desfile de carnaval - a mensagem do provedor ... · 11 o desafio do futuro e a sua sustentabilidade...

Gerações - Edição da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste

Ano:15Edição nº: 45 Direção: Dr. Eduardo de Medeiros

- Eduardo de Medeiros- Agostinho Lima- Verónica Cabral- Sofia Pacheco- Estela Cabral- Marco Mourão

Morada: Rua dos Clérigos, nº2, 9630 Nordeste

Telefone: 296 480 050

Fax: 296 480 059

Email: [email protected]

Design Gráfico: Milton Furtado

Impressão: Nova Gráfica, LDA

http://misericordiadenordeste.com/

www.facebook.com/MisericordiaDeNordeste

Colaboradores

03 Ao nosso ritmo - Uma luta de partilha

04 É por isso que eu vivo!

Assembleia Geral aprova Relatório e Contas05Desfile de Carnaval06Na minha infância08Concurso Miss Primavera09Entrevista ao Utente10

Como eu vejo a Santa Casa13

O desafio do futuro e a sua sustentabilidade11

Aos meus e aos avós de tanta gente...14

Tarde Quaresmal12

Exposição «80 anos - História de vidas»15105º Aniversário16Santa Casa recebe PS18

ÍNDICE

MISERICÓRDIA DE NORDESTE

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Dr. Eduardo de MedeirosProvedor

Ao Nosso Ritmo

Vivemos em luta permanente. Porque travamos o rumo daqueles

que mais precisam nesta nossa santa terra. A Santa Casa acolhe crianças de todas as idades e jovens. Acolhe idosos de idade avançada e famílias quase inteiras. Tentamos praticar as Obras de Misericórdia neste mundo conturbado e nesta sociedade do atropelo. Muitas vezes não sentimos o bater do nosso coração e esquecemos o irmão que sofre a nosso lado. Mas há muitos constrangimentos que limitam a nossa ação, quando nos obrigam a cortes no financiamento e, pior que tudo isso, a um tratamento mais desequilibrado e frio, como se os nossos utentes fossem meros números, colocados numa plataforma, visíveis num quadro sem rosto, sem olhar à parte afetiva, humana e humanizada e com os inúmeros cuidados da

humanitude, como hoje se apelida!

E pronto! Têm o queijo e a faca na mão, têm o poder de decisão, têm sempre a última palavra, emanada dos gabinetes de governação sem quase nunca sentir o pulso de quem vive, quantas vezes amargurado, num Lar até ser chamado à eternidade! E dizem-nos que é preciso aprender a fazer omeletes sem ovos! Ou por lá perto!

Tentamos praticar as Obras de Misericórdia neste mundo conturbado e nesta sociedade do atropelo.

Uma luta de partilha

Abril 2017


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Pe. Agostinho Lima

Em 1973, Paco Bandeira concorreu ao Festival RTP da Canção com o poema

intitulado: “É por isso que eu vivo!” Título sugestivo para este tempo que a igreja vive: Tempo Pascal! Na verdade, o cristão vive para celebrar na sua plenitude este tempo inigualável. O Tempo Pascal.

A Sacrosanctum Concilium – a Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, do Concilio Vaticano II, no seu nº 47,refere: o nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o sacrifício eucarístico do seu corpo e do seu sangue para perpetuar no decorrer dos séculos, até ele voltar, o sacrifício da cruz, e para confiar assim à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal “em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória

futura”. Este tempo permite-nos o entendimento preciso e perfeito sobre a vida do dia-a-dia, tantas vezes embaçada por constrangimentos de vária ordem a que, muitas vezes, não nos podemos furtar, além de projetar a nossa visão para uma vida, já não marcada pela transitoriedade, e que muito justamente denominamos de eterna. Não deixa se ser sintomática a parte final do excerto acima citado: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal “em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura”. É como cobrir de carne o que muitas vezes se assemelha a um esqueleto. Que é tantas vezes a nossa vida espiritual. Despida de quase tudo. Desprovida de sentido.

É por isso que eu vivo!

Este tempo permite-nos o entendimento preciso e perfeito sobre a vida do dia-a-dia, tantas vezes embaçada por constrangimentos...


