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), para atuar como importador por conta e ordem do adquirente, pelo prazo previsto no contrato.

Art. 3º O importador, pessoa jurídica contratada, devidamente identificado na DI, deverá indicar, em campo próprio desse documento, o número de inscrição do adquirente no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

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§ 1º O conhecimento de carga correspondente deverá estar consignado ou endossado ao importador, configurando o direito à realização do despacho aduaneiro e à retirada das mercadorias do recinto alfandegado.

§ 2º A fatura comercial deverá identificar o adquirente da mercadoria, refletindo a transação efetivamente realizada com o vendedor ou transmitente das mercadorias.

Art. 4º Sujeitar-se-á à aplicação de pena de perdimento a mercadoria importada na hipótese de:

I inserção de informação que não traduza a realidade da operação, seja no contrato de prestação de serviços apresentado para efeito de habilitação, seja nos documentos de instrução da DI de que trata o artigo 3º (artigo 105, inciso VI, do Decreto-lei nº 37, de 18 de novembro de 1966);

II ocultação do sujeito passivo, do real vendedor, do comprador ou responsável pela operação, mediante fraude ou simulação, inclusive a interposição fraudulenta de terceiros (artigo 23, inciso V, do Decreto-lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, com a redação dada pelo artigo 59 da Medida Provisória nº 66, de 29 de agosto de 2002).

Par. único A aplicação da pena de que trata este artigo não elide a formalização da competente representação para fins penais, relativamente aos responsáveis, nos termos da legislação específica (Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 e Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990).

Art. 5º A operação de comércio exterior realizada mediante utilização de recursos de terceiro presume-se por conta e ordem deste, para fins de aplicação do disposto nos artigos 77 a 81 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.

Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 4 de novembro de 2002.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 227, de 21 de outubro de 2002

Publicada em 23 de outubro de 2002.

Dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro de admissão temporária a bens destinados ao Exercício Militar Conjunto das Nações Integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Pernambuco.

O Secretário da Receita Federal, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no artigo 8º do Decreto nº 2.889, de 21 de dezembro de 1998, resolve:

Art. 1º Aos bens de procedência estrangeira destinados ao Exercício Militar Conjunto das Nações Integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, intitulado "Felino", a realizar-se no período de 27 de outubro a 10 de novembro de 2002, em região próxima a Petrolina, Pernambuco, importados sem cobertura

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cambial, será aplicado o regime aduaneiro de admissão temporária, de acordo com os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa.

Par. único O disposto neste artigo aplica-se exclusivamente a material de emprego militar.

Art. 2º O despacho aduaneiro para admissão no regime será processado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI), mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 155/99, de 22 de dezembro de 1999, apresentada pelo Ministério da Defesa, inscrito no CNPJ sob o nº 032.776.1000/01-25, responsável pelo evento.

§ 1º A solicitação do regime e o registro da DSI poderão ser procedidos previamente à chegada dos bens no País.

§ 2º Para fins do disposto neste artigo, não será exigida a fatura comercial pro forma.

Art. 3º O regime será concedido pelo Delegado da Receita Federal em Petrolina mediante a constituição das obrigações fiscais em termo de responsabilidade, sem a exigência de garantia.

Art. 4º Concluído o evento e antes de expirada a vigência do regime, o beneficiário deverá reexportar os bens com base na Declaração Simplificada de Exportação (DSE), instruída com a DSI que serviu de base para a admissão no regime.

§ 1º Serão utilizados os formulários de DSE de que trata o artigo 31 da Instrução Normativa SRF nº 155/99, para o despacho aduaneiro de reexportação.

§ 2º As munições que forem consumidas durante o evento deverão ser despachadas para consumo durante a vigência do regime de admissão temporária, mediante registro de DSI, utilizando-se os formulários a que se refere o artigo 2º.

Art. 5º Extinta a admissão temporária, o termo de responsabilidade firmado por ocasião da concessão do regime será baixado.

Art. 6º O chefe da unidade local responsável pelo despacho aduaneiro adotará as providências necessárias para garantir a infra-estrutura específica e adequada de atendimento ao disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 7º Aplica-se ao evento a que se refere o artigo 1º, no que couber, as disposições da Instrução Normativa SRF nº 150, de 20 de dezembro de 1999.

Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Everardo Maciel

Instrução Normativa SRF nº 369, de 28 de novembro de 2003

Publicada em 2 de dezembro de 2003.

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de exportação sem exigência de saída do produto do território nacional, nas situações que especifica.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no artigo 6º da Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999, com a redação dada pelo

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artigo 50 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, no parágrafo único do artigo 45 da Medida Provisória nº 135, de 30 de outubro de 2003, no artigo 233 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, com a redação dada pelo artigo 1º do Decreto nº 4.765, de 24 de junho de 2003, e no artigo 39 da Portaria MF nº 204, de 22 de agosto de 1996, resolve:

Art. 1º O despacho aduaneiro de exportação e o conseqüente despacho aduaneiro de importação de mercadoria, sem saída do País, serão efetuados em conformidade com o estabelecido nesta Instrução Normativa, quando se tratar de exportação decorrente de venda com pagamento em moeda estrangeira de livre conversibilidade, realizada:

I a órgão ou entidade de governo estrangeiro ou organismo internacional de que o Brasil seja membro, para ser entregue, no País, à ordem do comprador; ou

II a empresa sediada no exterior, para ser:

a totalmente incorporada, no território nacional, a produto final exportado para o Brasil;

b totalmente incorporada a bem, que se encontre no País, de propriedade do comprador, inclusive em regime de admissão temporária sob a responsabilidade de terceiro;

c entregue a órgão da administração direta, autárquica ou fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, em cumprimento de contrato decorrente de licitação internacional;

d entregue, em consignação, a empresa nacional autorizada a operar o regime aduaneiro especial de loja franca;

e entregue, no País, a subsidiária ou coligada, para distribuição sob a forma de brinde a fornecedores e clientes;

f entregue a terceiro, no País, em substituição de produto anteriormente exportado e que tenha se mostrado, após o despacho aduaneiro de importação, defeituoso ou imprestável para o fim a que se destinava; ou

g entregue, no País, a missão diplomática, repartição consular de caráter permanente ou organismo internacional de que o Brasil seja membro, ou a seu integrante, estrangeiro.

Par. único A total incorporação ao produto final, referida na alínea "a" do inciso II, deverá ser comprovada mediante laudo técnico, devendo ser observadas as exigências constantes da Instrução Normativa nº 157, de 22 de dezembro de 1998, alterada pelas Instruções Normativas nº 22, de 23 de fevereiro de 1999 e nº 152, de 8 de abril de 2002.

Art. 2º O despacho aduaneiro de exportação, nas situações referidas no artigo 1º, será efetuado com base em declaração formulada no Sistema Integrado de Comercio Exterior (Siscomex), com indicação do fundamento legal correspondente à exportação sem saída do território nacional.

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§ 1º O desembaraço aduaneiro da exportação referida no caput ficará condicionado à apresentação para despacho aduaneiro de importação, mediante o registro da correspondente declaração no Siscomex:

I da mercadoria estrangeira à qual será incorporado o produto desnacionalizado, na hipótese da alínea "a" do inciso II do artigo 1º; ou

II do produto desnacionalizado, a ser entregue ao importador brasileiro por ordem do adquirente sediado no exterior, nas demais hipóteses.

§ 2º A declaração de importação referida no § 1º deverá:

I na hipótese do inciso I, refletir a operação de aquisição do produto completo, mediante a indicação da correspondente descrição, quantidade, classificação fiscal e valor aduaneiro, e conter, ainda, no campo destinado a Informações Complementares, a descrição, a quantidade, a classificação fiscal e o valor do produto desnacionalizado a ser a ele incorporado, bem assim o número da respectiva declaração de exportação; e

II no caso do inciso II, indicar a quantidade, a classificação fiscal e o correspondente valor aduaneiro do produto desnacionalizado a ser entregue ao importador e conter, também, no campo destinado a Informações Complementares, a descrição, a quantidade, a classificação fiscal e o valor da totalidade do produto desnacionalizado, bem assim o número da respectiva declaração de exportação.

§ 3º Os despachos aduaneiros de exportação e de importação serão processados na mesma unidade da Secretaria da Receita Federal e desembaraçados em seqüência.

§ 4º Na hipótese da alínea "d" do inciso II do artigo 1º, o despacho aduaneiro de exportação e o subseqüente despacho de admissão em loja franca serão realizados no recinto alfandegado administrado pela empresa beneficiária do regime aduaneiro especial loja franca, consignatária das mercadorias de origem nacional exportadas, destinadas ao regime.

Art. 3º As exigências de natureza tributária e administrativa, decorrentes de ato normativo referente a exportação, importação e regimes aduaneiros espaciais, deverão ser observadas na aplicação do disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 4º A empresa que opere o regime aduaneiro especial de drawback poderá utilizar as exportações realizadas nos termos desta Instrução Normativa para fins de comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes da aplicação do regime.

Par. único O disposto neste artigo aplica-se, ainda, no caso de obrigações decorrentes da suspensão do imposto sobre produtos industrializados relativo a matérias-primas, partes e peças nacionais utilizadas na fabricação do produto exportado, nos termos da legislação específica.

Art. 5º Fica revogada a Instrução Normativa nº 240, de 6 de novembro de 2002.

Alterações anotadas.

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Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa SRF nº 371, de 19 de dezembro de 2003

Publicada em 22 de dezembro de 2003.

Dispõe sobre a regulamentação dos procedimentos de verificação e controle relativos ao Sistema de Certificação do Processo de Kimberley.

O Secretário da Receita Federal, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, tendo em vista o disposto no artigo 12 da Lei nº 10.743, de 9 de outubro de 2003, e a necessidade de regulamentar os procedimentos de controle e verificação de origem de diamantes brutos destinados à exportação e à importação objeto do Sistema de Certificação do Processo de Kimberley, resolve:

Art. 1º Os despachos aduaneiros de importação e de exportação de diamantes brutos, classificados nas subposições 7102.10, 7102.21 e 7102.31 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), serão efetivados de acordo com os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa.

Art. 2º Os despachos referidos no artigo 1º serão processados exclusivamente com base em declaração registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

Par. único Os diamantes brutos submetidos a despacho aduaneiro deverão estar acompanhados do correspondente Certificado do Processo Kimberley devidamente acondicionado em envelope inviolável.

Art. 3º Na hipótese de verificação da mercadoria, o Auditor-Fiscal da Receita Federal (AFRF) responsável pelo despacho aduaneiro deverá:

I havendo conformidade, emitir novo Certificado do Processo de Kimberley para acompanhar a mercadoria, preenchendo o modelo de certificado impresso em papel moeda na forma do Anexo I à Portaria Conjunta DNPM/SRF nº 397, de 13 de outubro de 2003, com os dados constantes do certificado original e apondo sua assinatura no campo próprio.

II ficando constatado que a mercadoria verificada não se encontra amparada pelo correspondente Certificado do Processo de Kimberley, lavrar o correspondente Auto de Infração com vistas à aplicação da pena prevista no artigo 9º da Lei nº 10.743, de 9 de outubro de 2003.

Par. único Os modelos de Certificado do Processo de Kimberley, para serem utilizados na forma do inciso I do caput, conterão numeração única nacional e chancela mecânica com a assinatura do Secretário da Receita Federal.

Art. 4º Quando houver a emissão de novo certificado, na forma do inciso I do artigo 3º, a autoridade aduaneira deverá reter o Certificado do Processo de Kimberley substituído.

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Art. 5º Na ocorrência de erro no preenchimento do modelo de certificado de que trata o artigo 3º a autoridade aduaneira deverá cancelá-lo, mediante a aposição do termo "CANCELADO" na parte frontal do formulário.

Art. 6º A autoridade aduaneira poderá solicitar assistência técnica de profissional habilitado, com vistas à correta identificação e qualificação da mercadoria de que trata esta Instrução Normativa, observando as disposições contidas na Instrução Normativa SRF nº 157, de 22 de dezembro de 1998.

Art. 7º O Certificado do processo de Kimberley retido para substituição, nos termos do artigo 4º, bem assim os formulários cancelados na forma do artigo 5º, deverão ser mantidos em arquivo na unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) responsável pelo despacho aduaneiro, pelo prazo de cinco anos, contado do primeiro dia útil do ano seguinte ao da ocorrência do fato.

Art. 8º As unidades SRF referidas no artigo 7º deverão encaminhar à correspondente Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF), até o décimo dia do mês subseqüente a cada semestre civil, relação dos Certificados do Processo de Kimberley substituídos, informando os termos neles contidos, bem assim dos formulários cancelados por erro de preenchimento, mantidos em seus arquivos.

Par. único A SRRF deverá consolidar as relações referidas no caput, referentes às unidades locais sob sua jurisdição, e encaminhá-las à Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (COANA) até o dia 15 dos meses de fevereiro e agosto de cada ano.

Art. 9º A COANA deverá encaminhar ao Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério das Minas e Energia a consolidação nacional da relação dos Certificados do Processo de Kimberley substituídos, no prazo trinta dias, contado do recebimento das consolidações referidas no parágrafo único do artigo 8º.

Art. 10 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa SRF nº 428, de 18 de junho de 2004

Publicada em 23 de junho de 2004.

Aprova nova modalidade de acesso ao módulo Importação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, com base no disposto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto na Instrução Normativa SRF nº 222, de 11 de outubro de 2002, resolve:

Art. 1º Aprovar o acesso, via Internet, ao módulo Importação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex - Importação) .

§ 1º A solução tecnológica autorizada pela Secretaria da Receita Federal (SRF) a ser utilizada no acesso ao Siscomex - Importação, via Internet, é a Rede Virtual Privada com uso de Certificado Digital (c-VPN).

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§ 2º As instruções para a aquisição de certificados digitais e da solução que possibilita a nova modalidade de conexão a que se refere o parágrafo anterior estão disponíveis na página da SRF na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>, em "Serviço Interativo de Atendimento Virtual - Receita 222".

Art. 2º Para o acesso ao Siscomex - Importação, por intermédio da solução c-VPN estabelecida no artigo 1º, é necessário o uso de senha nos mesmos termos da utilização dos outros meios de acesso disponíveis.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006

Publicada em 20 de janeiro de 2006.

Retificada em 26 de janeiro de 2006.

Alterada pela Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006; nº 720, de 12 de fevereiro de 2007; RFB nº 741, de 3 de maio de 2007; nº 846, de 12 de maio de 2008; nº 908, de 9 de janeiro de 2009; nº 1.357, de 7 de maio de 2013; nº 1.361, de 21 de maio de 2013; nº 1.456, de 10 de março de 2014; e nº 1.601, de 14 de dezembro de 2015.

Dispõe sobre a utilização de declaração simplificada na importação e na exportação.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e tendo em vista o disposto nos artigos 491, 516, 517, 525, 533 e 534 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º Os despachos aduaneiros de importação e de exportação, nas situações estabelecidas nesta Instrução Normativa, poderão ser processados com base em declaração simplificada.

DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO

Art. 2º A Declaração Simplificada de Importação (DSI) será formulada pelo importador ou seu representante em microcomputador conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex, mediante a prestação das informações constantes do Anexo I.

Par. único Excluem-se do procedimento estabelecido neste artigo as importações de que tratam os artigos 4º e 5º, que serão submetidas a despacho aduaneiro mediante a utilização de formulário próprio.

Art. 3º A DSI apresentada de conformidade com o estabelecido no caput do artigo 2º poderá ser utilizada no despacho aduaneiro de bens:

I importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e freqüência que não caracterize destinação comercial,

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cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

II importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

III recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por:

a órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou

b instituição de assistência social;

IV submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas em legislação específica;

Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.601, de 14 de dezembro de 2015.

V reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do regime de exportação temporária; e

VI que retornem ao País em virtude de:

a não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação;

b defeito técnico, para reparo ou substituição;

c alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou

d guerra ou calamidade pública;

VII contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

VIII contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintes situações:

a a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o inciso IV deste artigo;

b reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo;

c a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou

d destinados a revenda;

IX integrantes de bagagem desacompanhada;

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X importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

XI industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto- Lei nº 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

XII importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial; ou

XIII importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou freqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda

Art. 4º Poderão ser utilizados os formulários de Declaração Simplificada de Importação (DSI), Folha Suplementar e Demonstrativo de Cálculo dos Tributos, nos modelos constantes respectivamente dos Anexos II a IV desta Instrução Normativa ou, alternativamente, esses mesmos formulários no formato de planilha eletrônica, disponibilizada no sítio da RFB na Internet no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br, instruídos com os documentos próprios para cada caso, quando se tratar do despacho aduaneiro de:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

I amostras sem valor comercial;

II livros, jornais, periódicos, documentos, folhetos, catálogos, manuais e publicações semelhantes, inclusive gravados em meio magnético, importados sem finalidade comercial, desde que não estejam sujeitos ao pagamento de tributos;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

III outros bens importados por pessoa física, sem finalidade comercial, de valor não superior a US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América);

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 846, de 12 de maio de 2008.

IV bens importados ou industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o

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equivalente em outra moeda, submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física;

V [revogado]

Revogada pela Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 21 de maio de 2013.

VI bens importados por missão diplomática, repartição consular de carreira e de caráter permanente, representação de organismo internacional de que o Brasil faça parte ou delegação acreditada junto ao Governo Brasileiro, bem assim por seus respectivos integrantes, funcionários, peritos ou técnicos;

VII órgãos e tecidos humanos para transplante;

VIII animais de vida doméstica, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial;

IX importações previstas no artigo 3º, quando não for possível o acesso ao Siscomex, em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas;

X doações referidas na alínea “a” do inciso III do caput do artigo 3º; Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.601, de 14 de dezembro de 2015.

XI bens submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas em legislação específica;

Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.601, de 14 de dezembro de 2015.

XII bens importados por órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 741, de 3 de maio de 2007.

XIII medicamentos, sob prescrição médica, importados por pessoa física; Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.357, de 7 de maio de 2013.

XIV bens trazidos por equipe esportiva estrangeira ou a ela destinados, para seu uso ou consumo;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.357, de 7 de maio de 2013.

XV bens trazidos por grupo artístico estrangeiro ou a ele destinados, para seu uso ou consumo;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.357, de 7 de maio de 2013.

XVI equipamentos de rádio, televisão e para a imprensa em geral, no regime de admissão temporária; e

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Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.357, de 7 de maio de 2013.

XVII bens retornando ao País, cujo despacho aduaneiro de exportação tenha sido realizado por meio da declaração de que trata o artigo 31.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.357, de 7 de maio de 2013.

§ 1º [revogado] Revogada pela Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 21 de maio de 2013.

§ 2º A impossibilidade de acesso ao Siscomex a que se refere o inciso IX deste artigo será reconhecida pelo titular da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, no âmbito de sua jurisdição.

§ 3º Os formulários de DSI de que trata o caput, bem como os demais documentos de instrução do despacho, deverão ser anexados a dossiê digital de atendimento nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.412, de 22 de novembro de 2013.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

Art. 5º No caso de bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, submetidos ao Regime de Tributação Simplificada (RTS), o despacho aduaneiro será processado mediante o pagamento dos imposto de importação incidente, lançado pela autoridade aduaneira por meio da Nota de Tributação Simplificada (NTS), instituída pela Instrução Normativa SRF nº 101, de 11 de novembro de 1991, sem qualquer outra formalidade aduaneira.

Pagamento dos Impostos

Art. 6º O pagamento dos impostos incidentes na importação será efetuado previamente ao registro da DSI, por débito automático em conta corrente bancária em agência habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais.

§ 1º O débito será efetuado pelo banco, na conta indicada pelo declarante, por meio do Siscomex.

§ 2º O pagamento será efetuado mediante a utilização de Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF, quando se tratar:

I de importação realizada por pessoa física quando se tratar de declaração transmitida por servidor lotado na Unidade da SRF onde for processado o despacho aduaneiro;

II das hipóteses referidas nos incisos IV e VII do artigo 4º;

III de crédito tributário lançado pela autoridade fiscal no curso do despacho de importação ou em procedimento de revisão aduaneira; ou

IV de crédito tributário decorrente de denúncia espontânea, após o desembaraço aduaneiro da mercadoria.

Registro da Declaração

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Art. 7º A DSI será registrada por solicitação do importador ou seu representante, mediante a sua numeração automática única, seqüencial e nacional, reiniciada a cada ano, pelo Siscomex.

§ 1º Será admitido o registro de DSI por solicitação:

I da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), quando se tratar das importações a que se referem os incisos VII e XIII do artigo 3º; ou

II de empresa de transporte internacional expresso, quando se tratar das importações referidas nos incisos VIII e XIII do artigo 3º.

§ 2º Quando se tratar de importação eventual efetuada por pessoa física, a DSI poderá ser transmitida para registro por servidor lotado na Unidade da SRF onde será processado o despacho aduaneiro, mediante função própria do Siscomex.

§ 3º No caso de que trata o parágrafo 2º, a Unidade local da SRF colocará à disposição do importador o equipamento necessário à formulação da DSI.

Art. 8º O registro da DSI somente será efetivado:

I se verificada a regularidade cadastral do importador;

II após o licenciamento da operação de importação, conforme estabelecido pelos órgãos competentes;

III após a chegada da carga;

IV após o recolhimento dos impostos e outros direitos incidentes sobre a importação, se for o caso; e

V se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro.

§ 1º Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o fornecimento com erro, bem como aquela que decorra do descumprimento de limite ou condição estabelecida nesta Instrução Normativa.

§ 2º Considera-se chegada a carga que já tenha sido informada, no Siscomex, pelo depositário, ou aquela que esteja em situação que permita a vinculação da declaração ao conhecimento de carga correspondente, no Sistema de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento - MANTRA.

Art. 9º A DSI de que trata o artigo 4º será registrada pela Unidade local da SRF onde será processado o despacho aduaneiro, mediante aposição de número, composto pelo código da Unidade da SRF, seguido do número seqüencial de identificação do documento, e data.

Par. único O registro somente será efetuado:

I após a manifestação favorável da autoridade competente pelo controle específico a que esteja sujeita a mercadoria, se for o caso, efetuada no campo próprio da declaração ou em documento específico por ela emitido; e

II mediante a requisição do Ministério das Relações Exteriores, formulada na própria declaração, quando se tratar de importação realizada por missão diplomática ou semelhante.

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Art. 10 O registro da DSI caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação.

Instrução da Declaração

Art. 11 A DSI será instruída com os seguintes documentos:

I via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

II via original da fatura comercial, quando for o caso;

III via original da receita médica, na hipótese do inciso XIII do artigo 4º; Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

IV DARF que comprove o recolhimento dos tributos, quando for o caso; Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

V nota fiscal de saída, quando for o caso; e

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

VI outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

Art. 12 Os documentos referidos no artigo 11 serão mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação, devendo ser apresentados à fiscalização aduaneira quando solicitados.

Par. único Na hipótese do artigo 9º, os documentos exigidos devem instruir a DSI apresentada para registro.

Seleção para Conferência Aduaneira

Art. 13 Os bens submetidos a despacho aduaneiro com base em DSI poderão ser desembaraçados:

I sem conferência aduaneira, hipótese em que ficam dispensados o exame documental, a verificação física e o exame do valor aduaneiro; ou

II com conferência aduaneira, hipótese em que a mercadoria somente será desembaraçada e entregue ao importador após a realização do exame documental e da verificação física e, se for o caso, do exame do valor aduaneiro.

Art. 14 A seleção para conferência aduaneira referida no artigo 13 será efetuada de conformidade com os critérios estabelecidos pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (COANA) e pelo titular da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro.

§ 1º No caso de DSI registrada no Siscomex, a seleção será realizada por intermédio do sistema.

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§ 2º Na hipótese do parágrafo 1º, o importador entregará na Unidade da SRF que jurisdiciona o local onde se encontre a mercadoria a ser submetida a despacho aduaneiro, a DSI impressa, instruída com os respectivos documentos.

Conferência Aduaneira

Art. 15 A conferência aduaneira de mercadoria objeto de DSI selecionada nos termos do artigo 14 deverá ser concluída no prazo máximo de um dia útil, contado do dia seguinte ao da entrega da declaração e dos documentos que a instruem, salvo quando a conclusão depender de providência a ser cumprida pelo importador.

Art. 16 A verificação da mercadoria será realizada na presença do importador ou de seu representante.

Art. 17 O importador prestará à fiscalização aduaneira as informações e a assistência necessárias à identificação da mercadoria e, quando for o caso, ao exame do valor aduaneiro.

Desembaraço Aduaneiro

Art. 18 A entrega da mercadoria ao importador somente será realizada após o respectivo desembaraço aduaneiro.

Par. único O chefe da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá autorizar a entrega da mercadoria ao importador antes de totalmente realizada a conferência aduaneira, em situações justificadas, tendo em vista a natureza da mercadoria ou as circunstâncias específicas da operação de importação.

Art. 19 O desembaraço da mercadoria cuja DSI tenha sido selecionada para conferência aduaneira será realizado:

I automaticamente, após o registro da conclusão dessa conferência, no sistema, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal (AFRF) responsável; ou

II mediante consignação no campo próprio da declaração, na hipótese da utilização do formulário de que trata o artigo 4º.

Par. único A mercadoria cuja DSI, registrada no Siscomex, tenha sido dispensada de conferência aduaneira será desembaraçada mediante procedimento automático do sistema.

Art. 20 A mercadoria objeto de exigência fiscal de qualquer natureza, formulada no curso do despacho aduaneiro, somente será desembaraçada após o respectivo cumprimento ou, quando for o caso, mediante a apresentação de garantia, nos termos de legislação específica.

Art. 21 A mercadoria sujeita a controle sanitário, ambiental ou de segurança, constatado no curso do despacho aduaneiro em decorrência de declaração inexata, somente será desembaraçada após a autorização do órgão competente.

Par. único Quando se tratar de declaração registrada no Siscomex, a manifestação do órgão será realizada no sistema.

Art. 22 A entrega da mercadoria ao importador, pelo depositário, somente será feita após confirmado o seu desembaraço aduaneiro no MANTRA, nas Unidades onde esteja implantado esse sistema.

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Par. único Nas Unidades da SRF onde ainda não esteja implantado o MANTRA, a entrega da mercadoria ao importador será feita mediante a apresentação do Comprovante de Importação emitido pelo Siscomex ou da respectiva via da DSI.

Art. 23 Após o desembaraço aduaneiro, os documentos instrutivos da DSI registrada no Siscomex serão devolvidos ao importador, que deverá mantê-los em seu poder pelo prazo previsto na legislação.

Formalização de Exigências

Art. 24 A exigência para cumprimento de formalidades legais ou regulamentares, que não implique constituição de crédito tributário, bem como a ciência do importador, serão formalizadas no Siscomex, quando se tratar de DSI registrada no sistema ou no campo próprio do formulário da DSI, na hipótese de aplicação do artigo 4º.

Par. único Sem prejuízo do disposto neste artigo, a exigência do crédito tributário decorrente de infração à legislação vigente, da qual resulte falta ou insuficiência de recolhimento dos impostos incidentes ou imposição de penalidade, será formalizada em notificação de lançamento ou auto de infração.

Art. 25 Cientificado o importador da exigência, inicia-se a contagem do prazo a que se refere a alínea “a” do inciso I do artigo 574 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, para caracterização do abandono da mercadoria submetida a despacho aduaneiro.

Retificação da Declaração

Art. 26 A alteração ou inclusão de informações prestadas na declaração, decorrentes de incorreções constatadas no curso do despacho de importação ou em procedimento de revisão aduaneira, serão formalizadas no Siscomex pelo AFRF responsável, quando se tratar de DSI registrada no sistema, ou no verso do formulário da DSI, na hipótese de aplicação do artigo 4º.

Cancelamento da Declaração

Art. 27 À vista de requerimento fundamentado do importador, o titular da Unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá autorizar o cancelamento de declaração já registrada, quando:

I ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no País, inclusive nos casos de duplicidade de registro;

II for autorizada a devolução da mercadoria ao exterior, antes do desembaraço aduaneiro;

III a importação não atender aos requisitos exigidos ou não se enquadrar nas hipóteses previstas para a utilização de DSI, e não for possível a retificação da declaração;

IV ficar comprovado erro de expedição; ou

V for constatado erro na declaração registrada no Siscomex, não passível de retificação nesse sistema.

§ 1º O cancelamento da declaração, nos termos deste artigo, não exime o importador da responsabilidade por eventuais delitos ou infrações, constatados pela fiscalização, inclusive posteriormente a sua efetivação.

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§ 2º O cancelamento da declaração será feito por meio de função própria do Siscomex, quando for o caso.

§ 3º As Superintendências Regionais da Receita Federal (SRRF) poderão autorizar o cancelamento de DSI em hipótese não prevista nesta Instrução Normativa.

§ 4º A aplicação do disposto no § 3º fica condicionada ao encaminhamento à SRRF, pela respectiva Unidade, da correspondente proposta, baseada em parecer conclusivo sobre a necessidade e conveniência do cancelamento.

Comprovante de Importação

Art. 28 O Comprovante de Importação será emitido pelo Siscomex, após a efetivação do desembaraço da mercadoria no sistema.

DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE EXPORTAÇÃO

...

Tabela Simplificada de Produtos

Art. 50 A Tabela Simplificada de Designação e de Codificação de Produtos (TSP), constante do Anexo VIII a esta Instrução Normativa, poderá ser utilizada na formulação de DSI para o despacho aduaneiro:

I de bens submetidos ao Regime de Tributação Simplificada - RTS;

II de bagagem desacompanhada, sujeita ao pagamento de tributos;

III de bens objeto de imunidade;

IV de bens substituídos em decorrência de garantia;

V de admissão temporária de bens:

a de caráter cultural;

b destinados a espetáculos, exposições e outros eventos artísticos;

c destinados a competições ou exibições desportivas;

d destinados à prestação, por técnico estrangeiro, de assistência técnica a bens importados, em virtude de garantia;

e destinados à assistência e salvamento em situações de calamidade ou de acidentes de que decorram dano ou ameaça de dano à coletividade ou ao meio ambiente;

f destinados ao exercício temporário de atividade profissional de não residente;

g destinados ao uso do imigrante, enquanto não obtido o visto permanente; ou

h destinados ao uso de viajante não residente, desde que integrantes de sua bagagem.

Par. único As eventuais atualizações da TSP, bem como das hipóteses de sua utilização serão divulgadas por meio de Ato declaratório da COANA.

DISPOSIÇÕES FINAIS

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Art. 51 O despacho aduaneiro de urnas funerárias será processado em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo após a descarga ou antes do embarque, com base no respectivo conhecimento de carga ou documento equivalente e cópia do atestado de óbito.

Par. único O desembaraço aduaneiro da urna somente será efetuado após manifestação da autoridade sanitária competente.

Art. 52 O chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil responsável pelo despacho aduaneiro poderá autorizar a utilização dos formulários de que tratam os artigos 4º e 31, em casos justificados e não previstos nesta Instrução Normativa.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

Par. único Na hipótese do caput, a unidade da RFB de despacho deverá informar à Coana sobre a autorização concedida, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da concessão da autorização.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 908, de 9 de janeiro de 2009.

Art. 53 As declarações de que tratam os artigos 4º e 31 devem ser apresentadas em papel ofsete branco, na gramatura 75 g/m2, no tamanho 210 X 297 mm e impressos na cor preta, em três vias, sendo a 1ª via destinada à Unidade local da SRF, a 2ª via, ao interessado e a 3ª via, ao depositário.

§ 1º A matriz dos formulários para elaboração das declarações estará disponível, para cópia, nas Divisões de Tecnologia e Segurança da Informação - DITEC, das Superintendências Regionais, ou no sítio da SRF na Internet.

§ 2º As empresas interessadas ficam autorizadas a imprimir e comercializar os formulários de que trata este artigo.

§ 3º Os formulários destinados a comercialização deverão conter, no rodapé, o nome e o número de inscrição no CNPJ da empresa responsável pela impressão.

Art. 54 A COANA orientará sobre os procedimentos que deverão ser adotados nas situações descritas nesta Instrução Normativa para as quais ainda não tenha sido implantada função específica no Siscomex.

Art. 55 [revogado] Revogado pela Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.

Alterações anotadas.

