designação : associação portuguesa de psicologia e...
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Designação: Associação Portuguesa de Psicologia e Psiquiatria Transcultural (APPPT) Correspondência: Rua Gonçalves Crespo, 4, 2º Dto., 1150-185 Lisboa Contacto: T: 21 3556321, T/Fax: 21 7270577 Presidente da Direcção: Maria Inês Silva Dias Breve historial da APPPT e caracterização das suas actividades
A Associação Portuguesa de Psicologia e Psiquiatria Transcultural (APPPT) foi criada em 2002. A sua história está intimamente ligada ao Núcleo de Psiquiatria Transcultural (NPT) do Hospital Miguel Bombarda (HMB) fundado em Setembro de 1995. Nele se integravam diversos médicos do HMB a quem vieram juntar-se médicos doutras instituições, bem como profissionais de distintas formações. Sentindo-se a necessidade de levar mais longe os objectivos e iniciativas do NPT e de adquirir uma maior autonomia, que nos permitisse a colaboração de profissionais e instituições fora do âmbito de influência do HMB, foi criada a APPPT em 2002.
Nos estatutos da associação estão definidos os objectivos:
• sensibilização, informação e divulgação de conhecimentos na área da psicologia e psiquiatria transcultural;
• fomentar a formação dos profissionais e a investigação científica, contribuindo para o conhecimento e desenvolvimentos respectivos
• prestar serviços de psicologia e psiquiatria transcultural às populações migrantes e refugiados.
Na prossecução destes objectivos promoveram-se iniciativas e realizaram-se diversos eventos, entre os quais destacamos a abertura em 2004 da Consulta do Migrante no HMB, resultante de um protocolo entre a associação e aquele hospital.
A criação da Consulta do Migrante tinha em vista a existência de uma consulta de Psiquiatria e Saúde Mental dirigida à população adulta de migrantes que se encontrassem em situação de sofrimento psíquico, doença mental, cujos quadros clínicos apresentassem elementos de patologia associados a processos de migração e inserção numa nova sociedade, nas quais a língua e ou o contexto cultural requeressem uma intervenção especializada. Incluia estrangeiros e filhos de estrangeiros, emigrantes retornados e seus filhos (2ª geração ), minorias étnicas e refugiados.
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Os cuidados eram prestados por uma equipe pluriprofissional, integrando pessoas de diversas formações académicas, algumas delas com experiência como migrantes.
A reestruturação nacional do serviço de saúde e mudanças ocorridas na administração hospitalar determinaram que no verão de 2007 a consulta fosse encerrada.
Outras realizações da associação incluem:
• Publicação de uma revista anual “Transcultural” de divulgação cientifica na área da transculturalidade, de distribuição gratuita. Desde 2003 foram editados 3 números da revista. Ao realizar esta publicação, a associação ultrapassou os objectivos, pois competia-lhe editar “newsletter” da associação. Precedendo esta publicação havia uma experiência anterior de publicação de Cadernos de Psiquiatria Transcultural no HMB, sendo editados 4 números entre 1996 e 2000, e de Boletins Informativos, sendo também editados 4 números em 2002 e 2003. Como vem mencionado no editorial do 1º número: “a revista surgiu como uma estratégia que formalmente aposta na abertura à divulgação, ao debate, à explanação de experiências incipientes ou mais estruturadas, podendo vir a ser um polo organizador e mobilizador dessas mesmas experiências e contribuir para a estruturação de redes de cooperação”.
Conteúdo das edições dos números já publicados:
Revista Nº 1: Etnopsicanalise do “susto” na cultura popular chilena, Maurício Garcia P.(Ph.D. em psicologia, Director da Escuela de psicologia, Universidade Alberto Hurtado, Chile) Gestalt e Imigração, Macarena Diuana Tarud (psicóloga, Directora da Sociedade Luso-Espanhola da Psicoterapia Gestalt)
Outras culturas, Ana Eduardo Ribeiro (psicóloga ISPA)
Revista Nº2: Para acabar de vez com as dicotomias, Mário Boto Ferreira (professor auxiliar da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa) Etnopsicanalise, Ana Ribeiro (psicóloga ISPA) Uma aproximação à diferença: imigração e cuidados de saúde, Elsa Lechner (doutorada em antropologia, investigadora do ICS)
Revista Nº 3:
Ambiguidade de um nome revisitado: Psiquiatria Transcultural, Mª Inês Silva Dias (psiquiatra, Presidente da APPPT) Emoções migrantes: os limites das abordagens biologistas e construcionistas, Chiara Pussetti (doutorada em antropologia cultural, investigadora associada do Centro de Estudos de Antropologia Social)
• Promoção de acções de sensibilização, divulgação e particularmente formação na área da saúde mental transcultural, abrangendo a divulgação na comunicação
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social da problemática da migração: entrevistas para a televisão (programas “Nós”, ”Sociedade Civil”), jornais e revistas de distribuição nacional (“Visão”, “Médicos de família”, outros).
Estabeleceram-se contactos com associações de imigrantes, Câmaras Municipais, ONGs, Centros de saúde, Hospitais, Instituições académicas nacionais e internacionais. Com algumas destas entidades fizeram-se parcerias e protocolos.
Destaca-se a colaboração com o Alto Comissariado para Imigração e Diálogo Intercultural, em especial com o grupo que se debruça sobre as questões da saúde dos migrantes.
Em 2002 realizou-se o “Encontro Migração e Saúde: Que percursos?”, cujo programa incluía: “Que respostas dos Serviços de Saúde?” Moderador: Prof. Doutor Sampaio Faria, Dr. Carlos Gomes (Psiquiatra – C.A.T. de Lisboa, Enf.ª Rosário Horta e Enf.ª Isabel Sardinha (ARSLTV), Dr.ª Teresa Gomes (Centro de Saúde da Damaia) “Que apoios e estruturas na comunidade?” Moderadora: Dr.ª Isabel Margarida, (Assistente Social do Serviço de Migrações e Apoio Social do M.N.G., Dr.ª Patrícia Carter (Psicóloga; Associação PAISCOOL e APPPT), Dr.ª Lieve Meersschaert (Associação ACMJ do Bairro da Cova da Moura) , Dr. Paulo Vieira (Associação de Jovens Primotores da Amadora Saudável ) “Que formação e informação?”Moderador: Prof. Doutor João Hipólito (UAL), Prof. Doutor Carlos Simões (ISPA,)Prof. Doutor Luís Silva Pereira (ISPA,)Prof. Doutor Rui Mota Cardoso (Universidade do Porto)
Colaboração com o Instituto de Ciências Sociais em 2004 e 2005 na realização de conferências com responsáveis por serviços clínicos para migrantes doutros países (Itália, França, Canada, UK), através dos quais foi possível socializar experiências e práticas clínicas.
• As redes que se foram estabelecendo levaram a que representantes da
associação tivessem participado e colaborado como convidados em diversos tipos de eventos. Referimos apenas alguns: “Do chegar ao estar – problemas e perspectivas de imigração em Portugal”, mesa redonda organizada pelo ISPA em Fevereiro. Apresentaram comunicações: Inês Silva Dias e Elsa Lechner.
“Multiculturalidade - que desafios para os prestadores de cuidados?”,
encontro promovido pela Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA em Abril Moderadora de mesa: Inês Silva Dias.
“Os emigrantes em situação de rua”, workshop organizado pela Câmara Municipal de Lisboa em Maio. Apresentação de comunicação: Inês Silva Dias.
“Multiculturalidade – V Jornadas de Saúde do Centro de Saúde de Sacavém”, em Outubro . Apresentação de comunicação: Inês Silva Dias.