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A pensar no bem estar e conforto dos seus utentes e por forma a assegurar a

qualidade na prestação dos cuidados dos seus profissionais de saúde, a Santa Casa da Misericórdia de Nordeste adquiriu, no passado dia 24 de fevereiro, à empresa Dinarte & Dâmaso, um carro de medicação de sistema unidose, com capacidade para transportar 50 bandejas, número correspondente aos utentes acolhidos no Lar de Idosos. Salienta-se a importância da aquisição deste equipamento que permite a preparação prévia da medicação semanal, reduzindo o tempo que o enfermeiro despende diariamente na execução desta tarefa, possibilitando, desta forma, maior disponibilidade para a assistência e apoio

A Assembleia Geral da

Santa Casa reuniu a 29

de Março sob a presidência

do Dr. Milton Mendonça, em

substituição da Insp.ª Emília

Mendonça. Na ocasião foram

aprovados, por unanimidade,

o Relatório e Contas da

Instituição.

Foram ainda abordadas

questões de interesse para a

Santa Casa.

Aquisição de carro de medicação de Sistema Unidose

direto aos utentes, os quais apresentam diferentes características, uns com mobilidade reduzida, outros com elevada dependência e com variadas patologias e que carecem,permanentemente, de acompanhamento contínuo e exigem uma atenção redobrada.

Assembleia Geral aprova Relatório e ContasMISERICÓRDIA DE NORDESTE

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Dentro da programação da quadra do Entrudo, algumas centenas de utentes

da Instituição participaram no animado Corso de Carnaval, que percorreu as principais ruas daquela pitoresca Vila, ao som de música alusiva à época e da orquestra local que animou os participantes de todas as idades. As crianças da Creche “Os Priolinhos” e dos CATL’S conjuntamente com os Jovens da Casa de Acolhimento desfilaram alegre e descontraidamente com vistosos e criativos trajes que coloriram o ambiente de folia. Os idosos do Lar, Centro de Dia, Centro de Acolhimento, Centros de Convívio e os colaboradores da Instituição, vestidos a

rigor, alguns deles, reportando a épocas dos nossos antepassados, deram um motivador exemplo às gerações mais novas, tendo sido aplaudidos calorosamente pelo publico presente na praça da Vila de Nordeste. Também integraram o cortejo os alunos da Escola Profissional de Nordeste e os utentes da Associação Amizade 2000. Terminado o cortejo os participantes juntaram-se no salão da Escola Básica e Secundária onde lancharam as tradicionais malassadas, ocasião em que o Provedor agradeceu o entusiasmo de todos e às entidades que graciosamente colaboraram na iniciativa, nomeadamente a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia e a Escola Básica e Secundária de Nordeste.

Desfile de CarnavalMISERICÓRDIA DE NORDESTE

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Na minha infância…Lembrei-me da minha infância e

comecei a sorrir… A sorrir porque estava a recordar algo de belo e maravilhoso.Lembrei-me dos momentos que realmente fui feliz, era com contos de fadas, com castelos de princesas e com finais felizes… Lembrei-me ainda de ser tão feliz e às vezes com tão pouco, de fazer amigos antes de saber o nome deles, e de sonhar…. A minha infância foi bastante movimentada, entre casas e castelos de muitas Barbies, pois havia para todos os gostos… acompanhadas dos seus namorados e com um variado guarda roupa, realizava um veste - despe constante e conforme a ocasião assim o exigi-se na minha imaginação. A minha infância foi recheada de brincadeiras e de aventuras, dava-se muito mais aso à imaginação e brincava-se à casinha das bonecas, a representar o ser pai ou ser mãe ou ser a professora. A maior parte do tempo as brincadeiras

eram ao ar livre, em contato com a natureza, jogava-se à bola, ao lencinho vai na mão, à macaca e às escondidas até anoitecer. As brincadeiras funcionavam como atividades de verdadeiro prazer e satisfação, brincar com outras crianças era saudável e foi essencial para promover uma infância feliz. Mas quando me lembrei da minha infância… também senti saudades de muitas coisas, dos tempos de escola, dos risos e gargalhadas de crianças, do verão ser mesmo verão e do inverno ser mesmo inverno e pricipalmente lembrei-me de não ter preocupações de matéria alguma. Pois é na infância que sempre vemos nossos pais como seres todo poderosos, que podem nos dar “tudo” o que precisamos e fazer com que a infância seja tão especial, com tanta alegria e que fiquem grandes recordações. Feliz daquele que tem lembranças de sua infância.

