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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC PÉRICLES TERTO DA SILVA JÚNIOR DESENVOLVIMENTO DE UM PLUGIN PARA AUTOCAD®, PARA CÁLCULO DE QUANTITATIVOS DE INSUMOS E AUXÍLIO NO PROJETO ORÇAMENTÁRIO MACEIÓ - AL 2017/1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

PÉRICLES TERTO DA SILVA JÚNIOR

DESENVOLVIMENTO DE UM PLUGIN PARA AUTOCAD®,

PARA CÁLCULO DE QUANTITATIVOS DE INSUMOS E

AUXÍLIO NO PROJETO ORÇAMENTÁRIO

MACEIÓ - AL

2017/1

PÉRICLES TERTO DA SILVA JÚNIOR

DESENVOLVIMENTO DE UM PLUGIN PARA AUTOCAD®,

PARA CÁLCULO DE QUANTITATIVOS DE INSUMOS E

AUXÍLIO NO PROJETO ORÇAMENTÁRIO

Trabalho de conclusão de curso apresentado como

requisito final, para conclusão do curso de

Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob

a orientação do Prof. Me. Emerson Acácio Feitosa

Santos.

MACEIÓ - AL 2017/1

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a minha família por todo apoio que me foi dado

nessa dura caminhada, aos meus pais Péricles Terto da Silva e Valdiza Torres de Lima

Terto, por seu amor incondicional, e ao meu irmão Thiago Torres Terto da Silva. E

também gostaria de agradecer ao meu orientador Emerson Acácio Feitosa Santos, e a

todos que estiveram ao meu lado todo esse tempo, me incentivando e acreditando em

meu potencial.

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS................................................................................................. i

LISTA DE TABELAS................................................................................................ iii

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11

1.1 Considerações iniciais..................................................................................... 11

1.2 Objetivos............................................................................................................ 12

1.2.1 Objetivo geral................................................................................................... 12

1.2.1 Objetivos específicos....................................................................................... 12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. 13

2.1 Orçamento na construção civil....................................................................... 13

2.2 NBR 12721:2006................................................................................................ 14

2.3 Levantamento de quantitativos....................................................................... 14

2.3.1 Fôrmas............................................................................................................. 17

2.3.2 Armação........................................................................................................... 17

2.3.3 Alvenaria.......................................................................................................... 17

2.3.4 Cobertas.......................................................................................................... 18

2.3.5 Perdas............................................................................................................. 18

2.4 Empresas e licitações...................................................................................... 18

2.5 Softwares existentes........................................................................................ 19

2.5.1 AutoCAD®.......................................................................................................... 19

2.5.2 CAD/TQS®....................................................................................................... 20

2.5.3 ORSE®............................................................................................................ 21

2.5.4 Revit®.............................................................................................................. 22

2.6 O ambiente CAD................................................................................................ 23

2.7 Orientação a Objeto.......................................................................................... 24

2.7.1 Classe.............................................................................................................. 24

2.7.2 Objeto.............................................................................................................. 24

2.7.3 Polimorfismo..................................................................................................... 26

2.7.4 Herança............................................................................................................ 26

2.8 C#........................................................................................................................ 26

2.9 Plug-in................................................................................................................ 28

2.10 Utilização de plug-ins para AutoCAD®......................................................... 28

3 METODOLOGIA.................................................................................................... 29

3.1 Procedimento para desenvolvimento............................................................. 30

3.1.1 Escolha do ambiente de desenvolvimento...................................................... 31

3.2 Rotinas de interação C#/AutoCAD®.............................................................. 31

3.2.1 Resultados....................................................................................................... 34

3.3 Rotinas orçamentárias implementadas......................................................... 34

3.3.1 MenuP............................................................................................................ 35

3.3.2 SaveOCV........................................................................................................ 35

3.3.3 SaveOCVAS................................................................................................... 36

3.3.4 LoadOCV....................................................................................................... 36

3.3.5 UpdatePolys.................................................................................................. 36

3.3.6 Call_Perimeter_Form..................................................................................... 37

3.3.7 Standard_Horizontal_Wall_........................................................................... 37

3.3.8 Standard_Vertical_Wall_............................................................................... 38

3.3.9 NhNv.............................................................................................................. 38

3.3.10 SetWallCoatingPosition............................................................................... 38

3.3.11 FoundationArea_......................................................................................... 38

3.3.12 SetTileArea.................................................................................................. 39

3.3.13 SetCeilingCoatingArea................................................................................ 39

3.3.14 SetBuildingRooms....................................................................................... 39

3.3.15 SetSpecialElements..................................................................................... 40

3.3.16 StoringTest................................................................................................... 40

3.3.17 ManageElements.......................................................................................... 41

3.3.18 DisArea......................................................................................................... 42

3.3.19 FileGen......................................................................................................... 43

3.3.20 FileGenAs..................................................................................................... 43

3.3.21 AddRoof........................................................................................................ 43

3.3.22 ExternalCoating............................................................................................ 44

3.3.23 ExternalFloorCoating.................................................................................... 44

3.3.24 ExternalForm................................................................................................ 45

3.3.25 RoomManager.............................................................................................. 45

3.3.26 DiscountMethodManager.............................................................................. 46

3.3.27 FurnitureM..................................................................................................... 46

3.3.28 VPCalc_........................................................................................................ 47

3.3.29 Standard_Length........................................................................................... 48

3.3.30 FoundationList............................................................................................... 48

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 49

5 CONCLUSÕES...................................................................................................... 59

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 60

i

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Área de trabalho do AutoCAD® 2015. .................................................... 20

Figura 2 - Área de trabalho do CAD/TQS® (TQS informática Ltda, 2016). ............. 21

Figura 3 - Área de trabalho do ORSE®. ................................................................. 22

Figura 4 - Área de trabalho do Revit® (POPPELGAARD, 2016). ........................... 23

Figura 5 - Exemplo de aplicação da estrutura de orientação a objeto (Análise de

Orientação a Objetos, 2016). ................................................................................... 25

Figura 6 - Fluxograma da metodologia. .................................................................. 30

Figura 7 - Bibliotecas fundamentais para manipulação do ambiente CAD. ............ 32

Figura 8 - Cabeçalho de comando CAD. ................................................................ 32

Figura 9 - Lógica de criação e desenho de um Polyline. ........................................ 33

Figura 10 - Lógica computacional para calculo de lâmpadas e tomadas. .............. 34

Figura 11 - Paleta de comandos do AutoCAD®. .................................................... 34

Figura 12 - Layout do menu do plug-in. .................................................................. 35

Figura 13 - Janela de configuração do arquivo. ..................................................... 36

Figura 14 - Janela de características fundamentais da edificação. ........................ 37

Figura 15 - Janela de registro da altura das paredes. ............................................ 38

Figura 16 - Janela de configuração de novos tipos de elementos de fundação. ... 39

Figura 17 – Janela de inicialização de cômodos. ................................................... 40

Figura 18 – Formulário de listagem de linhas de parede. ........................................ 41

Figura 19 – Janela de reinserção de elementos de ambiente. ............................... 42

Figura 20 – Formulário de listagem de áreas a descontar. .................................... 42

Figura 21 – Formulário de configuração do arquivo de relatório. ........................... 43

Figura 22 – Janela de configuração de elementos de coberta. .............................. 44

Figura 23 – Janela de configuração de novos elementos de revestimento externos.

................................................................................................................................. 44

Figura 24 – Janela de criação de novos elementos de revestimento de pisos

externos. .................................................................................................................. 45

Figura 25 – Janela de criação de rampas. .............................................................. 45

Figura 26 – Formulário de gerenciamento de cômodos existentes no projeto. ...... 46

Figura 27 – Formulário de gerenciamento de mobiliário para os cômodos. ........... 47

Figura 28 – Formulário de registro de nova peça estrutural em concreto. .............. 47

ii

Figura 29 - Formulário de listagem dos elementos de fundação contidos no projeto.

