desinfecÇÃo de almotolias: atividade ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas,...

59
UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem Amanda da Silva Machio Nogueira Giovanna Giacomini Cerri DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO HIPOCLORITO DE SÓDIO 1% EM NÍVEL INTERMEDIÁRIO LINS-SP 2019

Upload: others

Post on 07-Jul-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Enfermagem

Amanda da Silva Machio Nogueira

Giovanna Giacomini Cerri

DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA DO HIPOCLORITO DE SÓDIO

1% EM NÍVEL INTERMEDIÁRIO

LINS-SP

2019

Page 2: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

AMANDA DA SILVA MACHIO NOGUEIRA

GIOVANNA GIACOMINI CERRI

DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO

HIPOCLORITO DE SÓDIO 1% EM NÍVEL INTERMEDIÁRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Lins-SP, curso de Enfermagem, sob a orientação da Profª Ma. Viviane Cristina do Nascimento Bastos e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2019

Page 3: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza
Page 4: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

AMANDA DA SILVA MACHIO NOGUEIRA

GIOVANNA GIACOMINI CERRI

DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO

HIPOCLORITO DE SÓDIO 1% EM NÍVEL INTERMEDIÁRIO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:

Profa. Orientadora: Viviane Cristina do Nascimento Bastos

Titulação: Mestra em Doenças Tropicais pela Universidade Estadual Paulista

Júlio de Mesquita Filho – UNESP Botucatu/SP.

Assinatura _________________________________

1º Profa: Luciana Marcatto Fernandes Lhamas

Titulação: Mestra pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho –

UNESP Botucatu/SP.

Assinatura _________________________________

2º Prof: Paulo Fernando Barcelos Borges.

Titulação: Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista Júlio

de Mesquita Filho – UNESP Botucatu/SP.

Assinatura _________________________________

Page 5: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

Agradecimentos Gerais

Agradeço e dedico este trabalho desenvolvido a todos que

participaram para que tudo desse certo.

À professora e orientadora Viviane Cristina do Nascimento

Bastos, pela paciência nas orientações e incentivo que tornaram

possíveis a conclusão desta monografia.

Agradecemos de coração à Professora Jovira Maria Sarraceni,

por todas as orientações técnicas e puxões de orelhas, obrigada por todas

as dúvidas tiradas e por nunca desistir de nós!

À professora Luciana Fernandes Marcatto Lhamas, que deu todo

apoio e suporte de análises microbiológicas e pelos ensinamentos.

Ao professor Chico nossos agradecimentos por ajudar nos quadros

de dados coletados na pesquisa.

“Não existe coisa melhor no mundo do que viver, curtir e gozar a vida,

que passa rápido e daqui não levaremos nada, a não ser toda a

experiência e as amizades”- Charles Chaplin.

Atenciosamente....

Amanda da Silva Machio Nogueira;

Giovanna Giacomini Cerri

Page 6: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

Agradecimentos

Agradeço a Deus por mais essa conquista em minha vida,

obrigada por me sustentar até aqui, e por me dar pais maravilhosos que

sempre apoiaram todas as minhas decisões e que sempre acreditaram

em mim. Obrigada do fundo do meu coração pai Marcio Humberto

Cerri, mãe Claudia Eliane Giacomini Cerri e meu irmão Marcio

Humberto Cerri Filho, por todas as oportunidades que me deram até

hoje, e ser minha inspiração. Graças a vocês estou realizando este sonho.

Prometo que serei uma ótima enfermeira e que darei o meu melhor, se

hoje estou até aqui tenho muito a agradecer a vocês, obrigada pelo

incentivo e por todo carinho.

Ao meu namorado Rafael Bredariol Gazotto, que sempre esteve

comigo nessa caminhada, e principalmente, por escutar todas as minhas

reclamações e estresses do dia-dia, obrigada por sempre me apoiar e

incentivar minhas decisões.

Aos colegas de sala, sentirei falta de cada um de vocês, por todas

as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das

discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza que

serão ótimos profissionais. Levarei cada um de vocês comigo e espero

encontrar vocês pelos corredores dos hospitais.

A minha querida amiga e parceira de TCC Amanda, agradeço por

esses 5 anos, pela parceria, não foi fácil chegar até aqui mas enfim,

podemos dizer que acabou e valeu a pena cada noite mal dormida e

estressante, saiba que eu amo muito você, te admiro como pessoa e tenho

certeza que será uma ótima enfermeira.

Aos meus queridos professores, meus sinceros agradecimentos por

todo conhecimento e pela paciência. Em especial a minha orientadora

Viviane por todo apoio e paciência, saiba que te admiro muito como

pessoa e profissional, uma das pessoas mais doces e carinhosas que

conheci, porém ao mesmo tempo, a mais transparente e exigente, mas

justa. Saiba que me inspiro em você, obrigada por estar junto conosco,

em toda essa caminhada!

Atenciosamente: Giovanna Giacomini Cerri

Page 7: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus que me sustentou a todo o momento, que em sua infinita sabedoria colocou força em meu coração para vencer essa etapa e todas as conquistas em minha vida.

“Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Salmos 91:2”.

A família

Agradeço principalmente a minha mãe Paula e meu pai Fernando, que sempre estiveram ao meu lado, me dando apoio, segurando a minha mão e secando as minhas lágrimas. Por ter toda a paciência nos momentos de estresse e choros no decorrer destes anos, vocês sempre serão o meu refúgio e grande inspiração para alcançar todos os objetivos. Sem o apoio e amor de vocês não teria chegado até aqui! Eu amo vocês. A minha irmã e grande amor, que todas as vezes de estresse, você me abraçava e dizia que me amava. Minha gratidão por você é enorme, por Deus ter colocado você na minha vida, para transmitir alegria nos dias ruins.

Agradecer aos meus avôs Maria, Jandira e Jair que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando, e agradecer também a minha tia Fernanda, que nos momentos mais difíceis me acolheu com todo amor. Vocês foram minha fortaleza de tudo. Deus foi generoso de ter me concebido uma família linda como esta.

Aos Amigos

Como passou rápido, foram cinco anos de companheirismo e finalmente chegamos ao tão esperado momento, o último ano! Ufa! Foram muitas risadas, brigas e principalmente festas juntos. Com vocês aprendi a verdadeira palavra de amizade, saber que temos alguém para contar nos momentos tristes e felizes. Nós fomos guerreiros e vitoriosos, por ter passado altos e baixos no decorrer destes cincos anos. Daqui pra frente, cada um de nós seguirá seu caminho, sua jornada.

A minha companheira e amiga de TCC Giovanna, como foi difícil essa etapa, pelos dias corridos e momentos de estresse. As dores de cabeça, as risadas no momento de desespero que não foram poucas. Mas enfim, conseguimos vencer mais uma etapa, mais uma etapa de companheirismo. Obrigada por ser essa amiga que Deus colocou na minha vida. Enfim, Obrigada por tudo. Eu amo você!

Page 8: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

Meu agradecimento vai a minha amiga Paloma, que mesmo distante, sempre esteve presente por pensamentos dando toda força e me aplaudindo nas minhas conquistas e sendo minha psicóloga por muitos dias de estresse e erros. Obrigada pelas palavras ditas, eu amo você. Quero agradecer também a meu chefe Anselmo que proporcionou grandes oportunidades, aprendizados e conhecimentos, e que foi compreensivo com os afastamentos em horários de estudo, acompanhou de perto a realização desse trabalho e vibrou com a minha conquista. Você é um exemplo de ser humano. Obrigada por tudo.

Ao Orientador

Querida Viviane Cristina Bastos, quero agradecer por toda paciência, carinho que teve por nós, por todas as vezes que nos aconselhou, para nos tornarmos mais fortes e continuar essa jornada. Uma profissional de caráter e humildade. Nos ensinou a verdadeira paixão pela profissão, você é um exemplo de pessoa, profissional que orgulha a todos ao seu redor, principalmente nós. Obrigada por tudo.

Atenciosamente

Amanda Nogueira.

Page 9: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

RESUMO

O processamento de artigos hospitalares em unidades de saúde tem como objetivo evitar qualquer evento adverso aos clientes. A transmissão de microrganismos causadores de infecção preocupa os especialistas da área da saúde, já que os artigos hospitalares podem se tornar um meio de infecção, ou seja, o microrganismo invade os tecidos corporais do hospedeiro provocando a doença. O objetivo geral da pesquisa foi verificar a presença de microrganismos patogênicos em almotolias, após a desinfecção periódica de nível intermediário em um hospital do interior do estado de São Paulo. As coletas das amostras de almotolias foram realizadas em seis setores hospitalares: Pronto socorro; UTI adulto; UTI neonatal; Maternidade; Clínica Médica e Central de Material de Esterilização. Foram coletadas 100 amostras, durante cinco dias consecutivos, no período da manhã. Logo após, foram levados para refrigeração e encaminhados para o laboratório de Microbiologia do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, Lins/SP. Observou-se o crescimento de enterobacteriaceae em 64 amostras coletadas durante a pesquisa, o setor que houve mais contaminação das almotolias foi a Clínica Médica. Dentre as 64 amostras analisadas em 50 foram encontradas Salmonella e Shigella e Coliformes nas 14 restantes. Como resultado dos testes da pesquisa foram encontradas a bactéria na parte rosquiavel das almotolias, assim, é possível supor que as soluções, bem as almotolias, são uma fonte de colonização de microrganismos, que podem agravar o estado de saúde do enfermo ou o risco de infecção através da infecção cruzada. Na pesquisa as 25 amostras coletadas e analisadas após a desinfecção não houve crescimento bacteriológico, comprovando que a ação microbicida do hipoclorito de sódio 1% é eficaz, porém não há durabilidade de sete dias, constatando um meio de colonização de bactérias, causando riscos ao paciente e prejuízos a instituição. Sendo necessária a implantação de atividades educacionais relacionadas às precauções padrão, bem como o desenvolvimento de boas práticas no atendimento ao público interno e externo dos estabelecimentos de assistência a saúde.

Palavras-Chave: Almotolias. Enterobactérias. Desinfecção. Infecção Hospitalar

Page 10: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

ABSTRACT

The processing of articles in health units is aimed at avoiding any adverse events to clients. Transmission of infection causing microorganisms is of concern to health specialists, as hospital articles can become a means of infection, ie the microorganism invades the body tissues of the host causing the disease. The general objective of the research was to verify the presence of pathogenic microorganisms in almotolias, after periodic intermediate level disinfection in a hospital in the interior of the state of São Paulo. Samples almotolias were collected from six hospitals: First aid; Adult ICU; Neonatal ICU; Maternity; Medical Clinic and Central Sterilization Material. 100 samples were collected for five consecutive days in the morning. Soon after, they were taken to refrigeration and sent to the Laboratory of Microbiology of the Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, Lins/SP. The growth of enterobacteriaceae was observed in 64 samples collected during the research, the sector that had more contamination of the almotolias was the Medical Clinic. Among the 64 samples analyzed in 50 were found Salmonella and Shigella and Coliforms in the remaining 14. As a result of the tests of the research were found the bacterium in the rosy part of the almotolias, thus, it is possible to suppose that the solutions, as well as the almotolias, are a source of colonization of microorganisms, that can aggravate the state of health of the patient or the risk of infection through cross infection. In the research the 25 samples collected and analyzed after the disinfection did not show bacteriological growth, proving that the microbicidal action of sodium hypochlorite 1% is effective, however, there is no durability of seven days, finding a means of colonization of bacteria, causing risks to the patient and losses to the institution. It is necessary to implement educational activities related to standard precautions, as well as the development of good practices in serving the internal and external audiences of the EAS.

Keywords: Almotolias. Enterobacteriaceae. Disinfection. Hospital Infection.

