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Disciplina: Teorias e Técnicas da Comunicação Profa: Mara Baroni 2a aula- 25/08/2010

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Aula ministrada dia 25/08/2010

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Disciplina: Teorias e Técnicas da Comunicação

Profa: Mara Baroni

2a aula- 25/08/2010

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Conceitos Básicos:

Indústria cultural (continuação aula anterior) Cultura Pop Pós-Modernidade Simulacro Jean Baudrillard Simulacro e Simulação Estágios de Evolução Sucessivos da

imagem até chegar no simulacro

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Indústria cultural

“ O conceito de Indústria Cultural foi veiculado

pela primeira vez em 1947, por Horkheimer e Adorno, no texto "A dialética do Iluminismo". O termo foi cunhado em oposição à cultura de

massa, que dava a idéia de uma cultura surgi-

da espontaneamente da própria massa.

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.

Para Adorno, a idéia de que os produtos da Indústria Cultural vêm do povo éequivocada, pois a Indústria Cultural, ao aspirar à integração vertical de seus consumidores, não apenas adapta seus produtos ao consumo das massas, mas também determina esseconsumo.

O termo Indústria Cultural é mais adequado, pois deixa bem claro que tais peças culturais são produtos fabricados para serem consumidos, assim como sabonetes e carros.

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Adorno e Horkheimer partem da constatação de que a sociedade industrial não havia realizado as promessas do iluminismo humanista.

O desenvolvimento da técnica e da ciência não trouxe um acréscimo de felicidade e liberdade para o homem.

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. Considerando-se, diz Adorno, que o iluminismo tem

como finalidade libertar os homens do medo, tornando-se senhores de si e liberando-os do mundo da magia, do mito e da superstição, e admitindo-se que essa finalidade pode ser atingida por meio da ciência e da tecnologia, tudo levaria a crer que o iluminismo instauraria o poder do homem sobre a ciência e a técnica. Mas, o que ocorreu foi justamente o contrário. Liberto do medo mágico, o homem tornou-se vítima de um novo engodo: o progresso da dominação técnica.

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Ao invés do libertar a humanidade, o progresso da técnica acabou por escravizar o homem, alienando-o.

Os meios de comunicação de massa, resultado direto de desenvolvimento da técnica,tiveram papel importante nesse processo de escravização da massa.

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CULTURA POP

O termo cultura pop tem sido usado indiscriminadamente para designar diversos produtos da Indústria Cultural. Fala-se em música pop, pop rock, quadrinhos pop e, finalmente, cultura pop.Mas o que é cultura pop? O que caracteriza algo como pop? Que tipo de cultura é essa, denominada pop?A cultura pop está muito mais próxima da subversão que da ideologia. Ela, constantemente, quer incomodar o receptor, ao invés de acomodá-lo. O trabalho do autor britânico de histórias em quadrinhos) Alan Moore se encaixa perfeitamente nesse padrão. Sua produção de quadrinhos tem sido subversiva e inquietante:do “herói” anarquista em “V de Vingança” à denúncia da moral vitoriana, na história incrivelmente detalhada de Jack, o Estripador,

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O trabalho do autor britânico de histórias em quadrinhos) Alan Moore se encaixa

perfeitamente nesse padrão. Sua produção de quadrinhos tem sido subversiva e inquietante: do “herói” anarquista em “V de Vingança” à denúncia da moral vitoriana, na história incrivelmente detalhada de Jack, o Estripador.

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Revista em quadrinhos e filme

Final da dec.de 70 2006

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Quando achou que os leitores estavam acomodados à sua produção mais

intelectual, Moore, para provocá-los, dedicou-se a fazer histórias de super-heróis

para a editora Image. Essa produção crítica e provocadora não se

encaixa em absoluto no conceito de Indústria Cultural.

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No cinema, há diretores como os americanos QuentinTarantino (, de “Cães de Aluguel” e “Tempo de Violência”) e Terry Gillian e, mais recentemente o indiano M. Night Shyamalan, (de “O Sexto Sentido” e “Corpo Fechado”) que não se encaixam no jeito americano de fazer filmes.