Verónica CabralEducadora de Infância


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Com a chegada da Primavera, a Santa Casa da Misericórdia de Nordeste proporcionou

aos seus utentes, do Lar de Idosos, do Centro de Dia e dos Centros de Convívio um concurso intitulado “Miss Primavera 2017”, no Centro de Atividades Culturais e Recreativas da Salga. O concurso contou com a participação dos utentes das várias valências no desfile alusivo à Primavera, vestidos a preceito e a rigor e com alegria estampada no rosto. A tarde foi muito animada, entusiasmando quem participou e a vasta plateia que assistiu. A atividade terminou com a entrega dos galardões aos vencedores, tendo sido servido um lanche que foi partilhado por todos os presentes.

Concurso Miss Primavera


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Há quanto tempo frequenta esta Instituição?Frequento esta Instituição hà quase 1 ano.

Qual a razão de entrar para o Lar da Santa Casa? Porque eu já há muito tempo vivia sozinha e sentia-me muito doente.

Que profissão exercia? Trabalhava na costura e ajudava o marido na lavoura.

Como eram os seus dias antes de entrar para o Lar? Ficava em casa sozinha porque o meu marido já faleceu. Não tenho filhos. Passava algum tempo com vizinhas e aos domingos ia sempre à missa.

Como se sentiu em saber que foi admitida no Lar? Senti-me melhor em saber que os meus dias de solidão iam acabar.

Sentiu-se bem recebida na Instituição? Sim, sinto-me bem e feliz. São todos meus amigos.

Pode dizer-nos como é a rotina do seu dia-a-dia aqui no Lar? Ajudo e colaboro nas atividades propostas pelo Lar e Centro de Dia. Faço caminhadas, rezo e faço jogos com os outros utentes.

O que costuma fazer nos seus tempos livres? Jogo às cartas, descanso, convivo com os utentes e funcionários.

Que familiares costuma receber? Recebo a visita de vizinhas. A senhora Fernandinha é responsável por mim e compra tudo o que necessito.

Como se sente atualmente? Sinto-me bem e feliz.

Na sua opinião, qual o principal problema dos idosos? O isolamento, a pobreza, o desprezo de alguns familiares.

Nome:

Idade:

Freguesia de origem:

Sofia dos Anjos de Melo Pacheco

88 anos

Achada

Entrevista ao UtenteMISERICÓRDIA DE NORDESTE

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Abaixo transcrevemos o texto da autoria do Provedor da Santa Casa da Ribeira

Grande, apresentado por ocasião da última Assembleia Geral da URMA, realizada na Lagoa. «As Misericórdias são Instituições Seculares que podem ver o seu futuro comprometido, em virtude da sua grande responsabilidade social, com enormes custos de gestão, mormente com o seu quadro de pessoal pesado, tendo em vista darem uma resposta adequada às diversas necessidades sociais, cujos contratos, muitos deles desajustados ao valor cliente contratualizado com o ISSA, incluem recursos humanos a necessitar de regeneração, o que vem condicionar a gestão destes organismos. Ao Estado, como parceiro destas Instituições, cabia este papel social, mas entendeu e bem que as Santas Casas, poderiam desempenhar melhor este papel com mais dedicação e humanismo, acrescentado a tudo isto o voluntarismo dos seus órgãos sociais e a disponibilidade das suas estruturas físicas. As Misericórdias enfrentam grandes desafios no

futuro que passam pela sua sustentabilidade e a inovação, pois vivemos novos tempos. Temos de estabilizar o que pode ser estabilizado e temos de olhar para o futuro, sempre com o espírito de misericórdia e compaixão, mas de forma renovada. No entanto, há uma medida transversal que será o Estado comparticipar mais e as famílias terem mais recursos. Infelizmente isto não vai acontecer. Não vamos ter nos próximos anos financiamento público suficiente para as nossas necessidades. Nem as famílias estarão disponíveis para um maior grau de comparticipação, uma vez que, cada vez mais, tendencialmente é o Estado a desobrigar as mesmas de comparticiparem nas quotizações das mensalidades. Por isso, a nossa intervenção na área social tem que ser encarada rapidamente de forma realista, gerindo eficazmente o nosso património, bem como os recursos humanos, com novas tecnologias de gestão e parcerias entre instituições, rentabilizando, desta forma, os seus recursos e renovando os seus órgãos sociais com elementos mais proactivos e se possível mais jovens.»