Art. 56 Ficam formalmente revogados, sem interrupção de sua força normativa, a Instrução Normativa SRF nº 155, de 22 de dezembro de 1999, a Instrução Normativa SRF nº 125, de 25 de janeiro de 2002, o artigo 24 da Instrução Normativa SRF nº 242, de 6 de novembro de 2002, e o artigo 3º da Instrução Normativa SRF nº 357, de 2 de setembro de 2003, e a Instrução Normativa SRF nº 427, de 15 de junho de 2004.

Alterações anotadas.

Art. 57 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

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Jorge Antônio Deher Rachid

ANEXO I

Na elaboração da DSI deverão ser prestadas as seguintes informações, conforme a natureza da operação de importação:

1 Natureza da operação: Identificação do tipo de importação para a qual será elaborada a declaração de importação, conforme tabela.

2 Tipo de importador: Identificação da pessoa que está promovendo a entrada, no País, de mercadoria procedente do exterior.

3 Identificação do importador: Número de inscrição no CNPJ ou CPF, do importador.

4 Empresa declarante: Número de inscrição no CNPJ do declarante, quando se tratar da ECT ou de empresa de transporte internacional expresso habilitada pela SRF.

5 Representante legal: Número do CPF da pessoa habilitada a representar o importador ou da pessoa habilitada a representar a ECT ou a empresa de transporte internacional expresso.

6 País de procedência: Código do país onde a mercadoria se encontrava no momento de sua aquisição e de onde saiu para o Brasil, independentemente do país de origem ou do ponto de embarque final, de acordo com a tabela Países, administrada pelo BACEN.

7 Peso bruto: Somatório dos pesos brutos das mercadorias objeto do despacho, expresso em kg (quilograma) e fração de até cinco casas decimais.

8 Peso líquido: Somatório dos pesos líquidos das mercadorias objeto do despacho, expresso em Kg (quilograma) e fração de até cinco casas decimais.

9 UL de despacho: Unidade da SRF responsável pela execução dos procedimentos necessários ao desembaraço aduaneiro da mercadoria importada, de acordo com a tabela Órgãos da SRF, administrada pela SRF.

10 Data do embarque: Data de emissão do conhecimento de transporte, da postagem da mercadoria ou da partida da mercadoria do local de embarque.

11 Recinto alfandegado: Código do recinto alfandegado onde se encontre a mercadoria, conforme a tabela Recintos Alfandegados, administrada pela SRF.

12 Setor: Código do setor que controla o local de armazenagem da mercadoria, conforme tabela administrada pela Unidade local.

13 Tipo de embalagem: Espécie ou tipo de embalagem utilizada no transporte da mercadoria submetida a despacho, conforme a tabela Embalagens, administrada pela SRF.

14 Volumes: Quantidade de volumes objeto do despacho, exceto para mercadoria a granel.

15 Via de transporte: Via utilizada no transporte internacional da carga, conforme tabela.

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16 Conhecimento de carga (BL): Documento emitido pelo transportador ou consolidador, constitutivo do contrato de transporte internacional e prova de propriedade ou posse da mercadoria importada.

17 Frete total: Custo do transporte internacional da mercadoria objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela Moedas, administrada pelo BACEN. As despesas de carga, descarga e manuseio associadas a esse trecho devem ser incluídas no valor do frete.

18 Seguro total: Valor do prêmio de seguro internacional relativo às mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela Moedas, administrada pelo BACEN.

19 Número da LSI: Número de identificação da Licença Simplificada de Importação.

20 Regime de tributação: Regime de tributação pretendido, conforme tabela Regimes de Tributação, administrada pela SRF.

21 Fundamento legal: Enquadramento legal que ampara o regime de tributação pretendido, conforme tabela Fundamentação Legal, administrada pela SRF.

22 Motivo: Indicação do motivo da admissão temporária de bens, nas hipóteses previstas no artigo 4º da IN 285/03, conforme tabela administrada pela SRF.

23 Classificação: Código da mercadoria segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM ou da Tabela Simplificada de Designação e de Codificação de Produtos - TSP, administradas pela SRF.

24 Destaque: Destaque da mercadoria dentro do código NCM, para fins de licenciamento de importação. O importador deverá utilizar a função Consulta a Tratamento Administrativo para verificar se existe algum destaque NCM para a mercadoria ou operação de importação. Caso existam destaques NCM para a referida classificação e a mercadoria a ser importada não se enquadrar em nenhum dos destaques, o importador deverá informar o código 999.

25 MERCOSUL: Informação obrigatória quando se tratar de importação originária de Estado-Parte integrante do Mercosul.

26 País de origem: País de origem do bem importado.

27 Quantidade na medida estatística: Quantidade da mercadoria expressa na unidade de medida estatística informada pelo sistema.

28 Medida de comercialização: Unidade de medida em que o bem foi comercializado.

29 Material usado: Marcar o campo, caso o bem seja usado.

30 Peso líquido: Peso líquido das mercadorias declaradas, expresso em Kg (quilograma) e fração de até cinco casas decimais.

31 Moeda: Moeda em que as mercadorias foram comercializadas, de acordo com a tabela Moedas.

32 Valor unitário: Valor unitário da mercadoria na unidade comercializada, na condição de venda (Incoterm) e na moeda negociada, de acordo com a fatura comercial.

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33 VMLE: Valor total das mercadorias objeto do despacho, no local de embarque e na moeda negociada, conforme a tabela Moedas, administrada pelo BACEN. Quando as mercadorias objeto da declaração tiverem sido negociadas em moedas diversas, esse valor deve ser informado em Reais.

34 Especificações: Descrição completa da mercadoria, de modo a permitir sua perfeita identificação e caracterização.

35 Código da Receita: Código da receita tributária conforme a Tabela Orçamentária, administrada pela SRF.

36 Código do banco e da agência: Código do banco e da agência arrecadadora dos tributos devidos.

37 Conta corrente: Conta corrente a ser debitada no valor dos tributos devidos.

ANEXO II - DSI Retificado em 26 de janeiro de 2006 .

ANEXO III - DSI - Folha Suplementar - Relação de Bens Importados

ANEXO IV - DSI - Demonstrativo de Cálculo dos Tributos Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 741, de 3 de maio de 2007 após ter sido alterado pela Instrução Normativa SRF nº 720, de 12 de fevereiro de 2007.

ANEXO V

Na elaboração da DSE, deverão ser prestadas as seguintes informações, conforme a natureza da operação de exportação:

1 Tipo de exportador: Identificação da pessoa que está promovendo a saída do País da mercadoria exportada.

2 Natureza da operação: Identificação do tipo de exportação para a qual será elaborada a declaração de exportação, conforme tabela.

3 UL de despacho: Unidade da SRF responsável pela execução dos procedimentos necessários ao desembaraço aduaneiro da mercadoria exportada, de acordo com a tabela Órgãos da SRF, administrada pela SRF.

4 UL de embarque: Unidade da SRF responsável pelo controle do embarque ou da transposição de fronteira da mercadoria exportada, de acordo com a tabela Órgãos da SRF, administrada pela SRF.

5 Carga armazenada: Indicativo de armazenamento ou não, em recinto alfandegado, da carga a ser exportada.

6 Identificação do exportador: Número de inscrição do exportador no CNPJ ou no CPF.

7 Representante legal: Número do CPF da pessoa habilitada a representar o exportador ou da pessoa habilitada a representar a ECT ou a empresa de transporte internacional expresso.

8 País de destino: final Código do país de destino final da mercadoria exportada, de acordo com a tabela Países, administrada pelo BACEN.

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9 Via de transporte: Via utilizada no transporte internacional de carga, conforme tabela.

10 Veículo transportador: Identificação do veículo transportador da mercadoria exportada.

11 Peso bruto: Peso bruto total das mercadorias exportadas, expresso em Kg (quilograma) e fração de até cinco casas decimais.

12 Valor total da mercadoria: Valor total das mercadorias objeto do despacho, em Reais.

13 Prazo de exportação temporária: Prazo, em dias, solicitado para a permanência da mercadoria no exterior.

14 Volumes: Espécie, quantidade e marcação dos volumes objeto do despacho, exceto para mercadoria a granel.

15 NCM: Código da mercadoria segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM.

16 Destaque: Destaque da mercadoria dentro do código NCM, para fins de anuência de outro órgão. Caso existam destaques NCM para a referida classificação ou a mercadoria a ser exportada não se enquadre em nenhum dos destaques, o exportador deverá informar o código 999.

17 Quantidade na unidade de medida: Quantidade de mercadoria exportada, na unidade de medida estatística estabelecida para a NCM.

18 Unidade de comercialização: Unidade de comercialização da mercadoria e quantidade exportada na unidade.

19 Peso líquido: Peso líquido das mercadorias objeto do despacho, expresso em Kg (quilograma) e fração de até cinco casas decimais.

20 Moeda: Código da moeda negociada, conforme tabela Moedas, administrada pelo BACEN.

21 Valor na condição de venda: Valor da mercadoria exportada, na condição de venda, na moeda negociada.

22 Descrição: Descrição complementar da mercadoria exportada.

23 Declaração vinculada: Número e data de registro da declaração de importação vinculada, no caso de retorno ao exterior de mercadoria objeto de admissão temporária.

24 Relação de bens: Quantidade, valor e descrição dos bens exportados, reexportados ou devolvidos, quando se tratar de erro de expedição, doação em caráter de ajuda humanitária, bens de caráter cultural, devolução ou indeferimento de regime aduaneiro especial.

ANEXO VI - Declaração Simplificada de Exportação - DSE

ANEXO VII - DSE - Relação de Bens Importados

Anexo VIII - Tabela Simplificada de Designação e de Codificação de Produtos - TSP

Regras gerais para a classificação de produtos na TSP

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Regra 1: Os produtos devem ser obrigatoriamente classificados por códigos de quatro dígitos.

Regra 2: Caso um produto possa classificar-se em mais de um código na Tabela, tal produto deve ser classificado no código mais específico. Havendo códigos igualmente específicos, o produto classificar-se-á no código situado em último lugar na ordem numérica.

Capítulo 1 Animais vivos, exceto para consumo humano; material de multiplicação animal

01.10 Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos

01.20 Eqüinos, asininos e muares

01.30 Suínos

01.40 Caninos e felinos

01.5 Aves

01.51 Aves domésticas

01.52 Aves silvestres

01.6 Peixes, crustáceos e moluscos

01.61 Peixes ornamentais de água doce ou salgada

01.62 Outros peixes, crustáceos e moluscos aquáticos, de água doce ou salgada, para cultivo

01.69 Outros peixes, crustáceos e moluscos, exceto para consumo humano

01.7 Insetos

01.71 Abelhas

01.72 Bicho-da-seda

01.79 Outros insetos

01.80 Outros animais vivos, exceto para consumo humano

01.9 Material de multiplicação animal

01.91 Sêmen de animais

01.92 Embriões de animais

01.93 Ovos de bicho-da-seda

01.94 Ovos férteis de aves domésticas

01.95 Ovos férteis de aves silvestres

01.96 Ovos de outros animais domésticos para incubação

01.97 Ovos de outros animais silvestres para incubação

01.99 Outros materiais de multiplicação animal

Capítulo 2 Outros animais e produtos de origem animal, exceto alimentos especiais do Capítulo 4

02.1 Carnes, miudezas e produtos a base de carnes, para consumo humano

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02.11 Carnes frescas, refrigeradas ou congeladas, de qualquer espécie animal

02.12 Miudezas, tripas, estômagos, glândulas frescas, refrigeradas ou congeladas, de qualquer espécie

02.13 Produtos a base de carnes de qualquer espécie animal, frescos, refrigerados, congelados, embutidos, salgados, curados, cozidos, esterilizados pelo calor ou irradiados

02.19 Outras carnes, miudezas e produtos a base de carnes, para consumo humano

02.20 Peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, mamíferos aquáticos, répteis e quelônios, vivos, para consumo humano

02.30 Produtos a base de peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, mamíferos aquáticos, répteis e quelônios, para consumo humano

02.40 Gordura ou óleo, para consumo humano

02.5 Leite e laticínios

02.51 Leite e produtos fluidos à base de leite pasteurizado, esterilizado, UHT, de origem animal, com ou sem adições

02.52 Leite e produtos à base de leite, desidratados, de origem animal, com ou sem adições

02.53 Produtos lácteos fermentados ou acidificados (por exemplo, iogurtes, bebidas lácteas, queijos)

02.59 Outros produtos lácteos (por exemplo, queijos processados, lactose, caseína e caseinatos; proteína concentrada ou isolada, de leite ou de soro de leite; produtos gordurosos; minerais lácteos; sobremesas lácteas)

02.6 Produtos de origem animal não comestíveis

02.61 Peles de animais, frescas, salgadas, secas, tratadas pela cal, "picladas" ou conservadas de outro modo, mas não curtidas, nem pergaminhadas, nem preparadas de outro modo, mesmo depiladas ou divididas.

02.62 Partes de animais silvestres, incluindo troféus de caça

02.69 Outros produtos de origem animal, não comestíveis

02.90 Outros animais e produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos por outros códigos deste Capítulo

Capítulo 3‘ Vegetais e produtos de origem vegetal, exceto alimentos especiais do Capítulo 4 e bebidas do Capítulo 5

03.1 Vegetais e produtos de origem vegetal destinados ao consumo humano

03.11 "In natura"

03.12 Semi processados

03.13 Processados e apresentados em embalagem hermeticamente fechada

03.19 Outros vegetais e produtos de origem vegetal destinados ao consumo humano

03.2 Vegetais e produtos de origem vegetal destinados à indústria

03.21 "In natura"

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03.22 Semi processados

03.29 Outros vegetais e produtos de origem vegetal destinados à indústria

03.30 Vegetais e produtos de origem vegetal destinados à propagação, exceto plantas ornamentais e aquáticas

03.4 Plantas ornamentais, exceto plantas aquáticas

03.41 Plantas ornamentais destinadas à propagação

03.42 Plantas ornamentais destinadas ao comércio

03.49 Outras plantas ornamentais

03.50 Plantas aquáticas

03.6 Tabaco e seus derivados

03.61 Tabaco não manufaturado

03.62 Charutos, cigarrilhas e cigarros

03.63 Fumo para cachimbo

03.69 Outros derivados do tabaco

03.70 Vegetais e produtos de origem vegetal com propriedades alucinógenas

03.8 Vegetais e produtos de origem vegetal geneticamente modificados (transgênicos)

03.81 Vegetais e produtos de origem vegetal geneticamente modificados (transgênicos) destinados à propagação

03.82 Vegetais e produtos de origem vegetal geneticamente modificados (transgênicos) destinados ao consumo ou à indústria

03.90 Outros vegetais e produtos de origem vegetal

Capítulo 4 Alimentos especiais; sal de mesa

04.10 Alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas e sódio)

04.2 Alimentos para ingestão controlada de nutrientes

04.21 Alimentos para controle de peso

04.22 Alimentos para praticantes de atividade física

04.23 Alimentos para dietas para nutrição enteral

04.24 Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares

04.3 Alimentos para grupos populacionais específicos

04.31 Fórmulas e alimentos infantis, inclusive leites especiais

04.32 Alimentos para gestantes e nutrizes

04.33 Alimentos para idosos

04.40 Concentrados de proteínas

04.50 Suplementos vitamínicos e minerais

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92

04.60 Alimentos com informação nutricional complementar (por exemplo, leve ou "light", baixo ou "low", alto teor ou "high", livre ou "free" )

04.70 Peptonas e seus derivados, dextrina e gelatinas, destinadas à indústria alimentícia

04.80 Sal de mesa (cloreto de sódio)

Capítulo 5 Bebidas

05.1 Bebidas não alcoólicas

05.11 Sucos

05.12 Vinagres

05.13 Chás, mates e cafés, apresentados na forma líqüida

05.14 Águas potáveis

05.19 Outras bebidas não alcoólicas

05.20 Bebidas alcoólicas

Capítulo 6 Produtos e preparações químicas

06.10 Produtos químicos utilizados como aditivos alimentares e como coadjuvantes de tecnologia na indústria alimentar

06.20 Produtos químicos utilizados na formulação de produtos veterinários

06.30 Mercúrio metálico

06.40 Produtos químicos radioativos 6.50 Matérias primas, componentes, ingredientes inertes e aditivos usados na formulação de agrotóxicos

06.60 Produtos utilizados na produção de armas, munições, explosivos, agentes de guerra química, minas e em outras finalidades bélicas

06.7 Produtos químicos sujeitos a controle especial

06.71 Acetona, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, anidrido acético, clorofórmio, cloreto de metileno, éter, metil etil cetona, permanganato de potássio, sulfato de sódio e tolueno

06.72 Outros precursores que possam ser utilizados para síntese de substâncias entorpecentes e psicotrópicas

06.73 Produtos químicos utilizados para a produção de medicamentos psicotrópicos, associados ou não

06.74 Produtos químicos utilizados para a produção de medicamentos entorpecentes, associados ou não

06.75 Produtos químicos utilizados para a produção de outros medicamentos, sujeitos a controle especial

06.76 Padrões de referência destinados a testes analíticos, pesquisas e aulas, a base de substâncias sujeitas a controle especial

06.79 Outros produtos e preparações químicas sujeitos a controle especial

06.9 Outros produtos químicos

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93

06.91 Produtos químicos utilizados para produção de antibióticos, antiviróticos, hormônios, antineoplásicos, cardiotônicos, associados ou não

06.92 Produtos químicos utilizados para produção de vacinas e imunobiológicos, associados ou não

06.93 Produtos químicos utilizados para produção de medicamentos a base de plantas, associados ou não

06.94 Reagentes para diagnóstico "in vitro"

06.95 Meios de cultura, exceto contendo microorganismos

06.99 Outros produtos e preparações químicas não especificados nem compreendidos por outros códigos deste Capítulo

Capítulo 7 Medicamentos e produtos farmacêuticos; microorganismos

07.1 Medicamentos e vacinas para uso humano, não contendo produtos químicos sujeitos a controle especial

07.11 Vitaminas e sais minerais, mesmo associados a outras substâncias

07.12 Hormônios, antibióticos, antiviróticos, antineoplásicos e cardiotônicos

07.13 Soros, vacinas e imunobiológicos, associados ou não

07.14 Medicamentos a base de plantas, mesmo associados a outras substâncias

07.19 Outros medicamentos e vacinas para uso humano, não contendo produtos químicos sujeitos a controle especial

07.20 Medicamentos e vacinas, para uso veterinário, não contendo substâncias sujeitas a controle especial

07.3 Medicamentos a base de substâncias sujeitas a controle especial, para uso humano e veterinário

07.31 Medicamentos contendo cloreto de metileno, éter, metil etil cetona, permanganato de potássio, sulfato de sódio e tolueno

07.32 Medicamentos a base de substâncias psicotrópicas, associados ou não

07.33 Medicamentos a base de substâncias entorpecentes, associados ou não

07.39 Outros medicamentos a base de produtos químicos sujeitos a controle especial, para uso humano ou veterinário, associados ou não

07.40 Microorganismos

07.50 Água oxigenada

07.60 Artigos contraceptivos e preventivos de doenças sexualmente transmissíveis

07.90 Outros medicamentos e produtos farmacêuticos não especificados nem compreendidos por outros códigos deste Capítulo

Capítulo 8 Sangue e hemoderivados humanos; órgãos e tecidos humanos

08.10 Sangue e hemocomponentes humanos

08.20 Hemoderivados do sangue humano

08.30 Alíquotas de sangue

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08.4 Órgãos e tecidos humanos

08.41 Células de cordão umbilical

08.42 Medula óssea

08.43 Membrana amniótica

08.90 Outros órgãos e tecidos humanos

Capítulo 9 Produtos de perfumaria

09.10 Perfumes, extratos e águas de colônia para uso humano

09.20 Sais, óleos e cápsulas para o banho

09.30 Lenços perfumados

09.40 Odoríferos de ambiente

09.90 Outros produtos de perfumaria

Capítulo 10 Produtos cosméticos ou de toucador, incluídos os repelentes de insetos de uso tópico

10.10 Produtos para maquiagem, cremes, géis, loções, óleos e máscaras, para o rosto, mãos, pernas e corpo, incluindo área dos olhos

10.20 Protetores solar, produtos para bronzear, protetores labiais

10.30 Lenços umedecidos e discos demaquilantes, exceto perfumados

10.40 Talcos e polvilhos, para uso humano

10.50 Tinturas, alisantes, ondulantes, fixadores, tônicos e demais preparações capilares

10.60 Depilatórios

10.70 Produtos para unhas e cutículas

10.80 Repelentes de insetos de uso tópico

10.90 Outros produtos cosméticos ou de toucador

Capítulo 11 Produtos de higiene corporal, para uso humano

11.10 Sabonetes

11.20 Xampus, condicionadores e produtos para enxágüe capilar

11.30 Dentifrícios, produtos para bochecho e aromatizantes bucais

11.40 Desodorantes

11.50 Produtos para barbear

11.60 Fios e fitas dentais

11.70 Fraldas descartáveis, tampões higiênicos, absorventes higiênicos descartáveis

11.80 Escovas dentais indicadoras e ortodônticas

11.90 Outros produtos de higiene corporal

Capítulo 12 Saneantes, domissanitários e agrotóxicos

12.10 Águas sanitárias e alvejantes, exceto detergentes alvejantes

12.2 Detergentes

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12.21 Detergentes antiferruginosos

12.22 Detergentes desincrustantes ácidos

12.23 Detergentes desincrustantes alcalinos

12.24 Detergentes alvejantes

12.29 Outros detergentes

12.30 Desinfetantes

12.40 Desodorizante ambiental

12.50 Esterilizantes

12.60 Fungicidas, algicidas, inseticidas, formicidas, herbicidas, moluscidas, nematicidas, acaricidas, raticidas, avicidas, bactericidas, feromônios, repelentes ambientais

12.70 Produtos biológicos para controle de pragas

12.80 Produtos biológicos para controle de odores

12.90 Outros saneantes, domissanitários e agrotóxicos

Capítulo 13 Madeira, cortiça, e suas obras, exceto móveis; obras de espartaria ou cestaria, exceto móveis

13.00 Madeira, cortiça, e suas obras, exceto móveis; obras de espartaria ou cestaria, exceto móveis

Capítulo 14 Papel e cartão

14.00 Papel e cartão

Capítulo 15 Livros, revistas, publicações periódicas, jornais, manuais técnicos e demais produtos das indústrias gráficas

15.00 Livros, revistas, publicações periódicas, jornais, manuais técnicos e demais produtos das indústrias gráficas

Capítulo 16 Tecidos, vestuário e seus acessórios

16.1 Tecidos

16.11 Tecidos à prova de bala

16.19 Outros tecidos

16.2 Vestuário e seus acessórios, novos

16.21 Vestuário e seus acessórios de couro

16.22 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de peles de animais silvestres

16.23 Coletes à prova de bala

16.29 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de outros materiais

16.3 Vestuário e seus acessórios, usados, exceto quando recebidos em doação

16.31 Vestuário e seus acessórios de couro

16.32 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de peles de animais silvestres

16.33 Coletes à prova de bala

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96

16.39 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de outros materiais

16.4 Vestuário e seus acessórios, usados, recebidos em doação

16.41 Vestuário e seus acessórios de couro

16.42 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de peles de animais silvestres

16.43 Coletes à prova de bala

16.49 Vestuário e seus acessórios confeccionados a partir de outros materiais

Capítulo 17 Tapetes e rendas

17.00 Tapetes e rendas

Capítulo 18 Roupas de cama, mesa ou banho

18.10 Roupas de cama, mesa ou banho, novas

18.20 Roupas de cama, mesa ou banho, usadas, exceto quando recebidas em doação

18.30 Roupas de cama, mesa ou banho, usadas, recebidas em doação

Capítulo 19 Calçados

19.1 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres

19.11 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres, novos

19.12 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres, usados, exceto quando recebidos em doação

19.13 Calçados confeccionados a partir de peles de animais silvestres, usados, recebidos em doação

19.9 Outros calçados

19.91 Outros calçados, novos

19.92 Outros calçados, usados, exceto quando recebidos em doação

19.93 Outros calçados, usados, recebidos em doação

Capítulo 20 Pérolas, pedras preciosas ou semipreciosas, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras; bijuterias

20.00 Pérolas, pedras preciosas ou semipreciosas, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras; bijuterias

Capítulo 21 Ferramentas de uso doméstico

21.10 Ferramentas manuais, exceto eletromecânicas

21.20 Ferramentas eletromecânicas

21.90 Outras ferramentas de uso doméstico

Capítulo 22 Ferramentas de uso profissional

22.10 Ferramentas manuais, exceto eletromecânicas

22.20 Ferramentas eletromecânicas

22.90 Outras ferramentas de uso profissional

Capítulo 23 Bens de capital

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97

23.10 Máquinas e equipamentos projetados para a produção de armas, munições, explosivos e agentes químicos de guerra

23.20 Equipamentos para recarga de munições e suas matrizes

23.90 Outros bens de capital (máquinas e equipamentos utilizados diretamente na fabricação de outros bens)

Capítulo 24 Eletrodomésticos, exceto aparelhos de áudio ou de vídeo

24.10 Ventiladores

24.20 Enceradeiras, aspiradores de pó e máquinas de limpeza à vapor

24.30 Fogões e fornos, incluídos os de microondas

24.40 Refrigeradores e "freezers"

24.50 Máquinas de lavar ou secar roupa

24.60 Máquinas de lavar ou secar louça

24.70 Máquinas de costura

24.80 Aparelhos de ar condicionado

24.90 Outros eletrodomésticos, exceto aparelhos de áudio ou de vídeo

Capítulo 25 Computadores, impressoras, monitores e outros periféricos

25.1 Computadores

25.11 Computadores portáteis ("palmtops" e "notebooks")

25.12 Computadores pessoais de mesa ("desktops"), sem impressora e sem monitor

25.13 Computadores pessoais de mesa ("desktops"), com impressora e sem monitor

25.14 Computadores pessoais de mesa ("desktops"), sem impressora e com monitor

25.15 Computadores pessoais de mesa ("desktops"), com impressora e com monitor

25.19 Outros computadores

25.20 Impressoras

25.30 Monitores

25.40 Teclados e "mouses"

25.50 "Kits" multimídia

25.60 Unidades leitoras ou gravadoras de CD-ROM

25.70 Unidades leitoras ou gravadoras de disquetes

25.90 Outros periféricos, exceto partes do código 90.2

Capítulo 26 Suportes para gravação de som, vídeo ou dados, não gravados

26.10 Discos de vinil

26.20 Películas cinematográficas

26.30 Fitas cassete

26.40 Fitas de vídeo

26.50 Disquetes

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98

26.60 "Compact disks", "digital video disks" e assemelhados

26.70 Cartuchos para "videogames"

26.90 Outros suportes

Capítulo 27 Suportes para gravação de som, vídeo ou dados, gravados

27.10 Discos de vinil

27.20 Películas cinematográficas

27.30 Fitas cassete

27.40 Fitas de vídeo

27.5 Disquetes

27.51 Disquetes contendo jogos eletrônicos

27.52 Disquetes contendo programas de computador ou dados

27.59 Disquetes com outros conteúdos

27.6 "Compact disks", "digital video disks" e assemelhados

27.61 Contendo apenas música

27.62 Contendo material de áudio e vídeo, exceto jogos eletrônicos

27.63 Contendo jogos eletrônicos

27.64 Contendo dados ou programas para computadores

27.69 Com outros conteúdos

27.70 Cartuchos para "videogames"

27.90 Outros suportes para gravação de som, vídeo e dados, gravados

Capítulo 28 Telefones, "faxes", secretárias eletrônicas e fotocopiadoras

28.1 Telefones

28.11 Telefones que operem por fio

28.12 Telefones celulares

28.19 Outros telefones

28.20 "Faxes"

28.30 Secretárias eletrônicas

28.40 Fotocopiadoras

Capítulo 29 Aparelhos de áudio, exceto aparelhos que também apresentem função de vídeo

29.10 Rádios

29.20 Rádios combinados com relógio e despertador

29.30 Toca-fitas

29.40 Reprodutores de "compact disk", reprodutores de "digital video disk" e assemelhados

29.50 Gravadores

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99

29.60 Aparelhos que combinam em um só módulo dois ou mais dos seguintes elementos: rádios, toca-fitas, gravadores, reprodutores de "compact disk", reprodutores de "digital video disk" e assemelhados

29.90 Outros reprodutores e gravadores de áudio, inclusive receptores ou transmissores de ondas eletromagnéticas e assemelhados

Capítulo 30 Aparelhos de vídeo e aparelhos de áudio e vídeo conjugados, exceto aparelhos de "videogames" ou de informática

30.1 Câmaras e projetores

30.11 Câmaras fotográficas

30.12 Câmaras de vídeo

30.13 Câmaras cinematográficas

30.14 Projetores cinematográficos

30.19 Outras câmaras e projetores

30.20 Televisores

30.30 Videocassetes

30.40 Televisores e videocassetes combinados em um só módulo

30.50 Reprodutores de "compact disk", de "digital video disk" e assemelhados, que apresentem função de áudio e vídeo

30.90 Outros aparelhos de vídeo ou aparelhos de áudio e vídeo conjugados, inclusive receptores ou transmissores de ondas eletromagnéticas e assemelhados

Capítulo 31 Contêineres especialmente concebidos e equipados para uso em meios de Transporte

31.00 Contêineres especialmente concebidos e equipados para uso em meios de transporte

Capítulo 32 Veículos, exceto brinquedos

32.1 Veículos rodoviários de passageiros

32.11 Automóveis blindados

32.12 Automóveis equipados com aparelhos e instrumentos médico odonto-hospitalares

32.12 Outros automóveis

32.13 Motocicletas e ciclomotores

32.19 Outros veículos rodoviários de passageiros

32.2 Veículos rodoviários para transporte de mercadorias

32.21 Camionetas blindadas

32.22 Camionetas equipadas com aparelhos e instrumentos médico odonto-hospitalares

32.23 Outras camionetas

32.24 Caminhões blindados

32.25 Caminhões equipados com aparelhos e instrumentos médico odonto-hospitalares

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100

32.26 Outros caminhões

32.29 Outros veículos rodoviários para transporte de mercadorias

32.30 Bicicletas, exceto ergométricas

32.40 Aeronaves

32.50 Embarcações

32.9 Outros veículos

32.91 Outros veículos blindados

32.99 Outros veículos, exceto blindados

Capítulo 33 Instrumentos e aparelhos de óptica, exceto câmaras e projetores

33.1 Lentes

33.11 Lentes de contato

33.19 Outras lentes

33.20 Armações para óculos

33.3 Óculos

33.31 Óculos de sol

33.32 Óculos para correção visual

33.39 Outros óculos

33.4 Binóculos, lunetas e instrumentos de astronomia

33.41 Lunetas para armas de fogo

33.49 Outros binóculos, lunetas e instrumentos de astronomia

33.50 Microscópios

33.60 Instrumentos ópticos utilizados em laboratórios fotográficos

33.70 Instrumentos ópticos utilizados em cirurgia, odontologia, e laboratórios clínicos

33.80 Equipamentos para visão noturna

33.90 Outros instrumentos e aparelhos de óptica, exceto câmaras e projetores

Capítulo 34 Instrumentos de orientação, medição e controle

34.10 Bússolas e instrumentos de navegação aérea ou marítima

34.20 Instrumentos de geodésia, topografia, fotogrametria, meteorologia e semelhantes

34.30 Balanças

34.40 Instrumentos de desenho

34.50 Equipamentos projetados para controle de tiro de artilharia, foguetes, mísseis e assemelhados

34.90 Outros instrumentos de orientação, medição e controle

Capítulo 35 Artigos e aparelhos ortopédicos; instrumentos, aparelhos e artefatos para medicina e odontologia

35.10 Artigos e aparelhos ortopédicos

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101

35.20 Aparelhos de massagem alimentados por energia elétrica

35.30 Artigos destinados a pesquisa clínica

35.90 Outros instrumentos, aparelhos e artefatos para medicina e odontologia

Capítulo 36 Relógios, isqueiros, cachimbos e canetas

36.10 Relógios

36.20 Isqueiros

36.30 Cachimbos

36.40 Canetas

Capítulo 37 Instrumentos musicais

37.10 Pianos

37.20 Órgãos

37.30 Violões

37.40 Guitarras

37.50 Gaitas

37.60 Flautas

37.90 Outros instrumentos musicais

Capítulo 38 Armas, munições e outros artefatos bélicos, exceto brinquedos

38.1 Armas

38.12 Espada ou espadim de uso exclusivo das Forças Armadas e Auxiliares

38.19 Outras armas

38.20 Escudo a prova de balas

38.30 Mísseis

38.40 Foguetes

38.50 Minas explosivas e equipamento para detecção e lançamento de minas

38.60 Fogos de artifício e artifícios pirotécnicos

38.70 Pólvora e explosivos

38.80 Munições

38.90 Outros artefatos bélicos

Capítulo 39 Móveis

39.10 Móveis residenciais

39.20 Móveis para escritórios e outros estabelecimentos não residenciais, exceto mobiliário médico-cirúrgico

39.30 Mobiliário médico-cirúrgico (mesas de operação, camas reguláveis, cadeiras de dentista, e assemelhados)

39.90 Outros móveis

Capítulo 40 Aparelhos de iluminação

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Despacho Aduaneiro de Importação

102

40.00 Aparelhos de iluminação

Capítulo 41 Brinquedos

41.10 Brinquedos de rodas (patins, velocípedes e semelhantes, exceto bicicletas)

41.20 Bonecos representando figuras humanas

41.30 Modelos reduzidos, montados ou para serem montados

41.40 Quebra-cabeças e assemelhados

41.50 Aparelhos para "vídeogames"

41.60 Armas de brinquedo e simulacros de armas

41.70 Foguetes de modelismo

41.90 Outros brinquedos

Capítulo 42 Aparelhos para "videogames" e artigos para jogos de salão

42.10 Aparelhos para "videogames"

42.20 Bilhares, roletas, boliches

42.90 Outros artigos para jogos de salão

Capítulo 43 Artigos e equipamentos para cultura física, ginástica, atletismo e outros esportes

43.00 Artigos e equipamentos para cultura física, ginástica, atletismo, e outros esportes

Capítulo 44 Objetos de arte, de coleção e antigüidades

44.10 Quadros, pinturas e desenhos feitos inteiramente à mão

44.20 Gravuras, estampas e litografias originais

44.30 Produções originais de arte estatuária ou de escultura

44.40 Coleções e espécimes para coleções, de zoologia, botânica, mineralogia, anatomia, ou apresentando interesse histórico, arqueológico, paleontológico, etnográfico ou numismático

44.50 Antigüidades com mais de 100 anos

44.90 Outros objetos de arte, de coleção e antigüidades

Capítulo 80 Produtos não especificados nem compreendidos por outros códigos desta Tabela

80.10 Embalagem para produtos alimentícios 80.90 Outros produtos não especificados nem compreendidos por outros códigos desta Tabela

Capítulo 90 Partes

90.10 Partes de eletrodomésticos, exceto aparelhos de áudio ou de vídeo

90.2 Partes de computadores, de impressoras, de monitores e de outros periféricos

90.21 Discos rígidos ("hard disks"), mesmo com um só conjunto cabeça-disco ("head disk assembly")

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90.22 Placas mãe ("motherboards"), placas de memória, placas de vídeo, placas de som, placas de "fax/modem" e outras placas de circuito impresso com componentes elétricos ou eletrônicos montados

90.23 Cartuchos ou bobinas para impressoras

90.24 Outras partes para impressoras

90.25 Outras partes para monitores

90.29 Outras partes de computadores e de periféricos

90.30 Partes de aparelhos de áudio ou de vídeo, exceto partes de aparelhos de informática

90.4 Partes de veículos

90.41 Partes de veículos rodoviários, exceto blindados

90.42 Partes de veículos blindados

90.43 Partes de bicicletas, exceto ergométricas

90.44 Partes de aeronaves

90.45 Partes de embarcações

90.49 Partes de outros veículos

90.5 Partes de instrumentos de orientação, medição e controle

90.51 Partes de equipamentos projetados para controle de tiro de artilharia, foguetes, mísseis e assemelhados

90.59 Outras partes de instrumentos de orientação, medição e controle

90.60 Partes de artigos e aparelhos ortopédicos, e de instrumentos, aparelhos e artefatos para medicina e odontologia

90.7 Partes de armas, munições e outros artefatos bélicos

90.71 Detonadores e acessórios iniciadores de explosivos

90.72 Silenciadores e reforçadores

90.79 Outras partes de armas, munições e outros artefatos bélicos

90.90 Partes de outros produtos

Instrução Normativa SRF nº 634, de 24 de março de 2006

Publicada em 27 de março de 2006. Republicada por ter saído com incorreção no original.

Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas para revenda a encomendante predeterminado.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e tendo em vista o disposto

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no artigo 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e nos incisos I e II do § 1º do artigo 11 e nos artigos 12 a 14 da Lei nº 11.281, de 20 de fevereiro de 2006, resolve:

Art. 1º O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que adquire mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado será exercido conforme o estabelecido nesta Instrução Normativa.

Par. único Não se considera importação por encomenda a operação realizada com recursos do encomendante, ainda que parcialmente.

Art. 2º O registro da Declaração de Importação (DI) fica condicionado à prévia vinculação do importador por encomenda ao encomendante, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

§ 1º Para fins da vinculação a que se refere o caput, o encomendante deverá apresentar à unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) de fiscalização aduaneira com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz, requerimento indicando:

I nome empresarial e número de inscrição do importador no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); e

II prazo ou operações para os quais o importador foi contratado.

§ 2º As modificações das informações referidas no § 1º deverão ser comunicadas pela mesma forma nele prevista.

§ 3º Para fins do disposto no caput, o encomendante deverá estar habilitado nos termos da IN SRF nº 455, de 5 de outubro de 2004.

Art. 3º O importador por encomenda, ao registrar DI, deverá informar, em campo próprio, o número de inscrição do encomendante no CNPJ.

Par. único Enquanto não estiver disponível o campo próprio da DI a que se refere o caput, o importador por encomenda deverá utilizar o campo destinado à identificação do adquirente por conta e ordem da ficha "Importador" e indicar no campo "Informações Complementares" que se trata de importação por encomenda.

Art. 4º O importador por encomenda e o encomendante são obrigados a manter em boa guarda e ordem, e a apresentar à fiscalização aduaneira, quando exigidos, os documentos e registros relativos às transações em que intervierem, pelo prazo decadencial.

Art. 5º O importador por encomenda e o encomendante ficarão sujeitos à exigência de garantia para autorização da entrega ou desembaraço aduaneiro de mercadorias, quando o valor das importações for incompatível com o capital social ou patrimônio líquido do importador ou do encomendante.

Par. único Os intervenientes referidos no caput estarão sujeitos a procedimento especial de fiscalização, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 228, de 21 de outubro de 2002, diante de indícios de incompatibilidade entre os volumes transacionados no comércio exterior e a capacidade econômica e financeira ciada.

Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

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Instrução Normativa SRF nº 645, de 18 de abril de 2006

Publicada em 20 de abril de 2006.

Disciplina o tratamento de mercadorias importadas e exportadas que cumpriram a Política Tarifaria Comum (PTC) do Mercosul.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e com fundamento na Decisão do Conselho do Mercado Comum do Mercosul nº 37, de 8 de dezembro de 2005, internalizada pelo Decreto nº 5.738, de 30 de março de 2006, resolve:

Das Importações

Art. 1º As mercadorias importadas de terceiros países (extra-zona), ainda que procedentes de Estado Parte do Mercosul, que tenham cumprido a Política Tarifária Comum (PTC) do Mercosul, receberão o tratamento de originárias, inclusive para efeito de sua incorporação em processo produtivo.

Art. 2º Considera-se que cumpriu a PTC a mercadoria importada procedente de extra-zona, no regime de tributação de "recolhimento integral", registrada no Siscomex a partir de 1º de janeiro de 2006, sobre a qual se aplique:

I alíquota zero da Tarifa Externa Comum em todos os Estados Partes; ou

II preferência tarifária de cem por cento, outorgada de forma quadripartite e simultânea pelos Estados Partes a um terceiro país ou grupo de países, sem quotas nem requisitos de origem temporários.

§ 1º Os bens sujeitos às condições previstas nos incisos I e II do caput encontram-se relacionados, respectivamente, nos Anexos I e II à Decisão CMC nº 37/2005, sendo que os bens constantes do Anexo II estão listados por país de origem beneficiado.

§ 2º Os bens listados nos Anexos I e II da Decisão CMC nº 37/2005 não receberão o tratamento de originários quando estiverem sujeitos à aplicação de alguma medida de defesa comercial (direitos antidumping e compensatórios) ou salvaguarda, em algum dos Estados Partes.

§ 3º Os bens a que se refere o § 2º, identificados por posição tarifária na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), juntamente com o país de origem gravado, estão relacionados no Anexo III à Decisão CMC nº 37/2005.

§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à mercadoria:

a submetida a despacho aduaneiro por meio de Declaração Simplificada de Importação (DSI) ou de Declaração para Controle de Internação (DCI); e

b declarada em adição de Declaração de Importação (DI), quando recolhido o Imposto de Importação (II).

Art. 3º A mercadoria importada diretamente de extra-zona, cumprindo a PTC, será identificada automaticamente pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior

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(Siscomex) mediante a geração de um código alfanumérico, denominado "Certificado de Cumprimento da Política Tarifária Comum" (CCPTC).

Par. único O CCPTC será formado pela junção do código alfa do País (BR), seguido de hífen, do número da declaração de importação, seguido novamente de hífen e do número da adição que corresponda à mercadoria importada.

Art. 4º A mercadoria importada diretamente do país de origem, acompanhada do respectivo certificado de origem, será identificada automaticamente pelo Siscomex mediante a geração de um CCPTC, na hipótese do inciso II do artigo 2º.

§ 1º Na hipótese de que trata o caput, o importador deverá informar os números dos certificados de origem no campo "Documentos de Instrução do Despacho", da DI, e o acordo tarifário correspondente no campo "Acordo ALADI", da adição.

§ 2º O descumprimento do estabelecido no § 1º impede a geração do CCPTC na adição correspondente.

Das Importações Amparadas por CCPTC

Art. 5º A mercadoria amparada por CCPTC gerado em outro Estado Parte poderá ser importada no País com o tratamento previsto no artigo 1º quando for informado na adição da DI o correspondente CCPTC gerado na primeira importação desde que não tenha havido mudança na sua classificação fiscal originária.

§ 1º A mercadoria referida no caput não será identificada com novo CCPTC no Brasil, podendo circular com o CCPTC gerado pelo Estado Parte responsável pela primeira importação.

§ 2º O CCPTC gerado pelo sistema de comércio exterior de outro Estado Parte substitui o certificado de origem na hipótese do inciso II do artigo 2º.

§ 3º Enquanto não for disponibilizado campo específico para o registro do CCPTC na adição, a informação do CCPTC deverá ser prestada pelo importador no campo "Especificação", constante da respectiva adição.

§ 4º O importador deverá informar, ainda, o número da declaração de exportação registrada no último Estado Parte de procedência da mercadoria, no mesmo campo citado no § 3º, enquanto não for disponibilizado campo específico.

§ 5º Os registros referidos nos §§ 3º e 4º deverão anteceder a própria descrição da mercadoria e deverão ser prestados no primeiro item da adição, no caso de haver mais de um item para uma mesma adição.

§ 6º Mercadorias amparadas por diferentes CCPTC devem ser declaradas em diferentes adições, com pelo menos uma adição para cada um desses.

§ 7º Devem ser objeto de adições distintas, na DI, a mercadoria amparada por CCPTC e a mercadoria em qualquer outra situação relativamente à origem ou ao cumprimento da PTC.

Das Exportações Amparadas por CCPTC

Art. 6º O exportador de mercadoria amparada por CCPTC, gerado na forma do artigo 2º ou do artigo 5º, deverá observar as seguintes formalidades:

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I indicar em campo específico da Declaração de Exportação (DE) do Siscomex a existência de mercadoria amparada por CCPTC;

II informar na DE o CCPTC gerado no País ou em outro Estado Parte, conforme o caso.

§ 1º Enquanto não for disponibilizado campo específico na DE para a informação referida no inciso II, o exportador deverá informar o CCPTC no campo "Descrição da Mercadoria" do Registro de Exportação (RE) do Siscomex.

§ 2º No caso de mercadoria procedente de Estado Parte do Mercosul, nos termos do artigo 5º, o exportador deverá informar, ainda, o número da DI da correspondente importação no País, no mesmo campo indicado no § 1º.

§ 3º Os registros referidos nos §§ 1º e 2º deverão anteceder a própria descrição da mercadoria.

§ 4º Mercadorias amparadas por diferentes CCPTC devem ser declaradas em diferentes RE, com pelo menos um RE para cada um daqueles.

§ 5º Deverão ser declaradas em RE distintos a mercadoria amparada por CCPTC e a mercadoria em qualquer outra situação relativamente à origem ou ao cumprimento da PTC.

§ 6º Na hipótese do caput, o exportador deverá apresentar à unidade da SRF de despacho aduaneiro, juntamente com os documentos instrutivos da DE, o respectivo extrato DE contendo a indicação de existência de mercadoria amparada por CCPTC, conforme disposto no inciso I, e o extrato "por RE", contendo as informações previstas nos §§ 1º e 2º.

§ 7º O não atendimento do estabelecido neste artigo poderá ocasionar a recusa da fiscalização aduaneira do Estado Parte de destino em aceitar os CCPTC declarados, quando da formalização da importação nesse país.

Da Fiscalização das Importações e Exportações

Art. 7º O tratamento previsto no artigo 1º será recusado à importação de mercadoria de extra-zona, procedente de Estado Parte do Mercosul, nas seguintes hipóteses:

I não for confirmada, por meio de consulta informatizada ao sistema INDIRA, a existência de um CCPTC gerado pelo Estado Parte onde ocorreu a primeira importação;

II a mercadoria não corresponder à descrição declarada na importação que gerou o CCPTC; e

III a quantidade da mercadoria declarada na importação for maior que a identificada com registro de CCPTC, deduzidas outras destinações conhecidas.

§ 1º No caso de divergência de classificação tarifária entre a importação que gerou o CCPTC e a realizada no País, o desembaraço aduaneiro ficará condicionado à prestação de garantia equivalente ao valor do correspondente II.

§ 2º A garantia prestada na forma do § 1º será convertida em renda da União no caso de confirmação de erro de classificação fiscal na importação que gerou o CCPTC, ou devolvida ao importador se for mantida a classificação fiscal

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original, observadas as disposições das alíneas "b" e "c" do artigo 14 da Decisão CMC nº 37/2005.

§ 3º Na hipótese dos incisos I a III do caput, o desembaraço da importação ficará condicionado ao pagamento do II exigível.

Art. 8º A exportação de mercadoria identificada por CCPTC, para Estado Parte do Mercosul, não será desembaraçada nas seguintes hipóteses:

I não for confirmada, por meio de consulta informatizada ao sistema INDIRA, a existência de um CCPTC gerado pelo Estado Parte onde ocorreu a primeira importação;

II a mercadoria não corresponder à descrição declarada na importação que gerou o CCPTC;

III a quantidade da mercadoria declarada na exportação for maior que a identificada com registro de CCPTC na correspondente importação, deduzidas outras destinações conhecidas.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos I a III do caput, a DE deverá ser cancelada e o exportador deverá retificar o RE.

§ 2º No caso de o CCPTC informado na exportação ter sido gerado por outro Estado Parte do Mercosul, as verificações correspondentes aos incisos II e III também serão efetuadas com base nas informações prestadas na correspondente DI registrada no Siscomex.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa SRF nº 646, de 18 de abril de 2006

Publicada em 20 de abril de 2006.

Disciplina o tratamento de mercadorias importadas e exportadas que cumpriram o Regime de Origem Mercosul (ROM).

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e com fundamento na Decisão do Conselho do Mercado Comum do Mercosul nº 37, de 8 de dezembro de 2005, internalizada pelo Decreto nº 5.738, de 30 de março de 2006, resolve:

Das Importações Acompanhadas de Certificado de Origem Mercosul

Art. 1º A mercadoria importada acompanhada de Certificado de Origem Mercosul será identificada pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) mediante a geração de um código alfanumérico, denominado "Certificado de Cumprimento do Regime de Origem Mercosul" (CCROM), atribuído às importações registradas a partir de 1º de abril de 2006.

§ 1º O CCROM será formado pela junção do código alfa do país emissor (AR, BR, PY, UY), seguido de hífen, do número da declaração de importação, seguido novamente de hífen e do número da adição que corresponda à mercadoria importada.

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§ 2º O Siscomex atribuirá o código referido no caput à adição de mercadoria originária e procedente do mesmo Estado Parte do Mercosul, cujo número do Certificado de Origem Mercosul tenha sido informado no campo "Documentos de Instrução do Despacho" da Declaração de Importação (DI), e no campo "Acordo ALADI" da adição tenha sido consignado o Acordo de Complementação Econômica nº 18.

§ 3º O descumprimento do estabelecido no § 2º impede a geração do CCROM na adição correspondente.

§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à mercadoria despachada por meio de Declaração Simplificada de Importação (DSI) ou de Declaração para Controle de Internação (DCI).

Das Importações Amparadas por CCROM

Art. 2º A mercadoria amparada por CCROM gerado em outro Estado Parte do Mercosul poderá ser importada no País, com o tratamento de mercadoria originária do Mercosul, sempre que na adição da DI esteja informado o correspondente CCROM gerado na primeira importação, mantida sua classificação fiscal originária.

§ 1º A mercadoria referida no caput não será identificada com novo CCROM no Brasil, podendo circular com o CCROM gerado pelo Estado Parte responsável pela primeira importação.

§ 2º O CCROM gerado pelo sistema de comércio exterior de outro Estado Parte substitui o Certificado de Origem Mercosul.

§ 3º Enquanto não for disponibilizado campo específico no Siscomex para o registro do CCROM na adição, essa informação deverá ser prestada pelo importador no campo "Especificação", constante da respectiva adição.

§ 4º O importador deverá informar, ainda, o número da declaração de exportação registrada no último Estado Parte de procedência da mercadoria, no mesmo campo citado no § 3º.

§ 5º Os registros referidos nos §§ 3º e 4º deverão anteceder a própria descrição da mercadoria e deverão ser prestados no primeiro item da adição, no caso de haver mais de um item para uma mesma adição.

§ 6º Mercadorias amparadas por diferentes CCROM deverão ser declaradas em diferentes adições, com pelo menos uma adição para cada um desses.

§ 7º Deverão ser declaradas em diferentes adições ao a mercadoria amparada por CCROM e a mercadoria em qualquer outra situação relativamente à origem ou que tenha cumprido a Política Tarifária Comum do Mercosul (PTC).

Das Exportações Amparadas por CCROM

Art. 3º O exportador de mercadoria amparada por CCROM, gerado no País ou em outro Estado Parte, deverá observar as seguintes formalidades:

I indicar em campo específico da Declaração de Exportação (DE) do Siscomex a existência de mercadoria amparada por CCROM; e

II informar em campo específico da DE o CCROM gerado em outro Estado Parte.

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§ 1º Enquanto não forem disponibilizados campos específicos na DE para as informações referidas nos incisos I e II, o exportador deverá informar o CCROM no campo "Descrição da Mercadoria" do Registro de Exportação (RE) do Siscomex.

§ 2º O exportador deverá informar, ainda, o número da DI da correspondente importação no País, no mesmo campo indicado no § 1º, no caso de mercadoria amparada por CCROM gerado em outro Estado Parte.

§ 3º Os registros referidos nos §§ 1º e 2º deverão anteceder a própria descrição da mercadoria.

§ 4º Mercadorias amparadas por diferentes CCROM devem ser declaradas em diferentes RE, com pelo menos um RE para cada um daqueles.

§ 5º Deverão ser declaradas em distintos RE a mercadoria amparada por CCROM e a mercadoria em qualquer outra situação relativamente à origem ou que tenha cumprido a PTC.

§ 6º Na hipótese do caput, o exportador deverá apresentar à unidade da SRF de despacho aduaneiro, juntamente com os documentos instrutivos da DE, o respectivo extrato da DE contendo as informações previstas nos incisos I e II, caso já tenham sido disponibilizados campos específicos no Siscomex para tanto, e o extrato "por RE", contendo as informações previstas nos §§ 1º e 2º.

§ 7º O não-atendimento do estabelecido neste artigo poderá ocasionar a recusa da fiscalização aduaneira do Estado Parte de destino em aceitar o CCROM declarado, quando da formalização da importação nesse país.

Da Fiscalização das Importações e Exportações

Art. 4º O tratamento previsto no artigo 2º será recusado nas seguintes hipóteses:

I não for confirmada, por meio de consulta informatizada ao sistema INDIRA, a existência de um CCROM gerado pelo Estado Parte onde ocorreu a primeira importação;

II a mercadoria não corresponder à descrição declarada na importação que gerou o CCROM; ou

III a quantidade da mercadoria declarada na importação for maior que a identificada com registro de CCROM, deduzidas outras destinações conhecidas.

Par. único Na hipótese dos incisos I a III do caput, o desembaraço de importação ficará condicionado ao pagamento do Imposto de Importação (II) exigível.

Art. 5º A exportação de mercadoria identificada por CCROM, para Estado Parte do Mercosul, não será desembaraçada nas seguintes hipóteses:

I não for confirmada, por meio de consulta informatizada ao sistema INDIRA, a existência de um CCROM gerado pelo Estado Parte onde ocorreu a primeira importação;

II a mercadoria não corresponder à descrição declarada na importação que gerou o CCROM; ou

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III a quantidade da mercadoria declarada na exportação for maior que a identificada com registro de CCROM na correspondente importação, deduzidas outras destinações conhecidas;

§ 1º Nas hipóteses dos incisos I a III do caput, a DE deverá ser cancelada e o exportador deverá retificar o RE.

§ 2º As verificações correspondentes aos incisos II e III também serão efetuadas com base nas informações prestadas na correspondente DI no Siscomex, no caso de mercadoria amparada por CCROM gerado em outro Estado Parte.

Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 6º A mercadoria originária de Estado Parte do Mercosul, importada por outro Estado Parte anteriormente a 1º de abril, ao ser importada no País, se beneficiará do tratamento preferencial mediante apresentação do mesmo Certificado de Origem Mercosul que amparou a primeira importação, nos termos do parágrafo único do artigo 10 da Decisão CMC nº 01/2004 (Regime de Origem Mercosul), internalizada pelo Decreto nº 5.455, de 2 de junho de 2005, e vigente a partir de 26 de fevereiro de 2006.

Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa SRF nº 649, de 28 de abril de 2006

Publicada em 3 de maio de 2006.

Estabelece procedimentos para o despacho aduaneiro de importação e de exportação de energia elétrica.

O Secretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e considerando o disposto no artigo 1º do Decreto nº 5.668, de 10 de janeiro de 2006, e nos artigos 8º, parágrafo único, 517 e 518, inciso II, do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º Os despachos aduaneiros de importação e de exportação de energia elétrica serão processados na unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) com jurisdição, para fins de fiscalização dos tributos relativos ao comércio exterior, sobre o estabelecimento importador ou exportador, com base em Declaração de Importação (DI) ou Declaração de Exportação (DE), conforme o caso, registradas no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

Art. 2º Somente poderão importar ou exportar energia elétrica as empresas devidamente autorizadas pelo poder concedente, nos termos do inciso III do artigo 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com a redação dada pelo artigo 4º da Lei nº 9.648, de 25 de maio de 1998.

Par. único As autorizações a que se refere o caput serão controladas por meio do Siscomex, previamente ao início do despacho de importação ou de exportação, na etapa do licenciamento de importação ou do registro de exportação.

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Art. 3º A quantificação e a contabilização da energia transacionada e, quando for o caso, da potência, serão realizadas considerando os termos dos respectivos contratos de compra e venda, pelo próprio importador ou exportador.

§ 1º A quantificação a que se refere o caput será submetida ao controle da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, por meio de anuência no âmbito do Siscomex.

§ 2º Poderão ser utilizados, na quantificação da energia transacionada por mais de uma empresa, um mesmo ponto de entrada ou saída de energia e um mesmo instrumento de medição.

Art. 4º O importador ou exportador poderá registrar uma única DI ou DE relativamente à quantidade total de energia elétrica transacionada, em cada mês.

§ 1º É vedada qualquer compensação de montantes transacionados, na importação e na exportação, para fins de registro das respectivas declarações.

§ 2º A energia transacionada no transcurso do período estabelecido no caput poderá ser comercializada antes do registro da respectiva declaração.

§ 3º A DI será registrada até o último dia útil do mês subseqüente ao da quantificação da energia e potência importada ou exportada.

§ 4º A DE será registrada decorridos até quarenta e cinco dias do mês da quantificação da energia importada ou exportada.

Art. 5º A DI e a DE serão instruídas, respectivamente, com a via original da fatura comercial e com a nota fiscal.

Par. único Poderão ser exigidos outros documentos em decorrência de acordos internacionais ou de legislação específica, ou necessários à verificação da correta declaração da base de cálculo a que se referem os artigos 7º e 8º.

Art. 6º A conferência aduaneira, na importação e na exportação de energia elétrica, será restrita à análise dos documentos instrutivos da declaração respectiva.

Art. 7º A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994, conforme disposto no artigo 75 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002.

§ 1º Para fins de determinação do valor aduaneiro, será considerado o preço pago ou a pagar pelo consumo do produto, assim entendido a quantidade de energia elétrica efetivamente quantificada, e/ou, no caso de cláusula de obrigação mínima, a demanda, assim entendida a potência colocada à disposição do importador.

§ 2º Para efeitos do disposto no caput, os custos contratualmente previstos relacionados a cláusulas de obrigação mínima, bem como outros custos incorridos em território estrangeiro relacionados à mercadoria importada fazem parte do preço efetivamente pago ou a pagar e, portanto, deverão ser informados na fatura comercial, obedecendo às disposições do artigo 497 do Decreto nº 4.543, de 2002.

§ 3º Quando o valor aduaneiro não for definitivo na data do registro da DI, em virtude de o preço a pagar ou de as informações necessárias à utilização do método do valor de transação dependerem de fatores a serem implementados após a

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importação, devidamente comprovados, o importador deverá informar essa situação no campo destinado a informações "Complementares" da DI e declarar o valor aduaneiro estimado.

§ 4º O valor aduaneiro estimado deverá ser retificado pelo importador no prazo de até noventa dias, salvo quando este puder comprovar que a implementação dos fatores referidos no § 3º se dará em prazo superior, conforme declarado por ocasião do registro da DI.

§ 5º O valor aduaneiro estimado será considerado como definitivamente declarado se, findo o prazo estabelecido no § 4º, não tiver sido procedida à retificação da DI.

§ 6º Eventuais ajustes no valor da mercadoria decorrentes de cláusula de obrigação mínima, faturados por um preço global único ao final de determinado período, deverão ser apropriados às DI registradas no mesmo período, proporcionalmente às quantidades informadas.

§ 7º O pagamento da diferença de impostos, devida em razão da retificação de que tratam os §§ 4º e 6º, será efetuado com os acréscimos legais previstos para recolhimento espontâneo.

§ 8º No caso de apuração pela autoridade aduaneira, em procedimento de fiscalização, de diferença de impostos devida, decorrente do descumprimento do disposto neste artigo, serão aplicadas as penalidades previstas na legislação.

§ 9º É vedada, para efeitos de valoração aduaneira da mercadoria, a apropriação de descontos referentes a suprimentos de energia ocorridos em períodos anteriores.

Art. 8º O importador, quando for o caso, deverá registrar em declarações distintas:

I as importações de energia e, quando for o caso, de potência; e

II os outros custos incorridos no território estrangeiro a que se refere o § 2º do artigo 7º.

§ 1º A DI de que trata o inciso II será para efeitos cambiais.

§ 2º Na hipótese de utilização de DI para efeitos cambiais, o importador deverá informar seu número na DI relativa à importação de mercadoria, no campo destinado a informações "Complementares".

§ 3º Para os efeitos do inciso I do caput, o importador deverá apropriar na ficha "Valor Aduaneiro" da DI, para fins exclusivos de tributação, o valor obtido pela divisão do total declarado na DI para efeitos cambiais, pelo número de meses a que se refere o pagamento, de acordo com a periodicidade prevista no contrato.

Art. 9º A base de cálculo do imposto de exportação observará o disposto no artigo 214 do Decreto nº 4.543, de 2002.

Art. 10 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006

Publicada em 5 de outubro de 2006.

Retificada em 10 de outubro de 2006.

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Alterada pelas Instruções Normativas SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006; SRF nº 731, de 3 de abril de 2007; RFB nº 957, de 15 de julho de 2009; RFB nº 982, de 18 de dezembro de 2009; RFB nº 1.021, de 31 de março de 2010; RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011; RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013; RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014; e RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014 .

Disciplina o despacho aduaneiro de importação.

O Secretário da Receita Federal, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e considerando o disposto na Decisão MERCOSUL/CMC/DEC nº 50, de 16 de dezembro de 2004; no artigo 41 da Medida Provisória nº 320, de 24 de agosto de 2006; no Decreto nº 1.765, de 28 de dezembro de 1995; nos artigos 73, 482 a 485, 491 a 496, 502 a 506 e 508 a 518 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002; e no artigo 392 do Decreto nº 4.544, de 26 de dezembro de 2002, resolve:

Art. 1º A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não, sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será processado com base em declaração formulada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), salvo exceções previstas nesta Instrução Normativa ou em normas específicas.

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, à mercadoria que, após ter sido submetida a despacho aduaneiro de exportação:

I retorne ao País; ou

II permaneça no País, em caráter definitivo ou temporário, nos termos da legislação específica.

§ 2º Sujeitam-se, ainda, ao despacho aduaneiro de importação, independentemente do despacho a que foram submetidas por ocasião do seu ingresso no País, as mercadorias de origem estrangeira que venham a ser transferidas para outro regime aduaneiro especial ou despachadas para consumo.

§ 3º O procedimento fiscal relativo ao despacho aduaneiro será presidido e executado pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB), sem prejuízo do disposto no artigo 30 desta Instrução Normativa.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009.

Art. 2º O despacho aduaneiro de importação compreende:

I despacho para consumo, inclusive da mercadoria:

a ingressada no País com o benefício de drawback;

b destinada à ZFM, à Amazônia Ocidental ou a ALC;

c contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda, conduzida por viajante, se aplicado o regime de importação comum; e

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d admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, na forma do disposto no inciso II, que venha a ser submetida ao regime comum de importação; e

II despacho para admissão em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, de mercadoria que ingresse no País nessa condição.

Art. 3º O chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de jurisdição poderá autorizar o despacho aduaneiro de importação de granéis e de mercadorias classificadas nas posições 8701, 8702, 8703, 8704, 8705 e 8706, da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), sem a sua prévia descarga, quando forem transportados por via marítima, fluvial ou lacustre e for possível sua identificação e quantificação a bordo da embarcação que as transporte.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 1º As mercadorias desembaraçadas na forma deste artigo deverão ser totalmente descarregadas em território brasileiro ou na zona econômica exclusiva brasileira, cabendo ao importador comprovar, junto à unidade da SRF de despacho, posteriormente ao desembaraço das mercadorias, o seu efetivo descarregamento.

§ 2º O procedimento previsto nesse artigo não será autorizado a pessoa inadimplente em relação a casos anteriores.

Declaração de Importação

Art. 4º A Declaração de Importação (DI) será formulada pelo importador no Siscomex e consistirá na prestação das informações constantes do Anexo Único, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro.

§ 1º Não será admitido agrupar, numa mesma declaração, mercadoria que proceda diretamente do exterior e mercadoria que se encontre no País submetida a regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.

§ 2º Será admitida a formulação de uma única declaração para o despacho de mercadorias que, procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada a consumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária ou a ser reimportada.

§ 3º Não será permitido agrupar, numa mesma adição, mercadorias cujos preços efetivamente pagos ou a pagar devam ser ajustados de forma diversa, em decorrência das regras estabelecidas pelo Acordo de Valoração Aduaneira.