Page 11: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fricção na rosca da almotolia com Swab Estéril. .............................. 28

Figura 2 - Swab estéril com meio de transporte Stuart. .................................... 30

Figura 3 - Meio de Cultura Bacteriológica MacConkey Agar. ........................... 31

Figura 4 - Placas de Petri com Meio de Cultura seletivo MacConkey Agar. ..... 31

Figura 5 - Estufa de Cultura Bacteriológica Fanem Modelo 00CB. ................... 32

Figura 6 - Bancada de Fluxo Laminar Vertical Modelo Pachane. ..................... 33

Figura 7 - Contador de Colônias. ...................................................................... 34

Figura 8 - Bancada de fluxo laminar vertical com amostras e placas de petri,

antes da técnica de estriamento. ...................................................................... 35

Figura 9 - Estufa de cultura bacteriológica Fanem Modelo 00CB, com as placas

de petri para encubação bacteriológica. ........................................................... 35

Figura 10 - Análise das amostras. .................................................................... 36

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Setor Pronto Socorro. ..................................................................... 36

Quadro 2 - Setor UTI Adulto. ............................................................................ 36

Quadro 3 - Setor UTI Neonatal. ........................................................................ 37

Quadro 4 - Setor Maternidade. ......................................................................... 37

Quadro 5 - Clinica Médica. ............................................................................... 37

Quadro 6 - Setor Central de Material de Esterilização – Antes da desinfecção.

.......................................................................................................................... 37

Quadro 7 - Setor Central de Material de Esterilização – Depois da desinfecção.

.......................................................................................................................... 38

LISTA DE TABELA

Tabela 1 - Soluções envasadas encontradas nos setores. ............................... 29

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária

AOMH: Artigos Odonto Médico Hospitalares

Page 12: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

C12: Cloro

CME: Central de Material de Esterilização

CNES: Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

EAS: Estabelecimento de Assistência á Saúde

EPI: Equipamentos de Proteção Individual

HM: Higienização das mãos

IRAS: Infecção Relacionada à Assistência de Saúde

KPC: Klebsiella pneumonia carbapenemase

MO: Microrganismo

OMS: Organização Mundial da Saúde

PP: Polipropileno

SCIRAS: Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

SUS: Sistema Único de saúde

UTI: Unidade Terapia Intensiva

Page 13: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

1 CONCEITOS PRELIMINARES 10

1.1 Ambiente Hospitalar 10

1.2.1 Enterobactérias 13

1.3 Infecção Relacionada à Assistência de Saúde (IRAS) 15

1.3.1 Infecção Cruzada 18

1.4 Central de Material de Esterilização (CME) 20

1.4.1 Desinfecção 22

1.4.1.2 Processo de Desinfecção 23

1.5 Desinfetantes Hospitalares 24

1.5.1 Hipoclorito de Sódio 25

1.6 Almotolias 26

2 O EXPERIMENTO 27

2.1 Métodos 27

2.2 Materiais 29

2.2.1 Swab estéril com meio de transporte Stuart 30

2.2.2 Meio MacConkey Agar 30

2.2.3 Placas de Petri 31

2.2.4 Estufa de Cultura Bacteriológica 32

2.2.5 Bancada de Fluxo Laminar Vertical 33

2.2.6 Contador de Colônias 33

2.3 Condições Ambientes 34

2.4 Processamentos das Amostras 34

2.6 Resultados e Discussão 36

2.7 Considerações Finais 40

REFERÊNCIAS 42

Page 14: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

ANEXOS 48

Page 15: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

8

INTRODUÇÃO

O processamento de artigos em unidades de saúde tem como objetivo

evitar qualquer evento adverso aos clientes. A transmissão de microrganismos

causadores de infecção preocupa os especialistas da área da saúde, já que os

artigos hospitalares podem se tornar um meio de infecção, ou seja, o

microrganismo invade os tecidos corporais do hospedeiro provocando a

doença. A esterilização e a desinfecção dos artigos interrompem e diminuem a

proliferação destes microrganismos, destruindo os germes encontrados nos

objetos da assistência à saúde, sendo um meio importantíssimo para a redução

das infecções. (GUIMARÃES et al.,2017)

De acordo com a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo

(2008 apud LEAL; RIBEIRO; LIMA 2017) a desinfecção é um “processo físico

ou químico para reduzir o número de microrganismos (MO), sendo esse

processo viável para a diminuição do MO a um nível menos prejudicial. Este

processo pode não destruir esporos”. É importante salientar que a desinfecção

é dividida em três níveis, ou seja, a desinfecção de alto nível que destrói todas

as bactérias vegetativas, micobactérias, fungos, vírus e parte dos esporos;

desinfecção de nível intermediário destrói vírus, bactérias vegetativas, inclusive

o bacilo da tuberculose, não destruindo apenas os esporos bacterianos, e por

último; a de baixo nível que é capaz de eliminar todas as bactérias na forma

vegetativa, apresenta ação relativa contra fungos, não destruindo esporos,

vírus não lipídicos e bacilo da tuberculose.

Com base no parecer técnico n° 25/2011 do COREN/MG, “As almotolias

são vasilhames para depósito temporário de soluções utilizadas geralmente em

antissepsia de pele, como por exemplo álcool 70%, soluções de iodo e outras”.

Por ser um item semicrítico, ou seja, há contato com pele e mucosas, deve-se

fazer a desinfecção de nível intermediário semanalmente, após o término da

solução. (COREN/SC, 2015)

A desinfecção das almotolias e de diversos outros materiais usados no

âmbito hospitalar é de responsabilidade do profissional de enfermagem, sendo

assim, o profissional enfermeiro da unidade responsável pelo setor de

desinfecção deve realizar o treinamento da equipe de enfermagem, fazer o

Page 16: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

9

registro de todos os treinamentos prestados e supervisionar: o uso; a troca

semanal; a identificação clara e em local visível, informando o nome do

produto, data de abertura e nome do profissional responsável pela abertura.

(COREN/SP, 2010 apud COREN/SC, 2015)

As almotolias são amplamente utilizadas nos Estabelecimentos de

Assistência à Saúde (EAS), mas o seu reprocessamento ainda é pouco

abordado, porém esse tema constitui um assunto importante, pois a

colonização das almotolias por MO torna os usuários dos serviços de saúde

suscetíveis aos mais variados processos infecciosos.

O interesse pelo assunto surgiu quando foi feita uma revisão de literatura

sobre a desinfecção das almotolias com uso de hipoclorito de sódio a 1% e

infecções relacionadas a estes vasilhames, percebe-se a escassez do assunto,

principalmente em artigos científicos. Trata-se de uma temática nova, pouco

abordada e muito relevante dentro dos serviços de saúde, já que as infecções

são indicadores de uma boa assistência no ambiente hospitalar. E houve,

portanto, grande curiosidade acerca do tema a ser pesquisado. A pesquisa

pretende buscar provas concretas da eficácia da desinfecção das almotolias

com a utilização de hipoclorito de sódio a 1%, no intuito de reduzir a

contaminação e a infecção relacionada à assistência de saúde (IRAS).

Busca-se, por meio do presente trabalho, elucidar a seguinte questão: A

desinfecção em almotolias por hipoclorito de sódio a 1% é eficaz? Diante do

questionamento, surge a hipótese que o nível de contaminação das almotolias

seja elevado, por permanecerem sete dias no setor de destino. Em virtude

disso, pode haver uma colonização, ocasionando infecção nos pacientes

internados no âmbito hospitalar.

O trabalho em questão, teve como objetivo geral verificar presença de

microrganismos patogênicos em almotolias, após a desinfecção periódica de

nível intermediário e como objetivos específicos: identificar crescimento

bacteriano; identificar enterobactérias antes, durante a utilização das almotolias

nos setores hospitalares e após a desinfecção; e por fim, verificar qual produto

envasado em almotolia apresenta maiores índices de contaminação.

A pesquisa apresenta dois capítulos, onde primeiramente serão

abordados os conceitos preliminares, a fim de instrumentalizar o leitor a cerca

das terminologias relacionadas à temática. No segundo e último capítulo, será

Page 17: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

10

abordada a pesquisa propriamente dita, onde serão apresentados os

resultados encontrados e a discussão dos mesmos, e será apresentada a

conclusão do trabalho.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Ambiente Hospitalar

O hospital é um ambiente destinado a atender pessoas doentes, com o

propósito de diagnóstico ou tratamento de acordo com os sinais e sintomas

apresentados pelo paciente. Os hospitais podem ser classificados em:

hospitais gerais, específicos, de caráter de urgência e emergência,

maternidade entre outras. Nestes trabalham profissionais capacitados na

limpeza, administração, diretoria, recepção e principalmente profissionais de

saúde, como nutricionistas, médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros e

fisioterapeutas. (RENNER et al., 2014)

O ambiente hospitalar contribui para disseminação de patógenos.

Normalmente o local ocupado por pacientes colonizados e infectados pode

tornar-se contaminado, isso porque as bactérias que envolvem o paciente se

instalam em superfícies inanimadas e em aparelhos utilizados para o

tratamento do enfermo, sendo importantíssima a higienização e a desinfecção

dos objetos, evitando complicações futuras e infecções cruzadas. (OLIVEIRA;

DAMASCENO, 2010)

Os ambientes hospitalares concentram inúmeros agentes patogênicos e

fatores de riscos, alguns deles ocultos ou desconhecidos, mas que podem

causar danos à saúde do trabalhador e do paciente. Observam-se algumas

deficiências na gestão de riscos ocupacionais, como a falta de biossegurança

no campo de trabalho da área da saúde, já que a exposição aos agentes

patogênicos é uma prática muito comum nos hospitais, trazendo riscos aos

profissionais e pacientes internados. (SULZBACHER; FONTANA, 2013)

Dentre as atividades gerenciais, a identificação de riscos relacionados à

assistência à saúde deve ser realizada no momento da internação do paciente

e no decorrer do processo de hospitalização, promovendo assim a segurança

na admissão do paciente e evitando perigos e agravos na internação. O

Page 18: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

11

gerenciamento de riscos consiste em medidas de controle e prevenção para

evitar e reduzir a probabilidade de uma situação de perigo ou erro, resultando

em um trabalho complexo, que incorpora diferentes aspectos na prática

profissional, relevantes para oferecer qualidade na assistência à saúde e a

segurança do cliente em primeiro lugar. (CEDRAZ et al., 2017)

A segurança do paciente, por meio de ações de gerenciamento dos

riscos e incorporação de boas práticas baseadas em evidências científicas, é

essencial para efetividade dos cuidados prestados pelo profissional no hospital,

onde realizando a prevenção de incidentes e falhas na assistência à saúde ao

paciente, acarretam bons resultados e benefícios para instituição e para o

cliente. (CEDRAZ et al., 2017)

Os profissionais da equipe multiprofissional promovem a assistência à

saúde de usuários buscando a cura e promoção da saúde, onde dependendo

do atendimento prestado e da situação socioeconômica do tomador é possível

optar em utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS), serviços particulares ou

conveniados. Assim, promovem a assistência à saúde, educam, produzem

conhecimento e transformam realidades a partir da interface com os clientes

internos e externos. (SVALDI; SIQUEIRA, 2010)

De acordo com Costeira (2004 apud SILVA, 2010) a estrutura física do

local é vital para o processo de cura do paciente e promoção da saúde do

enfermo, onde o suporte de um ambiente confortável e acolhedor são

essenciais para o cuidado de alta qualidade do doente. Todos os atores que

participam do processo de cuidar como: pacientes, família e equipe de

profissionais, desempenham um papel único e fundamental no cenário da

prestação de cuidados e na melhora do quadro do paciente. O autocuidado, a

colaboração e o apoio familiar e a assistência dos profissionais trazem

benefícios na recuperação e na cura do paciente.