O Desafio do Futuro e a sua Sustentabilidade

Lagoa recebe Provedores dos AçoresA cidade da Lagoa recebeu, no dia 25 de

Março, os Provedores dos Açores, que reuniram em Assembleia Geral, presidida pelo Dr. José Francisco Silva, Provedor da Misericórdia de Ponta Delgada. Participou na reunião o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Dr. Manuel Lemos. Os responsáveis das Santas Casas dos Açores foram recebidos pela simpática Provedora da Lagoa, que também é presidente da edilidade. No início dos trabalhos foi homenageado o anterior Provedor da Ribeira Grande, João Cabral de Melo.


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A Santa Casa promoveu a sua Tarde Quaresmal, destinada aos utentes

idosos da Instituição, evento muito apreciado e elogiado por todos os que tiveram a oportunidade de participar, não apenas pela Mensagem, mas pela artística e valiosa representação de conhecidos episódios bíblicos. Este ano, contou com o testemunho do Pe. Paulo Borges, Pároco na Fajã de Baixo e Capelão no Hospital do Divino Espirito Santo, cujo principal tema centrou-se na importância da centralidade do perdão. Seguiram-se duas encenações,

Tarde Quaresmalintituladas “As Bodas de Caná – Fazei tudo o que Ele vos disser” e “A Senhora mais brilhante que o Sol”, momentos emocionantes e empolgantes, que permitiram celebrar o Centenário das Aparições de Fátima, com um quadro da Cova da Iria reportado a 1917. No final da tarde, o Provedor proferiu palavras de agradecimento e de regozijo a todos os que se empenharam na organização desta Tarde Quaresmal, desejando uma Feliz Páscoa a todos os que participaram em tão interessante evento.

Testemunho do Pe. Paulo Borges

Encenação “As Bodas de Caná: Fazei tudo o que Ele vos disser”

Encenação “A Senhora mais brilhante que o Sol”


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É visível na sua própria designação como instituição um sentido profundo

de grande responsabilidade. A palavra “misericórdia”, contém, no seu todo, se for vivida com humanismo, compaixão e coração compadecido, a essência da missão desta “santa casa”. Ao olhar a Santa Casa, hoje, não posso deixar de fazer uma retrospetiva desde quando existia uma só valência até ao momento presente. Neste momento, esta casa abrange várias faixas etárias, ou seja, acompanha crianças, jovens, pessoas com deficiência, pessoas de meia idade e idosos de todas as proveniências sociais, económicas e religiosas, apesar de ser uma instituição de raiz cristã, fundamentada na Igreja Católica. Quanto às necessidades das populações circundantes, estas são sempre as mesmas, as de ontem e as de hoje, mas manifestam-se de diferentes maneiras, uma vez que tudo evolui. Podem-se aliviar as carências materiais e humanitárias, embora nada nem ninguém possa preencher ou substituir a afetividade e o carinho da própria família dos utentes, por mais dedicados e competentes que sejam os serviços prestados. Foi feito todo um percurso de crescimento no Nordeste, mediante as necessidades, sabendo que é um concelho envelhecido, e que muitas famílias saíram à procura de um futuro melhor ou de uma vida “moderna”, muito preenchida em termos profissionais e/ou sociais, que reduz o tempo disponível para manter e cuidar, por exemplo, do idoso ou da pessoa com deficiência. Por isso, foram criados os lares. Lar é sentir-se em casa, é uma das características de uma verdadeira família, e à nossa memória vem a imagem do nosso lar sempre que ouvimos esta pequena palavra que se escreve com três letras: “L”de lembranças “A” de amizade “R” de riqueza