.................................................................................................................................. 48

Figura 30 - Planta baixa de residência unifamiliar. .................................................. 49

Figura 31 - Exemplo de relatório de saída provido pelo plugin. ............................... 51

Figura 32 - Gráficos comparativos sobre os resultados obtidos. ............................. 57

Figura 33 – Gráfico de diferenças percentuais entre os resultados obtidos. ........... 58

iii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Insumos passiveis de serem contabilizados pelo software (NBR

12721:2006). .............................................................................................................. 15

Tabela 2 - Insumos passiveis de serem contabilizados pelo software (NBR

12721:2006). ............................................................................................................ 16

Tabela 3 - Classificação quanto à natureza dos insumos (MATTOS,2006). ............ 17

Tabela 4 - Fator para cálculo de área de telhado (MATTOS,2006). ........................ 18

Tabela 5 - Comparativo C# e C++( C# for C++ Developers, 2017). ........................ 27

Tabela 6 - Comparativo C# e Java (C# and Java: Comparing Programming

Languages, 2017). .................................................................................................. 27

Tabela 7 - Insumos a serem contabilizados na utilização da ferramenta. ............... 50

Tabela 8 - Tabela de quantitativos básicos obtidos com a utilização do plugin. ..... 52

Tabela 9 - Tabela de quantitativos básicos obtidos com a utilização do plugin. ..... 53

Tabela 10 - Tabela de quantitativos obtidos de forma manual. .............................. 54

Tabela 11 - Tabela de quantitativos obtidos de forma manual. .............................. 55

Tabela 12 - Tabela comparativa. ............................................................................ 56

DESENVOLVIMENTO DE UM PLUGIN PARA AUTOCAD®, PARA CÁLCULO DE QUANTITATIVOS DE INSUMOS E AUXÍLIO NO PROJETO ORÇAMENTÁRIO

DEVELOPMENT OF A AUTOCAD® PLUGIN, FOR CALCULATION OF INPUT QUANTITATIVES AND AID AT THE BUDGET PROJECT

Péricles Terto da Silva Júnior Graduando do curso de engenharia civil

[email protected] Prof. Me. Emerson Acacio Feitosa Santos

[email protected]

RESUMO

O seguinte projeto apresenta de forma sequencial às etapas necessárias a construção de um plugin para AutoCAD® capaz de processar os dados de quantitativos referentes aos insumos fundamentais a execução de edificações de pequeno e médio porte, que são Informações fundamentais a elaboração de orçamentos. O processo de construção dessa ferramenta se iniciou com a coleta de dados e a revisão de normas regulamentadores do processo orçamentário, posteriormente teve inicio a modelagem computacional dos métodos matemáticos e novas funcionalidades para o AutoCAD®, necessários ao processamento das entradas de dados, como por exemplo, a criação de Polylines customizadas para captura de informações da estrutura projetada, e por ultimo, a etapa de validação da ferramenta, com testes de desempenho de suas funções e precisão de seus resultados, atestando sua aplicabilidade no mercado da construção civil.

PALAVRAS-CHAVE: AutoCAD®, plugin, orçamento, insumo

ABSTRACT

The following project sequentially presents the necessary steps to build a plugin for AutoCAD® capable of processing quantitatives data regarding the fundamental inputs to the execution of small and medium size buildings, which are fundamental informations to budgets preparing. The tool construction process started with data collection and revision of regulatory norms of the budget process, subsequently started the computational modeling of the mathematical methods and new features for AutoCAD®, which are necessary for the data inputs processing, such as creating custom Polylines to capture information from the projected structure, and finally, the tool validation stage, with performance testing of its functions and results accuracy, attesting its applicability in the construction market.

KEYWORDS: AutoCAD®, plugin, budget, input

11

1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

O desenvolvimento dessa pesquisa é de grande importância no avanço das

tecnologias com aplicação na engenharia civil, devido sua relevância social e

científica, pois tendo em vista uma estrutura socioeconômica que impõe exigências

de mercado cada vez maiores, no que se refere à qualidade de execução de

trabalhos e obtenção de resultados, o surgimento de novas ferramentas capazes de

atender a tais expectativas é muito importante.

No tocante ao desenvolvimento científico, tal pesquisa evidencia o surgimento

de uma nova linha de estudo tecnológico computacional, voltado ao segmento de

projetos orçamentários, além de proporcionar um maior domínio sobre os recursos

computacionais disponíveis, capazes de influenciar diretamente o exercício da

engenharia civil.

O ramo da engenharia, ciência de grande abrangência, oferece ao mercado

uma ampla quantidade de recursos e serviços, porém uma atividade comum a

grande maioria dos campos de atuação dessa ciência é a elaboração de projetos

orçamentários. Pois tal serviço é de fundamental importância ao processo de

direcionamento de recursos financeiros, e definição de etapas em futuros

empreendimentos.

No ramo da construção civil, a elaboração orçamentos de obras no Brasil, de

uma maneira geral, possui etapas pouco automatizadas, uma dessas etapas, o

levantamento de quantitativos, é elaborado de forma manual, por meio de medições

repetitivas dentro do software AutoCAD®, para que, posteriormente, tais dados

sejam considerados no projeto. Em consequência disso, a etapa de levantamento de

dados tende a prolongar o tempo necessário à execução de projetos orçamentários,

levando em consideração tal característica de atuação da engenharia nacional. A

utilização de uma ferramenta capaz de acelerar o processo de coleta de

quantitativos, bem como de uniformizar os diferentes métodos de cálculo destes traz

consigo grandes avanços a essa ciência em nível de mercado.

12

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Desenvolver um plugin para AutoCAD® com a finalidade de aperfeiçoar o

processo de coleta de quantitativos dos insumos em obras de pequeno e médio

porte, com aplicação no desenvolvimento de orçamentos.

1.2.2 Objetivos específicos

Elaborar um levantamento bibliográfico voltado à área de projetos

orçamentários e modelagem computacional.

Desenvolver um plugin capaz de interagir com o AutoCAD®, a fim de obter

parâmetros orçamentários.

Analisar os resultados comparativos relacionados à eficiência do software.

13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Essa pesquisa apresenta algumas das ferramentas disponíveis na área da

construção civil comumente utilizadas no desenvolvimento de orçamentos, e

posteriormente apresenta um plugin para AutoCAD®, desenvolvido com o objeto de

auxiliar o cálculo do quantitativo de insumos em projetos construtivos.

2.1 Orçamento na construção civil

Orçamentação, o ato de orçar, de acordo com Mattos (2006), pode ser

definido como o processo de estimativa de custos totais diretos e indiretos sobre a

prestação de um serviço, ou mesmo a determinação do custo final de venda.

O processo de elaboração de um projeto orçamentário, nada mais é do que

uma etapa preliminar a execução de um determinado serviço caracterizado pelos

procedimentos de levantamento, identificação e quantificação de todos os recursos

previstos a execução de uma obra. É de fundamental importância para a

determinação do sucesso ou insucesso de um empreendimento, dado que a

elaboração de um acurado orçamento resulta em obras com cronogramas de

execução bem definidos, melhor aproveitamento do tempo de serviço, bem como um

melhor direcionamento na utilização e compra de insumos, o que reflete em maiores

ganhos.

Em contrapartida, a má elaboração de orçamentos invariavelmente incorre em

perdas, atrasos e impossibilita o alcance de metas orçamentárias, inviabilizando

investimentos.

É de grande responsabilidade profissional a preparação correta de um orçamento, uma vez que quanto mais competitiva se torna a área de engenharia civil, não só com a redução de mercado, como também com o surgimento de novas empresas, bem como, e principalmente, com a experiência que vem sendo obtida pelos contratantes na apropriação de custos e elaboração de suas bases de orçamento, mais importante se torna a aplicação consciente dos princípios da engenharia de custo. Pois, não basta saber elaborar o orçamento, e sim, desenvolvê-lo em período curto, através de métodos atuais de execução, mas, prioritariamente, conseguir preço competitivo e mínimo. (DIAS, 2011, p.10).