1.2 Microrganismos

Os microrganismos são seres vivos não visíveis ao olho nu, podendo ser

visualizados apenas por microscópio, os principais grupos de micróbios são

vírus, bactérias, protozoários, algas e fungos, estes seres diminutos podem ser

encontrados no ar, no solo e inclusive no homem. Geralmente os

Page 19: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

12

microrganismos contribuem e são indispensáveis para a vida, porém também

podem ser prejudiciais, ocasionando doenças graves e até a morte, apenas 3%

dos microrganismos conhecidos são considerados patogênicos, ou seja, que

podem ocasionar doenças. (ENGELKIRK; ENGELKIRK, 2012)

Pacientes hospitalizados e imunodeprimidos têm maiores chances de

contrair infecções relacionadas à assistência de saúde, isso porque o sistema

imunológico destes enfermos está reduzido, ou seja, as células de defesa são

incapazes de produzir uma resposta ao antígeno, originando a infecção. Isto é,

as infecções dependem da resposta do sistema imunológico para se

disseminar, quanto menor a imunidade do paciente estiver, maior a

probabilidade de adquirir infecções relacionadas à assistência de saúde.

(SANTOS, 2004 apud MENEZES; PORTO; PIMENTA, 2016)

A microbiota do paciente, que reside no interior ou na superfície corporal

dos seres, é reconhecida como uma fonte de infecção, podendo ser transmitida

por meio dos profissionais da equipe de saúde, objetos inanimados que cercam

o paciente e objetos que são usados para assistência, se propagando

principalmente quando não higienizam suas mãos, após prestar assistência ao

paciente, mediante falhas no processo da desinfecção. (GOMES et al., 2014)

A contaminação de computadores, máquinas e superfícies inanimadas

corrobora com a hipótese de que os objetos utilizados na assistência à saúde

do paciente são tocados pelo profissional várias vezes ao dia, ocasionando

colônias de microrganismos patogênicos. Isso reforça a ideia de que os

profissionais da saúde, após a assistência prestada aos doentes, não se atêm

à necessidade da higienização das mãos e ignoram os benefícios que essa

prática ocasiona ao ambiente de trabalho, retornando ao serviço sem se dar

conta da possibilidade de disseminar microrganismos. (OLIVEIRA;

DAMASCENO, 2010)

Durante a circulação nos hospitais, os profissionais da saúde, visitantes

e familiares do paciente internado, mantêm contato com fluidos, secreções,

objetos e superfícies diversas que cercam o doente, aumentando a

possibilidade de disseminação de microrganismos. Por inúmeras vezes a

contaminação de locais aparentemente limpos, sem aparente sujidade são

ignorados, negligenciando, portanto, medidas eficazes de limpeza,

proporcionando colônias de bactérias e contribuindo assim para infecções

Page 20: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

13

cruzadas e relacionadas à assistência de saúde. (OLIVEIRA; DAMASCENO,

2010)

A infecção relacionada à assistência de saúde (IRAS) tem como a

principal via de transmissão de patógenos o contato das mãos dos profissionais

em superfícies, equipamentos e pelo próprio doente que está recebendo a

atenção. A limpeza das mãos é reconhecida mundialmente e sua eficiência

comprovada. Os prestadores de serviço na área da saúde nem sempre

cumprem os protocolos técnicos para prevenção de infecções, o que é

demonstrado pela desvalorização da prática de higienização das mãos (HM),

acarretando infecções hospitalares e agravando muitas vezes a condição de

saúde do paciente, carreando microrganismos a todo ambiente hospitalar.

(PRIMO et al., 2010)

Há inúmeras situações que fazem com que os profissionais não

cumpram as normas de controle de infecção relacionadas à assistência de

saúde, como por exemplo: a omissão da técnica de HM, carência de pias

próximas ao cliente e recursos adequados, reações alérgicas nas palmas das

mãos, falta de incentivo, tempo, recursos humanos, preparo e conhecimento

sobre a gravidade da transmissão de microrganismos pelo contato, não tendo

noção dos malefícios que trazem para a instituição e paciente. (PRIMO et al.,

2010)

1.2.1 Enterobactérias

As enterobactérias são da família de bacilos Gram-negativos, podendo

ser encontradas amplamente na natureza, a maioria habita os intestinos do

homem e dos animais, seja como membros da microbiota normal ou como a-

gentes de infecção, tendo como principais gêneros a Escherichia, Shigella,

Salmonela, Klebsiella, Proteus, Yersinia entre outros. (BROOKS, 2014)

As infecções entéricas constituem um grave problema de saúde pública

na maioria dos países em desenvolvimento, já que a alta incidência de casos e

a morbimortalidade, preocupam os especialistas. As infecções ocasionadas por

essas bactérias, diz muito sobre a imunidade do próprio doente, onde esses

microrganismos apresentam-se como oportunistas e determinantes de tais

infecções. (CARNEIRO et al., 2008)

Page 21: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

14

Seibert et al., (2014) concluíram que a resistência bacteriana é um

problema frequente e importante no ambiente hospitalar, isso ocorre porque as

bactérias têm grande facilidade em se alterar geneticamente e adaptar-se a

diversos ambientes. O aumento da resistência a antibióticos tem aumentado a

evolução das bactérias, de modo a produzir mecanismos que lhes permitem

resistir ao tratamento e apresentar mutações constantemente. O aparecimento

das enterobactérias está cada vez mais frequente nos hospitais, representando

um problema de saúde pública, já que essas bactérias tem a capacidade de se

acomodar e se alterar geneticamente, criando uma multirresistência aos

medicamentos, exigindo esforço multidisciplinar para prevenção e controle,

além de uma detecção laboratorial eficiente dos profissionais.

Estudos associam não somente a infecção, mas também a colonização

pela Klebsiella pneumonia carbapenemase (KPC) como um fator de aumento

de morbimortalidade de pacientes internados em unidades clínicas, isso porque

o paciente apresenta reação imunitária deprimida, em decorrência da doença

de base, como essas bactérias são oportunistas, aumenta significativamente a

possiblidade de o paciente contrair infecção relacionada à assistência de

saúde, agravando o seu caso, podendo levar à morte. Estudos constatam

elevada porcentagem de mortalidade dos pacientes infectados por bactérias

produtoras de KPC em ambiente hospitalar, cerca de 50% de mortes estão

relacionadas a essa bactéria multirresistente. (BORGES et al.,2015)

As carbapenemases são enzimas produzidas por bactérias resistentes

aos antibióticos carbanepenêmicos. As enterobactérias se multiplicam e sofrem

mutações significativas de acordo com seu ambiente, facilitando o seu convívio

e sua sobrevivência no meio externo, tornando-se cada vez mais fortes e

difíceis de combater. A disseminação plasmidial explica o rápido

desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares e sua resistência aos

antibióticos. (ALVEZ; BEHAR, 2013)

Observando que as infecções causadas por enterobactérias produtoras

de carbapenemases, tem uma resistência maior aos antibióticos em relação a

outros gêneros de bactérias, torna-se de suma importância conter a

disseminação desses microrganismos, sendo necessárias orientações sobre o

uso correto dos antibióticos. É importante ainda reconhecer o comportamento

deste tipo de patógeno e sua relevância clínica, através da avaliação dos

Page 22: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

15

fatores associados à colonização por KPC e da análise de morbimortalidade

dos pacientes colonizados e uma limpeza e desinfecção eficiente nos hospitais.

(BORGES et al., 2015)

1.3 Infecção Relacionada à Assistência de Saúde (IRAS)

Infecção relacionada à assistência de saúde refere-se a qualquer

infecção que se adquire na admissão do paciente, com o processo assistencial

ou a internação do mesmo, se agravando ou evoluindo para um isolamento por

patógenos. Esse termo inclui as infecções que são adquiridas no hospital e se

manifestam durante a internação ou mesmo após a alta. Também abrange as

infecções relacionadas a procedimentos realizados ambulatoriamente, durante

cuidados domiciliares, e as infecções ocupacionais adquiridas pelos

profissionais de saúde. (GOMES et al., 2014)

Em pacientes críticos, desidratados e com prolongamento de

internamento, o sistema imunológico fica deprimido, em virtude dos fatores de

risco e em consequência da manifestação da doença durante a internação,

bem como em decorrência de procedimentos invasivos, já que a maioria das

infecções hospitalares é causada por um desequilíbrio da relação existente

entre a microbiota humana normal e os mecanismos de defesa do hospedeiro.

A qualidade dos cuidados no ambiente hospitalar tem grande importância,

evitando riscos para o paciente, principalmente em procedimentos invasivos,

oferecendo um potencial cuidado aos enfermos. (PEREIRA et al., 2005)

Considera-se que nas IRAS, o aparecimento dos sintomas ocorre nas 72

horas após a admissão do paciente, sendo causada por microrganismos, e

como consequência há o agravamento da condição de saúde, fato que pode vir

a causar a morte do paciente. Uma das opções para controle de

microrganismos multirresistentes é o uso de isolamento, o que contribui para

controle da disseminação das doenças. Na aquisição das infecções

hospitalares, os microrganismos têm um papel passivo, cabendo ao homem o

papel ativo, portanto, será sobre suas ações, o maior enfoque do controle

dessas infecções. (VALLE et al., 2008)

Acredita-se que a transmissão das infecções aos pacientes acontece através

dos profissionais de saúde que circulam por vários setores. No entanto, o

Page 23: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

16

ambiente inanimado que o cerca e os objetos de uso na assistência também

albergam microrganismos que podem ser transmitidos para o doente,

profissionais e outros objetos. Embora não causem doenças, os objetos

contaminados e as superfícies servem de reservatórios secundários, podendo

levar as infecções cruzadas. (GOMES et al., 2014)

Os materiais invasivos utilizados são corpos estranhos colocados

temporariamente, ou de forma semipermanente no tecido do paciente com

finalidade terapêutica ou diagnóstica. Estes danificam ou invadem as barreiras

epiteliais e mucosas, permitindo o acesso de microrganismos diretamente na

corrente sanguínea e nos tecidos. (TURRINI, 2000)

Parafraseando Scheidt; Rosa; Lima (2006) os conhecimentos

desenvolvidos, no que tange as infecções em ambiente hospitalar demonstram

que a prevenção da exposição dos profissionais de saúde e dos demais

trabalhadores que atuam no local de riscos é de suma importância no controle

das infecções, sendo que o risco biológico constitui o principal perigo para

infecções ocupacionais. A transmissão de microrganismo aos profissionais e

pacientes se dá de inúmeras formas como a contaminação paciente/

profissional de saúde por doenças infectocontagiosa, contato direto com fluidos

corpóreos durante a realização de procedimentos invasivos ou através da

manipulação de artigos, roupas, lixo e até mesmo as superfícies contaminadas,

sem que medidas de biossegurança sejam utilizadas.

Oliveira e Damasceno (2010) descrevem o ambiente hospitalar como

local que contribui para disseminação de patógenos, pois é onde se realizam

procedimentos invasivos, além da utilização de diversos artigos relacionados à

internação. Nesses ambientes ocorre a ocupação por pacientes colonizados,

com a possibilidade de altos índices de infecção em decorrência de

procedimento ou transmissão de infecção durante uma internação prolongada.

Considera-se ainda que a maioria das bactérias e microrganismos seja

encontrada em objetos e equipamentos usados nos procedimentos, por vários

profissionais da saúde durante as atividades realizadas no setor no qual o

paciente está internado.

O procedimento invasivo pode contribuir para o aparecimento de

infecção, onde se acredita que a deficiência no procedimento de lavagem das

Page 24: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

17

mãos constitui uns dos principais fatores para o desenvolvimento de infecções

relacionadas à assistência à saúde. (SIQUEIRA et al., 2017)

Em qualquer setor do ambiente hospitalar pode-se contrair MO, porém

os locais de maior incidência são a unidade de terapia intensiva (UTI), centro

cirúrgico, unidades de pediatria, berçário neonatal, clínica médica e cirúrgica,

onde os pacientes são internados e amplamente tratados com antibióticos, o

que representa um “habitat” que alberga bactérias que são passíveis de

tornarem-se resistentes às drogas utilizadas. Alguns pacientes podem

apresentar resposta imunológica reduzida, aumentando o número de

microrganismos relacionados à infecção hospitalar. (QUEIROZ, 2004)

O agente infeccioso é o causador das infecções adquiridas no ambiente

hospitalar, o paciente imunodeprimido é exposto durante a hospitalização, a

outros patógenos, ampliando a probabilidade de adquirir a infecção hospitalar.