CONTROLES PRÉVIOS AO REGISTRO DA DI

Disponibilidade da Carga Importada

Art. 5º O depositário de mercadoria sob controle aduaneiro, na importação, deverá informar à SRF, de forma imediata, sobre a disponibilidade da carga recolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária ou secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador da Carga (NIC).

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§ 1º Os sinais de avaria e a constatação de falta ou acréscimo de volume também devem ser informados pelo depositário à fiscalização aduaneira.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 2º O NIC informado pelo depositário nos termos do caput deverá ser utilizado pelo importador para fins de preenchimento e registro da DI.

§ 3º O procedimento estabelecido no caput e no § 2º não se aplica à carga:

I ingressada no País por unidade da SRF usuária do Sistema de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (MANTRA), onde se processe o despacho aduaneiro de importação da mercadoria, hipótese em que deverá ser observada a norma específica;

II introduzida no País por meio de ductos, esteiras ou cabos;

III cujo despacho aduaneiro tenha sido autorizado com dispensa de seu descarregamento; e

IV transportada pelo serviço postal ou despachada como remessa expressa.

§ 4º A Coordenação-Geral de Tecnologia e Segurança da Informação (COTEC) ou a Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (COANA) poderão expedir instruções complementares necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo.

§ 5º A disponibilidade da carga em unidade da SRF localizada em ponto de fronteira alfandegado, onde inexista depositário, será informada no Siscomex pela fiscalização aduaneira.

Controles de Outros Órgãos e Agências da Administração Pública Federal

Art. 6º A verificação do cumprimento das condições e exigências específicas a que se refere o artigo 512 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, inclusive daquelas que exijam inspeção da mercadoria, conforme estabelecido pelos competentes órgãos e agências da administração pública federal, será realizada exclusivamente na fase do licenciamento da importação.

Par. único O chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro poderá dispensar o acompanhamento, pela fiscalização aduaneira, da inspeção a que se refere o caput.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

Art. 7º O chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro regulamentará o credenciamento para acesso ao recinto ou local de depósito da mercadoria importada, dos servidores dos órgãos e agências responsáveis pela inspeção a que se refere o artigo 6º.

Par. único Nos recintos sob responsabilidade de depositário, a expedição de credencial de acesso deverá ser executada por esse.

Art. 8º A retirada de amostra para realização da inspeção referida no artigo 6º deverá ser averbada em termo próprio com as assinaturas do importador ou de seu

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representante, do servidor responsável pela inspeção e do depositário e, havendo acompanhamento fiscal, do representante da SRF.

§ 1º O termo a que se refere este artigo será mantido em poder do depositário para apresentação à SRF quando solicitada.

§ 2º As mercadorias retiradas a título de amostra devem ser incluídas na DI.

Art. 9º Os relatórios ou termos de verificação de mercadoria lavrados por servidores dos órgãos e agências da administração pública federal a que se refere o artigo 6º poderão servir como elemento comprobatório da identificação e quantificação das mercadorias inspecionadas, para os fins da fiscalização aduaneira.

Verificação de Mercadoria pelo Importador

Art. 10 O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.

§ 1º O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento de carga correspondente e dirigido ao chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro, o qual deverá indicar um servidor para acompanhar o ato.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 2º A verificação da mercadoria pelo importador, nos termos deste artigo, não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de importação, se for o caso.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

Pagamento dos Tributos

Art. 11 O pagamento dos tributos e contribuições federais devidos na importação de mercadorias, bem assim dos demais valores exigidos em decorrência da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda, será efetuado no ato do registro da respectiva DI ou da sua retificação, se efetuada no curso do despacho aduaneiro, por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) eletrônico, mediante débito automático em conta-corrente bancária, em agência habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais.

§ 1º Para a efetivação do débito, o declarante deverá informar, no ato da solicitação do registro da DI, os códigos do banco e da agência e o número da conta-corrente.

§ 2º Após o recebimento, via Siscomex, dos dados referidos no § 1º, e de outros necessários à efetivação do débito na conta-corrente indicada, o banco adotará os procedimentos necessários à operação, retornando ao Siscomex o diagnóstico da transação.

§ 3º Para efeito do disposto neste artigo, o banco integrante da rede arrecadadora interessado deverá apresentar carta de adesão e formalizar termo aditivo ao

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contrato de prestação de serviços de arrecadação de receitas federais mantido com a SRF.

§ 4º A Coordenação-Geral de Administração Tributária (CORAT) e a COTEC poderão expedir normas complementares para a implementação do disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo.

§ 5º O DARF apresentado após o desembaraço da mercadoria, para pagamento dos créditos tributários exigidos pela autoridade aduaneira, será confirmado na forma estabelecida em ato da COANA.

Art. 11-A Nas hipóteses de impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, será aplicada alíquota única de 80% (oitenta por cento) em regime de tributação simplificada relativa aos tributos incidentes na importação, nos termos do artigo 67 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 1º A base de cálculo da tributação simplificada prevista neste artigo será arbitrada em valor equivalente à mediana dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de declarações registradas no semestre anterior, incluídas as despesas de frete e seguro internacionais.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 2º Caberá à Coana realizar o cálculo da mediana dos valores por quilograma a que se refere o § 1º e emitir Ato Declaratório Executivo (ADE), a ser publicado no sítio da RFB, para divulgação da tabela com esses valores no primeiro mês de cada semestre.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 3º Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de mercadoria extraviada, constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, nos termos do artigo 73 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 4º Na falta de informação sobre o peso da mercadoria, será adotado o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

Art. 12 Os depósitos administrativos efetuados no curso do despacho aduaneiro, para liberação de mercadorias, deverão ser objeto de confirmação no Sistema de Informações da Arrecadação Federal (Sinal).

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Art. 13 A Taxa de Utilização do Siscomex será devida no ato do registro da DI à razão de:

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006.

I R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

II R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de mercadoria à DI, observados os seguintes limites:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

a até a 2ª adição - R$ 29,50;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

b da 3ª à 5ª - R$ 23,60;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

c da 6ª à 10ª - R$ 17,70; Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

d da 11ª à 20ª - R$ 11,80; Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

e da 21ª à 50ª - R$ 5,90; e

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

f a partir da 51ª - R$ 2,95.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.158 de 24 de maio de 2011.

Par. único A taxa a que se refere este artigo é devida, independentemente da ocorrência de tributo a recolher e será paga na forma do artigo 11.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006.

REGISTRO DA DECLARAÇÃO

Art. 14 A DI será registrada no Siscomex, por solicitação do importador, mediante a sua numeração automática única, seqüencial e nacional, reiniciada a cada ano.

Art. 15 O registro da DI caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação, e somente será efetivado:

I se verificada a regularidade cadastral do importador;

II após o licenciamento da operação de importação, quando exigível, e a verificação do atendimento às normas cambiais, conforme

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estabelecido pelos órgãos e agências da administração pública federal competentes;

III após a chegada da carga, exceto na modalidade de registro antecipado da DI, previsto no artigo 17;

IV após a confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos, contribuições e direitos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do Siscomex;

V se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro.

§ 1º Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o seu fornecimento com erro, bem assim a que decorra de impossibilidade legal absoluta.

§ 2º Considera-se não chegada a carga que, no MANTRA, esteja em situação que impeça a vinculação da DI ao conhecimento de carga correspondente.

Art. 16 Efetivado o registro da DI, o Siscomex emitirá, a pedido do importador, o extrato correspondente.

Par. único [revogado] Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

Registro Antecipado da DI

Art. 17 A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do exterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidade da SRF de despacho, quando se tratar de:

I mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos apropriados;

II mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de periculosidade;

III plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes exteriores;

IV papel para impressão de livros, jornais e periódicos;

V órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas; e

VI mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.

Par. único O registro antecipado de que trata este artigo poderá ser realizado também em outras situações ou para outros produtos, conforme estabelecido em normas específicas, ou em casos justificados.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

DOCUMENTOS DE INSTRUÇÃO DA DI

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Art. 18 A DI será instruída com os seguintes documentos:

I via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

II via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;

III romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e

IV outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.

§ 1º [revogado] Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009,90 dias após sua publicação.

§ 2º Não será exigida a apresentação:

I de conhecimento de carga:

a nos despachos para consumo de mercadoria desnacionalizada ou estrangeira, nas situações a que se referem os §§ 1º, inciso II, e 2º do artigo 1º;

b na hipótese de a mercadoria ingressar no País:

1 por seus próprios meios;

2 transportada em mãos;

3 em condição ou finalidade para a qual a legislação não obrigue sua emissão; e

4 em outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA; e

c nos despachos de mercadoria transportada ao país no modal aquaviário, acobertada por Conhecimento Eletrônico (CE), informado à autoridade aduaneira na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 800, de 27 de dezembro de 2007; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

II de fatura comercial, na hipótese de a mercadoria ingressar no País:

a em importação que não corresponda a uma venda internacional da mercadoria, tal como o retorno de exportação temporária ou a admissão temporária de bens;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

b no despacho de importação que corresponda a uma parcela da mercadoria adquirida em uma transação comercial, cuja fatura já tenha sido apresentada em despacho anterior;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

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c em condição ou finalidade para a qual a legislação não obrigue sua emissão; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

d em outras hipóteses estabelecidas em ato da Coana.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

§ 3º [revogado]

Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009,90 dias após sua publicação.

§ 4º A transferência de titularidade de mercadoria de procedência estrangeira por endosso no conhecimento de carga somente será admitida mediante a comprovação documental da respectiva transação comercial.

§ 5º A obrigação prevista no § 4º será dispensada no caso de endosso bancário ou em outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA.

Art. 18-A Os originais dos documentos referidos no artigo 18 deverão ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação.”

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

Art. 19 Os documentos instrutivos do despacho serão disponibilizados à RFB, em meio digital, por meio da funcionalidade “Anexação de Documentos Digitalizados”, disponível no Portal Único de Comércio Exterior, no endereço eletrônico , e autenticados via certificado digital, observado o disposto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 1º O importador deverá vincular o dossiê eletrônico, com os documentos instrutivos digitalizados, à DI.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 2º A Coana poderá dispensar a vinculação de que trata o § 1º quando a declaração for direcionada para o canal verde de conferência.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 3º O disposto no caput aplica-se, também, a outros documentos, requerimentos e termos apresentados no curso do despacho.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 4º Até 2 de março de 2015 a sistemática de disponibilização de documentos digitais prevista neste artigo deverá estar implantada em todas as unidades de despacho.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

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§ 5º A Coana definirá o cronograma, as unidades de despacho e os requisitos para implantação da entrega de documentos digitalizados.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

§ 6º A partir de 1º de julho de 2015 não serão mais recebidos envelopes com documentos instrutivos do despacho em papel.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

Art.19-A Nas importações de produtos a granel ou perecíveis originários dos demais países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), a apresentação do Certificado de Origem poderá ocorrer em até 15 (quinze) dias após o registro da DI no Siscomex, sendo condição para o desembaraço aduaneiro, desde que o importador apresente Termo de Responsabilidade em que se constituam as obrigações fiscais decorrentes da falta de entrega do documento no prazo estabelecido.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

Art. 20 Não será aceita carta de correção de conhecimento de carga, que produza efeitos fiscais, apresentada após o registro da respectiva DI ou depois de decorridos trinta dias da formalização da entrada do veículo transportador da mercadoria cujo conhecimento se pretende corrigir.

Par. único O cumprimento do prazo estabelecido no caput não elide o exame de mérito do pleito, para fins de aceitação, pela autoridade aduaneira, da referida carta de correção.

SELEÇÃO PARA CONFERÊNCIA ADUANEIRA

Art. 21 Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:

I verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria;

II amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;

III vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria; e

IV cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica.

§ 1º A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do Siscomex, com base em análise fiscal que levará em consideração, entre outros, os seguintes elementos:

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I regularidade fiscal do importador;

II habitualidade do importador;

III natureza, volume ou valor da importação;

IV valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação;

V origem, procedência e destinação da mercadoria;

VI tratamento tributário;

VII características da mercadoria;

VIII capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e

IX ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador.

§ 2º A DI selecionada para canal verde, no Siscomex, poderá ser objeto de conferência física ou documental, quando forem identificados elementos indiciários de irregularidade na importação, pelo AFRFB responsável por essa atividade.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

Art. 22 As declarações de importação selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas para os Auditores-Fiscais da Receita Federal (AFRF) responsáveis, por meio de função própria do Siscomex.

Art. 23 Na hipótese de constatação de indícios de fraude na importação, independentemente do início ou término do despacho aduaneiro ou, ainda, do canal de conferência atribuído à DI, o servidor deverá encaminhar os elementos verificados ao setor competente, para avaliação da pertinência de aplicação de procedimento especial de controle.

CONFERÊNCIA ADUANEIRA

Art. 24 A conferência aduaneira será iniciada depois do registro da DI e da vinculação do dossiê prevista no § 1º do artigo 19.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

Par. único [revogado]

Revogado pela Instrução Normativa SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

§ 1º O AFRFB responsável pelo despacho aduaneiro poderá limitar a conferência aduaneira às hipóteses determinantes da seleção a que se refere o artigo 21, nos termos disciplinados em ato normativo da Coana.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.021, de 31 de março de 2010.

§ 2º O disposto no § 1º não impede a extensão da conferência aduaneira a outras hipóteses além das determinantes, a critério do AFRFB responsável pelo despacho aduaneiro."(NR)

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Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.021, de 31 de março de 2010.

Exame documental

Art. 25 O exame documental das declarações selecionadas para conferência nos termos do artigo 21 consiste no procedimento fiscal destinado a verificar:

I a integridade dos documentos apresentados;

II a exatidão e correspondência das informações prestadas na declaração em relação àquelas constantes dos documentos que a instruem, inclusive no que se refere à origem e ao valor aduaneiro da mercadoria;

III o cumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentes aos regimes aduaneiros e de tributação solicitados;

IV o mérito de benefício fiscal pleiteado; e

V a descrição da mercadoria na declaração, com vistas a verificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de sua correta classificação fiscal.

Par. único Na hipótese de descrição incompleta da mercadoria na DI, que exija verificação física para sua perfeita identificação, com vistas a confirmar a correção da classificação fiscal ou da origem declarada, o AFRF responsável pelo exame poderá condicionar a conclusão da etapa à verificação da mercadoria.

Agendamento da Verificação da Mercadoria

Art. 26 A verificação da mercadoria, no despacho de importação, será realizada mediante agendamento, que será realizado de conformidade com as regras gerais estabelecidas pelo chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 1º Alternativamente ao estabelecimento de regras gerais de agendamento das verificações físicas, poderá ser adotado o critério de escalonamento das DI cujas mercadorias serão objeto de conferência.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 2º O depositário das mercadorias será informado sobre o agendamento das verificações, devendo providenciar, com até uma hora de antecedência, o posicionamento das correspondentes mercadorias para a realização da verificação física.

§ 3º As regras de agendamento para verificação física das mercadorias, ou os escalonamentos, conforme o caso, deverão ser afixados em local de fácil acesso aos importadores, exportadores e seus representantes.

Posicionamento da Mercadoria para Verificação

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Art. 27 A mercadoria objeto de declaração selecionada para verificação deverá ser completamente retirada da unidade de carga ou descarregada do veículo de transporte.

§ 1º No caso de mercadorias idênticas ou acondicionadas em volumes e embalagens semelhantes, a retirada total da unidade de carga ou a descarga completa do veículo poderá ser dispensada pelo servidor designado para a verificação física, desde que o procedimento não impeça a inspeção de mercadorias dispostas no fundo do contêiner, vagão, carroceria ou baú.

§ 2º A desova completa da unidade de carga ou a descarga da mercadoria do veículo de transporte poderá ser dispensada nos recintos em que esteja disponível, para apoio à fiscalização aduaneira, equipamento de inspeção não-invasiva por imagem, se a correspondente imagem obtida for compatível com a que se espera, com base nas informações contidas nos pertinentes documentos, observadas as orientações emitidas pela COANA e as normas complementares estabelecidas pelo chefe da unidade da SRF jurisdicionante.

Art. 28 No caso de mercadorias acondicionadas em mais de um veículo ou unidade de carga, o servidor designado para a verificação física poderá escolher aleatoriamente apenas alguns veículos ou unidades de carga para descarga ou retirada da mercadoria, desde que:

I os veículos ou unidades de carga contenham arranjos idênticos de mercadorias;

II o conhecimento de transporte identifique completamente as mercadorias e o seu consignatário;

III seja apresentado packing-list detalhado da carga, para cada unidade de carga relacionada no conhecimento;

IV não haja discrepância superior a cinco por cento do peso informado no conhecimento e o apurado em cada unidade de carga ou veículo; e

V a relação peso/quantidade nas unidades de carga ou veículos seja compatível com a verificada nas unidades de carga desunitizadas ou veículos descarregados.

Par. único Na hipótese deste artigo, o servidor poderá dispensar a descarga ou a retirada da mercadoria contida em até dois terços dos veículos ou das unidades de carga objeto da verificação.

Verificação da Mercadoria

Art. 29 A verificação física é o procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos para confirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado, bem assim para verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis.

§ 1º O importador prestará à fiscalização aduaneira as informações e a assistência necessárias à identificação da mercadoria.

§ 2º A fiscalização aduaneira, caso entenda necessário, poderá solicitar a assistência técnica para a identificação e quantificação da mercadoria.

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§ 3º Para os fins a que se refere o caput, poderão ser utilizados, entre outros, os seguintes documentos:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

I relatório ou termo de verificação lavrado pela autoridade aduaneira do País exportador;

II relatórios e termos de verificação lavrados por outras autoridades, na fase de licenciamento das importações; ou

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

III registros de imagens das mercadorias, obtidos:

a por câmeras; ou

b por meio de equipamentos de inspeção não-invasiva.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

IV relatório ou laudo de quantificação e identificação de mercadoria, lavrado pelo responsável por local ou recinto alfandegado, ou seus prepostos.

§ 4º [revogado].

Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 5º A COANA poderá editar disposições complementares ao estabelecido neste artigo.

Art. 30 A verificação física será realizada exclusivamente por AFRF ou por Técnico da Receita Federal (TRF), sob a supervisão do AFRF responsável pelo procedimento fiscal.

Par. único A manipulação e abertura de volumes e embalagens, a pesagem, a retirada de amostras e outros procedimentos similares, necessários à perfeita identificação e quantificação da mercadoria, poderão ser realizados por terceiro.

Art. 31 A verificação da mercadoria deverá ser realizada na presença do importador ou de seu representante.

§ 1º O importador, ou seu representante, deverá comparecer ao recinto em que se encontre a mercadoria a ser verificada, na data e horário previstos, conforme a regra de agendamento ou escalonamento estabelecida.

§ 2º Na ausência do importador ou de seu representante na data e horário previstos para a conferência, a mercadoria depositada em recinto alfandegado poderá ser submetida a verificação física na presença do depositário ou de seu preposto que, nesse caso, representará o importador, inclusive para firmar termo que verse sobre a quantificação, a descrição e a identificação da mercadoria.

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§ 3º Quando for necessária a extração de amostra, a fiscalização aduaneira emitirá termo descrevendo a quantidade e a qualidade da mercadoria retirada, do qual será fornecida uma via ao importador ou seu representante.

Art. 32 Independentemente do agendamento ou escalonamento, a verificação da mercadoria poderá ocorrer:

I na presença do importador ou de seu representante, sempre que:

a a continuidade do despacho aduaneiro dependa unicamente de sua realização; e

b a mercadoria a ser verificada se encontre devidamente posicionada; ou

II por decisão do AFRFB responsável pela conferência física das mercadorias, na presença do depositário ou de seus prepostos, dispensada a exigência da presença do importador ou de seu representante, sempre que se tratar de mercadoria:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

a com indícios ou constatação de infração punível com a penalidade de perdimento;

b objeto de ação judicial, cuja conferência fiscal seja necessária à prestação de informações à autoridade judiciária ou ao órgão do Ministério Público; ou

c com indícios de se tratar de produtos inflamáveis, radioativos, explosivos, armas, munições, substâncias entorpecentes, agentes químicos ou biológicos, ou quaisquer outros nocivos à saúde ou à segurança pública, observada, quando couber, a presença do órgão ou agência da administração pública federal responsável pelo controle específico.

Art. 33 As mercadorias retiradas a título de amostra não são dedutíveis da quantidade declarada.

§ 1º As amostras retiradas serão devolvidas ao declarante, salvo quando inutilizadas durante a análise ou quando sua retenção, pela autoridade aduaneira, resulte necessária.

§ 2º As amostras colocadas à disposição do declarante e não retiradas no prazo de sessenta dias da ciência serão consideradas abandonadas em favor do Erário.

Art. 34 As despesas decorrentes da aplicação do disposto no artigo 33 correrão por conta do importador.

Art. 35 A verificação de mercadoria poderá ser realizada, total ou parcialmente, no estabelecimento do importador ou em outro local adequado, por decisão do chefe da unidade da SRF de despacho, de ofício ou a requerimento do interessado, quando:

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I o recinto ou instalação aduaneira não dispuser de condições técnicas, de segurança ou de capacidade de armazenagem e manipulação adequadas para a realização da conferência;

II se tratar de bens de caráter cultural; ou

III se tratar de bem cuja identificação dependa de sua montagem.

Art. 36 A verificação física poderá ser realizada por amostragem de volumes e embalagens, na forma disciplinada em ato da COANA.

Art. 37 No caso de mercadorias idênticas ou acondicionadas em volumes e embalagens semelhantes, a quantidade poderá ser determinada por métodos indiretos, a partir do peso ou do volume da carga, em substituição à contagem direta.

Dispensa de Conferência Física

Art. 38 Poderão ser desembaraçados sem conferência física:

I os bens de caráter cultural submetidos a despacho por:

a museu, teatro, biblioteca ou cinemateca;

b entidade promotora de evento apoiado pelo poder público;

c entidade promotora de evento notoriamente reconhecido; ou

d missão diplomática ou repartição consular de caráter permanente; e

II bens destinados às atividades relacionadas com a intercomparação de padrões metrológicos.

§ 1º Na hipótese de que trata o inciso I, a dispensa de conferência física será autorizada, a requerimento do interessado, pelo AFRFB responsável pelo despacho aduaneiro, aplicando-se especialmente aos bens que, pela natureza, antiguidade, raridade ou fragilidade, exijam condições especiais de manuseio ou de conservação.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 2º A autorização a que se refere o § 1º somente será concedida a instituição que:

I esteja inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) há mais de três anos; e

II preencha as condições para o fornecimento da certidão a que se refere o artigo 2º ou o artigo 3º da Instrução Normativa SRF nº 574, de 23 de novembro de 2005.

§ 3º Na hipótese de que trata o inciso II do caput, a autorização fica condicionada à observância das disposições normativas do Mercosul aplicáveis ao caso.

Registro e Documentação da Verificação da Mercadoria

Art. 39 A verificação física deverá ser objeto de lavratura de Relatório de Verificação Física (RVF), quando realizada:

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I por servidor que não seja o AFRF responsável pela etapa de verificação da mercadoria; ou

II por amostragem.

Par. único A inobservância do disposto no caput, na hipótese do inciso II, presume a verificação física total da mercadoria, inclusive para os efeitos de apuração de irregularidade em processo administrativo disciplinar.

Art. 40 A COANA estabelecerá o modelo do RVF, enquanto não for implementada função específica no Siscomex.

Par. único A COANA poderá disciplinar outras formas de registro e documentação da verificação física.

Art. 41 O chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá:

I editar ato, subsidiária ou complementarmente à norma da COANA, prevista no § 5º do artigo 29, para estabelecer:

a métodos para quantificação e verificação física de mercadorias, considerando os riscos aduaneiros envolvidos, as condições logísticas e os recursos tecnológicos e humanos disponíveis;

b nível de amostragem, de acordo com os previstos na norma NBR 5426, de 1985, da ABNT, considerando a natureza, a quantidade e a freqüência das mercadorias objeto de conferência e os riscos existentes nas operações;

II tratamento diferenciado no que se refere à retirada de mercadoria de unidades de carga ou descarga de veículos, em situações ou casos devidamente justificados; e

III normas complementares a esta Instrução Normativa para disciplinar o tratamento prioritário a ser conferido a:

a órgão ou tecido para aplicação médica;

b mercadoria perecível;

c jornais, revistas e outras publicações periódicas;

d carga perigosa;

e bens destinados a defesa civil ou a ajuda humanitária;

f urna funerária;

g mala postal;

h mercadoria destinada ao consumo de bordo ou ao processamento de alimentos para consumo de bordo de aeronaves ou embarcações;

i partes e peças para manutenção de aeronaves, em especial aquelas que se encontrem na condição "aircraft on the ground" (AOG), e de embarcações;

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j partes e peças de reposição, instrumentos e equipamentos destinados a plataformas marítimas de exploração e produção de petróleo e gás natural; e

l bagagem desacompanhada.

Par. único Na hipótese deste artigo, cópia do ato e as correspondentes justificativas deverão ser enviadas à COANA por intermédio da respectiva Superintendência Regional.

Formalização de Exigências e Retificação da DI

Art. 42 As exigências formalizadas pela fiscalização aduaneira e o seu atendimento pelo importador, no curso do despacho aduaneiro, deverão ser registrados no Siscomex.

§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput, na hipótese de a exigência referir-se a crédito tributário ou direito comercial, o importador poderá efetuar o pagamento correspondente, independentemente de formalização de processo administrativo fiscal.

§ 2º Havendo manifestação de inconformidade, por parte do importador, em relação à exigência de que trata o § 1º, o crédito tributário ou direito comercial será constituído mediante lançamento em auto de infração.

Art. 43 Interrompido o despacho, para o atendimento de exigência, inicia-se a contagem do prazo a que se refere o parágrafo único do artigo 574 do Decreto nº 4.543, de 2002, para caracterização do abandono da mercadoria.

Art. 44 A retificação de informações prestadas na declaração, ou a inclusão de outras, no curso do despacho aduaneiro, ainda que por exigência da fiscalização aduaneira, será feita, pelo importador, no Siscomex.

§ 1º A retificação da declaração somente será efetivada após a sua aceitação, no Siscomex, pela fiscalização aduaneira, exceto no que se refere aos dados relativos à operação cambial.

§ 2º Quando da retificação resultar importação sujeita a licenciamento, o despacho ficará interrompido até a sua obtenção, pelo importador.

§ 3º Em qualquer caso, a retificação da declaração não elide a aplicação das penalidades fiscais e sanções administrativas cabíveis.

Art. 45 A retificação da declaração após o desembaraço aduaneiro, qualquer que tenha sido o canal de conferência aduaneira ou o regime tributário pleiteado, será realizada:

I de ofício, na unidade da SRF onde for apurada, em ato de procedimento fiscal, a incorreção; ou

II mediante solicitação do importador, formalizada em processo e instruída com provas de suas alegações e, se for o caso, do pagamento dos tributos, direitos comerciais, acréscimos moratórios e multas, inclusive as relativas a infrações administrativas ao controle das importações, devidos, e do atendimento de eventuais controles específicos sobre a mercadoria, de competência de outros órgãos ou agências da administração pública federal.

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§ 1º Na hipótese a que se refere o inciso II, quando a retificação pleiteada implicar em recolhimento complementar do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o processo deverá ser instruído também com o comprovante do recolhimento ou de exoneração do pagamento da diferença desse imposto.

§ 2º Na análise de pedidos de retificação que se refiram à quantidade ou à natureza da mercadoria importada deverão ser observados, no mínimo, os seguintes aspectos:

I a compatibilidade com o peso e a quantidade de volumes informados nos documentos de transporte; e

II o pleito deve ser instruído com a nota fiscal de entrada no estabelecimento importador da mercadoria a que se refere, emitida ou corrigida, nos termos da legislação de regência, com a quantidade e a natureza corretas.

§ 3º Na situação prevista no § 2º, poderá ser aceito como elemento de convicção, pela autoridade fiscal, documento emitido por terceiro que tenha manuseado ou conferido a mercadoria, no exercício de atribuição ou responsabilidade que lhe foi conferida pela legislação, no País ou no exterior.

§ 4º Do indeferimento do pleito de retificação caberá recurso, interposto no prazo de trinta dias, dirigido ao chefe da unidade da SRF onde foi proferida a decisão, nos termos dos artigos 56 a 65 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

§ 5º Ressalvadas as diferenças decorrentes de erro de expedição, as faltas ou acréscimos de mercadoria e as divergências que não tenham sido objeto de solicitação de retificação da declaração pelo importador, que venham a ser apurados em procedimento fiscal serão objeto, conforme o caso, de lançamento de ofício dos tributos incidentes e penalidades cabíveis ou de aplicação da pena de perdimento.

§ 6º As divergências constatadas pelo importador, entre as mercadorias efetivamente recebidas e as desembaraçadas, deverão ser registradas por esse no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, nos termos do artigo 392 do Decreto nº 4.544, de 26 de dezembro de 2002.

§ 7º A retificação a que se refere o caput independe do procedimento de revisão aduaneira de toda a declaração de importação que, caso necessário, poderá ser proposta à unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos incidentes no comércio exterior, sobre o domicílio do importador.

§ 8º A COANA ou a Coordenação-Geral de Tributação (COSIT) poderão editar instruções complementares ao disposto neste artigo.

Art. 46 A retificação, por solicitação do importador, será efetuada:

I na unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos incidentes no comércio exterior, sobre o domicílio do importador, quando decorrentes de:

a alteração no tratamento tributário pleiteado para o importador ou para a mercadoria, tais como imunidade, isenção ou redução;

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Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

b correção da quantidade ou da natureza de mercadoria admitida no Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof);

c transferência de propriedade de automóvel importado com isenção; ou

d outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA; ou

II na unidade da SRF onde foi efetuado o despacho aduaneiro da mercadoria, nos demais casos.

Autorização para Entrega Antecipada

Art. 47 O importador poderá ter, a seu requerimento, autorizada pelo responsável pelo despacho, a entrega da mercadoria antes da conclusão da conferência aduaneira, nas seguintes hipóteses:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

I indisponibilidade de estrutura física suficiente para a armazenagem ou inspeção da mercadoria no recinto do despacho ou em outros recintos alfandegados próximos;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

II necessidade de montagem complexa da mercadoria para a realização de sua conferência física;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

III inexistência de meios práticos no recinto do despacho para executar processo de marcação, etiquetagem ou qualquer outro exigido para a utilização ou comercialização da mercadoria no País;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

IV mercadoria que está sujeita a confirmação, por exame técnico-laboratorial, de atendimento a requisito de norma técnica para sua comercialização no País;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

V necessidade imediata de retirada da mercadoria do recinto, para preservar a salubridade ou segurança do local, ou por motivo de defesa nacional, de acordo com solicitação do responsável pelo recinto ou recomendação da autoridade competente;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

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VI em situação de calamidade pública ou para garantir o abastecimento da população, atender a interesse da ordem ou saúde públicas, defesa do meio ambiente ou outra urgência pública notória; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

VII em outras hipóteses estabelecidas em ato da Coana.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

§ 1º A autorização para entrega antecipada da mercadoria poderá ser condicionada:

§ 1º A autorização para entrega antecipada da mercadoria poderá ser condicionada à:

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

I à apresentação dos documentos de instrução da DI, se não houver dispensa ou prazo diferenciado previsto em legislação específica;

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

II à verificação física ou à retirada de amostras, se a definição da mercadoria ou o reconhecimento de suas características não restarem evidentes ou não forem possíveis a partir de inspeções realizadas em importações idênticas anteriores; e

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

III ao compromisso firmado pelo importador de não consumir, comercializar ou utilizar a mercadoria até o desembaraço aduaneiro, nos casos em que houver pendência do cumprimento de exigência referida nos incisos III e IV do caput.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

§ 2º A entrega antecipada da mercadoria não será autorizada a pessoa inadimplente em relação a casos anteriores.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

§ 3º Toda autorização de entrega antecipada, inclusive em cumprimento de decisão judicial, deve ser informada no Siscomex.

Alterado pela Instrução Normativa SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

§ 4º O disposto no § 3º também se aplica às autorizações previstas nos artigos 62 e 69 desta Instrução Normativa, hipóteses em que a autoridade aduaneira deverá informar no Siscomex a autorização para a entrega do primeiro lote, com prosseguimento do despacho, descrevendo os fatos no campo de observações da função.