O projeto orçamentário, por se tratar de um dos serviços mais importantes na

construção civil por influenciar a tomada de decisões de uma empresa, demanda

excepcional atenção e conhecimento aos projetistas, a fim de minimizar o risco de

erros.

14

2.2 NBR 12721:2006

De acordo com Goldman (2004), a NBR 12721:2006 é a norma que tem o

objetivo de regulamentar todas as diretrizes e processos que foram prescritos pela

Associação Brasileira de Normas Técnicas, por meio da lei Federal n° 4.591:1964,

que orienta o processo de avaliação de custos e preparo de orçamentos de

construção para incorporação imobiliária e sobre condomínios.

Dentro dessa mesma norma são listados todos os possíveis insumos e

serviços que podem ocorrer na construção de uma edificação, como pode ser visto

na Tabela 1 e 2, tal listagem tem a finalidade de sistematizar e facilitar a construção

de um roteiro de cálculo no processo de elaboração de orçamentos, reduzindo assim

a possibilidade de serem omitidos alguns dos serviços fundamentais ao processo

construtivo, salvo em casos particulares em que alguns serviços não sejam

necessários, nas tabelas 1 e 2 são apresentado parte desses serviços, devidamente

discriminados por etapa de projeto:

2.3 Levantamento de quantitativos

O levantamento de quantitativos é segundo Mattos (2006) uma das etapas de

maior demanda intelectual, pois exige bastante conhecimento do projeto pelo

orçamentista, além de necessitar cálculos de áreas e volumes, medições e

verificação de tabelas de custo. O método de levantamento pode variar de acordo

com a natureza dos insumos contidos no projeto, como pode ser visto na Tabela 3,

que apresenta alguns serviços e suas diferentes tomadas de medida.

15

16

17

Tabela 3 – Classificação quanto à natureza dos insumos

Dimensão Exemplo

Lineares Tubulação, meio-fio, cerca, sinalização horizontal de estrada, rodapé.

Superficiais ou de área Limpeza e desmatamento, fôrma, alvenaria, forro, esquadria, pintura, impermeabilização, plantio de grama.

Volumétricos Concreto, escavação, aterro, dragagem, bombeamento.

De peso Armação, estrutura metálica.

Adimensionais

Referem-se a serviços que não são pagos por medida, mas por simples contagem: postes, portões, placas de sinalização, comportas.

Fonte: Adaptado de Mattos(2006)

2.3.1 Fôrmas

Levando-se em consideração fôrmas de madeira, o levantamento desse

quantitativo é feito em etapas, delimitadas por cada material (chapa de compensado,

prego, sarrafo, desmoldante).

Segundo Mattos (2006), são calculadas dividindo-se a altura total da peça a

ser moldada pela altura comercial de uma folha de compensado, o mesmo é feito

para sua largura, duas vezes o produto desse cálculo nos fornece o quantitativo de

folhas de compensado a serem utilizadas na moldagem do elemento. Os sarrafos

necessários são calculados de maneira análoga, porém as divisões são feitas pelo

espaçamento desses sarrafos. Suas escoras por sua vez são calculadas dividindo o

comprimento total do elemento pelo espaçamento entre escoras.

Já o levantamento do quantitativo de pregos e desmoldante é feito de maneira

tabelada.

2.3.2 Armação

Como citado anteriormente, o quantitativo de armações é proposto com base

no peso total desse material necessário a execução de todas as peças estruturais,

tendo como espelho de verificação o projeto estrutural, onde irá constar uma

listagem de todos os tipos de ferro, quantidades, diâmetros e comprimentos

necessários às armações (MATTOS, 2006).

18

2.3.3 Alvenaria

Também segundo Mattos (2006), o levantamento do quantitativo de alvenaria

tem como finalidade calcular toda a área de parede na edificação, o cálculo desse

insumo serve também de base para o levantamento de outros serviços diretamente

relacionados, como pintura, reboco, emboço e chapisco.

O cálculo pode ser executado de duas maneiras, parede a parede,

calculando-se a área individual de todas elas e posteriormente sua soma, ou mesmo

medindo-se o perímetro total de alvenaria e multiplicando pelo pé direito da

edificação. Após esse cálculo descontam-se as áreas de abertura dessa alvenaria,

para vãos maiores de 2 m² desconta-se a área excedente a esses valor, porém em

vão menores que 2 m² despreza-se essa abertura.

2.3.4 Cobertas

Segundo Mattos (2006), para a quantificação da área de cobertas, deve-se

levar em consideração a inclinação das águas, que muito geralmente é dado em

percentual, de acordo com a Tabela 4.

Tabela 4 – Fator para cálculo de área de telhado

Inclinação (%) Fator Inclinação (%) Fator

0 1.000 65 1.193

5 1.001 70 1.221

10 1.005 75 1.250

15 1.011 80 1.281

20 1.020 85 1.312

25 1.031 90 1.345

30 1.044 95 1.379

35 1.059 100 1.414

40 1.077

45 1.097

50 1.118

55 1.141

60 1.166

Fonte: MATTOS:2006 (adaptado pelo autor)

2.3.5 Perdas

19

As perdas de material que invariavelmente ocorrem na execução de obras

também precisam ser contabilizadas nas tabelas de quantitativos. De acordo com

Mattos (2006), essas perdas se originam de diversas formas, como por exemplo por

manuseio impróprio, mau armazenamento ou mesmo roubo, e nem sempre podem

ser totalmente combatidas.

2.4 Empresas e licitações

Tendo em vista a atual conjuntura socioeconômica do país, onde contratos

sobre execuções de obras públicas são fechados após o encerramento de editais

licitatórios, o critério econômico é fator determinante para o sucesso de uma

proposta.

No tocante a qualidade do serviço e precisão de um bom orçamento, o

quesito experiência é muito importante, uma vez que as informações e

conhecimento prévio de trabalhos já elaborados e projetos já executados muitas

vezes servem de espelho e referência para os futuros trabalhos.

Um dos requisitos básicos para um bom orçamentista é o conhecimento detalhado do serviço. A interpretação aprofundada dos desenhos, planos e especificações da obra lhe permite estabelecer a melhor maneira de atacar a obra e realizar cada tarefa, assim como identificar a dificuldade de cada serviço e consequentemente seus custos de execução. (MATTOS, 2006, p. 22).

Porém, vícios de mercado levam a maioria das grandes empresas a se

envolver em múltiplos processos licitatórios, o que termina por dividir o foco dos

projetistas responsáveis pelo setor de elaboração das propostas orçamentárias

dessas organizações. Tal prática invariavelmente reduz a acurácia dos projetos

elaborados por esses setores.

Segundo Mattos (2006), outra característica negativa ao setor é o grande

número de profissionais recém-formados e técnicos atuantes nessa área, pois outra

prática comum de mercado é a utilização do setor como porta de entrada para tais

profissionais no mercado.

2.5 Softwares existentes

A utilização de softwares de computador na engenharia civil contemporânea é

de fundamental importância na execução de projetos de média e grande escala, a

fim de cumprir as atuais exigências de mercado, tendo em vista a grande facilidade

20

e rapidez na obtenção de resultados que os softwares permitem. Logo, com o

crescente aumento na complexidade e refino dos projetos de engenharia, o uso de

ferramentas computacionais se faz indispensável a sua elaboração.

A seguir são apresentadas algumas das ferramentas computacionais mais

utilizadas hoje em dia no exercício da engenharia, são elas:

2.5.1 AutoCAD®

O AutoCAD®, um dos softwares mais utilizados na engenharia civil,

responsável pela criação de plantas baixas de edificações, projetos elétricos,

hidráulicos, entre outros. Na Figura 1 a seguir é apresentado o ambiente de trabalho

padrão do AutoCAD®.