.

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1994

O emblemático:

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Na música há bandas que rompem com os ditames do stablishment: Beatles e suas experimentações, o incorfomismo de Raul Seixas.

O conceito de cultura pop surge não para substituir o de indústria cultural, mas complementá-lo. Ele é aplicado

onde justamente as teorias da escola de Frankfurt falham: nos produtos da indústria cultural que não conformam, mas provocam, não acomodam, mas

incentivam uma leitura crítica da realidade.

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A cultura pop surgiria ou de uma vontade de se contrapor à indústria cultural num

movimento "de dentro", ou daquelas peças que ganham uma nova dimensão em decorrência e sua

carga arquetípica.

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Características da Cultura Pop

A. ser inovadora com relação aos seus congêneres, tanto em termos de forma quanto de conteúdo;

B. apresentar uma leitura crítica de mundo; C. ter um conteúdo arquetípico; D. ser provocadora.”

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Pós- modernidadeSimulacro

“Termo muito difundido no jornalismo. Significa criar algo que possa parecer real, dessa forma iludindo as pessoas com relação a determinada situação.”

"É sempre uma questão de provar o real através do imaginário, de provar a verdade pelo escândalo, de provar o trabalho por intermédio da greve, de provar o capital pela revolução" (BAUDRILLARD).

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Jean Baudrillard- filósofo e sociólogo francês 1929- 2007

"Livre do real, você pode fazer algo mais real que o real: o hiper-real” (Jean Baudrillard).

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“Um dos principais teóricos da pós-modernidade; realiza diagnóstico da sociedade contemporânea, extinção do real, reflexão sobre a tecnologia e suas implicações. Novo foco: a reprodução.

Teorias sobre impactos da comunicação e das mídias na sociedade e cultura contemporâneas. Sociedade tecnoestrutural – estimula delírio, deformação, padrão consumista, vazio e a simulação desencantada.

Primeiro trabalhou com o consumo: "O sistema dos Objetos" (1968).“

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“ Cultura imagética; espetáculo; sinal-valor;

mercadoria-signo; lei do código; sedução; maioria silenciosa; excrescência, e muitos outros conceitos e expressões que conectados ao conceito-chave de “simulacro”, remetem-nos imediatamente a um nome: Jean Baudrillard. Juntamente com Jacques Derrida, Michel Foucault, Jean-François Lyotard, Cornelius Castoriadis e

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Edgar Morin, entre outros, destacou-se como representante da chamada “Nova Teoria Francesa”, caracterizando-se assim como um teórico interdisciplinar, e como tal, seus escritos sempre trouxeram a marca das interconexões entre economia e política, cultura e sociedade, colocando-o para além dos marcos científicos tradicionais.

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Sobre Representação da idéia: 1) Objetos -> transformam-se imagens (retira as

dimensões e peso do objeto, relevo, perfume, profundidade, sentido, tempo),Imagens -> signos

2) Signo - > informação ( chips) – percepção opaca e o pensamento, tudo se reduz às moléculas.

Exemplos: a realidade virtual, o holograma e as comunicações globais que utilizam as fibras óticas. Aqui, há infração ao código, como signo -> simulação. Ultrapassar as barreiras do real é a hiper-realidade. Sua conseqüência é o total desaparecimento do real.

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A produção de sentidos já não passa pelo olhar humano. Os meios fazem o olhar. A própria câmera de televisão incumbe por si só de fazer o olhar. Parecendo que todos os acontecimentos do mundo são dirigidos a elas.

SIMULAÇÃO - Já não se trata somente imitação, nem de dobragem, nem mesmo de paródia. Trata-se de uma substituição no real por signos do real. Ex.: Fotografia

Assim o simulacro é o oposto da representação, pois ele parte da negação radical do signo como valor, e aniquila todo tipo de referência.