Incluído pela Instrução Normativa SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

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Desembaraço Aduaneiro

Art. 48 Concluída a conferência aduaneira a mercadoria será imediatamente desembaraçada.

§ 1º A mercadoria objeto de exigência fiscal de qualquer natureza, formulada no curso do despacho aduaneiro, somente será desembaraçada após o respectivo cumprimento ou, quando for o caso, mediante a apresentação de garantia, conforme estabelecido na Portaria MF nº 389, de 13 de outubro de 1976.

§ 2º O desembaraço da mercadoria será realizado pelo AFRF responsável pela última etapa da conferência aduaneira, no Siscomex.

§ 3º A mercadoria cuja declaração receba o canal verde será desembaraçada automaticamente pelo Siscomex.

§ 4º A mercadoria poderá ser desembaraçada, ainda, quando a conclusão da conferência aduaneira dependa unicamente do resultado de análise laboratorial, mediante assinatura de Termo de Entrega de Mercadoria Objeto de Ação Fiscal, pelo qual o importador será informado que a importação se encontra sob procedimento fiscal de revisão interna.

§ 5º Nos casos em que, comprovadamente, se tiver conhecimento de processo administrativo fiscal formalizado para exigência de crédito tributário, com base em laudo laboratorial emitido para importação anterior de mercadoria de mesma origem e fabricante, com igual denominação, marca e especificação, o desembaraço na forma do § 4º ficará condicionado à prestação de garantia do crédito tributário anteriormente constituído, em uma das formas estabelecidas no parágrafo único do artigo 675 do Decreto nº 4.543, de 2002, ou à sua extinção.

§ 6º O disposto no § 4º não se aplica quando houver indícios que permitam presumir tratar-se de mercadoria cuja importação esteja sujeita a restrição ou proibição de permanência ou consumo no País.

§ 7º Na hipótese prevista no artigo 47, decorridos 5 (cinco) dias úteis da realização da entrega antecipada, ou do fim do prazo para a entrega dos documentos de instrução da DI, a eventual exigência fiscal não cumprida será formalizada em termo próprio e, depois da ciência deste pelo importador, a DI será desembaraçada.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

Art. 49 A seleção da declaração para quaisquer dos canais de conferência aduaneira não impede que o chefe do setor responsável pelo despacho, a qualquer tempo, determine que se proceda à ação fiscal pertinente, se tiver conhecimento de fato ou da existência de indícios que requeiram a necessidade de verificação da mercadoria, ou de aplicação de procedimento aduaneiro especial.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

Art. 50 No caso de registro antecipado da DI, o desembaraço aduaneiro será realizado somente depois da complementação ou retificação dos dados da declaração, no Siscomex, e do pagamento de eventual diferença de crédito tributário relativo à

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declaração, aplicando-se a legislação vigente na data do registro da declaração, em cumprimento ao disposto no artigo 73 do Decreto nº 6.759, de 2009.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

Par. único Nos casos de entrega antecipada da carga, havendo exigência fiscal não atendida no prazo de 5 (cinco) dias úteis, esta será formalizada em termo próprio e, depois da ciência deste pelo importador, a DI será desembaraçada.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.356, de 5 de maio de 2013.

ENTREGA DA MERCADORIA AO IMPORTADOR

Verificação de Regularidade do AFRMM

Art. 51 A verificação da regularidade do pagamento ou exoneração do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), para fins de autorização de entrega ao importador, pela SRF, de mercadoria importada por via marítima, fluvial ou lacustre, será realizada mediante consulta eletrônica do Siscomex ao sistema Mercante, do Departamento do Fundo da Marinha Mercante (DEFMM).

Par. único A autorização de entrega da mercadoria, nos termos deste artigo, fica condicionada à vinculação no sistema Mercante, pelo importador, do NIC indicado na DI ao correspondente Conhecimento de Embarque (CE), e à respectiva liberação da carga naquele sistema.

Declaração de Pagamento ou de Exoneração do ICMS

Art. 52 O importador deverá apresentar, por meio de transação própria no Siscomex, declaração sobre o ICMS devido no desembaraço aduaneiro da mercadoria submetida a despacho de importação.

§ 1º A declaração de que trata o caput deverá ser efetivada após o registro da DI e constitui condição para a autorização de entrega da mercadoria desembaraçada ao importador.

§ 2º Na hipótese de exoneração do pagamento do ICMS, nos termos da legislação estadual aplicável, o importador deverá indicar essa condição na declaração.

§ 3º Entende-se por exoneração do pagamento do ICMS, referida no § 2º, qualquer hipótese de dispensa do recolhimento do imposto no momento do desembaraço da mercadoria, compreendendo os casos de exoneração, compensação, diferimento, sistema especial de pagamento, ou de qualquer outra situação estabelecida na respectiva legislação estadual.

§ 4º Os dados da declaração de que trata este artigo serão fornecidos pela SRF à Secretaria de Estado da Unidade da Federação indicada na declaração, pelo importador, com base no respectivo convênio para intercâmbio de informações de interesse fiscal.

Art. 53 Em virtude de convênio específico firmado entre a SRF e a Secretaria de Estado da Unidade da Federação responsável pela administração do ICMS, o pagamento desse imposto poderá ser feito mediante débito automático em conta bancária indicada pelo importador, em conformidade com a declaração a que se refere o artigo 52.

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Condições e Requisitos para a Entrega

Art. 54 Para retirar as mercadorias do recinto alfandegado, o importador deverá apresentar ao depositário os seguintes documentos:

I via original do conhecimento de carga, ou de documento equivalente, como prova de posse ou propriedade da mercadoria;

II comprovante do recolhimento do ICMS ou, se for o caso, comprovante de exoneração do pagamento do imposto, exceto no caso de Unidade da Federação com a qual tenha sido celebrado o convênio referido no artigo 53 para o pagamento mediante débito automático em conta bancária, por meio do Siscomex;

III Nota Fiscal de Entrada emitida em seu nome, ou documento equivalente, ressalvados os casos de dispensa previstos na legislação estadual; e

IV documentos de identificação da pessoa responsável pela retirada das mercadorias.

Art. 55 O depositário do recinto alfandegado, para proceder à entrega da mercadoria, fica obrigado a:

I confirmar, mediante consulta ao Siscomex, a autorização da SRF para a entrega da mercadoria;

II verificar a apresentação, pelo importador, dos documentos referidos no artigo 54; e

III registrar as seguintes informações:

a data e hora da entrega das mercadorias, por DI;

b nome, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e respectivo documento de identificação, com dados do órgão emitente e data de emissão, do responsável pela retirada das mercadorias;

c nome empresarial e respectivo número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da pessoa jurídica que efetue o transporte das mercadorias em sua retirada do recinto alfandegado; e

d placas dos veículos e número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos condutores dos veículos que efetuarem o transporte referido na alínea "c".

§ 1º Será dispensada a apresentação, pelo importador, do documento de que trata o inciso II do caput do artigo 54, sempre que a consulta ao Siscomex, prevista no inciso I do caput deste artigo não indicar a necessidade de sua apresentação ou retenção.

§ 2º Fica vedada a exigência de apresentação do Comprovante de Importação ou de qualquer outro documento, diverso daqueles previstos no artigo 54 ou necessário ao cumprimento dos requisitos estabelecidos neste artigo, como condição para a entrega da mercadoria ao importador.

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§ 3º O disposto no § 2º não dispensa o depositário de adotar medidas ou de exigir os comprovantes necessários para o cumprimento de outras obrigações legais, em especial as previstas no artigo 754 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

§ 4º Na hipótese de constatação de indícios de irregularidade, conforme estabelecido em ato da Coana ou do chefe da respectiva unidade da RFB de despacho, o depositário deverá comunicar o fato imediatamente à autoridade aduaneira.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

§ 5º Na hipótese prevista no § 4º e quando a entrega tiver sido autorizada pela RFB no Siscomex, esta ficará automaticamente suspensa, devendo a fiscalização aduaneira, nesse caso, no prazo de 2 (dois) dias úteis, apurar a ocorrência e manifestar-se por escrito, confirmando, ao depositário, a autorização de entrega, ou deverá lavrar o termo de retenção da mercadoria, observado o disposto na legislação específica.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

§ 6º A ausência da manifestação prevista no § 5º, no prazo estabelecido, equivale à confirmação da autorização para entrega da mercadoria pelo depositário." (NR)

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

Art. 56 Autorizada a entrega pela SRF e cumpridos os demais requisitos previstos no artigo 55, o depositário não poderá obstar a retirada da mercadoria pelo importador.

Par. único O disposto neste artigo não prejudica:

I a observância de controles específicos, de competência de outros órgãos; e

II o cumprimento de eventuais obrigações contratuais relativas aos serviços de movimentação e armazenagem prestados.

Art. 57 O depositário deverá arquivar, em boa guarda e ordem, pelo prazo de cinco anos, contado do primeiro dia útil do ano seguinte àquele em que tenha sido realizada a entrega da mercadoria ao importador:

I a via original do conhecimento de carga;

II as cópias dos demais documentos referidos no artigo 54, quando exigida sua retenção;

III os registros de que trata o inciso III do artigo 55; e

IV a autorização expressa da autoridade aduaneira para entrega da mercadoria, nas hipóteses previstas nesta Instrução Normativa.

§ 1º A organização dos arquivos deverá permitir a localização dos documentos e a recuperação das informações mediante a indicação do número da declaração aduaneira ou do conhecimento de carga.

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§ 2º As cópias dos documentos referidos nos incisos II e III do artigo 54, quando exigida sua retenção, deverão ser firmadas pelo depositário e pelo importador ou seu representante, declarando igualdade em relação ao original apresentado.

Art. 58 Aplica-se ao depositário a multa prevista no inciso IV, alíneas "b", "c" e "f", do artigo 107 do Decreto-Lei nº 37, de 1966, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, na hipótese de descumprimento das obrigações estabelecidas nos artigos 55 a 57.

Par. único O disposto neste artigo não elide o lançamento de tributos, outras multas e demais acréscimos cabíveis ou a aplicação de sanções administrativas, previstos na legislação tributária e aduaneira.

Art. 59 A entrega antecipada de mercadoria, conforme estabelecido no artigo 47, será realizada pelo depositário com base em autorização expressa da autoridade aduaneira competente.

Par. único Na hipótese referida no caput, o desembaraço aduaneiro das mercadorias somente será realizado após a apresentação à autoridade aduaneira dos documentos referidos no artigo 54, para que sejam verificados.

Art. 60 Nas importações realizadas por pontos de fronteira alfandegados em que não exista depositário, a liberação da mercadoria será realizada pela autoridade aduaneira que, nesse caso, na condição de depositário, deverá observar o disposto no § 3º do artigo 55, além de exigir os documentos previstos no artigo 54 para as correspondentes verificações.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

Par. único Na hipótese deste artigo, fica dispensado o arquivamento previsto no artigo 57.

Entrega Fracionada

Art. 61 Nas importações por via terrestre será permitida a entrega fracionada da mercadoria que, em razão do seu volume ou peso, não possa ser transportada em apenas um veículo ou partida e quando for efetuado o registro de uma única declaração para o despacho aduaneiro, correspondente a uma só importação e a um único conhecimento de carga.

§ 1º O desembaraço aduaneiro e o controle da entrega fracionada, enquanto não houver função específica no Siscomex, será realizado manualmente, no extrato da declaração, pelo AFRF.

§ 2º A entrada no território aduaneiro de toda a mercadoria declarada deverá ocorrer dentro dos quinze dias úteis subseqüentes ao do registro da declaração.

§ 3º No caso de descumprimento do prazo a que se refere o § 2º, será exigida a retificação da declaração no Siscomex, tendo por base a quantidade efetivamente entregue, devendo, o saldo remanescente, ser objeto de nova declaração.

§ 4º Por ocasião do despacho do último lote relativo à DI o desembaraço aduaneiro será registrado no Siscomex.

§ 5º Na hipótese de o importador não promover a retificação a que se refere o § 3º, em até 60 dias a partir do fim do prazo a que se refere o § 2º, a fiscalização deverá efetuar o desembaraço da DI e, em seguida, a sua retificação de ofício,

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sem prejuízo do disposto no artigo 107, inciso IV, alínea "c", do Decreto-Lei nº 37, de 1966, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833, de 2003.

Art. 62 A entrega de lote de mercadoria desembaraçada mediante fracionamento, nos termos do artigo 61, será realizada pelo depositário com base em autorização expressa da autoridade aduaneira competente.

§ 1º Na hipótese deste artigo, o importador deverá apresentar à autoridade aduaneira os documentos referidos no artigo 54, relativos ao lote, para que sejam verificados.

§ 2º A declaração do ICMS no Siscomex deverá ser registrada conforme disciplinado pela COANA.

§ 3º Na hipótese do artigo 61, o importador deverá comprovar o recolhimento ou a exoneração do pagamento do ICMS ou, se for o caso, efetuar o débito automático desse imposto, relativo a cada lote de mercadoria a ser entregue.

CANCELAMENTO DA DECLARAÇÃO

Art. 63 O cancelamento de DI poderá ser autorizado pelo chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro com base em requerimento fundamentado do importador, por meio de função própria, no Siscomex, quando:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

I ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no País;

II no caso de despacho antecipado, a mercadoria não ingressou no País ou tenha sido descarregada em recinto alfandegado diverso daquele indicado na DI;

III for determinada a devolução da mercadoria ao exterior ou a sua destruição, por não atender à legislação de proteção ao meio ambiente, saúde ou segurança pública e controles sanitários, fitossanitários e zoossanitários;

IV a importação não atender aos requisitos para a utilização do tipo de declaração registrada e não for possível a sua retificação;

V ficar comprovado erro de expedição;

VI a declaração for registrada com erro relativamente:

a ao número de inscrição do importador no CPF ou no CNPJ, exceto quando se tratar de erro de identificação de estabelecimentos da mesma empresa, passível de retificação no sistema; ou

b à unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro.

VII for registrada, equivocadamente, mais de uma DI, para a mesma carga; ou

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

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VIII for indeferido o requerimento de concessão do regime de admissão temporária.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.443, de 6 de fevereiro de 2014.

§ 1º O cancelamento de DI poderá também ser procedido de ofício pelo chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro ou pelo AFRFB que presidir o procedimento fiscal, nas mesmas hipóteses previstas caput deste artigo.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 2º O cancelamento de que trata este artigo fica condicionado à apresentação da mercadoria para despacho ou devolução ao exterior, excetuadas as hipóteses dos incisos I, II e VII do caput.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 3º Não será autorizado o cancelamento de declaração, quando:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

I houver indícios de infração aduaneira, enquanto não for concluída a respectiva apuração;

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

II se tratar de mercadoria objeto de pena de perdimento.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 4º O cancelamento da declaração, nos termos deste artigo, não exime o importador da responsabilidade por eventuais delitos ou infrações que venham a ser apurados pela fiscalização, inclusive após a efetivação do cancelamento.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 5º A competência de que trata o caput será do chefe da unidade da RFB responsável pelo despacho aduaneiro quando se tratar de cancelamento a ser realizado após o desembaraço aduaneiro de mercadoria submetida a canal amarelo, vermelho ou cinza de conferência aduaneira, não podendo a mesma, nesses casos, ser delegada.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

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Art. 64 O Superintendente da Receita Federal da respectiva Região Fiscal poderá autorizar o cancelamento de DI em hipótese não prevista nesta Instrução Normativa, com base em proposta devidamente justificada pela unidade da SRF de despacho aduaneiro sobre a necessidade e a conveniência do cancelamento.

Par. único Na hipótese deste artigo, a Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF) informará à COANA sobre a autorização concedida, no prazo máximo de trinta dias, contado da data da concessão da autorização.

DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA AO EXTERIOR

Art. 65 A devolução ao exterior de mercadoria estrangeira importada poderá ser autorizada pelo chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro, desde que o pedido seja apresentado antes do registro da DI e não tenha sido iniciado o processo de que trata o artigo 27 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, ou na hipótese de ser autorizado o cancelamento da DI.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 1º O pedido de que trata este artigo deverá ser instruído com os documentos originais relativos à importação, quando couber.

§ 2º A autorização poderá ser condicionada à verificação total ou parcial da mercadoria a ser devolvida.

§ 3º Não será autorizada a devolução de mercadoria chegada ao País com falsa declaração de conteúdo ou com qualquer outra irregularidade que a sujeite à aplicação da pena de perdimento.

COMPROVANTE DE IMPORTAÇÃO

Art. 66 O Comprovante de Importação será emitido pelo importador mediante transação específica do Siscomex.

Par. único Para efeito de circulação da mercadoria no território nacional, o Comprovante de Importação não substitui a documentação fiscal exigida nos termos da legislação específica.

UTILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO DE CARGA NO DESPACHO ADUANEIRO

Art. 67 Poderá ser efetuado registro de mais de uma declaração para o mesmo conhecimento de carga na importação de petróleo bruto e seus derivados, a granel.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

I [revogado] Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

II [revogado]

Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 1.532, de 19 de dezembro de 2014.

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Par. único O chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro poderá, excepcionalmente, adotar o procedimento estabelecido neste artigo em outros casos justificados.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

Art. 68 Poderá ser autorizado o registro de uma única declaração para mais de um conhecimento de carga nas importações destinadas a um único importador quando:

I as mercadorias corresponderem a uma só operação comercial e:

a em razão do seu volume ou peso, o transporte for realizado por vários veículos ou partidas; ou

b formarem, em associação, um corpo único ou unidade funcional, completo, com classificação fiscal própria, equivalente à da mercadoria indicada na declaração e nos documentos comerciais que a instruem; e

II por razões comerciais ou técnicas, as mercadorias correspondentes aos diversos conhecimentos de carga formarem, em associação, sistema integrado, reconhecido como tal em Resolução da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), completo, cujos componentes tenham sido contemplados com ex-tarifário.

Par. único A totalidade da mercadoria ou sistema integrado de que trata este artigo deverá chegar ao País dentro do prazo de vigência do benefício fiscal ou ex-tarifário pleiteado, se for o caso.

Art. 69 Enquanto não estiver disponível função própria no Siscomex, a autorização para utilizar o procedimento de que trata o artigo 68 deverá ser requerida ao chefe do setor responsável da unidade da RFB onde será realizado o despacho aduaneiro da mercadoria, previamente ao registro da declaração.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009, 90 dias após sua publicação.

§ 1º Na hipótese deste artigo, ao formular a declaração o importador deverá indicar, nos campos próprios, os números dos conhecimentos de carga utilizados no despacho aduaneiro e os valores totais do frete e do seguro a eles correspondentes.

§ 2º Na hipótese de embarque fracionado, quando os dados a que se refere o § 1º não estiverem disponíveis no momento do registro da DI, o importador deverá efetuar retificação de todos os campos da declaração que se fizerem necessários, em razão da chegada de cada fração importada.

§ 3º Na hipótese do § 2º, aplica-se a legislação vigente na data do registro da DI e fica preservada a espontaneidade do contribuinte, com base no Artigo 13 do Acordo sobre a Implementação do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994 (AVA/GATT), observado o disposto no artigo 22 da Instrução Normativa SRF nº 327, de 9 de maio de 2003.

DISPOSIÇÕES FINAIS

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Art. 70 Os equipamentos referidos no § 2º do artigo 27 poderão ser disponibilizados à SRF pela autoridade portuária ou administrador do recinto.

§ 1º Na hipótese de que trata o caput, o equipamento deverá ser disponibilizado para a SRF gratuitamente.

§ 2º A utilização, pela SRF, dos equipamentos de que trata este artigo não será, em qualquer hipótese, cobrada dos importadores.

Art. 71 [revogado] Revogado pela Instrução Normativa SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006.

Art. 72 Ficam formalmente revogados, sem interrupção de sua força normativa, a Instrução Normativa DpRF nº 113/91, de 4 de dezembro de 1991; e as Instruções Normativas SRF nº 19/81, de 24 de março de 1981; nº 74/87, de 20 de maio de 1987; nº 39/95, de 1º de agosto de 1995; nº 54/95, de 24 de novembro de 1995; nº 18/98, de 16 de fevereiro de 1998; nº 39/98, de 8 de abril de 1998; nº 1, de 2 de janeiro de 2001; nº 406, de 15 de março de 2004; o artigo 19 da Instrução Normativa SRF nº 40, de 9 de abril de 1999; os artigos 1 a 64 e 70 a 80 e os anexos I, II e III da Instrução Normativa SRF nº 206, de 25 de setembro de 2002; o artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 386, de 14 de janeiro de 2004; o artigo 15 da Instrução Normativa SRF nº 409, de 19 de março de 2004; o artigo 26 da Instrução Normativa SRF nº 417, de 20 de abril de 2004; o artigo 22 da Instrução Normativa SRF nº 476, de 13 de dezembro de 2004; e o artigo 55 da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006.

Alterações anotadas.

Art. 73 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

ANEXO ÚNICO

INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS PELO IMPORTADOR

1 Tipo de Declaração

Conjunto de informações que caracterizam a declaração a ser elaborada, de acordo com o tratamento aduaneiro a ser dado à mercadoria objeto do despacho, conforme a tabela "Tipos de Declaração", administrada pela SRF.

2 Tipo de Importador

Identificação do tipo de importador: pessoa jurídica, pessoa física ou missão diplomática ou representação de organismo internacional.

3 Importador

Identificação da pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

4 Caracterização da Operação

Indica se a importação é própria ou por conta e ordem de terceiros.

5 Adquirente da Mercadoria

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Identificação do adquirente da mercadoria no caso de importação por conta e ordem de terceiros.

6 Operação FUNDAP

Indicativo de operação de importação efetuada por empresa integrante do sistema FUNDAP - Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias.

7 Representante Legal

Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda, da pessoa habilitada a representar o importador nas atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

8 Processo

Tipo e identificação do processo formalizado na esfera administrativa ou judicial que trate de pendência, consulta ou autorização relacionada à importação objeto do despacho.

9 Modalidade do Despacho

Modalidade de despacho aduaneiro da mercadoria.

10 URF de Despacho

Unidade da Receita Federal responsável pela execução dos procedimentos necessários ao desembaraço aduaneiro da mercadoria importada, de acordo com a tabela "Órgãos da SRF", administrada pela SRF.

11 URF de Entrada no País

Unidade da Receita Federal que jurisdiciona o local de entrada da mercadoria no País, de acordo com a tabela "Órgãos da SRF" administrada pela SRF.

12 Outros Documentos de Instrução do Despacho Documentos necessários para o despacho aduaneiro, além daqueles informados em campo próprio da declaração.

13 País de Procedência

País onde a mercadoria se encontrava no momento de sua aquisição e de onde saiu para o Brasil, independentemente do país de origem ou do ponto de embarque final, de acordo com a tabela "Países" administrada pelo BACEN.

14 Via de Transporte

Via utilizada no transporte internacional da carga.

14.1 Indicativo de Multimodal

Indicativo da utilização de mais de uma via, de acordo com o conhecimento de transporte internacional.

15 Veículo Transportador

Identificação do veículo que realizou o transporte internacional da carga.

16 Transportador

Razão Social da pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, que realizou o transporte internacional e emitiu o conhecimento de transporte (único ou master).

16.1 Bandeira

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Identificação da nacionalidade do transportador, utilizando o código do país do transportador, conforme a tabela "Países", administrada pelo BACEN.

16.2 Agente do Transportador

Número de inscrição no CNPJ/MF, da pessoa jurídica nacional

que representa o transportador da carga.

17 Documento da Chegada da Carga

Documento que comprova a chegada da carga no recinto alfandegado sob a jurisdição da URF de despacho, de acordo com a via de transporte internacional utilizada.

18 Conhecimento de Transporte

Documento emitido pelo transportador ou consolidador, constitutivo do contrato de transporte internacional e prova de propriedade da mercadoria para o importador.

18.1 Identificação

Indicação do tipo e número de documento, conforme a via de transporte internacional.

18.2 Indicativo de Utilização do Conhecimento Indicativo de utilização do conhecimento no despacho aduaneiro.

18.3 Identificação do Conhecimento de Transporte Máster Identificação do documento de transporte da carga consolidada (master), que inclua conhecimento house informado.

19 Embarque

Local e data do embarque da carga.

19.1 Local de Embarque

Denominação da localidade onde a carga foi embarcada, de acordo com o conhecimento de transporte. Local de postagem ou de partida da carga, nos demais casos.

19.2 Data de Embarque

Data de emissão do conhecimento de transporte, da postagem da mercadoria ou da partida da mercadoria do local de embarque.

20 Volumes

Características dos volumes objeto do despacho.

20.1 Tipo de Embalagem

Espécie ou tipo de embalagem utilizada no transporte da mercadoria submetida a despacho, conforme a tabela "Embalagens", administrada pela SRF.

20.1.1 Quantidade

Número de volumes objeto do despacho, exceto para mercadoria a granel.

21 Peso Bruto

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Somatório dos pesos brutos dos volumes objeto do despacho, expresso em Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais.

22 Peso Líquido

Somatório dos pesos líquidos das mercadorias objeto do despacho, expresso em Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais.

23 Data da Chegada

Data da formalização da entrada do veículo transportador no porto, no aeroporto ou na Unidade da SRF que jurisdicione o ponto de fronteira alfandegado.

24 Local de Armazenamento

Local alfandegado, em zona primária ou secundária, onde se encontre a mercadoria, ou, no caso de despacho antecipado, onde a mesma deverá ficar à disposição da fiscalização aduaneira para verificação.

24.1 Recinto Alfandegado

Código do recinto alfandegado conforme a tabela "Recintos Alfandegados", administrada pela SRF.

24.2 Setor

Código do setor que controla o local de armazenagem da mercadoria, conforme tabela administrada pela URF de despacho.

24.3 Identificação do Armazém

Código do armazém, quando a informação constar de tabela administrada pela URF de despacho.

25 Custo do Transporte Internacional

Custo do transporte internacional das mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN. As despesas de carga, descarga e manuseio associadas a esse trecho devem ser incluídas no valor do frete.

25.1 Valor Prepaid na Moeda Negociada

Valor do frete constante do conhecimento de transporte, pago no exterior antecipadamente ao embarque, inclusive "valor em território nacional", se for o caso.

25.2 Valor Collect na Moeda Negociada

Valor do frete constante do conhecimento de transporte, a ser pago no Brasil, inclusive "valor em território nacional", se for o caso.

25.3 Valor em Território Nacional na Moeda Negociada

Valor da parcela do frete destacada no conhecimento, correspondente ao transporte dentro do território nacional.

26 Seguro Internacional

Valor do prêmio de seguro internacional relativo às mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN.

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27 Valor Total da Mercadoria no Local de Embarque (VTMLE)

Valor total das mercadorias objeto do despacho no local de embarque, na moeda negociada, conforme a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN. Quando as mercadorias objeto da declaração tiverem sido negociadas em moedas diversas, esse valor deve ser informado em real. Somatório das adições.

28 Compensação de Tributos

Valor reconhecido a título de crédito, correspondente a tributo recolhido a maior ou indevidamente, utilizado pelo importador para reduzir os tributos a recolher apurados na declaração. Preenchimento completo do quadro quando houver compensação de tributo na declaração.

28.1 Código de Receita

Código da receita tributária conforme a "Tabela Orçamentária", administrada pela SRF.

28.2 Valor a compensar

Valor do crédito a compensar.

28.3 Referência

Tipo e número do documento comprobatório do crédito a ser considerado para compensação.

29 DARF

Transcrição dos dados constantes do DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais. Informação obrigatória nas declarações que apuraram impostos a recolher.

29.1 Código de Receita

Código de receita tributária conforme a "Tabela Orçamentária", administrada pela SRF.

29.2 Código do Banco, da Agência e da Conta Corrente

Código do banco, da agência e da conta corrente arrecadadora do tributo constantes da autenticação mecânica.

29.3 Valor do Pagamento

Valor do tributo pago constante da autenticação mecânica.

29.4 Data do Pagamento

Data do pagamento do tributo constante da autenticação mecânica.

30 Informações Complementares

Informações adicionais e esclarecimentos sobre a declaração ou sobre o despacho aduaneiro.

31 Documento Vinculado

Identificação do tipo e número do documento de despacho aduaneiro anterior (DI ou RE), que justifica o tratamento requerido no despacho atual.

32 Licenciamento de Importação

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Número de identificação da Licença de Importação (LI).

33 Exportador

Identificação da pessoa que promoveu a venda da mercadoria e emitente da fatura comercial.

34 Fabricante ou Produtor

Identificação da pessoa que fabricou ou produziu a mercadoria e sua relação com o exportador.

35 Classificação Fiscal da Mercadoria

Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), conforme tabelas administradas pela SRF.

35.1 Destaque para Anuência

Destaque da mercadoria dentro do código NCM para fins de licenciamento da importação, conforme tabela "Destaque para Anuência", administrada pela SECEX. Informação obrigatória quando NCM sujeita a anuência.

35.2 "Ex" para o Imposto de Importação

Destaque da mercadoria dentro do código NCM, para o Imposto de Importação.

35.2.1 Ato Legal

Ato legal que instituiu o "ex" na NCM.

35.3 "Ex" para o Imposto sobre Produtos Industrializados

Destaque da mercadoria dentro do código NBM, para o Imposto sobre Produtos Industrializados.

35.3.1 Ato Legal

Ato legal que instituiu o "ex" na NBM.

36 Classificação da Mercadoria na NALADI/SH ou NALADI/ NCCA

Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI) com base no Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias (SH) ou na Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira (NCCA). Informação obrigatória quando o país de procedência for membro da ALADI.

37 Peso Líquido das Mercadorias da Adição

Peso líquido das mercadorias constantes da adição, expresso em quilograma e fração de cinco casas decimais.

38 Destaque NCM Anuência/CIDE

Destaque NCM Anuência/CIDE.

39 Aplicação da Mercadoria

Destino da mercadoria: consumo ou revenda.

40 Indicativos da Condição da Mercadoria

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Assinalar o(s) indicativo(s) abaixo, se adequado(s) à condição da mercadoria objeto da adição:

1 - Material usado

2 - Bem sob encomenda

41 Condição de Negócio da Mercadoria

Cláusula contratual que define as obrigações e direitos do comprador e do vendedor, em um contrato internacional de compra e venda de mercadoria, de acordo com a tabela INCOTERMS, administrada pela SECEX.

41.1 Local da Condição

Ponto ou local até onde o vendedor é responsável pelos custos dos elementos próprios da condição.

42 Descrição Detalhada da Mercadoria

Descrição completa da mercadoria de modo a permitir sua perfeita identificação e caracterização.

42.1 Nomenclatura de Valor e Estatística (NVE)

Nomenclatura de classificação da mercadoria, para fins de valoração aduaneira e estatística, por marca comercial e código, conforme a tabela "NVE", administrada pela SRF.

42.2 Especificação

Espécie, tipo, marca, número, série, referência, medida, nome científico e/ou comercial, etc. da mercadoria.

42.3 Unidade Comercializada

Unidade de medida utilizada na comercialização da mercadoria, conforme fatura comercial.

42.4 Quantidade na Unidade Comercializada

Número de unidades da mercadoria, na unidade de medida comercializada.

42.5 Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda

Valor da mercadoria por unidade comercializada, na condição de venda (INCOTERMS) e na moeda negociada, de acordo com a fatura comercial.

43 Informações Estatísticas

Informações para fins estatísticos.

43.1 Quantidade

Quantidade da mercadoria expressa na unidade estatística, exceto quando esta for quilograma.

43.2 Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda Valor da mercadoria por unidade estatística, na condição de venda e na moeda negociada.

44 Valoração Aduaneira

Método, acréscimos, deduções e informações complementares para composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de importação.

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44.1 Método de Valoração

Método utilizado para valoração da mercadoria, conforme a tabela "Método de Valoração", administrada pela SRF, e indicativo de vinculação entre o comprador e o vendedor.

44.2 Acréscimos

Valores a serem adicionados ao preço efetivamente pago ou a pagar, para composição do valor aduaneiro, conforme a tabela "Acréscimos", administrada pela SRF.

44.3 Deduções

Valores a serem excluídos do preço efetivamente pago ou a pagar, para composição do valor aduaneiro, conforme a tabela "Acréscimos", administrada pela SRF.