Dependendo do modo de transmissão do microrganismo e dos fatores

relacionados ao hospedeiro, qualquer MO pode ser patogênico. Os MO podem

ser transmitidos dentro do ambiente hospitalar por contato, ar e vetor.

Dependendo da exposição, o patógeno pode ser transmitido por mais de uma

via, durante um único episódio, e esse mesmo agente pode ser transferido por

diferentes vias em diferentes ocasiões. (AGUIAR; LIMA; SANTOS, 2008)

É imperioso lembrar que além da infecção adquirida por qualquer

procedimento invasivo, ela pode se agravar por questões relacionadas à idade,

imunodeficiência e em virtude de longo período de internação, o que pode

acarretar diminuição da reação imunológica. Os procedimentos realizados em

âmbito hospitalar, como diagnóstico por biópsia, cauterização e aspiração de

fluidos, tendem a aumentar o risco de infecções nos pacientes, as mudanças

da temperatura ou da umidade do ar podem igualmente influenciar a ocorrência

de infecções. Para tratamento e prevenção das IRAS, se faz importante a

adoção de medidas preventivas, como: a utilização de equipamentos

adequados, e a instituição de ações relacionadas às precauções-padrão.

Reduzindo o risco e agravamento de doenças, garantindo assim a segurança e

a melhoria da qualidade de vida tanto do paciente quanto do profissional de

saúde. E reduzindo as internações em quartos de isolamento por quaisquer

agentes patogênicos que possam levar o paciente à morte no ambiente

hospitalar. (AGUIAR; LIMA; SANTOS, 2008)

Page 25: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

18

Os patógenos carreados por profissionais de saúde constituem falha

importante durante o processo de assistência ao indivíduo, pesando contra a

qualidade do trabalho ofertado na instituição e comprometendo a segurança do

paciente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a qualidade

do cuidado e a segurança do paciente constituem uma única vertente, ou seja,

a ocorrência dos eventos adversos é reconhecida como uma falha na

segurança do paciente, podendo ocorrer entre 5% a 17%, dentre os quais 60%

podem ser preveníveis. Assim, a segurança do paciente deve ser vista como

um conjunto de estratégias e intervenções capazes de prevenir e reduzir o

risco de dano ao paciente, decorrente do cuidado de saúde. (OLIVEIRA, 2013)

1.3.1 Infecção Cruzada

Refere-se à passagem de microrganismo de uma pessoa para outra,

paciente para paciente; profissional para paciente até mesmo de objeto

inanimado, por meio de áreas e instrumentos contaminados. A infecção

cruzada é uma transmissão de agentes infecciosos dentro de um ambiente

clínico que pode ser realizada através do contato de pessoa para pessoa, pelo

ar ou por meio de objetos contaminados. (ALBUQUERQUE, 2013)

A transmissão de microrganismo pode ocorrer por contato direto e

indireto, o direto se dá de pessoa para pessoa, podendo ser do profissional de

saúde para o paciente. Já o contato indireto ocorre através de um objeto

contaminado para o paciente, pois há o compartilhamento do mesmo. Os

enfermeiros também devem atentar-se para a importância de orientar os

visitantes durante o momento da internação hospitalar acerca das medidas de

prevenção de infecção cruzada, já que os pacientes estão fragilizados e podem

contrair infecções hospitalares pelas mãos contaminadas de suas próprias

visitas. (ALBUQUERQUE, 2013)

Por ser um assunto amplo, a infecção cruzada constitui um grande

problema no ambiente hospitalar, elevando os índices de morbidade e

mortalidade, constituindo, portanto, uma questão para saúde pública.

Uma das medidas importantes para redução da infecção cruzada intra-

hospitalar é a higienização e a desinfecção de materiais. Pacientes internados

em instituições de saúde estão expostos a uma ampla variedade de

Page 26: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

19

microrganismos patogênicos, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva

(UTI), onde o uso de antimicrobianos potentes e de largo espectro é a regra e

os procedimentos invasivos são rotina. (MOURA et al., 2007)

De acordo com Esmanhoto et al., (2013) o índice de resistência aos

antimicrobianos é uma preocupação mundial e crescente, a transferência de

microrganismos resistentes entre pacientes, possivelmente, ocorre via mãos e

trato respiratório dos profissionais de saúde, que podem se contaminar em

ocasião de contato com o paciente ou superfícies contaminadas, no ambiente

hospitalar.

Pode-se dizer que a infecção cruzada depende dos processos de

limpeza, tanto da manutenção da higiene pessoal, quanto da desinfecção de

superfícies. Os microrganismos podem se multiplicar por diversos fatores,

podendo colonizar e sobreviver em diferentes objetos inanimados, tanto em

ambientes hospitalares, como os comunitários. A principal via de transmissão

de microrganismos implicados na ocorrência das IRAS ocorre entre as mãos

dos profissionais de saúde em contato com os pacientes, sendo vista como

infecção cruzada. (OLIVEIRA, 2013)

Objetos inanimados constituem ambientes propícios para disseminação

de patógenos, pois dependem de desinfecção rotineira. E esse tipo de artigo

pode ser encontrado, tanto em ambientes hospitalares, como na comunidade.

Ao serem colonizados esses objetos atuam como veículos disseminadores

desses microrganismos, sendo considerados como focos potenciais de

contaminação. (BALANI; MARCUZ, 2014)

As medidas de prevenção de infecção cruzada ocorrem a partir de

providências simples que surgem como um mecanismo primário de redução do

risco de transmissão de agentes infecciosos. A lavagem das mãos, como

medida fundamental para reduzir o risco de infecção cruzada entre pacientes,

constitui precaução padrão importante, diminuindo a carga microbiana nas

mãos dos profissionais, visitantes e acompanhantes dos pacientes, o que

diminui significativamente o risco potencial de contaminação e de infecção

cruzada. (PRIMO et al., 2010)

A lavagem das mãos constitui um dos meios de precaução padrão mais

eficaz e de baixo custo, evitando assim, o aumento de infecção no ambiente

hospitalar e diminuindo os custos do mesmo. Além da lavagem das mãos outro

Page 27: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

20

meio de prevenção é o uso correto de equipamentos de proteção individual

(EPI). A prevenção da infecção cruzada é um dos deveres do enfermeiro, tendo

como obrigação moral, ética e legal de prestar o atendimento com parâmetros

ideais que impeçam a disseminação de MO, garantindo que sejam utilizados

materiais esterilizados durante os procedimentos, sendo essa uma medida

imprescindível para evitar a infecção cruzada. (ALBUQUERQUE, 2013)

1.4 Central de Material de Esterilização (CME)

A CME pode ser localizada em hospitais ou em unidades de saúde,

porém é mais comum em ambiente hospitalar, já que se destina a realizar a

limpeza, preparo, desinfecção e esterilização dos materiais utilizados em

procedimentos. Os objetos ali processados são, principalmente, itens

semicríticos e críticos, utilizados em todos os setores da organização

hospitalar. A Central de Material de Esterilização (CME) é uma unidade de

apoio técnico, a qual se propõe a prestar um serviço que possa assegurar o

controle, preparo e esterilização de artigos odonto-médico-hospitalares

(AOMH), garantindo qualidade e contribuindo para um baixo nível de infecções.

(PAUROSI et al., 2014)

O setor é considerado um local crítico, já que fluidos, secreções e

sangue entram em contato com os equipamentos utilizados nos procedimentos,

acarretando a contaminação dos objetos, por isso os profissionais que atuam

nesse ambiente, como o enfermeiro e técnicos de enfermagem, devem passar

por treinamentos e conter uma formação específica para desenvolver suas

atividades nesse local. O perfil profissional do indivíduo que é responsável pelo

processamento dos artigos, influencia de maneira positiva ou não, nos

resultados da assistência, com reflexos na segurança do paciente. A realização

das etapas do processo de esterilização dentro dos padrões de boas práticas é

fator primordial para assegurar que procedimentos que envolvam o uso de

artigos críticos não sejam responsáveis pela transmissão de infecções.

(GONÇALVES et al., 2015)

A Resolução de Diretoria Colegiado (RDC) nº 307, de 14 de novembro

de 2002, considera a CME uma unidade de apoio técnico, que tem como

finalidade o fornecimento de artigos médicos adequadamente processados,

Page 28: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

21

proporcionando assim, condições para o atendimento direto e a assistência à

saúde dos indivíduos enfermos e sadios, onde os profissionais que atuam no

local devem desempenhar suas atividades com total responsabilidade e

habilidade, atentando-se para todos os processos de preparo, desinfecção e

esterilização dos artigos. Os processamentos dos materiais levados à CME são

realizados por etapas, também determinadas pela RDC nº 307, onde as

atividades basicamente desenvolvidas pela CME são: receber, desinfetar,

separar, lavar, preparar e esterilizar artigos médico-hospitalares e ainda,

preparar e esterilizar roupas; realizar controle microbiológico e de validade dos

produtos por ela processados, armazenar artigos e roupas esterilizadas,

distribuí-los, além de zelar pela proteção e pela segurança dos operadores.

(COSTA et al., 2011)

Os artigos críticos são usados em procedimentos invasivos tendo o

contato com a pele e mucosas do paciente, para empregar estes artigos, é

necessário esterilizar, são exemplo de artigos críticos: os instrumentos

cirúrgicos, como bisturis, agulhas, cateteres etc. Os artigos semicríticos

mantêm contato íntimo com a pele e mucosa, como: as máscaras de ambu,

nebulizador e inaladores, para o emprego desses artigos, não necessita

realizar o processo de esterilização, a desinfecção de nível intermediário é o

processo adequado para esse tipo de artigo. Os não críticos são aqueles que

têm o contato com a pele íntegra do paciente, não atingindo os tecidos, o

esfigmomanômetro e o termômetro são exemplos de materiais nessa categoria,

sua desinfecção é simples, sendo de nível baixo. As atividades na CME devem

ser criteriosas, pois se trata de um setor suscetível a microrganismos em

decorrência de suas características funcionais, onde qualquer falha ocorrida

durante o processamento implica em possível comprometimento na

esterilidade, possibilitando o aumento nos riscos de casos de infecção pré ou

pós-operatória, bem como em diversos procedimentos não cirúrgicos nas

instituições. (SANTOS et al., 2015)

Os profissionais de enfermagem que trabalham na CME mantêm um

contato indireto com o paciente. Medidas de prevenção para controle de

infecção dentro da CME são importantes, deve-se evitar a passagem do

ambiente contaminado para o limpo, diante disso os trabalhadores desse setor

devem ser treinados para execução das tarefas pertinentes ao processo ali

Page 29: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

22

desenvolvido. As atividades exercidas no setor devem garantir sempre a

segurança para os usuários dos serviços de saúde, bem como para os

trabalhadores envolvidos no reprocessamento do artigo. (PAUROSI et al.,

2014)

1.4.1 Desinfecção

De acordo com a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo

(2008 apud LEAL; RIBEIRO; LIMA, 2017) a desinfecção é um “processo físico

ou químico para reduzir o número de microrganismos viáveis para níveis

menos prejudiciais. Este processo pode não destruir esporos”. É importante

salientar que a desinfecção é dividida por três níveis: a de alto nível;

desinfecção de nível intermediário e de baixo nível.