Figura 1 - Área de trabalho do AutoCAD® 2015. Fonte: Dados da pesquisa.

2.5.2 CAD/TQS®

O CAD/TQS® é uma ferramenta computacional, que possui um ambiente de

trabalho bastante semelhante ao AutoCAD®, é destinado ao desenvolvimento de

projetos estruturais em concreto, como pode ser visto na Figura 2. É um software

bastante completo, que abrange todas as etapas da elaboração do projeto, desde a

fase inicial de criação do modelo estrutural, até o detalhamento de armaduras.

21

Todas as ferramentas e recursos desse software trabalham de acordo com as

especificações e limitações técnicas definidas em norma.

Figura 2 - Área de trabalho do CAD/TQS®. Fonte: TQS informática Ltda, 2016.

2.5.3 ORSE®

O ORSE®, um poderoso software para cálculo orçamentário, a 10 anos no

mercado, foi desenvolvido pela CEHOP – Companhia Estadual de Habitação e

Obras Públicas de Sergipe. De acordo com a CEHOP(2016), possui um vasto banco

de dados de insumos que conta hoje com uma lista de 9702 elementos de projeto

diferentes. Recebe atualizações periódicas para que as tabelas de custos possam

acompanhar as flutuações de custo do mercado. A Figura 3 a seguir apresenta a

área de trabalho deste software.

22

Figura 3 - Área de trabalho do ORSE®. Fonte: Dados da pesquisa.

2.5.4 Revit®

O software Revit®, assim como o AutoCAD®, é uma ferramenta distribuída

pela empresa Autodesk®, foi desenvolvido para operar com tecnologia BIM (Building

Information Modeling), modelagem de informações da construção, tal tecnologia

permite aos projetistas desenvolver modelos 3D de alta precisão e que permitem o

estudo de custos, quantitativos e demais características de projeto durante todo o

período de execução do projeto, como pode ser visto na Figura 4.

23

Figura 4 - Área de trabalho do Revit®. Fonte: POPPELGAARD, 2016.

Os softwares anteriormente apresentados, possuem finalidades bastante

distintas, foram criados com objetivo de promover a otimização de processos e

obtenção de maior precisão em cálculos e uma melhor gestão de obras.

2.6 O ambiente CAD

A abreviação CAD, que em português pode ser traduzida como “Desenho

Assistido por Computador”, nome dado ao sistema computacional empregado em

softwares de engenharia e arquitetura como o anteriormente citado CAD/TQS®,

ProjeCAD®, BricsCAD®, AutoCAD®, este ultimo, distribuído pela empresa Autodesk

e largamente utilizado em todo o mundo, é uma poderosa ferramenta de desenho,

com uma interface bastante intuitiva, que compreende um conjunto de amplos

recursos gráficos que permitem ao projetista elaborar projetos arquitetônicos em 3D,

modelagens de precisão, ou mesmo plantas baixas de edificações.

Outro fator de relevante importância para o sucesso do AutoCAD® é a sua

flexibilidade com relação ao desenvolvimento de novas funcionalidades, o que

permite um maior direcionamento da ferramenta para suprir de forma mais eficiente

às necessidades do usuário como, por exemplo, as empresas Tigre, Amanco e

Multiplus, que possuem plug-ins próprios para este software.

24

2.7 Orientação a Objeto

Segundo Santos (2015), a programação orientada a objetos é uma estrutura

de programação onde o mundo real é tomado como base na metodologia de

desenvolvimento de softwares. O conceito de 'objetos', que no mundo real é uma

maneira de referenciar elementos reais e fictícios, é transportado para o campo da

programação onde tem sua definição e aplicações expandidas. Também de acordo

com Santos (2015), de maneira resumida, o objetivo desse modelo de

implementação é abstrair dados do mundo real e leva-los ao mundo virtual com suas

mesmas características (atributos, ações).

2.7.1 Classe

Um conceito fundamental na programação orientada a objetos é a definição

de classes.

[...] descreve um conjunto de dados estruturados que são caracterizados por

propriedades comuns. Também pode ser interpretado como uma estrutura modular completa que descreve as propriedades estáticas e dinâmicas dos elementos manipulados pelo programa. (PROGRAMAÇÃO, 2007).

Ou seja, classe é uma representação das estruturas que caracterizam vários

tipos de objeto que comungam de varias ações e informações. Estes por sua vez,

possuem denominações específicas:

Atributos - São as características de um objeto, estas características também

são conhecidas como variáveis. (GARCIA, 2015).

Métodos – De acordo com Ricarte (2003), são ações que podem manipular

atributos de objetos, bem como variáveis locais.

2.7.2 Objeto

Um objeto é um elemento computacional que representa, no domínio da

solução, alguma entidade (abstrata ou concreta) do domínio de interesse do

problema sob análise. (RICARTE, 2003).

25

Na Figura 5, é apresentado um exemplo de estrutura hierárquica de

orientação a objetos, onde mamíferos representa uma classe de objetos, com seus

atributos em comum que são nome, idade, mamas e cor dos olhos, além desses

atributos os elementos dessa classe possuem dois métodos que são aleitar e

comunicar.

Nessa mesma imagem, além da classe mamíferos nós temos homem, cão e

gato que por sua vez representam subclasses dessa classe, ou seja, são classes

independentes, porém recebem as mesmas características comuns aos objetos

mamíferos, anteriormente citadas. Cada um desses elementos possui também

outros métodos e atributos intrínsecos a suas características únicas, como por

exemplo, todos os objetos do tipo homem existentes dentro de um campo amostral,

além de possuir as características de mamíferos possuem um atributo chamado

casado, e métodos rir e falar.

Figura 5 – Exemplo de aplicação da estrutura de orientação a objeto. Fonte: Análise de Orientação a Objetos, 2015.

26

2.7.3 Polimorfismo

Polimorfismo é o princípio pelo qual duas ou mais classes derivadas de uma

mesma superclasse podem invocar métodos que têm a mesma identificação

(assinatura), mas comportamentos distintos [...]. (RICARTE, 2003).

Na figura anterior, considerando-se o objeto homem como sendo uma

subclasse da classe mãe mamíferos, ela também possui o método comunicar,

proveniente da classe maior, bem como cão e gato, o método comunicar pode se

encaixar perfeitamente as necessidades dessas duas ultima subclasses, porém esse

pode não se adequar devidamente as necessidades dos objetos derivados da classe

homem, essa classe pode então reescrever o mesmo método para que este cumpra

as funções necessárias ao funcionamento de homem, damos a isso o nome de

polimorfismo.

2.7.4 Herança

No exemplo anterior, as subclasses derivadas da classe mamíferos, também

possuem os mesmos métodos e atributos da classe anterior, a isso dá-se o nome de

herança.

Herança é um mecanismo que permite que características comuns a diversas classes sejam fatoradas em uma classe base, ou superclasse. A partir de uma classe base, outras classes podem ser especificadas. Cada classe derivada ou subclasse apresenta as características (estrutura e métodos) da classe base e acrescenta a elas o que for definido de particularidade para ela. (RICARTE, 2003).

2.8 C#

De acordo com Albahari e Albahari (2012), C# é uma linguagem de

programação orientada a objetos, estável e com propósitos gerais. Onde o principal

propósito dessa linguagem é a produtividade, essa linguagem mescla, simplicidade,

expressividade e desempenho. O C# é uma linguagem capaz de operar em diversas

plataformas, porém foi inicialmente idealizada para trabalhar com o Microsoft.NET

Framework.

Sendo uma linguagem relativamente nova, se comparada às linguagens que

serviram de base para seu desenvolvimento, as Tabelas 5 e 6 apresentam alguns

dados comparativos que evidenciam as vantagens em se utilizar essa linguagem.

