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Design Universal Desenho Universal Design para todos: origem e conceitos ©2012 Cláudio Diniz Alves e Janicy Rocha

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Aula sobre design universal.

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Page 1: Design Universal

Design Universal Desenho Universal Design para todos:

origem e conceitos

©2012 Cláudio Diniz Alves e Janicy Rocha

Page 2: Design Universal

Como surgiu o Design universal?

o termo Design universal foi usado pela primeira vez por ronald mace, arquiteto cadeirante, nos anos 70, em relação à área de arquitetura. Com o passar dos anos, sua aplicação se ampliou a outros ramos técnicos, acadêmicos e profissionais, no desenvolvimento de produtos ao consumido, incluindo, mais recentemente, produtos de telecomunicações e de tecnologia da informação.

Dias, C. usabilidade na Web: Criando Portais mais acessíveis. alta Books, 2007.

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ronald mace

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o que é Design universal?

o Decreto 5296/04 define, em seu artigo 8º e inciso iX, o “Desenho universal” como:

“concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade”.

Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário oficial da união, Brasília: senado Federal, 03 dez. 2004.

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os 7 PrinCíPios Do Design universal

1. igualitário2. adaptável3. Óbvio4. Conhecido5. seguro 6. sem esforço7. abrangente

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igualitário espaços, objetos e produtos que podem ser utilizados por pessoas com diferentes capacidades, tornando os ambientes iguais para todos.

exemplo: portas com sensores que se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas.

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aDaPtável Produtos ou espaços que atendam pessoas com diferentes habilidades e diversas preferências, sendo adaptáveis para qualquer uso.

exemplo: tesoura que se adapta a destros e canhotos.

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ÓBvio

De fácil entendimento para que uma pessoa possa compreender, independentemente de sua experiência, conhecimento, habilidades de linguagem ou nível de concentração.

exemplo: sanitários femininos e masculinos para pessoas com deficiência.

Page 9: Design Universal

ConheCiDo a informação necessária é transmitida de forma a atender as necessidades do receptador, seja ela uma pessoa estrangeira, com dificuldade de visão ou audição.

exemplo: utilizar diferentes maneiras de comunicação, tais como símbolos e letras em relevo, Braille e sinalização auditiva.

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seguro Previsto para minimizar os riscos e possíveis conseqüências de ações acidentais ou não intencionais.

exemplo: elevadores com sensores em diversas alturas que permitam às pessoas entrarem sem riscos de a porta ser fechada no meio do procedimento.

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sem esForçoPossível de ser usado eficientemente, com conforto e com o mínimo de fadiga.

exemplo: maçanetas tipo alavanca, que são de fácil utilização, podendo ser acionadas até com o cotovelo.

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aBrangenteque estabelece dimensões e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo, da postura ou mobilidade do usuário.

exemplo: Poltronas para obesos em cinemas e teatros.

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o Design universal é a conciliação de variáveis como acessibilidade, usabilidade, tecnologias assistivas, além de questões políticas, econômicas e ergonômicas.

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Como surgiu a usaBiliDaDe?

a usabilidade tem suas raízes na Ciência Cognitiva e utilização deste termo iniciou-se na década de 80, como substituto da expressão “user-friendly” (amigável), considerada vaga e muito subjetiva.Dias, C. usabilidade na Web: Criando Portais mais acessíveis. alta Books, 2007.

em 1991, foi fundada a usability Professionals association (uPa), constituída por uma comunidade respeitável de profissionais, pesquisadores e empresas com participação ativa em estudos, pesquisas e testes de usabilidade.

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usaBiliDaDe

Capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso. nBr iso/ieC 9241-11: guia de especificações e medidas de usabilidade. rio de Janeiro: aBnt, 1998. Brasil.

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usaBiliDaDe

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usaBiliDaDe

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usaBiliDaDe

“um conjunto de atributos de software relacionado ao esforço necessário para seu uso e para o julgamento individual de tal uso por determinado conjunto de usuários.” nBr iso/ieC 9126-1: engenharia de software – qualidade de produto. Parte 1: modelo de qualidade. rio de Janeiro: aBnt, 2003. Brasil.

“a usabilidade mede até que ponto um produto de informação, um sistema de informação, um serviço de informação ou uma informação se prestam ao uso.” le CoaDiC, Y. F. a Ciência da informação. 2. ed. tradução de maria Yêda F. s. de Filgueiras gomes. Brasília: Briquet de lemos, 2004.

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usaBiliDaDea usabilidade é um atributo de qualidade que avalia a facilidade com que se usa uma interface. Possui cinco atributos de qualidade:

Facilidade de aprendizado: o sistema deve permitir que o usuário consiga rapidamente explorá-lo e realizar suas tarefas com ele.

Eficiência de uso: o sistema deve permitir que o usuário, tendo aprendido a interagir com ele, atinja altos níveis de produtividade em suas tarefas.