A desinfecção de alto nível é a destruição de todos os bacilos, bactérias,

fungos e alguns esporos dos ambientes e equipamentos, sendo indicada para

artigos que entram em contato com mucosa íntegra colonizada, uma vez que

utilizam compostos como o glutaraldeído que além de agirem sobre bactérias

vegetativas, fungos e vírus, agem também na eliminação de alguns esporos e

do bacilo da tuberculose. (TEODORO, 2011)

A desinfecção de nível intermediário é capaz de combater a maioria dos

fungos e bactérias, porem sua ação ainda não destrói os microrganismos

resistentes, ela é parecida com a desinfecção de baixo nível, porém combate

pequenas bactérias, como bacilo da tuberculose. Tem ação média sobre vírus

não lipídicos, embora seja tuberculicida e elimine a maior parte dos fungos.

Nesse grupo encontramos o cloro, os fenóis, iodóforos e os alcoóis.

(TEODORO, 2011)

A desinfecção classificada como de baixo nível tem como ação a

eliminação dos vírus lentos, destruição da maioria das bactérias, vírus e

fungos, porém não elimina a Mycobacterium tuberculoses e esporos

bacterianos. (GARCIA, 2015)

Os materiais hospitalares reprocessáveis e que não necessitam de

esterilização, sofrem o processo de desinfecção. O reprocessamento pode ser

entendido como o processo aplicado aos produtos, exceto os de uso único,

para permitir sua reutilização. Inclui limpeza, preparo acondicionamento,

Page 30: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

23

rotulagem, desinfecção ou esterilização, a realização de testes biológicos e

químicos, análise de possíveis resíduos do agente esterilizante. Para tal, os

profissionais devem sempre atentar-se para a necessidade de utilização de EPI

já que os produtos químicos são tóxicos, podendo com o tempo comprometer a

saúde do trabalhador. (LIMA et al.,2014)

No processo de desinfecção de equipamentos hospitalares o local de

armazenamento deve ser adequado e rigoroso, evitando a contaminação dos

artigos que sofreram o processo de desinfecção, para isso é necessário um

conjunto de medidas empregadas para impedir a entrada e crescimento de

microrganismos em um ambiente ou estrutura, tornando-os livres de agentes

infecciosos, com o uso de substâncias desinfetantes ou outras formas físicas

de desinfecção. (SOUZA et al., 2011)

1.4.1.2 Processo de Desinfecção

O processo de desinfecção é a eliminação de microrganismos, por

agentes químicos ou físicos, menos a eliminação dos esporos bacterianos. Sua

ação deve ocorrer de maneira rápida e eficaz, a fim de garantir a

descontaminação, além de ser um processo econômico. Para controle da

qualidade da desinfecção é necessário levar em consideração o nível da

desinfecção que será utilizado e a concentração do agente.

Os processos de desinfecção podem ser químicos ou físicos, onde a

desinfecção química é realizada através de agentes químicos, como aldeído,

ácido e outros. É um processo onde os profissionais devem ficar atentos,

exigindo uma grande atenção, por haver uso de produtos químicos, pode-se

gerar toxicidade se não empregados corretamente, prejudicando também o

próprio profissional. (TEODORO, 2011)

A desinfecção física é a utilização de equipamentos, como lavadoras de

descargas e de termo desinfetadoras, geralmente a desinfecção é de alto nível,

e isso também demanda grande atenção, principalmente no que diz respeito

aos equipamentos que são utilizados durante o processo. (TEODORO, 2011)

Entretanto, para o sucesso do processo de desinfecção, observa-se a

necessidade de que o agente químico escolhido mantenha contato efetivo com

os microrganismos presentes no material a ser desinfetado, por um período de

Page 31: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

24

exposição suficiente do material ao agente desinfetante, para que ocorra a

morte microbiana. A essas etapas segue-se o adequado enxágue, a secagem

e o armazenamento do produto. (TEODORO, 2011)

Os materiais e instrumentos utilizados nos diversos setores devem ser

encaminhados à CME em caixas, onde a desinfecção é feita a partir de

protocolos, nível de desinfecção e de acordo com o tipo de artigo. Um exemplo

são as almotolias, consideradas itens semicríticos, que são submetidas a

desinfecção de nível intermediário, utilizando como agente desinfetante, na

maioria dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS), o hipoclorito de

sódio a 1%. A rotina dos EAS denota a permanência das almotolias nos

setores por sete dias, logo após esse período, são enviadas à CME para a

desinfecção, a solução é descartada e as almotolias imergidas por 30 minutos

na solução de hipoclorito de sódio e água. Após esse procedimento as

almotolias são identificados com nome da solução, data do envase da solução,

validade e identificação de quem realizou o envase, caso ocorra o término da

solução antes da validade prevista, deve-se enviar a almotolia à CME para a

desinfecção. (COREN/SC, 2015)

Desinfecção consiste no processo de eliminar bactérias ou agentes

patogênicos que se acumulam em determinado local ou artigos, sendo

realizado através de agentes químicos, como o hipoclorito de sódio, aldeído,

álcool, dentre outros. A desinfecção física é realizada através das lavadoras

termo desinfetadoras, que são máquinas que tem o intuito de aplicar água

quente ou vapor em altas temperaturas para reduzir microrganismos. A limpeza

e desinfecção da unidade é uma das responsabilidades da equipe de

enfermagem, que deve oferecer um ambiente biologicamente seguro a todos.

(TEODORO, 2011)

1.4 Desinfetantes Hospitalares

Os desinfetantes hospitalares possuem ação antimicrobiana e

saneantes, tendo como objetivo a diminuição e eliminação de microrganismos

presentes em superfícies ou equipamentos hospitalares. Medidas simples

como a lavagem das mãos antes e após a assistência do paciente amenizam

as taxas de infecções hospitalares, evitando a contaminação e a propagação

Page 32: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

25

de microrganismos nos setores. Os principais desinfetantes utilizados nos

ambientes hospitalares são o hipoclorito de sódio e o ácido peracético com

eficácia comprovada. (BRASIL, 2005; VARGAS et al., 2010 apud GILDO et al.,

2017)

O aumento de microrganismos multirresistentes a desinfetantes e

antissépticos em área hospitalar vem crescendo significativamente nos últimos

anos, porém essas soluções são fundamentais no controle de infecções

hospitalares, agindo de forma a diminuir a proliferação de bactérias, fungos e

vírus. (REIS et al., 2011)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é um órgão do

Ministério da Saúde que estabelece normas para a fabricação, rotulagem e

comercialização de produtos saneantes no Brasil. A verificação da eficácia dos

desinfetantes é fundamental para avaliar o princípio ativo, durabilidade,

toxicidade e atividade antimicrobiana dos produtos. Os produtos saneantes são

compostos por substâncias químicas, que agem na parede celular dos

microrganismos com o intuito de matar e inibir o crescimento de MO. (REIS et

al., 2011)

Os principais compostos dos desinfetantes hospitalares são “o fenol,

aldeídos, álcool, biguanidas metais pesados, peroxigênio, compostos

halogenados e compostos quaternários de amônia”. Assim, é importante que

sejam realizados treinamentos sistemáticos, contínuos e a utilização de EPI,

evitando riscos para os profissionais que participam do processo de limpeza e

desinfecção dos artigos. (REIS et al., 2011)

1.5.1 Hipoclorito de Sódio

O hipoclorito de sódio é um composto químico, encontrado sob a forma

líquida com coloração amarelada de odor extremamente forte e desagradável,

sendo solúvel em água e não inflamável, obtido a partir da reação do cloro

(Cl2) com uma solução diluída de soda cáustica. (LIMA, 2018)

O hipoclorito de sódio é comercializado e utilizado para tratamento de

água, desinfecção de superfícies, equipamentos, limpeza e higiene de

vegetais, eliminador de odores, atuando de forma eficaz na eliminação de

microrganismos, pois reduz a tensão superficial onde cloro provoca uma

Page 33: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

26

oxidação irreversível, inibindo as enzimas bacterianas e promovendo a sua

eliminação. (BOTH, et al., 2009 apud LIMA, 2018)

De acordo com Frutuoso (2018) o hipoclorito de sódio a 1% é

considerado um desinfetante de nível intermediário, destruindo bactérias

vegetativas, micobactérias e a maioria dos fungos e vírus, não eliminando

apenas os esporos bacterianos. Os compostos liberadores de cloro ativo não

tem comprovação do mecanismo de ação na destruição de microrganismos.

1.6 Almotolias

De acordo com o parecer técnico nº 25/2011 do Coren-MG, “as

almotolias são vasilhames que servem para depósito temporário de soluções

utilizadas geralmente em antissepsia de pele, como por exemplo, álcool 70%,

soluções de iodo e outras”. Por ser um item semicrítico, ou seja, há contato

com pele e mucosas, deve-se fazer a desinfecção semanalmente, após o

término da solução. (COREN/SC,2015)

As almotolias requerem cuidados permanentes, a desinfecção do

vasilhame e de diversos outros materiais usados no âmbito hospitalar é de

responsabilidade do profissional de enfermagem, sendo assim, o enfermeiro da

unidade responsável pelo setor de desinfecção deve prestar treinamento à

equipe de enfermagem e fazer o registro de todos os treinamentos realizados.

O enfermeiro deve atuar supervisionando o uso, troca semanal, identificação

clara e em local visível, informando o nome do produto envasado, data de

abertura e nome do profissional responsável. Todo procedimento requer

cuidados dos profissionais como a lavagem das mãos, antes e após a

utilização das almotolias, diminuindo a contaminação dos recipientes. (COREN-

SP, 2010 apud COREN-SC, 2015)

A desinfecção das almotolias em ambientes hospitalares é uma prática

que não está esclarecida na literatura, não havendo respaldo cientifico da

prática, sendo amplamente discutida nos serviços de saúde de forma empírica.

Os profissionais do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência

à Saúde – SCIRAS são responsáveis em escolher os produtos para limpeza e

desinfecção do hospital, superfícies e equipamentos da instituição, onde esses

desinfetantes devem estar de acordo com a ANVISA. (PAINA et al., 2015)

Page 34: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

27

2 O EXPERIMENTO

Essa pesquisa de abordagem qualitativa e quantitativa tem como

objetivo avaliar o processo de desinfecção das almotolias de um

estabelecimento de assistência à saúde (EAS) utilizando o hipoclorito de sódio

a 1%.

A necessidade de avaliar o referido processo constitui parte importante

do trabalho do enfermeiro da CME, pois impede a disseminação de

microrganismos patogênicos, reduz o risco de desenvolvimento de cepas

patogênicas e garante a qualidade do serviço prestado.

A seguir serão explicitados o caminho percorrido durante o processo de

pesquisa, bem como materiais utilizados na busca dos objetivos anteriormente

estabelecidos.

Em virtude de não ser uma pesquisa com seres humanos, embora tenha

passado pela avaliação ética do Comitê de Ética e Pesquisa, não há

necessidade da aprovação do mesmo. (ANEXO 1)

2.1 Métodos

Serão expostos aqui o caminho percorrido para o desenvolvimento da

pesquisa, e abordados os métodos utilizados, materiais e técnicas.

O estudo experimental foi desenvolvido em um Hospital de médio porte,

localizado em um município da região centro-oeste paulista, com 80 leitos

operantes de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

(CNES).

As coletas se deram no período matutino, das 08h00min às 11h00min

durante uma semana de 28/01/2019 à 01/02/2019. Sendo que todas as

amostras, após coletadas, eram levadas para incubação no laboratório de

microbiologia do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins-SP

em horários alternados, sendo a referida instituição de ensino possuidora de

aporte material para realização das análises microbiológicas.

As coletas das amostras de almotolias foram realizadas em seis setores

hospitalares:

Page 35: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

28

a) Pronto Socorro;

b) UTI Adulto;

c) UTI Neonatal;

d) Maternidade;

e) Clinica Médica e

f) CME

As amostras foram coletadas de modo estéril com o auxílio do Swab

estéril e transportadas para a instituição em meio de transporte Stuart. A coleta

se deu através de fricção de forma circular na rosca das almotolias (Figura 1),

assim as amostras eram denominadas por numeração, setor, dia da coleta e

produto envasado nas almotolias.

