desnutrição afetiva

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Post on 21-Feb-2017

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Health & Medicine


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DESNUTRIO AFETIVAhttp://www.nitportalsocial.com.br/2016/05/desnutricao-afetiva.html" http://www.nitportalsocial.com.br/2016/05/desnutricao-afetiva.html

Venho de um tempo em que pelo menos uma dasrefeies diriasera realizada com toda afamliareunida, ocasio utilizada para o encontro dos membros da casa, em que cada um se colocava mesa e se manifestava sobre asexperincias vividas em cada dia, alimentando no s o corpo, mas as ideias e os sonhos, que nos capacitavam a combater os medos e as angstias inerentes vida.

Nesses encontros, realizados em torno da mesa do almoo, dialogvamos sobre a escola, amigos, notcias, necessidades, e a cada dia nos conhecamos e reconhecamos enquanto integrantes da famlia, nos bastidores de suas alegrias e pelejas cotidianas.Em alguns encontros, havia discordncias drsticas, que muitas vezes se tornavam discrdias e transformavam essa hora to especial em um verdadeiro campo de batalhas. Ainda sim, no dia seguinte, estvamos todos novamente ali reunidos, superando as diferenas em prol da unidade e do respeito ao outro.

O que seria da vida sem as batalhas? O que seria dos seres que vivenciam as batalhas sem o alimento do amor? Naquelas ocasies, aprendamos lies que nem a escola, nem a universidade, nem o mundo dos cifres eram capazes de ensinar.Aprendamos a somar com as diferenas e a crescer, porque ramos afetivamente alimentados.s vezes, pedamos aos nossos pais para nos levar a comer fora; e com ar potico, meu pai dizia que naquele diajantaramos no quintal, sob a luz do cu estrelado (naquele tempo, comer fora de casa acontecia apenas em eventos muito especiais).

Os anos se passaram e hoje percebo que comer em casa, na companhia dos entes familiares, tornou-se umararidade, reservada apenas paradias festivos. Hoje, percebo que as pessoas (a maioria) comem na rua, em restaurantes cada vez mais lotados, acompanhadas por seuscelulares,tablets,bips, com sua sonoridade barulhenta, onde muito se ouve, mas nada se escuta em profundidade. E ondemuito se come, mas bem pouco se degusta.Em meio a esse cenrio, temos tambm televisores ligados para completar a trilha sonora do caos de nossos dias, empobrecidos de sentido. Todos os dias, a mdia divulga lanamentos digitais cada vez mais fascinantes, que fazem com que as pessoas trabalhem incessantemente para adquiri-los e se tornem cada vez mais equipadas, cada vez mais sozinhas.

Na contramo de tantas invenes, coisas fundamentais esto sendo postas de lado, comoalimentar-se, respirar, conviver, compartilhar.Soube que uma moa sul-coreana,Park Seo-Yeon, de 34 anos, tem ganhado cerca de 5.660 libras (cerca de R$ 16 mil), para sealimentar online, sendo assistida por milhares de pessoas, fatigadas pelasolido de comerem sozinhas. Seo-Yeon se autodenomina "The Diva", e est fazendo muito sucesso na Coreia, de acordo com o jornal britnico "Daily Mail". Cada vez mais pessoas esto morando sozinhas e sofrem da"desnutrio afetiva", gerada pela solido no momento das refeies.

Esse contexto me faz pensar novalor dos alimentos compartilhados para a vida emocional de cada um de nse o quo comprometidos estamos conosco mesmos, quando corremos atrs de tantas coisas, mas deixamos para trs o fundamental, transformando as prioridades da vida em trivialidades, transformando em rudos belssimas sinfonias.Por Marcela J. DornelasPsicloga

Como o assunto compartilhar alimentos, postamos aqui o trabalho da OngBanco de Alimentosque atua com o objetivo deminimizar os efeitos da fome e combater odesperdcio de alimentos, permitindo que um maior nmero de pessoas tenha acesso a alimentos bsicos e de qualidade e em quantidade suficiente - para uma alimentao saudvel e equilibrada.Os alimentos distribudos so excedentes de comercializaes, perfeitos para o consumo. A distribuio possibilita a complementao aumentar a todas as pessoas assistidas pelas 42 instituies cadastradas no projeto, ou seja, mais de 21 mil pessoas.

A iniciativa daOng Banco de Alimentosrepresenta a formao de umciclosustentvel: Ao passo que so arrecadadosexcedentes de produo e comercializao, diminui-se o acmulo delixoorgnico e o desperdcio de alimentos prprios para consumo que complementaro a alimentao de milhares de pessoas em situao de risco alimentar e social. H tambm desta forma, um favorecimento incluso socialdestes indivduos por meio demelhoria da sade e estmuloaodesenvolvimento psicomotor.Isso porque, alm de visarmos uma alimentao balanceada por meio de realizao de aes profilticas e educativas voltadas s comunidades atendidas, beneficiamos somente instituies que possuam em seu programa aes de incluso social.

Nossas aes procuram tratar, em conjunto, o problema da fome, ou melhor, das vrias fomes, na sua origem, isto , na forma em que a nossa sociedade est organizada e no grau de conscincia dos indivduos que a compe. Se o consumidor muda, o fabricante muda. Se o eleitor muda, o poltico muda e assim por diante. Acreditamos que todo ser humano co-criador da realidade e, portanto, cabe a ns promovermos a mudana que queremos ver no mundo.Trata-se de uma ideia nica por sersustentvelem diversos aspectos, evolvendo questes deresponsabilidade ambiental, social, econmica e nutricional.

Ana Porto/Sergio HonoratoGestoresNit Portal SocialPlanejamento, Gerenciamento, Monitoramento de Mdias Sociais para Empresas & Responsabilidade Social