27

Tabela 5 - Comparativo C# e C++

C# C++

Tipos long 64bits Tipos long 32bits

Tipos bool independentes Tipos bool tratável como integer

Não possui header files Possui Header files

String é um objeto String é uma lista de caracteres

Permite utilização de ponteiros em modo

unsafe

Permite utilização de ponteiros

Compilação mais lenta Compilação mais rápida

Fonte: C# for C++ Developers, 2017. (Adaptado pelo autor) Tabela 6 - Comparativo C# e Java

C# Java

Casting com as Não existe

delegate Não existe

using import

enum Necessita construir uma classe com os

elementos a serem enumerados

decimal (numero de 128bit) Não existe

event Não existe

foreach Utiliza-se um for normal

Fonte: C# and Java: Comparing Programming Languages, 2017. (adaptado pelo autor)

28

2.9 Plug-in

De acordo com Prada (2008), plug-ins podem ser definidos como sendo,

qualquer software, ferramenta ou extensão, que de alguma forma se conecta a um

programa principal com a finalidade de adicionar novas funcionalidades e recursos

ao mesmo. Em sua grande maioria possuem tamanho bastante reduzido se

comparado ao software principal.

2.10 Utilização de plug-ins para AutoCAD®

O AutoCAD® é um software de desenho bastante completo, com recursos

gráficos capazes de suprir muitas das necessidades de projeto que possam vir a

surgir durante sua manipulação, porém, a fim de simplificar o desenvolvimento de

múltiplas etapas de um mesmo empreendimento, muitos projetistas optam por

expandir as capacidades funcionais dessa ferramenta.

Tal expansão se faz possível devido à utilização de plug-ins, que conferem ao

AutoCAD® novas funcionalidades e recursos computacionais. Estes por sua vez

possuem acesso a todas as rotinas padrão do software, devido à flexível estrutura

de trabalho e manipulação de recursos disponibilizada pela Autodesk® para o

AutoCAD®.

29

3 METODOLOGIA

A primeira fase do projeto foi dedicada ao levantamento bibliográfico,

permitindo maior familiarização com o tema pesquisado e com o ambiente de

desenvolvimento do software. Na etapa seguinte da pesquisa foi escolhida a

linguagem de programação a ser utilizada no projeto.

Posteriormente teve inicio o real processo de construção do plug-in, com a

modelagem computacional de todas as ferramentas necessárias ao processo de

coleta de quantitativos fundamentais ao cálculo orçamentário que foram observados

ao longo da etapa de revisão bibliográfica.

Por fim, a ferramenta passou por uma série de testes de desempenho, testes

esses que foram feitos levando-se em consideração características funcionais

básicas no intuito de assegurar uma real aplicabilidade do software no cotidiano da

engenharia.

30

A Figura 6 apresenta um fluxograma que ilustra a estrutura operacional para

a metodologia que foi adotada.

Figura 6: Fluxograma da metodologia. Fonte: Dados da pesquisa.

3.1 Procedimento para desenvolvimento

A primeira etapa para o desenvolvimento da ferramenta se deu com um

estudo teórico voltado ao processo de levantamento de quantitativos em obras e

orçamentação, bem como um estudo das normas técnicas relacionadas ao tema,

NBR 12721:2006 por exemplo, a fim de se conhecer as diretrizes normativas a

31

serem seguidas pela ferramenta, garantindo adequação dos recursos oferecidos

pelo software às necessidades de mercado.

Com o estudo da fundamentação teórica de orçamentos, puderam ser

desenvolvidos todos os algoritmos necessários ao funcionamento do plug-in, de

forma prática, esse processo viabilizou a esquematização de funções como as

responsáveis por calcular o quantitativo de concreto utilizado em fundações, ou

mesmo a área total de alvenaria a ser levantada pela edificação.

3.1.1 Escolha do ambiente de desenvolvimento

O desenvolvimento de plug-ins para o ambiente CAD possui uma vasta

quantidade de recursos disponíveis, a fim de suprir as possíveis necessidades dos

desenvolvedores. Além de possibilitar a utilização de uma grande variedade de

linguagens de programação como, Visual Basic, C++, C#, F#, LISP. Cada uma

dessas linguagens possui uma API própria, assim como suas próprias

características e diferentes benefícios.

Para o desenvolvimento desse plug-in foi utilizada a linguagem C#, que

proporciona ao projetista um ambiente de desenvolvimento e recursos bastante

modernos, é uma linguagem de programação que viabiliza uma completa e clara

documentação, bem como uma ativa comunidade de programadores por todo o

mundo.

Tais características fizeram-se decisivas durante a etapa de escolha da

linguagem de programação, pois puderam assegurar uma maior segurança quando

as possibilidades de busca por soluções para as possíveis necessidade de projeto

em sua etapa de implementação computacional.

3.2 Rotinas de interação C#/AutoCAD®

De forma a exemplificar a sistemática de configuração de um plug-in

implementado em C# para interação com o AutoCAD®, foi elaborado o algoritmo de

uma aplicação que tem a finalidade informar ao projetista a quantidade de pontos de

luz e pontos de tomada em um dado cômodo, sendo conhecidas apenas a sua área

e seu perímetro.

32

Uma maneira simples e rápida para a obtenção desses dados em nível de

processamento é a criação de uma Polyline (Elemento gráfico nativo do AutoCAD®)

representativa para o ambiente, que irá conter todas as informações fundamentais

para o cálculo.

Tendo sido definido o procedimento básico de funcionamento da aplicação,

prepara-se o ambiente de desenvolvimento, com o download da API (Application

Programming Interface), interface de programação de aplicativos do AutoCAD®, de

sua documentação e do editor de código Visual Studio 2012®.

Após a instalação da API, configuração do ambiente de desenvolvimento e

criação de um novo projeto C# no Visual Studio 2012® é preciso referenciar todas

as bibliotecas básicas para se trabalhar com o ambiente CAD. Para tanto, é preciso

definir as bibliotecas conforme a Figura 7.

Figura 7 – Bibliotecas fundamentais para manipulação do ambiente CAD.

Fonte: Dados da pesquisa.

Logo em seguida o bloco de código apresentado na Figura 8, é responsável

por fazer o AutoCAD® reconhecer todos os comandos executados pelo plug-in.

Figura 8 – Cabeçalho de comando CAD.

Fonte: Dados da pesquisa.

Dentro da classe MyCommands são listados todos os comandos em C#

responsáveis por enviar instruções ao AutoCAD® para iniciar a criação de uma

33

Polyline que será desenhada pelo projetista, seguindo o contorno do ambiente

(Figura 9).

Figura 9 – Lógica de criação e desenho de um Polyline.

Fonte: Dados da pesquisa

Finalizando as rotinas de leitura de dados, foi implementada a formulação

matemática que recebe os atributos do ambiente em questão para que

posteriormente seja calculado o número de lâmpadas, bem como de tomadas,

conforme a Figura 10. É importante salientar que os métodos de cálculo foram

desenvolvidos levando-se em consideração ambientes que fazem uso de lâmpadas

de 100 Watts e tomadas de uso geral.

34

Figura 10 – Lógica computacional para calculo de lâmpadas e tomadas.

Fonte: Dados da pesquisa

3.2.1 Resultados

O resultado final obtido após a compilação, que se trata do processo de

conversão da linguagem escrita em linguagem de máquina e posterior execução do

plug-in dentro do AutoCAD® é mostrado a seguir (Figura 11).

Figura 11 – Paleta de comandos do AutoCAD®.

Fonte: Dados da pesquisa

É válido salientar que cabe ao projetista adequar a solução proposta pelo

software à situação real, tendo em vista que os valores propostos pelo software

podem não satisfazer às reais necessidades do ambiente em questão.