Foram coletadas 100 amostras durante o período determinado nos

diversos setores pesquisados, as coletas se deram em dias consecutivos no

período matutino, durante uma semana.

Figura 1: Fricção na rosca da almotolia com Swab Estéril.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Na tabela abaixo estão descritas as soluções envasadas em almotolias

nas quais foram realizadas as coletas e seus setores de origem.

Page 36: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

29

Tabela 1 - Soluções envasadas encontradas nos setores.

Setores Clorex.

Degermante

Clorex.

Aquoso

Clorex.

Álcoolico

Álcool

70%

Água

Oxigenada

Vaselina Total

Pronto

Socorro

4 2 1 0 2 2 11

UTI Neonatal

1 4 4 1 1 0 11

UTI Adulto

1 0 5 1 0 4 11

Maternidade

4 0 0 3 0 3 10

Clinica Médica

2 1 2 0 0 6 11

CME

7 0 3 9 0 2 21

TOTAL 19 7 15 14 3 17 75

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

De acordo com a Tabela 1 foram coletados 6 tipos de soluções

envasadas em almotolias, perfazendo um total de 75 amostras. Destas,

amostras 54 almotolias foram coletadas durante a assistência prestada ao

paciente nos setores, e as outras 21 almotolias que restaram foram coletadas

na CME. As almotolias coletadas neste local pertenciam aos setores de origem

e já estavam fora da validade ou a solução envasada já havia acabado,

contudo, as amostras destas almotolias foram coletadas antes do processo de

desinfecção. Em seguida, após o processo de desinfecção foram selecionadas

aleatoriamente, outras 25 amostras, formando um total de 100 amostras.

Posteriormente, as amostras foram levadas para refrigeração a

temperatura de 12º C até seu processamento no laboratório de Microbiologia

do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, Lins/SP. As

amostras foram analisadas após seis horas de sua coleta.

2.2 Materiais

Serão descritos os materiais e equipamentos utilizados para coleta,

transporte, armazenamento e processamento das amostras.

Page 37: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

30

2.2.1 Swab estéril com meio de transporte Stuart

O Swab estéril é uma haste confeccionada em polipropileno (PP) com

algodão especial de alta absorção estéril utilizada para pesquisas e coletas de

materiais para testes biológicos. O meio de transporte Stuart possui uma cor

branca opalescente semi-sólido (Figura 2), tem o intuito de conservar os

microrganismos presentes no objeto coletado, tendo a capacidade de inibir

reações enzimáticas auto-destrutivas, especialmente a oxidação e a morte

bacteriana. É adequado para o transporte de Enterobacteriaceae,

Haemophilus, Neisserias, Streptococcus, Bordetella, Staphylococcus,

Pseudomonas, fungos e anaeróbios. (NOGUEIRA et al., 2007)

Figura 2 - Swab estéril com meio de transporte Stuart.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

2.2.2 Meio MacConkey Agar

O Agar Mac Conkey (Figura 3) é um meio seletivo utilizado para

isolamento e identificação da Enterobacteriacea, esse meio também é utilizado

para diferenciar coliformes de enterobactérias patogênicas não fermentadoras

de lactose. A digestão pancreática de gelatina e a peptona fornecem para o

meio de nutrientes básicos como: nitrogênio, vitaminas, minerais e

aminoácidos. A lactose fornece o carboidrato como fonte de energia. O cloreto

de sódio otimiza o crescimento de Salmonella e Shigella. Os sais biliares n°3 e

Page 38: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

31

o cristal violeta são os agentes seletivos. O vermelho neutro é um indicador de

pH. O Agar bacteriológico é o agente solidificante. A fermentação de lactose

por coliformes provoca a acidificação do meio com uma consequente

precipitação dos sais biliares e absorção do vermelho neutro. Os coliformes

crescem como colônias vermelhovioleta circundadas por uma zona de

precipitação. As cepas não fermentadoras de lactose (Salmonella spp. e

Shigella spp.) crescem transparentes incolores e sem nenhuma zona de

precipitação. KASVI. Lote: 041217501 Validade: 09/04/2021.

Figura 3 - Meio de Cultura Bacteriológica MacConkey Agar.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

2.2.3 Placas de Petri

Trata-se de uma vidraria ou plástico arredondado, achatado, com

dimensões variadas (Figura 4), utilizada para separar e pesar substâncias,

além de ser um recipiente utilizado para meios de cultura. A placa tem como

finalidade guardar amostras diversas e auxiliar nos procedimentos de análises

microbiológicas. (MARTY, MARTY, 2014)

Figura 4 - Placas de Petri com Meio de Cultura seletivo MacConkey Agar.

Page 39: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

32

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

2.2.4 Estufa de Cultura Bacteriológica

Equipamento elétrico (Figura 5) que atinge uma temperatura constante,

proporcionando calor para crescimento de microrganismos não patogênicos e

patogênicos, podendo também ser utilizado para a secagem de materiais,

como vidrarias, além de ser muito utilizada na incubação de culturas

bacteriológicas. (MARTY, MARTY 2014).

Figura 5 - Estufa de Cultura Bacteriológica Fanem Modelo 00CB.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Page 40: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

33

2.2.5 Bancada de Fluxo Laminar Vertical

Equipamento (Figura 6) estéril utilizado em laboratórios para as

realizações de trabalhos biológicos e estéreis, utilizado particularmente na

manipulação de materiais, evitando a contaminação de agentes

microbiológicos, mantendo a segurança da manipulação e análises, sem que

ocorra a contaminação das amostras e do meio ambiente, proporcionando uma

melhor visibilidade no manuseio e segurança das amostras.

Figura 6 - Bancada de Fluxo Laminar Vertical Modelo Pachane.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

2.2.6 Contador de Colônias

O contador de colônias (Figura 7) é indicado para contagem rápida de

colônias de bactérias ou fungos que crescem nas placas de Petri,

apresentando ótimas condições de iluminação e visibilidade, obtidas através de

uma lâmpada circular fluorescente com lupa de aumento e com uma haste

flexível na ponta, facilitando a identificação da contagem de colônias

apresentadas nas placas de petri.

Page 41: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

34

Figura 7 - Contador de Colônias.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

2.3 Condições Ambientes

As coletas foram realizadas nos setores pesquisados, onde a

temperatura do ambiente variou de 31 a 37°C, sendo que a temperatura foi

aferida através de termômetro instalado no ambiente, com exceção da CME

onde a temperatura variava de 21 a 35°C. As coletas das amostras foram

realizadas respeitando os princípios assépticos, onde foi utilizado máscara,

gorro e luvas de procedimento. O processamento das amostras foi realizado no

Laboratório de Microbiologia do Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium Lins/Sp, no período noturno a temperatura variava entre 21 a 35°C.

Concluindo o ambiente tanto do hospital quanto do laboratório possuiu todos

aportes necessários para efetivar a pesquisa.

2.4 Processamentos das Amostras

Primeiramente foi realizada a lavagem e desinfecção das mãos e da

bancada de fluxo laminar vertical com álcool 70%, logo após as amostras foram

colocadas na bancada, que tem o intuito de criar e manter um lugar estéril para

manipulação dos materiais biológicos como demonstrado na Figura 8.

Page 42: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

35

Figura 8 - Bancada de fluxo laminar vertical com amostras e placas de petri,

antes da técnica de estriamento.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

As placas de petri médias e pequenas com o meio seletivo para

enterobactérias foi dividido ao meio e identificadas por setor, numeração e data

da coleta (ex: UTI Adulto, 28/01, E1). Após a identificação a placa é aberta e o

Swab é passado em técnica de estriamento por movimento único. As amostras

foram inseridas na estufa de cultura Fanem Modelo 00CB para incubação

bacteriológica, permaneceram um período de 48 horas à 37º C (Figura 9).

Figura 9 - Estufa de cultura bacteriológica Fanem Modelo 00CB, com as placas

de petri para encubação bacteriológica.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Page 43: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

36

Logo após esse período de encubação foi realizado a análise

microbiológica das amostras (Figura 10), selecionando as amostras com

crescimento bacteriológico.

Figura 10 - Análise das amostras.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

2.6 Resultados e Discussão

Com base nos resultados encontrados houve um crescimento

significativo de enterobactérias, já que mais da metade das amostras estavam

contaminadas por Coliformes, Salmonella e Shigella, em todos os setores as

amostras foram coletadas de modo estéril e aleatória. Segue abaixo os

quadros de caráter qualitativo e quantitativo.

Quadro 1 - Setor Pronto Socorro.

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

28/01/2019 2 Coliforme Crescimento

29/01/2019 2 - Estável

30/01/2019 2 Coliforme Crescimento

31/01/2019 2 Salmonela/Shigella Crescimento

01/02/2019 3 Coliforme/Salmonela/Shigella Crescimento

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Quadro 2 - Setor UTI Adulto.

Page 44: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

37

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

28/01/2019 2 Coliforme/Salmonela/Shigella Crescimento

29/01/2019 2 - Estável

30/01/2019 2 Coliforme Crescimento

31/01/2019 2 - Estável

01/02/2019 2

1

Salmonela/Shigella

Coliforme/Salmonela/Shigella

Crescimento

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Quadro 3 - Setor UTI Neonatal.

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

28/01/2019 2 - Estável

29/01/2019 2 Salmonela/Shigella Crescimento

30/01/2019 2 Coliforme/Salmonela/Shigella Crescimento

31/01/2019 2 Salmonela/Shigella Crescimento

01/02/2019 3 Salmonela/Shigella Crescimento

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Quadro 4 - Setor Maternidade.

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

28/01/2019 2 Coliforme Crescimento

29/01/2019 2 - Estável

30/01/2019 2 Coliforme Crescimento

31/01/2019 2 Salmonela/Shigella Crescimento

01/02/2019 2 Coliforme/Salmonela/ Shigella Crescimento

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Quadro 5 - Clinica Médica.

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

28/01/2019 1

1

Coliforme

-

Crescimento

Estável

29/01/2019 2 Coliforme/Salmonela/Shigella Crescimento

30/01/2019 2 Coliforme/Salmonela/Shigella Crescimento

31/01/2019 2 Salmonela/Shigella Crescimento

01/02/2019 3 Coliforme/Salmonela/Shigella Crescimento

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Quadro 6 - Setor Central de Material de Esterilização – Antes da desinfecção.

Page 45: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

38

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

31/01/2019 18 Coliforme/Salmonela/Shigela Crescimento

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

Quadro 7 - Setor Central de Material de Esterilização – Depois da desinfecção.

Data N. coletas Tipo de bactéria Crescimento/Estável

30/01/2019 25 - Estável

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.

De acordo com os quadros acima houve o crescimento de

enterobacteriaceae em 61 de 100 amostras analisadas durante a pesquisa, o

setor onde a contaminação das almotolias ficou mais evidente foi a Clínica

Médica, pois houve crescimento de MO em 10 de 11 amostras. Nas coletas

realizadas na UTI Neonatal e Pronto Socorro observou-se crescimento de

enterobactérias em 9/11 amostras; maternidade com 8/10 amostras e por

último a UTI adulto com 7/11 amostras.

Na CME, antes da desinfecção, foram coletadas e analisadas 21

amostras, sendo que 18 apresentavam contaminação por enterobactérias,

porém observou-se que após a desinfecção das almotolias não houve nenhum

crescimento microbiano. Dentre as 61 amostras coletadas em 50 foram

encontradas Salmonella/Shigella e 46 Coliformes.

Como resultado dos testes da pesquisa foi encontrada a bactéria na

parte rosquiavel das almotolias, assim, é possível supor que as soluções, bem

como as almotolias, são uma fonte de colonização de microrganismos, que

podem agravar o estado de saúde do enfermo ou o risco de infecção através

da infecção cruzada.