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Resumindo: - REPRESENTAÇÃO -> tenta absorver a simulação,

interpretando-a como falsa representação. Equivalência com o signo do real

- COPIA - > com regras e normas, semelhante ao modelo. - SIMULAÇÃO -> Nega o signo como valor, acaba com as

referências envolve O edifício da representação como simulacro”. - SIMULACRO -> Engana, ilude, suverte a referência, não tem

regras, cria a diferença. signos não têm nenhum contato verificável e verdadeiro com o

mundo representado. ( estranhamento) em tensão com o modelo. Espaço para o abstrato.

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ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO SUCESSIVOS DA IMAGEM ATÉ CHEGAR NO SIMULACRO:

Três estágios do simulacro: Antiguidade à Renascença (simulacros naturais) Inicialmente - o signo é “reflexo de uma realidade

profunda” A imagem é uma representação perfeita. Uma aparência, guardando vestígios básicos e sagrados com o objeto o qual representa. É o signo por excelência. Plano das ideias. Presente nos (séculos XV a XVIII) onde os signos se referem a um significado determinado pela classe, o prestígio e o status.

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2) Revolução Industrial ( simulacros produtivos) Energia e força da materialização pela máquina e o sistema de

produção, “a imagem mascara e deforma uma realidade profunda”.

malefício - má aparência). Falsa consciência, a qual impede que as pessoas deixem de ver o seu verdadeiro estado de alienação e exploração.

Finge ser uma aparência”, -> tornando-se o domínio da sedução e fascinação exercida por meios artificiais. (A partir da Revolução Industrial, caracterizada pela reprodução do signo, sem se referir a ele, baseado na lei do valor comercial. )

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3) Era digital – (imagem numérica, simulação, baseados na informação, no jogo cibernético, imagem e fingimento).

O último estágio, o signo “não tem relação com qualquer realidade: ela é o seu próprio simulacro puro”. É a primazia do simulacro. Esta nova ordem do signo, baseia-se na “Produção desenfreada de real e de referencial, paralela e superior ao desenfreamento da produção material: assim surge a simulação na fase que nos interessa – uma estratégia de real, de neo-real e de hiper-real, que faz por todo o lado a dobragem de uma estratégia de dissuasão”.

Finalmente temos a ‘Terceira Ordem’ de simulacro, que é a nossa sociedade, onde os signos já são pura simulação (tecnologia de informação, genética).

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E, hoje -> simulacro e hiper-real estão presentes no mundo das comunicações sociais?

Programação da televisão - simular através das imagens o mundo dos acontecimentos, através de informações e notícias, significando o mascaramento da diferença entre o real e o imaginário, entre o ser e a aparência.

Elas potencializam o simulacro, o qual é passado como se fosse o real. A TV como a fotografia e a policromia embelezam, enfeitam, espetacularizam o real

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Mediação não mais feita de homem para homem, e sim a partir destes meios, ou seja, de simulações.

A função dos meios de informação agora não é somente informar, mas também refazer o mundo a sua maneira e voz, é hiper-realizar o mundo e transformá-lo em espetáculo.

Ex.: O Povo Tasaday - Um exemplo bastante grotesco de como atua o simulacro a partir da televisão é a história da criança que nunca tinha visto uma galinha na vida. Esta criança fora criada até os seus cinco anos num grande centro urbano e nunca tinha ido à zona rural. Num belo final de semana, os pais levaram-na para passear pelo interior do país. Assim que a família chega ao hotel fazenda foram para um imenso quintal. Após alguns minutos, a criança retorna de forma animada e afirma para sua mãe: “Venha ver a novidade, venha ver a novidade!”.

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“O que foi?” Perguntou a mãe. A criança de imediato responde: “Mamãe, venha depressa, acabei de ver um Knorr”. Este é o ponto nevrálgico da implosão do signo lingüístico: o signo galinha confunde-se com a própria manufatura, o Caldo de Carne Knorr..