3.3 Rotinas orçamentárias implementadas

O cálculo orçamentário é dividido em etapas, com diferentes tipos de cálculo,

seja coleta de volumes, áreas ou mesmo perímetros, além das etapas de entrada de

dados, onde um usuário necessita fornecer informações preliminares a ferramenta

para que esta possa executar suas funções corretamente.

35

Tais informações, e ferramentas necessitam ser apresentadas ao usuário de

forma visual, com a implementação de interfaces gráficas.

3.3.1 MenuP

MenuP foi um comando criado com a finalidade de renderizar um menu

customizado na tela principal do AutoCAD®, para manipulação de todos os recursos

do plug-in, como pode ser visto na Figura 12.

Figura 12 – Layout do menu do plug-in. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.2 SaveOCV

SaveOCV é o comando responsável pelo salvamento do atual projeto

orçamentário. Exibe uma tela de configuração para o arquivo de saída (Figura 13),

que recebe como parâmetros o diretório de saída e o nome do arquivo do projeto e

gera um arquivo com extensão *.OCV, que posteriormente poderá ser lido pelo plug-

in, afim de dar continuidade ao desenvolvimento do projeto.

36

Figura 13 – Janela de configuração do arquivo *.OCV. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.3 SaveOCVAS

Similar ao comando SaveOCV, o método SaveOCVAS, serve para o

salvamento do atual projeto orçamentário, exibe a mesma tela de configuração para

o arquivo de saída (Figura 13), com o diferencial de permitir ao usuário escolher um

novo diretório para o salvamento do projeto orçamentário.

3.3.4 LoadOCV

O comando LoadOCV apresenta para o usuário uma janela de navegação,

para que o mesmo possa buscar o arquivo de projeto que ele estava trabalhando e

possa recarregar todos os dados anteriormente processados.

3.3.5 UpdatePolys

UpdatePolys, esse atalho foi desenvolvido com a finalidade de corrigir

possíveis erros de execução das medições com o plug-in. O usuário tem a

possibilidade de modificar a forma dos polígonos criados pelo plug-in de forma

manual, e adequá-los as suas reais dimensões. Posteriormente a essas

modificações, a utilização desse comando atualiza todos os dados previamente

armazenados no plug-in adequando-os às atuais dimensões dos desenhos.

37

3.3.6 Call_Perimeter_Form

Call_Perimeter_Form, comando responsável por receber parte das

características básicas sobre a edificação a ser projetada, tais parâmetros são

separados em categorias, como pode ser visto na Figura 14, essas categorias são

Miter, que é responsável por receber todos os tipos de esquadrias a serem utilizados

no projeto, sejam eles, portas ou janelas. Além das esquadrias, essa categoria

também recebe as dimensões de aberturas na alvenaria da edificação, por exemplo,

aberturas para entrada de ar.

As outras categorias são Flooring, Wall Coating, Ceiling Coating, estas são

responsáveis por armazenar os tipos de revestimento que serão aplicados no chão,

nas paredes e no teto da edificação respectivamente, ao longo de sua execução.

Por ultimo Furniture, que é responsável por armazenar toda mobília a ser entregue

ao usuário final já instalada nos cômodos da edificação. Dentro dessa mesma

janela, todas as rotinas de manipulação desses elementos são apresentadas ao

usuário, como edição de um insumo previamente criado, e até mesmo exclusão de

todos os elementos.

Figura 14 – Janela de características fundamentais da edificação. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.7 Standard_Horizontal_Wall_

Standard_Horizontal_Wall_, comando que deve ser chamado pelo projetista

sempre que necessitar contabilizar uma nova linha de parede horizontalmente

projetada, existente na planta da edificação.

38

3.3.8 Standard_Vertical_Wall_

Standard_Vertical_Wall_, comando idêntico a anterior, porém com o

diferencial de que está deve ser utilizada para o registro de paredes projetadas em

linhas verticais.

3.3.9 NhNv

Caso o usuário ainda não tenha definido uma altura para as paredes que

estão sendo contabilizadas, ou mesmo necessite fazer uma correção em seu valor,

pode utilizar o comando NhNv para exibir a janela apresentada na Figura 15, e

redefinir a altura do pé direito.

Figura 15 – Janela de registro da altura das paredes. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.10 SetWallCoatingPosition

O método SetWallCoatingPosition inicia uma polyline que representa o

perímetro de aplicação de revestimento para as paredes, a fim de quantificar o

revestimento necessário ao preenchimento das mesmas em um determinado

cômodo previamente referenciado pelo usuário. Método componente da rotina de

composição de cômodos de uma edificação.

3.3.11 FoundationArea_

FoundationArea_ é o comando responsável por iniciar o sistema de cálculo

para elementos de fundação, exibindo a janela da Figura 16, que recebe os

parâmetros básicos para o levantamento dos elementos a serem executados. Nessa

janela o usuário pode escolher entre dois tipos de elementos de fundação, sapatas

ou blocos e radiers. Cada um desses elementos possui variáveis de

dimensionamento específicas, e a própria janela trata de habilitar ou desabilitar tais

parâmetros.

39

Figura 16 – Janela de configuração de novos tipos de elementos de fundação. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.12 SetTileArea

SetTileArea inicia o método de desenho de polylines que representam a área

de aplicação de revestimentos de piso na edificação, a fim de quantificar o volume

de material necessário ao cobrimento do mesmo, tais medições são executadas

cômodo a cômodo, garantindo maior precisão aos cálculos. Método componente da

rotina de composição de cômodos de uma edificação.

3.3.13 SetCeilingCoatingArea

SetCeilingCoatingArea é um método que executa ações similares ao

comando citado anteriormente, porém com o diferencial de que este é utilizado para

a quantificação dos revestimentos para teto.

2.3.14 SetBuildingRooms

Para a correta inicialização de parte dos métodos anteriormente apresentado,

o usuário necessita inicializar corretamente a rotina de criação de cômodos no

projeto, por meio do método SetBuildingRooms, que apresenta a janela de

configurações iniciais para um novo ambiente, como pode ser visto na Figura 17, tal

método necessita receber inicialmente o nome do cômodo e uma cor para o traço do

desenho na área de trabalho no AutoCAD®.

40

Figura 17 – Janela de inicialização de cômodos. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.15 SetSpecialElements

SetSpecialElements, comando responsável por representar e contabilizar os

dados referentes as paredes que em vista superior são projetadas em ângulos

diferentes de 0° ou 90°, ou seja inclinadas.

3.3.16 StoringTest

StoringTest é o método criado para exibir um formulário de gerenciamento

das linhas de parede criadas no software (Figura 18), esse formulário é dividido em

duas partes. A lista superior exibe todas as linhas horizontais e verticais presentes

no projeto, enquanto que a lista inferior apresenta ao projetista a listagem de todas

as linhas de parede divergentes das citadas anteriormente.

Além de fornecer ao usuário uma listagem completa dos elementos de

projeto, o formulário permite também a remoção de elementos específicos ou

mesmo a exclusão total das paredes já criadas.

41

Figura 18 – Formulário de listagem de linhas de parede. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.17 ManageElements

ManageElements é o método criado com a finalidade de permitir ao projetista

adicionar novos elementos de projeto aos cômodos já configurados. Recebe como

parâmetro inicial o nome do ambiente a ser modificado e registra os novos insumos

computados para esse cômodo, como pode ser visto na Figura 19.

42

Figura 19 – Janela de inserção de novos elementos em ambientes já criados. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.18 DisArea

DisArea exibe a listagem de todas as áreas a serem descontadas no calculo

da superfície total de alvenaria da edificação (Figura 20). O projetista possui

também a opção de remover os elementos de desconto um a um, ou mesmo apagar

todos os elementos do projeto de uma vez só.

Figura 20 – Formulário de listagem de áreas a descontar. Fonte: Dados da pesquisa.