Facilidade de memorização: o sistema deve permitir que o usuário não frequente seja capaz de realizar suas tarefas sem precisar reaprender como utilizá-lo.

Baixa taxa de erros: o sistema deve permitir que o usuário realize suas tarefas sem transtornos, recuperando de erros, caso ocorram.

Satisfação subjetiva: o sistema deve fazer com que o usuário o considere agradável e se sinta subjetivamente satisfeito com ele.

nielsen, J. usability engineering. Chestnut hill, ma, academic Press, 1993.

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os 10 PrinCíPios FunDamentais De usaBiliDaDenielsen, J. ten usability heuristics. Disponível em: <http://www.useit.com/papers/heuristic/heuristic_list.html>.

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1. visibilidade do status do sistema: os usuários devem sempre ser informados, em tempo real, sobre o que está acontecendo no sistema.

Bom exemplo

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2. Compatibilidade do sistema com o mundo real: o sistema deve apresentar a informação com uma linguagem familiar ao usuário.

mau exemplo

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3. Controle do usuário e liberdade: o sistema deve permitir ao usuário ter controle total para que este possa sair de estados indesejados.

Bom exemplo

Page 24: Design Universal

4. Consistência e padrões: o sistema deve seguir uma convenção estipulada inicialmente.

mau exemplo

Page 25: Design Universal

5. Prevenção de erros: melhor que oferecer boas mensagens de erros é prevenir que estes ocorram, verificando e eliminando propensões a erros ou oferecendo ao usuário uma opção antes que este se comprometa com a ação.

Bom exemplo

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6. reconhecimento em vez de memorização: minimizar a sobrecarga de memória do usuário tornando visíveis objetos, ações e opções. informações sobre a utilização do sistema devem estar visíveis ou ser facilmente recuperáveis.

mau exemplo

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7. Flexibilidade e eficiência de uso: oferecer aos usuários mais experientes atalhos e aceleradores que permitam que as tarefas sejam realizadas mais rapidamente.

Bom exemplo:site de buscas DuckDuckgo permite navegar pelos resultados através das setas do teclado

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8. estética e design simples: evitar a utilização de informações irrelevantes ou pouco necessárias.

mau exemplo: BingBom exemplo: google

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9. ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar-se de erros: as mensagens de erro devem utilizar uma linguagem clara, simples e de fácil entendimento, oferecendo opções construtivas para a solução.

mau exemplo

Page 30: Design Universal

10. ajuda e documentação: mesmo que o sistema possa ser utilizado sem documentação, é necessário que haja documentação e ajuda. estas informações devem ser fáceis de encontrar, focadas nas tarefas, não ser muito grande e ter um passo a passo para orientação.

Bom exemplo

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Acessibilidaderemover barreiras de acesso causadas por limitações técnicas, ambientais e humanas.

UsabilidadeProporcionar melhor experiência aos usuários em termos de eficiência, efetividade e satisfação.

Desenho UniversalProporcionar maior usabilidade e acessibilidade para o maior número de pessoas possível, independentemente de suas limitações.

FoCo: DiretriZes

FoCo: sistema/usuários

FoCo: ProDuto Para toDos

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usaBiliDaDe X aCessiBiliDaDe (van amstel, 2006)

embora costumem se sobrepor, são áreas distintas e complementares.

“acessibilidade é a flexibilidade do acesso às funcionalidades de um determinado produto ou local. se um produto ou local é acessível, então ele permite que pessoas com necessidades especiais, seja por deficiência ou por limitações dos meios utilizados, utilizem-no para seus fins.”

“usabilidade é sinônimo de facilidade de uso. se um produto é fácil de usar, o usuário tem maior produtividade: aprende mais rápido a usar, memoriza as operações e comete menos erros.”

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usaBiliDaDe ≠ aCessiBiliDaDe

um site desenvolvido inteiramente em Flash pode ter boa usabilidade, mas possuir graves problemas de acessibilidade, pois o Flash oferece barreiras ao funcionamento de leitores de tela, navegação por teclado, etc.

no caso de pessoas com deficiência, acessibilidade é um pré-requisito para a usabilidade: sem aCesso não há uso.

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Pontos FraCos_iniCiativas De usaBiliDaDe

• exclusão de pessoas com deficiência em pesquisas com usuários.

• Consideração da acessibilidade como um serviço extra.

• Desconsideração do valor de mercado da acessibilidade.

• Desconsideração de aspectos subjetivos da experiência de uso.

van amstel, Frederick. usabilidoido. Disponível em <http://www.usabilidoido.com.br>.

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Pontos FraCos_iniCiativas De aCessiBiliDaDe

•Carência de métodos de pesquisa e avaliação.

•apego excessivo às diretrizes.

• tecnocentrismo.

•Desconsideração de aspectos subjetivos da experiência de uso.

van amstel, Frederick. usabilidoido. Disponível em <http://www.usabilidoido.com.br>.

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eXerCíCio

Dar exemplo de cada um dos sete princípios do Design universal aplicados no ambiente digital.