44.4 Complemento

Informações complementares que justifiquem a composição do valor aduaneiro.

45 Acordo Tarifário

Tipo de Acordo que concede preferência tarifária para a mercadoria.

45.1 Acordo ALADI

Preenchimento obrigatório do código do Acordo ALADI, conforme a tabela "Acordos ALADI", administrada pela SRF, quando a mercadoria for procedente de país membro da ALADI, mesmo quando não negociada.

45.1.1 Ato Legal

Ato do Executivo que deu vigência ao Acordo no País.

No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.

45.1.2 "Ex" ou "Observação"

Destaque da mercadoria negociada no Acordo, na NALADI (SH ou NCCA).

45.1.3 Alíquota do Acordo

Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de preferência, deverá ser informada alíquota residual.

45.2 Acordo OMC/GATT

45.2.1 Ato Legal

Ato que promulga o Acordo no País.

No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.

45.2.2 "Ex" OMC/GATT

Destaque de mercadoria negociada no Acordo.

45.2.3 Alíquota do Acordo OMC

Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de preferência, deverá ser informada alíquota residual.

45.3 Acordo SGPC

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45.3.1 Ato Legal

Ato que promulga o Acordo no País. No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.

45.3.2 "Ex"

Destaque de mercadoria negociada no Acordo.

45.3.3 Alíquota do Acordo

Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de preferência, deverá ser informada alíquota residual.

46 Regime de Tributação para o Imposto de Importação

Regime de tributação pretendido, conforme a tabela "Regimes de Tributação do I.I.", administrada pela SRF.

46.1 Enquadramento Legal

Enquadramento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o I.I., conforme a tabela "Fundamentação Legal", administrada pela SRF.

46.2 Redução

Benefício aplicável ao I.I. quando o regime de tributação for "redução". Pode ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.

46.2.1 Alíquota Reduzida

Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.

46.2.2 Percentual de Redução do Imposto

Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.

47 Regime de Tributação para o Imposto sobre Produtos Industrializados.

Regime de tributação pretendido, conforme a tabela "Regimes de Tributação do IPI", administrada pela SRF.

47.1 Fundamento Legal

Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o IPI, conforme a tabela "Fundamentação Legal", administrada pela SRF.

47.2 Redução

Benefício aplicável ao IPI quando o regime de tributação for "redução". Pode ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.

47.2.1 Alíquota Reduzida

Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.

47.2.2 Percentual de Redução do Imposto

Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.

48 Imposto de Importação

Cálculo do imposto de importação em real.

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48.1 Tipo de Alíquota

Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária.

48.2 Base de Cálculo para Alíquota Unitária

Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.

48.3 Unidade de Medida para Alíquota Unitária

Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.

48.4 Alíquota ad valorem

Alíquota vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).

48.5 Alíquota Unitária

Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso em real.

49 PIS/COFINS

49.1 Alíquota do ICMS

Valor da alíquota do ICMS.

49.2 Redução da Base de Cálculo

49.2.1 Fundamento Legal

Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o PIS/Cofins.

49.2.2 Percentual de Redução

Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.

50 Regime de Tributação

Código do regime de tributação pretendido e fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido.

51 Alíquota PIS/PASEP

51.1 Alíquota PIS/PASEP ad valorem

Tipo de alíquota aplicável ad valorem.

51.1.1 Alíquota ad valorem

Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).

51.1.2 Alíquota Reduzida

Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.

51.2 Alíquota PIS/PASEP Unitária

Tipo de alíquota aplicável específica.

51.2.1 Alíquota Unitária

Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso em real.

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51.3 Unidade de Medida para Alíquota Unitária

Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.

51.4 Base de Cálculo para Alíquota Unitária

Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.

52 Alíquota COFINS

52.1 Alíquota COFINS ad valorem

Tipo de alíquota aplicável ad valorem.

52.1.1 Alíquota ad valorem

Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).

52.1.2 Alíquota Reduzida

Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.

52.2 Alíquota Cofins Unitária

Tipo de alíquota aplicável específica.

52.2.1 Alíquota Unitária

Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso em real.

52.3 Unidade de Medida para Alíquota Unitária

Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.

52.4 Base de Cálculo para Alíquota Unitária

Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.

53 Direitos Antidumping e Compensatórios

Cálculo do direito Antidumping ou do direito compensatório, em real.

53.1 "Ex"

Destaque da mercadoria dentro do código NCM, se houver.

53.2 Ato legal

Instrumento jurídico que ampara o direito exigível, conforme a tabela "Atos Legais", administrada pela SRF.

53.3 Tipo de Alíquota

Tipo de alíquota aplicável.

53.4 Base de Cálculo para Aplicação da Alíquota

Valor tributável ou quantidade da mercadoria na unidade de medida, conforme estabelecido em ato legal.

53.5 Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota

Unidade de medida estabelecida no ato legal para a mercadoria.

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53.6 Alíquota Aplicável

Alíquota aplicável sobre a base de cálculo.

54 Imposto sobre Produtos Industrializados

Cálculo do IPI vinculado à importação, em real.

54.1 Tipo de Alíquota

Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária.

54.2 Nota Complementar TIPI

Número da Nota Complementar (NC) prevista na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) relativa à alíquota ad valorem do IPI, quando houver.

54.3 Base de Cálculo para Alíquota Unitária

Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.

54.4 Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota Unitária

Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.

54.5 Alíquota ad valorem

Alíquota do imposto vigente, conforme previsto na TIPI.

54.6 Alíquota Unitária

Valor, em real, por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo.

55 Internação de ZFM-PI

Cálculo do imposto de importação relativo aos insumos/componentes importados para a ZFM e utilizados na industrialização de mercadoria destinada à internação no restante do País, conforme Demonstrativo do Coeficiente de Redução - Eletrônico (DCR-E).

55.1 Identificação do Demonstrativo do Coeficiente de Redução - Eletrônico (DCR-E)

Número identificador constante do Demonstrativo do Coeficiente de Redução.

55.2 Coeficiente de Redução

Percentual de redução incidente sobre a alíquota ad valorem, conforme DCR-E.

55.3 Imposto de Importação Calculado em Dólar

Valor do imposto unitário devido na aquisição de insumos/ componentes importados, conforme DCR-E, expresso em dólar dos EUA.

Instrução Normativa RFB nº 799, de 26 de dezembro de 2007

Publicada em 27 de dezembro de 2007.

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica.

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O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso das atribuições que lhe conferem o inciso III do artigo 224 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 95, de 30 de abril de 2007, e tendo em vista o disposto no artigo 1º do Decreto nº 6.262, de 20 de novembro de 2007, resolve:

Art. 1º O despacho aduaneiro de importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, ao amparo da Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990, será processado, de forma simplificada, conforme o disposto nesta Instrução Normativa.

Dos Beneficiários

Art. 2º O despacho aduaneiro de importação a que se refere o artigo 1º destina-se às seguintes pessoas, devidamente credenciadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que realizam importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, ao amparo da Lei nº 8.010, de 1990:

I órgãos públicos federais, estaduais, municipais e do distrito federal, suas respectivas autarquias e fundações, classificados nos códigos de natureza jurídica 101-5 a 118-0 da tabela constante do Anexo VIII à Instrução Normativa RFB nº 748, de 28 de junho de 2007;

II entidades sem fins lucrativos, classificadas nos códigos de natureza jurídica 304-2 a 307-7, 321-2 e 399-9 da tabela constante do Anexo VIII à Instrução Normativa RFB nº 748, de 2007; e

III pesquisadores e cientistas.

Do Despacho Aduaneiro de Importação

Art. 3º A declaração de importação registrada por entidade ou pessoa referida nos incisos I a III do artigo 2º terá preferência para o canal verde da seleção parametrizada do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), com o conseqüente desembaraço aduaneiro automático.

§ 1º O disposto no caput não prejudica a aplicação dos procedimentos previstos no § 2º do artigo 21 e no artigo 23, ambos da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006, quando for o caso.

§ 2º Na hipótese de seleção para conferência aduaneira, o desembaraço da mercadoria será realizado em caráter prioritário.

Art. 4º Caso a declaração seja selecionada para exame documental, o procedimento fiscal destina-se a conferir:

I a descrição da mercadoria na declaração, com vistas a verificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de sua correta classificação fiscal; e

II a regularidade fiscal do importador, que consistirá em:

a consulta à página eletrônica da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) para confirmar a regularidade dos tributos e contribuições federais administrados pela RFB; e

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b apresentação, pelo importador referido no inciso II do artigo 2º, de:

1 Certidão Negativa de Débitos relativos a Contribuições Previdenciárias; e

2 Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), atualizado.

Par. único Para os fins do disposto neste artigo, equipara-se à certidão negativa, a certidão positiva com efeitos de negativa.

Art. 5º Poderá ser dispensada a conferência física de mercadoria que seja obrigatoriamente submetida a verificação física por outro órgão ou ente da Administração Pública, com indicação de tal circunstância no verso da fatura comercial correspondente ou em documento próprio, devidamente assinados, em qualquer caso, pela autoridade competente.

Das Disposições Finais

Art. 6º As operações de importação que forem realizadas por entidade ou pessoa referida nos incisos I a III do artigo 2º, mediante a contratação de terceiro que atue por sua conta e ordem, não obterão o tratamento de despacho diferenciado previsto nesta Instrução Normativa.

Art. 7º A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira poderá editar normas complementares ao cumprimento desta Instrução Normativa.

Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Jorge Antônio Deher Rachid

Instrução Normativa RFB nº 882, de 22 de outubro de 2008

Publicada em 23 de outubro de 2008.

Dispõe sobre a suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a receita bruta da venda no mercado interno ou da importação de óleo combustível destinado à navegação de cabotagem e de apoio portuário e marítimo.

A Secretária da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 224 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 95, de 30 de abril de 2007, e tendo em vista o disposto no artigo 2º da Lei nº 11.774, de 17 de setembro 2008,resolve:

Capítulo I - Do Âmbito de Aplicação

Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece os procedimentos de habilitação das pessoas jurídicas no regime de suspensão de exigência da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da

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Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a receita bruta da venda no mercado interno ou da importação de óleo combustível destinado à navegação de cabotagem e de apoio portuário e marítimo.

Capítulo II - Do Regime de Suspensão

Art. 2º Fica suspensa a exigência da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, no caso de venda ou importação, quando destinados à navegação de cabotagem e de apoio portuário e marítimo, para a pessoa jurídica previamente habilitada na forma desta Instrução Normativa, de:

I óleo combustível, tipo bunker, MF - Marine Fuel, classificado no código 2710.19.22;

II óleo combustível, tipo bunker, MGO - Marine Gás Oil, classificado no código 2710.19.21;

III óleo combustível, tipo bunker, ODM - Óleo Diesel Marítimo, classificado no código 2710.19.21.

§ 1º A pessoa jurídica vendedora dos produtos relacionados nos incisos do caput com suspensão de exigência, deverá fazer constar da nota fiscal de venda, a expressão "Venda efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins", com especificação do dispositivo legal correspondente, bem como o número do Ato Declaratório Executivo (ADE) a que se refere o artigo 7º.

§ 2º Na importação dos produtos relacionados nos incisos do caput com suspensão de exigência, deverá constar da Declaração de Importação (DI) a expressão "Importação efetuada com suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação", com especificação do dispositivo legal correspondente, bem como o número do ADE a que se refere o artigo 7º.

Capítulo III - Da Habilitação

Seção I - Da Obrigatoriedade da Habilitação

Art. 3º Somente a pessoa jurídica previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) pode adquirir ou importar os produtos relacionados nos incisos do caput do art 2º com suspensão da exigência.

Seção II - Das Pessoas Jurídicas que Podem Requerer a Habilitação

Art. 4º A habilitação de que trata o artigo 3º só pode ser requerida por pessoa jurídica que exerça atividades de navegação de cabotagem, apoio portuário ou marítimo, em consonância com o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, e que esteja em situação regular em relação aos tributos administrados pela RFB.

Seção III - Do Requerimento de Habilitação

Art. 5º A habilitação deve ser requerida por meio do formulário constante do Anexo Único, a ser apresentado à Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou à Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (DERAT)

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Despacho Aduaneiro de Importação

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com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica, acompanhado de:

I declaração de empresário ou ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedade empresária e, no caso de sociedade por ações, os documentos que atestem o mandato de seus administradores;

II indicação do titular da empresa ou relação dos sócios, pessoas físicas, bem como dos diretores, gerentes, administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e respectivos endereços;

III relação das pessoas jurídicas sócias, com indicação do número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), bem como de seus respectivos sócios, pessoas físicas, diretores, gerentes, administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição no CPF e respectivos endereços;

IV Registro de Armador expedido pelo Tribunal Marítimo, de acordo com o que dispõe o artigo 15 da Lei nº 7.652, de 3 de fevereiro de 1988.

Seção IV - Dos Procedimentos para Habilitação

Art. 6º Para a concessão da habilitação, a DRF ou DERAT deve:

I verificar a correta instrução do pedido, relativamente à documentação de que trata o artigo 5º;

II preparar o processo e, se for o caso, saneá-lo quanto à instrução;

III proceder ao exame do pedido;

IV determinar a realização de diligências julgadas necessárias para verificar a veracidade e exatidão das informações constantes do pedido;

V deliberar sobre o pleito e proferir decisão; e

VI dar ciência ao interessado da decisão exarada.

Art. 7º A habilitação será concedida por meio de ADE emitido pelo Delegado da DRF ou da DERAT e publicado no Diário Oficial da União.

§ 1º O ADE referido no caput será emitido para o número do CNPJ do estabelecimento matriz e aplica-se a todos os estabelecimentos da pessoa jurídica requerente.

§ 2º Na hipótese de indeferimento do pedido de habilitação ao regime, cabe, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, à Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil (SRRF).

§ 3º O recurso de que trata o § 2º deve ser protocolizado junto à DRF ou à DERAT com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica que, após o devido saneamento, o encaminhará à respectiva SRRF.

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Despacho Aduaneiro de Importação

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§ 4º Proferida a decisão do recurso de que trata o § 2º, o processo será encaminhado à DRF ou à DERAT de origem para as providências cabíveis e ciência ao interessado.

§ 5º A relação das pessoas jurídicas, habilitadas a operar o regime de suspensão, deverá ser disponibilizada no sítio da RFB na Internet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br.

Seção V - Do Cancelamento da Habilitação

Art. 8º O cancelamento da habilitação ocorrerá:

I a pedido;

II de ofício, na hipótese em que a pessoa jurídica habilitada não satisfazia ou deixou de satisfazer, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para habilitação ao regime; ou

III de ofício, na hipótese em que a pessoa jurídica habilitada não destinou os produtos referidos nos incisos do caput do artigo 2º à navegação de cabotagem ou de apoio portuário e marítimo, conforme estabelecido no artigo 2º da Lei nº 9.432, de 1997.

§ 1º O pedido de cancelamento da habilitação, no caso do inciso I do caput, deverá ser formalizado na DRF ou na DERAT com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

§ 2º O cancelamento da habilitação será formalizado por meio de ADE emitido pelo Delegado da DRF ou da DERAT e publicado no Diário Oficial da União.

§ 3º No caso de cancelamento de ofício, na forma do inciso II do caput, caberá, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso em instância única, com efeito suspensivo, à SRRF, observado o disposto no artigo 9º.

§ 4º O recurso de que trata o § 3º deve ser protocolizado junto à DRF ou à DERAT com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica que, após o devido saneamento, o encaminhará à respectiva SRRF.

§ 5º Proferida a decisão do recurso de que trata o § 3º, o processo será encaminhado à DRF ou à DERAT de origem para as providências cabíveis e ciência ao interessado.

§ 6º A pessoa jurídica que tiver a habilitação cancelada:

I somente poderá solicitar nova habilitação após o prazo de 2 (dois) anos, contados da data de publicação do ADE de cancelamento, no caso do inciso II do caput; e

II não poderá utilizar-se dos benefícios de que trata esta Instrução Normativa.

Capítulo IV - Das Disposições Gerais

Art. 9º A pessoa jurídica habilitada ao regime de suspensão de que trata esta Instrução Normativa e que não destinar os produtos relacionados nos incisos do caput do artigo 2º, adquiridos ou importados com suspensão de exigência das Contribuições Sociais especificadas no mesmo dispositivo, à navegação de

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cabotagem ou de apoio portuário e marítimo, fica obrigada a recolher as contribuições não pagas em função da suspensão de exigência acrescidas de juros e multa de mora, na forma da lei, contados a partir da data de aquisição ou do registro da DI, na condição de:

I contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Cofins-Importação;

II responsável, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins.

§ 1º Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento na forma do caput, caberá lançamento de ofício, com aplicação de juros e da multa de que trata o caput do artigo 44 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

§ 2º Os juros e multa, de mora ou de ofício, de que trata este artigo serão exigidos juntamente com as contribuições não pagas, nas hipóteses dos incisos II do caput.

§ 3º O valor pago a título de acréscimos legais e de penalidade de que trata o caput não gera, para a pessoa jurídica beneficiária do regime de suspensão de exigência de que trata esta Instrução Normativa, direito ao desconto de créditos apurados na forma do artigo 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, do artigo 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e do artigo 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004.

Art. 10 A suspensão da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a venda dos produtos relacionados nos incisos do caput do artigo 2º para pessoa jurídica habilitada a este regime não impede a manutenção e a utilização dos créditos pela pessoa jurídica vendedora, no caso desta ser tributada pelo regime de incidência não-cumulativa das contribuições.

Capítulo V - Das Disposições Finais

Art. 11 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Lina Maria Vieira

Anexo Único

Instrução Normativa RFB nº 885, de 6 de novembro de 2008

Publicada em 7 de novembro de 2008.

Dispõe sobre o certificado de origem do Mercado Comum do Sul (Mercosul) nas transações comerciais em moeda local no âmbito do Mercosul.

O Secretário da Receita Federal do Brasil Substituto, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 224 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 95, de 30 de abril de 2007, tendo em vista o disposto no Regime de Origem do Mercosul, aprovado pelo Quadragésimo Quarto Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18 e internalizado por meio do Decreto nº 5.455, de 2 de junho de 2005, e no Qüinquagésimo Nono Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18, internalizado por meio do Decreto nº 6.374, de 18 de fevereiro de 2008, e no artigo 95 e no inciso IV do artigo 493 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, resolve:

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Art. 1º Nas transações comerciais amparadas pelo Qüinquagésimo Nono Protocolo Adicional, que incorporou ao Acordo de Complementação Econômica nº 18 a Decisão nº 25/07 do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, relativa a "Transações Comerciais em Moedas Locais", não constitui impedimento para o reconhecimento do tratamento tarifário preferencial o certificado de origem, apresentado como documento instrutivo da declaração de importação, emitido ao amparo do Quadragésimo Quarto Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18 que contenha em seu campo 12 valores transacionados em moeda local, a despeito da menção a "Valor FOB em dólares".

Par. único Na aplicação do disposto no caput, deverá constar no campo destinado a observações do certificado de origem, a indicação de que o campo referente à transação comercial foi preenchido com valores transacionados em moedas locais ao amparo do Qüinquagésimo Nono Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Otacílio Dantas Cartaxo

Instrução Normativa RFB nº 1.138, de 24 de março de 2011

Publicada em 25 de março de 2011

Dispõe sobre a utilização de formulário de declaração simplificada de importação, no caso em que especifica.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no inciso II do § 2º do artigo 551 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, resolve:

Art. 1º O despacho aduaneiro para admissão temporária de bens destinados à 8ª edição da Feira e Conferência Internacional de Tecnologias Aeroespacial e de Defesa - Latin America Aero & Defence 2011 (LAAD), a ser realizada no período de 12 a 15 de abril de 2011, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), poderá ser processado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI), mediante a utilização dos formulários de que trata o caput do artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro e 2006.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.158, de 24 de maio de 2011

Publicada em 26 de maio de 2011

Altera a Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006, que disciplina o despacho aduaneiro de importação.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do

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Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no inciso II do artigo 1º da Portaria MF nº 257, de 20 de maio de 2011, resolve:

Art. 1º O artigo 13 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

Alterações anotadas.

Art. 2º O artigo 1º da Portaria MF nº 257, de 20 de maio de 2011, aplica-se somente às Declarações de Importação (DI) registradas após a entrada em vigor desta Instrução Normativa.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor em 1º de junho de 2011.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.169, de 29 de junho de 2011

Publicada em 30 de junho de 2011

Estabelece procedimentos especiais de controle, na importação ou na exportação de bens e mercadorias, diante de suspeita de irregularidade punível com a pena de perdimento.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010 e tendo em vista o disposto nos artigos 34 e 793 a 795 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, no artigo 36 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993 e no artigo 68 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, resolve:

Art. 1º O procedimento especial de controle aduaneiro estabelecido nesta Instrução Normativa aplica-se a toda operação de importação ou de exportação de bens ou de mercadorias sobre a qual recaia suspeita de irregularidade punível com a pena de perdimento, independentemente de ter sido iniciado o despacho aduaneiro ou de que o mesmo tenha sido concluído.

Capítulo I - Dos indícios de irregularidade

Art. 2º As situações de irregularidade mencionadas no artigo 1º compreendem, entre outras hipóteses, os casos de suspeita quanto à:

I autenticidade, decorrente de falsidade material ou ideológica, de qualquer documento comprobatório apresentado, tanto na importação quanto na exportação, inclusive quanto à origem da mercadoria, ao preço pago ou a pagar, recebido ou a receber;

II falsidade ou adulteração de característica essencial da mercadoria;

III importação proibida, atentatória à moral, aos bons costumes e à saúde ou ordem públicas;

IV ocultação do sujeito passivo, do real vendedor, comprador ou de responsável pela operação, mediante fraude ou simulação, inclusive a interposição fraudulenta de terceiro;

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V existência de fato do estabelecimento importador, exportador ou de qualquer pessoa envolvida na transação comercial; ou

VI falsa declaração de conteúdo, inclusive nos documentos de transporte.

§ 1º As dúvidas da fiscalização aduaneira quanto ao preço da operação devem estar baseadas em elementos objetivos e, entre outras hipóteses, na diferença significativa entre o preço declarado e os:

I valores relativos a operações com condições comerciais semelhantes e usualmente praticados em importações ou exportações de mercadorias idênticas ou similares;

II valores relativos a operações com origem e condições comerciais semelhantes e indicados em cotações de preços internacionais, publicações especializadas, faturas comerciais pro forma, ofertas de venda, dentre outros;

III custos de produção da mercadoria;

IV valores de revenda no mercado interno, deduzidos os impostos e contribuições, as despesas administrativas e a margem de lucro usual para o ramo ou setor da atividade econômica.

§ 2º Os casos referidos à origem das mercadorias se aplicam também à origem não preferencial, nas hipóteses de suspeita de triangulação de mercadoria (circumvention) para subtrair-se à imposição de direitos comerciais (anti-dumping, salvaguardas e medidas compensatórias).

§ 3º Na caracterização das hipóteses dos incisos IV e V do caput, a autoridade fiscal aduaneira poderá considerar, entre outros, os seguintes fatos:

I importação ou exportação de mercadorias em volumes ou valores incompatíveis com as instalações físicas, a capacidade operacional, o patrimônio, os rendimentos, ou com a capacidade econômico-financeira do importador, adquirente ou exportador, conforme o caso;

II ausência de histórico de operações do sujeito passivo na unidade de despacho;

III opção questionável por determinada unidade de despacho, em detrimento de outras que, teoricamente, apresentariam maiores vantagens ao interveniente, tendo em vista a localização do seu domicílio fiscal, o trajeto e o meio de transporte utilizados ou a logística da operação;

IV existência de endosso no conhecimento de carga, ressalvada a hipótese de endosso bancário;

V conhecimento de carga consignado ao portador;

VI ausência de fatura comercial ou sua apresentação sem a devida assinatura, identificação do signatário e endereço completo do vendedor;

VII aquisição de mercadoria de fornecedor não fabricante:

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a sediado em país considerado paraíso fiscal ou zona franca internacional;

b cujo endereço exclusivo seja do tipo caixa postal; ou

c que apresente qualquer evidência de tratar-se de empresa de fachada.

Art. 3º A seleção das operações a serem submetidas ao procedimento especial previsto nesta Instrução Normativa poderá decorrer de decisão:

I do chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o local onde se encontrar a mercadoria sob suspeita, ou de qualquer servidor por ele designado; e

II da Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana), mediante direcionamento para o canal cinza de conferência aduaneira.

Capítulo II - Do procedimento

Art. 4º O procedimento especial de controle aduaneiro previsto nesta Instrução Normativa será instaurado pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) responsável mediante termo de início, com ciência da pessoa fiscalizada, contendo, dentre outras informações:

I as possíveis irregularidades que motivaram sua instauração; e

II as mercadorias ou declarações objeto do procedimento.

§ 1º O disposto no caput não afasta a possibilidade de que o procedimento especial venha a apurar suspeita de irregularidade, nos termos do artigo 1º, distinta daquela que motivou a instauração, ou a incluir outras operações, com a ciência do interessado, não especificadas no termo de início.

§ 2º No caso de mercadoria amparada por conhecimento de carga endossado em branco e ainda não submetida a despacho aduaneiro, o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável pela condução do procedimento especial intimará os intervenientes que considerar aptos a identificar o importador e, se for o caso, o adquirente ou encomendante.

Art. 5º A mercadoria submetida ao procedimento especial de controle de que trata esta Instrução Normativa ficará retida até a conclusão do correspondente procedimento de fiscalização.

Par. único A retenção da mercadoria antes de iniciado o despacho aduaneiro não prejudica a caracterização de abandono, quando for o caso, nem impede o registro da correspondente declaração por iniciativa do interessado. Neste caso, o despacho aduaneiro deverá ser imediatamente interrompido, prosseguindo-se com o procedimento especial.

Art. 6º O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável pelo procedimento especial de que trata esta Instrução Normativa poderá adotar as seguintes providências, dentre outras que considerar indispensáveis, nos termos da legislação em vigor:

I realizar diligência ou fiscalização no estabelecimento do interveniente, ou solicitar a sua realização, em caráter prioritário, à unidade de jurisdição aduaneira de zona secundária;

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II encaminhar à Coordenação-Geral de Relações Internacionais (Corin) pedido de requisição de informações à administração aduaneira do país do fornecedor ou ao adido aduaneiro e tributário nele localizado;

III solicitar laudo técnico para identificar a mercadoria, inclusive suas matérias-primas constitutivas e obter cotações de preços no mercado internacional;

IV iniciar procedimento para apurar a veracidade da declaração e autenticidade do certificado de origem das mercadorias, inclusive intimando o importador ou o exportador a apresentar documentação comprobatória sobre a localização, capacidade operacional e processo de fabricação para a produção dos bens importados;

V solicitar a movimentação financeira do importador, exportador, ou outro interveniente da operação e, se necessário, emitir a correspondente Requisição de Informação sobre a Movimentação Financeira (RMF); e

VI intimar o importador, exportador, ou outro interveniente na operação, a apresentar informações e documentos adicionais que se mostrem necessários ao andamento dos trabalhos, inclusive os relativos a outras operações de comércio exterior que tenha realizado, observado o disposto na legislação específica e o prazo decadencial.

Par. único Quando a autoridade competente para expedir a RMF não coincidir com a unidade responsável pela instauração do procedimento especial, aquela deverá encaminhar à esta as informações obtidas sobre a movimentação financeira.

Art. 7º Considerados a conveniência da administração e os recursos disponíveis, o Superintendente Regional da Receita Federal do Brasil poderá designar outra unidade da região fiscal para conduzir o procedimento especial de controle.

Art. 8º No caso de constatação de indícios de incompatibilidade entre os volumes transacionados no comércio exterior e a capacidade econômica e financeira da empresa, no decorrer do procedimento de que trata esta Instrução Normativa, a unidade responsável pelos trabalhos poderá representar à unidade de jurisdição do interessado para que esta avalie a possibilidade de aplicação do procedimento especial previsto na IN SRF nº 228, de 21 de outubro de 2002.

Capítulo III - Da conclusão

Art. 9º O procedimento especial previsto nesta Instrução Normativa deverá ser concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis por igual período.

§ 1º O curso dos prazos de que trata este artigo ficará suspenso:

I a partir da data da ciência do interessado de qualquer intimação, voltando a correr no dia do atendimento;

II nas hipóteses dos incisos II, III, IV e V do artigo 6º; casos em que a suspensão do prazo inicia-se no dia do efetivo recebimento do pedido pela Corin ou pelas pessoas referidas naquele artigo, voltando a correr no dia do recebimento de resposta pela unidade da RFB solicitante; e

III a partir da data da postagem ao fabricante, produtor ou vendedor do país exportador ou produtor de informações e documentos

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relacionados com a operação sob investigação, voltando a correr no dia do atendimento.

§ 2º A falta de atendimento da intimação a que se refere o § 1º, no prazo de sessenta dias contados da ciência, caracteriza omissão do importador para fins de declaração de abandono, conforme previsto na legislação, ensejando o encerramento do procedimento especial, observado o disposto no artigo 11.

Art. 10 Concluído o procedimento especial e comprovados os ilícitos, lavrar-se-á o correspondente auto de infração com proposta de aplicação da pena de perdimento das mercadorias objeto das operações correspondentes, nos termos da legislação vigente.

Art. 11 O encerramento do procedimento especial não prejudica a aplicação de penalidades às infrações constatadas, inclusive aquelas decorrentes da prática de qualquer ato por parte do importador, exportador, ou outro interveniente, que tenha impedido ou dificultado a condução do procedimento, ou a sua conclusão.

Par. único O ato previsto no caput deverá ser documentado por meio de termo de constatação, sem prejuízo de aplicação da multa prevista na alínea “c” do inciso IV do artigo 107 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, com redação dada pela Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

Capítulo IV - Das disposições finais

Art. 12 As representações para fins penais decorrentes da fiscalização na forma desta Instrução Normativa deverão observar as disposições da Portaria RFB nº 2.439, de 21 de dezembro de 2010.

Art. 13 O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil deverá instaurar procedimento administrativo próprio para apuração e aplicação das sanções pertinentes, sem prejuízo, quando for o caso, da correspondente representação fiscal para fins penais, na hipótese de participação do despachante aduaneiro ou de qualquer outro interveniente, conforme definido no § 2º do artigo 76 da Lei nº 10.833, de 2003, na prática da infração.

Art. 14 O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil deverá representar ao seu chefe imediato, com proposta de encaminhamento à unidade de jurisdição do contribuinte para que esta adote as providências necessárias à instauração do devido processo de investigação e auditoria, no caso de constatação de indícios de irregularidade no recolhimento dos tributos internos.

Art. 15 A Coana poderá editar atos complementares a esta Instrução Normativa, em especial quanto à:

I verificação de faturas e outros documentos no exterior;

II comprovação de origem das mercadorias nas investigações tendentes a coibir a triangulação de mercadorias (circumvention) para escapar à exigência de direitos comerciais;

III hipóteses nas quais poderão ser encaminhadas propostas de realização de diligência no país do fabricante, produtor ou vendedor estrangeiro, para fins de obtenção de informações; e

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IV verificação do enquadramento dos fatos às hipóteses que levaram ao direcionamento da declaração aduaneira para o canal cinza de seleção na importação, de forma preliminar à instauração de procedimento especial.

Art. 16 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 17 Ficam revogadas a Instrução Normativa SRF nº 52, de 8 de maio de 2001, e a Instrução Normativa SRF nº 206, de 25 de setembro de 2002.

Alterações anotadas.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.173, de 22 de julho de 2011

Publicada em 25 de julho de 2011

Dispõe sobre a habilitação dos Eventos a se realizarem nos meses de julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações Fifa 2013 e a Copa do Mundo Fifa 2014, e das pessoas físicas e jurídicas a eles relacionadas para efeito de fruição dos benefícios de que trata a Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto nos artigos 7º, 8º, 9º, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 22 da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, resolve:

Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a habilitação dos Eventos a se realizarem nos meses de julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações Fifa 2013 e a Copa do Mundo Fifa 2014, e das pessoas físicas e jurídicas a eles relacionadas para efeito de fruição dos benefícios de que trata a Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010.