43

3.3.19 FileGen

FileGen é o comando responsável por gerar um relatório de todos os insumos

quantificados durante as etapas de execução do plug-in. Durante a primeira

execução desse comando no processo de cálculo de materiais é apresentada a

janela de configurações finais (Figura 21), que recebe os parâmetros de desconto

de áreas de alvenaria, responsáveis por determinar qual método será utilizado para

rodar o cálculo da área construída final para esse tipo de insumo.

Figura 21 – Formulário de configuração do arquivo de relatório. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.20 FileGenAs

Similar ao método FileGen (Figura 21), FileGenAs possui o diferencial de que

permite ao usuário reconfigurar o diretório de saída para o arquivo com o relatório de

quantitativos.

3.3.21 AddRoof

AddRoof permite a criação de elementos de coberta para a edificação, recebe

uma descrição da coberta e o ângulo de queda de água como parâmetros iniciais

para o cálculo, como pode ser visto na Figura 22, posteriormente permite ao

projetista marcar o perímetro da edificação em vista.

44

Figura 22 – Janela de configuração de elementos de coberta. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.22 ExternalCoating

ExternalCoating é o método responsável por definir as características iniciais

dos revestimentos de paredes externas. Para registro de novos elementos desse

tipo, o usuário necessita passar qual o tipo de revestimento será aplicado e a altura

de aplicação do mesmo na alvenaria (Figura 23), tal método é análogo ao utilizado

no fluxo de composição de revestimentos para ambientes internos.

Figura 23 – Janela de configuração de novos elementos de revestimento externos. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.23 ExternalFloorCoating

ExternalFloorCoating, método que inicia o fluxo de registro de um novo tipo de

revestimento para pisos externos, como pode ser visto na Figura 24. Exibe uma lista

contendo todos os tipos de revestimentos presentes no projeto, onde o usuário irá

selecionar aquele que deverá ser computado para a área em questão, feito o isso, o

modo de seleção de área é ativado, a fim de permitir ao projetista marcar toda a

área de piso que irá receber aquele revestimento.

45

Figura 24 – Janela de criação de novos elementos de revestimento de pisos externos.

Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.24 ExternalForm

ExternalForm, método responsável por iniciar o fluxo de registro de uma nova

rampa (Figura 25). Exibe uma lista contendo todos os tipos de revestimentos

existentes no projeto, onde o usuário irá selecionar aquele que devera ser

computado para a área em questão, o modo de seleção de área é então ativado, a

fim de permitir ao projetista marcar toda a área que representa a projeção da futura

rampa.

Figura 25 – Janela de criação de rampas. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.25 RoomManager

RoomManager é um método criado com a finalidade de permitir ao usuário

visualizar e gerenciar de forma generalista todos os cômodos criados no projeto,

juntamente com todas as suas características, camadas de piso, revestimentos de

parede, cobertura, até mesmo o mobiliário que foi referenciado no escopo de projeto

para esses ambientes (Figura 26).

46

Figura 26 – Formulário de gerenciamento de cômodos existentes no projeto. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.26 DiscountMethodManager

DiscountMethodManager, função criada com a finalidade de garantir ao

projetista a liberdade de modificar a configuração de desconto mínimo de área. Tal

método exibe um formulário idêntico ao apresentado na Figura 21, permitindo assim

a alteração nas configurações previamente definidas.

3.3.27 FurnitureM

FurnitureM, comando que permite que os projetistas atrelem a cada cômodo

todo o mobiliário inicialmente referenciado nas configurações iniciais de projeto

(Figura 27). O lado esquerdo do formulário permite o usuário apontar qual ambiente

estará recebendo a mobília, enquanto que o lado direito permite a manipulação dos

elementos já atrelados a cômodos existentes.

47

Figura 27 – Formulário de gerenciamento de mobiliário para os cômodos. Fonte: Dados da pesquisa.

3.3.28 VPCalc_

VPCalc_, método responsável por permitir ao projetista iniciar o fluxo de

registro de novas peças estruturais em concreto, como vigas, pilares, paredes ou

lajes. Exibe um formulário de configuração (Figura 28) que recebe uma

denominação para a peça estrutural, e o Fck do concreto (Resistência característica

a compressão do concreto), após a definição desses parâmetros, essa mesma

função solicita ao usuário que entre com a região da seção transversal dessa peça.

Figura 28 – Formulário de registro de nova peça estrutural em concreto. Fonte: Dados da pesquisa.

48

3.3.29 Standard_Length

Standard_Length é uma função auxiliar ao método VPCalc_, é executada

automaticamente após o usuário definir a região da seção transversal da peça de

concreto. Tem a finalidade de permitir ao usuário definir o comprimento desta peça

para o cálculo do volume total de concreto necessário à execução deste elemento

estrutural.

3.3.30 FoundationList

FoundationList, método responsável por apresentar um formulário com a

listagem de todos os elementos de fundação(Sapatas, blocos e Radiers) criados no

projeto (Figura 29). Permite ao usuário a manipulação desses mesmos elementos,

como a remoção, havendo tal necessidade.

Figura 29 – Formulário de listagem dos elementos de fundação contidos no projeto. Fonte: Dados da pesquisa.

49

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a construção da ferramenta, foi necessário um processo sequenciado

para validação dos algoritmos da mesma, cruzar os resultados obtidos de forma

usual, com os resultados providos pelo plugin.

As informações contidas no relatório de saída deverão ser posteriormente

analisadas, para que possam ser produzidos os relatórios de custos de obra.

Necessidade essa que demanda uma grande precisão de dados, por nortear o fluxo

de investimento de capital das empresas, e consequentemente verificação da

viabilidade de um empreendimento.

A fim de atestar a confiabilidade das informações geradas pela ferramenta,

todos os recursos desenvolvidos foram testados em uma planta baixa de uma

edificação unifamiliar de pequeno porte, como pode ser vista na Figura 30, a mesma

possui dois quartos, uma suíte, e banheiro social, uma sala e uma cozinha com área

de serviço.

Figura 30 – Planta baixa de residência unifamiliar. Fonte: Dados da pesquisa.

50

Os insumos considerados no levantamento de quantitativos para teste do

software estão presentes na Tabela 7.

Tabela 7 – Insumos a serem contabilizados na utilização da ferramenta.

Insumo Unidade

Alvenaria m²

Esquadrias unid

Vigas m³

Pilares m³

Emboço m³

Reboco m³

Chapisco m²

Azulejo 10 x 10 cm m²

Contrapiso m²

Piso cerâmico m²

Coberta m²

Pintura m²

Elétrica unid

Laje m²

Forro PVC m²

Sapata m³

Água/Esgoto unid

Fundações m³

Fonte: Dados da pesquisa.

A sequência de levantamento acompanhou o fluxo cronológico das etapas

construtivas, iniciando o processo pelo registro de todos os insumos fundamentais

do projeto, como tipos de esquadrias, tipos de tinta necessárias, quantitativos dos

elementos do projeto elétrico, projeto de água e esgoto e até mesmo os tipos de piso

a serem utilizados na obra.

Posteriormente a esse levantamento, iniciou-se a tomada de dados relativos

aos serviços de infraestrutura da edificação, como o cálculo do volume de

escavação e o levantamento do quantitativo de concreto necessário para execução

das sapatas. A etapa seguinte do processo foi a tomada de medidas referentes à

51

alvenaria da edificação, e todos os serviços inerentes a essa etapa como a

determinação dos cômodos da residência e posterior marcação das regiões de

aplicação de reboco, emboço, chapisco, pinturas e azulejo, procedimento similar é

efetuado para a leitura da área de cobertas. Por fim, são computados todos os

elementos estruturais, como vigas, pilares e lajes, para a obtenção do volume de

concreto necessário para a execução dos mesmos.

As informações geradas pelo software são registradas em um arquivo de

texto com extensão *.TXT, onde todos os insumos quantificados são registrados

com seus respectivos valores, em um relatório semelhante ao da Figura 31, que

fornece ao projetista o valor final para cada elemento considerado no projeto

separado por cômodos da edificação e com uma taxa de precisão bastante alta,

como pode ser visto.