Quem se encontra nos lares tem:Lembranças do passado e daqueles que, por vezes, lhes faltaram com o amor, mas que são perdoados e sempre queridos. Amizade que encontram naqueles que os rodeiam e prestam cuidados. Riqueza de sabedoria das suas vivências, dos seus valores mais enraizados, da sua cultura e tradições próprias e da diversidade profissional vivida. A Santa Casa, com todas as suas vicissitudes, vem preencher e, por vezes, substituir a presença e o papel da família mais próxima. Não é de estranhar que o idoso sinta uma alegria enorme ao ver um rosto conhecido ou que lhe dá atenção, numa palavra e num simples sorriso.Há quem pense que o idoso não compreende determinadas atitudes e comentários de quem os rodeia e está ao seu serviço, no entanto, não nos podemos esquecer que um idoso é um adulto com um percurso de vida, o que lhe permite aperceber-se e sentir no seu coração, de carne e não de pedra, se quem com ele trabalha demonstra o devido respeito e empatia para com ele. Basta que pensemos: se fosse eu o idoso, como iria reagir na sua situação? A Santa Casa da Misericórdia tem acompanhado a evolução dos tempos com variadas formações atualizadas e adequadas para os seus funcionários de acordo com as necessidades de cada valência, e assim melhorar e responder com qualidade às necessidades dos seus utentes. É uma mais valia que os que recebem esses ensinamentos os ponham em prática no seu dia a dia profissional.Apesar de o Nordeste ter vindo perder na área da empregabilidade, a Santa Casa da Misericórdia do Nordeste tem aumentado os seus postos de trabalho, fazendo crescer o bem-estar social e económico das famílias do concelho. Esta instituição é um pilar e um exemplo a seguir no âmbito da criação e manutenção de emprego e apoio às populações.

Como eu vejo a Santa CasaEstela Cabral

Rececionista


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Em plena primavera, com um pé em abril e outro já em maio, olho por uma das muitas janelas de

minha casa. O céu terrivelmente cinzento, mais parecendo um qualquer dia de outono ou até de inverno, mas nunca, não, jamais lembraria que estamos na primavera! Estou eu aqui, hesitante, num turbilhão de pensamentos, fruto de um convite e desafio que me foi endereçado pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste. Pois, talvez pela profissão que escolhi e que já abraço há mais de vinte anos, sensivelmente há dezoito anos ao serviço da Escola Básica e Secundária de Nordeste, sou um homem mais de ação e menos dotado para a escrita, no entanto, jamais poderia deixar de responder e tentar corresponder ao desafio lançado por alguém que das suas funções faz parte algo tão sublimemente importante como é estar ao serviço de pessoas que hoje, fruto de tantos anos vividos, gozam de uma vida mais calma e relaxante no Lar da Santa Casa de Misericórdia de Nordeste. Pois bem! Ninguém, provavelmente, me levaria a mal se o tema por mim escolhido se relacionasse com a minha atividade profissional. Poderia, seguramente, aproveitar este espaço de escrita que, gentilmente me foi cedido neste espaço de opinião, para falar nos benefícios, que são muitos e importantes, da atividade física em todas as idades e, muito particularmente, nas pessoas que, fruto dos já longos e, esperando eu, felizes anos vividos, se encontram agora a viver a chamada terceira idade. A atividade física é realmente importante e deverá estar sempre presente nas nossas vidas. Com a prática regular do exercício físico melhoramos as nossas capacidades motoras, prevenimos e podemos evitar muitas das doenças que são hoje, infelizmente, tão comuns, como por exemplo a obesidade, denominada pela Organização Mundial de Saúde como a doença do século XXI. A obesidade é uma doença crónica, de alto risco e dispendiosa, que se reveste de particular gravidade, uma vez que se faz acompanhar de vários fatores de risco e patologias como a hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares. Mas não, não me alongarei mais sobre este assunto, até porque, facilmente, hoje