§ 1º Consideram-se Eventos, para os efeitos desta Instrução Normativa, as Competições referidas no caput e as seguintes atividades a elas relacionadas, oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas ou apoiadas pela Fédération Internationale de Football Association (Fifa), pela Subsidiária Fifa no Brasil ou pelo Comitê Organizador Brasileiro Ltda. (LOC):

I os congressos da Fifa, banquetes, cerimônias de abertura, encerramento, premiação e outras cerimônias, sorteio preliminar, final e quaisquer outros sorteios, lançamentos de mascote e outras atividades de lançamento;

II seminários, reuniões, conferências, workshops e coletivas de imprensa;

III atividades culturais: concertos, exibições, apresentações, espetáculos ou outras expressões culturais, bem como os projetos Futebol pela Esperança (Football for Hope) ou projetos beneficentes similares;

IV partidas de futebol e sessões de treino; e

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V outras atividades consideradas relevantes para a realização, organização, preparação, marketing, divulgação, promoção ou encerramento das Competições.

Art. 2º A lista dos Eventos a se realizarem em julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações Fifa 2013 e a Copa do Mundo Fifa 2014, e a lista das pessoas físicas e jurídicas que neles atuarem deverão ser apresentadas à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) pela Fédération Internationale de Football Association (Fifa) ou pela Subsidiária Fifa no Brasil.

§ 1º A lista dos Eventos deverá conter nome, data e local de cada uma das atividades.

§ 2º A lista das pessoas físicas e jurídicas deverá conter:

I no caso de pessoa física, nome completo e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), ou, na inexistência, o número do passaporte e país de procedência; ou

II no caso de pessoa jurídica, nome empresarial e número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou, na sua ausência, o CPF do responsável.

§ 3º As listas deverão conter apenas os Eventos a se realizarem em julho e agosto de 2011 e as pessoas físicas e jurídicas a eles relacionados.

Art. 3º A RFB, com base nas listas referidas no artigo 2º, divulgará por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) editado pelo Secretário da Receita Federal do Brasil a relação dos Eventos e das pessoas físicas e jurídicas habilitadas à fruição dos benefícios de que trata a Lei nº 12.350, de 2010.

Par. único A publicidade do ato a que se refere o caput deverá ocorrer de forma consolidada no sítio da RFB, na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>, sendo dispensada a sua publicação no Diário Oficial da União.

Art. 4º Os benefícios de que trata o artigo 3º somente alcançam os Eventos e as respectivas operações a eles concernentes realizadas após a publicação do ADE.

Art. 5º Para fins de fruição da isenção dos tributos na importação, entende-se por bens consumidos os bens dos tipos e em quantidades normalmente utilizados em Eventos dessa magnitude.

§ 1º O conceito de bens consumidos estabelecido no caput não abrange veículos automotores em geral (motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motos aquáticas e similares, aeronaves e embarcações de todo tipo) e armas.

§ 2º As importações efetuadas na forma deste artigo não darão, em nenhuma hipótese, direito a crédito da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Art. 6º A isenção a que se refere o caput do artigo 3º não se aplica à importação de bens e equipamentos duráveis, os quais poderão ser admitidos no País sob o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, com suspensão do pagamento dos tributos incidentes sobre a importação.

§ 1º O benefício fiscal previsto no caput é aplicável aos seguintes bens duráveis:

I equipamento técnico-esportivo;

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II equipamento técnico de gravação e transmissão de sons e imagens;

III equipamento médico; e

IV equipamento técnico de escritório.

§ 2º Na hipótese prevista no caput, será concedida suspensão total dos tributos federais mencionados no § 1º do artigo 3º da Lei nº 12.350, de 2010, inclusive no caso de bens admitidos temporariamente no País para utilização econômica, observados os requisitos e as condições estabelecidos nos artigos 353 a 382 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009.

Art. 7º As listas de que trata o caput do artigo 2º deverão ser entregues na Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat) do Rio de Janeiro em meio eletrônico com cópia impressa.

Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.269, de 16 de maio de 2012

Publicada em 17 de maio de 2012

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens procedentes do exterior destinados à utilização na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto nos artigos 2º e 3º da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, no artigo 70 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, no artigo 9º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, nas Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, promulgada pelo Decreto nº 56.435, de 8 de junho de 1965 e na Convenção de Viena sobre Relações Consulares, promulgada pelo Decreto nº 61.078, de 26 de julho de 1967, no Acordo-Sede assinado entre a República Federativa do Brasil e a Organização das Nações Unidas (ONU), para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), e nos artigos 179, 353, 372, 547, 578, 579, 582 e 595 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, resolve:

Art. 1° A importação de bens de procedência estrangeira para utilização nos eventos previstos para ocorrerem no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), a realizar-se na cidade do Rio de Janeiro, no período de 13 a 22 de junho de 2012, obedecerá ao disposto nesta Instrução Normativa.

Par. único Os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa poderão ser aplicados aos despachos aduaneiros promovidos:

I pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) ou por seus órgãos subordinados;

II pelo Ministério da Defesa ou por seus órgãos subordinados;

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III pela Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências ou programas;

IV pelas Missões Diplomáticas e Repartições Consulares de caráter permanente;

V por Organismos Internacionais de caráter permanente, dos quais o Brasil seja membro;

VI por organizações, instituições e entidades credenciadas pela ONU ou pelo Comitê Nacional de Organização da Rio +20 (CNO Rio +20), para participar da Conferência;

VII por veículos de comunicação e profissionais da imprensa, credenciados previamente pela ONU para realizar a cobertura dos eventos mencionados no caput, dos bens necessários ao desempenho de suas atividades;

VIII pelos demais participantes previamente credenciados pela ONU ou CNO Rio +20, desde que não domiciliados no Brasil, de bens em quantidade e qualidade condizentes com a atividade a ser realizada no evento; e

IX por pessoa jurídica contratada por qualquer dos participantes constantes dos incisos anteriores como responsável pela logística e desembaraço aduaneiro dos bens, observado o disposto no artigo 808 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009.

CapítuloI - DO TRATAMENTO TRIBUTÁRIO

Seção I - Da Isenção

Subseção I - Da isenção aplicada às importações de caráter definitivo das Missões Diplomáticas, das Repartições Consulares e das Representações de Organismos Internacionais de caráter permanente

Art. 2º Será concedida isenção do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a importação de bens realizada:

I pelo Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa ou seus órgãos subordinados;

II pelas Missões Diplomáticas e Repartições Consulares de caráter permanente; e

III pelas representações de Organismos Internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro.

Par. único a isenção a que se refere o caput sujeita-se aos termos, limites e condições previstos no Decreto nº 6.759, de 2009, em especial nos seus artigos 139, 140 e 142 a 146.

Subseção II - Da isenção aplicada às mercadorias destinadas ao consumo nos recintos da Conferência Rio +20, e ao material promocional proveniente dos demais Estados-Partes do Mercosul

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Art. 3º Será concedida isenção do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação às mercadorias destinadas a consumo nos recintos da Conferência Rio +20, a título de promoção ou degustação, de montagem ou conservação de estandes, ou de demonstração de equipamentos em exposição.

§ 1º A isenção não se aplica a mercadorias destinadas a montagem de estandes, suscetíveis de serem aproveitadas depois do evento.

§ 2º É condição para o gozo da isenção que nenhum pagamento, a qualquer título, seja efetuado ao exterior, em relação às mercadorias mencionadas no caput.

§ 3º Os recintos da Conferência Rio +20 mencionados no caput são o Riocentro, o Parque dos Atletas, a Arena da Barra, o Museu de Arte Moderna, o Espaço Vivo Rio, o Pier Mauá, o Galpão da Cidadania e a Quinta da Boa Vista, localizados na cidade do Rio de Janeiro (RJ), além de outros indicados pela ONU ou pelo CNO Rio +20.

§ 4º Para fins do previsto no caput, deverá ser observado o disposto na Portaria MF no 107, de 15 de maio de 1996.

Art. 4º Aplicam-se os procedimentos previstos na Instrução Normativa SRF no 10, de 31 de janeiro de 2000, à importação de material promocional proveniente dos demais Estados-Partes do Mercosul.

Seção II - Da suspensão aplicada aos bens submetidos ao regime de admissão temporária

Art. 5º Os bens submetidos ao regime de admissão temporária poderão ingressar no País com suspensão total ou parcial do pagamento dos tributos federais, nos termos previstos na Instrução Normativa SRF nº 285, de 14 de janeiro de 2003.

§ 1° O regime de admissão temporária aplica-se a bens:

I importados em caráter temporário e sem cobertura cambial;

II adequados à finalidade para a qual foram importados; e

III utilizáveis em conformidade com o prazo de permanência e com a finalidade constantes do ato concessivo.

§ 2° Aplicam-se aos bens admitidos temporariamente os termos e condições previstos na Instrução Normativa SRF nº 285, de 2003.

CAPÍTULOII - DO DESPACHO ADUANEIRO

Seção I - Dos bens relacionados com a visita de dignitários estrangeiros ao País no período da Conferência Rio +20

Art. 6º Os bens procedentes do exterior integrantes da bagagem acompanhada dos participantes e dos assistentes de dignitários estrangeiros em visita ao País para participarem da Conferência Rio +20 serão submetidos ao regime especial de admissão temporária, com suspensão total do pagamento de tributos, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 469, de 10 de novembro de 2004.

§ 1º O disposto neste artigo estende-se aos bens destinados às atividades de apoio logístico à referida visita, tais como armas e munições dos agentes de segurança dos dignitários estrangeiros, veículos, aeronaves de asa rotativa, bens e

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equipamentos de comunicação, de informática e da imprensa oficial que acompanha a visita do dignitário.

§ 2º A concessão do regime de admissão temporária será realizada com base na declaração constante no Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 469, de 2004, que será emitida em duas vias e conterá a descrição genérica dos bens.

§ 3º O viajante ou responsável pelos bens admitidos temporariamente, quando do retorno dos bens ao exterior, deverá apresentar à autoridade aduaneira do local de saída a 1ª (primeira) via da declaração.

Art. 7º As informações referentes às armas e munições, trazidas para utilização pelos agentes de segurança do dignitário estrangeiro em visita ao País, deverão constar em declaração exclusiva e apartada daquela onde constam os demais bens sujeitos ao regime de admissão temporária.

§ 1º A declaração referida no caput deverá ser formulada no modelo constante do Anexo Único à Instrução Normativa SRF no 469, de 2004, e emitida em duas vias.

§ 2º Deverá ser informado na declaração, de que trata o § 1º, o tipo da arma, marca, calibre, número de série, quantidade de munição, bem como a identificação do agente portador e as informações relativas a sua chegada no território nacional e a sua partida deste.

§ 3º A concessão do regime de admissão temporária das armas e munições será autorizada à vista da apresentação do Porte Federal de Arma expedido pelo Departamento de Polícia Federal.

§ 4º O viajante ou o responsável pelas armas e munições admitidas temporariamente, quando do retorno dos bens ao exterior, deverá apresentar à autoridade aduaneira do local de saída a 1ª (primeira) via da declaração, de que trata o § 1º, bem como cópia do Porte Federal de Arma.

§ 5º As companhias aéreas deverão informar ao titular da unidade local da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), até o 5º (quinto) dia útil após o embarque das armas e munições, o nome do viajante, o no do seu passaporte e o voo de sua partida do País.

Art. 8º O disposto no artigo 6o aplica-se também aos bens e equipamentos dos membros da imprensa oficial que acompanharem a visita do dignitário e que chegarem ao País em qualquer meio de transporte internacional, ainda que diferente daquele da chegada do dignitário estrangeiro.

§ 1º O responsável pela Missão Diplomática em visita ao País deverá encaminhar à unidade da RFB de entrada os nomes dos membros da imprensa oficial e as informações da data e hora da chegada, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, caso estes cheguem em separado da comitiva oficial.

§ 2º O membro da imprensa oficial, quando do retorno dos bens ao exterior, deverá apresentar à autoridade aduaneira do local de saída a 1ª (primeira) via da correspondente declaração de admissão temporária.

Seção II - Da mala diplomática e dos bens importados ou exportados pelas Missões Diplomáticas, Repartições Consulares e Representações de Organismos Internacionais

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Art. 9º O despacho aduaneiro da mala diplomática, e dos bens importados com isenção, ou exportados pelas Missões Diplomáticas, Repartições Consulares e Representações de Organismos Internacionais será realizado com base na Instrução Normativa SRF nº 338, de 7 de julho de 2003, e na Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006.

§ 1º A mala diplomática está dispensada do despacho de importação e de exportação e será liberada pela autoridade aduaneira em procedimento sumário, à vista dos elementos de identificação ostensiva, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 338, de 2003.

§ 2º O reconhecimento da isenção será realizado pela autoridade aduaneira à vista de requisição do Ministério das Relações Exteriores.

Seção III - Do despacho de Admissão Temporária e de Importação para Consumo

Art. 10. Os despachos aduaneiros de admissão temporária e de importação para consumo poderão ser realizados com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI), mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 4o da Instrução Normativa SRF no 611, de 2006.

§ 1º Os despachos aduaneiros de que trata o caput poderão ser iniciados antes da chegada dos bens ao País, mediante o registro da correspondente DSI na unidade da RFB onde será processado o despacho aduaneiro.

§ 2º Os bens despachados para consumo na forma do caput deverão constar de formulário de DSI apartado do formulário utilizado para os bens submetidos ao regime aduaneiro de admissão temporária.

Art. 11. Nos despachos aduaneiros a que se refere o artigo 10 ficam dispensadas a apresentação da fatura comercial e a comprovação a que se refere o § 4º do artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.

Art. 12. Na hipótese de mercadoria submetida a controle específico a cargo de outros órgãos ou agências da administração pública federal, o responsável pelo despacho aduaneiro poderá dispensar a realização da verificação física, com base no relatório ou termo de verificação lavrado pela autoridade competente do órgão anuente.

Par. único O controle específico a que se refere o caput deverá ser realizado, nos termos da legislação específica que rege a matéria, anteriormente ao desembaraço da mercadoria.

Art. 13. A entrega da mercadoria ao importador poderá ser autorizada pelo titular da unidade da RFB ou pelo responsável pelo despacho antes de totalmente realizada a conferência aduaneira, em situações de comprovada impossibilidade de sua armazenagem em local alfandegado ou, ainda, em outras situações justificadas, tendo em vista a natureza da mercadoria ou as circunstâncias específicas da importação.

§ 1º Para fins do disposto no caput, deverão ser observadas as condições previstas nos § § 1º e 2º do artigo 47 da Instrução Normativa no 680, de 2006.

§ 2º O titular da unidade da RFB de despacho poderá autorizar, também, a requerimento do interessado, a dispensa de verificação física dos bens ou a sua

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realização em local diverso daquele onde se efetuar o respectivo despacho aduaneiro, quando a característica dos bens exija condições especiais de manuseio ou de conservação, ou, ainda, em outras situações justificadas.

Seção IV - Do despacho da bagagem acompanhada dos profissionais de imprensa e demais participantes, não residentes e credenciados pela ONU

Art. 14. Aplica-se o regime de admissão temporária aos bens e equipamentos trazidos como bagagem acompanhada pelos profissionais da imprensa e pelos demais participantes dos eventos referidos no artigo 1º, desde que não residentes no País e previamente credenciados pela ONU.

§ 1º A concessão do regime de admissão temporária de que trata o caput poderá ser realizada com base na declaração constante do Anexo Único à Instrução Normativa SRF no 469, de 2004, mediante descrição dos bens que inclua sua marca e modelo.

§ 2º A declaração referida no § 1º será apresentada em duas vias, devendo o desembaraço aduaneiro ser averbado em ambas, as quais terão a seguinte destinação:

I 1ª via, viajante; e

II 2ª via, unidade da RFB de entrada dos bens no País.

§ 3º Na hipótese prevista no § 1º não serão exigidos termo de responsabilidade ou prestação de garantia.

§ 4º Os credenciados pela ONU deverão comprovar essa condição para utilizar os procedimentos previstos neste artigo.

§ 5º O disposto neste artigo não impede a utilização da Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA) referida no artigo 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.059, de 2 de agosto de 2010.

Art. 15. O participante credenciado que tiver seus equipamentos e bens admitidos temporariamente nos termos do artigo 14, quando do retorno ao exterior, deverá apresentar à fiscalização aduaneira, na unidade da RFB que jurisdicione o local de saída do País, a 1ª (primeira) via da declaração que serviu de base para a concessão do regime de admissão temporária.

Par. único A autoridade aduaneira do local de saída deverá proceder às anotações pertinentes à formalização da baixa no regime e providenciar, se for o caso, o encaminhamento da documentação à autoridade aduaneira responsável pela concessão do regime.

CapítuloIII - DA ADMISSÃO TEMPORÁRIA

Seção I - Do prazo e da aplicação do regime

Art. 16. O prazo máximo de permanência dos bens no País ao amparo do regime será fixado por período que alcance não mais que os 30 (trinta) dias anteriores e os 90 (noventa) dias posteriores aos fixados para início e término dos eventos, prorrogável uma única vez por igual período, e será contado a partir do desembaraço aduaneiro para admissão da mercadoria.

Art. 17. As obrigações fiscais suspensas em decorrência da aplicação do regime serão constituídas em termo de responsabilidade.

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§ 1º Não será exigido termo de responsabilidade para os casos em que os bens sejam admitidos temporariamente com base na declaração constante do Anexo Único à Instrução Normativa SRF no 469, de 2004, e na Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), prevista na Instrução Normativa RFB no 1.059, de 2010.

§ 2º Os casos previstos no § 3º do artigo 8º da Instrução Normativa SRF nº 285, de 2003, estão dispensados da exigência de garantia.

§ 3º No caso de eventual descumprimento do regime, o crédito tributário será liquidado à vista dos elementos contidos na declaração que serviu de base ao despacho aduaneiro, bem como nos respectivos documentos de instrução.

Art. 18. Para fins de concessão e extinção do regime, a seleção para conferência aduaneira dos bens, a juízo da autoridade aduaneira responsável pelo desembaraço, poderá ser realizada por amostragem ou dispensada.

Art. 19. As aeronaves civis estrangeiras que não estejam em serviço aéreo internacional regular, nos termos do Decreto nº 97.464, de 20 de janeiro de 1989, serão submetidas ao regime de admissão temporária, nos termos do artigo 5º da Instrução Normativa SRF nº 285, de 2003.

Seção II - Da extinção da aplicação do regime

Art. 20. Aplicam-se as disposições contidas na Instrução Normativa SRF nº 285, de 2003, para fins de extinção do regime.

Par. único Nos casos de despacho para consumo, deverá ser informado, no campo "Informações Complementares" da DSI:

I o número da declaração que serviu de base para admissão no regime; ou

II a identificação do viajante, o número do seu passaporte e o seu país de origem, no caso de a admissão ter ocorrido por meio de DBA ou do formulário no modelo do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 469, de 2004.

Art. 21. O despacho aduaneiro de reexportação poderá ser realizado com base em Declaração Simplificada de Exportação (DSE), mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 31 da Instrução Normativa SRF nº 611, de 2006.

§ 1º Deverá ser informado, no campo "Informações Complementares" da DSE:

I o número da declaração que serviu de base para a admissão no regime dos bens objeto da reexportação; ou

II a identificação do viajante, o número do seu passaporte e o seu país de origem, no caso de a admissão no regime ter ocorrido por meio de DBA ou do formulário no modelo do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 469, de 2004.

§ 2º Quando o retorno dos bens ocorrer de forma parcelada, será indicado, ainda, que se trata de retorno parcial.

§ 3º No caso de retorno ao exterior, na condição de bagagem acompanhada, de bem admitido temporariamente, o viajante deverá apresentar à autoridade aduaneira, nos locais de atendimento da RFB localizados nos terminais de passageiros do aeroporto internacional de partida, cópia do documento que serviu de base para a

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concessão do regime acompanhada dos bens admitidos temporariamente, para que se proceda:

I às anotações pertinentes à formalização da saída; e

II ao encaminhamento à autoridade aduaneira responsável pela concessão do regime, para fins de baixa do respectivo termo de responsabilidade, se for o caso.

Art. 22. Extinta a aplicação do regime de admissão temporária, o respectivo termo de responsabilidade será baixado.

CapítuloIV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. O disposto nesta Instrução Normativa poderá ser aplicado a outros eventos, associados à Conferência Rio +20, previstos para ocorrerem no restante do País, no período de 13 a 22 de junho de 2012.

Art. 24. Os procedimentos previstos nesta Instrução Normativa não impedem a aplicação das medidas de fiscalização e controle aduaneiros determinadas pela legislação correlata, caso sua necessidade seja verificada.

Art. 25. Os Superintendentes da Receita Federal do Brasil, no âmbito de suas jurisdições, poderão expedir instruções complementares à aplicação do disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 26. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.282, de 16 de julho de 2012

Publicada em 17 de julho de 2012

Dispõe sobre a descarga direta e o despacho aduaneiro de importação de mercadoria transportada a granel.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto nos artigos 578 e 579 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, resolve:

Art. 1º A descarga direta e o despacho aduaneiro de mercadoria importada a granel, em portos e pontos de fronteira alfandegados, serão processados de acordo com os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa.

Par. único O despacho aduaneiro de mercadoria importada a granel com descarga direta será processado com base em declaração de importação (DI), na modalidade de registro antecipado.

Art. 2º A mercadoria importada a granel poderá ser descarregada do veículo procedente do exterior diretamente para pátios, tanques, silos ou depósitos de armazenamento, ou para outros veículos, sob controle aduaneiro.

§ 1º A descarga direta para outros veículos ou armazenamento em recinto não alfandegado deverá ser comunicada ao titular da unidade da Secretaria da Receita

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Federal do Brasil (RFB) que jurisdiciona o local da descarga, com antecedência mínima de dois dias úteis à data da descarga, acompanhada:

I da anuência ou manifestação da autoridade competente, no caso de mercadoria sujeita a controle de outro órgão; e

II de manifestação dos respectivos permissionários ou concessionários, atestando a incapacidade de recepção da mercadoria, na hipótese de existência, no porto alfandegado de descarga, de recintos alfandegados para armazenagem do correspondente tipo de carga a granel.

§ 2º A descarga direta estará automaticamente autorizada com a protocolização da comunicação a que se refere o § 1º, exceto para os importadores que tenham sido notificados quanto a descumprimento de prazos ou formalidades previstos nesta Instrução Normativa, em operações anteriores, conforme previsto no artigo 8º.

§ 3º Formalizada a entrada do veículo transportador a presença de carga será informada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) pelo:

I responsável pelo local alfandegado de descarga; ou

II importador, por meio do Número Identificador da Carga (NIC), nos casos de descarga direta para outros veículos ou armazenamento em recintos não alfandegados.

Art. 3º A entrega das mercadorias objeto de descarga direta e seu uso pelo importador, antes do desembaraço aduaneiro, estará automaticamente autorizada mediante a protocolização da comunicação emitida pelo técnico responsável, indicando a data e hora:

I do término dos trabalhos de apuração das quantidades a bordo do veículo transportador ou no local de armazenagem, e

II da retirada de amostras, quando solicitadas.

Art. 4º O desembaraço aduaneiro no Siscomex será realizado após a entrega dos documentos de instrução do despacho e da retificação da DI, observado o estabelecido no artigo 7º.

§ 1º Os documentos deverão ser apresentados no prazo de vinte dias, contados do término da descarga da mercadoria.

§ 2º Tratando-se de importação de petróleo e seus derivados, e de gás natural e seus derivados, o prazo referido no § 1º será de cinquenta dias.

§ 3º Para as importações referidas no § 2º, as indicações do lugar de destino e do preço do frete devem ser efetuadas pelo transportador no conhecimento de transporte eletrônico (CE) informado à RFB, por meio do Siscomex Carga, em caso de ausência dessas informações na via original do conhecimento de transporte.

Art. 5º A mensuração da quantidade de mercadoria descarregada será conduzida pela fiscalização, que poderá recorrer aos serviços prestados por peritos ou entidades privadas, especializadas, regularmente credenciadas pelas unidades locais da RFB, observados os critérios estabelecidos na norma específica que dispõe sobre a prestação de serviço de perícia para identificação e quantificação de mercadoria importada ou a exportar.

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§ 1º O titular da unidade da RFB com jurisdição sobre o local da descarga pode dispensar a designação de entidade ou perito, desde que seja possível efetuar a mensuração por meio de equipamentos automatizados de medição, eventualmente disponíveis.

§ 2º Para fins de controle aduaneiro, na importação de petróleo e seus derivados, e de gás natural e seus derivados, nos estados líquido e gasoso, considera-se apenas a quantidade líquida desses produtos, deduzindo-se água e sedimentos, proporcionalmente, da quantidade descarregada.

§ 3º Na importação de gás natural liquefeito, a diferença entre a quantidade manifestada e a quantidade efetivamente descarregada, descontada a quantidade remanescente a bordo, será imputada ao consumo no transporte e na manutenção da criogenia da embarcação.

§ 4º O valor da diferença a que se refere o § 3º:

I não será acrescido ao valor aduaneiro, quando a importação for realizada com responsabilidade contratual, para o vendedor, de entrega do gás natural liquefeito no porto de destino, desde que a parcela consumida no transporte e na manutenção da criogenia da embarcação esteja incluída no preço do produto.

II será acrescido ao valor aduaneiro, quando a importação for realizada com responsabilidade contratual, para o vendedor, de entrega do gás natural liquefeito no porto de origem, desde que a parcela consumida no transporte e na manutenção da criogenia da embarcação não esteja incluída no preço do produto.

§ 5º A quantificação do gás natural liquefeito será expressa em unidade energética, medida em milhões de unidades térmicas britânicas (MMBTU).

Art. 6º Fica dispensada a retificação da declaração de importação na hipótese de falta de mercadoria descarregada, relativamente à quantidade manifestada.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica quando:

I a retificação for decorrente de falta superior a cinco por cento em relação ao peso manifestado ou envolver alteração do valor cambial contratado; ou

II houver interesse justificado do importador em proceder a retificação.

§ 2º Para efeitos de aplicação do disposto no caput deste artigo, bem como das sanções aplicáveis pela diferença apurada, será levada em consideração a exclusão de água e sedimentos, mencionada no § 2º do artigo 5º.

Art. 7º Na hipótese de retificação da declaração de importação o importador deverá apresentar à unidade local da RFB responsável pelo despacho aduaneiro os documentos justificativos e, quando for o caso, do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) que comprove o recolhimento da diferença de impostos apurada, com os acréscimos legais previstos para os recolhimentos espontâneos, no prazo de vinte dias, contado do término da descarga da mercadoria, conforme § 1o do artigo 4o.

Par. único A diferença de imposto apurada pela fiscalização aduaneira, em procedimento de ofício, apos decorrido o prazo a que se refere o artigo anterior, bem assim

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aquelas apuradas no curso do despacho aduaneiro em razão de outras irregularidades constatadas, estarão sujeitas às penalidades previstas na legislação.

Art. 8º O descumprimento de prazo ou formalidade previstos nesta Instrução Normativa implicará na vedação à autorização automática prevista no § 2º do artigo 2º, nas importações subseqüentes do importador.

§ 1º A vedação referida no caput terá validade a partir da ciência pelo importador da notificação sobre o descumprimento que lhe deu origem.

§ 2º O restabelecimento da autorização automática deverá ser formalmente reconhecida pelo titular da unidade da RFB que jurisdiciona o local da descarga, após a comprovação da regularização da situação pelo importador.

Art. 9º O titular da unidade da RFB a que se refere o artigo 2º:

I disciplinará sobre as hipóteses em que serão necessárias a emissão de laudos e/ou a retirada de amostras;

II poderá reduzir o prazo a que se refere o § 1º do artigo 2º; e

III estabelecerá rotinas operacionais que atendam às necessidades e peculiaridades locais

Art. 10. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11. Fica revogada a Instrução Normativa SRF nº 175, de 17 de julho de 2002.

Alterações anotadas.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.293, de 21 de setembro de 2012

Publicada em 24 de setembro de 2012

Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 201; nº 1.363, de 5 de junho de 2013 e nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens procedentes do exterior destinados à utilização na Copa das Confederações Fifa 2013 e na Copa do Mundo Fifa 2014, de que trata a Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e XXVI do artigo 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no § 2º do artigo 3º, no § 3º do artigo 4º e no artigo 6º da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, resolve:

Art. 1° A importação de bens de procedência estrangeira para utilização na Copa das Confederações Fifa 2013, na Copa do Mundo Fifa 2014 e nas atividades relacionadas a essas competições, oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas ou apoiadas pela Fifa, pela Subsidiária Fifa no Brasil, pelo Comitê Organizador Brasileiro (LOC) ou pela Confederação Brasileira de Futebol

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(CBF), doravante denominadas Eventos, obedecerá às disposições da legislação aduaneira e, em especial, desta Instrução Normativa.

Par. único Os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa poderão ser aplicados aos despachos aduaneiros promovidos:

I pela Fifa;

II pela Subsidiária Fifa no Brasil;

III pelas Confederações Fifa;

IV pelas Associações estrangeiras membros da Fifa;

V por Parceiros Comerciais da Fifa domiciliados no exterior;

VI pela Emissora Fonte da Fifa;

VII por Prestadores de Serviço Fifa domiciliados no exterior; e

VIII por pessoa física ou jurídica contratada por qualquer dos participantes constantes dos incisos deste parágrafo único como responsável pela logística ou pelo desembaraço aduaneiro dos bens.

Capítulo I - DO TRATAMENTO TRIBUTÁRIO

Seção I - Da Isenção Aplicada às Mercadorias Destinadas ao Uso ou Consumo Exclusivo na Organização e Realização da Copa das Confederações Fifa 2013 e Copa do Mundo Fifa 2014

Art. 2º Será concedida isenção do Imposto de Importação (II), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, da taxa de utilização do Siscomex e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustíveis (CIDE-Combustíveis), às mercadorias destinadas ao uso ou consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos.

§ 1º A isenção não se aplica à importação de bens e equipamentos duráveis, exceto daqueles cujo valor unitário seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), considerando a unidade de medida estatística da respectiva classificação fiscal, apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT 1994).

§ 2º Considera-se durável, para efeitos do previsto neste artigo, o bem cuja vida útil seja superior a 1 (um) ano.

§ 3º As importações efetuadas na forma deste artigo não darão, em nenhuma hipótese, direito a crédito da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

§ 4º A isenção referida no caput não impede que os bens por ela abrangidos sejam submetidos ao regime aduaneiro especial de admissão temporária.

§ 5º São condições para o gozo da isenção:

I que a importação seja realizada por uma das pessoas mencionadas nos incisos I a VII do parágrafo único do artigo 1º, ainda que por meio de operador logístico; e

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II que o importador esteja habilitado a operar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), nos termos do Capítulo II desta Instrução Normativa.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 6º No caso de cobrança da taxa de utilização do Siscomex, o valor pago indevidamente será restituído nos termos da legislação específica.

§ 7º Fica vedada a possibilidade de compensação dos créditos gerados pela cobrança da taxa referida no § 6º.

§ 8º Na hipótese de importação por meio de operador logístico contratado por pessoa relacionada nos incisos III ou IV do parágrafo único do artigo 1º que não esteja habilitada ao gozo dos benefícios fiscais na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.289, de 4 de setembro de 2012, o operador logístico deverá:

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

I identificar o contratante no campo “Informações Complementares” da Declaração de Importação (DI) ou da Declaração Simplificada de Importação (DSI); e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

II fazer prova: Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

a da habilitação própria na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.289, de 2012; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

b da relação contratual que o legitima a promover a importação de interesse da contratante.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

Art. 3º Aplicam-se os procedimentos previstos na Instrução Normativa SRF nº 10, de 31 de janeiro de 2000, à importação de material promocional proveniente dos demais Estados-Partes do Mercosul.

Seção II - Da Suspensão Aplicada aos Bens Submetidos ao Regime de Admissão Temporária

Art. 4º Os bens e equipamentos importados para os Eventos, inclusive os destinados a utilização econômica, pelas pessoas referidas no parágrafo único do artigo 1º poderão ser admitidos no País sob o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, com suspensão total do pagamento dos tributos federais mencionados no caput do artigo 2º, observado o disposto no artigo 8º desta Instrução Normativa e na legislação específica.