A isto, Baudrillard chama de implosão do sentido causado pela mídia no signo. O signo verdadeiro (galinha) perde o seu sentido original, e é ultrapassado pelo seu simulacro (a mercadoria Caldo de Carne Knorr divulgado na TV), a qual tem uma figura (imagem) de uma galinha branca (carijó) num fundo amarelo. Esta imagem mental (a galinha no fundo amarelo) é o fator contaminador, no nosso exemplo, do processo de implosão do signo lingüístico. Eis a realidade virtual.

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Nos debates sobre a pós-modernidade, Baudrillard passou a ser reconhecido como o teórico do regime do “simulacro” através de sua obra intitulada “Simulacros e Simulação”, livro que se tornou famoso também fora do ambiente acadêmico quando foi exibido no filme Matrix, pois é dentro de uma edição deste livro que “Neo” guarda seus programas. Colaborou ainda o fato do ator Keanu Reeves dizer em suas entrevistas sobre o filme, que havia lido “Simulacros e Simulação”.

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Personagem principal do filme Matrix: Neo

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Foi o que bastou para que o nome de Baudrillard com sua teoria sobre o simulacro fosse rapidamente associado ao filme. Ele não gostou desta associação, e na época ainda comentou que tanto os responsáveis pelo filme, como Reeves, “se leram meu livro, não entenderam nada”.

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O difícil conceito de simulacro tendo por base o “quarto estágio (o terminal) do signo”, nunca esteve relacionado com uma oposição entre simulação e realidade, entre o real e o signo, em outras palavras, nunca quis dizer irrealidade. Os simulacros são experiências, formas, códigos, digitalidades e objetos sem referência que se apresentam mais reais do que a própria realidade, ou seja, são “hiper-reais”.

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Assim, Baudrillard entendia nossa condição como a de uma ordem social na qual os simulacros e os sinais estão, de forma crescente, constituindo o mundo contemporâneo, de tal forma que qualquer distinção entre “real” e “irreal” torna-se impossível.

Para ele, a transformação da mercadoria em signo foi o destino do capitalismo no século XX, e o objetivo desta sociedade-cultura é apresentar, cada vez mais, um grande número de signos novos, imagens e experiências para que o indivíduo deseje e consuma. Nesta direção, condenou o processo de estetização de todas as coisas que ocorre na atual fase do capitalismo, pois como dizia, “até o mais marginal, o mais banal, o mais obscuro estetiza-se”.

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Isto se evidencia no momento em que, para Baudrillard, a reprodução do real acontece em qualquer esfera do sistema. Tudo se tornou um simulacro: o mundo do trabalho, o capital, a etnologia, o teatro, a arte, a pedagogia, a psiquiatria, a política, o sexo, etc.. Como ele concluiu em “simulacros e simulações”: “tudo se metamorfoseia no seu termo inverso para sobreviver na sua forma expurgada. .

Todos os poderes, todas as instituições falam de si próprios pela negativa, para tentar, por simulação de morte, escapar à sua agonia real”.

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Em seu livro “A transparência do mal”, reafirmou que as novas tecnologias de informação, comunicação e entretenimento, confrontam o indivíduo cotidianamente com a hiper-realidade, o que acaba gerando mais angústias, dúvidas e medos. Neste mundo hiper-real das profundas revoluções tecnológicas, Baudrillard nos deixou complexas interrogações, como por exemplo: “sou um homem ou uma máquina?”; “sou um homem ou um clone virtual?”; “como podemos ser humanos?”. Suas respostas se encaminham no sentido da constituição da imensa rede de simulacros.

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Nas análises sobre os meios de comunicação, Baudrillard sempre deu destaque especial à televisão, a qual, segundo ele, através da produção exagerada de imagens, signos e mensagens, originou o “mundo simulacional” (ou, uma sucessão infinita de simulações que neutralizam umas às outras), que está intimamente relacionado com os significantes desconexos e com uma realidade totalmente estetizada no qual há uma perda da noção de realidade concreta.

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Neste mundo, as técnicas para produzir ilusões são sofisticadas (exemplo, a realidade virtual), através delas os indivíduos mudam de código muito rapidamente, anulando toda e qualquer relação com o passado.