Abebe et al., (2018) afirma que a doença diarreica é a segunda principal

causa de morte entre crianças menores de 5 anos, sendo responsável em

matar mais de 525.000 crianças por ano em países subdesenvolvidos, já que

nesses países o saneamento básico, estado nutricional, higienização são

deficientes, onde os principais agentes etiológicos que causam a morte por

diarreia são os Rotavirus, Salmonella e a Shigella.

A contaminação por coliformes, não é necessariamente um indicador de

patógenos e sim um indicador de condições sanitárias insatisfatórias, técnicas

Page 46: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

39

inadequadas de manipulação, falhas durante o processo de higienização e

desinfecção de equipamentos e materiais. (LIMA et al., 2005)

Na pesquisa as 25 amostras coletadas e analisadas após a desinfecção

não houve crescimento bacteriológico, comprovando que a ação microbicida do

hipoclorito de sódio 1% é eficaz, porém não há durabilidade de sete dias,

constatando um meio de colonização de bactérias, causando riscos ao

paciente e prejuízos a instituição.

De acordo com Pereira (2015) mesmo se o hipoclorito de sódio 1% for

eficaz na desinfecção, existem dificuldades a serem enfrentadas como a

manipulação dos equipamentos pelos profissionais e a resistência dos

microrganismos ao desinfetante, já que a ação antimicrobiana de todos

desinfetantes, inclusive do hipoclorito está ligada à concentração e ao tempo,

onde muitas vezes a desinfecção não é eficaz e não tem a durabilidade

esperada.

É possível avaliar várias falhas nos setores como a falta de lavagem das

mãos dos profissionais, após procedimentos, o uso inadequado das almotolias,

já que os profissionais desrosqueavam o objeto, no intuito de avolumar a

quantidade das soluções, a falta de atenção ao vencimento das almotolias, pois

foram encontrados vasilhames vencidos há mais de 5 dias, observou-se

profissionais de enfermagem preenchendo as almotolias sem a desinfecção

indicada, já que por ser um item semicrítico, deve-se fazer a desinfecção

semanalmente, após o término da solução, no casos das soluções acabarem

antes do sétimo dia e quando a almotolia estiver sem data de validade.

Cataneo et al., (2011 apud ALMEIDA et al., 2018, p.03) descrevem que

“o paciente que desenvolver infecção hospitalar, independentemente da fonte

ou motivo, elevará seu tempo de permanência internado”, causando gastos ao

hospital com medicamentos, materiais, equipamentos, que poderiam ser

evitados institucionalizando atos simples como a lavagem das mãos.

Nakashima (2017, p.03) descreve que “o ambiente hospitalar é fonte

reservatória de microrganismos capazes de se disseminar principalmente pelas

mãos dos profissionais da saúde ou por fômites”. As almotolias são

manipuladas por vários profissionais, sendo utilizadas em diversos

procedimentos, o uso inadequado da manipulação do objeto e a negligência

dos profissionais com a falta de lavagem das mãos, acarretam o aumento dos

Page 47: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

40

casos de infecções associadas aos cuidados à saúde, reforçando a importância

de lavar as mãos para a diminuição das infecções cruzadas no ambiente

hospitalar.

A vaselina foi a solução envasada que mais apresentou contaminação

por enterobactérias, sendo que de 17 amostras 14 apontaram a presença do

MO. Acredita-se que esse fenômeno esteja relacionado às características da

solução pois a vaselina não tem função antisséptica, por ser uma solução

oleosa, acredita-se que a probabilidade é maior de adesão de sujidades

quando comparado a soluções antissépticas como o álcool, clorexidina

alcoólico, clorexidina aquoso, entre outros. Por outro lado, por ser muito

utilizado em curativos e hidratação da pele, pode haver contaminação o

vasilhame, o que constitui infecção cruzada indireta.

Com os resultados encontrados percebe-se que é necessário instituir,

efetivamente, precauções para manipulação das almotolias, no intuito de

aumentar a durabilidade da ação microbicida do desinfetante.

2.7 Considerações Finais

Logo após o término da pesquisa em um hospital do interior do estado

de São Paulo, observou-se que a desinfecção por ação do hipoclorito de sódio

a 1% é eficaz. Porém acredita-se que houve falhas como a ineficiência na

higienização das mãos dos profissionais, antes de tocar nas almotolias ou após

os procedimentos; o uso inadequado desse tipo de artigo, já que os

profissionais “desrosqueavam” o objeto, no intuito de avolumar a quantidade

das soluções; a falta de atenção ao vencimento das almotolias, pois foram

encontrados vasilhames vencidos há mais de 5 dias nos setores pesquisados e

foi observado que profissionais de enfermagem envasam soluções no setor a

fim de completar o conteúdo que foi utilizado.

Durante o estudo ficou evidente a falha na utilização das almotolias

pelos profissionais, já que essas atitudes contribuem para a contaminação dos

vasilhames reduzindo a eficácia da desinfecção quando utilizado hipoclorito de

sódio a 1%.

A literatura acerca da temática é escassa, embora o hipoclorito seja

utilizado amplamente nas EAS o tema é pouco abordado pela comunidade

Page 48: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

41

científica em geral. Acredita-se que isso ocorra em decorrência das

dificuldades que os hospitais apresentam em realizar seus testes

microbiológicos e também em virtude de algumas EAS, substituírem as

almotolias reprocessáveis por frascos de solução para uso individual em

pacientes, portanto não foi possível correlacionar os dados encontrados na

presente pesquisa com outros encontrados em estudos correlatos.

Diante dos resultados encontrados no presente estudo, foi possível

responder a problemática levantada aventada na etapa inicial da pesquisa pois

observou-se que a desinfecção por hipoclorito de sódio a 1% foi eficaz, porém

a durabilidade do processo não atingiu os 7 dias consecutivos preconizados.

Há a necessidade de implantação de atividades educacionais relacionadas às

precauções padrão, bem como o desenvolvimento de boas práticas no

atendimento ao público interno e externo das EAS.

Page 49: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

42

REFERÊNCIAS

ABEBE, Wondwossen et al. Prevalence and antibiotic susceptibility patterns of Shigella and Salmonella among children aged below five years with Diarrhoea attending Nigist Eleni Mohammed memorial hospital, South Ethiopia. BMC Pediatrics. Ethiopia, v.18, n.241, p. 1-6. 2018. Disponível em: https://bmcpedia tr.biomedcentral.com/track/pdf/10.1186/s12887-018-1221-9. Acesso em: 20 Abr. 2019.

AGUIAR, Daniele Fernandes de; LIMA, Aline Bárbara Garcia; SANTOS, Rita Batista. Uso das precauções-padrão na assistência de enfermagem: um estudo retrospectivo. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 12, n.3, p.571/575. Setembro, 2008, Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/1277 /127 715320027.pdf. Acesso em: 22 de outubro de 2018.

ALBUQUERQUE, Adriana Montenegro et al. Infecção cruzada no centro de terapia intensiva à luz da literatura. Revista Ciência Saúde Nova Esperança. V.11, n.1, p 78/87, Junho 2013. Disponível em: <http://www.facene.com.br/wpcontent/uploads/2010/11/INFEC%E2%94%9C%2587%E2%94%9C%2583O-CRUZADA-NO-CENTRO-.pdf>. Acesso em: 01 Outubro. 2018.

ALMEIDA, Wagner Bechorner et al. Infecção hospitalar: controle e disseminação nas mãos dos profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva. REAS/EJCH. V.11, n.2, p. 01-07, 2018. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/130/93. Acesso em: 19 Abr.2019

ALVES, Anelise Pezzi; BEHAR, Paulo Renato Petersen. Infecções hospitalares por enterobactérias produtoras de Kpc em um hospital terciário do sul do Brasil. Revista da AMRIGS. Porto Alegre. V.57 n.3, p 213-218, jul.-set. 2013. Disponível em:<http://www.amrigs.org.br/revista/57-03/1226.pdf>. Acesso em: 25 Out. 2018.

BALANI, Katia Cristina; MARCUZ, Fernanda Santos. Utilização do jaleco pelos profissionais de saúde de um pronto atendimento do município de Cianorte – Paraná - Brasil. Revista uningá review ,Paraná, v. 17, n. 1, p 2178-2571, jan. 2014. Disponível em: http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/vi ew/1485 Acesso em: 26 Outubro 2018.

BORGES, Flávia Kessler et al. Perfil dos pacientes colonizados por enterobactérias produtoras de KPC em hospital terciário de Porto Alegre, Brasil. ClinBiomed Res. Porto Alegre. V.35, n.1, p 20-26. 2015. Disponível em:http:// doi.editoracubo.com.br/10.4322/2357-9730.51134. Acesso em: 04 Outubro. 2018.

BROOKS, Geo. . Porto Alegre: AMGH,2014.

CARNEIRO, Lilian et al.Identificação de Bactérias Causadoras de Infecção Hospitalar e Avaliação da Tolerância a Antibióticos. Newslab. Goiás, v.86, p 106/114, 2008. Disponível em:https://www.researchgate.net/profile/Marcos_Pesquero/publication/268429027_Identificacao_de_Bacterias_Causadoras_de_Infe

Page 50: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

43

ccao_Hospitalar_e_Avaliacao_da_Tolerancia_a_Antibioticos/links/54ff11620cf2eaf210b4b069/Identificacao-de-Bacterias-Causadoras-de-Infeccao-Hospitalar-e-Avaliacao-da-Tolerancia-a-Antibioticos.pdf>. Acesso em: 25 Out. 2018.

CEDRAZ, Rayane Oliveira et al. Gerenciamento de riscos em ambiente hospitalar: incidência e fatores de riscos associados à queda e lesão por pressão em unidade clínica. Esc. Ana Nery. Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p 01-07, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v22n1/pt_1414-8145-ean-2177-9465-EAN-2017-0252.pdf. Acesso em: 14 Out. 2018.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA – COREN/SC. Resposta técnica COREN/SC n° 45/CT/2015/RT. Florianópolis-SC, 2015. Disponível em: http://transparencia.corensc.gov.br/wp-content/uploa ds/2016/05/RT-045-2105-Uso-limpeza-e-desinfec%C3%A7%C3%A3o-de-almo tolias-para-%C3%A1lcool-l%C3%ADquido-e-outros-produtos-qu%C3%ADmico s-fracionados-utilizados-em-estabelecimentos-de-sa%C3%BAde.pdf>. Acesso em: 17 Dez. 2018.

COSTA, Janaína Anchieta et al. Atividades de enfermagem em centro de material e esterilização: contribuição para o dimensionamento de pessoal. Revistas Científicas de América Latina Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, v.24, n.2, p. 249/256, 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=30702 3871015> . Acesso em: 20 jan. 2019.

ENGELKIRK, Paul; ENGELKIRK, Janet Duben. Burton, microbiologia para as ciências da saúde. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2012.

ESMANHOTO, Cibele Grothe et al. Microrganismos isolados de pacientes em hemodiálise por cateter venoso central e evolução clínica relacionada. Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, V.26, n.5, p 413-420, Agosto 2013. Disponível em: http://www.repositorio.unifesp.br/bitstream/handle/11600/7525/ S0103-21002013000500003-pt.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: 27 Out. 2018.

FRUTUOSO, Daniela. Limpeza e Desinfecção de Materiais e Superfícies. 2018. 61p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/187290/Reposit%C3%B3rio.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 09 Dez. 2018.

GARCIA, Augusto Cesar. O exame ultrassonográfico como potencial fonte de infecção cruzada e nosocomial: uma revisão da literatura. Radiol Bras. V.48, n.5, p. 319–323, Set/Out. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rb/v48 n5/pt_0100-3984-rb-48-05-0319.pdf >. Acesso em: 15 jan. 2019.

GILDO, Maria Gomes Pereira et al. Avaliação da eficácia antimicrobiana de desinfetantes utilizados na rotina de limpeza hospitalar. Revista Expressão Católica Saúde. v. 2, n. 2, p. 34-39, Jul/Dez. 2017. Disponível em: http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/recsaude/article/view/2211/pdf. Acesso em: 08 Dez. 2018.