Figura 31 – Exemplo de relatório de saída provido pelo plugin. Fonte: Dados da pesquisa.

52

Desse relatório final foram extraídas as informações de quantitativos listadas

nas Tabelas 8 e 9.

Tabela 8 – Tabela de quantitativos básicos obtidos com a utilização do plugin.

Insumo Quantidade

Alvenaria 70.7629 m²

Esquadrias

4 Janelas de alumínio - 1.0 x 1.0 m²

2 Janelas de alumínio - 0.4 x 0.4 m²

2 Portas de madeira - 0.6 x 2.1 m²

3 Portas de madeira - 0.7 x 2.1 m²

1 Porta de madeira - 0.8 x 2.1 m²

Vigas 15.639075 m³ (Concreto 25 Mpa)

Pilares 9.8696m³ (Concreto 25 Mpa)

Emboço 48,9943 m²

Reboco 288,05694 m²

Chapisco 288,05694 m²

Azulejo 10 x 10 cm 48,9943 m²

Contrapiso 55,90764 m²

Piso cerâmico 55,90764 m²

Coberta 92.4703997 m²

Pintura Tinta PVA - 139,838539 m²

Textura acrílica - 85.5487999 m²

Elétrica

9 Pontos de Luz

7 Pontos de lâmpada LED dicroica

18 Pontos de tomada

11 Interruptores

Laje 65.1003 m²

Forro PVC 55,90764 m²

Fundação

10 Blocos de 0.968 m³ (Concreto)

Profundidade - 1.5 m

Altura - 0.8 m

Área - 1.21 m

Volume de escavação - 52.7208 m³

Fonte: Dados da pesquisa.

53

Tabela 9 – Tabela de quantitativos básicos obtidos com a utilização do plugin.

Insumo Quantidade

Água/Esgoto

2 Vasos sanitários c/ caixa acoplada

2 Pias para banheiro

1 Pia para cozinha

2 Chuveiros elétricos

11 Pontos de água

9 pontos de esgoto

Outros

12 Braçadeiras de pvc

Calha - 8 m

Rufo - 14 m

1 Betoneira 400 L

4 Mantas asfálticas 10 x 0.32 m²

Fonte: Dados da pesquisa.

Paralelamente ao processamento das informações contidas na planta baixa

pelo plugin, todos os parâmetros levados em consideração na tabela de

quantitativos foram calculados de forma manual (Tabela 10 e 11), a fim de verificar a

margem de erro entre os dados obtidos, aplicando-se as duas metodologias de

levantamento, para que com isso fosse possível classificar a ferramenta como um

recurso de real aplicabilidade no mercado.

Foi elaborado então um levantamento comparativo a fim de verificar

numericamente a diferença relativa entre os resultados obtidos pela ferramenta,

como pode ser visto na Tabela 12.

54

Tabela 10 – Tabela de quantitativos obtidos de forma manual.

Insumo Quantidade

Alvenaria 70.7 m²

Esquadrias

4 Janelas de alumínio - 1.0 x 1.0 m²

2 Janelas de alumínio - 0.4 x 0.4 m²

2 Portas de madeira - 0.6 x 2.1 m²

3 Portas de madeira - 0.7 x 2.1 m²

1 Porta de madeira - 0.8 x 2.1 m²

Vigas 15.6 m³(Concreto 25 Mpa)

Pilares 9.9 m³ (Concreto 25 Mpa)

Emboço 49,1 m²

Reboco 288 m²

Chapisco 288 m²

Azulejo 10 x 10 cm 49,1 m²

Contrapiso 56 m²

Piso cerâmico 56 m²

Coberta 92.5 m²

Pintura Tinta PVA - 140 m²

Textura acrílica – 85.5 m²

Elétrica

9 Pontos de Luz

7 Pontos de lâmpada LED dicroica

18 Pontos de tomada

11 Interruptores

Laje 65 m²

Forro PVC 56 m²

Fundação

10 Blocos de 0.97 m³ (Concreto)

Total de 9,7 m³ de concreto

Profundidade - 1.5 m

Altura - 0.8 m

Área - 1.21 m

Volume de escavação - 52.65 m³

Fonte: Dados da pesquisa.

55

Tabela 11 – Tabela de quantitativos obtidos de forma manual.

Insumo Quantidade

Água/Esgoto

2 Vasos sanitários c/ caixa acoplada

2 Pias para banheiro

1 Pia para cozinha

2 Chuveiros elétricos

11 Pontos de água

9 pontos de esgoto

Outros

12 Braçadeiras de pvc

Calha - 8 m

Rufo - 14 m

1 Betoneira 400 L

4 Mantas asfálticas 10 x 0.32 m²

Fonte: Dados da pesquisa.

56

57

As informações extraídas da Tabela 12 podem ser melhor visualizadas no

gráfico de barras da Figura 32 a seguir.

Figura 32 – Gráfico comparativo sobre os resultados obtidos. Fonte: Dados da pesquisa.

Analisando-se os gráficos gerados com os dados obtidos após o cálculo dos

quantitativos de projeto, pode-se observar uma grande similaridade entre seus

resultados, com uma diferença percentual média de apenas 0.14%.

Partindo também da análise da Tabela 12 foi possível elaborar um gráfico

analítico (Figura 33) sobre as diferenças percentuais entre os resultados da

aplicação das duas metodologias, do estudo desses dados é possível concluir que a

ordem de grandeza das variações de quantitativos é mínima, ao ponto em que

podem ser desconsideradas sem prejuízos a precisão de cálculo da ferramenta.

0

50

100

150

200

250

300

350

Método computacional Método manual

58

Figura 33 – Gráfico de diferenças percentuais entre os resultados obtidos. Fonte: Dados da pesquisa.

0,00%

0,05%

0,10%

0,15%

0,20%

0,25%

0,30%

0,35%

Diferença percentual

59

5 CONCLUSÕES

Dentre as vantagens advindas da utilização dessa ferramenta, pode-se

destacar o fato de que a utilização de uma ferramenta computacional para o

levantamento de quantitativos reduz consideravelmente o risco de erros que podem

ocorrem nos resultados por falta de atenção do projetista, ou mesmo por

inexperiência, devido ao fato de todos os cálculos serem executados pelo

computador, cabendo ao projetista apenas referenciar a região de aplicação de cada

insumo.

A fim de verificar a redução do tempo de trabalho para a execução do mesmo

projeto os dois métodos de cálculo foram cronometrados. O tempo total necessário à

execução do levantamento de forma manual levou 80 minutos para ser concluído,

enquanto que o mesmo projeto, sendo executado com o auxílio do plugin pôde ser

elaborado em apenas 54 minutos, uma redução de 33% relação ao período total

necessário para a execução do mesmo serviço da maneira usual, vale ressaltar que

os tempos requeridos para a elaboração das medições foram marcados a partir da

inicialização do AutoCAD® até o termino da quantificação do último insumo

contabilizado. Outro fator positivo do emprego da ferramenta no mercado é o fato de

viabilizar a profissionais da área de arquitetura a elaboração de projetos mais

completos, incluindo nos mesmos uma previsão bastante acurada quanto aos

recursos demandados a execução de suas edificações, garantindo assim uma

melhor comunicação e clareza de informações a seus clientes.

A partir da analise comparativa dos resultados obtidos nos cálculos da

quantidade de insumos necessários a execução da obra, pôde-se observar um alto

grau de precisão nos valores verificados pelo software em função do cálculo manual.

Tento em vista a taxa de variação percentual máxima de aproximadamente

0.3% nos dados obtidos, pode-se conjecturar que a aplicação da ferramenta dentro

da construção civil é perfeitamente possível.

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REFERÊNCIAS

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