Este é o "mundo do "faz-de-conta" da publicidade" (Mike Featherstone) que domina a sociedade-cultura de consumo pós-moderna e evidencia sua característica principal que é apresentar um grande número de bens, mercadorias, experiências, imagens e signos novos para que o homem pós-moderno deseje e consuma.  

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Para David Harvey, a publicidade "é a arte oficial do capitalismo; traz para a arte estratégias publicitárias e introduz a arte nessas mesmas estratégias", tendo, portanto, juntamente com as imagens da mídia uma grande importância na dinâmica de crescimento do capitalismo tardio, através da manipulação dos desejos e gostos. Esta dinâmica está totalmente vinculada à capacidade de rapidez do mercado em explorar novas possibilidades e na sua rapidez em apresentar novos produtos, criar novas necessidades e novos desejos.

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Hipnotização da televisão sobre os indivíduos

O poder de dominação, de fascínio, de hipnotização da televisão sobre os indivíduos, é expresso em seu dizer irônico que “a imagem do homem sentado, contemplando num dia de greve sua tela de televisão vazia, constituirá no futuro uma das mais belas imagens da antropologia de nosso século”.

Entendia os meios de comunicação de massa como veículos do fascínio bruto do ato terrorista, ou seja, na medida em que caminham para o fascínio são eles próprios terroristas, são manipuladores em todos os sentidos (uma vez que carregam consigo o sentido e o contra-sentido). Afirmou ser impossível encontrar um bom uso dos media, em suas palavras: “ele não existe”.

 

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A multiplicação da quantidade de sinais e espetáculos pelos meios de comunicação, produz uma proliferação do que ele chamou de “sinal-valor” (uma “economia política do signo” – expressão que nomeia outra importante obra de Baudrillard), ou seja, a marca, o prestígio, o luxo e a sensação de poder tornam-se uma parte crescentemente importante do artigo de consumo e não somente seu “valor de uso” ou “de troca” (como na teoria Marxista).

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A estetização que fascina, manipula desejos e gostos e impulsiona na direção do consumo, apresenta a falsa idéia de que nas práticas

consumistas está a resolução dos problemas da vida, bem como a transformação da insignificância

do mundo. Observou que os “meios realizadores” estão sempre

em coisas diferentes às expectativas geradas, e, ainda segundo ele, pode ser até que atendam

satisfações mais superficiais, mas jamais aspectos profundos da vida humana como geralmente

propõem.

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Como conseqüência da velocidade do tempo de vida dos produtos/serviços e, logo do consumo, temos a volatilidade e efemeridade de modas, técnicas de produção, processos de trabalho, idéias e valores; e no campo específico das mercadorias, a ênfase nos valores e virtudes da instantaneidade e da descartabilidade.

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Braudrillard, ao caracterizar o social como um amontoado confuso, diz que este social não é nada, apenas “massas”, para então concluir que as “as massas absorvem toda a eletricidade do social e do político e as neutralizam, sem retorno.

Não são boas condutoras do político, nem boas condutoras do social, nem boas condutoras no sentido geral...

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As massas são a inércia, a força da inércia, a força do neutro”. Enfim, não passam de “buracos negros - uma de suas metáforas preferidas para caracterizar as “massas” – em que o social se precipita”.

. Este é o poder da mídia, que pode colocar os

refletores no que lhe interessa através de imagens distorcidas."

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BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA,Ivan Carlo Andrade de. Teorias da Comunicação.Disponível em: http://virtualbooks.terra.com.br/osmelhoresautores/download/teorias_da_comunicacao.pdf

SIQUEIRA, Holgonsi Soares Gonçalves. “JEAN BAUDRILLARD: importância e contribuições pós-modernas” .

Disponível em:http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/baudrillard.html SIQUEIRA, Holgonsi Soares Gonçalves. Cultura de Consumo de pós-

moderna. Disponível em : http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/consumismo2.html

BORGES, Raquel Timponi e Juliano. Aula Teoria da Comunicação II – UERJ. Disponível em: http://www.slideshare.net/gueste70c8b/baudrillard-aula