Page 51: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

44

GOMES, Andreza Cristina et al. Caracterização das infecções relacionadas a assistência à saúde em Unidade de Terapia Intensiva. Revista de Enfermagem UFPE. Recife. V.8, n.6, p.1577-1585. Junho 2014. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/9848/10059>. Acesso em: 07 Março. 2018.

GONÇALVES, Raquel Calado da Silva et al. Prática operacional do enfermeiro no centro de material e esterilização: revisão integrativa. Revista de enfermagem UFPE online. Recife, V.9, p.745-749, Fev. 2015. Disponível em: < file:///C:/Users/Amanda/Downloads/10394-21223-1-PB%20(1).pdf >. Acesso em: 20 jan. 2019.

GUIMARÃES, Maria Aparecida et al. Processamento de Artigos para a Saúde: Boas Práticas como Garantia de Qualidade. Processamento de artigos para a saúde. Minas Gerais, p.61-67, 2017. Disponível em: http://200.229.32.55/index.php/enfermagemrevista/article/viewFile/15417/11796. Acesso em: 20 Abr.2019.

LEAL, Gabriele de Andrade; RIBEIRO, Joathan Borges; LIMA, Edson Paulo Santos. A higienização hospitalar: uma solução paliativa. Ciências Biológicas e de Saúde Unit. Aracaju. v. 4, n. 2, p. 61-70, Out. 2017. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernobiologicas/article/view/4133/2508. Acesso em: 28 Abr.2019.

LIMA, Ana Raquel da Costa et al. Avaliação microbiológica de dietas enterais manipuladas em um hospital. Acta Cirúrgica Brasileira. Rio Grande do Norte. V.20, p. 27/30, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/acb/v20s1/25564.p df. Acesso em: 20 Abr.2019.

LIMA, Lara Dias. Estudo da metodologia de análise de hipoclorito de sódio na indústria de saneantes. 2018. 36p. Trabalho de Conclusão de Curso (Gra-duação). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/35015/1/2018_tcc_ldlima.pdf. Acesso em: 09 Dez. 2018.

LIMA, Maria Vilma Machado Braga et al. Processo de desinfecção de endoscópios: um estudo de revisão. Escola baiana de medicina e saúde pública curso de especialização em centro cirúrgico, recuperação anestésica e centro de material esterilização. Salvador. 2014. Disponível em: http://www.repositorio.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/548/1/ARTIGO%20VILMA%20E%20ELI%2014_10%20II%20TCC%20CORRIGIDO%20BAHIANA%20II.pdf. Acesso em: 20 jan. 2019

MARTY, Elizangela; MARTY Roseli Mary. Materiais, equipamentos e coleta: Procedimentos Básicos de Análises Laboratoriais. São Paulo: Érica, 2014.

MENEZES, Joana Marilia Rodrigues; PORTO, Maria Luísa Souto; PIMENTA, Carla Lauise. Perfil da infecção bacteriana em ambiente hospitalar. Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 15, n. 2, p. 199-207, mai.ago. 2016. Disponível em: https://rigs.ufba.br/index.php/cmbio/article/viewFile/15027/12746. Acesso em: 20 Abr.2019.

Page 52: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

45

MOURA, Maria Eliete Batista et al. Infecção hospitalar: estudo de prevalência em um hospital público de ensino. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília. V.60, n.4, p 416-421. Julho- Agosto 2007. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/2670/267020026018/. Acesso em: 07 Outubro 2018.

NAKASHIMA, Karina Martins Nogueira Napoles et al. Medidas de controle para disseminação de bactérias multirresistentes em hospital geral de Fortaleza, CE, Brasil - Limpeza e desinfecção dos equipamentos médicos hospitalares. ABIH, Fortaleza, v.6,n.4. p. 01-14, Nov. 2017. Disponível em: file:///C:/Users/lab.LABC4M3/Downloads/192-923-1-PB.pdf. Acesso em: 22 Abr.2019.

NOGUEIRA, Daniel Cruz et al. Comparação entre dois meios de coleta e transporte para estudo da microbiota conjuntival de indivíduos normais. Arq Bras Oftalmol. São Paulo. V. 70, n° 6, p.929-934, 2007. Disponível em: < https://www.researchgate.net/profile/Leao_Serruya/publication/5615894_Comparison_of_two_transportation_media_for_study_of_normal_individual_conjunctival_microbiota/links/558d4d7b08aeada95566b7dc/Comparison-of-two-transportation-media-for-study-of-normal-individual-conjunctival-microbiota.pdf >. Acesso 04 maio 2019.

OLIVEIRA, Adriana Cristina de; DAMASCENO, Quésia Souza. Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão. Rev. Escola Enferm. USP. Belo Horizonte. V.44, n.4, p 1118-1123. 2010. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/40655/43 872. Acesso em: 25 Out. 2018.

OLIVEIRA, Adriana Cristina de; SILVA, Marlene das Dores Medeiros . Caracterização epidemiológica dos microrganismo em jaleco doa profissionais de saúde. Revista eletrônica de enfermagem. Minas Gerais. 2013, v.15 p. 80-87. Disponível em http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i1.17207. Acesso em 05 maio 2019.

PAINA, Thamires de Araújo et al. Conhecimento de auxiliares de higienização sobre limpeza e desinfecção relacionados à infecção hospitalar. Revista de Enfermagem da UFSM. Santa Maria. n. 1, p. 121-130, Jan/Marc. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/12132/pdf. Acesso em: 11 Dezembro 2018

PAUROSI, Danielly Romeiro et al. Diretrizes operacionais para uma central de material e esterilização odontológica: uma proposta da enfermagem. Revista Uningá Review. Maringá. v. 17, n. 2, p. 05-10, jan. 2014 Disponível em: <http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1495>. Acesso em: 19 jan. 2019.

PEREIRA, Milca Severino et al. A infecção hospitalar e suas implicações para o cuidar da enfermagem. Revista Redalyc. Goiás. V.14, n.2, p 250-257. Abr-Jun.2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v14n2/a13v14n2.pdf. Acesso em 03 Outubro. 2018.

Page 53: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

46

PRIMO, Mariusa Gomes Borges et al. Adesão à prática de higienização das mãos por profissionais de saúde de um Hospital Universitário. Rev. Eletr. Enfermagem. Goiania,v. 12, n. 2, p 266-271, abr./jun,2010.Disponivel em: https://www.fen.ufg.br/revista/v12/n2/v12n2a06.htm. Acesso em 20 Out. 2018.

QUEIROZ, Neusa Santos. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Contexto enfermagem. Florianópolis, v.13, n.1, p. 64-70, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v13nspe/v13nspea07.pdf>. Acesso em: 21 Out. 2018.

REIS, Lúcia Margarete dos et al. Avaliação da atividade antimicrobiana de antissépticos e desinfetantes utilizados em um serviço público de saúde. REBEN. Brasília. N.5, p. 870-875, set-out. 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/html/2670/267022214010/. Acesso em: 11 Dezembro 2018.

RENNER, Jacinta Sidegum et al. Qualidade de vida e satisfação no trabalho: a percepção dos técnicos de enfermagem que atuam em ambiente hospitalar. Rev. Min. Enfermagem. Novo Hamburgo. V. 18, n.2. p 440-446. Abr/Jun 2014. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/938. Acesso em: 03 Outubro. 2018.

SANTOS, Ana Maria Ribeiro et al. Processamento de produtos para saúde em centro de material e esterilização. Revista SOBECC. São Paulo. v. 20, n.4, p. 220-227. Out./dez. 2015. Disponível em: <http://www.sobecc.org.br/arquivos/ar tigos/2015/pdfs/v20n4/220-227.pdf >. Acesso em: 20 jan. 2019.

SCHEIDT; Kátia Liberato Sales; ROSA, Leda Regina Soares; LIMA, Eliane de Fátima Almeida. As ações de biossegurança implementadas pelas comissões de controle de infecções hospitalares. Revista de Enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro,v.14, n.3, p 372-377, julho/setembro 2006. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/11363/2/AS%20A%C3%87%C3%95ES%20DE%20BIOSSEGURAN%C3%87A.pdf. Acesso em: 20 Out. 2018.

SEIBERT,Gabriela et al. Infecções hospitalares por enterobactérias produtoras de Klebsiellapneumoniaecarbapenemase em um hospital escola. Rev.Einstein. São Paulo. V.12, n.2, p 282-286. Junho. 2014. Disponível em: http://apps.einstein .br/revista/arquivos/PDF/3131-282-286_port.pdf>. Acesso em 04 Outubro. 2018.

SILVA, Leticia Aparecida dos Santos. Ambiente hospitalar: uma proposição conceitual para o elemento do entorno do cuidado de enfermagem. 2010. 282p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2017. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br /bvs/publicacoes /hfb /dissertacao_leticia.pdf. Acesso em: 14 Out. 2018.

SIQUEIRA, Marcos André de Souza et al. Infecções hospitalares relacionadas a procedimentos invasivos em unidades de terapia intensiva: revisão integrativa. Revista Prevenção de Infecção e Saúde. V.3, n.3, p 49-58. 2017. Disponível em: file:///C:/Users/lab.LAB4C5M3/Downloads/4251-24379-2-PB.pdf. Acesso em: 21Out. 2018.

Page 54: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

47

SOUZA, Daniel Ramos et al. principais métodos de desinfecção e desinfetantes utilizados na avicultura: revisão de literatura. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA Paraná – Brasil Número 16 – Janeiro de 2011. Disponível em:http://www.faef.revista.inf.br/imagensarquivos/ arquivos_destaque/m6Q26BL5uE3g5vW_2013-6-26-10-53-19.pdf > Acesso em: 10 Dez. 2018.

SVALDI, Jacqueline Sallete Dei; SIQUEIRA, Hedi Crecencia Heckler de. Ambiente hospitalar saudável e sustentável na perspectiva ecossistêmica: contribuições da enfermagem. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v.14 n. 3, p 599 /604,Julho/Set. 2010. Disponível em: http://www. scielo.br/pdf/ean/v 14n3/v14n3a23 .pdf. Acesso em: 19 Out. 2018.

SULZBACHERI, Ethiele; FONTANA, Rosane Teresinha. Concepções da equipe de enfermagem sobre a exposição a riscos físicos e químicos no ambiente hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília. v. 66, n.1, p 25-30. Jan-Fev. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n1/v66 n1a04.pdf. Acesso em: 25 Out. 2018.

TEODORO, André Luiz. Avaliação da técnica de desinfecção dos colchões de uma unidade de atendimento a saúde. Revista Ministério Enfermagem. V.15, n.2, p. 242/247.Abril/junho, 2011. Disponível em: < file:///C:/Users/Amanda/Downloads/v15n 2a12.pdf > Acesso em: 13 jan. 2019.

TURRINI, Ruth Natalia Teresa. Percepção das Enfermeiras sobre fatores de risco para a infecção hospitalar. Revista Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v.34, n.2, p 174-184, Junho. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/reeusp/v34n2/v34n2a07 > Acesso em: 06 Outubro. 2018.

VALLE, Andréia Rodrigues Moura da Costa et al. Representações sociais da biossegurança por profissionais de enfermagem de um serviço de emergência. Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro, v.12, n.2, p 304-309. Junho 2008. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/1277/127715310016.pdf . Acesso em: 06 Outubro. 2018.

Page 55: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

48

ANEXOS

Page 56: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

49

ANEXO A: Parecer Consubstanciado do CEP

Page 57: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

50

Page 58: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

51

Page 59: DESINFECÇÃO DE ALMOTOLIAS: ATIVIDADE ...as brincadeiras, conselhos, choros, risadas, preocupações e até das discussões. Saibam que torço por cada um de vocês, tenho a certeza

52

ANEXO B: Declaração Associação Hospitalar Santa Casa De Lins