as instituições que prestam apoio e cuidados à terceira idade já se fazem dotar de profissionais competentes que estão despertos e cientes desta realidade. Vou recuar um pouco no meu raciocínio e vou, isso sim, debruçar-me sobre o que realmente aqui quero deixar. Sou do tempo em que usufruí, felizmente, da presença assídua dos meus avós, uma presença de extrema importância na minha vida. Era com eles que passava uma significativa parte dos meus dias, algumas vezes porque assim tinha que ser, fruto das necessidades que os meus pais tinham de me deixar em casa dos meus avós, mas, na maioria das vezes, por ser essa a minha vontade. Em casa dos meus avós sentia--me extremamente feliz e, graças às suas vidas já menos atarefadas, sentia neles a presença, os afetos e a dedicação que nem sempre os meus pais me podiam dispensar. Com eles sentia-me o centro das atenções e com eles partilhava os mais puros sentimentos de felicidade. Como fui feliz, como foram eles importantes no meu crescimento e no que hoje me tornei. Nos tempos que correm, as vidas são, provavelmente, mais agitadas e muitos dos avós de hoje não conseguem, infelizmente, usufruir de tanto tempo para que, com os seus netos, possam pôr em prática e transmitir todos os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos. Os netos, também eles, têm hoje vidas muito preenchidas, quer porque a escola cada vez mais ocupa uma parte substancial do seu dia a dia, quer porque as ofertas disponibilizadas pelos meios de comunicação social, novas tecnologias, redes sociais, entre outros são hoje mais diversificadas, apelativas e absorventes do tempo disponível. Todavia, não deixem, não permitam, não se resignem e usufruam, nem que seja só de vez em quando, do convívio com os vossos avós e até dos vossos bisavós. Sim, porque com a esperança média de vida a aumentar a passos largos facilmente muitos já poderão usufruir do que a mim não me foi proporcionado, o convívio com os bisavós. Tanto há para dizer, tanto ficará aqui hoje por dizer… Aos meus avós e, seguramente, aos avós de tanta gente, MUITO OBRIGADO!

Aos meus e aos avós de tanta gente…Dr. Marco Mourão


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No dia 11 de maio, a Santa Casa, inserida nas comemorações do seu 105º aniversário,

inaugurou a exposição “80 anos – História de Vidas”. Esta exposição encontra-se na Casa de Trabalho de Nordeste, que este ano completa 80 anos desde a sua criação, e pretende promover a evocação da memória da sua fundadora, D.ª Maria do Carmo Monte. Este encontro iniciou-se com a recriação da tradicional “Matança do Porco”, que sempre foi prática na Instituição, desde a sua fundação. A inauguração desta exposição contou com a presença de representantes locais, Dirigentes e colaboradores da Instituição, e o Orador convidado foi o Dr. Melo Bento,

que proferiu palavras de enaltecimento da fundadora da Casa de Trabalho, D.ª Maria do Carmo Monte, como uma mulher “à frente do seu tempo”, que se entregou ao serviço dos outros e que ergueu uma obra tão importante para o concelho de Nordeste. A exposição “80 anos – História de Vidas” estará aberta ao público até 4 de setembro, na Casa de Trabalho de Nordeste, na qual se pode apreciar fotografias de D. ª Mª do Carmo Monte e crianças que viveram e cresceram naquela casa, assim como recriar o ambiente antigo, com a exposição de mobiliário e material da época de D.ª Mª do Carmo Monte, que se fosse viva tinha 115 anos.

Orador Dr. Melo BentoConvidados na Abertura da Exposição

O “Altar” do Espírito Santo


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105º AniversárioA 12 de Maio a Santa Casa comemorou o

seu 105º aniversário, com um programa que se iniciou na segunda-feira com içar de bandeiras, comemoração do Dia da Europa, na terça feira, e inauguração da Exposição “Casa do Trabalho – 80 anos – História de Vidas”, na quinta feira. Este ano, o dia de aniversário teve lugar na freguesia de Achada e contou com a participação de dirigentes e colaboradores da Instituição, Vereador Luís Dutra e Presidentes das Juntas de Freguesia de Santana, Achada, Achadinha e Salga, que colaboraram com a iniciativa. Esta celebração teve início com o tradicional cortejo, que contou com a participação dos utentes da Feteira à Salga, seguida de Missa Solene presidida pelo Reitor do Santuário do Sr. Santo Cristo dos Milagres, Cónego Adriano Borges, e concelebrada pelo Ouvidor do Nordeste, Padre Agostinho

Lima, pároco da localidade Agostinho Barreiros e Diácono António Rocha. No final da Eucaristia, foi coroada uma idosa do Centro de Convívio de Achada. De seguida, todos os presentes puderam saborear as tradicionais sopas do Espírito Santo, confecionadas de forma tradicional e à moda daquela freguesia. Durante a tarde, houve ainda um momento de animação, com cantigas ao desafio, muito apreciadas pelos utentes e, no final, foi servido o bolo de aniversário a todos os participantes. Durante o encontro, o Provedor Eduardo de Medeiros, agradeceu a todos os que colaboraram e que possibilitaram a realização deste evento, felicitando a Santa Casa pela realização dos seus 105 anos. Fez alusão à visita do Papa Francisco e às mensagens sobre a realidade dos lares e dos idosos.