§ 1º O tratamento tributário previsto no caput é aplicável aos seguintes bens duráveis:

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I equipamento técnico-esportivo;

II equipamento técnico de gravação e transmissão de sons e imagens;

III equipamento médico;

IV equipamento técnico de escritório; e

V outros bens duráveis, desde que relacionados diretamente com os Eventos.

§ 2º Na hipótese de que trata o caput, as obrigações fiscais correspondentes aos tributos com suspensão do pagamento deverão ser constituídas em termo de responsabilidade.

§ 3º A prestação de garantias correspondentes às obrigações fiscais constituídas em termo de responsabilidade, na forma do § 2º, poderá ser dispensada mediante o cumprimento do disposto no artigo 13.

Capítulo II - DO DESPACHO ADUANEIRO

Art. 5º As pessoas relacionadas nos incisos I a VIII do parágrafo único do artigo 1º, habilitadas segundo a legislação específica, para fruir dos benefícios fiscais previstos na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, deverão ser habilitadas, também, para operar no Siscomex, ressalvada a hipótese de importação com base no regime de admissão temporária.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 1º As Associações estrangeiras membros da Fifa que participarão das competições serão habilitadas de ofício para operar no Siscomex.

§ 2º Nos casos de importações promovidas por Parceiro Comercial da Fifa sem base temporária de negócios no País, o requerimento de habilitação para operar no Siscomex poderá ser efetuado pela própria Fifa ou por uma de suas subsidiárias no Brasil.

Art. 6º A entidade que contratar pessoa relacionada no inciso VIII do parágrafo único do artigo 1º para promover a importação de bens destinados a utilização nos Eventos, por encomenda ou por conta e ordem de terceiros, deverá observar o previsto no artigo 2º da Instrução Normativa SRF nº 634, de 24 de março de 2006, e no artigo 2º da Instrução Normativa SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002, respectivamente, ressalvada a hipótese referida no § 8º do artigo 2º desta Instrução Normativa.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Par. único No caso previsto no caput, o registro da Declaração de Importação (DI) pelo contratado ficará condicionado à prévia habilitação do adquirente ou encomendante na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.289, de 2012, e à habilitação deste e do importador no Siscomex.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 7º O viajante que estiver portando equipamentos e bens admitidos temporariamente nos termos do artigo 18, quando do retorno ao exterior, deverá apresentar à

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fiscalização aduaneira, na unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) que jurisdicione o local de saída dos bens do País, a 1ª (primeira) via da declaração que serviu de base para a concessão do regime de admissão temporária ou informar na Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV), de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.385, de 15 de agosto 2013, sua saída do País.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 8º As mercadorias importadas para os Eventos pelas pessoas referidas no parágrafo único do artigo 1º poderão ser objeto de registro antecipado da Declaração de Importação.

Art. 9º Os despachos aduaneiros de admissão temporária e de importação para consumo dos bens a serem utilizados nos Eventos ficam dispensados da apresentação de fatura comercial e da comprovação a que se refere o § 4º do artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.

Art. 10 As disposições previstas na Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006, e na Instrução Normativa SRF nº 680, de 2006, aplicam-se aos despachos realizados pelas pessoas relacionadas nos incisos I a VIII do parágrafo único do artigo 1º, naquilo que não contrariar o disposto nesta Instrução Normativa.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Par. único A utilização do formulário DSI de que trata o artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 611, de 2006, fica restrita à hipótese de importação com base no regime de admissão temporária.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

Art. 11 Os despachos de exportação e de reexportação deverão ser formulados em Declaração de Exportação (DE), Declaração Simplificada de Exportação (DSE) ou Declaração Simplificada de Exportação Formulário (DSE-formulário) prevista na Instrução Normativa SRF nº 611, de 2006, conforme o caso.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 1º A exportação de bens duráveis adquiridos no mercado interno, com a isenção do IPI referida no § 1º do artigo 14 da Lei nº 12.350, de 2010, deverá ser instruída com a nota fiscal emitida pelo exportador ou com a nota fiscal de sua aquisição no País.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 2º A exportação de bens nacionalizados deverá ser instruída, alternativamente ao documento previsto no inciso I do caput do artigo 16 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 27 de abril de 1994, com a nota fiscal do exportador ou com a declaração de importação dos bens.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

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Capítulo III - DA ADMISSÃO TEMPORÁRIA

Seção I - Do Prazo e da Aplicação do Regime

Art. 12. O Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária aplica-se aos bens:

I importados em caráter temporário;

II adequados à finalidade para a qual foram importados; e

III utilizáveis em conformidade com o prazo de permanência e com as finalidades previstas na Lei nº 12.350, de 2010.

Par. único O disposto neste Capítulo não impede que as pessoas relacionadas no parágrafo único do artigo 1º apliquem o regime de admissão temporária apenas com base nas regras previstas na Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 21 de maio de 2013.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

Art. 13. A dispensa de prestação de garantias dos tributos suspensos, de que trata o § 3º do artigo 4º, estará condicionada à realização dos despachos por intermédio de despachante aduaneiro ou à contratação, pelas pessoas referidas nos incisos de I a VII do parágrafo único do artigo 1º, de operador logístico habilitado no Siscomex.

Art. 14 A aplicação do regime de admissão temporária a bens destinados aos Eventos, quando importados por pessoas distintas daquelas relacionadas no parágrafo único do artigo 1º, obedecerá ao disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 2013.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 15 A data limite para permanência dos bens no País ao amparo do regime de que trata este Capítulo é 28 de junho de 2016.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 16. A admissão temporária de bens ao amparo desta Instrução Normativa será concedida pela própria Autoridade Aduaneira responsável pelo despacho de importação, mediante o simples desembaraço da respectiva Declaração de Importação.

§ 1º A concessão do regime de que trata o caput deverá ser solicitada previamente ao registro da respectiva Declaração de Importação por meio de processo administrativo eletrônico (e-processo) instruído com o formulário previsto no Anexo II a esta Instrução Normativa.

§ 2º Os documentos de instrução do despacho de admissão temporária deverão ser digitalizados e anexados ao e-processo referido no § 1º.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 3º Fica dispensada a apresentação do instrumento de contrato referido no inciso I do § 1º do artigo 16 da Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 2013.

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Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 17. A declaração de importação registrada para admissão temporária de bens de que trata esta Instrução Normativa deverá estar vinculada ao processo eletrônico, e-processo, mencionado no § 1º do artigo 16.

§ 1º Do indeferimento do pedido de concessão do regime de admissão temporária, baseado em decisão fundamentada constante do processo eletrônico (e-processo) vinculado, caberá, no prazo de até trinta dias, a apresentação de recurso voluntário, em última instância, à autoridade hierarquicamente superior à que proferiu a decisão.

§ 2º Mantido o indeferimento, inclusive nos casos de não apresentação de recurso, o titular da Unidade da RFB responsável pelo despacho aduaneiro poderá autorizar o cancelamento da Declaração de Importação ou da Declaração Simplificada de Importação (DSI) que serviu de base para solicitação do regime.

Seção I-A - Da Admissão Temporária de Bens de Delegações Estrangeiras Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

Art. 17-A Aplica-se o regime de admissão temporária aos bens trazidos pelas entidades relacionadas no inciso IV do parágrafo único do artigo 1º, como também aos bens a elas destinados, inclusive consumíveis.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 17-B. O despacho aduaneiro para admissão no regime de que trata o artigo 17-A poderá ser realizado com base em DSI, mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

Art. 17-C As obrigações fiscais suspensas em decorrência da aplicação do regime aos bens referidos no artigo 17-A serão constituídas em termo de responsabilidade, conforme o modelo constante do Anexo III desta Instrução Normativa, dispensada a exigência de garantias.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 17-D. O preenchimento dos campos constantes dos formulários da DSI referidos no artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 611, de 2006, relativos aos valores dos tributos incidentes na importação, bem como o respectivo demonstrativo de cálculos, fica dispensado na hipótese de que trata o artigo 17-A.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

Art. 17-E. A DSI para admissão temporária de que trata o artigo 17-B deverá estar vinculada a processo administrativo eletrônico (e-processo) e instruída com a documentação pertinente.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

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Art. 17-F. O disposto nesta Seção não impede a fruição das isenções de que trata o artigo 2º mediante o registro no Siscomex de DI ou de DSI para consumo.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

“Seção II-A - Da Bagagem Acompanhada dos Integrantes de Delegações Esportivas” (NR)

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 18. Aplica-se o regime de admissão temporária aos bens e equipamentos trazidos como bagagem acompanhada pelos profissionais:

I da imprensa, participantes dos Eventos referidos no caput do artigo 1º, não residentes no País; e

II técnicos de instalação, operação e manutenção, não residentes no País.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 1º A concessão do regime de admissão temporária de que trata o caput deverá ser realizada com base na e-DBV ou na Declaração de Bens de Viajante (DBV-formulário), na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.385, de 15 de agosto de 2013.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

§ 2º A declaração referida no § 1º será apresentada em duas vias, devendo o desembaraço aduaneiro dos bens declarados ser averbado em ambas, as quais terão a seguinte destinação:

I 1 ª (primeira) via, viajante; e

II 2 ª (segunda) via, unidade da RFB de entrada dos bens no País.

§ 3º Na hipótese prevista no § 1º não serão exigidos termo de responsabilidade e prestação de garantia.

§ 4º O dinheiro em espécie pertencente aos profissionais de que trata esta Seção, se superior ao montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou o seu equivalente em outras moedas, poderá ser declarado na DBV-formulário.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

Art. 18-A Os bens trazidos como bagagem acompanhada pertencentes à delegação esportiva poderão ser despachados conjuntamente por um de seus integrantes, segundo o procedimento previsto na Instrução Normativa RFB nº 1.059, de 2 de agosto de 2010, não se aplicando a vedação expressa em seu artigo 4º.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.363, de 5 de junho de 2013.

§ 1º Na hipótese de que trata o caput:

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.363, de 5 de junho de 2013.

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I o limite de dispensa previsto no § 2º do artigo 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.059, de 2010, para apresentação da DBV-formulário, será multiplicado pelo número de integrantes da delegação, ressalvada a manutenção da obrigação de declarar os bens de valor unitário superior ao valor expresso naquele dispositivo; e

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

II os limites quantitativos referidos no § 1º do artigo 33 da Instrução Normativa RFB nº 1.059, de 2010:

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.363, de 5 de junho de 2013.

a serão multiplicados pelo número de integrantes da delegação nos casos dos seus incisos I a IV; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.363, de 5 de junho de 2013.

b não serão aplicados nos casos dos seus incisos V e VI. Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.363, de 5 de junho de 2013.

§ 2º A delegação de que trata o caput está dispensada de relacionar na DBV-formulário ou na DBA, conforme o caso, os equipamentos médicos procedentes do exterior para seu uso exclusivo, desde que:

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

I os equipamentos tenham sido autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos termos da Resolução RDC nº 2, de 4 de janeiro de 2013, ou daquela que lhe vier substituir; e

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

II seja anexada à declaração cópia do Termo de Responsabilidade na forma do Anexo II da Resolução mencionada no inciso I, contendo a tabela com os equipamentos e materiais autorizados pela Anvisa, à qual deverá ser acrescentada uma coluna à direita com seus respectivos valores.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

§ 3º A dispensa de que trata o § 2º não alcança os equipamentos não médicos, que deverão ser relacionados na DBV-formulário, caso a delegação não esteja dispensada de fazê-lo nos termos do § 1º.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

Art. 19 O dinheiro em espécie pertencente à delegação, se superior ao montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou o seu equivalente em outras moedas, deverá ser declarado na DBVformulário.

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Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Seção III - Da Extinção da Aplicação do Regime

Art. 20 Aplicam-se as disposições contidas na Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 2013, para fins de extinção do regime concedido nos termos desta Instrução Normativa, sem prejuízo da conversão da suspensão em isenção nas hipóteses previstas na Lei nº 12.350, de 2010.

Alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Art. 20-A. Na hipótese prevista no artigo 17-A, a admissão temporária deverá ser extinta pelo beneficiário até a data determinada pelo artigo 15.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

§ 1º Os bens consumidos no País deverão ser despachados para consumo durante a vigência do regime de admissão temporária, com base em DI ou DSI eletrônica.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

§ 2º O despacho aduaneiro de reexportação poderá ser realizado com base em Declaração Simplificada de Exportação (DSE), mediante a utilização dos formulários de que trata o artigo 31 da Instrução Normativa SRF nº 611, de 2006.

Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.345, de 12 de abril de 2013.

Capítulo IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 21. O disposto nesta Instrução Normativa poderá ser aplicado aos bens destinados aos Eventos já admitidos temporariamente no País, dentro do prazo previsto no artigo 62 da Lei nº 12.350, de 2010, mediante solicitação do interessado.

Par. único O procedimento previsto no caput deverá ser efetuado observando os procedimentos previstos na Instrução Normativa SRF nº 121, de 11 de janeiro de 2002.

Art. 22. Os procedimentos previstos nesta Instrução Normativa não impedem a aplicação das medidas de fiscalização e controle aduaneiros determinadas pela legislação correlata, caso sua necessidade seja verificada.

Art. 23. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Anexos

Anexo I - (Incluído por Retificação no DOU de 26-09-2012) Revogado pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014.

Anexo II - (Incluído por Retificação no DOU de 26-09-2012)

Anexo III - Termo de Responsabilidade Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.456, de 10 de março de 2014

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Instrução Normativa RFB nº 1.318, de 15 de janeiro de 2013

Publicada em 16 de janeiro de 2013

Dispõe sobre a utilização de formulário de declaração simplificada de importação, no caso em que especifica.

A Secretária da Receita Federal do Brasil Substituta, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e XXVI do artigo 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no inciso II do § 2º do artigo 551 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, resolve:

Art. 1° O despacho aduaneiro para admissão temporária de bens destinados à 9ª edição da Feira Internacional de Defesa e Segurança - Latin America Aero & Defence (LAAD DEFENCE & SECURITY), a ser realizada no período de 9 a 12 de abril de 2013, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), poderá ser processado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI), mediante a utilização dos formulários de que trata o caput do artigo 4º da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Zayda Bastos Manatta

Instrução Normativa RFB nº 1.381, de 31 de julho de 2013

Publicada em 1º de agosto de 2013

Dispõe sobre procedimentos simplificados para o despacho aduaneiro de importação e exportação de petróleo bruto, gás natural, seus derivados e biocombustíveis, nos casos em que especifica.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e XXVI do artigo 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no caput do artigo 52 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, e nos artigos 578, 579 e 595 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, resolve:

Art. 1º O embarque, o desembarque e os despachos aduaneiros de exportação e de importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e biocombustíveis poderão ser realizados em conformidade com os procedimentos simplificados estabelecidos nesta Instrução Normativa.

CAPÍTULO I - DA HABILITAÇÃO

Art. 2º A utilização dos procedimentos simplificados para embarque, desembarque e despachos aduaneiros de exportação e importação das mercadorias referidas no artigo 1º depende de prévia habilitação pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

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§ 1º Poderá ser habilitado a adotar os procedimentos simplificados previstos nesta Instrução Normativa a empresa ou o consórcio de empresas autorizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) a exercer a atividade de exportação ou importação das mercadorias referidas no artigo 1º.

§ 2º São requisitos para a habilitação:

I comprovação de autorização da ANP para exercer uma ou ambas as atividades relacionadas no § 1º, conforme o caso, nos termos da legislação específica;

II comprovação de regularidade fiscal quanto aos tributos administrados pela RFB e à Dívida Ativa da União administrada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN);

III participação em contrato de concessão, de autorização ou de cessão, ou em regime de partilha para exercer, no País, a atividade de exploração de petróleo, especificamente para o caso de habilitação para exportação desse produto; e

IV autorização da Marinha do Brasil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ou do órgão estadual competente em matéria de meio ambiente, para realização de transbordo em áreas marítimas, quando essa operação for o meio a ser utilizado para embarque ou desembarque da mercadoria.

§ 3º A regularidade fiscal a que se refere o inciso II do § 2º será verificada em procedimento interno da RFB, caso a interessada não apresente as respectivas certidões válidas.

§ 4º Considera-se transbordo, para efeitos desta Instrução Normativa, a transferência direta de mercadoria de um navio para outro, posicionados lado a lado, estejam em berço, fundeados ou em movimento, sendo o navio responsável pelo transporte internacional denominado navio-mãe, e o outro denominado navio aliviador.

Art. 3º O requerimento de habilitação deverá ser apresentado à unidade de despacho aduaneiro da RFB mais próxima da área onde ocorrerá o embarque ou o desembarque das mercadorias referidas no artigo 1º, acompanhado dos seguintes documentos:

I cópia do ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedade empresária, ou, no caso de sociedade empresária constituída como sociedade por ações, cópia dos documentos que atestem o mandato de seus administradores;

II cópia do ato de constituição do consórcio de empresas, se for o caso, indicando os números de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do consórcio e das empresas participantes; e

III documentos que comprovem o atendimento dos requisitos estabelecidos no § 2º do artigo 2º, observado o disposto no § 3º do mesmo artigo.

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§ 1º Na hipótese de perda de validade, substituição ou atualização de documento referido neste artigo, o requerente deverá apresentar, em 30 (trinta) dias úteis, o documento válido ou atualizado à autoridade aduaneira, para ser juntado ao processo administrativo de habilitação.

§ 2º O requerimento a que se refere o caput deverá indicar:

I o endereço e o número de inscrição no CNPJ da empresa ou do consórcio requerente, neste último caso com os dados das empresas participantes;

II o endereço e o número de inscrição no CNPJ do estabelecimento comercial exportador ou importador, indicado pelo requerente;

III as atividades a serem realizadas, se importação ou exportação e, nesse último caso, a operação utilizada para embarque da mercadoria, nos termos do artigo 7º;

IV as mercadorias abrangidas, dentre aquelas referidas no artigo 1º;

V a indicação da área marítima autorizada para realização de transbordo, nos termos do inciso IV do § 2º do artigo 2º, caso a operação seja utilizada para embarque ou desembarque da mercadoria; e

VI a relação das unidades de produção ou estocagem de petróleo, no mar, e respectivas localizações geográficas, caso o requerimento seja referente à exportação de petróleo bruto.

§ 3º O Superintendente da Receita Federal do Brasil da Região Fiscal com jurisdição sobre a unidade da RFB referida no caput poderá designar outra unidade da RFB de despacho para proceder à habilitação e aos respectivos despachos aduaneiros.

Art. 4º A habilitação será outorgada por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) do titular da unidade da RFB a que se refere o caput do artigo 3º.

Par. único O ADE referido no caput deverá indicar todos os dados detalhados no § 2º do artigo 3º, o número do processo administrativo de habilitação, além de prever o caráter precário da habilitação.

CAPÍTULO II - DO DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃO

.....

CAPÍTULO III - DO DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO

Art. 10 O despacho aduaneiro de importação das mercadorias a que se refere o artigo 1º, na forma desta Instrução Normativa, será processado pela unidade da RFB prevista no caput do artigo 3º, observando-se subsidiariamente os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa RFB nº 1.282, de 16 de julho de 2012.

§ 1º No caso de descarga para mais de um navio aliviador, será registrada uma Declaração de Importação (DI) para cada parcela de carga transbordada.

§ 2º Nas importações realizadas na forma do § 1º, será apresentada à autoridade aduaneira responsável pelo despacho a fatura comercial referente à carga transportada pelo navio-mãe.

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Art. 11 Não será exigida a apresentação de conhecimento de carga acobertado por Conhecimento Eletrônico (CE), informado à autoridade aduaneira na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 800, de 27 de dezembro de 2007.

Seção I - Da Autorização para Desembarque

Art. 12 Os desembarques das mercadorias a que se refere o artigo 1º, na forma prevista no artigo 13, serão autorizados para a empresa habilitada mediante a protocolização de requerimento de desembarque à unidade da RFB de despacho aduaneiro, acompanhado de cópia dos documentos relativos:

I à qualificação do transportador pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) como empresa brasileira de navegação (EBN), se for o caso;

II à certificação da embarcação pela Internacional Maritime Organization (IMO) para realização de operações para transbordo (ship to ship); e

III à Declaração de Importação (DI) no Siscomex, que será objeto de registro antecipado.

§ 1º O requerimento de que trata o caput deverá ser apresentado com antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis à data do desembarque, e deverá conter as seguintes informações:

I número do processo referente à habilitação para os procedimentos de que trata esta Instrução Normativa;

II números das correspondentes Declarações de Importação;

III identificação da embarcação e do transportador;

IV local e data do transbordo; e

V datas e locais previstos para a posterior descarga da mercadoria do navio aliviador.

§ 2º A unidade da RFB de despacho aduaneiro poderá suspender a autorização de desembarque mediante comunicação ao interessado.

§ 3º O navio aliviador não poderá deixar o local de desembarque antes da quantificação das mercadorias a que se refere o artigo 15.

§ 4º O laudo referente à mensuração deverá ser apresentado à fiscalização aduaneira no prazo de até 5 (cinco) dias úteis após o término do transbordo da parcela objeto da Declaração de Importação (DI).

§ 5º A unidade da RFB a que se refere o caput poderá fixar prazo menor do que o previsto no § 1º.

Seção II - Do Desembarque

Art. 13 O desembarque das mercadorias a que se refere o artigo 1º, no curso da importação referida no artigo 10, poderá ocorrer mediante transbordo, nas áreas marítimas autorizadas e descritas no ADE de habilitação.

Par. único O navio aliviador, na hipótese de que trata este artigo, poderá:

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I descarregar a mercadoria em terminal alfandegado, em conclusão da viagem internacional; ou

II dar início à viagem de cabotagem, com a mercadoria nacionalizada.

Art. 14 O navio aliviador contratado por empresa habilitada na forma desta Instrução Normativa poderá se dirigir para área marítima autorizada para realização de operação de transbordo, dispensado de formalidade aduaneira.

CAPÍTULO IV - DOS PROCEDIMENTOS DE QUANTIFICAÇÃO

Art. 15 A quantificação das mercadorias a que se refere o artigo 1º será feita de acordo com os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa RFB nº 1.020, de 31 de março de 2010.

§ 1º Em todas as operações de transbordo na exportação, o navio-mãe deverá ser quantificado em área de fundeio ou na área marítima autorizada para sua realização.

§ 2º A quantificação do navio aliviador será dispensada na exportação.

§ 3º Em todas as operações de transbordo na importação, o navio aliviador deverá ser quantificado em área de fundeio ou na área marítima autorizada para sua realização.

§ 4º A quantificação do navio-mãe será dispensada na importação.

§ 5º A quantificação do navio aliviador será dispensada na importação no caso em que este seja utilizado exclusivamente para descarregar a mercadoria em terminal para despacho aduaneiro.

§ 6º Ficam dispensados o acompanhamento do procedimento de quantificação e a verificação da mercadoria pela autoridade aduaneira para o navio-mãe e o navio aliviador.

§ 7º O chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro poderá determinar o acompanhamento fiscal do procedimento de quantificação.

Art. 16 As despesas de transporte, remuneração de peritos e outras necessárias ao processamento dos despachos aduaneiros de que trata esta Instrução Normativa serão de responsabilidade exclusiva do exportador ou do importador.

§ 1º O deslocamento até a unidade de produção ou estocagem de petróleo ou até o local em que ocorrer a operação de transbordo será realizado pela via de transporte mais adequada à situação, consultada a unidade da RFB de despacho aduaneiro.

§ 2º A unidade da RFB de despacho aduaneiro deverá divulgar e manter atualizada, para as empresas habilitadas aos procedimentos simplificados de que trata esta Instrução Normativa, a escala de trabalho dos peritos, a fim de que providenciem o deslocamento do profissional para unidade ou área de embarque.

CAPÍTULO V - DO DESCUMPRIMENTO DE REQUISITOS E CONDIÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO

Art. 17 No caso de descumprimento de requisitos ou condições estabelecidos nesta Instrução Normativa, o beneficiário será notificado para regularizar sua situação

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e estará sujeito à aplicação das penalidades previstas no artigo 76 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

§ 1º Enquanto não providenciada a regularização a que se refere o caput, o beneficiário não poderá utilizar o procedimento simplificado previsto nesta Instrução Normativa.

§ 2º As penalidades aplicadas não dispensam o beneficiário do cumprimento das obrigações previstas nesta Instrução Normativa, nem prejudicam a aplicação de outras penalidades cabíveis e a representação fiscal para fins penais, quando for o caso.

Art. 18 A advertência e a suspensão da habilitação serão aplicadas mediante despacho fundamentado do titular da unidade da RFB responsável pela habilitação.

Par. único A suspensão implica vedação temporária, por parte da empresa, de utilizar os procedimentos simplificados previstos nesta Instrução Normativa.

Art. 19 O cancelamento da habilitação será aplicado mediante ADE do titular da unidade da RFB responsável pela habilitação e implica vedação:

I de aplicação dos procedimentos simplificados previstos nesta Instrução Normativa; e

II de nova habilitação, pelo prazo de 1(um) ano, contado da data de aplicação da sanção.

CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20 O disposto nesta Instrução Normativa não elide a faculdade de a fiscalização aduaneira realizar, em qualquer tempo e lugar, as verificações que entenda necessárias para confirmar a regularidade das operações.

Art. 21 A empresa ou o consórcio de empresas habilitado aos procedimentos para exportação na forma da Instrução Normativa RFB nº 1.198, de 30 de setembro de 2011, fica automaticamente habilitado aos procedimentos simplificados para a importação, desde que devidamente autorizado pela ANP, na forma do inciso I do § 2º do artigo 2º, e desde que as áreas de transbordo sejam as mesmas da exportação.

Art. 22 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 23 Fica revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.198, de 30 de setembro de 2011.

Alterações anotadas.

Carlos Alberto Freitas Barreto

Instrução Normativa RFB nº 1.401, de 9 de outubro de 2013

Publicada em 11 de outubro de 2013

Dispõe sobre o cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação. Revoga a Instrução Normativa SRF nº 572, de 22 de novembro de 2005.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, substituto, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e XVI do artigo 280 do Regimento Interno da

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Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no artigo 7º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, resolve:

Art. 1º Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas:

I na importação de bens sujeitos a alíquota específica, a alíquota da contribuição fixada por unidade do produto multiplicada pela quantidade importada;

II na importação de bens não abrangidos pelo inciso anterior, a alíquota da contribuição sobre o Valor Aduaneiro da operação;

III na importação de serviços:

onde,

V = o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do imposto de renda

c = alíquota da Contribuição para o Pis/Pasep-Importação

d = alíquota da Cofins-Importação

f = alíquota do Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza

Art. 2º Fica revogada a Instrução Normativa SRF nº 572, de 22 de novembro de 2005.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Luiz Fernando Teixeira Nunes

Instrução Normativa RFB nº 1.432, de 26 de dezembro de 2013

Publicada em 27 de dezembro de 2013

Dispõe sobre o registro especial a que estão sujeitos os produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, estabelecimentos comerciais atacadistas e importadores de bebidas alcoólicas, e sobre o selo de controle a que estão sujeitos esses produtos, e dá outras providências.

O Secretário da Receita Federal do Brasil, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no artigo 46 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, no § 6º do artigo 1º do Decreto-Lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, no artigo 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, artigo 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, no artigo 60 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, e nos artigos 284 a 322 e 336 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010 - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (Ripi), resolve:

.....

Capítulo II - Do Selo de Controle

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Seção I - Das Bebidas Sujeitas ao Selo de Controle

Art. 14 Estão sujeitos ao selo de controle os produtos relacionados no Anexo I, quando:

.....

II de procedência estrangeira, entrados no País.

.....

Seção II - Das Exceções à Exigência de Selagem

Art. 16 O selo de controle não será aplicado nas bebidas relacionadas no Anexo I:

.....

III procedentes do exterior, observadas as restrições da legislação aduaneira específica, quando:

a importadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de carreira e de caráter permanente ou pelos respectivos integrantes;

b importadas pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, ou por seus integrantes;

c introduzidas no País como amostras ou remessas postais internacionais, sem valor comercial;

d introduzidas no País como remessas postais e encomendas internacionais destinadas à pessoa física;

e constantes de bagagem de viajantes procedentes do exterior;

f despachadas em regimes aduaneiros especiais, ou a eles equiparados;

g integrantes de bens de residente no exterior por mais de 3 (três) anos ininterruptos, que se tenha transferido para o País a fim de fixar residência permanente;

h adquiridas, no País, em loja franca;

i arrematadas por pessoas físicas em leilão promovido pela RFB;

j retiradas para análise pelos órgãos competentes;

IV acondicionadas em recipientes de capacidade até 180 ml (cento e oitenta mililitros);

V controladas pelo Sicobe operando em normal funcionamento.

Seção XV - Da Importação com Selagem no Exterior

Art. 49 A importação dos produtos classificados no código 2208.30 da Tipi será efetuada com observância do disposto nos artigos 50 a 55, sem prejuízo de outras exigências previstas em legislação específica.

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Par. único O disposto no caput poderá ser aplicado às demais bebidas alcoólicas relacionadas no Anexo I, acondicionadas em recipiente de capacidade superior a 180ml (cento e oitenta mililitros), no interesse do estabelecimento importador.

Art. 50 O importador deverá requerer ao Delegado da DRF ou Defis/SP ou Demac/RJ de seu domicílio fiscal o fornecimento dos selos de controle, devendo no requerimento, prestar as seguintes informações:

I nome e endereço do fabricante no exterior;

II quantidade de unidades, marca comercial, tipo e volume da embalagem e características físicas do produto a ser importado; e

III preço de venda pelo qual será feita a comercialização do produto pelo importador no Brasil.

Art. 51 O Delegado da DRF ou Defis/SP ou Demac/RJ do domicílio fiscal do estabelecimento importador, com base nas informações de que trata o artigo 50, deverá:

I se aceito o requerimento, aprovar o fornecimento mediante expedição de ADE, publicado no DOU e no sítio da RFB na internet <http://www.receita.fazenda.gov.br/>, contendo a identificação do importador, a marca comercial e características do produto, a quantidade autorizada, o tipo e a cor dos respectivos selos de controle; e

II se não aceito o requerimento, comunicar o fato ao requerente, fundamentando as razões da não aceitação.

§ 1º Depois da publicação do ADE, o importador terá o prazo de 15 (quinze) dias para efetuar o pagamento dos selos e retirá-los na unidade da RFB de seu domicílio fiscal.

§ 2º Os selos de controle serão remetidos pelo importador ao fabricante no exterior, devendo ser aplicado em cada unidade do produto, na mesma forma estabelecida pela RFB para os produtos de fabricação nacional.

§ 3º Ocorrendo o descumprimento do prazo a que se refere o § 1º, fica sem efeito a autorização para a importação.

§ 4º O importador terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de fornecimento do selo de controle, para efetuar o registro da declaração de importação.

Art. 52 A unidade da RFB onde se processar o desembaraço aduaneiro de bebidas importadas, cuja selagem tenha sido efetuada no exterior, e que sejam objeto de declaração de importação selecionada para verificação física, deverá observar:

I se as bebidas importadas correspondem à marca comercial divulgada e se estão devidamente seladas;

II se a quantidade de bebidas importadas corresponde à quantidade autorizada; e

III se na embalagem dos produtos constam, em língua portuguesa, todas as informações exigidas para os produtos de fabricação nacional.

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Par. único A inobservância de qualquer das condições previstas no inciso I do caput sujeitará o infrator à pena de perdimento dos produtos em situação irregular.

Art. 53 Sujeita-se às penalidades previstas na legislação, aplicáveis às hipóteses de uso indevido de selos de controle, o importador que descumprir o prazo estabelecido no § 4º do artigo 51.

Par. único As penalidades de que trata este artigo serão calculadas sobre a quantidade de selos adquiridos que não houver sido utilizada na importação, se ocorrer importação parcial, sendo admissível limite máximo de quebra de 0,5% (cinco décimos por cento).

Art. 54 Para a apuração do IPI devido no desembaraço aduaneiro das bebidas importadas deverá ser adotado o disposto no artigo 211 do Ripi.

Par. único Os produtos de que trata este artigo estão sujeitos ao IPI apenas por ocasião do desembaraço aduaneiro.

Art. 55 É vedada a importação de bebidas de marca que não seja comercializada no país de origem.

.....