Dia da Europa

Missa e Cortejo


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Missa e CoroaçãoCortejo e Sopas do Espírito Santo


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O horário das visitas é das 13:30h às 16:30 horas, todos os dias;

Aquando da chegada ao Lar, os visitantes devem indicar, na receção, o seu nome e o nome do utente que pretendem visitar;

Apenas é permitida a permanência de visitantes nos espaços indicados para este efeito;

Os utentes que se encontram no internamento só poderão receber 2 visitas de cada vez, não sendo permitida a entrada de crianças com menos de 10 anos para estes utentes, salvo devidamente autorizado pela Equipa de Enfermagem;

A visita é limitada ao utente que se vai visitar, não devendo circular pelos corredores;

Sempre que terminar o horário das visitas, os visitantes que se encontrarem no Lar, serão informados.

Visitas aos utentes no Lar de IdososINFORMAÇÃO

Foram recebidos na Santa Casa os responsáveis locais do

Partido Socialista liderados pelo candidato à Câmara, Dr. Carlos Mendonça, que expressou os objetivos e preocupações da candidatura e ouviram as principais preocupações da Instituição, que têm a ver essencialmente com o financiamento do governo, que atualmente já se torna escasso.

Santa Casa recebe PS


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Feliz Aniversário

Paula Fernandes...................................Joana Cordeiro....................................Sandra Silva...........................................Maria do Céu Melo..............................Fátima Medeiros...................................Olga Moniz Cabral Soares..................Maria Lúcia Amaral..............................Eduarda M.ª Aragão Pacheco..........Francisco Alberto Couto.....................Ir. Lucinda Pestana...............................Célia Borges Mendonça.....................Marta Raposo.......................................

Vanessa Cabral....................................Paula M. Cabral de Melo....................Fátima Braga........................................Ilda Maria Fernandes...........................Ilda da Conceição M. Raposo...........Paula Isabel Rodrigues........................Dr.ª Elisabete Medeiros........................

Maria Inês Mota Teixeira...................Mª Conceição Rocha Couto...........Mª José Pacheco...............................Mª Isabel Tavares de M. Pereira.......Margarida Borges S. Fernandes.......Mª Espírito Santo Bernardo...............Celina Soares.....................................

Ana Isabel Raposo.............................Rosa Pacheco Couto........................Lúcia Paiva..........................................Lúcia Maria Amaral Costa................Marco Barbosa...................................Zélia Silveira.........................................Ana Isabel Pacheco..........................Sílvia Raposo.......................................Prof. Isabel Oliveira.............................Conceição Fernandes......................Sónia Maria Barbosa Medeiros.........Daniel Medeiros..................................

Serv. AdministrativosLarLarLarLarCrecheC. Convívio AlgarviaSADSAD-RLarCrecheLar

Casa de AcolhimentoSAD-RLarCATL “Alegria”CrecheArtesanatoTéc. Sup. Serviço Social

SADArtesanatoLarCentro de AcolhimentoSADArtesanatoLar

C. ConvívioArtesanatoLarArtesanatoMotoristaLarCATL SantanaLarCATL SantanaLarCATL VilaLar Residencial para pessoas com deficiência

Fevereiro

Abril Maio

Março

13:30h às 16:30h

Sábados16:30H

Horário de Visita aos Utentes

Missa no LarM.ª Encarnação Silva

M.ª José Medeiros

Celeste Soares

Admissão

Admissão

Admissão

30/01/2017

15/03/2017

02/05/2017

FALECIMENTOS

ADMISSÕES

M.ª Rosa MonizN: 28-10-1930

14-02-2017F:

Maria da AssunçãoN: 08-05-1929

17-01-2017F:

Guilhermina PonteN: 01-01-1929

03-03-2017F:


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desfile de carnaval - a mensagem do provedor ... · 11 o desafio do futuro e a sua sustentabilidade...

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